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FACULDADE DE TECNOLOGIA

SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

ESPECIFICAÇÃO DE
PROCEDIMENTO DE
SOLDAGEM
EPS 003

PROFESSOR: LUIZ GIMENES

ALUNO: SÉRGIO APARECIDO DO SANTOS

E-mail: sergio.inspetorn1@hotmail.com

FEVEREIRO / 2011
INDÍCE

Especificação do Procedimento de Soldagem ............................................................................ 2

Juntas (QW 402) ......................................................................................................................... 2

Metais de Base (QW 403) ........................................................................................................... 2

Metais de Adição (QW 404) ........................................................................................................ 3

Posições (QW405) ...................................................................................................................... 4

Pré-aquecimento (QW 406) ........................................................................................................ 4

Tratamento Térmico (QW 407) ................................................................................................... 4

Gás (QW 408) ............................................................................................................................. 4

Características Elétricas (QW 409) ............................................................................................. 5

Técnica (QW 410) ...................................................................................................................... 5

Resistência Corrosão sob tensão ............................................................................................... 6

Soldagem de Aços Inoxidáveis Duplex ....................................................................................... 6

Diretrizes Gerais para Soldagem ................................................................................................ 5

Qualificação do Procedimento de Soldagem .............................................................................. 6

Seleção do Metal Base ............................................................................................................... 6

Metais de Adição ........................................................................................................................ 6

Limpeza Antes da Soldagem ...................................................................................................... 7

Projeto da Junta .......................................................................................................................... 7

Pré-aquecimento ......................................................................................................................... 7

Tratamento Térmico Pós Soldagem ............................................................................................ 7

Heat Input e Temperatura entre Passes ..................................................................................... 7

Técnica e Parâmetros ................................................................................................................. 8

Gas Tungsten Arc Welding (GTAW / TIG) .................................................................................. 8

Shielding Metal Arc Welding (SMAW) ......................................................................................... 8

Referencias Bibliográfica ............................................................................................................. 9

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ESPECIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM

EPS: 003/11 Rev.: 0

RQPS de Cobertura: 003/11

Data: 16/01/2011

Elaborado por: Sérgio A. Santos

EPS elaborada de acordo com ASME VIII – Div. 1 – Ed. 2007

Norma de Referência: ASME IX – Ed. 2007

Processo de Soldagem: GTAW + SMAW Tipo: Manual

JUNTAS (QW 402) – ASME IX – Ed. 2007

Dimensional da junta conforme Practical Guidelines For The Fabrication of Duplex Stainless Steels
(figure 16. examples of weld joint designs used with duplex stainless steels).

Tipo de Junta: Topo

Tipo de Chanfro: “V”

Ângulo do Chanfro (A): 65º ± 5º

Abertura da Raiz (B): 5 ± 1 mm

Face da Raiz (C): 2 ± 1 mm

Espessura (D): 10 mm

Cobre Junta: Não

Material de Mata Junta: NA

Outros: NA

Seqüência de Soldagem

METAIS DE BASE (QW 403) – ASME IX – Ed. 2007

(QW 422) Ferrous / Nonferrous P-Numbers And S-Numbers

P Nº: 10H Grupo Nº: 1 com P Nº: 10H Grupo Nº: 1

Especificação do Tipo e Grau: SA 240 – S32750 Com Especificação do Tipo e Grau: SA 240 – S32750

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Análise Química: (Conforme ASME II – Parte A – Tabela 1)

C=0,030; Mn=1,20; P=0,035; S=0,020; Si= 0,80; Cr=24,0 - 26,0; Ni=6,0 – 8,0; Mo=3,0 – 5,0 N=0,24 – 0,32;
Cu=0,50

Propriedade Mecânica: (Conforme ASME II – Parte A – Tabela 2)

Resistência Tração = 795 MPa Min.

Resistência Escoamento = 550 MPa Min.

Alongamento = 15% Min.

Dureza = 310 HB Max.

METAIS DE ADIÇÃO (QW 404) – ASME IX – Ed. 2007

GTAW

Especificação Nº: SFA 5.9

Classificação: ER 2209

F Nº: 6 (QW-432)

A Nº: 8 (QW-422)

Bitolas: 2,4 mm

Marca Comercial: OK Tigrod 2209

Análise Química: (Conforme ASME II – Parte C – SFA 5.9 – Tabela 1)

C=0,03; Si=0,90; Mn=0,5-2,0; Ni=7,5-9,5; Cr=21,5 – 23,5; Mo=2,5-3,5; N=0,08-0,20; P=0,03; S=0,03; Cu=0,75

Propriedade Mecânica: (Conforme ASME II – Parte C – SFA 5.9 – Tabela A2)

Resistência Tração = 690 MPa min.

Alongamento = 20% min.

Tratamento Térmico – Não requerido

SMAW

Especificação Nº: SFA 5.4

Classificação: E 2209-17

F Nº: 5 (QW-432)

A Nº: 8 (QW-422)

Bitolas: 3,25 mm

Marca Comercial: OK 67.50

Análise Química: (Conforme ASME II – Parte C – SFA 5.4 – Tabela 1)

C=0,04; Si=0,90; Mn=0,5-2,0; Ni=8,5-10,5; Cr=21,5 – 23,5; Mo=2,5-3,5; N=0,08-0,20; P=0,04; S=0,03; Cu=0,75

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Propriedade Mecânica: (Conforme Catalogo ESAB)

Resistência Tração = 820 MPa

Resistência Escoamento = 660 MPa

Alongamento = 25%

Impacto Charpy (V): 50J - Temp. +20°C

POSIÇÕES (QW405) – ASME IX - 2007

Em chanfro: PLANA

Em ângulo: Todas

Progressão de Soldagem: NA

PRÉ AQUECIMENTO (QW 406) – ASME IX - 2007

(Conforme ASME II – Parte C – SFA 5.4 – Tabela 4)

Temp.Pré aquecimento (min.): 16ºC

Temperatura Interpasse (Max.): 150ºC

Outros: NA

TRATAMENTO TÉRMICO (QW 407) – ASME IX - 2007

Faixa de Temperatura: NA

Tempo de Permanência: NA

GÁS (QW 408) – ASME IX - 2007

Gás de Proteção: Ar + N

Composição: 97,5% Ar + 2,5%N

Vazão Tocha: 12 a 18 l/min.

Backing de Gás: Sim

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CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS (QW 409) – ASME IX – 2007

(Conforme ASME II – Parte C – SFA 5.4 – Tabela 2)

Corrente: Contínua

Polaridade: GTAW – Negativa / SMAW - Positiva

Tipo de Eletrodo de Tungstênio: EWTh2 – ø 3,2 mm

Metal de adição Intensidade Vel. Heat


Polari Tensão
Processo Camada Diâmetro Corrente Soldagem Input
Tipo dade (V)
(mm) (A) (cm/min.) (KJ/cm)
-
GTAW 1 ER 2209 2,4 80 - 120 CC 8 - 16 4 - 12 9,6

-
GTAW 2 ER 2209 2,4 80 - 120 CC 8 - 16 4 - 12 9,6

+
SMAW 3 E 2209-17 3,2 80 - 120 CC 22 - 28 7 - 33 6,1

+
SMAW 4 E 2209-17 3,2 80 - 120 CC 22 - 28 7 - 33 6,1

TÉCNICA (QW 410) – ASME IX – Ed. 2007

Filetado ou Trançado: Filetado

Orifício ou Tamanho do Furo para Saída de Gás: N° 7

Limpeza inicial e interpasse: Esmerilhar / Escovar

Método de Goivagem: Esmerilhar / Escovar

Passe simples ou Múltiplos por lado: Múltiplos

Eletrodos simples ou múltiplos: Simples

OUTROS

- O chanfro e as bordas do mesmo numa faixa de ao menos 10 mm pelos lados internos e


externos deverão ser limpos ao metal brilhante para execução da soldagem.

- As ferramentas de limpeza e dispositivos de fixação deverão ser de aço inoxidável ou


revestidas deste metal em no mínimo por duas camadas.

- Na operação de goivagem utilizar discos de óxido de alumínio com alma de nylon ou fibra de
vidro.

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Resistência Corrosão sob tensão

Alguns dos primeiros usos de aços inoxidáveis duplex basearam-se em sua resistência a trinca
de corrosão sob tensão (SCC). Comparado com os aços inoxidáveis austeníticos, os aços
inoxidáveis duplex apresentam significativa melhora da resistência SCC. Muitos dos usos dos
aços inoxidáveis duplex nas indústrias de processo químico são substitutos para os
austeníticos em aplicações com um risco significativo de SCC. Entretanto, como todos os
materiais, os aços inoxidáveis duplex podem ser suscetível à corrosão sob tensão em
determinadas condições. Isso pode ocorrer em altas temperaturas, ambientes contendo
cloretos, ou quando as condições favorecem a trinca induzida pelo hidrogênio.

Soldagem de Aços Inoxidáveis Duplex

Diretrizes Gerais para Soldagem

Qualificação do Procedimento de Soldagem

Em outros aços inoxidáveis, como de costume os testes para qualificação dos procedimentos
de soldagem são bastante simples, com apenas uma quantidade limitada de testes para
qualificar um material, o metal de adição, e método de solda. Com ensaios de dureza e testes
de dobrar (à procura de martensita e trinca a quente, respectivamente), estes testes de
qualificação refletem uma longa experiência para o que pode dar errado com aços ferríticos,
martensíticos e austeníticos. Os aços inoxidáveis duplex são susceptíveis a ter dificuldade com
estes requisitos, mas nestes testes é improvável que encontremos fases intermetálicas ou
ferrita excessiva que são possíveis problemas com aços inoxidáveis duplex. Além disso, devido
à necessidade de limitar o tempo total na temperatura da ZTA, as propriedades do aço duplex
serão sensíveis a espessura e detalhes das reais práticas de soldagem. Portanto, a
"qualificação" deve ser considerada em um sentido mais amplo, isto é, uma demonstração de
que os procedimentos de soldagem que serão aplicados durante a fabricação não produzirá
uma perda inaceitável de propriedades, especialmente dureza e resistência à corrosão.

Seleção do Metal Base

A reação dos aços inoxidáveis duplex para soldagem podem ser substancialmente alterada por
variações química ou processamento. A importância dos metais contendo nitrogênio tem sido
repetidamente enfatizada. É importante que a condição metalúrgica do material utilizado na
fabricação tenha a mesma qualidade, quanto à prática da composição e produção, como o
material usado para qualificar o procedimento de soldagem.

Metais de Adição

Os eletrodos devem ser armazenados em uma estufa aquecida a 95 °C (200 °F) ou mais, para
evitar a acumulação de umidade que podem levar a porosidade da solda ou trincas.
A maioria dos metais de adição para soldagem de aço inoxidável duplex são descritos pela
composição, mas normalmente são ligas de níquel com concentração acima do metal de base,
normalmente com cerca de 2 - 4% de níquel a mais do que no metal base. O teor de nitrogênio
é tipicamente um pouco menor no metal de adição do que no metal de base. É geralmente
aceito que altas liga de aço inoxidável duplex sejam utilizadas para a soldagem de produtos de
menor liga de aço inoxidável duplex.

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Limpeza Antes da Soldagem

A limpeza de todas as regiões que serão aquecidas durante a soldagem não se aplica apenas
para aços inoxidáveis duplex, mas a todos os aços inoxidáveis. A composição química do
metal de base e o metal de adição foram envolvidos considerando que não existem fontes de
contaminação. Sujeira como graxa, óleo, tinta, água de qualquer espécie não deverão interferir
com as operações de soldagem, pois afetam negativamente a resistência à corrosão e as
propriedades mecânicas da soldagem. Nenhuma qualificação de procedimento de soldagem é
eficaz se o material não é completamente limpo antes da solda.

Projeto da Junta

Para aços inoxidáveis duplex, o projeto da junta soldada deve facilitar a penetração total e
evitar a diluição do metal de base na solidificação do metal de solda. Atenção especial deve ser
dada na uniformidade da preparação para solda e do ajuste da junta. Qualquer rebarba deve
ser removida para obtenção de uma fusão e penetração completa. Para um aço inoxidável
duplex, algumas das técnicas acima podem causar danos prejudiciais, levando a resultados
fora dos especificados nos procedimentos qualificados. Muitas vezes, uma superfície
ligeiramente áspera produz juntas melhor do que superfícies lisas. Às vezes, alisando com um
abrasivo fino pode ajudar a aumentar a molhabilidade da superfície, que é fundamental para
uma boa união.

Pré-aquecimento

Como regra geral, pré-aquecimento não é recomendado pois pode ser prejudicial. Não deve
ser parte do processo, salvo se há uma específica justificativa. O pré-aquecimento pode ser
benéfico quando usado para eliminar a umidade do aço, que pode ocorrer em condições
ambientais frias ou de condensação durante a noite. Quando o pré-aquecimento é utilizado
para remover a umidade, o aço deve ser aquecido a cerca de 95 °C (200 °F) uniformemente e
somente após, limpo e preparado para soldagem. O pré-aquecimento também pode ser
benéfico se a solda é um dos casos excepcionais, quando houver risco para a formação de
uma ZTA altamente ferrítica por têmpera rápida.

Tratamento Térmico Pós Soldagem

Alívio de tensão pós soldagem não é necessário para aços inoxidáveis duplex e é provável que
seja prejudicial, porque o tratamento térmico pode precipitar fases intermetálicas ou fase alpha
principal (475°C/885°F), causando fragilização e uma perda de dureza e resistência à corrosão.
Qualquer tratamento térmico pós solda deve ser um completo recozimento seguido de
resfriamento a aguá. O recozimento pode eliminar os problemas associado ao excesso de
ferrita e fases intermetálicas, e o processo de fabricação pode tolerar alguma destas condições
menos desejáveis como um estado intermediário antes do recozimento final.

Heat Input e Temperatura entre Passes

Os aços inoxidáveis duplex podem tolerar relativamente alta imposição de calor. A estrutura de
solidificação do metal de solda duplex é resistente à trinca a quente, muito mais do que a de
metais de solda austenítico. Os aços inoxidáveis duplex, tem maior condutividade térmica e
menor coeficiente de expansão térmica, não possuem elevada intensidade térmica na solda
como aços inoxidáveis austenítico. Extremamente baixo aporte térmico pode resultar em zonas
de fusão e ZAT que são excessivamente ferrítica com uma correspondente perda de dureza e
resistência a corrosão.
Para evitar problemas na ZTA, o processo de solda deverá permitir o resfriamento rápido desta
região após a soldagem. A temperatura de trabalho da peça é importante porque proporciona

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um maior efeito sobre o refriamento da ZTA. Como orientação geral, a temperatura máxima
entre passes é limitado a 150 °C (300 °F). Essa limitação deve ser imposta ao qualificar o
procedimento de solda, e a soldagem de produção deve ser monitorada para assegurar que a
temperatura entre passes não seja superior ao utilizado para a qualificação.

Técnica e Parâmetros

Para aços inoxidáveis duplex, é especialmente importante estabelecer uma boa preparação da
borda, alinhamento e abertura raiz. Apesar dos aços inoxidáveis austeníticos aceitarem
algumas técnicas de soldagem para superar as deficiências nestas áreas, tem o risco dos aços
inoxidáveis duplex ficar tempo prolongado à alta temperatura, quando estes técnicas são
utilizadas.
Não deve haver nenhum ponto de solda de partida no passe de raiz. Idealmente, para evitar
trincamento do passe de raiz associado com aderência das soldas. A largura da abertura de
raiz deve ser cuidadosamente mantida para assegurar a entrada de calor constante e diluição
no passe de raiz. O começo e o término do passe de raiz devem ser esmerilhados antes do
início dos passes de enchimento. A peça de trabalho deve ser resfriada abaixo 150°C (300°F)
entre os passes para prever resfriamento adequado da ZTA em passagens subseqüentes.
O calor imposto é tipicamente na faixa de 0,5-2,5 kJ/mm (15-65 kJ/cm).

Gas Tungsten Arc Welding (GTAW / TIG)

A soldagem a arco com tungstênio, às vezes chamada como gás inerte, soldagem de
tungstênio, é especialmente útil para pequenas soldagem manual. Pode ser automatizado para
geometrias simples, mas geralmente não é econômico como processo principal de grandes
quantidades de soldagem em grandes equipamentos. Mesmo quando outro processo é o
método de soldagem principal, é geralmente apropriado para qualificar procedimentos de
reparos ou peças acabadas.
O eletrodo de tungstênio deve ser com 2% thorio (Especificação AWS 5.12 Classificação
EWTh-2). O controle de arco é auxiliado pela afiação do eletrodo para um ponto cônico com
um ângulo de vértice de 30 a 60 graus. O vértice do ângulo ideal para a realização de
penetração na TIG automática deve ser determinada por alguns testes de produção real.

Shielding Metal Arc Welding (SMAW)

Soldagem por arco elétrico ou eletrodo revestido, é um método altamente versátil de soldagem
de geometrias complexas em situações com as posições relativamente difícil. Embora seja
possível a soldagem de estruturas pelo processo SMAW, particularmente para estruturas
menores e mais complexas, o processo SMAW é mais usado em combinação com custos e
métodos mais eficientes para soldagem de grandes estruturas.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

ASME VIII – DIV 1 – Boiler And Pressure Vessel Code – Ad. 2002 – Jul/2002

ASME IX – Boiler And Pressure Vessel Code – Ed. 2007 – Jul/2007

ASME II – Parte A - Boiler And Pressure Vessel Code – Ad. 2002 – Jul/2002

ASME II – Parte C - Boiler And Pressure Vessel Code – Ed. 2004 – Jul/2004

ASM HANDBOOK – Vol. 6 – Ed. 1993

PETROBRAS N-133 – Soldagem – Rev. J Jul/2005

PETROBRAS N-2301 – Elaboração de Documentação Técnica de Soldagem – Rev. C


Fev/2006

Pratical Guidelines For The Fabrication Of Duplex Stainless Steels

Catalogo Esab – Eletrodos Revestidos OK

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