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As variações numéricas são de dois tipos: as euploidias, que originam células com
número de cromossomos múltiplo do número haploide, e as aneuploidias, que originam
células onde há falta ou excesso de algum(ns) cromossomo(s). Assim, euploidias são
alterações de todo genoma; quanto a esse aspecto os indivíduos podem ser haploides
(n), diploides (2n), triploides (3n), tetraploides (4n), enfim, poliploides (quando há
vários genomas em excesso). Euploidias são raras em animais, mas bastante comuns e
importantes mecanismos evolutivos nas plantas. Na espécie humana, a ocorrência das
euploidias é incompatível com o desenvolvimento do embrião, determinando a
ocorrência do aborto. Células poliploides cujo número de cromossomos alcança 16n são
encontradas na medula óssea, no fígado e nos rins normais, além de ocorrerem em
células de tumores sólidos e leucemia.
Origem das Aneuploidias
Síndrome de Klinefelter
Mulheres com cariótipo 47 XXX ocorrem numa frequência relativamente alta: 1 caso
em 700 nascimentos aproximadamente. Elas apresentam fenótipo normal, são férteis,
mas muitas possuem um leve retardamento mental. Apresentam corpúsculo de Barr. Os
casos de mulheres 48 XXXX e 49 XXXXX são raros e se caracterizam por graus
crescentes de retardamento mental.
Indivíduos com cariótipo 47,XYY ocorrem com a frequência de 1 caso por 1.000
nascimentos masculinos. Embora sejam, na maioria, homens normais, os primeiros
estudos sugeriam que entre eles ocorria uma frequência extremamente alta de pacientes
retardados mentalmente e com antecedentes criminais; tais estudos revelaram que cerca
de 2% dos pacientes Internados em instituições penais e hospícios tinha este cariótipo, o
que mostrava serem os indivíduos XYY internados 20 vezes mais numerosos (em lugar
de 1 por mil, 2% corresponde a 20 por mil) do que na população livre. Uma
característica física bem evidente dos XYY é a estatura elevada, pois eles geralmente
têm mais de 180 cm, ou seja. são 15cm mais altos do que a média dos indivíduos
masculinos cromossomicamente normais.
Hermafroditismo
Aneuploidias Autossômicas
Síndrome de Down
Trissomia do 13 - Patau
Trissomia do 18-Edwards
São alterações que não modificam a quantidade de cromossomos de uma célula, mas
determinam o aparecimento de cromossomos anormais.
Deficiência ou Deleção
Inversão
Translocação
Duplicação
Anomalias hereditárias
Doenças monogênicas
São doenças hereditárias produzidas pela mutação ou alteração na sequência de DNA de
um gene sozinho. Também se chamam doenças hereditarias mendelianas, por se
transmitir na descendência segundo as leis de Mendel. Conhecem-se mais de 6000
doenças hereditárias monogénicas, com uma prevalencia de um caso por cada 200
nascimentos. Exemplos de doenças monogênicas são:
Anemia Falciforme
Anemia drepanocítica, drepanocitose ou anemia falciforme (do latim falci-, foice e -
forme, formato de) é uma doença hematológica hereditária monogénica, caracterizada
pela produção anormal de hemoglobinas, entre as quais a mais comum é a forma HbS
(de Sickle, foice), que sob determinadas condições de desoxigenação, polimeriza,
deformando as hemácias, que assumem uma forma semelhante a foices, causando
deficiência no transporte de oxigénio e gás carbónico e outras complicações, nos
indivíduos acometidos pela doença. Por esse motivo, a anemia drepanocítica é também
conhecida por anemia falciforme. Do ponto de vista patogenético, está classificada entre
as anemias por "defeito da síntese de hemoglobina", a proteína que transporta oxigénio
presente nos glóbulos vermelhos, embora a anemia seja em parte determinada
pela hemólise esplénica. Os sintomas geralmente começam a aparecer entre os 5 e 6
meses de idade. Podem desenvolver-se vários problemas de saúde, tais como crises de
dor, anemia, infecções bacterianas e acidentes vasculares cerebrais. Podem desenvolver-
se dores crónicas à medida que a pessoa envelhece. A esperança média de vida
nos países desenvolvidos varia entre os 40 e 60 anos. A anemia falciforme ocorre
quando a pessoa herda duas cópias anormais do gene de hemoglobina, um de cada
progenitor.
Fibrose cística
A fibrose cística (FC) é uma doença genética que afeta principalmente os pulmões, mas
também o pâncreas, fígado, rins e intestino. Questões de longo prazo incluem
a dificuldade em respirar e tosse com muco, como resultado de frequentes infecções
pulmonares. Outros sinais e sintomas podem incluir infecções do sinus, crescimento
deficiente, fezes gordurosas, hipocratismo dos dedos da mão e do pé, e infertilidade na
maioria dos homens. Diferentes pessoas podem ter diferentes graus dos sintomas. A FC
é herdada de maneira autossômica recessiva. Ela é causada pela presença de mutações
em ambas as cópias do genepara a proteína reguladora da condutância transmembrana
na fibrose cística (CFTR). Aqueles com uma única cópia funcionando são portadores e,
caso contrário, são normais. CFTR está envolvido na produção de
suor, digestivo fluidos, e o muco. Quando CFTR não é funcional, secreções, que são
geralmente finas, em vez disso, tornam-se espessas. A condição é diagnosticada por
um teste do suor e testes genéticos. A triagem de recém-nascidos no parto acontece em
algumas regiões do mundo.
Doença de Batten
A doença de Batten (também conhecida como doença Spielmeyer-Vogt-Sjögren-
Batten) é uma doença genética rara, fatal, incurável e sem tratamento eficiente até o ano
de 2015, autossômica recessiva neurodegenerativa os primeiros sintomas aparecem na
infância, permitindo uma sobrevida de aproximadamente 5 anos. É a forma mais
comum de um grupo de distúrbios chamados ceroidolipofuscinose neuronal (ou LCN).
Os primeiros sintomas são descordenação motora, retrocesso cognitivo, estrabismo e
constipação intestinal crônica. Em estágio avançado a criança dificilmente fala, não
reconhece parentes e não se locomove, mantendo a maior parte do tempo uma feição
característica de língua para fora da boca. Embora a doença de Batten seja geralmente
considerada como a forma juvenil de NCL (ou "Tipo 3"), alguns médicos usam o termo
doença de Batten para descrever todas as formas de NCL. Historicamente, os NCLs
foram classificados por idade de início da doença como infantil NCL (INCL), NCL no
final da infância (LINCL), NCL juvenil (JNCL) ou NCL adulto (ANCL). Pelo menos
vinte genes foram identificados em associação com a doença de Batten, mas NCL
juvenil, a forma mais prevalente da doença de Batten, tem sido associada a mutações no
gene CLN3.
Doença de Huntington
A doença de Huntington ou coreia de Huntington é uma doença hereditária que causa
a morte das células do cérebro. Os primeiros sintomas são geralmente problemas subtis
a nível do humor ou das capacidades mentais. A estes sintomas segue-se falta de
coordenação motora e locomoção instável. À medida que a doença avança, começam-se
a manifestar movimentos do corpo bruscos, descoordenados e sem sentido. As
capacidades físicas vão progressivamente diminuindo até que a coordenação motora se
torna difícil e a pessoa se mostra incapaz de falar. As capacidades mentais geralmente
degeneram em demência. Os sintomas específicos podem variar entre as pessoas. Os
sintomas geralmente têm início entre os 30 e 50 anos de idade, mas podem manifestar-
se em qualquer idade. A cada nova geração, a doença pode-se manifestar cada vez mais
cedo. Cerca de 8% dos casos têm início antes dos 20 anos de idade e é comum
manifestarem sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson. As pessoas com
doença de Huntington muitas vezes desvalorizam a gravidade do problema. A doença
de Huntington é geralmente herdada de um dos pais, embora em 10% dos casos seja
causada por uma nova mutação genética. A doença é causada por uma
mutação autossómica dominante em qualquer uma das duas cópias de
um gene denominado huntingtina. Isto significa que um filho de uma pessoa com a
doença tem 50% de probabilidade de herdar a doença. Este gene fornece a informação
genética para uma proteína também denominada "proteína huntingtina". A expansão da
repetição do tripleto CAG nesse gene resulta numa forma mutante da proteína, que vai
gradualmente destruindo as células no cérebro.
Síndrome de Marfan
A Síndrome de Marfan, é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada
por membros anormalmente longos (aracnodactilia). A doença também afeta outras
estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração e os vasos
sanguíneos, mas de maneira menos óbvia. A maioria destes indivíduos são altos (56%
têm estatura maior que 90% das pessoas de sua idade) e 88% têm dedos muito longos e
finos (aracnodactilia). Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que
primeiro a descreveu, em 1896. Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente
anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular, entre outras. Muitos dos
indivíduos afectados têm alterações das válvulas cardíacas e dilatação da aorta. É
identificada em aproximadamente 1 em 5000 indivíduos.
Hemocromatose
Hemocromatose é uma doença na qual ocorre depósito de ferro nos tecidos em virtude
de seu excesso no organismo. Os principais locais de depósito são o fígado, o pâncreas,
o coração e a hipófise. O excesso de ferro nesses órgãos progressivamente lesiona as
células e prejudica seu funcionamento. A hemocromatose pode ser hereditária, quando é
causada por uma anomalia genética, ou secundária, quando é provocada por outra
doença ou por fatores ambientais: um caso famoso é o da família Hemingway, à qual
pertencia o escritor americano Ernest Hemingway.
Deficiência de alfa-1-antitripsina