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Adriana Malcher Silva1, Natália Ataíde da Costa1, Thais Moraes de Oliveira1, Tereza
Cristina dos Reis Ferreira2
1
Discente do 8º período de Fisioterapia do CESUPA
2
Fisioterapeuta formada pela UEPA, MSc em Saúde, Sociedade e Endemias na
Amazônia pela UFAM/UFPA/FIOCRUZ e docente do CESUPA
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Trabalho realizado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e no Centro
Universitário do Pará.
Adriana Malcher Silva – Trav. Dr. Eneas Pinheiro, nº 2568, Ed Godoy II, Apto. 501.
Tel: (91)-82151594/ (91)-32771400, drica_malcher@hotmail.com
RESUMO
O primeiro fixador externo foi apresentado por Malgaine em 1840, que consistia
em uma ponta metálica fixada percutaneamente ao osso, com uma braçadeira de couro
avaliados cinco pacientes com fixador externo linear em fraturas de tíbia internados nas
ABSTRACT
The first external fixator was presented by Malgaine in 1840, which consisted of
a metal tip attached percutaneously to the bone, with a leather cuff encircling the leg.
After World War II was a breakthrough in the steel industry, thereby Professor Ilizarov
was able to develop more complex external fixator. Objective: Verify the effects of the
physiotherapy in patients with linear external fixators in fractures of the tibia at the
Hospital Metropolitano Urgência e Emergência (HMUE) from Ananindeua - PA.
Method: In this study were evaluated five patients with linear external fixators in tibia
five sessions of physiotherapy and a final assessment. Results: With the main result the
gain of movement in the following movements of the hip, flexion with knee extended at
knee flexion of the R (p = 0.0271), and eversion of the L (p = 0.0051). Conclusion: The
results demonstrate that physiotherapy in patients with linear external fixator of the
As fraturas de tíbia são mais freqüentes porque toda a face antero-medial da tíbia
que as dos ossos da mão. Trata-se de trauma que se caracteriza por lenta reabilitação,
primário das fraturas expostas da tíbia. As fraturas da tíbia são as mais freqüentes entre
as dos ossos longos; cerca de 300.000 anualmente nos EUA e provavelmente em torno
de 50.000 no Brasil3.
operatória, nos cuidados com a lesão de partes moles, para curativos ou outros
primeiros dias é realizada a marcha sem carga, com o auxílio de muletas. Deve-se
é gradual evitando a dor aguda, a marcha com apoio do membro operado será
função física, evitar ou reduzir fatores de risco relacionados a saúde, otimizar o estado
MATERIAL E MÉTODOS
hospitalar, sendo que a amostra teve como critério de inclusão, pacientes que estavam
exclusão, pacientes com baixo nível de consciência e com alto risco de refratura como
Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS 196/96), e todos assinaram o Termo
tipo de tratamento. Este trabalho teve a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP)
marca CARCI, onde foi avaliado a flexão de quadril com o joelho estendido, flexão de
joelho, dorso flexão, flexão plantar, inversão e eversão; foi avaliado também o grau de
força de Membros Inferiores (MMII) pelo teste de força manual utilizando a escala de
SAPEGA(6); e foi realizada a perimetria dos MMII, onde a referencia é a patela com
plantar. A evolução gradativa das séries e das repetições, assim como da tensão da faixa
elástica variou de acordo com a evolução dos pacientes. Porém como o tratamento foi
de curta duração não foi possível uma grande variação das séries e repetições, sendo que
pacientes que tinham menor resistência e menor grau de força variaram entre uma série
de dez repetições, evoluindo para uma série de quinze repetições, e aqueles que tinham
maior resistência e maior grau de força variaram entre duas séries de dez repetições a
etapas foram digitados em um banco para a execução da análise estatística dos mesmos.
Excel 2007 e a utilização do software BioEstat 5.0, para análise da significância e para
análise dos dados foi realizado o teste t de Student para amostras dependentes pareadas.
RESULTADOS
A seguir apresentam-se os dados referentes aos graus de força muscular inicial e
Flexão D 5 0 5 0 -
Extensão D 5 0 5 0 -
Flexão D 5 0 5 0 -
Extensão D 5 0 5 0 -
como referência um ponto que separou a patela em duas partes iguais. Quanto à
perimetria inicial e final acima e abaixo da patela não foi obtida diferença
inicial e final obteve-se que para o movimento de flexão com o joelho estendido D a
média inicial foi de 81.8º e a final foi de 89,6º (p= 0,0271), flexão com o joelho
estendido E média inicial de 69,4° e final de 87,8° (p= 0,0221), flexão com joelho
fletido D média inicial de 102,6° e final 119,6° (p= 0,0279), extensão D média inicial de
13,4° e final de 20,6° (p=0,0336), extensão E média inicial de 15,6° e final de 22,6°
(p=0,0052), abdução D média inicial de 45,2° e final de 71,4 (p= 0,0251), e abdução E
inicial e final obteve-se que para o movimento de flexão D a média inicial de 121,4° e a
final de 133,4° (p=0,0271), e flexão E a média inicial 75,8° e a final de 91,8° (p=
plantar D média inicial de 28° e final de 35,4° (p= 0,0416), eversão D média inicial de
15° e final de 23,6° (p= 0,0263), e eversão E média inicial de 4,8° e final de 14° (p=
grande rotatividade de pacientes por ser referência em trauma, o que também contribuiu
literatura, porém são escassos os achados a respeito dos efeitos dos exercícios
que nos leva a acreditar, de acordo com a lesão desses pacientes, que os mesmos
medidas de força isocinética dos extensores e flexores do joelho mostrou uma queda no
pico de torque de 53%. O que não ocorreu neste estudo, pois os pacientes foram
atendidos poucos dias depois da cirurgia, por isso não houve grande perda de força, o
A ação de eversão é criada primariamente pelo grupo muscular fibular, que fica
esta mudança por meio da fita métrica e também devido a uma amostra insuficiente.
sugerem ganho de força, porém sem diferença estatisticamente significante, mas com o
quadril, flexão com joelho estendido bilateralmente, flexão com joelho fletido do lado
ser ainda mais relevantes, o que gera novas possibilidades para outros estudos.
REFERÊNCIAS
2-Ferreira JCA, Abuquerque CS, Giriboni EO, Alves MW, Ferreira RA, Caron M.
3-Ferreira JCA. Fraturas da diáfise dos ossos da perna. Revista Brasileira de Ortopedia.
4-Balbachevsky D, Belloti JC, Martins CVE, Fernandes HJA, Faloppa F, Reis FB.
Como são tratadas as fraturas de tíbia no Brasil? Estudo transversal. Acta Ortopédica
2008.
5- Kisner C, Colby LA, tradutora Ribeiro LB Exercícios Terapêuticos. 4ª Ed. São Paulo:
Manole, 2005
8- Veldhuizen JW, Vertappen FTJ, Vromen JPAM et al. Functional and Morphological
adaptations following four weeks of knee immobilization. T J Sports Med. 1993; 14.
de 2009.
TABELAS
Flexão D 5 0 5 0 -
Flexão D 5 0 5 0 -
Extensão D 5 0 5 0 -
CATEGORIA
Artigo original