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ORIENTADOR
PROF. D. SC. MAICON SBARDELLA
DISCENTE
BRYAN CASTRO DERECK
SINOP - MT - BRASIL
ABRIL / 2019
RESUMO......................................................................................................................... 3
Aditivos na nutrição e alimentação de animais monogástricos .......................................... 3
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 5
2.1 Os aditivos na alimentação animal ............................................................................ 5
2.1.1 Aditivos (Definição) ................................................................................... 5
2.1.2 Legislação (Aditivos) ................................................................................. 5
a. Comunidade Europeia - Diretiva 70/524/CEE ........................................... 5
b. Estados Unidos FDA .................................................................................. 6
c. Canadá - Canadian Bureau of Veterinary Drugs (VDD) .............................. 6
d. Brasil - Lei 6198 de 26/12/1974, regulamentada pelo decreto 6296 de
11/12/2007 do MAPA. .......................................................................................... 6
2.1.3 Classificação de aditivos para uso na alimentação animal ................................... 7
2.1.4 Classificação ................................................................................................ 8
2.1.5 Aditivos tecnológicos ................................................................................ 9
2.2 Funções de micro-ingredientes (aditivo) ................................................................. 12
2.3 Microingredientes (aditivos) na alimentação de aves............................................. 12
1.14 Aditivos Zootécnicos para uso na alimentação ....................................................... 12
1.14.1 Digestivos (enzimas) ................................................................................ 12
1.14.2 Fontes de enzimas..................................................................................... 13
1.14. 3 Enzimas exógenas utilizadas na ração ................................................... 14
1.14.4 Modo (s) de ação das enzimas .................................................................. 14
1.14.5 Razões que afetam as respostas enzimas .................................................. 15
1.14.6 Concentração de substrato ........................................................................ 16
1.14.7 Fisiologia Digestiva .................................................................................. 17
1.14.8 Proteases Digestivas Endógenas............................................................... 18
1.14.9 Conteúdo de Água e Força Iônica ............................................................ 18
1.14.10 Melhoradores de desempenho............................................................... 21
1.14.10.11 Antibióticos .................................................................................... 21
1.14.11 Equilibradores da flora intestinal (prebióticos, probióticos e
acidificantes),.......................................................................................................... 27
1.14.12 Pre-bióticos ........................................................................................... 27
1.14.13 Probióticos ............................................................................................ 28
1.14.14 Ácidos Orgânicos .................................................................................. 30
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................. 33
BIBLIOGRAFÍA .......................................................................................................... 33
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
2
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
RESUMO
3
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
1. INTRODUÇÃO
3
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
4
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Artigo 2°.
Para efeitos do disposto na apresente diretiva, entende-se por:
a) Aditivos: as substâncias que, incorporadas nos alimentos para animais, são susceptíveis
de influenciar as suas características ou a produção animal (CONSELHO DA UNIÃO
EUROPEIA, 1970).
Ao longo dos anos tem-se verificado uma crescente evolução dos processos de
tecnologia alimentar, incluindo na utilização de substâncias que pretendem conservar ou
melhorar as características organolépticas dos alimentos, os aditivos alimentares. A sua
aplicação em géneros alimentícios é regulamentada por legislação própria, em todos os países
da União Europeia, e são classificados de acordo com a sua função através de um código
constituído pela letra E seguida de 3 ou 4 algarismos (ROMEIRO & DELGADO, 2013).
Decreta:
Art. 2º Os arts. 25 e 56 do Anexo ao Decreto nº 5.053, de 22 de abril de 2004, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 25. Entende-se por produto de uso veterinário para os fins deste Regulamento toda
substância química, biológica, biotecnológica ou preparação manufaturada destinada a
prevenir, diagnosticar, curar ou tratar doenças dos animais, independentemente da forma de
administração, incluindo os antisépticos, os desinfetantes de uso ambiental, em equipamentos
e em instalações de animais, os pesticidas e todos os produtos que, utilizados nos animais ou
no seu habitat, protejam, higienizem, embelezem, restaurem ou modifiquem suas funções
orgânicas e fisiológicas.
Art. 56. Para fins de obtenção do registro de produto importado, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizará inspeção prévia no estabelecimento fabricante
no país de origem, visando avaliar as condições de produção previstas nos arts. 11, 12, 13 e 14
deste Regulamento, além daquelas relacionadas com as normas de boas práticas de fabricação
brasileira e com os regulamentos específicos dos produtos.
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
2.1.4 Classificação
São classificados em 13 grupos quanto à sua natureza e função e divididos em três classes
de acordo com seu modo de ação específico ou característica funcional, quais sejam: pró-
nutrientes, coadjuvantes de elaboração e profiláticos. O termo pró-nutriente indica que o
microingrediente pode favorecer a utilização dos nutrientes dietéticos pelos animais
melhorando a sua eficiência de utilização e proporcionando melhor desempenho dos animais,
o termo coadjuvante de elaboração indica que o microingrediente pode ter efeito sobre as
características físicas dos ingredientes ou da ração tais como cor, odor, consistência,
conservação etc. O termo profilático trata daqueles micronutrientes usados com o fim de previr
a oxidação e destruição de vitaminas, a ocorrência de enfermidades ou intoxicações causadas
por organismos patogênicos (ALVARES, 2017).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Adsorventes * * *
Aglutinantes * *
Anticoccidianos * *
Antifúngico * *
Antioxidante * * *
Conservantes * * *
Aromatizantes * *
Corantes *
Enzimas *
Pigmentantes *
Probiótico *
Promotores de crescimento *
(SINDIRAÇÕES, 2009)
a. Absorventes
Substância capaz de fixar moléculas.
Utilizado na nutrição de monogástricos como alternativa para combater micotoxinas; as
micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por fungos filamentosos chamados fungos
tóxicos. Pelo que a contaminação com estes metabólitos de alimentos destinados a aves implica
perdas econômicas, sanitárias e comerciais (OSWEILLER, 2000). Além disso, combinações de
micotoxinas em concentrações individuais inferiores às reconhecidas como tóxicas, podem
alterar os valores hematológicos e sorológicos de aves (CHOWDHURY, SMITH, &
BOERMANS, 2005). Por tanto, os aditivos absorventes são capazes de combinar com
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
O efeito da adição da bentonita sódica em rações de frangos de corte contaminadas com alto
nível de aflatoxinas no desempenho.
Resultados
Tabla 3. Avaliação do consumo de ração dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Consumo (g)
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 980,8 ± 35,3 c 2667,5 ± 118,1 c 3858,9 ± 116,3 c
(T2) Aflatoxina* 869,5 ± 38,2 a 1635,3 ± 114,8 a 2420,7 ± 151,8 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 1078,3 ± 19,3 d 2783,9 ± 77,4 c 3965,6 ± 142,7 c
(T4) afla+0,1% bentonita* 919,1 ± 12,1 b 1950,7 ± 39,5 b 2861,7 ± 66,60 b
(T5) afla+0,3% bentonita* 947,3 ± 30,8 bc 2086,2 ± 116,2 b 2972,9 ± 135,0 b
(T6) afla+0,5% bentonita* 938,1 ± 32,9 bc 2037,4 ± 112,4 b 2963,9 ± 232,1 b
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Tabla 4. Avaliação do Ganho de peso (g) dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Ganho de peso (g)
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 812,9 ± 22,70 e 1773,5 ± 45,9 d 2421,0 ± 74,8 d
(T2) Aflatoxina* 471,6 ± 39,20 a 1069,2 ± 43,8 a 1550,9 ± 84,0 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 769,1 ± 13,50 d 1721,9 ± 49,4 d 2354,6 ± 73,0 d
(T4) afla+0,1% bentonita* 507,6 ± 507,5 b 1179,4 ± 29,6 b 1676,5 ± 36,4 b
(T5) afla+0,3% bentonita* 570,4 ± 17,30 c 1272,6 ± 49,2 c 1795,1 ± 51,7 c
(T6) afla+0,5% bentonita* 563,7 ± 29,20 c 1244,4 ± 53,0 bc 1771,1± 79,2 bc
Tabla 5. Avaliação da conversão alimentar dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Conversão alimentar
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 1,207 ± 0,05 a 1,504 ± 0,04 a 1,595 ± 0,07 ab
(T2) Aflatoxina* 1,849 ± 0,09 d 1,529 ± 0,07 a 1,561 ± 0,05 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 1,402 ± 0,03 b 1,617 ± 0,03 b 1,684 ± 0,04 bc
(T4) afla+0,1% bentonita* 1,811 ± 0,02 d 1,655 ± 0,05 b 1,707 ± 0,03 c
(T5) afla+0,3% bentonita* 1,661 ± 0,02 c 1,639 ± 0,05 b 1,657 ± 0,08 abc
(T6) afla+0,5% bentonita* 1,665 ± 0,04 c 1,637 ± 0,06 b 1,675 ± 0,13 abc
Conclusão
Nas condições experimentais conduzidas, a adição de 3 ppm de aflatoxina na ração dos
frangos reduziu o consumo de alimento, desencadeando efeito negativo nos demais aspectos
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
avaliados. A inclusão de 0,3% de bentonita sódica como adsorvente foi suficiente para
neutralizar parte dos efeitos negativos das aflatoxinas.
2.2 Funções de micro-ingredientes (aditivo)
Aditivo para alimentos para animais monogástricos: substâncias, microrganismos e
preparações, exceto matérias-primas para a alimentação animal e pré-misturas, adicionados
intencionalmente à alimentação ou à água, para desempenhar, nomeadamente, uma ou mais das
seguintes funções (NUNEZ, 2016):
Influencie positivamente as características do alimento;
Influenciar positivamente as características dos produtos animais;
Satisfazer as necessidades nutricionais dos animais;
Influenciar positivamente o impacto ambiental da produção animal;
Influenciar positivamente a produção, atividade ou bem-estar dos animais;
Atuando principalmente sobre a flora gastrointestinal ou a digestibilidade da ração;
Ter um efeito coccidiostático ou histomonostático.
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Todos os animais usam enzimas endógenas para digestão de alimentos. Enzimas endógenas
são ou produzido pelo sistema do animal, ou pelos microorganismos que naturalmente habitam
o intestino. Porém, o sistema digestivo do animal não é totalmente eficiente, Suínos e aves não
podem digerir aproximadamente um quarto da dieta são alimentados porque os ingredientes da
ração contêm fatores deletérios indigestos que impedem o processo digestivo, e / ou o animal é
carente das enzimas necessárias para degradar certos componentes na alimentação.
A inclusão de exógenos enzimas alimentares na alimentação animal está se tornando um
costume para conquistar os efeitos fatores deletérios e melhorar a digestão de alimentos e
desempenho animal. Suplementação de alimentos com enzimas definidas aumenta seu valor
nutritivo, aumentando assim a eficácia de digestão (OJHA, SINGH, & SHRIVASTAVA,
2019).
As enzimas são aditivos importantes e úteis na indústria de alimentos para animais, existem
quatro categorias diferentes de produtos enzimáticos comercializáveis aplicados pela indústria
de alimentos para animais:
segmentação de enzimas fitatos;
enzimas que têm como alvo cereais viscosos (triticum);
enzimas que visam não-viscosos cereais (milho, jowar) e
enzimas dirigidas a não cereais / leguminosas (linhaça refeição).
14
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
.
Figura 1. Enzimas e taxas de reação
Figura 2. Efeito da concentração de substrato na taxa de uma reação enzimática controlada com enzima em
excesso.
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Eventualmente,
o bolo alimentar continua no intestino grosso, onde as bactérias inativam as enzimas
endógenas e digerem os restos da ração, principalmente NSP e proteína residual.
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Existem uma grande importância dos pHs nos alimentos, pois para haver uma boa
digestão alimentícia e um bom aproveitamento dos nutrientes e vitaminas o pH deve ser ácido,
além da preservação do alimento, já que dependendo do nível de acidez pode-se propiciar uma
maior o menor atividade bacteriana, de fungos ou bolores nos alimentos (PORTAL DA
EDUCAÇÃO, s.f.).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Resultados
Tabla 7. Efeito de enzimas com atividades únicas ou combinadas no desempenho de frangos
de corte alimentados com uma dieta de milho e soja¹.
(PC) (NC) NC + X NC + A NC + P NC + XAP SEM² P- V
1-21 days
Ganho de peso 1,114 ᵃ ᵇ 1,082 ᵇ 1,131 ª 1,096 ª ᵇ 1,102 ᵃ ᵇ 1,132 ª 36 0.001
Consumo de ração 1,347 1,353 1,387 1,357 1,365 1,370 36 0.17
Conversão alimentar 1.209 ͨ 1.253 ª 1.227 ª ͨ 1.239 ª ͨ 1.241 ª ᵇ 1.216 ᵇ ͨ 0.01 0.0003
22-42 days
Ganho de peso 2,383 2,334 2,302 2,309 2,309 2,312 106 0.50
Consumo de ração 3,933 3,984 3,878 3,893 3,842 3,777 182 0.12
Conversão alimentar 1.651 1.708 1.684 1.687 1.666 1.633 0.016 0.06
01-42 days
Ganho de peso 3,497 3,416 3,433 3,405 3,411 3,444 73 0.32
Consumo de ração 5,280 5,338 5,265 5,250 5,206 5,147 148 0.15
Conversão alimentar 1.523 ͨ ᵈ 1.567 ª 1.540 ᵇ ͨ 1.548 ª ᵇ 1.556 ª ᵇ 1.509 ᵈ 0.017 0.0001
ᵃ ־ᵈ Medias em uma linha não compartilhando um sobrescrito comum são diferentes (P <0,05).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
X = xilanase de Trichoderma ressei (2.000 U / kg); A = amilase de Bacillus licheniformis (200 U / kg); P = protease
de Bacillus subtilis (4.000 U / kg).
¹ Cada valor representa a média de 8 réplicas (8 aves por réplica).
² Erro padrão da média.
Fonte: (AMERAH, ROMERO, AWATI, & RAVINDRAN, 2016)
Conclusão
Efeitos positivos da combinação de enzimas no desempenho de frangos de corte em
comparação com atividades enzimáticas únicas (AMERAH, ROMERO, AWATI, & RAVINDRAN,
2016).
Valor nutricional dos grãos secos dos destiladores com solúveis de milho e sorgo e
xilanase em dietas para suínos
Corassa, Anderson; Ana Paula Ton Silva; Stuani, Jessika Lúcia; Sbardella, Maicon; Kiefer, Charles; Honório,
Roque Murilo; Batista, Erick.
Results
Tabla 8. Valores de dieta energética com DDGS e xilanase para suínos
Conclusões
O uso da enzima xilanase em dietas contendo 20% de DDGS não afeta a digestibilidade das
dietas. Outros estudos considerando diferentes inclusões de DDGS e xilanase são necessários
(Corassa, et al., 2017).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
antibióticos e que possam desempenhar funções que revertam em melhor desempenho das aves
e qualidade do produto final (LEMOS M. , et al., 2016).
Carnes de animais que passaram pelo período de retiro do antibiotico, poderia ser fonte
para resistência aos antibióticos?
A maioria dos alimentos não é estéril e, portanto, contém bactérias com DNA, que
podem codificar genes de resistência a antibióticos, no caso da carne, dependerá das possíveis
manipulações que possam ocorrer ao longo da cadeia produtiva, sempre levando em
consideração o fator de risco proporcionado pelos possíveis altos níveis de resistência presentes
nas fazendas (GONZALEZ-ZORN & ORTEGA, 2017). A aplicação de antimicrobianos
resulta no surgimento e disseminação da resistência antimicrobiana, que é causa de preocupação
mundial (GARCIA-MIGURA, HENDRIKSEN, FRAILE, & M., 2014).
Generalidades
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Tabla 10. Substâncias antibióticas aprovadas para uso em aves de capoeira por autoridades
reguladoras nacionais nos EUA, Brasil com base em relatórios nacionais. ¹
Classe
Classe antimicrobiana Composto US BR Composto US BR
antimicrobiana
Aminoglicosídeos Apramicina X Lincosamidas Lincomicina X X
Gentamicina X X Macrólidos Eritromicina X
Higromicina X Tilosina X X
Canamicina X Tilmicosina X
Neomicina X X Espiramisina
Espectinomicina X X Citasamicina X
Estreptomicina X X Ortossomicinas Avilamicina X
Arsenical Ácido arsênico 0 Ácidos fosfônicos Fosfomicina X
Nitarsona 0 X Pleuromutilinas Tiamulina X
Roxarsone 0 X Polipeptídeos Enramicina X
ß-lactâmicos - penicilinas Amoxicilina X Bacitracina X X
Ampicilina X Polimixinas Colistina X X
Benzilpenicilina X X Quinolona Halquinol X
Fenoximetilpenicilina X Ácido oxolínico
ß-lactâmicos - 1 g de cefalosporinas Cefalexina X Estreptograminas Virginiamicina X
ß-lactâmicos - 3 g cefalosporinas Ceftiofur X X Sulfonamidas Phalysysulfathiazole X
Diaminopirimidinas Ormetoprim 0 Sulfacloropiridazina
Trimetoprim X Sulfachlorpyridazine X
Fenicols Florfenicol Sulfadiazina X
Tianfenicol Sulfaguanidina X
Fluoroquinolones Ciprofloxacina Sulfadimetoxina X X
Difloxacina Sulfadimidina X
Enrofloxacina X Sulfametazina X X
Flumequina Sulfametoxazol X
Norfloxacina X Sulfametoxipiridazina X
Glicofosfolipídeo Bambermicina X Sulfanilamida X
Ionóforos Hainanmicina Sulfaquinoxalina X X
Lasalocida X Sulfisoxazol X
Maduramicina X X Clortetraciclina X X
Monensina X X Doxiciclina X
Salinomicina X X Tetraciclinas Oxitetraciclina X X
Semduramicina X X Tetraciclina X
¹ seguiram-se os relatórios nacionais: Food and Drug Administration 2016 US - US; Brasil - Ministério da
Agricultura Pecuária e Agricultura em Brasil 2008, 2014, 2016.
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Figura. Taxas de resistência em E. coli a antibióticos oriundos de animais saudáveis (pontos verdes), carnes
varejistas de frango (pontos azuis) e galinhas doentes (pontos vermelhos) detectadas em estudos científicos ou em
programas nacionais de monitoramento. Cada ponto representa 1 estudo ou conjunto de dados em 1 ano. No topo
da figura, status de aprovação para o antibiótico específico testado para resistência (primeira linha), a classe
antimicrobiana (segunda linha).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Figura 5. Taxas de resistência em E. coli a antibióticos oriundos de animais saudáveis (pontos verdes), carnes
varejistas de frango (pontos azuis) e galinhas doentes (pontos vermelhos) detectadas em estudos científicos ou em
programas nacionais de monitoramento. Cada ponto representa 1 estudo ou conjunto de dados em 1 ano. No topo
da figura, status de aprovação para o antibiótico específico testado para resistência (primeira linha), a classe
antimicrobiana (segunda linha).
Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Tabla 11. Porcentagens de isolados de E. coli de frangos de corte no Brasil com resistência a
antibióticos publicados na literatura científica com base em Cardoso et al. (2002), Barros et al.
(2012), Bezerra et al. (2016), Pessanha e Filho (2001), Stella et al. (2013) e Korb et al. (2015).
Classe Composto % res média % res min % res max Nº de estudos Nº de isolados
Aminoglicosídeos Gentamicina 27 26 28 2 244
Estreptomicina 79 1 91
Cefalosporinas Cefalexina 31 0 61 1 35
Cefepima 10 1 120
Cefotaxima 23 1 120
Ceftazidima 3 1 120
Ceftiofur 43 1 174
Ceftriaxona 24 1 120
Cefalotina 65 51 78 2 161
Fosfomicinas Fosfomicina 29 10 45 3 360
Lincosamidas Lincomicina 100 100 100 1 35
Macrólidos Azitromicina 49 174
Eritromicina 97 91
Nitrofuranos Nitrofurantoína 13 120
Penicilinas Amoxicilina 65 50 84 2 101
Ampicilina 69 42 87 4 455
Fenicóis Cloranfenicol 52 51 52 2 244
Tianfenicol 51 25 77 1 35
Polimixinas Polimixina B 1 1 174
Ciprofloxacina 53 14 91 2 294
Enrofloxacina 40 13 76 2 155
Ácido nalidíxico 40 34 45 2 199
Norfloxacina 59 38 76 2 101
Ácido oxolínico 88 1 66
Tetraciclinas Clortetraciclina 74 63 84 1 35
Oxitetraciclina 81 62 100 1 35
Tetraciclina 67 48 95 4 455
Combinação de Trimetoprima 60 27 100 6 556
Compostos Sulfametoxazol
% res - valor médio das porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos referenciados.
% res min - valor mínimo de porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos de referência.
% res max - valor máximo de porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos de referência.
Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Assim, 1 estudo relata que 100% dos 174 isolados que foram testados foram resistentes (Bezerra
et al., 2016), enquanto outros 3 estudos detectaram taxas de resistência de 66 e 68% em 66 e 91
isolados, respectivamente (Cardoso et al., 2002; Stella et al., 2013). Além disso, 2 estudos
adicionais apresentam resistência taxas de 27 e 28% em 70 e 120 isolados testados,
respectivamente (Pessanha e Filho, 2001; Korb et al., 2015). A variação da resistência avaliada
pode ser explicada diferentes locais de estudo, bem como diferentes tempos de detecções.
27
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
1.14.13 Probióticos
O termo probiótico deriva do grego e significa “pró-vida”, sendo o antônimo de
antibiótico, que significa “contra a vida” (CCOPPOLA & TURNES, 2004). Os probióticos são
suplementos alimentares que contêm bactérias vivas que produzem efeitos benéficos no
hospedeiro, favorecendo o equilíbrio de sua microbiota intestinal, entanto consideraram que são
culturas únicas ou mistas de microrganismos que, administrados a animais ou humanos,
produzem efeitos benéficos no hospedeiro por incremento das propriedades da microbiota
nativa (FULLE, 1989; ROBERT, BRINK, & VELD, 1992).
Ademais das propriedades mencionadas, os probióticos devem ser inócuos, manter-se
viáveis por longo tempo durante a estocagem e transporte, tolerar o baixo pH do suco gástrico
e resistir à ação da bile e das secreções pancreática e intestinal, não transportar genes
transmissores de resistência a antibióticos e possuir propriedades anti-mutagênicas e
anticarcinogênicas, assim como resistir a fagos e ao oxigênio (HAVENAAR & IN'T, 1992);
(ARTHUR, SALMINEN, & ERIKA, 2002).
Microrganismos usados como probióticos, entre eles bactérias ácido- lácticas, bactérias
não ácido lácticas e leveduras (Tabela 1).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
MECANISMOS DE AÇÃO
Um total de 360 galinhas poedeiras Hy-Line Brown (72 semanas de idade) foram
divididas em três grupos com quatro repetições de 30 aves cada. As poedeiras foram
alimentadas com a dieta basal (Controle), a dieta basal + 3,75 · 108 ufc EF / kg (Grupo I) ou a
dieta basal + 7,5 · 108 ufc EF / kg (Grupo II).
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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS
Grupos de tratamento
Grupo I Grupo II
Controle (3.75 · 108 cfu EF/kg) (7.5 · 108 cfu EF/kg) SEM* p-Value
Taxa de postura de ovos, % 79,4b 83,4a 84.1a 0,66 < 0.001
Peso médio diário dos ovos, g 61,2 62,0 61,7 0,22 0,385
Proporção de ração/ovo, kg / kg 2,35a 2.21b 2.21b 0,023 0,002
Taxa de ovo rachado, % 0,68 0,55 0,54 0,054 0,538
Mortalidade, % 4,17 2,50 2,50 0,763 0,633
Espessura da casca de ovo [mm] 0,38 0,39 0,39 0,003 0,133
Força de quebra da casca de ovo [kN] 0,04 0,04 0,03 0,001 0,170
Índice de forma de ovo 1,31 1,32 1,32 0,003 0,244
Altura do albume [mm] 5,42 5,45 5,40 0,024 0,747
Unidade Haugh 70,2 70,8 70,7 0,13 0,139
* SEM, erro padrão agrupado da média.
ª Não significa compartilhar significativamente os mesmos sobrescritos consecutivos (p <0,05).
Fonte: (ZHANG, et al., 2019)
Conclusão
A suplementação dietética com 3,75 · 10⁸ e 7,5 · 10⁸ ufc EF / kg de ração pode
melhorar a taxa de produção de ovos e diminuir a taxa de ração / ovo
significativamente comparada com as não suplementadas, respectivamente.
como os carboidratos (lactose do leite) e proteínas (caseína, lactoalbumina do leite). Isto se deve
em parte a insuficiente quantidade de secreção de enzimas digestivas e também pela insuficiente
produção de HCl no estômago (UFLA, ADITIVOS NAS RAÇÕES ANIMAIS).
São ácidos fracos como os fumárico, cítrico (têm dado bons resultados) e propiônico e
fosfórico não têm sido efetivos.
Modo de ação
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Conclusões
O desempenho de suínos no período de 28 a 70 dias de idade melhora com a adição de ácido
benzoico na ração. Os níveis de 0,50% e 0,75% são mais eficientes no desempenho dos leitões.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Atualmente, graças aos vários organismos em suas áreas controladas, os aditivos
alimentares são rigorosamente monitorados, (Comunidade Europeia - Diretiva 70/524/CEE,
EEUU FDA, Canadá - Canadian Bureau of Veterinary Drugs (VDD), Brasil - Lei 6198 de
26/12/1974, regulamentada pelo decreto 6296 de 11/12/2007 do MAPA) uma vez que seus
possíveis efeitos adversos sobre a saúde são estudados e analisados para toma de medidas).
necessário estabelecer um controle exaustivo dos compostos em caso de qualquer efeito
adverso, eles são imediata e absolutamente proibidos de solicitar o consumo humano.
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