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NAS 5 FONTES
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
MÓDULO EXTRA 1 - Administração Pública:
Disposições Gerais:
Princípios Constitucionais da Administração Pública:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte (...).
A redação atual do art. 37 foi dada pela EC 19/98 que inseriu o
princípio da eficiência efetivando, assim, a implantação da chamada
“Administração Pública Gerencial” no Brasil.
Estes princípios se aplicam tanto à administração pública direta
(órgãos pertencentes à estrutura desconcentrada do governo
federal, estadual, municipal ou do distrito federal) quanto à
administração pública indireta (entidades descentralizadas vinculadas
aos governos, tais como as autarquias – Banco Central, SUSEP... –,
fundações públicas – IBGE, Fiocruz... -, empresas públicas –
Caixa Econômica Federal... – e sociedades de economia mista –
Banco do Brasil, Petrobrás...).
As iniciais destes princípios formam um mnemônico muito utilizado: o
LIMPE. Vamos entender cada um dos princípios:
• Legalidade - É considerado o princípio fundamental da
administração pública, pois toda a conduta do agente público
deve ser pautada no que dispõe a lei. A legalidade pode ser
empregada em duas visões:
1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a
lei não proíba.
2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente
aquilo que a lei permite ou autoriza.
É importante ainda que lembremos que legalidade é um
conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou dentro dos
limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas espécies
de poderes dos administradores públicos:
a) Poder vinculado – quando o administrador público deve
cumprir exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem
margem de atuação por sua conveniência e oportunidade.
b) Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas
gerais, os limites, do mandamento, deixando margem para uma
atuação de acordo com a conveniência e oportunidade do
administrador público.
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quando esta deixa alguma margem para a Administração agir
conforme os critérios de conveniência e oportunidade.
b) impede o exercício do poder discricionário pela Administração, haja
vista que esse princípio está voltado para a prática dos atos
administrativos vinculados, punitivos e regulamentares.
c) autoriza o exercício do poder discricionário pelo administrador
público, com ampla liberdade de escolha quanto ao destinatário do
ato, independentemente de previsão normativa.
d) impede a realização de atos administrativos decorrentes do
exercício do poder discricionário, por ser este o poder que a lei
admite ultrapassar os seus parâmetros para atender
satisfatoriamente o interesse público.
e) traça os limites da atuação da Administração Pública quando
pratica atos discricionários externos, mas deixa ao administrador
público ampla liberdade de atuação para os atos vinculados internos.
Comentários:
Legalidade é um conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou
dentro dos limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas
espécies de poderes dos administradores públicos:
Poder vinculado – quando o administrador público deve cumprir
exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem margem de
atuação por sua conveniência e oportunidade.
Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas gerais,
os limites, do mandamento, deixando margem para uma atuação de
acordo com a conveniência e oportunidade do administrador público.
Gabarito: Letra A.
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9. (CESPE/SEAPA-DF/2009) De uma forma geral, os princípios
constitucionais da administração pública correspondem a formulações
normativas gerais que servem de orientação para a interpretação dos
administradores, razão pela qual os tribunais brasileiros adotam o
entendimento prevalecente de que um princípio pode ser invocado
para sustentar a ilegalidade de um ato administrativo, mas jamais
para fundamentar a inconstitucionalidade de decisões
administrativas.
Comentários:
Tudo o que é constitucional, sejam regras ou princípios, devem
obrigatoriamente ser respeitados sob pena de inconstitucionalidade,
logo, padecerá de inconstitucionalidade qualquer ato normativo ou
administrativo que viole algo que esteja expresso ou implícito no
texto constitucional.
Gabarito: Errado.
Cargos públicos:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
A redação deste inciso também foi dada pela EC 19/98. Essa emenda
abriu a possibilidade de que os estrangeiros possam ocupar
cargos públicos, desde que na forma da lei.
Outra norma semelhante pode ser encontra na Constituição, art. 207,
§ 1º → Universidades e instituições de pesquisa científica e tec-
nológica podem admitir professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, na forma da lei.
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Ingresso no serviço público:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Com a redação dada pela EC 19/98 esse inciso passou a prever que
os concursos deverão ser realizados de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei.
Em regra, qualquer cargo público, seja ele efetivo (cargo
propriamente dito) ou não-efetivo (emprego público) precisa ser
provido por concurso público. Há, no entanto, exceções:
• Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei de livre nomeação e exoneração. É o que chamamos
de cargos demissíveis ad nutum. Veremos mais detalhes à
frente.
• Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público.
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Comentários:
A Constituição dispõe em seu art. 37, II que, ressalvados os cargos
em comissão, a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos.
Gabarito: Correto.
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RE 227480 / RJ - RIO DE JANEIRO.
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art. 37, III). Logo, é plenamente aceitável concurso com prazo de
validade inferior a dois anos.
Gabarito: Errado.
Esquematizando:
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Essas funções de confiança e cargos em comissão, por serem
providas sem concurso público, frequentemente são usadas como
forma de favorecimento de parentes ou aliados políticos (nepotismo).
O nepotismo é uma clara afronta aos princípios da moralidade
administrativa, impessoalidade e eficiência, já que constitui uma
prática reprovável, que não trata com isonomia possíveis candidatos
ao cargo, e ainda, muitas vezes preterindo alguém mais qualificado
para o exercício do mesmo.
Devido a isso, gerou-se recentemente uma grande discussão no STF
a fim de coibir tal prática. Como resultado desses julgamentos sobre
casos concretos, surgiu a súmula vinculante nº 13, vejamos:
• Súmula Vinculante nº 13 → A nomeação de cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
• Inaplicabilidade da súmula vinculante nº 13 → À
nomeação de irmão de Governador de Estado no cargo de
Secretário de Estado, não se aplica a súmula vinculante nº 13
por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários
de Estado são agentes políticos2.
2
STF – Rcl–MC–AgR 6650 / PR – PARANÁ – 16/10/2008 - Entendimento firmado com base no R.Ex.
579.951/RN.
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26. (FCC/Serviço de Notas e Registro - TJPA/2011) A
nomeação de irmão de Secretário de Estado para exercer cargo de
confiança de assessoria na Secretaria de que este é titular
a) não pode ser objeto de questionamento judicial, em virtude do
princípio da separação de poderes, por se tratar de ato de
competência do Poder Executivo.
b) pode ser objeto de mandado de segurança coletivo, impetrado
pelo Ministério Público, por ofensa a interesse difuso protegido
constitucionalmente.
c) é passível de impugnação por qualquer cidadão, por meio de ação
popular, em virtude de ofensa à moralidade administrativa.
d) pode ser objeto de habeas data, impetrado por quem preencha os
requisitos para o cargo, com vistas à anulação do ato de nomeação.
e) não conflita com os princípios constitucionais da Administração
Pública, uma vez que não traz prejuízo ao erário.
Comentários:
A questão trata da súmula vinculante 13, a qual proíbe o nepotismo
na administração pública, vedando a nomeação de parentes até o 3º
grau para os cargos de confiança.
Não confunda essa questão que fala de um secretário nomeando o
seu irmão para um cargo de confiança com a decisão do STF
sobre a inaplicabilidade da súmula vinculante 13, onde disse ser lícita
um governador nomeando o seu irmão para ser secretário.
Segundo o STF, a nomeação para os cargos de Ministros e
Secretários, por serem cargos políticos, não precisam observar a
súmula vinculante 13.
Gabarito: Letra C.
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28. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Na administração
pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, os cargos em
comissão destinam-se apenas às atribuições de direção e chefia.
Comentários:
Também poderá ser para atribuição de assessoramento (CF, art. 37,
V).
Gabarito: Errado.
Associação sindical
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;
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34. (CESPE/ TCE-AC/2009) Ao servidor público civil é vedada a
associação sindical.
Comentários:
O servidor público civil pode perfeitamente sindicalizar-se (CF, art.
37, VI). Tal vedação só ocorre para os servidores públicos militares.
Gabarito: Errado.
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Lei nº 8.112/90 – Rege os Servidores Públicos Federais – Às pessoas
portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.
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Gabarito: Errado.
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Segundo o dispositivo, os tetos são os seguintes:
TETO FEDERAL E GERAL Subsídio dos Ministros do STF.
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Para o PJ Subsídio do Desembargador do TJ (este é limitado
a 90,25% do STF, e também se aplica aos membros do MP,
Procuradores e DP).
Gabarito: Correto.
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Não vinculação ou equiparação remuneratória
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;
Assim, não se pode estabelecer, por exemplo, que o vencimento do
Auditor Fiscal da Receita Federal deve ser idêntico ao do Auditor do
TCU, ou ainda dizer que deverão ganhar 80% do subsídio de um
juiz federal.
Isso implicaria em uma cadeia remuneratória, sempre que a
remuneração de um aumentasse, em uma “bola de neve”, iria
aumentar a remuneração dos outros.
Essa vinculação ou equiparação só será permitida nas hipóteses
constitucionais, por exemplo:
• CF, art. 39, § 5º → Lei da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos;
• CF, art. 93, V - O subsídio dos Ministros dos Tribunais
Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal
Federal (...).
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Irredutibilidade
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I;
Ou seja, eles são irredutíveis, salvo se estiverem irregulares
(ultrapassando algum teto; não estiver observando a vedação ao
efeito cascata; ferindo a isonomia tributária). Os dispositivos do art.
153, III e § 2º, I versam sobre o “imposto de renda”, que não pode
ser alegado como ofensa à irredutibilidade.
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Vemos, então, que os cargos públicos são em regra inacumuláveis
com outros cargos, empregos e funções também públicas
remuneradas. A possibilidade de se acumularem cargos públicos
remunerados simultâneos é exceção, e só pode ocorrer quando se
tratar dos cargos expressamente previstos na Constituição e houver
compatibilidade de horários para essa acumulação. Em todo caso, o
somatório das remunerações, não podem ultrapassar os tetos
remuneratórios constitucionalmente estabelecidos (CF, art. 37, XI).
Existe ainda outra acumulação que é vedada pela Constituição: a
acumulação de proventos de aposentadoria:
CF, art. 37, § 10 → É vedada a percepção simultânea de proventos
de aposentadoria decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142
(militar) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.
CF, art. 40 § 6º → Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.
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Mesmo acumulando, o somatório da remuneração mensal,
inclusive de proventos de aposentadoria, não poderá ultrapassar
aqueles tetos vistos anteriormente;
A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público.
Jurisprudência
Segundo o STJ: “É inconstitucional a acumulação de um cargo de
natureza burocrática com outro de professor.” “O cargo ocupado deve
ter natureza técnica para os fins de acumulação com o cargo de
professor”.
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Tais regras, dispostas no art. 37, XVI, da Constituição, se aplicam a
todo o serviço público, qualquer que seja a esfera.
Gabarito: Errado.
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A proibição de acumulação só surgiu com o advento da EC 20/98.
Desta forma, em 1997 como foi indicado pelo enunciado, essa
acumulação era possível
Gabarito: Errado.
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Assim temos:
Somente por lei específica poderá:
Ser criada autarquia; e
Ser autorizada a instituição de:
o Empresa pública;
o Sociedade de economia mista; e
o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso,
definir as áreas de sua atuação;
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o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso,
definir as áreas de sua atuação;
Gabarito: Correto.
Licitação pública
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
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integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Gabarito: Letra B.
Improbidade administrativa
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível.
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.
O parágrafo 4º merece atenção, pois é muito cobrado em concursos.
Deve-se ter atenção a esta diferença:
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suspensão → dos direitos políticos;
perda → da função pública;
O parágrafo 5º também merece atenção para fins de concurso, veja
que os ilícitos terão seus prazos de prescrição disciplinado em lei, isto
quer dizer que após este prazo, previsto em lei, o Estado não poderá
mais punir o infrator. Porém, a Constituição não prevê a
possibilidade para prescrição das ações de ressarcimento. Ou
seja, ainda que o infrator não possa mais ser punido pelo Estado, ele
deverá ressarcir os danos causados ao erário.
Dessa forma, podemos esquematizar as consequências dos atos de
improbidade administrativa da seguinte forma:
SUSPENSÃO dos direitos políticos;
PERDA da função pública;
Indisponibilidade dos bens;
O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e gradação
previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a
lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos.
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O erro, dessa forma, está na letra C, já que não existe pena de
banimento no Brasil, sendo a perda da nacionalidade declarada
apenas nos termos do art. 12 §4º da Constituição, não sendo
aplicável aos condenados por improbidade.
Gabarito: Letra C.
Então temos:
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PJ de direito público;
PJ de direito privado prestadoras de serviços públicos.
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qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Gabarito: Correto.
Contrato de gestão:
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
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II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
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tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;
Gabarito: Errado.
Servidores Públicos:
Devido à Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI – nº 2.135– 4 –
A redação do caput do art. 39 da CF, dada pela EC 19/98, está
cautelarmente suspensa. Ela extinguia o Regime Jurídico Único na
Administração Direta, Autárquica e Fundacional e possuía o seguinte
texto:
“A União, os Estados, o DF e os Municípios instituirão conselho
de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes.”
Com o texto da EC 19/98 acabava a obrigatoriedade de que a
administração pública direta contratasse servidores exclusivamente
pelo regime estatutário, abrindo a possibilidade de se contratar
empregados públicos, regidos pela CLT.
Porém, com a suspensão, volta a vigorar o texto anterior, embora
com uma eficácia não retroativa (ex-nunc) até o momento, pois é
uma decisão cautelar. O caput antigo, que volta a vigorar diz:
“A União, os Estados, o DF e os Municípios instituirão,
no âmbito de sua competência, regime jurídico único
e planos de carreiras para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.”
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Incentivos à eficiência
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
entre os entes federados.
Como incentivo à eficiência podemos citar também o § 7º – Aplicação
de excedentes em programas de qualidade: Lei da União, dos
Estados, do DF e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em
cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.
Subsídio
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI.
• Apenas pode haver acréscimos de parcelas indenizatórias (a
nível federal, segundo a Lei nº 8.112/90, seriam elas: ajuda
de custo, diária, transporte e auxílio moradia).
• Também é obrigatório para os:
Servidores policiais (art. 144, § 9º);
Membros do MP (art. 128, § 5º, I, “c”); e
Defensores Públicos e integrantes da AGU (art.
135).
Observe que não são “os servidores das polícias”, mas,
somente os policiais.
• §8º Este tipo de remuneração também pode ser usada,
porém de forma facultativa, para os demais servidores de
carreira.
Demais observações
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§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
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A quem se aplica o RPPS? Quem financia o RPPS?
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto
neste artigo.
Atuarial é relativo à “atuária” (ciência aplicada em seguros que tenta
analisar as expectativas de riscos futuros).
Em se tratando de RPPS (Regime Próprio de Previdência Social)
estadual, distrital ou municipal, as alíquotas para o seu financiamento
não poderão ser inferiores às cobradas pela União. Isso de acordo
com a CF, art. 149, §1º: "Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o
art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União".
Vemos que deve contribuir para o RPPS:
o respectivo ente;
os servidores ativos; e
os servidores inativos e pensionistas, porém, estes só
contribuem em relação ao valor do provento que passar do
teto das aposentadorias do RGPS, isto é devido à isonomia
aplicada ao art. 195, II da CF (vide art. 40, § 18).
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seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§
3º e 17:
Disposições conexas:
• § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que
se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão.
• § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por
ocasião da sua concessão, serão consideradas as
remunerações utilizadas como base para as contribuições do
servidor ao RPPS e também, na forma da lei, o que contribuiu
para o RGPS.
É o que chamamos da contagem recíproca da contribuição, o que foi
contribuído para o RGPS pode ser usado no RPPS e vice-versa.
• § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em lei.
• § 11 Aplicam-se os tetos de remuneração (art. 37, XI) à
soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos,
bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o
RGPS, e ao montante resultante da adição de proventos de
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
Ou seja, o somatório total de “proventos”, ou “proventos +
cargos”, e até mesmo “cargos + cargos”, nunca poderá
ultrapassar o teto remuneratório do Ministro do STF.
• § 17 Todos os valores de remuneração considerados para o
cálculo do benefício serão devidamente atualizados, na forma
da lei.
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respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. Assim, em
que pese haver um cálculo próprio para saber o valor dos proventos
da aposentadoria ou pensão, há um limite intransponível, que é a
remuneração que o servidor possuía em atividade e que serviu como
base para conceder o benefício.
Gabarito: Correto.
Regras de Aposentadoria
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
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anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição,
se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
Aposentadoria compulsória:
– PROVENTOS PROPORCIONAIS ao tempo de CONTRIBUIÇÃO aos
70 ANOS de idade.
Aposentadoria voluntária:
Voluntária com proventos “integrais”:
60 anos de idade; (55 se professor “FMI”)
Se Homem 35 anos de contribuição; (30 se professor “FMI”)
10 anos no serviço público;
(60+35+10+5)
5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria
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55 anos de idade; (50 se professor “FMI”)
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30 anos de contribuição; (25 se professor “FMI”)
10 anos no serviço público;
5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria
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Se Mulher
(55+30+10+5)
60 anos de idade;
? anos de contribuição – proporcional a este tempo;
Se Mulher
10 anos no serviço público;
(60+ X +10+5) 5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria
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O Gabarito da questão é letra C, 70 anos com proventos
proporcionais, pois, imagine uma pessoa entrar no serviço com 65
anos de idade e depois de 5 anos apenas, se aposentar com
proventos integrais, seria ilógico não é mesmo?!
Gabarito: Letra C.
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II. Que exerçam atividades de risco;
III. Cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Gabarito: Correto.
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efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de previdência social.
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§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor
que tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente regime
de previdência complementar. (Incluído pela EC 20/98)
Organizando:
• A quem se aplicará?
R: O Regime Complementar só ser aplicará aos servidores
ocupantes de cargos efetivos. Em se tratando de servidor
que tiver ingressado no serviço público antes instituição do
Regime Complementar, só se aplicará se ele optar
expressamente.
• Quem poderá instituir e como instituirá?
R: Qualquer dos entes – União, Estados, DF e Municípios –
através de lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo.
• Será requisito para quê?
R: A instituição do regime complementar é o requisito que
a Constituição exige para fixar o teto das aposentadorias e
pensões do RPPS em valor igual ao fixado pelo RGPS.
Perceba o que diz o § 14: Permite essa equiparação de
tetos “desde que” antes se crie um regime de previdência
complementar para o ente.
• Qual a relação com a previdência complementar
privada?
R: (Vide CF, art. 202 ). Devem ser observadas as
disposições constitucionais da previdência privada, no que
couber.
• Quais instituições que irão intermediar?
R: Será por intermédio de entidades fechadas de
previdência complementar, de natureza pública.
• Quais os planos de benefícios que serão oferecidos?
R: Os planos de benefícios terão uma única modalidade:
contribuição definida.
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estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201 desta
Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for
portador de doença incapacitante. (Incluído pela EC 47/05)
Abono de permanência
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha
completado as exigências para aposentadoria voluntária
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º,
II. (Incluído pela EC 41/03)
Estabilidade
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.
(Redação dada pela EC 19/98. Anteriormente, a estabilidade
era adquirida com apenas 2 anos de efetivo serviço. A EC 19
elevou esse prazo para 3 anos. A EC 19 também passou a
prever que a estabilidade só ocorreria para aqueles
servidores nomeados em "cargo de provimento efetivo", não
albergando os empregados públicos regidos pela CLT)
Importante notar que a EC 19 não alterou o prazo de vitaliciedade
para os Juízes, que, segundo o art. 95, I, continua sendo de 2 anos.
Se o candidato lembrar que "a emenda aumentou o prazo para
estabilidade mas não mexeu com os Juízes", será muito fácil na hora
da prova acertar que o prazo para estabilidade é de 3 anos, enquanto
o de vitaliciedade é de 2 anos.
Outra coisa importante é o fato de que o prazo só começa a ser
contado a partir da efetiva entrada em exercício, e não da nomeação
ou da posse.
Diz o § 4º: Como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
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Comentários:
Atualmente a jurisprudência dominante, principalmente no STF, é de
que o estágio probatório é de 3 anos acompanhando o período para a
aquisição de estabilidade.
Gabarito: Errado.
Perda do cargo
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
(Redação dada pela EC 19/98, que incluiu os 3 incisos)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Observação:
Além dessas 3 hipóteses, segundo a CF, art. 169, §4º, o servidor
estável também poderá perder o cargo por excesso de despesas.
Assim, temos uma quarta hipótese de perda do cargo para o servidor
estável. No caso de excesso de despesas (CF, art. 169, §4º), porém,
antes de exonerar o servidor estável, deverá o órgão promover:
I. redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
II. exoneração dos servidores não estáveis;
III. se ainda não for suficiente → O servidor estável poderá perder o
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal (para que isso ocorra depende de lei
federal de normas gerais).
CF, art. 169, § 6º → É vedada a criação de cargo similar ao extinto
por excesso de despesas por 4 anos.
CF, art. 247 → As leis previstas para regulamentar a perda do cargo
do servidor público estável por procedimento de avaliação periódica e
a que disciplinará a perda do cargo do servidor estável por excesso
de despesa estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda
de cargo, que, em decorrência das suas atribuições, desenvolva
atividades exclusivas de estado.
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82. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Após a aquisição da
estabilidade, o servidor público não pode perder o cargo mediante
procedimento de avaliação periódica.
Comentários:
Segundo o art. 41 § 1º da Constituição, o servidor público estável só
perderá o cargo:
I. em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II. mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada am-
pla defesa;
III. mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Existe ainda a hipótese prevista no art. 169, § 4º que versa que o
servidor estável também poderá perder o cargo por excesso de
despesas se as medidas adotadas não forem suficientes.
Gabarito: Errado.
Cargo 1 Cargo 2
Serv. A Serv. B
Cargo 1 Cargo 2
Serv. A Serv. B
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Reintegração
Não = Exonerado
Cargo 1
Cargo 2
Questões gerais:
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