Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Outra questão é que ele não apresenta exemplos de variedades prestigiadas, porém, em
um quadro, somente aborda sobre o que são as variedades urbanas de prestígio, assim: “[…]
faladas pelas classes sociais que vivem nas grandes cidades e que têm maior poder econômico
e grau de escolaridade.”. Além disso, por se enquadrarem erroneamente como padrões, geram
o preconceito linguístico.
Como o livro analisado se trata do manual do professor, ele traz notas com orientações
para o uso docente. Ao lado do quadro citado no parágrafo anterior, se encontra uma nota na
qual diz que “A expressão variedades urbanas de prestígio […] vem substituir a noção de
língua padrão ou norma culta. Estudos recentes nas ciências da linguagem vêm mostrando
que mesmo em se tratando do uso da variedade de prestígio há muita diferença entre o falar
‘culto’ das diferentes regiões do país. Daí o uso do termo no plural [...]”. Então, como diz que
“vem substituir”, leva-se a crer que as variedades urbanas de prestígio ocupam o lugar de norma
culta, assim são levadas em consideração como sinônimos, com a simples diferenciação da
quantidade - uso do plural na nomenclatura.
Após propor atividades sobre “o uso da língua e as situações de comunicação”, o livro
trata sobre linguagem formal e informal e, em seguida, sobre língua oral e escrita. Apresenta
que o grau de formalidade é variável conforme os objetivos que se pretende alcançar e
exemplifica com a suposição de envio de uma carta a uma diretora (usando a linguagem formal
na escrita). Em nenhuma parte fica claro sobre qual modalidade teria tendência a apresentar
maior probabilidade de erro, somente salienta que o que tendencia a variação é a situação
comunicativa em si.