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Porém não basta que a fé seja atraente somente, ela precisa se destacar entre as
demais como afirma Berg, e por conta disso surgem muitos tipos de rituais, práticas e
formas diferentes de comercializar a fé, como por exemplo, “toalhinha ungida”,
“Fogueira Santa” etc. Que ao serem devidamente aplicadas, agirão em favor da pessoa
concedendo-lhe aquilo que ela precisa, seja dinheiro ou algum outro tipo de desejo. Há
também a ideia do investimento, muitos grupos religiosos propõe aos seus fieis uma
espécie de investimento, em que a pessoa investe um bem material de grande valor, ou
uma determinada quantia em dinheiro, e “Deus” irá retribuí-la em dobro, ou mais. Além
dessas, existem muitas outras técnicas de mercado para tornar a fé algo mais atraente,
quanto mais rituais ou ofertas religiosas houverem, um maior publico será alcançado.
Entretanto Berg adverte sobre alguns problemas com esse tipo de fé, e talvez o
maior deles seja a redução da religião ao âmbito do puramente profano. Embora estes
grupos reivindique estarem respaldados por forças sobrenaturais, estas muitas vezes
acabam sendo tidas apenas como um meio pelo qual os desejos humanos podem ser
satisfeitos, deste modo, a religião vai perdendo seu “poder” de dar respostas as questões
existenciais do ser humano e se reduz ao âmbito do puramente técnico, para Berg este
seria o processo de desaparecimentos gradual das religiões limitadas à esfera familiar.
Este talvez tenha sido um dos motivos do crescente aumento do movimento dos sem
religião, pessoas que afirmam possuir algum tipo de espiritualidade, mas que não estão
ligadas a qualquer tipo de instituição religiosa. Talvez isso se deva ao fato de a religião
ter perdido, para muitas pessoas, seu caráter de sagrado e de resposta às questões
existências, ao ponto de se tornarem tão profanas quanto qualquer outra organização
social.
REFERÊNCIAS