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INTRODUÇÃO
AO
APOIO
MARÍTIMO
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Introdução ao Apoio Marítimo
1ª edição
Niterói/RJ
Edição do Autor
2013
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Introdução ao Apoio Marítimo
CDD 600
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Introdução ao Apoio Marítimo
ÍNDICE
Prefácio ......................................................................................................................................................................... 5
Apresentação ................................................................................................................................................................ 6
Histórico da Atividade de Exploração Offshore no Brasil .............................................................................................. 8
As Primeiras Atividades: Nordeste ........................................................................................................................... 8
A Bacia de Campos - Primeiras Descobertas ........................................................................................................... 9
Polo Nordeste ......................................................................................................................................................... 11
Águas Profundas .................................................................................................................................................... 12
Os Recordes ........................................................................................................................................................... 13
Novas Tendências de Completação ....................................................................................................................... 14
Pré-Sal ........................................................................................................................................................................ 16
Definição ................................................................................................................................................................. 16
Primeiras Descobertas ........................................................................................................................................... 16
O Pré-Sal Brasileiro ................................................................................................................................................ 17
Origem .................................................................................................................................................................... 17
Geologia ................................................................................................................................................................. 19
A Extração de Petróleo da Camada Pré-Sal .......................................................................................................... 19
Embarcações .............................................................................................................................................................. 21
Sistemas de Propulsão ........................................................................................................................................... 21
Arranjo de Convés .................................................................................................................................................. 23
A. Manuseio de Espias – LH (Line Handling): ........................................................................................... 23
B. Supridor – OSV (Offshore Supply Vessel): ........................................................................................... 24
C. Supridor de Plataforma – PSV (Platform Supply Vessel):..................................................................... 24
D. Supridor, Reboque e Manuseio de Âncoras - AHTS (Anchor Handling and Towing Supply): .............. 25
E. Apoio a Mergulho - DSV (Diving Support Vessel): ................................................................................ 26
F. Balsa de Serviço (Barge): ..................................................................................................................... 26
G. Lançamento de Linhas – PLV (Pipe Laying Vessel): ............................................................................ 27
H. Navio de Estimulação de Poços de Petróleo – WSV (Well Stimulation Vessel): .................................. 27
I. Navio de Pesquisa Sísmica – RV (Research Vessel): .......................................................................... 28
Unidades ..................................................................................................................................................................... 29
Fixas ....................................................................................................................................................................... 29
A. Plataforma Auto-elevatória – PA (Jack up): .......................................................................................... 29
B. Plataforma Fixa - Jaqueta: .................................................................................................................... 30
Móveis .................................................................................................................................................................... 30
A. Plataformas Semissubmersíveis – SS: ................................................................................................. 30
B. Navios-sonda - NS (Drillship): ............................................................................................................... 31
C. FPSO (Floating Production, Storage and Offloading): .......................................................................... 31
D. Unidade Alojamento/Floatel: ................................................................................................................. 32
E. Embarcação/Unidade Guindaste/Construção: ...................................................................................... 32
F. Navio de Apoio à Perfuração (Drilling Tender): .................................................................................... 32
Especiais ................................................................................................................................................................ 33
A. Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP (Tension Leg Platform): ..................................................... 33
B. SPAR: ................................................................................................................................................... 34
O Porto ........................................................................................................................................................................ 35
Administração ......................................................................................................................................................... 35
Operações .............................................................................................................................................................. 35
Base ....................................................................................................................................................................... 35
Terminal de Imbetiba .............................................................................................................................................. 35
Segurança .............................................................................................................................................................. 36
Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................... 37
Anexos ........................................................................................................................................................................ 38
Anexo I.................................................................................................................................................................... 39
Anexo II................................................................................................................................................................... 42
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Introdução ao Apoio Marítimo
Prefácio
A indústria do petróleo exige uma contínua atualização de todos os seus agentes. É uma atividade
dinâmica, onde os limites devem ser sempre superados.
Cada vez mais, esta indústria ganha importância em nosso país, quer seja no nível de exigência de
qualificação da mão de obra, quer seja na geração de empregos. A quebra do monopólio de exploração e
de produção da Petrobras traz novas empresas para o mercado brasileiro. A reboque, os armadores
deverão apresentar índices operacionais cada vez melhores. Ao invés de haver somente contratos de longa
duração (2, 4, 10 anos), o contrato tipo “spot” (curta duração) passará a ser uma constante.
Este estudo tem o objetivo de servir de ferramenta para um melhor conhecimento das operações
de apoio marítimo (apoio às unidades de produção e exploração em alto-mar). Ele foi realizado tomando
como base a teoria existente. Somou-se então a experiência do autor como Comandante de embarcações
supridoras, de estimulação de poços de petróleo, de reboque e manuseio de âncoras e também como
Controlador de lastro e como Supervisor de lastro (Barge Engineer) em plataformas semissubmersíveis.
Este estudo deverá sofrer sempre atualizações. É necessária a participação de todos os envolvidos,
visando à melhoria contínua, através de críticas e sugestões.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Apresentação
Na segunda metade do século XV, teve início a expansão marítima dos povos da Europa,
liderada pelos portugueses, aos quais se juntaram, imediatamente, espanhóis e quase um
século mais tarde, ingleses, holandeses e franceses. A corrida pelo descobrimento de novas
terras começou com grande impulso, estimulada pelo gênio de Henrique “O Navegador”, e em
pouco tempo transformou-se num estrondo; criou impérios coloniais, expandiu o comércio e
gerou riquezas, em escala nunca vista até então.
O intenso uso do mar pelo comércio das nações, através de quatro séculos, deu origem a uma
arte marinheira, com tecnologia e embarcações próprias, lentamente aperfeiçoadas pela vida
em severas condições do meio ambiente em que operam os homens do mar.
A indústria de petróleo nasceu em terra, nos Estados Unidos, mais ou menos na segunda
metade do século XIX. No correr do século XX, cresceu com vigor, buscando fontes de óleo no
Oriente Médio, principalmente, mas também na América Central e no norte da América do Sul.
Mas a história do petróleo, em especial no Oriente Médio, é marcada por uma sucessão de
crises políticas entre os países que possuem petróleo em seu subsolo e as grandes potências
que lideram a indústria e o comércio de petróleo no mundo.
Por isso, desde 1920, alguns milhares de poços já vinham sendo perfurados ao longo da costa
norte da Europa, numa tentativa de encontrar soluções para a economia do petróleo, diante de
fatores negativos da política.
Os primeiros resultados foram decepcionantes, mas a política tem uma característica peculiar:
ao mesmo tempo em que se constitui em fator de grande perturbação, fornece o incentivo para
viabilizar projetos que nos primeiros embates são marcados por frustração.
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Introdução ao Apoio Marítimo
A crise de Suez em 1956 e mais tarde a criação da OPEP - com seus dois choques de petróleo
em 1973 e 1979 - viabilizaram a tecnologia de produção de petróleo offshore, no Mar do Norte
e em outras regiões marítimas do planeta.
Quando se abria a década de 70 deste século, a produção de petróleo no Brasil atingia cerca
de 170 barris por dia, uma produção muito pequena para atender às necessidades de um país
em expansão. A PETROBRÁS voltou-se para o mar. Desde então, a produção neste ambiente
cresceu e hoje alcança cerca de 80% do total da produção do petróleo extraído do território
brasileiro.
Este o motivo que nos leva a compilar algumas informações preliminares para o conhecimento
desta atividade, com o propósito de nos familiarizar com o trabalho dessa nova categoria de
homens do mar - os operadores offshore, a bordo de estruturas de perfuração e produção, e de
embarcações especializadas no apoio à indústria de petróleo.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Nos anos seguintes, com o aumento da atividade, não só na costa de Sergipe, mas também
nas de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, a Petrobras decidiu desenvolver projetos
próprios de plataformas que atendessem às características de desenvolvimento dos campos.
Este esforço resultou em 3 projetos de plataformas fixas distintos, conhecidas como
plataformas de 1ª, 2ª e 3ª famílias.
A plataforma de 1ª família era similar às plataformas fixas iniciais desenhada para ter até 6
poços de produção e podiam ser instaladas em lâmina d'água de até 60 m; se necessário com
um pequeno módulo para acomodação de pessoal.
Em 1975, para o desenvolvimento dos campos de Ubarana e Agulha, no Rio Grande do Norte,
além das plataformas de aço convencionais, decidiu-se pela utilização de plataformas de
concreto gravitacionais, segundo concepção do consórcio franco-brasileiro Mendes Jr. -
Campenon Bernard.
Foram utilizadas 3 destas plataformas, duas em Ubarana e uma em Agulha. Pela concepção
original, cada plataforma comportava a perfuração e a completação de até 13 poços,
separação, tratamento, armazenamento e transferência de óleo, compressão de gás além dos
sistemas de utilidades, segurança e alojamento de pessoal. As plataformas, em formato de
caixa têm um convés único medindo cerca de 2.500 m2 além de um espaço interno, chamado
de "galeria técnica", para instalação de bombas de transferência, sistema de lastro e
tratamento/descarte de água produzida.
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Introdução ao Apoio Marítimo
A planta de processo de cada plataforma comportava uma produção de 5.000 m3/dia de óleo e
a capacidade do tanque de armazenamento era de 20.000 m3. A altura total da plataforma era
de 25 metros, instalada em locais de lâmina d'água aproximada de 13 metros. São instalações
que se destinavam a operar como plataformas centrais.
As plataformas de concreto, que tiveram largo uso no Mar do Norte, têm uso limitado na área
offshore brasileira em pequenas lâminas d'água.
Como na fase inicial, a plataforma era posicionada sobre um poço produtor usando uma árvore
de BOP de superfície, enquanto um segundo poço submarino era colocado em produção
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Introdução ao Apoio Marítimo
através de uma árvore "molhada", a uma profundidade de água recorde de 189 metros. Da
árvore submarina, a produção fluía para a Penrod-72 através de um sistema flexível livre de
linhas de escoamento e riser, que incluía um umbilical de controle para comunicação entre a
árvore e a plataforma. O óleo processado dos dois poços era transportado através de uma
linha de escoamento e riser flexíveis até uma monobóia ancorada por um sistema de pernas
em catenária, Catenary Anchor Leg Mooring (CALM). Uma segunda linha de escoamento e
riser flexíveis era conectada entre a Penrod-72 e a Sedco-135D, o que proporcionava uma
capacidade de produção contínua.
Apesar do fato de que era somente o segundo sistema flutuante de produção no mundo, esse
conceito realmente ganhou força no Brasil. A surpreendente alta segurança e o baixo custo
indicam que o EPS era a concepção para águas profundas, pelo menos nesta parte do
hemisfério. A partir de então, e visando principalmente uma antecipação de produção, os
sistemas flutuantes foram largamente empregados na Bacia de Campos.
Uma evolução natural deste sistema foi a completa conversão das plataformas
semissubmersíveis de perfuração em unidades flutuantes de produção, que tem sido
mundialmente seguido, depois desta primeira experiência de sucesso.
O campo de Garoupa, primeiro a ser descoberto, também em lâmina d'água de 120 metros,
somente entrou em produção em 1979, juntamente com o de Namorado, este em lâmina
d'água de 160 metros. Apesar de se tratar de campos com potencial superior aos campos
marítimos do Nordeste, a utilização de sistema de produção com plataformas fixas e
tubulações rígidas não era economicamente viável por serem isolados e muito distantes do
litoral, cerca de 80 km.
Optou-se então pelo conceito de sistema flutuante de produção utilizando navio. A concepção
envolvia tecnologia pioneira e foi um marco na atividade offshore mundial. O sistema
compreendia 8 poços de produção com completação seca utilizando câmaras atmosféricas,
manifold atmosférico, navio para processamento da produção atracado a uma torre articulada e
navio para carregamento de óleo atracado a outra torre articulada. Todo o sistema era
interligado por tubulações flexíveis.
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Introdução ao Apoio Marítimo
A concepção não voltou a ser utilizada pela Petrobras por problemas técnicos e econômicos
particulares do projeto. Contudo, contornados os problemas e eliminados os aspectos
pioneiros, mostrou-se perfeitamente viável. Paralelamente, um programa de implantação de um
sistema definitivo de produção foi desenvolvido. O programa compreendeu o projeto,
fabricação, transporte, instalação e montagem de 7 plataformas fixas de aço, de grande porte,
e o projeto, fabricação e lançamento de aproximadamente de 500 km de dutos rígidos no mar e
500 km em terra, para escoamento de óleo e gás.
Plataformas Centrais: Tipo fixa de aço, cravadas por estacas, com 8 pernas,
para perfuração e produção de poços, equipadas com plantas completas de processo
da produção, sistema de tratamento e compressão de gás, sistemas de segurança e
utilidades e acomodação de pessoal. A capacidade de produção dessas plataformas
varia de 15.000 a 32.000 m3/dia de óleo (95.000 a 200.000 bpd);
Polo Nordeste
A partir de 1984, a Bacia de Campos começou a mostrar seu completo potencial, com a
descoberta de campos gigantes em águas profundas que, à época, variavam de 300 a mais de
1.000 metros de lâmina d'água.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Instalação de 6 templates;
Perfuração e completação de 120 poços, com ESP;
Instalação de 5 plataformas satélites de produção e 1 sistema central com duas
plataformas geminadas, uma para a planta de processo e outra para utilidades
(Pargo 1A e Pargo 1B);
Lançamento de 70 km de linhas de escoamento e 50 km de cabos elétricos de força
submarinos.
Águas Profundas
Em 1984, o campo de Albacora foi descoberto seguido por: Marimbá (1985), Marlim (1985),
Marlim Sul (1987), Marlim Leste (1987), Barracuda (1989), Caratinga (1989) e Roncador
(1996). Esses campos estão situados em lâminas d'água superiores a 300 metros
(profundidades limite para o uso de mergulhadores na instalação, operação e manutenção) e
demandaram o desenvolvimento de tecnologia pioneira para serem postos em produção.
O campo de Marimbá, localizado em lâminas d'água que variam entre 350 e 650
metros, pode ser considerado um verdadeiro laboratório onde a tecnologia de
produção em águas profundas com sistema flutuante de produção com
semissubmersível foi testada e colocada em produção.
No bloco de Marlim Sul foi instalado, em 1997, um sistema de produção antecipada composto
pela unidade FPSO-II, em lâmina d’água de 1.420 metros, interligada a 1 poço produtor, a
1.709 metros de lâmina d’água. À época, este poço estabeleceu o recorde mundial de lâmina
d’água para completação submarina.
Para o bloco de Marlim Leste, foi feita a conexão de um poço daquela área a alguma das
unidades instaladas no complexo de Marlim para levantamento de dados para o futuro
desenvolvimento.
A produção desses dois sistemas é exportada através das plataformas fixas PNA-1 (gás) e
PNA-2 (óleo).
Os Recordes
Um dos mais importantes recordes ocorreu em janeiro de 1999, quando entrou em produção o
EPS de Roncador, campo situado na parte norte da Bacia de Campos, com uma área de 132
km2 e lâmina d’água entre 1.500 e 2.000 metros.
Esse sistema, que produziu mais de 20.000 bpd, era composto pelo navio Seillean, um FPSO
de posicionamento dinâmico, localizado diretamente sobre o poço produtor em lâmina d’água
de 1.853 metros, ligado à árvore de natal, instalada pelo próprio navio, por um riser vertical
rígido pioneiro no mundo, sendo que ambos foram especialmente projetados para
profundidades de até 2.000 metros.
Além de tais recordes, cabe destacar o fato de que foi o único FPSO de posicionamento
dinâmico em uso no mundo e a unidade desse tipo operando na maior lâmina d’água.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Esse sistema entrou em operação no final de 1999, sendo depois substituído pelo sistema
definitivo composto pela unidade semissubmersível Spirit of Columbus (P-36), convertida para
unidade de produção no Canadá, que repassava a produção de 21 poços para um FSO (P-47
– convertida a partir do navio Eastern Strength); a unidade de produção estava ancorada a
1.360 metros de LDA e o FSO a 815 metros. O sistema atingiu o pico de produção de 180.000
bpd em 2002.
Ao longo desses anos, a Petrobras fez uso intensivo do conceito “equipamentos submarinos de
completação + unidade flutuante de produção” nas atividades offshore. Os principais fatores
que a levaram a essa opção foram:
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Introdução ao Apoio Marítimo
Por esses motivos, a tendência ao uso de UCS tem aumentado ultimamente, já que essas
unidades:
Conclui-se que nestes anos de atividades offshore, a produção no mar tornou-se vital para o
Brasil, passando a responder por cerca de 80% do total produzido no país no início de 1999, ou
seja: cerca de 1 milhão de bpd provenientes de 74 plataformas fixas e 23 flutuantes. Nesse
período, a Petrobras instalou, ainda, mais de 300 árvores de natal submarinas, 40 manifolds
submarinos e 5.000 km de linhas flexíveis, rígidas e umbilicais de controle.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Pré-Sal
Em geologia, camada pré-sal refere-se a um tipo de rochas sob a crosta terrestre formadas
exclusivamente de sal petrificado, depositado sob outras lâminas menos densas no fundo dos
oceanos e que formam a crosta oceânica. Segundo os estudiosos no assunto, esse tipo de
rocha mantém aprisionado o petróleo recentemente descoberto, pelos brasileiros. Entre a costa
ocidental da África e a oriental da América do Sul conta um riquíssimo depósito de matéria
orgânica que viria se acumulando ao longo de milhões de anos sob o sal petrificado e
posteriormente prensado por pesadas lâminas, transformando-se em petróleo. Ainda, segundo
os geólogos brasileiros, essa camada mais antiga de sal foi depositada durante o processo de
abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gonduana (supercontinente, que teoricamente
afundou formando a junção oceânica das placas americanas e africanas respectivamente) e
suposto afastamento entre a América do Sul e a África - processo iniciado há cerca de 120
milhões de anos. As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de
mar raso e de clima semiárido a árido (1 a 7 Ma).
Como a formação laminar da camada pré-sal é anterior à formação da camada mais antiga de
sal, logo, essa camada, é mais profunda e de acesso mais difícil do que as reservas de
petróleo situadas na camada pós-sal (acima da camada de sal). Acredita-se que os maiores
reservatórios petrolíferos do pré-sal, todos praticamente inexplorados pelo homem, encontram-
se no Brasil (entre as regiões Nordeste e a sul), no Golfo do México e na costa ocidental
africana.
Definição
O termo pré-sal é uma definição geológica que delimita um perfil geológico anterior à
deposição de sal mais recente no fundo marinho. Já o termo sub-sal, que também é uma
definição geológica, designa o que está abaixo do sal - não necessariamente sendo uma
camada de rocha.
Primeiras Descobertas
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Introdução ao Apoio Marítimo
Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da
África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no
Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão. Nestes
casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração,
desenvolvidas pela Petrobras, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo
utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações
geológicas parecidas em outros locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que
estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com
a Petrobras, nos campos que exploram como sócias da Petrobras no Brasil.
O Pré-Sal Brasileiro
O geólogo e ex-funcionário da Petrobras, Márcio Rocha Mello, acredita que o pré-sal pode ser
bem maior do que os 800 quilômetros já identificados, estendendo-se de Santa Catarina até o
Ceará.
Apenas com a descoberta dos três primeiros campos do pré-sal, Tupi, Iara e Parque das
Baleias, as reservas brasileiras comprovadas, que eram de 14 bilhões de barris, aumentaram
para 33 bilhões de barris. Além destas, existem reservas possíveis e prováveis de 50 a 100
bilhões de barris.
A descoberta do petróleo nas camadas de rochas localizadas abaixo das camadas de sal só foi
possível devido ao desenvolvimento de novas tecnologias como a sísmica 3D e sísmica 4D, de
exploração oceanográfica, mas também de técnicas avançadas de perfuração do leito marinho,
sob até 2 km de lâmina d'água.
O pré-sal está localizado além da área considerada como mar territorial brasileiro, no Atlântico
Sul, mas dentro da região considerada Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil. É possível
que novas reservas do pré-sal sejam encontradas ainda mais distantes do litoral brasileiro, fora
da ZEE, mas ainda na área da plataforma continental, o que permitiria ao Brasil reivindicar
exclusividade sobre futuras novas áreas próximas. Vale lembrar que alguns países nunca
assinaram a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e alguns dos que o fizeram
não ratificaram o tratado.
Origem
O petróleo do pré-sal está em uma rocha reservatório localizado abaixo de uma camada de sal
nas profundezas do leito marinho.
Entre 300 e 200 milhões de anos havia um único continente, a Pangéia, que há cerca de 200
milhões de anos se subdividiu em Laurásia e Gondwana. Há aproximadamente 140 milhões de
anos teve inicio o processo de separação entre as duas placas tectônicas sobre as quais estão
os continentes que formavam o Gondwana, os atuais continentes da África e América do Sul.
No local em que ocorreu o afastamento da África e América do Sul, formou-se o que é hoje o
Atlântico Sul.
Nos primórdios, formaram-se vários mares rasos e áreas semi-pantanosas, algumas de água
salgada e salobra do tipo mangue, onde proliferaram algas e micro-organismos chamados de
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Introdução ao Apoio Marítimo
O conjunto de descobertas situado entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo (Bem-te-vi,
Carioca, Guará, Parati, Tupi, Iara, Caramba e Azulão ou Ogun) ficou conhecido como "Cluster
Pré-Sal", pois o termo genérico "Pré-Sal" passou a ser utilizado para qualquer descoberta em
reservatórios sob as camadas de sal em bacias sedimentares brasileiras.
Ocorrências similares sob o sal podem ser encontradas nas Bacias do Ceará (Aptiano
Superior), Sergipe-Alagoas, Camamu, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espírito Santo, no litoral
das ilhas Malvinas, mas também já foram identificadas no litoral atlântico da África, no Japão,
no Mar Cáspio e nos Estados Unidos, na região do Golfo do México. A grande diferença deste
último é que o sal é alóctone (vindo de outras regiões), enquanto o brasileiro e o africano são
autóctones (formado nessas regiões).
Os nomes que se anunciam das áreas do Pré-Sal possivelmente não permanecerão, pois, se
receberem o status de "campo de produção", deverão ser rebatizados segundo o artigo 3° da
Portaria ANP nº 90, com nomes ligados à fauna marinha.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Geologia
Como foi citado anteriormente, o Pré-Sal é uma camada de rocha formada por sal que delimita
um conjunto de reservatórios petrolíferos mais antigos que os depósitos encontrados sobre a
camada pós sal neoapitiniano e que na costa brasileira se estende desde o Alto Vitória e
Santos, nas Bacias de Campos, até o Alto de Florianópolis respectivamente. Este sal foi
depositado durante a abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico
Superior-Cretáceo) durante a fase de mar raso e de clima semi-árido/árido do Neoapitiniano (1
a 7 Ma).
A análise de um perfil sísmico da Bacia de Santos nos leva a crer que existem ao menos quatro
plays na região: O primeiro referente à fase Drift (turbiditos terciários similares aos da Bacia de
Campos) acima do sal e mais três, abaixo do sal, referentes pós-rift (carbonatos e siliciclastos
apitinianos de plataforma rasa) e ao sin-rift (leques aluviais de conglomerados). Em todos os
casos a rocha-geradora é de toda a costa Leste brasileira, a formação Lagoa Feia.
A área de ocorrência conhecida destes reservatórios é de 149 mil km² dos quais 42 mil km²
(28%) já foram licitados e 107 mil km² (72%) ainda por licitar. A história da prospecção desta
região começa no ano de 2000 durante a segunda rodada de licitações da ANP, onde foram
arrematados os primeiros blocos de exploração nos limites entre os estados de São Paulo e do
Rio de Janeiro. Na realidade, técnicos da Petrobras já especulavam a existência de
hidrocarbonetos abaixo da camada de sal há mais de vinte anos. Porém as técnicas de
aquisição e processamento dos dados sísmicos impossibilitavam uma melhor análise dos
dados justamente devido à presença do sal. Por sua vez, sem um conjunto de informações
minimamente confiáveis, não era possível justificar o investimento de centenas de milhões de
reais na perfuração de um poço prospectivo, devido aos altíssimos custos em função
novamente da presença da espessa camada de sal. Com a evolução das técnicas de
processamento dos dados e da capacidade de processamento dos computadores foi possível
avançar no conhecimento em subsuperfície, que levou ao encontro de indícios que justificariam
o investimento bilionário.
Quando não se fala do "Cluster Pré-Sal" na Bacia de Santos, as descobertas foram realizadas
no play pós-rift em grandes profundidades com lâminas d’água superiores a 2.000 m e
profundidades maiores que 5.000 m, dos quais 2.000 m de sal. As rochas geradoras são
folhelhos lacustres da formação Guaratiba (do Barremiano/Aptiano e COT de 4%). O selo é
formado por pelitos intraformacionais e, obviamente, o sal. A literatura científica afirma que os
reservatórios encontrados são biolititos cuja origem está baseada nos estromatólitos da fase de
plataforma rasa do Barremiano.
Um problema a ser enfrentado pelo país diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o
destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se
esgotar em apenas uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto,
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Introdução ao Apoio Marítimo
A partir de agosto de 2011 a Petrobras iniciou uma experiência pioneira de captura e armaze-
namento de carbono em águas profundas, que consiste em absorver grandes quantidades de
CO2 existentes no pré-sal.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Embarcações
Sistemas de Propulsão
O primeiro recurso a ser incorporado nestas embarcações foi o de hélices e lemes gêmeos
(dois) o que, através da inversão de suas rotações, propicia um menor diâmetro na curva de
giro. Em embarcações de menor porte (workboats) este recurso atende a maioria de suas
necessidades pois o sistema de propulsão e governo é posicionado mais para vante, ficando
mais próximo da meia-nau.
O segundo recurso foi o bow thruster (impelidor lateral de proa). A palavra inglesa “thruster”
significa impelidor auxiliar (lateral) enquanto a palavra propeller tem o significado voltado à
propulsão principal. Este recurso consiste de um hélice de passo variável colocado dentro de
um tubulão (tubo kort), que desloca a proa para boreste ou bombordo, de acordo com o sentido
da descarga.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Tubo
Kort
Leme
Guincho de
Reboque e
Manuseio de
Convés Âncoras
Principal
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Introdução ao Apoio Marítimo
Arranjo de Convés
O arranjo de convés é o principal fator no projeto de uma embarcação offshore. O sistema a ser
instalado pode variar de guinchos de reboque e manuseio a uma planta de estimulação de
poços de petróleo. Apresentamos a seguir alguns tipos de embarcações.
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Introdução ao Apoio Marítimo
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Introdução ao Apoio Marítimo
Unidade
Pendentes Rebocador
Catenária
Monkey
Face
As operações de manuseio de âncoras são mais complexas por envolverem a relação entre
duas unidades independentes (rebocador e plataforma). O posicionamento de âncoras no
fundo do mar obedece a planejamento prévio levando em consideração o solo e limitações
provocadas por linhas de produção (bundle), cabeças de poços, etc.. Manusear uma âncora é
posicioná-la no fundo do mar ou recuperá-la para inspeção, reposicionamento ou retirada
definitiva.
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Introdução ao Apoio Marítimo
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Introdução ao Apoio Marítimo
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Introdução ao Apoio Marítimo
formação), quando são alcançadas pressões superiores a 15000 psi, ou pela acidificação
(ácido clorídrico) na limpeza da coluna e revestimento.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Unidades
As unidades de Apoio Marítimo estão divididas basicamente em duas categorias: fixas e
móveis
Fixas
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Introdução ao Apoio Marítimo
Móveis
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Introdução ao Apoio Marítimo
B. Navios-sonda - NS (Drillship):
Os navios-sonda são unidades empregadas na perfuração em lâmina d’água profunda, por
possuírem posicionamento dinâmico, e também serviços de curta duração, devido à facilidade
de deslocamento de uma locação à outra. Este tipo de unidade possui todas as características
de uma plataforma semissubmersível com a navegação de um navio, quando necessário.
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Introdução ao Apoio Marítimo
D. Unidade Alojamento/Floatel:
Normalmente é uma unidade semissubmersível ou auto-elevatória (veja Jackup), equipada com
camarotes, instalações de hotelaria e espaços para escritórios para até 800 pessoas. A
instalação é normalmente utilizada para o alojamento e hotelaria para o pessoal que está
construindo ou operando em uma plataforma fixa de produção. Uma unidade alojamento
também pode ser equipada com instalações para oficinas e/ou depósitos.
E. Embarcação/Unidade Guindaste/Construção:
Normalmente é uma embarcação, balsa ou uma plataforma semissubmersível, equipada para a
construção e manutenção de instalações fixas. Algumas vezes oferecem acomodações. Outros
serviços oferecidos são: instalações de armazenamento, suprimento de água, ar comprimido e
eletricidade, espaço para escritórios, central de comunicações, heliporto, etc.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Fig. 33: Lançamento da âncora de sucção de uma Plataforma de Pernas Tensionadas – TLP
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Introdução ao Apoio Marítimo
B. SPAR:
Plataforma com uma única coluna (normalmente de concreto) e apoio no leito submarino
através de sapatas ou estaiamento por cabos.
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Introdução ao Apoio Marítimo
O Porto
Administração
Operações
Nos portos nacionais, a praticagem para embarcações nacionais ou estrangeiras deve atender
ao estabelecido nas Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos (NPCP), antigas
Normas de Tráfego e Permanência nos Portos (NTPP).
Base
Terminal de Imbetiba
O terminal de Imbetiba (Macaé/RJ) possui três píeres de 90 metros de comprimento cada que
movimentam 230 toneladas de cargas todo mês. O Porto de Imbetiba, um dos principais
motivos para a instalação da base da Petrobras em Macaé, hoje atua na sua capacidade
máxima, servindo a 165 embarcações de apoio logístico offshore.
O material desembarcado fica estocado em uma área conhecida como Retroporto que, além de
realizar operações para a companhia, também pode ser utilizado por suas contratadas. Estas
empresas têm um prazo de 24 horas para retirar o material que tiver armazenado no
Retroporto.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Segurança
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Introdução ao Apoio Marítimo
Referências Bibliográficas
- Glossário de Terminologia Offshore, Fundação de Estudos do Mar - FEMAR, 1ª Edição, 1994.
- Dictionary of Nautical Words and Terms, Captain A. G. W. Miller, 4ª Edição - Revisada, 1998.
- Classificação das Embarcações por Tipo e Funções Principais - E&P-Petrobras, Cláudio Roberto
Fayad, Revisão Abril 2000.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Anexos
ANEXO I
Glossário de embarcações especiais na atividade de apoio marítimo
ANEXO II
Definições da Petrobras quanto aos Tipos de Embarcações de Apoio Marítimo
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Introdução ao Apoio Marítimo
Anexo I
Drilling Barge - barge equipped for drilling Balsa de Perfuração - balsa equipada para
operations in smooth seas. Normally not operações de perfuração em mar calmo.
equipped with own propulsion machinery. Max. Normalmente não é equipada com máquinas
Drilling depth approximately 150 meters. para propulsão próprias. A lâmina d'água
máxima para perfuração é de 150 metros.
Drilling Rig - drilling tower with turntable and Plataforma de Perfuração - torre de perfuração
mud pumping system. May be installed on an com mesa rotativa e sistema de bombeio de
offshore rig or placed on a fixed or floating lama. Pode ser instalada em uma plataforma
offshore installation like a drill ship. offshore ou em uma instalação fixa ou flutuante
como um navio-sonda.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Drillship - ship equipped with drilling rig and its Navio-sonda - navio equipado com sonda de
own propulsion machinery. Kept in position by perfuração e sua própria instalação de máquinas.
Dynamic Positioning Equipment. Operating in Mantém sua posição por meio de Equipamento
waters with a maximum depth of 2,000 meters. de Posicionamento Dinâmico. Opera em lâmina
d'água de 2.000 metros.
Drilling Tender - ship serving drilling installations Navio de Apoio à Perfuração - navio de apoio
which are depending on a ship or a barge for às instalações de perfuração que dependem de
storage, accommodation, etc. uma embarcação ou balsa para armazenamento,
acomodações, etc.
Offshore service vessels - common term for Embarcações de Serviço Offshore - termo
specialized vessels used during the exploration, genérico para as embarcações especializadas
development and production phases of oil and utilizadas durante as fases de exploração,
gas finds at sea. desenvolvimento e produção de óleo e gás
encontrados no mar.
Production Ship - specialized ship pumping oil Navio de Produção - navio especializado que
through flexible pipelines from the seabed. bombeia óleo através de linhas flexíveis do fundo
mar.
Production Unit - platform equipped for the Unidade de Produção - plataforma equipada
production of oil and gas. para a produção de óleo e gás.
Seismic ship - vessel mapping geological Navio Sísmico - navio para mapeamento de
structures in the seabed by firing air guns estruturas geológicas no fundo do mar pelo
transmitting sound waves into the bottom of the disparo de canhões a ar transmitindo ondas
sea. The echo of the shot is captured by listening sonoras na direção do fundo do mar. O eco do
devices/hydrophones being towed behind the disparo é capturado por dispositivos de
vessel. escuta/hidrofones que são rebocados atrás da
embarcação.
A seismic ship provides data which is an intrinsic Um navio sísmico fornece dados que são uma
part of the material determining if and when a test parte intrínseca do material determinante se e
drilling should be initiated. quando um teste de perfuração poderá ser
iniciado.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Semisubmersible - movable installation Plataforma Semi-Submersível - instalação
consisting of a deck on stilts, fastened to two or móvel composta de conveses apoiados em
more pontoons. When in operation, the pontoons colunas, ligadas a dois ou mais flutuadores
are filled with water and lowered beneath the (pontoons). Quando em operação, os flutuadores
surface. The installation is normally kept in cheios com água ficando mergulhados. A
position by a number of anchors, but may also be instalação é normalmente mantida na posição
fitted with dynamic positioning equipment (DPE). por meio de determinado número de âncoras,
Usually fitted with own propulsion machinery ( mas também pode ser equipada com
max. Water depths 600 - 800 metres ). Equipamento de Posicionamento Dinâmico
(DPE). Normalmente possui sua própria
instalação de máquinas propulsoras. (Lâmina
d'água máxima entre 600 e 800 metros).
Supply ship - vessel transporting stores and Navio Supridor - embarcação para o transporte
equipment to drilling rigs or installations being de artigos e equipamento para plataformas de
built or in the production phase. Often called perfuração ou instalações sendo construídas ou
Straight Supply, or Platform Supply Vessel em fase de produção. Normalmente
(PSV). denominadas simplesmente de Supridor, ou
Navio de Suprimento a Plataformas (PSV).
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Introdução ao Apoio Marítimo
Anexo II
SV 300 Suprimento (Mini-Supridor), BHP Instalado até 2000, comprimento até 40m.
PSV 1000 Suprimento, BHP Instalado acima de 3500, com TPB em torno de 1000T (*).
PSV 1500 Suprimento, BHP Instalado acima de 3500, com TPB em torno de 1500T.
PSV 3000 Suprimento de grande porte e manobrabilidade, com TPB em torno de 3000T.
(*) - Aguadeiro
- Oleeiro
- Graneleiro
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Introdução ao Apoio Marítimo
EMP Empurrador
AHTS 7000 II FiFi II, Vazão Sistema: de 7200 até 9600 m³/h
AHTS 9000 II FiFi II, Vazão Sistema: de 7200 até 9600 m³/h
AHTS 12000 III FiFi III, Vazão Sistema: acima de 9600 m³/h
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Introdução ao Apoio Marítimo
SUPRIDOR (SV/PSV)
Devido ao avanço para áreas cada vez mais distantes e profundas, teve início a construção de
embarcações supridoras detentoras de maiores dimensões e capacidades, incluindo o
aumento da potência motora, necessário face ao maior deslocamento destas, objetivando dotá-
las da potência necessária para vencer as péssimas condições climáticas de modo a garantir o
cumprimento da missão de abastecimento. Estas embarcações supridoras de grande
capacidade e de melhor desempenho são conhecidas pelas siglas PS (pipe supply), PSV
(platform supply vessel) ou PC (pipe carrier).
Embora um supridor possa ser também identificado pela ausência de rolo de popa,
embarcações dotadas de guincho para reboque e manuseio foram, no decorrer do tempo,
tornando-se obsoletas para tais funções e transformando-se em supridores, embora mantendo
o equipamento de reboque original.
Foi também criada a classe de supridores tipo PSV 1000, que possui maior potência e
capacidades internas do que a do tipo SV 1000.
Com as embarcações PSV 1000, visa-se garantir que o suprimento se fará mesmo em
condições mais adversas de mar, sendo este tipo de embarcação indicado para atividades
específicas como óleo (OD), água (AG) ou granel (GR).
Cabe salientar que o supridor tipo SV 1000, atua numa faixa intermediária entre o SV e o PSV,
este último uma embarcação de grandes dimensões e maior custo diário.
Exemplos:
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Introdução ao Apoio Marítimo
Podemos considerar este tipo, como o da embarcação mais versátil por executar as tarefas de
grande porte que são: reboques de longa duração das unidades móveis marítimas e manuseio
dos sistemas de ancoragem de semissubmersíveis em grandes profundidades. Devido ao seu
grande deslocamento, possui boa capacidade de armazenamento e de suprimento de granéis
sólidos e líquidos, aliados a uma boa capacidade de carga de convés tanto em peso quanto em
área disponível.
Neste projeto de embarcação, é grande relevância as forças de tração estática (bollard pull)
longitudinais e laterais com a utilização de até 04 unidades de propulsão lateral (thrusters),
guincho compatível para fainas de reboque e de manuseio do sistema de ancoragem, além da
capacidade para armazenamento de cabos e amarras.
A indústria européia está projetando e construindo embarcações do tipo AHTS equipadas com
guinchos de manuseio que alcançam uma capacidade dinâmica de içamento na primeira
camada de até 500 tm devido o direcionamento na procura de petróleo em lâminas d’água
superiores aos 1000 metros, na qual o pioneirismo pertence à PETROBRAS em razão das
operações já efetivadas na Bacia de Campos, seguidas das iniciadas no Mar do Norte.
A força de tração estática (bollard pull) longitudinal tem sido mantida na faixa de 140 à 160 tm e
a potência da embarcação situando-se em até 16000 BHP, não incluindo os sistemas laterais
de propulsão cujo somatório já alcança 4000 BHP. Entretanto, novas embarcações estão
sendo construídas com bollard pull de até 230 tm e potência superior a 18000 BHP.
Exemplos:
Uma embarcação de transporte de passageiros deve transportá-los com rapidez e o maior nível
de conforto possível.
Na Bacia de Campos, pelo fato da navegação ser realizada a uma distância de até 100 milhas
da costa, as embarcações convencionais não propiciam o nível de conforto exigido e a sua
velocidade não é elevada.
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Introdução ao Apoio Marítimo
As embarcações convencionais (mono casco -P2) ficam portanto restritas aos locais e regiões
nas quais a demanda é reduzida (comparando-se à Bacia de Campos), bem como, em
percursos situados próximos à costa e de curta duração tais como as regiões de Aracaju, Natal
e Fortaleza.
Na procura de novos meios para obtenção de maior qualidade, conforto, segurança e custos
acessíveis, foram introduzidos dois novos tipos de embarcações no segmento de transporte de
passageiros a partir de 1997: P3 e SWATH.
Exemplos:
Com a implantação do sistema FPSO na Bacia de Campos, uma nova classe de TS’s foi
especificada em razão dos grandes navios petroleiros que lá estarão sendo instalados.
Possuem como diferença básica o bollard pull, a bitola e o comprimento do cabo de reboque
em detrimento das capacidades de suprimento.
Exemplos:
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Introdução ao Apoio Marítimo
São embarcações cujo comprimento máximo está em torno de 37 metros, dotadas de grande
potência em relação ao seu deslocamento (até 1800 BHP). A atividade principal é a de auxiliar
nas amarrações de petroleiros em monobóias, pegando as espias destes e levando-as às
bóias de amarração do sistema. Nesta operação, a otimizada relação peso/potência permite
sua aproximação e o afastamento do costado do petroleiro após receber ou entregar as espias,
com segurança.
Pela sua versatilidade, aliada ao seu menor custo, podem ser utilizadas para suprimento de
granéis líquidos, carga de convés, transbordo de pessoal entre as plataformas, além da função
de embarcação “stand by”.
Exemplos:
Inicialmente, as embarcações hoje classificadas como UT’s (250 e 750), originadas na Bacia
Potiguar, eram identificadas como supridores e manuseio de espias tendo como base a
utilização de pesqueiros de casco de madeira, dotados de pequenas modificações. Hoje as
UT’s do tipo 750 são ainda utilizáveis, possuindo contudo casco de aço e características
próprias das embarcações de apoio marítimo tais como: convés de carga localizado a ré da
superestrutura (ou casario) equivalente a 2/3 do comprimento da embarcação; dupla
motorização; comando a ré do passadiço, etc.
As UT 750 atuam hoje tanto na Bacia Potiguar, quanto na Bacia do Espírito Santo e Bacia de
Campos, tornando-se uma opção mais barata do que as embarcações do tipo LH 1200,
quando necessárias para funções de pequenos suprimentos, transporte de pessoal entre
unidades marítimas e salvaguarda (“stand by”).
Exemplos:
Uma embarcação do tipo AHT deve possuir grande capacidade de manobra por causa de sua
elevada potência em relação ao seu pequeno deslocamento, quando comparada ao AHTS,
além da alta velocidade de operação de seu guincho de manuseio.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Este tipo de embarcação não é mais empregado pela Petrobras em sua frota, pois são
utilizadas embarcações AHTS especificadas para a operação com a balsa de lançamento (com
maior velocidade de seu guincho de manuseio), permitindo uma melhor utilização quando
disponibilizada das operações com a BGL-l.
Exemplos:
AHT: Osa Rotterdam, Maersk Breaker, Maersk Blower, EI Tigre Grande 11.
Este tipo de embarcação atua provendo de granel sólido as unidades marítimas, havendo
maior demanda de produtos em regiões nas quais a atividade de perfuração esteja em grande
número e podendo, em virtude da excelente capacidade de armazenamento (420 m3/ 15000 p),
atuar por longo período sem a necessidade de idas freqüentes ao porto ou terminal.
Normalmente, grandes supridores foram adaptados como graneleiros com a adição de grandes
silos sobre o convés principal, ampliação dos silos internos, instalação de novos compressores
e sistemas eficientes para purga e limpeza das tubulações de modo a garantir eficiência e
rapidez no fornecimento.
Possui maior potência instalada para propulsão do que a existente nos supridores comuns a
fim de garantir o bombeamento do produto à unidade marítima mesmo em condições
desfavoráveis de mar, de modo a não exigir que outra embarcação com maior potência e taxa
de afretamento tenha que ser deslocada para tal faina.
Exemplo:
As embarcações do tipo DSV, operadas pelo E&P, são dotadas de todo o equipamento
necessário ao apoio, preparação, lançamento e a recuperação das equipes de mergulho
quando em serviços de reparos e/ou inspeção de linhas submarinas. De grande deslocamento,
possuem amplas acomodações e compartimentos necessários à tripulação e às equipes de
mergulho e de técnicos para operação dos equipamentos de ROV e de supervisão dos
serviços. Possuem oficinas e equipamentos necessários às operações de mergulho saturado
tais como: câmaras hiperbáricas, “moon pool” para lançamento e recolhimento do sino de
mergulho, recargas de cilindros para mergulho, guindastes com lanças telescópicas com
capacidade para movimentação de cargas pesadas, heliporto para helicópteros médios ou
pesados, enfermarias e acomodações que permitem o recolhimento e atendimento de elevado
número de náufragos ou acidentados.
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Introdução ao Apoio Marítimo
Exemplos:
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