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1.

MANIFESTAÇÃO DA RECLAMADA

Segundo a Reclamada “O simples fato de reclinar o banco do carona não pode ser
entendido como leito, pois tal situação não trás conforto ao motorista que pernoita no
interior da cabine.
Conforme consulta a empresa especializada em cabines (Top line cabines) a Srª.
Luzia do Departamento técnico informou que se a cabine é simples e não foi estendida
não pode ser considerada como cabine leito.
Cabe ainda salientar que os motoristas da Reclamada, informaram na perícia que
não descansam bem e não conseguem dormir direito quando pernoitam na cabine dos
caminhões periciados em virtude das dimensões da cabine, da diferença de nível entre os
bancos do motorista e passageiro e da falta de conforto dos bancos que são utilizados
como cama.”

Excelência, resta evidente que o parecer técnico do douto Perito foi elaborado sem
fundamentação técnica e utilizando elementos subjetivos. Ademais, em nenhum
momento o Sr. Perito apresentou a metodologia utilizada conclusão do presente laudo
pericial.
Diante de tal situação, o laudo pericial, data vênia, deve ser desconsiderado.
Excelência, observe que o expert realizou medições da largura do caminhão periciado
e da largura da cabine leito e não apresentou nenhuma conclusão dos dados coletados se
atende ou não alguma norma regulamentadora. Sendo assim, os dados apresentados são
meramente ilustrativos. Diante do exposto, qual é tamanho que deve ter a cabine leito e
sua largura? Qual norma regulamentadora do ministério do trabalho o perito utilizou? Ou
qual norma da ABNT ou ainda qual o artigo da CLT, o expert se fundamentou para
concluir o ato da pericial?
Além de não apresentar a metodologia na fundamentação do laudo pericial, o douto
perito alega ter consultado a Sra. Luiza do departamento técnico de uma empresa
especializada. Mas quem seria a “expert” Sra. Luiza que segundo o ilustre Perito diz que:
“Conforme consulta a empresa especializada em cabines (Top line cabines) a Srª. Luzia
do Departamento técnico informou que se a cabine é simples e não foi estendida não
pode ser considerada como cabine leito.”
Qual norma e qual legislação a expert Sra. Luiza teria utilizado e porque não foi mais
esclarecedora para auxiliar o douto Perito na conclusão do mérito, visto que claramente
não tem conhecimento técnico para avaliação desse pleito judicial.
Contudo, o douto perito não apresentou qual as normas regulamentadoras legais e
nem mesmo qual as condições mínimas necessárias para definição da cabine leito
fundamentado na legislação vigente.
Por todo exposto, impugna-se a conclusão do laudo pericial, ressalvando-se, desde já, o
direito da reclamada de exigir esclarecimentos adicionais em audiência, tal como
prescreve o artigo 435 do Código de Processo Civil.
Outrossim, reitera-se com veemência o pedido de improcedência dos pedidos da
Reclamante no tocante da controvérsia das condições de adaptação das camas nos
caminhões, eis que é medida que se impõe.

Termos em que,

Pede deferimento.
Umuarama – PR, 11 de junho de 2019.

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