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Se você está prestando ou pretende prestar um concurso federal, é fundamental que estude

a lei 8112/90, é certeza que vai cair no seu concurso. Por isso, atenção total e estude muito
este resumo.

Quem trabalha na iniciativa privada segue o que determina a CLT, é lá que estão definidos os
direitos e as obrigações dos empregados. O servidor público federal não segue a CLT, nós
temos o nosso próprio regime, que é disciplinado pela lei 8112/90.

Quando você se tornar servidor público federal, usará constantemente esta lei. Pois é ela
quem vai determinar as suas férias, remunerações, direitos, deveres e etc.

Para iniciar os estudos é necessário ter o conhecimento de alguns conceitos.

A lei 8112/90 institui o regime jurídico único e esta previsto no art 39 da C/F “A União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime
jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.” Os servidores que diz o artigo, são os chamados
servidores públicos estatutários, que são aqueles que têm uma relação jurídica com o Estado.

Lembrando que a lei 8112/90 só é aplicável sobre servidores públicos federais, em regra, não
alcança os servidores dos Estados e Municípios, muito menos aos funcionários públicos regidos
pela CLT. No entanto, muitos Estados e Municípios tomam esta lei como base para criar seus
estatutos e geralmente ficam semelhantes.

A lei 8112/90 é muito extensa e procuramos colocar neste artigo aquilo que realmente cai na
prova.

Feita esta pequena apresentação dos conceitos, vamos destrinchar o conteúdo, é importante
que faça o estudo acompanhado da lei. A lei completa e atualizada você confere aqui neste
link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm

Vamos começar nossos estudos falando sobre o Provimento, Posse e Exercício, quando for
aprovado em seu concurso, você irá passar por todas essas etapas. Então, vamos ver como
serão os seus dias depois da publicação no diário oficial.

Provimento
É quando o cargo público é preenchido, é feito por ato da autoridade competente de cada
poder. Por exemplo, o chefe do poder executivo tem competência exclusiva para provimento
dos cargos do poder executivo.

Existem duas formas de provimento, originário que é a nomeação e pode ocorrer em caráter
efetivo (depende de aprovação em concurso público), ou em cargo de comissão para as
atribuições de chefia, direção ou assessoramento. Ou derivado: que ocorre com promoção;
readaptação; reversão; aproveitamento; reintegração e recondução. É quando o servidor já
tem algum vinculo com a administração.

Você deverá prestar atenção redobrada quanto ao provimento derivado, é sem dúvida
nenhuma o ponto mais cobrado em concursos, e as bancas adoram inverter os conceitos.
Promoção é o provimento do servidor para um cargo de hierarquia superior na carreira.

Readaptação é a investidura de servidor em cargo diferente do que ocupava. Ocorre quando o


servidor sofre alguma limitação física ou mental para exercer a função atual.

Reversão é o retorna à atividade do servidor aposentado. Pode ocorrer de ofício (interesse da


administração) ou pedido (próprio servidor)

Reintegração é a reinvestidura do servidor estável ao cargo que ocupava anteriormente.


Ocorre por invalidação da sua demissão

Recondução é o retorno do servidor estável, mas diferente do que ocorre com a reintegração,
acontece por inabilitação em estágio probatório em outro cargo, ou por reintegração de outro
servidor.

Aproveitamento, é quando o servidor que estava em disponibilidade retorna ao posto.

Posse
A posse é a investidura em cargo público, é o sonho de todo concurseiro, que após ser
nomeado (ter seu nominho no diário oficial) tem 30 dias para tomar posse e passar a se tornar
servidor público, e entrar em exercício.

Exercício
É o desempenho das atribuições de cargo público ou da função de confiança. O servidor tem
um prazo de 15 dias para entrar em exercício após a posse.

Falamos sobre a forma de provimento que seria, de forma bem resumida, o preenchimento do
cargo. Agora vamos falar de outro ponto que é a vacância.

A vacância é quando o cargo público é desocupado, se torna vago. E decorrerá de exoneração,


demissão, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em cargo inacumulável e
falecimento.

Vamos estudar agora cada ponto da vacância.

Exoneração, é quando o servidor é dispensado das atribuições, ou quando o cargo se torna


vago por extinção do cargo, por falta de desempenho do servidor, ou quando o servido toma
posse em outro cargo.

Demissão é uma sanção disciplinar aplicado aos servidores de cargo provimento efetivo

Posse em outro cargo inacumulável, é quando o servidor toma posse em outro cargo e por
determinação da lei não pode acumular com o atual.

No âmbito da administração pública, o servidor poderá ser redistribuído ou removido, sem


gerar vacância. No caso da remoção o servidor muda unidade dentro do mesmo órgão por
ofício ou a pedido. Já na redistribuição é a mudança do cargo para outro órgão do mesmo
poder e ocorre de ofício.

Agora que já entendemos sobre provimento e vacância, é hora de falarmos sobre direitos e
vantagens. O servidor público como qualquer outro trabalhador possui uma série de direitos e
também obrigações.

A remuneração do servidor público é a soma dos vencimentos básicos + vantagens.


Vencimento básico é aquilo que ele recebe em razão do exercício. Já a vantagem, é dividida
em: indenizações, gratificações e adicionais. Vamos estudar cada uma das vantagens.

Indenização, tem o objetivo de ressarcir os gastos do servidor em razão das suas funções, é
dividido em; ajuda de custo, diárias, indenização de transportes. E não incorporam ao
vencimento.

Gratificações e adicionais, tem uma relação de tempo e especificidade do serviço, é dividida


em: retribuição pelo exercício de função de confiança: gratificação natalina; adicional de
insalubridade; adicional pelo serviço extraordinário; adicional noturno; adicional de férias;
gratificação de encargo em curso ou concurso. Lembrando que esta lista não é taxativa, podem
existir outras gratificações nas leis que tratam de diversas carreiras.

Durante o tempo de serviço o servidor tem direito a tirar licenças, assim poderá resolver
questões de interesse particular sem perder o vinculo com a administração pública.

A lei 8112/90 autoriza o servidor público federal a tirar licença nos seguintes casos:
- Licença por motivo de doença na família;
- licença por motivo de afastamento do cônjuge;
- licença para prestar serviço militar;
- licença para atividade política;
- licença para capacitação;
- licença para tratar de assuntos particulares;
- licença para mandato classista;
- licença para tratamento de saúde;
- licença à gestante, à adotante e licença paternidade;
- licença por acidente em serviço.

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