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ALIANÇA - Asatru Vanatru

As Origens das Runas1 nas derivam de um alfabeto itálico do norte.


Com certeza, quando a evidência arqueológica
Como informações históricas e arqueológicas,
é levada em conta, isso parece ter alguma ve-
as runas se destacaram por um período que se
racidade. Existem ainda outras idéias menos
estende de 200 A.C., até o final da Idade Mé-
definidas que precisam ser exploradas. As ru-
dia (e até o presente) em uma área da Islândia
nas apresentam também uma forte semelhança
até a Romênia, do Báltico ao Mediterrâneo. Se
com vários símbolos do hallristningar, os sím-
levarmos em consideração que as runas nunca
bolos do culto pré-histórico usados pelos povos
foram utilizadas como escrita de caneta e tinta,
setentrionais e registrados em gravuras em ro-
mas apenas como símbolos talhados ou grava-
chas. E não importa qual seja a origem das
dos sobre madeira, osso metal e pedra, essa
runas, existem a debatida questão sobre quem
vasta extensão geográfica é realmente notável
foi a primeira pessoa que realmente utilizou a
e diz muito a respeito de sua atração e durabi-
escrita. Teria sido desenhada por uma comis-
lidade.
são ou teria sido criada como obra de um único
Há uma tendência a menosprezar as runas
indivíduo inspirado? Provavelmente nunca sa-
como sendo simplesmente a escrita da Idade
beremos e isso, por si só, aumenta o poder e o
Média utilizada por aqueles povos setentrionais
mistério da escrita rúnica.
que não foram convertidos ao cristianismo e,
consequentemente, não aprenderam o monkalpha
(alfabeto dos monges) ou alfabeto latino. Por Wotan e as Runas
muitas razões, isso é um infortúnio. Estigmati- E Wotan diz:
zar simplesmente as runas por serem um alfa-
beto pagão faz com que muitas de suas outras "Eu sei que fiquei dependurado
funções sejam negadas. Nove longas noites
Em diversos momentos dos últimos 150 anos, Na árvore, gelada pelos ventos do
os eruditos têm postulado uma variedade de norte.
origens para as runas. Uma das teorias advoga Pela lança ferido, no sacrifício de
que elas sejam originárias da migração para o Wotan.
norte da escrita cursiva grega. Outra, que se- Em mim mesmo, em sí mesmo.
jam baseadas no alfabeto latino, o que, pelo Na soberba árvore, da qual os ho-
menos, tem mérito de destacar algumas simi- mens nada sabem,
laridades superficiais nos formatos das letras, Nem que raíz brotou.
especialmente quando consideramos que as for- Não me foi oferecido alimento,
mas angulares das runas provêm do fato de se- Nem hidromel em chifre,
rem talhadas e não escritas. Se fossem uma Para consolar-me.
escrita de caneta e tinta, as semelhanças pode- Para baixo vigiava meu olho,
riam aumentar dramaticamente. A teoria ci- Queixando-me lancei as runas.
tada com maior freqüência defende que as ru- Então caí por terra.
1 Textos
Nove cantos aprendi do guerreiro,
retirados do extinto site “O Troth”, de au-
toria de Vagner Cruz 2009 - 2010. O guerreiro da Bestla,

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O filho de Bölthorn.
Do mais nobre bebível
Bebi um gole.
E a florecer comecei,
Também a madurar.
Sábio cheguei a ser.
A palavra me guiava,
De palavra em palavra.
A obra,
De obra em obra".

Este canto das Edda nos descreve a cruxi-


ficação de Wotan na arvore Yggdrasil, do Es-
panto, seu sacrifício por nove noites, depen-
durado, sem bebida que pudesse diminuir seu
sofrimento, ferido pela lança. Nem sequer seu
corvo lhe trouxe Hidromel. Até que Wotan des-
cobriu as Runas e, com elas pode liberar-se. As-
sim o Herói, depois de apoderar-se do segredo,
de recuperar o grande poder, se fez mais que um
Deus e entregará a seus guerreiros. Segundo o
professor Hermann Wirth, as Eddas e as Runas
tem uma antiguidade entre 10.000 a 6.000 anos.
No livro dos academicos franceses Lucien
Musset e Fernand Mossé "Introduction a La Ru-
nologie"( Paris, Aubier-Montaigne, 1965 ), pre-
tendem fazer-nos crer que as Runas são uma
tentativa da gente primitiva para fabricar um
alfabeto rudimentário. Sem sair-mos do àmbito
da argumentação racionalista de estes investi-
gadores, o feito que ja ateriormente ao séc. III
de nossa era os orfebres gnósticos de Alexan-
dria talhavam gemas mágicas, "abraxitas", re-
produzindo precisamente as Runas, é o melhor
desmentimento a esses profissionais da conspi-
ração antinórdica, histórica e mundial. Porque
se o gnosticismo no séc. III já reconhecia o va-
lor mágico dos símbolos runicos, está indicado
um desenvolvimento anterior deste alfabeto.

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