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AUTORES:
Antônio Diogo Lustosa Neto
Ricardo Nogueira Campos Ferreira
João Henrique Cavalcante Bezerra
Cássia Rosane Silveira Pinto
Marcus Borges Leite
Carlos Henrique Profírio Marques
Gabriel de Mesquita Facundo
Jamile Mota da Costa
Fortaleza – CE
2016
FUNECE-CE
APOIO:
PRONATEC / UECE
A UECE, desde sua criação em 1975, incorpora em sua grade a oferta de cursos
técnicos de nível médio, na área da saúde, como Técnico de Enfermagem, seguido pos-
teriormente do Técnico em Segurança do Trabalho. Há 10 anos criamos a Unidade de
Educação Profissional-UNEP, assumindo a complexidade que essa modalidade de ensino
oferece, além de sua extraordinária capacidade de inclusão social. A existência da UNEP
nos habilitou a obter o direito de sermos ofertantes do PRONATEC, quando a oportuni-
dade surgiu.
9. ENFERMIDADES ...........................................................................................................................................................48
APRESENTAÇÃO DO CURSO
JUSTIFICATIVA
A mesma instituição afirma que o pescado como fonte alimentar tem au-
mentando a uma taxa média anual de 3,2%, enquanto o crescimento populacio-
nal mundial está a 1,6%, sendo esse um dos fatores que contribuíram para o au-
mento do consumo per capito de 9,9 kg em 1960 para 19,2 kg em 2012 por pessoa
por ano, entretanto outros elementos como a ascensão da renda familiar, urbani-
zação, e pela forte expansão da produção de peixe e canais de distribuição mais
eficientes ajudaram a impulsionar este aumento do consumo.
No Brasil, estima-se que o volume de pescado produzido na pesca e aqui-
cultura gira em torno de 1,2 milhões. A produção aquícola brasileira segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013) foi de 476.522 toneladas,
desses sendo 392.493 toneladas provenientes da piscicultura, ou seja, 82,4%, ten-
do como os maiores produtores os estados de
OBJETIVO GERAL:
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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
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Tabela 1. Produção total de pescado (t) dos vinte e dois maiores produtores em 2009 e 2010
Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura. 2011.
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Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura. 2011. For-
mulada pelo MDIC
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todo o mundo, pois é uma técnica relativamente simples e barata, se comparada à pis-
cicultura em viveiros escavados. Por não precisar de alagamento de áreas, pode
ser praticada em uma grande variedade de ambientes aquáticos e com custos
menores, sendo a forma mais prática de se implantar um empreendimento a um
curto prazo.
Nesse sentido, com o aperfeiçoamento e desenvolvimento da tecnologia
para produção de peixes em tanques rede, poderá haver um aumento da produ-
ção brasileira de pescado, o que consequentemente e com isso existirá condições
para a implantação de novas indústrias de beneficiamento de pescado, e com isso
contribuir para que o País se posicione cada vez mais entre os grandes produto-
res de peixe, pois o Brasil é um dos poucos países que tem condição de atender não só a
demanda interna como também a mundial.
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Onde:
GPD – ganho de peso corporal diário (g/dia)
Pf – peso corporal úmido (g) na hora da despesca
Pi - peso corporal úmido (g) no primeiro dia de cultivo
DC – número total de dias do cultivo
• Sobrevivência Final
Onde:
S – sobrevivência final na despesca
POPf – número total de organismos no momento da despesca
POPi – número total de organismos no momento do povoamento
• Produtividade
Onde:
PRD – produtividade de organismos por área de produção (g/m3, kg/m2, ton/ha
POPf – número total de organismos no momento da despesca
POPi – número total de organismos no momento do povoamento
Pf – peso corporal úmido (g) na hora da despesca
Pi - peso corporal úmido (g) no primeiro dia de cultivo
VT – volume por área de produção (m3, m2, há)
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Onde:
FCA – fator de conversão alimentar
CAp – consumo alimentar aparente (g, kg) por tanque ao longo do ciclo de cultivo
BIO – biomassa ganha por unidade de cultivo, ou seja,
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Art. 5º
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
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CONAMA: COEMA:
Resolução nº 237/1997 Resolução n° 18/2013
Resolução nº 312/2002 Resolução nº 17/2013
Resolução nº 357/2005 Resolução n° 04/2012
Resolução nº 413/ 2009 Resolução n° 02/2002
Resolução nº 459/ 2013 Resolução n° 05/2001
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5.1 Temperatura
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5.3 pH
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1. Hiperatividade/convulsões;
2. Letargia;
3. Perda de equilíbrio;
4. Coma (não reage a estímulos externos)
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Figura 12. Parâmetros de qualidade de água e aparelhos de medição (adaptado de Boyd &Tu-
cker, 1998)
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Na avaliação para escolha de uma área para atividade aquícola, tem que le-
var em consideração diversos fatores. Existe aqueles de macro abrangência, como
aspectos políticos, sociais, econômicos, legais e os de micro abrangência, como
fatores físicos, hidrológicos e químicos.
Ações políticas são um pré-requisito importante para seleção de áreas, de-
vido a existência de incentivos ou dificuldades para implementação aquícola. Para
isso é necessária uma estabilidade política de modo assegurar que os acordos
serão mantidos.
Na visão econômica é importante avaliar o mercado consumidor:
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1. Fácil reprodução
2. Resistência ao manejo
3. Boa aceitação comercial.
4. Boas taxas de crescimento
5. Boa adaptação à ração.
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8. MANEJO ALIMENTAR
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A quantidade de ração a ser lançada por dia pode variar de acordo com a
idade dos peixes, numero de alimentações diárias, qualidade da ração, do manejo
empregado no arraçoamento, da espécie utilizada e da qualidade da água e stres-
se dos animais.
Normalmente a cada duas semanas deve-se retirar amostras dos peixes
para se calcular a biomassa e a taxa de arraçoamento (biometria). Para que se pos-
sa saber a quantidade certa de alimento a ser ofertada, e diariamente deve-se
fazer analises da qualidade da água para fazer os ajustes necessários para o arra-
çoamento.
A ração deve ser ministrada de 4 a 6 vezes ao dia, quando os peixes são
menores, seu sistema digestório é menor, por isso ele precisa ser alimentado com
mais frequência, a medida que os animais vão crescendo pode-se diminuir a fre-
quência alimentar para diminuir os custos com manejo.
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Figura 20. Correção da quantidade de ração de acordo com TºC. (adaptado de Braz Filho, 2003)
Não existe uma regra geral para fazer o arraçoamento, por isso o produtor
deve estar atento ao comportamento dos peixes no dia a dia da criação, obser-
vando visualmente e cronometrando o tempo em que os peixes levam para con-
sumir toda a ração. Pois se o peixe não está comendo ou se está comendo bem, o
manejo tem que ser reajustado, ou seja, não devemos seguir cegamente a tabela
de arraçoamento. O importante é que tudo seja registrado e assim o produtor
possa ter uma ideia do que está acontecendo. Uma dica é que se em até 10 mi-
nutos os peixes consumiram toda a ração, no dia seguinte a quantidade deve ser
aumentada em 10%, se precisaram de mais de 20 minutos a quantidade terá que
ser reduzida em 10%, o ideal é que em torno de 15 minutos os peixes consumam
toda a ração ofertada.
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9. ENFERMIDADES
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Doenças em peixes
Icthyophthirius multifilis
Tricodina
Quilodonelose
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Lerneose
Branquiúrus
Argulose
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Saprolegniose
A Saprolegniose é a micose mais comum em peixes de água doce. Apesar
de seu crescimento ocorrer com frequência em temperaturas mais amenas, entre
18ºC e 26ºC, pode manifestar-se em qualquer temperatura. A infestação por esse
fungo está relacionada à manejos inadequados.
10. PLANCTOLOGIA
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Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/zooplancton-caracteristicas-gerais
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10.4 Fitoplâncton
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Fonte: http://paginasustentavel.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2275:e
mbrapa-modifica-microalgas-para-produzir-enzimas-e-impulsionar-a-fabricacao-de-etanol-2g-no-
-brasil&catid=1:energia&Itemid=9
10.5 Zooplâncton
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• Copépodos;
• Cladóceros;
• Ostracodas;
• Rotíferos;
• Protozoários (radiolários, foraminíferos e tintinídios);
• Quetognatos;
• Larvas e ovos de peixes e moluscos;
• Cnidários (Hidromedusas).
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Viveiro
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Noções de topografia
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Alcalinidade Total
• Tamponamento do pH da água;
• Aumento na produtividade primária;
• Diminuição da toxicidade de metais do solo
Dureza
Dureza total = [Ca2+] + [Mg2+] expressa por (mg/L CaCO3), assim possuindo
a dureza cálcica e dureza magnesiana. Águas superficiais variam de 5 – 200 mg/L
CaCO3, os ecossistemas aquáticos continentais do semiárido podem apresentar
dureza > 200 mg/L CaCO3
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1. Fertilização;
2. Calagem;
3. Aeração mecânica;
4. Troca de água;
5. Restrição alimentar;
6. Probióticos
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Índice de plasticidade
Taxa de permeabilidade
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• Diminuição da nitrificação
• Aumento na quantidade de matéria orgânica não degradada
Teor de matéria orgânica na solo influência na produtividade.
12.1 MARINHOS
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Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/novosite/?p=1474
12.2 CONTINENTAIS
Vantagens:
• Menor custo por kg de peixe produzido;
• Rápida implantação e expansão do empreendimento;
• Uso racional dos recursos hídricos;
• Colheitas durante o ano todo
• Manejo simplificado
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Desvantagens:
• Dificuldade na legalização do empreendimento;
• Dependência absoluta de ração;
• Dificuldade no tratamento/controle de doenças;
• Riscos de roubos ou furtos
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Tanque-rede quadrado
• Volume: 4,8 m³ (2,0 x 2,0 x 1,20) – malha 17 ou 19 mm
• Volume: 6,0 m³ (2,0 x 2,0 x 1,5) – malha 13 ou 19 mm
• Volume: 13,5 m³ (3,0 x 3,0 x 1,5) – malha 19 mm
• Volume: 18 m³ (3,0 x 3,0 x 2,0) – malha 19 mm
Tanque-rede circular
• Volume: 25,0 m³ - malha 19 mm
• Volume: 200,0 m³ - malha 19 mm
• Volume: 300,0 m³ - malha 19 mm
• Volume: 400,0 m³ - malha 19 mm
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Equipamentos e materiais
Berçários/bolsões
Estrutura utilizada na fase de cria dos alevinos de 0,5 e 2,0 g até 30 g. O bol-
são fica dentro do tanque-rede e possui malha entre 5 a 8 mm. Necessário uma
limpeza constante (colmatação).
Comedouro
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Balsa e plataforma
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Plataforma
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Para se ter uma boa renovação de água a corrente de água precisa passar
de maneira perpendicular aos tanques rede. Manter uma distância de 10 a 20 me-
tros entre linhas de gaiolas e e de duas vezes o comprimento dos tanques-rede
entre as gaiolas.
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Repicagem
Quando os peixes atingem 30- 50 gramas é realizada transferência dos pei-
xes berçários para os tanques-rede. Contabilizando todos os peixes.
Despesca
Após estabelecer os custos de produção e determinar o preço de venda e
um período de jejum de 24 horas, realiza-se a despesca parcial ou total, com o au-
xilio das balsas ou rebocadores. Os peixes podem ser vendidos vivos ou abatidos.
Biometria
Basicamente é a medida de comprimento dos peixes e que normalmen-
te é realizada a cada 15 ou 30 dias. Esta prática submete os peixes a estresse. É
aconselhável realizar em apenas 10% a 20% da quantidade total dos tanques-rede
e fazer a biometria em 3% a 5% dos peixes de cada tanque rede sorteado.
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Peixes indesejáveis
Vigilância do empreendimento
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13.1 Abate
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13.2 Evisceração
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• Fresco
• Resfriado
• Congelado
GELO E REFRIGERAÇÃO
O gelo deve ser produzido com água potável da melhor qualidade, com
registro em órgão competente, devendo seu transporte e manuseio ser efetuado
dentro de padrões sanitários.
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REFERÊNCIAS
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2012.
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