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Universidade Federal de Uberlândia

Conversão de Energia e Máquinas Elétricas


Dr. Carlos Henrique Salerno

TRANSFORMADORES
ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO

ARNON AFONSO V. CARRASCO 11511EMT030


DANIEL BARBOSA PEREIRA 11521EMT011
MATHEUS FREITAS SANTOS 11311EMT023
PEDRO HENRIQUE SILVA OLIVEIRA 11611EMT007

UBERLÂNDIA
Junho de 2019
Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 5
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................................................ 6
3.1 Materiais utilizados .......................................................................................................... 6

3.2 Montagem ........................................................................................................................ 6

4. RESULTADOS ....................................................................................................................................... 7
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 8
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 9

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1. INTRODUÇÃO

Os transformadores são responsáveis por gerar uma variação na tensão de


saída, com a conservação da energia de entrada e, portanto, conservação da potência
e frequência inicial; para isso, varia-se o valor da corrente elétrica. O valor da potência
é, teoricamente, conservado, contudo na prática observa-se que há perdas de energia
(BERTINI, 2003).
Essas máquinas elétricas estáticas são constituídas de dois enrolamentos de
condutores, denominados primário, aquele que recebe a tensão inicial a ser alterada,
e secundário, local de saída da tensão desejada. Já o núcleo é, em geral,
confeccionado de material ferromagnético. A estrutura genérica dos transformadores
é apresentada na figura 1.

Figura 1 – Transformador genérico (Fonte: Adaptações de PETRY, 2007)

O circuito elétrico, representado na Figura 2, é uma forma equivalente de


representar as perdas nos enrolamentos do transformador, causadas em suma
maioria por: efeito Joule, histerese e correntes de Foucault. Além dos fluxos de
dispersão tanto do primário quanto do secundário e a reatância de magnetização.

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Figura 2 – Representação completa de um transformador

Os parâmetros do circuito equivalente de um transformador são determinados


pelos dados de projeto ou por meio de testes, os mais comuns são o ensaio a vazio
(ou de circuito aberto), quando o transformador está sem nenhuma carga conectada
ao enrolamento secundário, e o ensaio de curto-circuito, quando o transformador está
com o enrolamento secundário em curto.
Ensaios a vazio são importantes para determinar perdas do núcleo à tensão
nominal. Portanto, os parâmetros do ramo de magnetização (𝑅𝑐 e 𝑋𝑚 ) do circuito
equivalente do transformador são obtidos por meio de medições de tensão, corrente
e potência primária realizadas nesse teste.
Enquanto que o ensaio de curto-circuito possui o objetivo de medir as perdas
do cobre à corrente nominal, podendo assim estudar as características de
desempenho do transformador, como rendimento e regulação de tensão. Dessa
forma, os parâmetros 𝑅𝑒𝑞,1 e 𝑋𝑒𝑞,1 podem ser facilmente calculados através de
medições feitas durante esse teste.

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Figura 3 – Dados do transformador utilizado no ensaio

2. OBJETIVOS

O objetivo do ensaio de curto-circuito é a determinação de alguns parâmetros


do transformador, como:
• Perdas no cobre (perdas por efeito Joule)
• Perdas por fluxo magnético de dispersão
• Validar a teoria de transformadores aprendida em sala de aula

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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 Materiais utilizados

- 1 transformador monofásico
- 1 varivolt monofásico
- 1 voltímetro analógico
- 1 amperímetro analógico
- 1 wattímetro analógico
- Cabos para conexão

3.2 Montagem

A Figura 3 demonstra como realizar a montagem, sendo que o lado de alta


tensão é ligado ao varivolt, enquanto o lado de baixa tensão é curto circuitado.
Logicamente, wattímetro, voltímetro e amperímetro são conectados no lado de alta
tensão para que fosse possível validar o experimento.

Figura 3 – Montagem do circuito

Após a montagem completa do circuito, aumenta-se cuidadosamente o nível


de tensão do varivolt até que a corrente no amperímetro alcance o valor da corrente
nominal.

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4. RESULTADOS

Durante o ensaio do transformador em curto-circuito, foram obtidos os valores


de tensão 𝑉1 = 13 𝑉, de corrente 𝐼𝑐𝑐 = 6,8 𝐴 e de potência 𝑃𝑐𝑐 = 104 𝑊, através do
voltímetro, amperímetro e wattímetro, respectivamente.
Calcula-se a resistência equivalente do circuito, que representa as perdas no
cobre (perdas Joule) das bobinas do transformador, por meio da potência.

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𝑃𝑐𝑐 = 𝑅𝑒𝑞 𝐼𝑐𝑐
𝑃𝑐𝑐
𝑅𝑒𝑞 = 2
𝐼𝑐𝑐
94
𝑅𝑒𝑞 =
6,82
𝑅𝑒𝑞 = 2,033 Ω

Determina-se, então, o valor do módulo da impedância do circuito por meio da


relação abaixo.

𝑉1
𝑍𝑒𝑞 =
𝐼𝑐𝑐
13
𝑍𝑒𝑞 =
6,8
𝑍𝑒𝑞 = 1,912 Ω

Após isso, com o valor da impedância e da resistência equivalentes, é possível


calcular a reatância equivalente do circuito, que representa as perdas de dispersão de
fluxo magnético das bobinas do transformador.

2 2 2
𝑍𝑒𝑞 = 𝑅𝑒𝑞 + 𝑋𝑒𝑞

2 − 𝑅2
𝑋𝑒𝑞 = √𝑍𝑒𝑞 𝑒𝑞

𝑋𝑒𝑞 = √2,0332 − 1,9122


𝑋𝑒𝑞 = 0,691 Ω

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5. CONCLUSÃO

Foi possível observar, que com uma tensão reduzida inserida pelo varivolt na
seção de alta tensão, foi possível chegar na corrente de curto circuito, com os dados
da tensão inserida, e da corrente de curto-circuito foi possível encontrar os valores
equivalentes do transformador, desprezando os valores de resistência e impedância
do Trafo.
Com os dados obtidos no ensaio a vazio, do relatório anterior, e o ensaio em
curto circuito, foi possível encontrar todos os dados possíveis para identificar o
transformador; infelizmente, não podemos concluir que usamos o mesmo
transformador para ambos os relatórios.
Ademais, é possível notar as perdas causadas pelo enrolamento, correntes de
Foucault e pela dispersão do fluxo magnético e como elas se apresentam
matematicamente, por meio das equações de da impedância e da resistência que,
combinadas, formam a reatância equivalente deste circuito.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

BERTINI, L. A. Transformadores: Teorias, Práticas e Dicas (para transformadores de


pequena potência). São Paulo: Eltec Editora, 2003.

PETRY, C. A. Transformadores. Florianópolis: CEFET SC, 2007.

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