Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Ensino de Matemática Financeira Utilizando HP12c PDF
O Ensino de Matemática Financeira Utilizando HP12c PDF
O Ensino da Matemática
Financeira Utilizando a
Calculadora HP 12C
por
sob orientação do
Matemática.
Agosto/2014
João Pessoa - PB
O Ensino da Matemática
Financeira Utilizando a
Calculadora HP 12C
por
Aprovada por:
Agosto/2014
Agradecimentos
A Deus por ter me dado saúde para cumprir mais uma etapa na minha carreira
prossional;
Ao meu orientador, Prof. Dr. Manassés Xavier de Souza, pela atenção e con-
À minha mãe, Sônia, pelo incentivo e por ter sido meu porto seguro;
compartilhada;
irmão, Danilo.
Resumo
e interesse do aluno.
sino Básico.
v
Abstract
with the aid of a tool: the Financial Calculator HP 12C, preparing citizens able to
manage their own budgets and the labor market. Preliminary concepts concerning
the theme are presented, followed by examples in context, pointing out the main
factors that facilitate the understanding of each content. Being approached through
practical applications, which makes learning easier, and increases motivation and
students' interest.
ching.
vi
Lista de Figuras
vii
2.9 Fluxo de Caixa para Séries de Pag. com Carência . . . . . . . . . . . 34
1.3.1 HP 12C . .
Utilizando a calculadora nanceira . . . . . . . . 11
2 Séries de Pagamentos 24
2.1 Valor Presente ou Fator de Valor Atual . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3 Sistemas de Amortizações 47
3.1 Sistema de Amortização Francês (PRICE) . . . . . . . . . . . . . . . 48
ix
3.4 Sistema de Amortização Americano (SAA) . . . . . . . . . . . . . . . 66
Referências Bibliográcas 68
x
Introdução
função dos efeitos da inação sobre o poder de compra da moeda ou pela incidência
pagamento de empréstimo.
em:
xi
O objetivo deste trabalho é produzir um material didático, que possa ser utilizado
nanceira HP 12C permite uma entrada mais rápida de dados e a execução mais
eciente dos cálculos, trazendo comodidade ao utilizarmos funções pré-estabelecidas
o desinteresse e as frequentes perguntas dos alunos: Para que serve isso?, Onde
alunos.
crítico e na tomada de decisões na sua vida. Vivemos num país onde as pessoas
cada vez mais estão se endividando e com isso cresce a oferta de créditos.
o
como: Potenciação, Radiciação, Razão, Proporção, Porcentagem, Função do 1 grau,
xii
Exponencial, Logarítmica, Progressão Aritmética (P.A) e Geométrica (P.G), entre
outros, podem ser aplicados. A seguir descrevemos como está dividido o trabalho.
ção mais utilizados no mercado, como sistema francês, constante, misto e americano,
xiii
Capítulo 1
Você prefere receber R$ 10.000,00 hoje ou R$15.000,00, daqui a dois anos? Pro-
vavelmente a sua resposta seria hoje, mas entre R$ 10.000,00 hoje e R$ 15.000,00
daqui a dois anos, a resposta mais coerente é: depende, pois vai depender das
monetário que uma pessoa (física ou jurídica) empresta para outra durante certo
tempo. Como o emprestador não tem mais posse do valor emprestado, e ainda em
inação, surge o conceito de Juros, que é denido como o custo do empréstimo (para
Chamamos de taxa de juros o valor dos juros em certa unidade de tempo, ex-
1
Juros Simples e Composto Capítulo 1
10% a.a.(10% ao ano) o juros será igual a 10% de R$ 1.000,00, e para resolver,
10
multiplicamos 1.000 por 0,1, que é a forma decimal de 10% (10% = 100 = 0,1), logo
J = C × i,
M = C + J.
Denição 1.2.1 Juros simples é quando a taxa de juros incide sempre em cima do
capital inicial.
São raras as operações nanceiras e comerciais que utilizam esse tipo de capitaliza-
ção.
Exemplo 1.2.2 Um capital de R$ 10.000,00, foi aplicado durante três meses a uma
1
1% = = 0, 01.
100
J = C × i.
2
Juros Simples e Composto Capítulo 1
Assim temos:
o
1 mês:
M = C + J.
Usando o raciocínio acima deduzimos uma fórmula para o cálculo de juros simples:
Jn = C × i × n. (1.1)
3
Juros Simples e Composto Capítulo 1
de 6% a.m. (ao mês), por um período de 10 meses, vai render quanto de juros?
O capital é C = 2.000.
A taxa de juros em porcentagem é i = 6% a.m.
6
Na forma decimal ca i= 100
= 0, 06, vamos trabalhar com a taxa de juros na
forma decimal.
J = 2.000 × 0, 06 × 10 = 1.200.
M − C = C × i × n,
logo,
M = C + C × i × n.
decimal;
4
Juros Simples e Composto Capítulo 1
pital inicial, que são iguais em todos os períodos de tempo, formando assim
uma P.A, onde a razão são os juros, o capital inicial é o primeiro termo e o
• o
Equação do 1 grau: para resolver os problemas, resolvemos uma equação do
o
1 grau.
Denição 1.2.4 Dizemos que duas taxas são equivalentes em juros simples quando,
Exemplo 1.2.6 Em juros simples, qual a taxa mensal equivalente a 9% a.t. (ao
trimestre)?
9
i= 3
=3 %a.m.
Exemplo 1.2.7 Em juros simples, qual a taxa mensal equivalente a 4% a.b. (ao
4 12
i= 2
= 2% a.m. e i= 6
= 2% a.m.
5
Juros Simples e Composto Capítulo 1
O capital é C = 4.500.
A taxa de juros percentual é i = 4% a.m.
4
Na forma decimal os juros cam i= 100
= 0, 04.
Utilizando a Fórmula 1.2, e substituindo os dados, obtemos,
M = 4.500(1 + 0, 04 × 5);
o
resolvendo a equação do 1 grau;
M = 4.500(1 + 0, 2)
M = 4.500 × 1, 2,
obtemos;
M = 5.400, 00.
6
Juros Simples e Composto Capítulo 1
M = 40.000(1 + 0, 12 × 2, 5),
o
resolvendo a equação do 1 grau;
M = 40.000(1 + 0, 3)
M = 40.000 × 1, 3 ,
obtemos;
M = 52.000, 00.
o
resolvendo a equação do 1 grau;
130.000
= 1 + 8i
100.000
1, 3 = 1 + 8i
7
Juros Simples e Composto Capítulo 1
1, 3 − 1 = 8i
8i = 0, 3
0, 3
i=
8
i = 0, 0375 × 100 ,
obtemos;
i = 3, 65% a.m.
Exemplo 1.2.11 Um capital de R$ 7.500,00 foi aplicado a uma taxa de juros sim-
O montante é M = 9.000.
O capital é C = 7.500.
A taxa de juros percentual é i = 20% a.a.
20
Na forma decimal ca i= 100
= 0, 2.
Queremos encontrar o período de tempo n.
Utilizando a Fórmula 1.2, e substituindo os dados, obtemos:
o
resolvendo a equação do 1 grau;
9.000
= 1 + 0, 2n
7.500
1, 2 = 1 + 0, 2n
0, 2n = 1, 2 − 1
0, 2n = 0, 2
8
Juros Simples e Composto Capítulo 1
0, 2
n= ,
0, 2
obtemos;
n = 1 ano.
Exemplo 1.3.2 Um capital de R$ 10.000,00, foi aplicado durante três meses a uma
O capital é C = 10.000.
A taxa de juros percentual é i = 1% a.m.
1
1% = 100
= 0, 01.
Vimos que: J = C × i, então:
J1 = 10.000 × 0, 01 = 100, 00 ,
logo;
o
• No 1 mês o montante é:
o
• No 2 mês, o juros é calculado em cima do montante anterior:
9
Juros Simples e Composto Capítulo 1
o
• No 3 mês, o juros é calculado em cima do montante anterior:
cluimos que:
o
• Montante após o 1 período:
M1 = C + Ci = C(1 + i).
o
• Montante após o 2 período:
o
• Montante após o 3 período:
M = C(1 + i)n .
Fórmula:
10
Juros Simples e Composto Capítulo 1
Jan Lukasiewicz. É caracterizada por trabalhar com lógica RPN (do inglês Reverse
Polish Notation , ou notação polonesa reversa), permitindo uma entrada mais rápida
de dados e a execução mais eciente dos cálculos. Esse método se adequou bem ao
uso na calculadora, uma vez que dispensa a necessidade de parênteses. Possui mais
de 120 funções especícas, que permitem trabalhar com 20 diferentes uxos de caixa,
11
Juros Simples e Composto Capítulo 1
12
Juros Simples e Composto Capítulo 1
sempre quando inserimos o valor presente ou o valor futuro na calculadora tem que
mudar o sinal, pois no uxo de caixa quando a seta do valor presente está para
baixo, a do valor futuro está para cima e vice versa, essas setas funcionam como o
sinal negativo ou positivo. Se o sinal não for mudado, o resultado sairá no visor da
calculadora negativo.
13
Juros Simples e Composto Capítulo 1
O capital é C = 5.000.
O período de tempo é n=6 meses.
M = 5.000(1 + 0, 02)6 ,
M = 5.000(1, 02)6 ,
obtemos;
M = 5.630, 81.
Na calculadora nanceira:
14
Juros Simples e Composto Capítulo 1
Exemplo 1.3.4 Qual o capital, que aplicado a juros compostos à taxa de 3% a.m.,
30.000 = C × 1, 4258
Assim,
30.000
C= ,
1, 4258
obtemos;
C = 21.041, 40.
Na calculadora nanceira:
15
Juros Simples e Composto Capítulo 1
O capital é de R$ 21.041,40.
juros?
O capital é C = 10.000.
O período de tempo é n = 4.
O montante é M = 12.000.
Queremos encontrar a taxa de juros i.
Utilizando a Fórmula 1.3, substituindo os dados, obtemos:
12.000
= (1 + i)4
10.000
1, 2 = (1 + i)4
p p
4
1, 2 = 4 (1 + i)4
16
Juros Simples e Composto Capítulo 1
1, 0466 = 1 + i
i = 1, 0466 − 1
i = 0, 0466 × 100
i = 4, 66% a.m.
Na calculadora nanceira:
Exemplo 1.3.6 Durante quanto tempo um capital de R$ 3.500,00 deve ser aplicado
17
Juros Simples e Composto Capítulo 1
7.000
= (1, 12)n
3.500
2 = (1, 12)n
log2
=n ,
log1, 12
obtemos:
n = 6, 17 anos.
Na calculadora nanceira:
18
Juros Simples e Compostos Capítulo 1
Denição 1.4.1 Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao mesmo ca-
• Em Juros Compostos, como não é uma função linear, é um pouco mais com-
plexo. Percebam que temos que achar uma taxa em outra unidade, mas o
assim,
(1 + i1 )n1 = (1 + i2 )n2 ,
19
Juros Simples e Compostos Capítulo 1
donde obtemos,
p
n1
p
(1 + i1 )n1 = n1 (1 + i2 )n2 ,
ou seja,
n2
(1 + i1 ) = (1 + i2 ) n1 ,
Portanto,
n2
i1 = (1 + i2 ) n1 − 1.
ia = (1 + im )12 − 1.
1 1
im = (1 + ia ) 12 - 1 = (1, 60103) 12 - 1 = 1, 04 - 1 ou 4% ao mês.
que queremos são os mais variados, vamos apresentar uma fórmula genérica, que
q
iq = (1 + it ) t − 1. (1.4)
Onde: iq =taxa para o prazo que eu quero; it = taxa para o prazo que eu tenho;
Exemplo 1.4.4 Qual a taxa mensal equivalente a uma taxa de juros de 15% a.a.?
20
Juros Simples e Compostos Capítulo 1
30
iq = (1 + 0, 15) 60 − 1 ,
1
iq = (1, 15) 12 − 1
iq = 1, 0117 − 1
iq = 0, 0117 × 100
iq = 1, 17% a.m.
Na calculadora nanceira:
21
Juros Simples e Compostos Capítulo 1
Exemplo 1.4.5 Qual a taxa anual equivalente a uma taxa de juros de 4% a.m.?
360
iq = (1 + 0, 04) 30 − 1 ,
iq = (1, 04)12 − 1
iq = 1, 601 − 1
iq = 0, 601 × 100
iq = 60, 1% a.m.
Na calculadora nanceira:
22
Juros Simples e Compostos Capítulo 1
23
Capítulo 2
Séries de Pagamentos
Denição 2.0.6 Séries de pagamentos, segundo SOBRINHO (1997, p.66), são vá-
nado.
como entrada;
24
Séries de Pagamentos Capítulo 2
P MT P MT P MT P MT
PV = + 2
+ 3
+ ··· + .
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)n
Ou seja,
1 1 1 1
P V = P MT + + + ··· + . (2.1)
(1 + i) (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)n
1
Entre colchetes, temos uma Progressão Geométrica (P.G), de razão é , pri-
(1+i)
1
meiro termo da P.G é
(1+i)
. Utilizando a fórmula da soma dos n primeiros termos
1 1
de uma P.G nita,para os dados: a1 = (1+i)
, q= (1+i)
, Sn = P V.
Usando a expressão,
q n−1
S n = a1 (Fórmula da soma da PG nita.) (2.2)
q−1
25
Séries de Pagamentos Capítulo 2
h i
1 1
(1+i) (1+i)n
− 1
P V = P MT 1
( 1+i )−1
h i
1−(1+i)n
1
(1+in )
(1+i)
P V = P MT 1−(1+i)
.
(1+i)
Ou seja,
(1 + i)n − 1
PV = P MT . (2.3)
(1 + i)n i
26
Séries de Pagamentos Capítulo 2
n = 10 prestações mensais.
(1 + 0, 04)10 − 1
P V = 150 ,
(1 + 0, 04)10 0, 04
resolvendo a equação:
(1, 04)10 − 1
P V = 150
(1, 04)10 0, 04
0, 48024
P V = 150
0, 0592
P V = 150 × 8, 11086 ,
obtemos:
P V = 1.216, 63.
Na calculadora nanceira:
27
Séries de Pagamentos Capítulo 2
Exemplo 2.1.3 Um automóvel é vendido à vista por R$ 35.000,00, mais pode ser
(1 + 0, 03)48 − 1
35.000 = P M T ,
(1 + 0, 03)48 0, 03
resolvendo a equação:
1, 0348 − 1
35.000 = P M T
1, 0348 0, 03
3, 13225
35.000 = P M T
0, 123968
35.000 = P M T × 25, 2667 ,
logo,
35.000
P MT = ,
25, 2667
obtemos:
P M T = 1.385, 22.
Na calculadora nanceira:
28
Séries de Pagamentos Capítulo 2
PV = Valor Presente;
29
Séries de Pagamentos Capítulo 2
P MT P MT P MT
P V = P MT + + 2
+ ... + ,
(1 + i) (1 + i) (1 + i)n
ou seja,
1 1 1
P V = P MT 1 + + + ... + . (2.4)
(1 + i) (1 + i)2 (1 + i)n
1
Entre colchetes, temos uma progressão geométrica (P.G), de razão , primeiro
(1+i)
1
termo da P.G
(1+i)
, utilizando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma
1 1
P.G nita 2.2, com os dados a1 = (1+i)
, q= (1+i)
, Sn = P V, obtemos:
1
" #
(1+i)n
−1
P V = P MT 1
(1+i)
−1
h n
i
1−(1+i)
(1+i)n
P V = P MT 1−1−i
(1+i)
1 (1 + i)
P V = P MT ( − 1)
(1 + i)n −i
1 − (1 + i)n (1 + i)
P V = P MT ,
(1 + i)n −i
assim,
(1 + i)n − 1
PV = P MT (1 + i). (2.5)
(1 + i)n i
Na calculadora nanceira:
30
Séries de Pagamentos Capítulo 2
n = 10 prestações mensais.
(1 + 0, 04)10 − 1
PV = 150 (1 + 0, 04),
(1 + 0, 04)10 0, 04
resolvendo a equação:
(1, 04)10 − 1
P V = 150 (1, 04)
(1, 04)10 0, 04
0, 48024
P V = 150 (1, 04)
0, 0592
P V = 150(8, 11086)(1, 04),
obtemos:
P V = 1.265, 30.
31
Séries de Pagamentos Capítulo 2
Na calculadora nanceira:
Exemplo 2.1.5 Um automóvel é vendido à vista por R$ 35.000,00, mais pode ser
de cada prestação?
(1 + 0, 03)48 − 1
35.000 = P M T (1 + 0, 03),
(1 + 0, 03)48 0, 03
32
Séries de Pagamentos Capítulo 3
resolvendo a equação:
(1, 03)48 − 1
35.000 = P M T (0, 03)
(1, 03)48 0, 03
3, 13225
35.000 = P M T (1, 03)
0, 123968
35.000 = P M T (25, 2667)(1, 03)
logo,
35.000
P MT =
26, 0247
P M T = 1.344, 88.
Na calculadora nanceira:
Situações como essa, ocorre em vendas a prazo, com carência, em que o compra-
100,00. Qual o valor da geladeira à vista, se a loja cobra uma taxa de juros de 5%
a.m.?
Primeiro vamos saber quanto custa esses dez pagamentos consecutivos no se-
gundo mês.
34
Séries de Pagamentos Capítulo 3
(1 + 0, 05)10 − 1
PV = 100 ,
(1 + 0, 05)10 0, 05
resolvendo a equação:
(1, 05)10 − 1
P V = 100
(1, 05)10 0, 05
0, 628895
PV =
0, 081445
P V = 100 × 7, 7217
P V = 772, 17.
Na calculadora nanceira:
35
Séries de Pagamentos Capítulo 3
o
Encontramos o valor da geladeira no 2 mês, como mostra o uxo de caixa.
O valor que encontramos no segundo mês, agora vai ser o valor futuro FV =
772, 17.
O período de tempo é n=2 meses.
772, 17 = P V (1 + 0, 05)2 ,
36
Séries de Pagamentos Capítulo 3
resolvendo a equação:
772, 12 = P V × 1, 052
772, 17
PV = ,
(1, 05)2
obtemos:
P V = 700, 38.
Na calculadora nanceira:
tal
compra.
37
Séries de Pagamentos Capítulo 3
F V = P M T (1 + i)n−1 + P M T (1 + i)n−2 + . . . + P M T,
assim,
h i
1
(1+i)n
−1
F V = P MT (1 + i)n−1 1
(1+i)
−1
1
( " #)
(1+i)n
−1
F V = P MT (1 + i)n−1 1
(1+i)
−1
( " 1−(1+i)n #)
n
(1 + i) (1+i)n
FV = 1−1−i
(1 + i) (1+i)
38
Séries de Pagamentos Capítulo 3
(1 + i)n 1 − (1 + i)n (1 + i)
F V = P MT · .
(1 + i) (1 + i)n (−i)
Portanto,
(1 + i)n − 1
FV = P MT . (2.6)
i
1% a.m.. Quanto Márcia vai acumular num nal desse período de tempo?
que transformar 30 anos em meses, multiplicando 30 por 12, logo n = 360 meses.
39
Séries de Pagamentos Capítulo 3
(1 + 0, 01)360 − 1
FV = 150 ,
0, 01
resolvendo a equação:
(1, 01)360 − 1
F V = 150
0, 01
35, 9496
F V = 150
0, 01
35, 9496
F V = 150
0, 01
F V = 150 × 3.594, 96 ,
obtemos:
F V = 539.244, 62.
Na calculadora nanceira:
40
Séries de Pagamentos Capítulo 3
Exemplo 2.3.3 A mãe de Renato, pensando no futuro do seu lho que se encontro
no 1
o ano do ensino médio, gostaria de acumular uma quantia de R$ 20.000,00,
em 3 anos para nanciar os estudos do seu lho numa faculdade. Quanto a mãe
de Renato tem que depositar mensalmente, numa nanceira que cobra uma taxa de
juros de 1% a.m.?
que transformar 3 anos em meses, multiplicando por 12, pois um ano tem 12 meses,
logo n = 3 × 12 = 36 meses
(1 + 0, 01)36 − 1
20.000 = P M T ,
0, 02
resolvendo a equação:
(1, 01)36 − 1
20.000 = P M T
0, 01
(1, 01)36 − 1
20.000 = P M T
0, 01
0, 43077
20.000 = P M T
0, 01
20.000 = P M T × 43, 07688.
Portanto,
20.000
P MT =
43, 07688
obtendo:
P M T = 464, 29.
41
Séries de Pagamentos Capítulo 3
Na calculadora nanceira:
tempo.
42
Séries de Pagamentos Capítulo 3
F V = P M T (1 + i)n + P M T (1 + i)n−1 + . . . + P M T,
ou seja,
termo é (1 + i)n , utilizando a Fórmula 2.2 da soma dos n primeiros termos da P.G
1 1
nita, com os dados a1 = (1+i)
, q= (1+i)
, Sn = P V, obtemos:
( " 1 #)
(1+i)n
−1
F V = P MT (1 + i)n 1
(1+i)−1
( " 1−(1+i)n #)
(1+i)n
F V = P MT (1 + i)n 1−1−i
(1+i)
n
n 1 − (1 + i) (1 + i)
F V = P M T (1 + i) · ,
(1 + i)n (−i)
assim,
(1 + i)n − 1
FV = (1 + i). (2.7)
i
43
Séries de Pagamentos Capítulo 3
Temos que lembrar, de ativar a função begin, pois a série de pagamentos é ante-
cipada, e se essa função não tiver ativada, a calculadora vai fazer os cálculos como
Na Calculdora Financeira:
Exemplo 2.3.4 Seu João deseja fazer dez depósitos mensais de R$ 200,00, com
o primeiro depósito sendo hoje, com a nalidade de viajar nas férias. Quanto seu
João vai ter acumulado, se o banco cobra uma taxa de juros de 0,7% a.m.?
(1 + 0, 007)10 − 1
FV = 200 (1 + 0, 007),
0, 007
resolvendo a equação:
(1, 007)10 − 1
F V = F V 200 (1, 007)
0, 007
44
Séries de Pagamentos Capítulo 3
0, 072247
F V = 200 (1, 007)
0, 007
F V = 200 [10, 32095] (1, 007)
F V = 2.604, 19 × 1, 007 ,
obtemos:
F V = 2.078, 64.
Na calculadora nanceira:
um nancceira que cobra uma taxa de juros de 0,8% a.m.. Quanto tenho que depo-
que transformar 2 anos em meses, multiplicando por 12, pois um ano tem 12 meses,
logo n = 2 × 12 = 25 meses.
45
Séries de Pagamentos Capítulo 3
(1 + 0, 008)24 − 1
10.000 = P M T (1 + 0, 008),
0, 008
resolvendo a equação:
(1, 008)24 − 1
10.000 = P M T (1, 008)
0, 008
0, 210745
10.000 = P M T (1, 008)
0, 008
10.000 = P M T [26, 34315](1, 008)
assim,
10.000
P MT = ,
26, 5539
obtemos:
P M T = 376, 59.
Na calculadora nanceira:
46
Capítulo 3
Sistemas de Amortizações
47
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
Denição 3.1.1 De acordo com POITRAS, o sistema francês foi desenvolvido pelo
matemático e físico belga Simon Stevin, no século XVI. Todavia, foi utilizado pelo
denciário inglês da época. Por isso cou conhecido no Brasil como sistema PRICE.
Esses pagamentos (PMT), podem ser encontrados pela fórmula de séries de pa-
gamentos.
(1 + i)n − 1
P V = P MT .
(1 + i)n i
(1 + i)n i
P MT = P V . (3.1)
(1 + i)n − 1
(1 + i)n − 1
P V = P MT (1 + i).
(1 + i)n i
48
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
(1 + i)n i
1
P MT = P V n
( ). (3.2)
(1 + i) − 1 1 + i
• Financiamento de Automóveis;
composta, o que implica em uma taxa de juros efetivamente maior para todo o ho-
rizonte nanceiro.
Exemplo 3.1.2 Se a taxa de juros for de 12% a.a., e os pagamentos são mensais,
Francês (PRICE) em cinco prestações anuais à uma taxa de 10% a.a.. Qual o valor
saldo devedor.
(1 + 0, 1)5 0, 1
P M T = 300.000 ,
(1 + 0, 1)5 − 1
49
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
resolvendo a equação:
1, 15 0, 1
P M T = 300.000
1, 15 − 1
0, 161051
P M T = 300.000
0, 61051
P M T = 300.000 × 0, 2638 ,
obtemos:
P M T = 79.139, 24.
Na calculadora nanceira:
Encontramos o valor das prestações, que são iguais, então vamos construir a
planilha.
50
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
Percebam que a medida que o saldo devedor vai diminuindo, as parcelas de juros
à uma taxa de juros de 2% a m., pelo sistema francês, com a primeira prestação
como entrada. Qual o valor das prestações e obtenha a planilha mostrando os juros
(1 + 0, 02)4 0, 02
1
P M T = 100.000 4
,
(1 + 0, 02) − 1 (1 + 0, 02)
resolvendo a equação:
(1, 02)4 0, 02
1
P M T = 100.000
(1, 02)4 − 1 1, 02
0, 021649 1
P M T = 100.000
0, 082432 1, 02
51
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
1
P M T = 100.000 × 0, 2626286 × ,
1, 02
obtemos:
P M T = 25.747, 43.
Na calculadora nanceira:
52
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
Exemplo 3.1.5 o
Qual o saldo devedor no 30 mês de um empréstimo de R$ 500.000,00
a ser pago em 60 meses, á uma taxa de juros de 3% a.m., pelo sistema Francês?
(1 + 0, 03)60 0, 03
P M T = 500.000 ,
(1 + 0, 03)60 − 1
resolvendo a equação:
(1, 03)60 0, 03
P M T = 500.000
(1, 03)60 − 1
0, 176748
P M T = 500.000
4, 8916
P M T = 500.000 × 0, 036133 ,
53
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
obtemos:
P M T = 18.066, 48.
Na calculadora nanceira:
a
Para saber o saldo devedor na 30 prestação, basta encontrar o valor presente
n = 60 − 30 = 30.
O valor das prestações é P M T = 18.066, 48.
A taxa de juros é i = 3% a.m. = 0, 03.
o
O saldo devedor no 30 mês SD30 = P V.
Utilizando a Fórmula 2.3, e substituindo os dados, obtemos:
(1 + 0, 03)30 − 1
PV = 18.066, 48 ,
(1 + 0, 03)30 0, 03
resolvendo a equação:
(1, 03)30 − 1
P V = 18.066, 48
(1, 03)30 0, 03
54
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
1, 42726247
P V = 18.066, 48
0, 0728179
P V = 18.066, 48 × 19, 6004 ,
obtemos:
P V = 354.110, 98.
Na calculadora nanceira:
a
O saldo devedor na 30 prestação é R$ 354.110,98.
Perceba que ainda falta pagar a metade das prestações, e o saldo devedor é maior
500.000
= 250.000.
2
o
Muitos poderiam pensar que o saldo devedor no 30 mês, fosse de R$ 250.000,00, mas
vimos acima que esse saldo é de R$ 354.110,98, bem maior do que muitos imaginam,
porque estamos pagando juros em cima desse empréstimo. O saldo devedor seria de
5 prestações mensais iguais, á uma taxa de juros d 12% a.a., no sistema de amor-
o
tização Francês. Qual o valor das prestações e o saldo devedor na 3 prestação?
55
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
12
A taxa de juros mensal é i = 12% a.a. = 12
= 1% a.m. = 0, 01.
Vamos encontrar o valor das prestações P M T.
Utilizando a Fórmula 3.1, e substituindo os dados, obtemos:
(1 + 0, 01)5 0, 01
P M T = 50.000 ,
(1 + 0, 01)5 − 1
resolvendo a equação:
(1, 01)5 0, 01
P M T = 50.000
(1, 01)5 − 1
0, 0105101
P M T = 50.000
0, 05101
P M T = 50.000 × 0, 20604
P M T = 10.301, 99.
Na calculadora nanceira:
a
Para saber o saldo devedor na 3 prestação, basta encontrar o valor presente
56
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
n = 5 − 3 = 2.
O valor das prestações é P M T = 10.301, 99.
A taxa de juros é i = 1% a.m = 0, 01.
o
O saldo devedor no 3 mês SD3 = P V.
Utilizando a Fórmula 2.3, e substituindo os dados, obtemos:
(1 + 0, 01)2 − 1
PV = 10.301, 99 ,
(1 + 0, 01)2 0, 01
resolvendo a equação:
(1, 01)2 − 1
P V = 10.301, 99
(1, 01)2 0, 01
0, 0201
P V = 10.301, 99
0, 010201
P V = 10.301, 99 × 1, 970395 ,
obtemos:
P V = 20.298, 99.
Na calculadora nnceira:
a
O saldo devedor na 3 prestação é R$ 20.298,99.
57
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
tecendo daqui a 2 anos, a uma taxa de juros de 8% a.a.. Qual o valor das prestações
A quantia é P V = 100.000.
n=1 ano.
FV = 100.000(1 + 0, 08)1 ,
resolvendo a equação:
F V = 100.000 × 1, 08 ,
obtemos:
F V = 108.000, 00.
Na calculadora nanceira:
58
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
(1 + 0, 08)5 0, 08
P M T = 108.000 ,
(1 + 0, 08)5 − 1
resolvendo a equação:
(1, 08)5 0, 08
P M T = 108.000
(1, 08)5 − 1
0, 117546246
P M T = 108.000
0, 469328077
P M T = 108.000 × 0, 250456454 ,
obtemos:
P M T = 27.049, 30.
Na calculadora nanceira:
59
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
1 108.000,00 - 8.000,00 -
sil. Neste sistema, como o nome já diz, as amortizações é que são constantes, ou
seja, iguais.
número de parcelas.
• n o número de parcelas;
• PV o valor presente;
60
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
• J os Juros.
PV
A = . (3.3)
n
P M T = A + J. (3.4)
amortização constante (SAC) em cinco prestações anuais à taxa de 10% a.a.. deter-
300.000
A =
5
A = 60.000, 00.
A amortização é R$ 60.000,00.
61
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
(P.A), de razão 6.000, para os juros e as prestações, e de razão 60.000 para o saldo
devedor.
Exemplo 3.2.3 Uma quantia de R$ 150.000,00 deve ser paga pelo SAC em 60
150.000
A =
60
A = 2.500.
a
Para encontrar os juros pagos na 35 prestação, precisamos encontrar o saldo devedor
anterior, para isso basta pegar o valor presente e subtrair pelo produto do período
62
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
J35 = 65.000 × 0, 01
J35 = 650.
a
Os juros pagos no 35 mês é de R$ 650,00.
a
A prestação no 35 mês, é o valor da amortização mais os juros naquele mês.
a
O valor da prestação no 35 mês é R$ 3.150,00.
a a
O saldo devedor no 35 mês, é a quantia inicial menos o produto de 35 pela
amortização.
SD35 = P V − (35 × A)
SD35 = 62.500.
a
O saldo devedor no 35 mês é R$ 62.500,00.
Exemplo 3.2.4 Uma quantia de R$ 200.000,00 deve ser paga pelo SAC em cinco
parcelas semestrais, com dois semestres de carência, à uma taxa de juros de 5% a.s..
A quantia é P V = 200.000.
63
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
200.000
A =
5
A = 40.000.
Construindo a planilha.
0 200.000,00 - - -
Denição 3.3.1 O sistema recebe este nome, pois ele utiliza o sistema de amor-
do (SAM), são obtidos pela média aritmética dos valores das prestações do sistema
PRICE e SAC.
Para encontrar:
64
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
P M T (P RICE) + P M T (SAC)
P M T (SAM ) = .
2
• o valor a amortização:
SAM em cinco prestações anuais à taxa de 10% a.a.. Quais os valores das pres-
devedor.
Percebam que já zemos esse exemplo no sistema PRICE e SAC, então vamos
Construindo a planilha
65
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
0 300.000 - - -
Denição 3.4.1 Neste sistema o valor do empréstimo é feito de uma única vez, no
Exemplo 3.4.2 Uma escola faz um empréstimo de R$ 300.000,00 pelo sistema SAA
em cinco prestações anuais à taxa de 10% a. a.. Qual o valor das prestações e
J = PV × i
66
Sistemas de Amortizaçoes Capítulo 3
J = 300.000 × 0, 1.
Construindo a planilha.
0 300.000,00 - - -
67
Referências Bibliográcas
a
[1] Assaf Neto, Alexandre, Matemática Financeira e suas Aplicações. 4 edição,
www.portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf. Visto em 21 de
julho de 2014.
www.portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/cienciasnatureza.pdf. Visto em
21 de julho de 2014.
68
Referências Bibliográficas
a
[7] Farias, Rogério G. de, Matemática Comercial e Financeira. Makron Books, 5
a
[9] Hazzan, Samuel e Pompeo, José Nicolau, Matemática Financeira. 6 edição,
a a
[10] Juer, Milton, Praticando Matemática Financeira. 1 edição, (2003), 1 reim-
atlas, (1990).
www.uel.br/projetos/matessencial/superior/pde/epaminondas-matn.pdf.
[13] Sobrinho, José Dutra Vieira, Matemática Financeira: juros, capitalização, des-
a
nanceiras; utilização de calculadoras nanceiras. 6 edição, São Paulo, atlas,
(1997).
69