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CURSO ON-LINE - D. CONST.

NAS 5 FONTES
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
MÓDULO EXTRA 1 - Administração Pública:

Disposições Gerais:
Princípios Constitucionais da Administração Pública:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte (...).
A redação atual do art. 37 foi dada pela EC 19/98 que inseriu o
princípio da eficiência efetivando, assim, a implantação da chamada
“Administração Pública Gerencial” no Brasil.
Estes princípios se aplicam tanto à administração pública direta
(órgãos pertencentes à estrutura desconcentrada do governo
federal, estadual, municipal ou do distrito federal) quanto à
administração pública indireta (entidades descentralizadas vinculadas
aos governos, tais como as autarquias – Banco Central, SUSEP... –,
fundações públicas – IBGE, Fiocruz... -, empresas públicas –
Caixa Econômica Federal... – e sociedades de economia mista –
Banco do Brasil, Petrobrás...).
As iniciais destes princípios formam um mnemônico muito utilizado: o
LIMPE. Vamos entender cada um dos princípios:
• Legalidade - É considerado o princípio fundamental da
administração pública, pois toda a conduta do agente público
deve ser pautada no que dispõe a lei. A legalidade pode ser
empregada em duas visões:
1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a
lei não proíba.
2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente
aquilo que a lei permite ou autoriza.
É importante ainda que lembremos que legalidade é um
conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou dentro dos
limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas espécies
de poderes dos administradores públicos:
a) Poder vinculado – quando o administrador público deve
cumprir exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem
margem de atuação por sua conveniência e oportunidade.
b) Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas
gerais, os limites, do mandamento, deixando margem para uma
atuação de acordo com a conveniência e oportunidade do
administrador público.

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• Impessoalidade - Os atos praticados pelo agente público


devem ser imputados ao órgão da administração e não ao
agente público. Assim, o agente público é apenas a forma de
exteriorizar a vontade da administração, um mero executor do
ato, não podendo deixar que aspectos subjetivos, pessoais,
influenciem na sua execução. Possui também dois prismas de
observação:
1- Do administrador – o agente público deve ser impessoal
ao praticar o ato.
2- Do administrado – o particular, como destinatário do ato,
não deve ser favorecido ou prejudicado por suas características
pessoais.
• Moralidade - Ao administrador público não basta cumprir o
que está na lei, deve-se guiar por padrões éticos de conduta e
zelo pelo alcance do interesse público. O ato administrativo que
for considerado imoral será inconstitucional, devendo ser
invalidado.
• Publicidade - os atos administrativos devem estar revestidos
de total transparência para poderem ser fiscalizados pela
sociedade (salvo àqueles que forem essenciais à segurança da
sociedade e do Estado)
• Eficiência - Inserido pela EC 19/98. Diz que o administrador
público deve ser racional no uso dos gastos, buscando sempre
ter o melhor benefício com o menor custo dos recursos
públicos. Também orienta o agente público a ter resultados
satisfatórios em termos de quantidade e qualidade no
desempenho de sua atividade.
Estes 5 princípios arrolados acima, são o que chamamos princípios
constitucionais explícitos da administração pública. A doutrina, no
entanto, reconhece que teríamos alguns princípios implícitos na
Constituição, como:
Supremacia do Interesse Público – O interesse público, que é
coletivo, deve prevalecer sobre o interesse particular;
Indisponibilidade do Interesse Público - Os bens e o interesse
público pertencem à coletividade, eles são indisponíveis, logo, o
administrador deverá apenas geri-los não podendo agir como “bem
entender” sobre os esses bens e interesses confiados à sua guarda.
Princípio da Finalidade – A finalidade dos atos deve ser sempre o
alcance do interesse público.
Princípio da Razoabilidade e o da Proporcionalidade – No
âmbito da administração pública, esses princípios direcionam o
administrador a ponderar a sua atuação diante do caso concreto e
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agir sem extremos em sua atividade, o chamado “entendimento do
homem médio”.

1. (FCC/DPE-RS/2011) Na relação dos princípios expressos no


artigo 37, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil,
NÃO consta o princípio da
a) moralidade.
b) eficiência.
c) probidade.
d) legalidade.
e) impessoalidade.
Comentários:
Os princípios expressos da Administração Pública são aquele famoso
“LIMPE” que está no art. 37 da Constituição. A questão,
maldosamente, tirou a “publicidade” e colocou “probidade”, que
também começa com “P”. A letra C é o gabarito, o correto seria
“publicidade”.
Gabarito: Letra C.

2. (FCC/AJAA-TRT 8º/2010) O princípio, que determina que o


administrador público seja um mero executor do ato, é o da:
a) legalidade.
b) moralidade.
c) publicidade.
d) eficiência.
e) impessoalidade.
Comentários:
A questão trata claramente da impessoalidade, segundo à qual o
agente público é um mero executor do ato, ato este que deve ser
imputado ao órgão e não ao administrador, que não pode deixar as
suas subjetividades influenciar em sua função.
Gabarito: Letra E.

3. (FCC/AJAJ-TRT 4º/2011) O conteúdo do princípio


constitucional da legalidade,
a) não exclui a possibilidade de atividade discricionária pela
Administração Pública, desde que observados os limites da lei,

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quando esta deixa alguma margem para a Administração agir
conforme os critérios de conveniência e oportunidade.
b) impede o exercício do poder discricionário pela Administração, haja
vista que esse princípio está voltado para a prática dos atos
administrativos vinculados, punitivos e regulamentares.
c) autoriza o exercício do poder discricionário pelo administrador
público, com ampla liberdade de escolha quanto ao destinatário do
ato, independentemente de previsão normativa.
d) impede a realização de atos administrativos decorrentes do
exercício do poder discricionário, por ser este o poder que a lei
admite ultrapassar os seus parâmetros para atender
satisfatoriamente o interesse público.
e) traça os limites da atuação da Administração Pública quando
pratica atos discricionários externos, mas deixa ao administrador
público ampla liberdade de atuação para os atos vinculados internos.
Comentários:
Legalidade é um conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou
dentro dos limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas
espécies de poderes dos administradores públicos:
Poder vinculado – quando o administrador público deve cumprir
exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem margem de
atuação por sua conveniência e oportunidade.
Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas gerais,
os limites, do mandamento, deixando margem para uma atuação de
acordo com a conveniência e oportunidade do administrador público.
Gabarito: Letra A.

4. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O importante princípio da


legalidade, que foi inserido expressamente pela EC 19/98, indica que
os gestores da coisa pública deverão desempenhar seus encargos de
modo a otimizar legalmente o emprego dos recursos que a sociedade
lhes destina.
Comentários:
Tudo que o enunciado trouxe estaria correto se o princípio indicado
fosse o da "eficiência" e não o da "legalidade". O princípio da
eficiência que foi expressamente inserido pela EC 19/98 e que
direciona o administrador na otimização dos gastos.
Gabarito: Errado.

5. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) O princípio constitucional


que exige da administração pública ação rápida e precisa para
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produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população
denomina-se princípio da razoabilidade.
Comentários:
O correto seria o princípio da eficiência, já que razoabilidade é
ponderar a atuação do administrador ao caso concreto e agir sempre
nos limites do "homem médio", sem adotar extremos em sua
atividade.
Gabarito: Errado.

6. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) A propósito da


atividade administrativa, considere:
I. A administração pública tem natureza de múnus público para quem
a exerce, isto é, de encargo de defesa, conservação e aprimoramento
dos bens, serviços e interesses da coletividade.
II. No desempenho dos encargos administrativos o agente do Poder
Público tem liberdade de procurar qualquer objetivo, ou de dar fim
diverso do previsto em lei, desde que atenda aos interesses do
Governo.
III. Dentre os princípios básicos da Administração não se incluem o
da publicidade e o da eficiência.
IV. O princípio da legalidade significa que o administrador público
está, em toda a sua atividade funcional, sujeito a mandamentos da
lei e às exigências do bem comum.
V. Enquanto no Direito Privado o poder de agir é uma faculdade, no
Direito Público é uma imposição, um dever para o agente que o
detém, traduzindo-se, portanto, num poder-dever.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, IV e V.
c) II, IV e V.
d) III e IV.
e) III e V.
Comentários:
I - Correto. Cabe ao administrado público o zelo com o patrimônio e a
defesa do interesse público ao exercer sua atividade.
II- Errado. O objetivo será sempre a satisfação do interesse público.
III - Errado. Trata-se do LIMPE (Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade e Publicidade e Eficiência), logo, se incluem os princípios
da publicidade e da eficiência.
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IV - Correto. A legalidade possui dois enfoques:
1- Na visão do cidadão - ninguém precisa fazer ou deixar de fazer
coisa alguma, se a lei não obrigar. Na ausência de lei, pode fazer
tudo.
2- Na visão do administrador público - só se pode fazer aquilo
que a lei permite ou autoriza. Na ausência de lei, não pode fazer
nada.
V - Correto. Trata-se de um desdobramento do princípio da
legalidade. A lei serve para conter os particulares e para direcionar a
atividade pública. Os particulares tem a faculdade de agir, sendo-lhes
vedado aquilo que estiver em lei. O administrador público tem o
dever legal de agir quando deparado com as situações da lei, e não
poderá fazer nada que não esteja permitido ou autorizado por lei.
Gabarito: Letra B.

7. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A


administração pública deve obedecer a vários princípios expressos na
CF, como o da legalidade e da impessoalidade, e, ainda, a princípios
implícitos ao texto constitucional, tais como o do interesse público,
que é fundamental à discussão no âmbito da administração.
Comentários:
A administração pública é informada por 5 princípios básicos que
estão expressos na Constituição, o LIMPE (legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), porém, existem
diversos outros princípios implícitos igualmente importantes que
devem ser observados.
Gabarito: Correto.

8. (CESPE/SEAPA-DF/2009) Embora a moralidade


administrativa não encontre menção expressa no texto da
Constituição Federal de 1988, é correto afirmar, com base no direito
positivo brasileiro, que o princípio da moralidade se confunde com o
da legalidade administrativa.
Comentários:
Os princípios da administração pública estão expressos no caput do
art. 37 da Constituição, o famoso LIMPE - Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Assim, vemos
que a moralidade está sim expressa na Constituição e de forma
alguma se confunde com o princípio da legalidade.
Gabarito: Errado.

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9. (CESPE/SEAPA-DF/2009) De uma forma geral, os princípios
constitucionais da administração pública correspondem a formulações
normativas gerais que servem de orientação para a interpretação dos
administradores, razão pela qual os tribunais brasileiros adotam o
entendimento prevalecente de que um princípio pode ser invocado
para sustentar a ilegalidade de um ato administrativo, mas jamais
para fundamentar a inconstitucionalidade de decisões
administrativas.
Comentários:
Tudo o que é constitucional, sejam regras ou princípios, devem
obrigatoriamente ser respeitados sob pena de inconstitucionalidade,
logo, padecerá de inconstitucionalidade qualquer ato normativo ou
administrativo que viole algo que esteja expresso ou implícito no
texto constitucional.
Gabarito: Errado.

10. (CESPE/ANATEL/2009) Governadores de estado devem


obrigatoriamente observar o princípio da moralidade pública na
prática de atos discricionários.
Comentários:
Os princípios informadores da administração pública constantes noo
art. 37 da Constituição devem ser observados por qualquer esfera da
administração.
Gabarito: Correto.

11. (CESPE/TRE-MA/2009) Nenhuma situação jurídica pode


perdurar no tempo se estiver em confronto com a CF, sendo
fundamental a observância dos princípios constitucionais. A
administração pública, em especial, deve nortear a sua conduta por
certos princípios. Na atual CF, estão expressamente informados os
princípios da impessoalidade, legalidade, publicidade e
indisponibilidade.
Comentários:
Expressamente na Constituição, como norteadores da administração
pública, temos o "LIMPE", ou seja, os princípios da Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade e Eficiência. Assim, encontra-se incorreta
a questão ao incluir o princípio da indisponibilidade.
Gabarito: Errado.

12. (CESPE/SECONT-ES/2009) Como decorrência do princípio da


impessoalidade, a CF proíbe a presença de nomes, símbolos ou
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imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras,
serviços e campanhas de órgãos públicos.
Comentários:
Embora os atos devam ser públicos, devido ao princípio da
publicidade, não poderão tais atos estarem atrelados à figura de
algum administrador público específico, sob ofensa à impessoalidade.
Gabarito: Correto.

13. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Quando o TCU emite uma


certidão, ele evidencia o cumprimento do princípio constitucional da
publicidade.
Comentários:
É uma das formas de se tornar público certos atos da administração
pública.
Gabarito: Correto.

14. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha


que seja construído grande e moderno estádio de futebol para sediar
os jogos da copa do mundo de 2014 em um estado e que o nome
desse estádio seja o de um político famoso ainda vivo. Nessa situação
hipotética, embora se reconheça a existência de promoção especial,
não há qualquer inconstitucionalidade em se conferir o nome de uma
pessoa pública viva ao estádio.
Comentários:
Seria inconstitucional ferindo o princípio da impessoalidade. A
Constituição ordena em seu art. 37 §1º que a publicidade das obras
públicas devam ter caráter educativo, informativo ou de orientação
social. Não pode constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
Gabarito: Errado.

15. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Caso o governador de um


estado da Federação, diante da aproximação das eleições estaduais e
preocupado com a sua imagem política, determine ao setor de
comunicação do governo a inclusão do seu nome em todas as
publicidades de obras públicas realizadas durante a sua gestão, tal
determinação violará a CF, haja vista que a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
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podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Comentários:
Correto. É um mandamento expresso da Constituição - a
administração pública deve observar a "impessoalidade" (CF, art. 37),
reforçado pelo art. 37 §1º.
Gabarito: Correto.

Cargos públicos:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
A redação deste inciso também foi dada pela EC 19/98. Essa emenda
abriu a possibilidade de que os estrangeiros possam ocupar
cargos públicos, desde que na forma da lei.
Outra norma semelhante pode ser encontra na Constituição, art. 207,
§ 1º → Universidades e instituições de pesquisa científica e tec-
nológica podem admitir professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, na forma da lei.

16. (CESPE/Técnico - MPU/2010) De acordo com a CF, cargos,


empregos e funções públicas são acessíveis somente a brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, não havendo, portanto,
a possibilidade de obtenção de emprego público por estrangeiros.
Comentários:
Questão clássica, e, como sempre, classicamente incorreta. Os cargos
são acessíveis a brasileiros, e , desde que na forma da lei, também
serão para os estrangeiros, de acordo com a CF,art. 37, I.
Gabarito: Errado.

17. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado


brasileiro, a CF considerou os cargos, empregos e funções públicas de
acesso exclusivo dos brasileiros natos e naturalizados.
Comentários:
Os estrangeiros também podem ter acesso, na forma da lei (CF, art.
37, I).
Gabarito: Errado.

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Ingresso no serviço público:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Com a redação dada pela EC 19/98 esse inciso passou a prever que
os concursos deverão ser realizados de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei.
Em regra, qualquer cargo público, seja ele efetivo (cargo
propriamente dito) ou não-efetivo (emprego público) precisa ser
provido por concurso público. Há, no entanto, exceções:
• Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei de livre nomeação e exoneração. É o que chamamos
de cargos demissíveis ad nutum. Veremos mais detalhes à
frente.
• Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público.

Algumas súmulas a respeito do provimento de cargos e do


concurso público:
• STF – Súmula nº 683 → O limite de idade para a inscrição em
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
CF, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
• STF – Súmula nº 684 → É inconstitucional o veto não
motivado à participação de candidato a concurso público.
• STF – Súmula nº 685 → É inconstitucional toda modalidade
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido."
• STF – Súmula nº 686 → Só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a concurso público.

18. (FCC/Oficial - DPE-SP/2010) A obrigatoriedade da


realização de concurso público aplica-se para
a) preenchimento de cargo eletivo e emprego público.
b) provimento de cargo comissionado e função.
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c) provimento de cargo efetivo e emprego público.
d) apenas para provimento de cargo efetivo.
e) apenas para preenchimento de emprego público.
Comentários:
Sabemos que pelo art. 37, II da Constituição, a investidura em cargo
ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público. Assim, não importa se estamos diante de um "cargo
efetivo" - cargo estatutário, no qual poderemos após 3 anos nos
tornarmos estáveis - ou "emprego público" - cargos de regime
privado, regidos pela CLT -, ambos precisam de aprovação em
concurso público, principalmente para atender ao princípio da
impessoalidade na administração pública.
A pegadinha começa quando a FCC me vem com um cargo "eletivo",
no lugar de "efetivo" na letra A... casca de banana pura! A resposta
certa é a letra C!
O cargo em comissão na letra B é uma exceção ao concurso público,
já que é acessível a qualquer pessoa, por indicação da autoridade
nomeante. Esses cargos devem ser criados por lei e destinarem-se
apenas às funções de chefia, direção ou assessoramento, não pode
ser qualquer função não... ok?!
Gabarito: Letra C.

19. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A única


exceção ao princípio constitucional do concurso público, que
compreende os princípios da moralidade, da igualdade, da eficiência,
entre outros, consiste na possibilidade, expressa na CF, de nomeação
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
Comentários:
Na Constituição temos 3 exceções expressas ao concurso público:
• Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, declarado
em lei de livre nomeação e exoneração.
• Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público.
Gabarito: Errado.

20. (CESPE/AGU/2009) É inconstitucional a ascensão funcional


como forma de investidura em cargo público, por contrariar o
princípio da prévia aprovação em concurso público.

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Comentários:
A Constituição dispõe em seu art. 37, II que, ressalvados os cargos
em comissão, a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos.
Gabarito: Correto.

21. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Configura flagrante


inconstitucionalidade a proibição geral de acesso a determinadas
carreiras públicas, unicamente em razão da idade do candidato.
Comentários:
Não se pode simplesmente impedir que se tenha acesso a
determinadas carreiras unicamente por ser a pessoa nova ou velha
demais para ela, deve haver uma justificativa para tal, demonstrando
que a limitação é necessária devido às peculiaridades do cargo. Então
dispôs o STF em sua súmula de nº 683: O limite de idade para a
inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX,
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
Gabarito: Correto.

22. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O princípio


constitucional que exige a aprovação em concurso público de provas
ou de provas e títulos para a investidura em cargo ou emprego
público não se aplica ao caso do titular de serventias extrajudiciais,
nem ao ingresso na atividade notarial e de registro.
Comentários:
O fundamento desta questão está no art. 236 §3º da Constituição,
que dispões que o ingresso na atividade notarial e de registro
depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo
que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de
provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
Gabarito: Errado.

23. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) O exame psicotécnico pode


ser exigido em concurso público, desde que assim preveja o edital.
Comentários:
Segundo a súmula nº 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a
exame psicotécnico a habilitação de candidato a concurso público.
Gabarito: Errado.
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Prazo de validade do concurso público
III - o prazo de validade do concurso público será de até
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,
na carreira;
A não observância da obrigatoriedade do concurso público e do prazo
de validade deste implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei (CF, art. 37, § 2º).
No recente entendimento do STJ e do STF, o candidato aprovado em
concurso público, dentro do número de vagas previstas, tem direito
subjetivo a ser nomeado durante o prazo de validade do concurso
previsto no edital, diferentemente do que ocorria no passado, onde o
entendimento era de “mera expectativa de direito”. Veja o julgado do
STF1 ocorrido em Setembro de 2008:
"(...) 1. Os candidatos aprovados em concurso público
têm direito subjetivo à nomeação para a posse que vier
a ser dada nos cargos vagos existentes ou nos que
vierem a vagar no prazo de validade do concurso. 2. A
recusa da Administração Pública em prover cargos vagos
quando existentes candidatos aprovados em concurso
público deve ser motivada, e esta motivação é suscetível
de apreciação pelo Poder Judiciário.(...)".

24. (ESAF/TFC-CGU/2008) O prazo de validade do concurso


público será de até quatro anos, prorrogável uma vez, por igual
período.
Comentários:
Será de dois anos, prorrogáveis por mais dois (CF, art. 37 III).
Gabarito: Errado.

25. (ESAF/TRF/2006) Conforme disciplina constitucional,


nenhum concurso poderá ter prazo de validade inferior a dois anos.
Comentários:
O concurso poderá ter qualquer prazo de validade, desde que não
extrapole o prazo de dois anos prorrogáveis por mais dois anos (CF,

1
RE 227480 / RJ - RIO DE JANEIRO.

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art. 37, III). Logo, é plenamente aceitável concurso com prazo de
validade inferior a dois anos.
Gabarito: Errado.

Funções de confiança e Cargos em Comissão


V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Essa redação foi dada pela EC 19/98, a partir da qual as funções de
confiança passam a ser preenchidas exclusivamente por servidores
efetivos, além de prever que tanto os cargos em comissão quanto as
funções de confiança passariam a ser destinados apenas às
atribuições de chefia, direção ou assessoramento.

Esquematizando:

Funções de confiança Exclusivamente para servidores


ocupantes de cargo efetivo;
X
Cargos em comissão Embora acessível a qualquer
pessoa, a lei pode prever condições e
percentuais mínimos para serem
preenchidos por servidores de carreira.

Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento

Os cargos efetivos podem ser isolados ou estruturados em carreiras.


Observe que para assumir uma função de confiança, a pessoa já é
ocupante de qualquer cargo efetivo e é designado para ela. Já o
cargo em comissão, se trata de novo cargo e não uma simples
função, qualquer pessoa pode assumir e a lei irá reservar percentual
para os de carreira.
Dica: Função – efetivo / Cargo em Comissão – Carreira

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Essas funções de confiança e cargos em comissão, por serem
providas sem concurso público, frequentemente são usadas como
forma de favorecimento de parentes ou aliados políticos (nepotismo).
O nepotismo é uma clara afronta aos princípios da moralidade
administrativa, impessoalidade e eficiência, já que constitui uma
prática reprovável, que não trata com isonomia possíveis candidatos
ao cargo, e ainda, muitas vezes preterindo alguém mais qualificado
para o exercício do mesmo.
Devido a isso, gerou-se recentemente uma grande discussão no STF
a fim de coibir tal prática. Como resultado desses julgamentos sobre
casos concretos, surgiu a súmula vinculante nº 13, vejamos:
• Súmula Vinculante nº 13 → A nomeação de cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
• Inaplicabilidade da súmula vinculante nº 13 → À
nomeação de irmão de Governador de Estado no cargo de
Secretário de Estado, não se aplica a súmula vinculante nº 13
por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários
de Estado são agentes políticos2.

Esquematizando a súmula vinculante 13:


O imbróglio gira em torno de 3 pessoas:
1- Temos a pessoa que pretende ser nomeada - chamaremos de
"Vida-Boa"
2- Temos a autoridade nomeante - que chamaremos de "Chefe
malandro 1"
3- Temos uma outra pessoa que não é a autoridade nomeante, mas
que ocupa cargo direção, chefia ou assessoramento, dentro dessa
mesma pessoa jurídica em questão - "Chefe malandro 2".
Segundo a súmula vinculante 13: O "Chefe Malandro 1" não pode
nomear o "Vida-boa", se este for cônjuge ou parente até 3º grau do
próprio "Chefe Malandro 1" ou do "Chefe Malandro 2"

2
STF – Rcl–MC–AgR 6650 / PR – PARANÁ – 16/10/2008 - Entendimento firmado com base no R.Ex.
579.951/RN.

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26. (FCC/Serviço de Notas e Registro - TJPA/2011) A
nomeação de irmão de Secretário de Estado para exercer cargo de
confiança de assessoria na Secretaria de que este é titular
a) não pode ser objeto de questionamento judicial, em virtude do
princípio da separação de poderes, por se tratar de ato de
competência do Poder Executivo.
b) pode ser objeto de mandado de segurança coletivo, impetrado
pelo Ministério Público, por ofensa a interesse difuso protegido
constitucionalmente.
c) é passível de impugnação por qualquer cidadão, por meio de ação
popular, em virtude de ofensa à moralidade administrativa.
d) pode ser objeto de habeas data, impetrado por quem preencha os
requisitos para o cargo, com vistas à anulação do ato de nomeação.
e) não conflita com os princípios constitucionais da Administração
Pública, uma vez que não traz prejuízo ao erário.
Comentários:
A questão trata da súmula vinculante 13, a qual proíbe o nepotismo
na administração pública, vedando a nomeação de parentes até o 3º
grau para os cargos de confiança.
Não confunda essa questão que fala de um secretário nomeando o
seu irmão para um cargo de confiança com a decisão do STF
sobre a inaplicabilidade da súmula vinculante 13, onde disse ser lícita
um governador nomeando o seu irmão para ser secretário.
Segundo o STF, a nomeação para os cargos de Ministros e
Secretários, por serem cargos políticos, não precisam observar a
súmula vinculante 13.
Gabarito: Letra C.

27. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Na administração


pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, os cargos em
comissão serão preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes
de cargos efetivos.
Comentários:
Os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa.
As funções de confiança é que devem ser preenchidas tão somente
por servidores efetivos (CF, art. 37, V).
Gabarito: Errado.

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28. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Na administração
pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, os cargos em
comissão destinam-se apenas às atribuições de direção e chefia.
Comentários:
Também poderá ser para atribuição de assessoramento (CF, art. 37,
V).
Gabarito: Errado.

29. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Se Paulo for convidado a


ocupar uma função de confiança no âmbito do Poder Executivo da
administração pública estadual, então, preenchidas as demais
condições legais, Paulo terá que ocupar, necessariamente, um cargo
efetivo.
Comentários:
Pois as funções de confiança só podem ser preenchidas por
servidores efetivos (CF, art. 37, V).
Gabarito: Correto.

30. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Se Pedro, que não ocupa


cargo efetivo, for nomeado para ocupar cargo em comissão no âmbito
da administração pública federal, nesse caso, para fins de registro, a
legalidade desse ato de nomeação estará sujeita ao controle externo
por parte do TCU.
Comentários:
O TCU não aprecia a legalidade de nomeação dos cargos em
comissão, já que se trata de livre escolha da autoridade que está
nomeando (CF, art. 37, V c/c art. 71, III).
Gabarito: Errado.

31. (CESPE/SEJUS-ES/2009) O nepotismo corresponde a prática


que pode violar o princípio da moralidade administrativa. A esse
respeito, de acordo com a jurisprudência do STF, seria
inconstitucional ato discricionário do governador do DF que nomeasse
parente de segundo grau para o exercício do cargo de secretário de
Estado da SEAPA/DF.
Comentários:
Segundo o STF, o cargo de secretário de Estado, Ministro e etc. são
cargos de natureza política, assim não se enquadrariam na vedação
ao nepotismo expressa pela súmula vinculante nº13. Decisão de
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2008: [Rcl-MC-AgR 6650 / PR - PARANÁ AG.REG.NA MEDIDA
CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO Relator(a): Min. ELLEN GRACIE
Julgamento: 16/10/2008] À nomeação de irmão de Governador de
Estado no cargo de Secretário de Estado, não se aplica a súmula
vinculante nº13 por se tratar de cargo de natureza política, já que
secretários de estado são agentes políticos.
Gabarito: Errado.

32. (CESPE/AGU/2009) Considere que Platão, governador de


estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que
possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de
secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda
a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que
esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente
julgado do STF.
Comentários:
Segundo o STF, o cargo de secretário de Estado, Ministro e etc. são
cargos de natureza política, assim não se enquadrariam na vedação
ao nepotismo expressa pela súmula vinculante nº13. Decisão de
2008: [Rcl-MC-AgR 6650 / PR - PARANÁ AG.REG.NA MEDIDA
CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO Relator(a): Min. ELLEN GRACIE
Julgamento: 16/10/2008] À nomeação de irmão de Governador de
Estado no cargo de Secretário de Estado, não se aplica a súmula
vinculante nº13 por se tratar de cargo de natureza política, já que
secretários de estado são agentes políticos.
Gabarito: Correto.

33. (CESPE/AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a


vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a
proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que
norteiam a atuação administrativa.
Comentários:
Trata-se de entendimento firmado pela súmula vinculante 13, onde o
STF reconhece o nepotismo como afronta a princípios da eficiência e
moralidade administrativa.
Gabarito: Correto.

Associação sindical
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;

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34. (CESPE/ TCE-AC/2009) Ao servidor público civil é vedada a
associação sindical.
Comentários:
O servidor público civil pode perfeitamente sindicalizar-se (CF, art.
37, VI). Tal vedação só ocorre para os servidores públicos militares.
Gabarito: Errado.

Direito de greve do servidor:


VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica;
Essa redação foi dada pela EC 19/98 que mudou a exigência de "lei
complementar" para "lei ordinária específica".
Em tempo, lei específica é aquela lei que trata de um assunto
exclusivo. Não se trata de uma nova espécie de lei, é uma lei
ordinária, comum, porém, não pode tratar de outros assuntos que
não sejam aquele específico, constitucionalmente determinado.
Assim, não poderá, por exemplo, a lei tratar da greve dos servidores
públicos e ao mesmo tempo, versar sobre outros temas, como
ingresso em carreiras públicas, remuneração e etc.
Em decisão tomada no julgamento dos Mandados de Injunção 670,
708 e 712 o Supremo determinou que enquanto não editada essa lei
específica referida deve-se aplicar a lei de greve dos trabalhadores
privados aos servidores públicos.

35. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A


Constituição proíbe o direito de greve dos servidores públicos civis e
militares.
Comentários:
A proibição é apenas para os militares, os civis poderão fazer greve,
nos termos de lei específica (CF, art. 37,VII). Importante lembrar que
segundo o posicionamento do STF - MI 670, 708 e 712 - enquanto
não editada tal lei específica, esta greve deverá obedecer as mesmas
regras dos empregados regidos pela CLT.
Gabarito: Errado.

Portadores de deficiência na Administração Pública


VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
os critérios de sua admissão;

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Lei nº 8.112/90 – Rege os Servidores Públicos Federais – Às pessoas
portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso.

Contratação para atender a necessidade temporária de ex-


cepcional interesse público
Vimos na “Exceção 2 à regra de obrigatoriedade do concurso público”,
no art. 37, II.
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;

A remuneração e o subsídio dos servidores públicos:


X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;
Essa redação foi dada pela EC 19/98 que passou a exigir uma "lei
ordinária específica" para fixar ou alterar a remuneração dos
servidores.
STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos servidores
públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
STF – Súmula nº 681 → É inconstitucional a vinculação de
vencimentos de servidores estaduais e municipais a índices federais
de correção monetária.

36. (CESPE/AJAJ - STM/2011) A CF assegura ao servidor público


a revisão geral anual de sua remuneração ou subsídio mediante lei
específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo e estabelece o
direito à indenização na hipótese de não cumprimento da referida
determinação constitucional.
Comentários:
É assegurada pela Constituição a revisão geral anual da remuneração
(CF, art. 37, X) sempre na mesma data e sem distinção de índices,
porém, não há qualquer previsão de indenização por não
cumprimento. Outro erro é que a iniciativa é privativa em cada caso,
sendo feita pelo chefe do Poder Executivo somente para o âmbito do
Executivo daquela esfera, e não para todos os servidores.

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Gabarito: Errado.

Limites máximos da remuneração (“Tetos”):


XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
Públicos;

Este inciso é bem extenso, mas é de extrema importância.


Encontramos remissão a ele em diversos pontos da Constituição, isso
porque tal dispositivo estabelece o chamado “teto remuneratório”, ou
seja, o limite máximo para as remunerações dentro do serviço
público.
Vamos organizar o dispositivo:
 A regra do “teto” vale para qualquer membro de poder ou
ocupante de cargo, emprego ou função pública, de qualquer
poder, seja administração direta, Autarquia, Fundação Pública,
e ainda, caso recebam recursos públicos para custeio
(despesas do dia-a-dia), irá alcançar as Empresas Públicas,
Sociedades de Economia Mista e suas subsidiárias.
 Abrange o somatório de todas as parcelas remuneratórias,
salvo as de caráter indenizatório. (Na esfera federal,
segundo a lei 8112/90, as parcelas indenizatórias seriam: Ajuda
de custo, diária, transporte e auxílio moradia).

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Segundo o dispositivo, os tetos são os seguintes:
TETO FEDERAL E GERAL  Subsídio dos Ministros do STF.

TETO ESTADUAL / DISTRITAL:


(§ 12) É Facultado aos
Est./DF, através de
 Para o PL Subsídio dos Dep. Estaduais; emenda à CE ou à Lei
 Para o PE Subsídio do Governador; Org. do DF fixar o
subsídio do
 Para o PJ  Subsídio do
Desembargador do TJ
Desembargador do TJ (este é limitado
como teto único, este
a 90,25% do STF, e também se aplica
será limitado a 90,25%
aos membros do MP, Procuradores e
do subsídio dos Min. do
DP).
STF (salvo p/ os
Deputados e Vereadores)
TETO MUNICIPAL  Subsídio do Prefeito

Teto entre os Poderes:


XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;
Esse inciso se refere tão somente aos cargos da estrutura
administrativa dos Poderes. Tal inciso não se aplica aos detentores de
mandatos eletivos e demais agentes políticos. Desta forma, não há
inconstitucionalidade alguma em o Presidente da República ter um
subsídio inferior ao de um Ministro do STF ou Deputado Federal.

37. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) A remuneração ou o


subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos do
poder judiciário do estado-membro não poderá exceder o subsídio
mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça,
limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Comentários:
O respaldo para essa questão está no inciso XI do art. 37, que
estabelece os “tetos remuneratórios”. Em se tratado de Estados,
temos que, os limites de cada um dos Poderes Estaduais deve
respeitar os seguintes tetos:
 Para o PL Subsídio dos Dep. Estaduais;
 Para o PE Subsídio do Governador;

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 Para o PJ  Subsídio do Desembargador do TJ (este é limitado
a 90,25% do STF, e também se aplica aos membros do MP,
Procuradores e DP).
Gabarito: Correto.

38. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a CF, os vencimentos dos


cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Comentários:
A questão extrai a literalidade do art. 37, XII da Constituição Federal.
Pode causar estranheza falar que os cargos do Poder Executivo
devem ser considerados como tetos em relação aos cargos dos
demais poderes, mas é bom lembrar que este dispositivo se refere
tão somente aos cargos da estrutura administrativa dos Poderes, não
se aplicando aos detentores de mandatos eletivos e demais agentes
políticos. Assim, não há qualquer inconstitucionalidade no fato de o
Presidente da República ter um subsídio inferior ao de um Ministro do
STF ou Deputado Federal.
Gabarito: Correto.

39. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF exclui, para efeito de teto


salarial do funcionalismo, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei.
Comentários:
Analisando a Constituição em seu art. 37, XI, depreende-se que para
efeito do teto salarial, a remuneração abrangero somatório de todas
as parcelas remuneratórias, salvo as de caráter indenizatório.
Gabarito: Correto.

40. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) No âmbito


de um estado-membro, o limite da remuneração ou do subsídio para
os respectivos procuradores de estado é o mesmo previsto para o
chefe do Poder Executivo estadual.
Comentários:
Segundo o art. 37, XI, o teto que se aplica aos Procuradores e aos
Defensores Públicos do Estado, é o mesmo teto dos servidores do
Judiciário. Ou seja, se aplica o subsídio do Desembargador do TJ.
Gabarito: Errado.

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Não vinculação ou equiparação remuneratória
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;
Assim, não se pode estabelecer, por exemplo, que o vencimento do
Auditor Fiscal da Receita Federal deve ser idêntico ao do Auditor do
TCU, ou ainda dizer que deverão ganhar 80% do subsídio de um
juiz federal.
Isso implicaria em uma cadeia remuneratória, sempre que a
remuneração de um aumentasse, em uma “bola de neve”, iria
aumentar a remuneração dos outros.
Essa vinculação ou equiparação só será permitida nas hipóteses
constitucionais, por exemplo:
• CF, art. 39, § 5º → Lei da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores
públicos;
• CF, art. 93, V - O subsídio dos Ministros dos Tribunais
Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal
Federal (...).

41. (FCC/EPP-SP/2009) Determinado Município estabelece por


meio de lei que os cargos de Fiscal de Tributos Municipais são de
provimento em comissão, percebendo os seus ocupantes a mesma
remuneração dos Fiscais de Renda do Estado respectivo. Essa lei
municipal é duplamente inconstitucional, tanto em relação à forma de
provimento, quanto em relação à vinculação remuneratória
estabelecida.
Comentários:
A forma de provimento é inconstitucional, pois a Constituição
estabelece em seu art. 37, V, que os cargos em comissão (bem como
as funções de confiança) devem se restringir às atividades de "
direção, chefia ou assessoramento". A outra inconstitucionalidade
repousa sobre a vedação à vinculação remuneratória (CF, art. 37,
XIII)
Gabarito: Correto.

42. (CESPE/AGU/2009) O Poder Judiciário, fundado no princípio


da isonomia previsto na Carta da República, pode promover a
equiparação dos vencimentos de um servidor com os de outros
servidores de atribuições diferentes.
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Comentários:
Isto seria inconstitucional, já que a Constituição impede pelo art. 37,
XIII a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público.
Gabarito: Errado.

43. (CESPE/ABIN/2008) Não seria inconstitucional a lei que


estabelecesse que a remuneração dos agentes de inteligência da
ABIN seria vinculada à remuneração dos oficiais de inteligência, de
forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração
daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática.
Comentários:
A Constituição impede, pelo art. 37, XIII, a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público;
Gabarito: Errado.

Vedação do aumento da remuneração “em cascata”:


XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores;
As gratificações e acréscimos na remuneração do servidor devem ter
uma base de cálculo que não leve em consideração aqueles
acréscimos que já foram concedidos, ou seja, não poderá haver
“acréscimo sobre acréscimo”.

44. (CESPE/MPS/2010) Para o fim de concessão de acréscimos


posteriores, poderão ser computados os acréscimos pecuniários
percebidos por servidor público.
Comentários:
Nos termos do art. 37, XIV da Constituição, os acréscimos
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. É o
que se chama de vedação ao "efeito cascata", que é o efeito que
poderia ocorrer do cálculo de acréscimos tendo como base outros
acréscimos.
Gabarito: Errado.

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Irredutibilidade
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I;
Ou seja, eles são irredutíveis, salvo se estiverem irregulares
(ultrapassando algum teto; não estiver observando a vedação ao
efeito cascata; ferindo a isonomia tributária). Os dispositivos do art.
153, III e § 2º, I versam sobre o “imposto de renda”, que não pode
ser alegado como ofensa à irredutibilidade.

45. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Os servidores públicos estaduais,


ao contrário do que ocorre com os servidores públicos federais, não
gozam da garantia da irredutibilidade de vencimentos.
Comentários:
A irredutibilidade (CF, art. 37, XV) alcança todos os servidores, sejam
eles federais, estaduais ou municipais, já que o disposto sobre a
administração pública na Constituição Federal são regras de aplicação
em âmbito nacional.
Gabarito: Errado.

Acumulação de cargos públicos


Agora vamos ver um assunto muito cobrado em concursos:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI (tetos remuneratórios):
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
científico; (incluído pela EC 19/98)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada
pela EC 34/01, antes somente os médicos possuíam esta
faculdade).

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e


funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;

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Vemos, então, que os cargos públicos são em regra inacumuláveis
com outros cargos, empregos e funções também públicas
remuneradas. A possibilidade de se acumularem cargos públicos
remunerados simultâneos é exceção, e só pode ocorrer quando se
tratar dos cargos expressamente previstos na Constituição e houver
compatibilidade de horários para essa acumulação. Em todo caso, o
somatório das remunerações, não podem ultrapassar os tetos
remuneratórios constitucionalmente estabelecidos (CF, art. 37, XI).
Existe ainda outra acumulação que é vedada pela Constituição: a
acumulação de proventos de aposentadoria:
CF, art. 37, § 10 → É vedada a percepção simultânea de proventos
de aposentadoria decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142
(militar) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.
CF, art. 40 § 6º → Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.

Vamos organizar isso tudo?


Regra 1 → É vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos;
Exceção → Se houver compatibilidade de horários, poderá se
acumular:
• professor + professor;
• professor + cargo técnico ou científico;
• profissional de saúde + profissional de saúde.
(Entenda-se: cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, que possuam profissões regulamentadas).

Regra 2 → É vedado acumular cargos ou empregos públicos com


proventos públicos de aposentadoria:
Exceção → Pode acumular da seguinte forma:
• provento + provento ou remuneração de cargos
acumuláveis, conforme visto acima;
• provento + mandato Eletivo;
• provento + cargo em comissão.

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 Mesmo acumulando, o somatório da remuneração mensal,
inclusive de proventos de aposentadoria, não poderá ultrapassar
aqueles tetos vistos anteriormente;
 A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público.

Jurisprudência
Segundo o STJ: “É inconstitucional a acumulação de um cargo de
natureza burocrática com outro de professor.” “O cargo ocupado deve
ter natureza técnica para os fins de acumulação com o cargo de
professor”.

46. (CESPE/AJAA-TJES/2011) A proibição de acumular cargos,


empregos ou funções não atinge os empregados de sociedades de
economia mista, já que estas são regidas pelas regras do direito
privado.
Comentários:
A Constituição estabelece expressamente no seu art. 37, XVII, que a
proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público.
Gabarito: Errado

47. (CESPE/TRF 5ª região/2006) Suponha que Pedro seja


professor em uma universidade pública. Nesse caso, ele poderá
acumular o seu cargo de professor com um cargo de analista
judiciário, área meio, em tribunal regional federal.
Comentários:
A questão fala em “área meio”, meramente burocrática, se fosse a
“área fim” do órgão, aí sim, poderia ser enquadrada como atividade
técnica, pois não seria passível de terceirização.
Gabarito: Errado.

48. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) As regras constitucionais


de cumulação de vencimentos no setor público escapam da
observância obrigatória pelos estados-membros e municípios.
Comentários:

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Tais regras, dispostas no art. 37, XVI, da Constituição, se aplicam a
todo o serviço público, qualquer que seja a esfera.
Gabarito: Errado.

49. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Em face


da atual CF, não se podem acumular proventos com remuneração na
inatividade, mesmo que os cargos efetivos de que decorram ambas
as remunerações sejam acumuláveis na atividade.
Comentários:
Isso é possível segundo a Constituição em seu art. 37 §10º. Deve-se
seguir a regra:
Regra  É vedado acumular cargos públicos com proventos de
aposentadoria (RPPS);
Exceção  Pode acumular da seguinte forma:
o Provento + Provento ou remuneração de cargos
acumuláveis;
o Provento + Mandato Eletivo;
o Provento + Cargo em Comissão.
Gabarito: Errado.

50. (CESPE/DPE-ES/2009) Tendo-se aposentado em 1995, um


servidor público federal, após aprovação em concurso público, foi
investido em novo cargo público em 1997, no âmbito estadual. Nesse
caso, ele não pôde acumular os proventos da sua aposentadoria no
regime próprio dos servidores públicos federais com a remuneração
do novo cargo efetivo.
Comentários:
Questão capciosa. Se não fossem indicadas as datas, a questão
estaria correta. O erro foi que a proibição de acumulação só surgiu
com o advento da EC 20/98. Desta forma, em 1997 como foi indicado
pelo enunciado, essa acumulação era possível.
Gabarito: Errado.

51. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Considere


que Maria seja servidora pública aposentada e, em janeiro de 1997,
tenha sido aprovada em concurso público. Nessa situação hipotética,
Maria não pode acumular os proventos de sua aposentadoria com a
remuneração do novo cargo efetivo.
Comentários:

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A proibição de acumulação só surgiu com o advento da EC 20/98.
Desta forma, em 1997 como foi indicado pelo enunciado, essa
acumulação era possível
Gabarito: Errado.

Precedência da administração fazendária e seus servidores


fiscais
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
precedência sobre os demais setores administrativos, na
forma da lei;

52. (ESAF/AFC-CGU/2008) A administração fazendária e seus


servidores fiscais, dentro de suas áreas de competência,terão
prioridade sobre os servidores dos demais Poderes da União, na
forma da lei.
Comentários:
A precedência é em relação aos demais setores adminstrativos e não
em relação aos demais Poderes (CF, art.. 37, XVIII).
Gabarito: Errado.

Administração Pública Indireta


XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
Essa redação foi dada pela EC 19/98. Anteriormente, precisava-se de
lei específica para criar qualquer entidade da adm. pública indireta,
atualmente só a autarquia precisa ser criada diretamente por lei
específica, as demais entidades bastam que estejam autorizadas a
sua criação neste tipo de lei.
A EC 19/98 também passou a prever a edição de uma lei
complementar para definir as áreas de atuação da fundação, que
antes era chamada expressamente de "fundação pública". Essa
mudança de nomenclatura de "fundação" para "fundação pública"
levou parte da doutrina a considerar que as fundações pertencentes à
adm. pública não precisariam mais observar a obrigatoriedade de um
regime jurídico de direito público.

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Assim temos:
Somente por lei específica poderá:
 Ser criada autarquia; e
 Ser autorizada a instituição de:
o Empresa pública;
o Sociedade de economia mista; e
o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso,
definir as áreas de sua atuação;

53. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Somente por lei


específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação.
Comentários:
É a literalidade do art. 37, XIX, segundo o qual somente por lei
específica poderá:
 Ser criada autarquia; e
 Ser autorizada a instituição de:
o Empresa pública;
o Sociedade de economia mista; e
o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso,
definir as áreas de sua atuação;
Gabarito: Correto.

54. (ESAF/TFC-CGU/2008) Somente por lei específica poderá


ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Comentários:
É a literalidade do art. 37, XIX, segundo o qual somente por lei
específica poderá:
 Ser criada autarquia; e
 Ser autorizada a instituição de:
o Empresa pública;
o Sociedade de economia mista; e

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o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso,
definir as áreas de sua atuação;
Gabarito: Correto.

Criação das subsidiárias e participação das entidades da ad-


ministração indireta em empresa privada:
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada;

55. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Independe de autorização


legislativa, a criação de subsidiárias de autarquias, empresas públicas
e de fundação.
Comentários:
Contraria o disposto no art. 37, XX da Constituição o qual impõe que
depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de sub-
sidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada.
Gabarito: Errado.

Licitação pública
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.

56. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Toda


contratação de obra e serviço pela Administração Pública deve ser
precedida de licitação, não podendo a lei excepcionar essa obrigação.
Comentários:
Se observarmos o disposto na Constituição art. 37, XXI, veremos que
a redação começa com "ressalvados os casos especificados na
legislação...". Ou seja, não é uma coisa absoluta. Assim, temos os
chamados casos de dispensa de licitação e inexigibilidade (lei
8666/93).
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As administrações tributárias da União, Estados, DF e


Municípios:
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada,
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

57. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) As administrações tributárias da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de
suas atividades e atuarão de forma
a) desassociada, sendo vedado o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais.
b) integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
c) separada, dividindo-se em três órgãos multidisciplinares,
controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito
nacional, estadual e municipal.
d) separada, dividindo-se em dois órgãos multidisciplinares,
controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito
nacional.
e) subordinada à Receita Federal, sendo que, por ordem judicial,
serão compartilhados os cadastros e as informações fiscais.
Comentários:
Essa questão é brincadeira, né?!
A Constituição Federal toda preocupada em estabelecer um
federalismo cooperativo, onde as 3 esferas da Federação atuem de
forma integrada, com repartição de receitas e colaboração de
esforços, e a questão me vem com “separada”, “dissociada”... Deixa
disso!
A resposta é letra B! Integrada! Segundo a CF, art. 37, XXII: as
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado,
exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma

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integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Gabarito: Letra B.

Publicidade dos atos administrativos:


§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.

Participação do usuário da administração pública


§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa
e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
administração pública.

Improbidade administrativa
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública,
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível.
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.
O parágrafo 4º merece atenção, pois é muito cobrado em concursos.
Deve-se ter atenção a esta diferença:

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 suspensão → dos direitos políticos;
 perda → da função pública;
O parágrafo 5º também merece atenção para fins de concurso, veja
que os ilícitos terão seus prazos de prescrição disciplinado em lei, isto
quer dizer que após este prazo, previsto em lei, o Estado não poderá
mais punir o infrator. Porém, a Constituição não prevê a
possibilidade para prescrição das ações de ressarcimento. Ou
seja, ainda que o infrator não possa mais ser punido pelo Estado, ele
deverá ressarcir os danos causados ao erário.
Dessa forma, podemos esquematizar as consequências dos atos de
improbidade administrativa da seguinte forma:
 SUSPENSÃO dos direitos políticos;
 PERDA da função pública;
 Indisponibilidade dos bens;
 O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e gradação
previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a
lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos.

58. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A Constituição da República previu


consequências graves para os administradores que praticam atos de
improbidade administrativa. Assinale, entre as opções abaixo, aquela que
não se coaduna com as consequências pela prática dos atos de improbidade
administrativa.
a) Suspensão dos direitos políticos.
b) Indisponibilidade dos bens.
c) A perda da nacionalidade.
d) Ressarcimento ao erário.
e) Perda da função pública.
Comentários:
As consequências para os condenados por improbidade administrativa
estão previstas no art. 37 §4º da Constituição. Combinando com o
§5º do mesmo artigo, podemos esquematizar da seguinte forma:
 SUSPENSÃO dos direitos políticos;
 PERDA da função pública;
 Indisponibilidade dos bens;
 O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e
gradação previstas em lei. Embora o ressarcimento seja
imprescritível, a lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos.

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O erro, dessa forma, está na letra C, já que não existe pena de
banimento no Brasil, sendo a perda da nacionalidade declarada
apenas nos termos do art. 12 §4º da Constituição, não sendo
aplicável aos condenados por improbidade.
Gabarito: Letra C.

59. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) É


conseqüência expressamente prevista pelo constituinte para atos de
improbidade administrativa: o confisco dos bens do ímprobo.
Comentários:
Segundo a CF em seu art. 37 § 4º - Atos de improbidade
administrativa importarão, sem prejuízo da ação penal cabível, em:
 SUSPENSÃO  dos direitos políticos;
 PERDA  da função pública;
 Indisponibilidade dos bens; e
 O ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei.
Gabarito: Errado.

Responsabilidade Civil do Estado


§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Esses elementos "dolo e culpa" são chamados de "elemento
subjetivo", pois refletem a intenção da pessoa – dolo (caso haja
intenção em fazer o ato) ou culpa (caso não haja intenção).
Quando a apuração da responsabilidade leva em consideração o
elemento subjetivo, estamos diante de uma a "responsabilidade
subjetiva", mas quando a responsabilidade independe do dolo ou
culpa, é o caso da "responsabilidade objetiva", pois é apurada
sem levar em consideração qual foi a intenção do agente.
A responsabilidade civil do Estado, em regra, é objetiva. O Estado
responderá objetivamente aos danos que seus agentes causarem a
terceiros. Caso seja apurada o dolo ou a culpa do agente, o Estado
fará uma ação de regresso contra ele.

Então temos:

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PJ de direito público;
PJ de direito privado prestadoras de serviços públicos.

Responderão (objetivamente) pelos danos que seus agentes,


nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.

• Essa é a regra da responsabilização do Estado, que é a


“Teoria do Risco Administrativo”, onde existe a
“Responsabilidade Objetiva” (independente de dolo ou
culpa).
• Temos como exceção o art. 21, XXIII, que trata da res-
ponsabilidade civil por danos nucleares independente da
existência de culpa, que embora também seja objetiva,
é aceita pela doutrina como “Teoria do Risco
Integral” e não “Teoria do Risco Administrativo”.
• Ainda existe doutrinariamente no Brasil a “Teoria da
Culpa Anônima” onde o Estado se responsabilizará pela
inexistência do serviço público, que, diferentemente das
outras duas vistas, é “subjetiva”, depende de culpa, ou
seja, da inexistência do serviço ou da má prestação.
Jurisprudência:
Atualmente (desde o final de 2009) o STF entende que as
concessionárias de serviço público respondem objetivamente por
danos causados, tanto aos usuário quanto aos não-usuários do
serviço3. Antes, a jurisprudência dizia que esta responsabilidade
era somente em se tratando dos usuários.

60. (CESPE/MPS/2010) As pessoas jurídicas de direito privado


prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causem a terceiros, sendo assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Comentários:
Trata-se da chamada "responsabilidade objetiva" do Estado, expressa
na Constituição em seu art. 37 § 6º, segundo o qual as pessoas
jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
3
RE 591874 / MS - MATO GROSSO DO SUL - Julgamento em 26/08/2009.

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qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Gabarito: Correto.

61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O Estado responde


civilmente pelos prejuízos causados a particular em virtude de ato
praticado com fundamento em lei declarada inconstitucional.
Comentários:
Não existe, em regra, responsabilidade do Estado por ato legislativo
nem por ato jurisdicional, estes, só geram responsabilização do
Estado no caso do particular ficar preso além do prazo ou então no
caso de erro judiciário, além, é claro da responsabilidade subjetiva do
Juiz, no caso de dolo. Já no caso de atos legislativos, pode haver
também responsabilização em se tratando de atos inconstitucionais.
Gabarito: Correto.

62. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Está expresso na CF que as


pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos e
as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, restando
assegurado o direito de regresso contra o responsável apenas nos
casos de dolo.
Comentários:
Será tanto no caso de dolo, quanto no caso de culpa (CF. art. 37
§6º).
Gabarito: Errado.

Cargo de informações privilegiadas:


§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Contrato de gestão:
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
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II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

Servidor/Funcionário público no exercício de mandato eletivo:


Art. 38. Ao servidor público da administração direta,
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada
a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse.
Esses dispositivos são muito importantes, vamos ter atenção:
 Se o mandato for federal, estadual ou distrital: ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
 Se for mandato de Prefeito: será afastado do cargo, emprego
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
 Se for mandato de Vereador:
o Havendo compatibilidade de horários: Perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo;
o Não havendo compatibilidade: Será aplicada a norma
referente ao prefeito.

63. (CESPE/TCE-AC/2009) O servidor público investido no


mandato de prefeito ficará afastado do cargo, emprego ou função,
podendo, no entanto, optar por receber a respectiva remuneração.
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Comentários:
Do art. 38 da Constituição podemos entender que ao servidor público
da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, irá ser aplicado o seguinte:
 Se o mandato for federal, estadual ou distrital: ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
 Se for mandato de Prefeito: será afastado do cargo, emprego
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
 Se for mandato de Vereador:
o Havendo compatibilidade de horários: Perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo;
o Não havendo compatibilidade: Será aplicada a norma
referente ao prefeito.
Gabarito: Correto.

64. (CESPE/MPS/2010) É facultado ao servidor público investido


no mandato de vereador optar pela sua remuneração, na hipótese de
incompatibilidade de horário.
Comentários:
Segundo o art. 38 da Constituição (incisos II e III) temos que o
servidor que for eleito e investido no mandato de Vereador, poderá
passar por duas situações:
 Havendo compatibilidade de horários: perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo;
 Não havendo compatibilidade: será aplicada a norma
referente ao prefeito, ou seja, não poderá acumular as
vantagens dos dois cargos, mas poderá optar por qual
remuneração quer receber.
Gabarito: Correto.

65. (CESPE/TCE-AC/2009) O servidor público no exercício de


mandato eletivo terá seu tempo de serviço contado para todos os
fins, inclusive promoção por merecimento.
Comentários:
A Constituição em seu art. 38, IV dispõe que o servidor público da
administração direta, autárquica e fundacional, em qualquer caso que
exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, terá seu

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tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;
Gabarito: Errado.

Servidores Públicos:
Devido à Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI – nº 2.135– 4 –
A redação do caput do art. 39 da CF, dada pela EC 19/98, está
cautelarmente suspensa. Ela extinguia o Regime Jurídico Único na
Administração Direta, Autárquica e Fundacional e possuía o seguinte
texto:
“A União, os Estados, o DF e os Municípios instituirão conselho
de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores designados pelos respectivos Poderes.”
Com o texto da EC 19/98 acabava a obrigatoriedade de que a
administração pública direta contratasse servidores exclusivamente
pelo regime estatutário, abrindo a possibilidade de se contratar
empregados públicos, regidos pela CLT.
Porém, com a suspensão, volta a vigorar o texto anterior, embora
com uma eficácia não retroativa (ex-nunc) até o momento, pois é
uma decisão cautelar. O caput antigo, que volta a vigorar diz:
“A União, os Estados, o DF e os Municípios instituirão,
no âmbito de sua competência, regime jurídico único
e planos de carreiras para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.”

66. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Atualmente, em razão de


decisão do Supremo Tribunal Federal, a União, os estados, o Distrito
Federal (DF) e os municípios devem instituir, no âmbito de suas
competências, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.
Comentários:
Devido a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, a redação do
caput do art. 39 da CF, dada pela EC 19/98, está cautelarmente
suspensa. Ela extinguia o Regime Jurídico Único na Administração
Direta, Autárquica e Fundacional. Desta forma, volta a vigorar a
disposição relativa ao regime jurídico único.
Gabarito: Correto.

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Fixação dos padrões de vencimento


§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais
componentes do sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade
dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.

Incentivos à eficiência
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos
entre os entes federados.
Como incentivo à eficiência podemos citar também o § 7º – Aplicação
de excedentes em programas de qualidade: Lei da União, dos
Estados, do DF e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em
cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.

67. (CESPE/ANAC/2009) A União, os estados e o DF manterão


escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos
servidores públicos, constituindo a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira.
Comentários:
Trata-se da literalidade do disposto no art. 39 §2º da Constituição
Federal.
Gabarito: Correto.

Direitos trabalhistas aplicados aos servidores


§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do
cargo o exigir.
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Vide aula sobre “Direitos Sociais”.

68. (CESPE/ TCE-AC/2009) Segundo a CF, os ocupantes de


cargo público não têm direito a remuneração do trabalho noturno
superior à do diurno.
Comentários:
A questão explora a combinação entre os artigos 39 § 3º e 7º, IX da
Constituição, conferindo ao servidor público o adicional noturno.
Gabarito: Errado.

Subsídio
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais
serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, X e XI.
• Apenas pode haver acréscimos de parcelas indenizatórias (a
nível federal, segundo a Lei nº 8.112/90, seriam elas: ajuda
de custo, diária, transporte e auxílio moradia).
• Também é obrigatório para os:
 Servidores policiais (art. 144, § 9º);
 Membros do MP (art. 128, § 5º, I, “c”); e
 Defensores Públicos e integrantes da AGU (art.
135).
Observe que não são “os servidores das polícias”, mas,
somente os policiais.
• §8º Este tipo de remuneração também pode ser usada,
porém de forma facultativa, para os demais servidores de
carreira.

Divulgação anual dos valores das remunerações


§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
publicarão anualmente os valores do subsídio e da
remuneração dos cargos e empregos públicos.

Demais observações

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§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

69. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Os estados, o DF e os municípios


têm competência para disciplinar a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em
cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.
Comentários:
Isto é depreendido ao observarmos o disposto na Constituição em
seu art. 40 §7º, que dispõe que lei da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em
cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.
Gabarito: Correto.

Previdência dos servidores públicos (RPPS)


Existem 2 regimes de previdência: o Regime Geral (RGPS) que é
instituído no art. 201 da Constituição, e o Regime Próprio (RPPS) que
é instituído pelo art. 40.
O Regime Geral é aquele aplicável aos trabalhadores de forma
“geral”, regidos pela CLT. O Regime Próprio é instituído
separadamente em cada esfera de governo (União, Estados, DF e
Municípios) para assegurar a previdência de seus servidores públicos.
Vamos ver as disposições sobre o RPPS.

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A quem se aplica o RPPS? Quem financia o RPPS?
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de
previdência de caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público, dos servidores
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto
neste artigo.
Atuarial é relativo à “atuária” (ciência aplicada em seguros que tenta
analisar as expectativas de riscos futuros).
Em se tratando de RPPS (Regime Próprio de Previdência Social)
estadual, distrital ou municipal, as alíquotas para o seu financiamento
não poderão ser inferiores às cobradas pela União. Isso de acordo
com a CF, art. 149, §1º: "Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o
art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União".
Vemos que deve contribuir para o RPPS:
 o respectivo ente;
 os servidores ativos; e
 os servidores inativos e pensionistas, porém, estes só
contribuem em relação ao valor do provento que passar do
teto das aposentadorias do RGPS, isto é devido à isonomia
aplicada ao art. 195, II da CF (vide art. 40, § 18).

CF, art. 195, II → (...) não incidindo contribuição sobre


aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o art. 201.
CF, art. 249 → Com o objetivo de assegurar recursos para o
pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas
aos respectivos servidores e seus dependentes (RPPS), em adição
aos recursos dos respectivos tesouros, os entes poderão constituir
fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e
por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que
disporá sobre a natureza e administração desses fundos.

Valor dos proventos


§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os

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seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§
3º e 17:
Disposições conexas:
• § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que
se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão.
• § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por
ocasião da sua concessão, serão consideradas as
remunerações utilizadas como base para as contribuições do
servidor ao RPPS e também, na forma da lei, o que contribuiu
para o RGPS.
É o que chamamos da contagem recíproca da contribuição, o que foi
contribuído para o RGPS pode ser usado no RPPS e vice-versa.
• § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em lei.
• § 11 Aplicam-se os tetos de remuneração (art. 37, XI) à
soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos,
bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o
RGPS, e ao montante resultante da adição de proventos de
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
Ou seja, o somatório total de “proventos”, ou “proventos +
cargos”, e até mesmo “cargos + cargos”, nunca poderá
ultrapassar o teto remuneratório do Ministro do STF.
• § 17 Todos os valores de remuneração considerados para o
cálculo do benefício serão devidamente atualizados, na forma
da lei.

70. (CESPE/MPS/2010) Os proventos de aposentadoria e as


pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a
remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se der a
aposentadoria ou que servir de referência para a concessão da
pensão.
Comentários:
A questão retira seu fundamento da literalidade do art. 40 §2º,
segundo o qual, os proventos de aposentadoria e as pensões, por
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do

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respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. Assim, em
que pese haver um cálculo próprio para saber o valor dos proventos
da aposentadoria ou pensão, há um limite intransponível, que é a
remuneração que o servidor possuía em atividade e que serviu como
base para conceder o benefício.
Gabarito: Correto.

71. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Os proventos do servidor público


aposentado por invalidez permanente serão sempre iguais ao da
última remuneração recebida.
Comentários:
Não basta o valor da última remuneração para se calcular os
proventos. Estes devem ser calculados por ocasião da sua concessão,
e neste cálculo serão consideradas as remunerações utilizadas como
base para as contribuições do servidor ao Regime Próprio de
Previdência Social, como também, na forma da lei, o que contribuiu
para o Regime Geral (CF, art. 40 §1º).
Gabarito: Errado.

72. (CESPE/ TCE-AC/2009) Os proventos de aposentadoria e as


pensões, por ocasião de sua concessão, serão acrescidos de 20% da
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu
a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da
pensão.
Comentários:
Segundo o art. 40 § 2º da Constituição: os proventos de
aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo
efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência
para a concessão da pensão.

Regras de Aposentadoria
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco
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anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria,
observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição,
se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.

• As bancas examinadoras tentam confundir os candidatos


trocando o termo "tempo de contribuição" por "tempo de
serviço". Muita atenção: sempre que se falar em aposentadoria,
a proporção se faz em relação ao tempo de contribuição. O
salário proporcional ao tempo de serviço se dá apenas no caso
de o servidor encontrar-se em "disponibilidade".
• § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos
em 5 anos para a aposentadoria prevista na alínea “a” acima, para o
professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio
Esquematizando as regras de aposentadoria:

Aposentadoria por invalidez permanente:


- PROVENTOS PROPORCIONAIS ao tempo de CONTRIBUIÇÃO.
Salvo, se decorrente de:
 Acidente em serviço;
Nestes casos serão
 Moléstia profissional; ou integrais, na forma
 Doença grave, contagiosa ou incurável. da lei;

Aposentadoria compulsória:
– PROVENTOS PROPORCIONAIS ao tempo de CONTRIBUIÇÃO aos
70 ANOS de idade.

Aposentadoria voluntária:
Voluntária com proventos “integrais”:
60 anos de idade; (55 se professor “FMI”)
Se Homem 35 anos de contribuição; (30 se professor “FMI”)
10 anos no serviço público;
(60+35+10+5)
5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria

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55 anos de idade; (50 se professor “FMI”)
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30 anos de contribuição; (25 se professor “FMI”)
10 anos no serviço público;
5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria
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Se Mulher
(55+30+10+5)

Professor "FMI" = Se professor de nível Fundamental, Médio ou


Infantil.
Os 10 anos no serviço público e 5 no cargo são fixos para os 2, e do
homem para a mulher, diminui-se 5 anos dos demais requisitos.

Voluntária com proventos PROPORCIONAIS ao tempo de


CONTRIBUIÇÃO:
65 anos de idade;
Se Homem ? anos de contribuição – proporcional a este tempo;
10 anos no serviço público;
(65+ X +10+5)
5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria

60 anos de idade;
? anos de contribuição – proporcional a este tempo;
Se Mulher
10 anos no serviço público;
(60+ X +10+5) 5 anos no cargo em que vai se dar a aposentadoria

Perceba que o professor não faz jus à redução neste caso de


aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.

73. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) De acordo com as


regras definidas na Constituição Federal, é assegurado, aos
servidores públicos em geral, que atualmente assumirem a
titularidade de cargo efetivo da União, o direito à aposentadoria
compulsória, ainda que não tenham completado 30 anos de
contribuição, com a idade de:
(A) 65 (sessenta e cinco) anos, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
(B) 65 (sessenta e cinco) anos, com proventos integrais.
(C) 70 (setenta) anos, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição.
(D) 70 (setenta) anos, com proventos integrais.
(E) 75 (setenta e cinco) anos, com proventos integrais.
Comentários:

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O Gabarito da questão é letra C, 70 anos com proventos
proporcionais, pois, imagine uma pessoa entrar no serviço com 65
anos de idade e depois de 5 anos apenas, se aposentar com
proventos integrais, seria ilógico não é mesmo?!
Gabarito: Letra C.

74. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) Conforme as regras atuais de


aposentadoria voluntária, não é necessário que o servidor tenha um
tempo mínimo de investidura no cargo efetivo em que se dará a
aposentadoria.
Comentários:
É exigido que o servidor tenha pelo menos 5 anos de efetivo serviço
no cargo o qual se deu a aposentadoria (CF, art. 40, III).
Gabarito: Errado.

Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria


§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos
abrangidos pelo regime de que trata este artigo,
ressalvados, nos termos definidos em leis complementares,
os casos de servidores:
I - portadores de deficiência;
II - que exerçam atividades de risco;
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Essa redação foi dada pela EC 47/05, que também promoveu a
inclusão dos 3 incisos. Essa mesma disposição ocorre para o RGPS,
vide o art. 201, § 1º.

75. (CESPE/MMA/2009) Servidor público federal portador de


deficiência pode ter critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria.
Comentários:
Segundo a Constituição em seu art. 40 § 4º, é vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos abrangidos pelo regime próprio de previdência social,
ressalvados, de acordo com os termos de leis complementares os
casos de servidores:
I. Portadores de deficiência;

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II. Que exerçam atividades de risco;
III. Cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Gabarito: Correto.

Pensão por morte


§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão
por morte, que será igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido,
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este
limite, caso aposentado à data do óbito; ou
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de
setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso
em atividade na data do óbito.
Organizando o disposto sobre pensão:
• Será o valor total que o servidor falecido recebia em
atividade ou de aposentadoria, se aposentado, mas só até o
limite do teto do RGPS.
• Daquilo que passar do teto do RGPS, só receberá 70%.

Contagem de tempo para aposentadoria


§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou
municipal será contado para efeito de aposentadoria e o
tempo de serviço correspondente para efeito de
disponibilidade.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
contagem de tempo de contribuição fictício.
• Tempo de contribuição → aposentadoria;
• Tempo de serviço → disponibilidade.

Observância do Regime Geral de Previdência (RGPS)


§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de
previdência dos servidores públicos titulares de cargo

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efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de previdência social.

Previdência do servidor ocupante exclusivamente de cargo em


comissão
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime geral de previdência social.

Atenção: Exclusivamente cargo em comissão → RGPS.

76. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O RGPS


será aplicado aos servidores que, de forma exclusiva, ocupem cargo
em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração, bem
como emprego público ou outro cargo temporário.
Comentários:
Este mandamento é o exposto pelo art. 40 § 13 da Constituição: ao
servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo
temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
previdência social.
Gabarito: Correto.

Regime de previdência complementar


§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, desde que instituam regime de previdência
complementar para os seus respectivos servidores titulares
de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime
de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que
trata o art. 201. (Incluído pela EC 20/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o
§ 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades
fechadas de previdência complementar, de natureza pública,
que oferecerão aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
(Redação dada pela EC 41/03)

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§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor
que tiver ingressado no serviço público até a data da
publicação do ato de instituição do correspondente regime
de previdência complementar. (Incluído pela EC 20/98)
Organizando:
• A quem se aplicará?
R: O Regime Complementar só ser aplicará aos servidores
ocupantes de cargos efetivos. Em se tratando de servidor
que tiver ingressado no serviço público antes instituição do
Regime Complementar, só se aplicará se ele optar
expressamente.
• Quem poderá instituir e como instituirá?
R: Qualquer dos entes – União, Estados, DF e Municípios –
através de lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo.
• Será requisito para quê?
R: A instituição do regime complementar é o requisito que
a Constituição exige para fixar o teto das aposentadorias e
pensões do RPPS em valor igual ao fixado pelo RGPS.
Perceba o que diz o § 14: Permite essa equiparação de
tetos “desde que” antes se crie um regime de previdência
complementar para o ente.
• Qual a relação com a previdência complementar
privada?
R: (Vide CF, art. 202 ). Devem ser observadas as
disposições constitucionais da previdência privada, no que
couber.
• Quais instituições que irão intermediar?
R: Será por intermédio de entidades fechadas de
previdência complementar, de natureza pública.
• Quais os planos de benefícios que serão oferecidos?
R: Os planos de benefícios terão uma única modalidade:
contribuição definida.

77. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Desde que


seja instituído regime de previdência complementar para os
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, a União, os estados,
o DF e os municípios poderão fixar, para o valor das aposentadorias
e pensões a serem concedidas pelo regime próprio de previdência, o
limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.
Comentários:
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A instituição do regime complementar é o requisito que a CF exige
para fixar o teto das aposentadorias e pensões do RPPS em valor
igual ao fixado pelo RGPS. Perceba que diz o § 14 do art. 40 da
Constituição permite essa equiparação de tetos “desde que” antes se
crie um regime de previdência complementar para o ente.
Gabarito: Correto.

78. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O regime


de previdência complementar dos servidores titulares de cargo
efetivo da União, dos estados e do DF poderá ser instituído por lei de
iniciativa dos respectivos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Comentários:
Realmente poderá ser qualquer dos entes – União, Estados, DF e
Municípios –, mas somente através de lei de iniciativa do respectivo
Poder Executivo.
Gabarito: Errado.

Incidência e imunidade da contribuição social


§18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que
trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido
para os benefícios do regime geral de previdência social de
que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido
para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído
pela EC 41/03)
Ou seja, não incidirá contribuição sobre os proventos de
aposentadorias e pensões concedidas pelo RPPS até o teto limite do
RGPS, mas, incide sobre o que passar do teto com os mesmos
percentuais que incidem sobre a remuneração dos servidores em
atividade nos respectivos cargos efetivos.
Isso decorre da isonomia, já que a CF no art. 195, II, dava imunidade
de contribuições aos aposentados e pensionistas do RGPS.
CF, art. 195, II → (...) não incidindo contribuição sobre aposentadoria
e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que
trata o art. 201.
Segundo o § 21, em se tratando de portador de doença
incapacitante, só incidirá contribuição sobre o valor que passar do
dobro do teto do RGPS, veja:
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá
apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e
de pensão que superem o dobro do limite máximo

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estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201 desta
Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for
portador de doença incapacitante. (Incluído pela EC 47/05)

79. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Incide


contribuição, com alíquota igual à estabelecida para os servidores
titulares de cargos efetivos, sobre os proventos de aposentadorias e
pensões concedidas pelo regime próprio dos servidores públicos que
superarem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios
do RGPS, quando o beneficiário for portador de doença incapacitante,
na forma da lei.
Comentários:
Não incide contribuição sobre os proventos de aposentadorias e
pensões concedidas pelo RPPS até o teto limite do RGPS, mas, incide
sobre o que passar do teto com os mesmos percentuais que incidem
sobre a remuneração dos servidores em atividade nos respectivos
cargos efetivos. Isso decorre da isonomia, já que a CF no art. 195, II,
dava imunidade de contribuições aos aposentados e pensionistas do
RGPS. Porém, segundo o § 21 do art. 41 da Constituição, em se
tratando de portador de doença incapacitante, só incidirá contribuição
sobre o valor que passar do dobro do teto do RGPS.
Gabarito: Correto.

Abono de permanência
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha
completado as exigências para aposentadoria voluntária
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em
atividade fará jus a um abono de permanência equivalente
ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º,
II. (Incluído pela EC 41/03)

Abono de permanência = Valor da sua contribuição

Pluralidade de regimes próprios e unidades gestoras do


regime
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime
próprio de previdência social para os servidores titulares de
cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do
respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o
disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela EC 41/03)
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CF, art. 142, § 3º, X → Inatividade do militar das Forças Armadas.

80. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF veda


expressamente a existência de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos.
Comentários:
Pela Constituição em seu art. 40 §20, fica vedada a existência de
mais de um regime próprio de previdência social (RPPS) para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade
gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o
existente para os militares das Forças Armadas.
Gabarito: Correto.

Estabilidade
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.
(Redação dada pela EC 19/98. Anteriormente, a estabilidade
era adquirida com apenas 2 anos de efetivo serviço. A EC 19
elevou esse prazo para 3 anos. A EC 19 também passou a
prever que a estabilidade só ocorreria para aqueles
servidores nomeados em "cargo de provimento efetivo", não
albergando os empregados públicos regidos pela CLT)
Importante notar que a EC 19 não alterou o prazo de vitaliciedade
para os Juízes, que, segundo o art. 95, I, continua sendo de 2 anos.
Se o candidato lembrar que "a emenda aumentou o prazo para
estabilidade mas não mexeu com os Juízes", será muito fácil na hora
da prova acertar que o prazo para estabilidade é de 3 anos, enquanto
o de vitaliciedade é de 2 anos.
Outra coisa importante é o fato de que o prazo só começa a ser
contado a partir da efetiva entrada em exercício, e não da nomeação
ou da posse.
Diz o § 4º: Como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

81. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Conforme recente entendimento


do STJ, o prazo do estágio probatório dos servidores públicos é de 24
meses, visto que tal prazo não foi alterado pela Emenda
Constitucional n.º19/1998, que trata apenas da estabilidade dos
referidos servidores.

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Comentários:
Atualmente a jurisprudência dominante, principalmente no STF, é de
que o estágio probatório é de 3 anos acompanhando o período para a
aquisição de estabilidade.
Gabarito: Errado.

Perda do cargo
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
(Redação dada pela EC 19/98, que incluiu os 3 incisos)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Observação:
Além dessas 3 hipóteses, segundo a CF, art. 169, §4º, o servidor
estável também poderá perder o cargo por excesso de despesas.
Assim, temos uma quarta hipótese de perda do cargo para o servidor
estável. No caso de excesso de despesas (CF, art. 169, §4º), porém,
antes de exonerar o servidor estável, deverá o órgão promover:
I. redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
II. exoneração dos servidores não estáveis;
III. se ainda não for suficiente → O servidor estável poderá perder o
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal (para que isso ocorra depende de lei
federal de normas gerais).
CF, art. 169, § 6º → É vedada a criação de cargo similar ao extinto
por excesso de despesas por 4 anos.
CF, art. 247 → As leis previstas para regulamentar a perda do cargo
do servidor público estável por procedimento de avaliação periódica e
a que disciplinará a perda do cargo do servidor estável por excesso
de despesa estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda
de cargo, que, em decorrência das suas atribuições, desenvolva
atividades exclusivas de estado.

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82. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Após a aquisição da
estabilidade, o servidor público não pode perder o cargo mediante
procedimento de avaliação periódica.
Comentários:
Segundo o art. 41 § 1º da Constituição, o servidor público estável só
perderá o cargo:
I. em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II. mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada am-
pla defesa;
III. mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Existe ainda a hipótese prevista no art. 169, § 4º que versa que o
servidor estável também poderá perder o cargo por excesso de
despesas se as medidas adotadas não forem suficientes.
Gabarito: Errado.

Reintegração, recondução, aproveitamento e disponibilidade:


Reintegração, recondução, aproveitamento e disponibilidade são
quatro casos em que é imprescindível a estabilidade, ou seja, não são
institutos aplicados ao servidor em estágio probatório.
 Reintegração  Se o servidor estável foi demitido, mas, a
demissão foi invalidada por sentença judicial, será ele reintegrado
ao cargo que ocupava, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade (Neste
caso terá remuneração proporcional ao tempo de serviço).
Situação inicial:

Cargo 1 Cargo 2

Serv. A Serv. B

Demissão do servidor A (estável) e ocupação do cargo 1 pelo


servidor B:

Cargo 1 Cargo 2

Serv. A Serv. B

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Anulação da demissão do servidor A e sua reintegração ao


cargo por ser estável:

Reintegração
Não = Exonerado

Cargo 1
Cargo 2

Serv. A Serv. B O serv. B é estável? Não = Recondução

Sim = O cargo 2 está ocupado?

Sim = Disponibilidade com remuneração


proporcional ao tempo de serviço ate
que ocorra aproveitamento em outro
cargo.

Observações: Estamos aqui expondo o que é mencionado na própria


CF, embora entendamos que o servidor não estável que tenha sua
demissão anulada deverá retornar ao serviço público, mas a
discussão passa a ser se este retorno pode ser denominado
reintegração.

83. (ESAF/ATA-MF/2009) O eventual ocupante de vaga de


servidor reintegrado, se estável, será reconduzido ao cargo de origem
mediante prévia e justa indenização proporcional ao tempo de
serviço.
Comentários:
A reintegração foi prevista pelo art. 41 § 2º, ali não há previsão para
que ocorra indenização, pelo contrário, existe previsão expressa de
que isso ocorrerá sem indenização.
Gabarito: Errado.

Extinção do cargo ou declaração de desnecessidade:


§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
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proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela EC
19/98).

Questões gerais:

84. (FCC/AJAA-TRT 8º/2010) No tocante à administração


pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, é
INCORRETO afirmar que
a) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público.
b) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica.
c) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão
computados e acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
d) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro
de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei.
e) depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias de empresa de economia mista assim como a
participação de quaisquer delas em empresa privada.
Comentários:
Letra A - Correto. É a da literalidade do art. 37, XIII.
Letra B - Correto. A disposição se encontra no art. 37, VII.
Lembramos que. por força de decisão tomada no julgamento dos
Mandados de Injunção 670, 708 e 712 o Supremo determinou que,
enquanto não editada essa lei específica referida, deve-se aplicar a lei
de greve dos trabalhadores privados aos servidores públicos.
Letra C - Errado. Vai contra a vedação do aumento da remuneração
“em cascata”, do art. 37, XIV. Assim, a base de cálculo dos
acréscimos não pode conter os acréscimos que já foram concedidos
anteriormente, para que não haja um "acréscimo sobre o acréscimo".
Letra D - Correto. Disposição encontrada no art. 37, XVIII.
Letra E - Correto. Para se criar uma autarquia, ou ser autorizado a
instituição de uma empresa pública, SEM, ou Fundação, precisamos
de uma lei específica, nos termos do art. 37, XIX. Essas entidades
no entanto, poderão ter subsidiárias. Para se fazer essas subsidiárias,
não precisamos de lei, mas precisa haver uma "autorização na lei
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criadora da entidade principal" para que se faça a criação de
subsidiárias = autorização legislativa (CF, art. 37, XX).
Gabarito: Letra E.

85. (FCC/AJAA - TRE-AM/2010) A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, devendo ser
observado que:
a) somente por medida provisória poderá ser criada autarquia,
cabendo à lei complementar definir as áreas de sua atuação.
b) a resolução estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.
c) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica.
d) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão
computados e acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
e) depende de autorização do judiciário, em cada caso, a criação de
subsidiárias de fundação.
Comentários:
Letra A - Errado. O correto seria dizer "somente por lei específica" e
não "por medida provisória".
Letra B - Errado, segundo o art. 37, IX, será a lei que estabelecerá os
casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Letra C - Correto. Perfeito teor do art. 37, VII. Porém, em decisão
tomada no julgamento dos Mandados de Injunção 670, 708 e 712 o
Supremo determinou que, enquanto não editada essa lei específica
referida, deve-se aplicar a lei de greve dos trabalhadores privados
aos servidores públicos.
Letra D - Errado. É a vedação da aumento da remuneração "em
cascata" conforme dispõe o art. 37, XIV.
Letra E - Errado. A autorização necessária não é do Judiciário, e sim
Legislativa (CF, art. 37, XX).
Gabarito: Letra C

86. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010) A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
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impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sendo
INCORRETO afirmar que:
a) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e
títulos, será convocado concorrendo em igualdade de condições com
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.
b) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.
c) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público.
d) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores.
e) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro
de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei.
Comentários:
Letra A - Errado. Tentou-se explorar a literalidade do art. 37, IV da
Constituição. Porém, errou ao dizer que o aprovado concorrerá em
igualdade de condições com novos concursados, já que ele deve ser
chamado preferencialmente.
Letra B - Correto. Literalidade do art. 37, V. Esquematizando:
Funções de confiança Exclusivamente para
servidores ocupantes de cargo
efetivo;
X
Cargos em comissão Embora acessível a qualquer
pessoa, a lei pode prever condições e
percentuais mínimos para serem
preenchidos por servidores de
carreira.

Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia


e assessoramento.

Os cargos efetivos podem ser isolados ou estruturados em carreiras.


Observe que para assumir uma função de confiança, a pessoa já é
ocupante de qualquer cargo efetivo e é DESIGNADO para ela. Já o
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cargo em comissão, se trata de novo cargo e não uma simples
função, qualquer pessoa pode assumir e a lei irá reservar percentual
para os de carreira.
Dica: Função – eFetivo / Cargo em Comissão - Carreira

Letra C - Correto. Trata-se da literalidade do art. 37, XIII.


Letra D - Correto. Trata-se da vedação do aumento da remuneração
“em cascata”, que pode ser encontrada no art. 37, XIV.
Letra E - Correto. Agora trata-se da literalidade do art. 37, XVIII.
Gabarito: Letra A.

Ok! Pessoal, fim de papo!


Grande abraço e excelentes estudos.

Vítor Cruz

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