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Introdução
Neste capítulo será estudado como o texto literário pode se tornar fonte histórica, ou
seja, como as imaginações de um artista pode refletir a cultura de uma época e poder,
assim, se tornar fonte para o conhecimento deste momento histórico. Mais ainda, como
as descrições presente nestes textos podem nos dar base para pensarmos os costumes e
as condições materiais de uma época. Para compreendermos tal possibilidade é
necessário conhecermos os princípios metodológicos que condicionam um mero texto
literário a uma fonte histórica.
O relato imaginativo que a literatura proporciona gera uma representação do lugar que
vive e, no caso do século XIX, do país. Isto favorece ao surgimento da identidade
nacional.
Portanto, a literatura representa uma sociedade e por ela é produzida, além disso, é um
meio de identificação e, por isso, de identidade nacional. Por isso ela pode ser objeto de
estudos da história e se tornar, assim, fonte histórica.
Importantes para a definição dos princípios de análise dos textos literários como
documentos históricos são as três questões: como a sociedade define a posição e o papel
do autor; como a obra depende dos recursos técnicos para compartilhar os valores
socialmente compartilhados; como se formam os públicos.
Antônio Candido compreende que o aspecto social não determina a obra literária e nem
que a obra literária está desvinculada com o aspecto social em que o autor está inserido,
para Candido as condições sociais fazem parte da obra literária, assim como outros
aspectos da existência.