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GUIA PRÁTICO

DE ACESSIBILIDADE
EM EDIFICAÇÕES
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA


OU COM MOBILIDADE REDUZIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

CIRCULAÇÃO VERTICAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

PORTAS E JANELAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

MOBILIÁRIO INTERNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

ESTACIONAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

LOCAIS DE REUNIÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

GUIA PRÁTICO DE ACESSIBILIDADE EM EDIFICAÇÕES • Publicação da Comissão Permanente


de Acessibilidade - CPA da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura
do Município de São Paulo - SEHAB

Prefeita de São Paulo: Marta Suplicy


Secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano: Paulo Teixeira
Secretário Executivo da CPA: Edison Luís Passafaro

Coordenação: Edison Luís Passafaro • Supervisão Técnica: Gláucia Varandas e Rodolpho Consani •
Elaboração: Lucília Fabrino, Daniela Fernandes e Célio Teófilo • Consultoria: Marco Juliani e Liana Becocci
• Projeto Gráfico: Hiro Okita • Ilustrações: Waldiney Farias de Almeida • Revisão: Adelino Caldana Neto
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão deste Guia Prático,
por quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito da CPA/SEHAB.

2 • CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB


APRESENTAÇÃO

S
Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas,
ONU, cerca de 10% da população dos países em desenvolvi-
mento é constituída por pessoas portadoras de algum tipo de de-
ficiência. A Organização Mundial da Saúde, OMS, calcula que
esse número chegue a mais de 600 milhões de pessoas no plane-
ta. No Brasil, existe algo em torno de 20 milhões e só na cidade
de São Paulo, mais de 1 milhão de habitantes deficientes. Se con-
siderarmos que nos próximos anos quase 30% da população es-
tará com idade acima de 60 anos e que o número de obesos, ges-
tantes e acidentados temporários é crescente, concluímos então
que metade dos brasileiros acaba prejudicada pela falta de aces-
sibilidade em nosso país.
Frente a esses fatos é necessário instituir urgentemente pro-
gramas efetivos de eliminação das barreiras arquitetônicas em to-
dos os municípios e promover o conceito do Desenho Universal,
visando a garantia de acessibilidade às edificações, vias públicas,
mobiliários urbanos, transportes e habitações, a fim de criar con-
dições que permitam a equiparação de oportunidades a todos os
cidadãos, principalmente às pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida.
Investir em acessibilidade é garantir o direito de ir e vir com
autonomia e independência a uma expressiva parcela de nossa
população, permitindo seu fortalecimento social, político e eco-
nômico.
A Comissão Permanente de Acessibilidade, CPA, subordinada
à Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Municí-
pio de São Paulo, elaborou este guia – que contém informações
básicas sobre acessibilidade – com o objetivo de orientar os pro-
fissionais da área de construção e de contribuir para a inclusão so-
cial das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade re-
duzida, de modo a garantir seu direito a uma vida digna, produti-
va e independente.

Edison Luís Passafaro


Secretário Executivo da Comissão Permanente de Acessibilidade - CPA

CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB • 3


PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIA OU COM
MOBILIDADE REDUZIDA

0,9
5

0,75 0,85
0,80

ALCANCE LATERAL

Os usuários de cadeira de rodas


0,80

possuem características específicas


de alcance manual, podendo variar
de acordo com a flexibilidade de cada
1,10 pessoa. As medidas apresentadas são
baseadas na média de dimensionamento
MÓDULO CADEIRA de alcance do homem.

DE RODAS
O módulo de projeção da
cadeira de rodas é o espaço
mínimo necessário para a
1,35

mobilidade do usuário. Portanto,


1,20

1,00

0,80

essas dimensões devem ser


0,40

usadas como referência em


projetos de arquitetura.

4 • CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB


CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
• A superfície do piso deverá ser regular, firme, estável e antiderrapante
sob quaisquer condições climáticas;
• Percursos livres de obstáculos, com largura mínima de 1,20m;
• Inclinação transversal da superfície de no máximo 2%;
• As grelhas e juntas de dilatação devem estar embutidas no piso
transversalmente à direção do movimento, com vãos máximos de 1,5 cm
e, preferencialmente, instaladas fora do fluxo
principal de circulação.

Junta

Grelha

Piso tátil

CIRCULAÇÃO
VERTICAL
0,30

0,28 ≤ P ≤ 0,32
0,92

ESCADAS
. 0,28
Mín
Dica: Sugere-se
a utilização de
0,92

sinalização em Braille
nas extremidades dos 0,1
6≤
E≤
0,1
corrimãos como indicativo 8
Pis
dos pavimentos para as pessoas ot
áti
l
0,28
com deficiência visual. Mín.

CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB • 5


CIRCULAÇÃO VERTICAL CORRIMÃOS:
os corrimãos devem
ter, preferencialmente,
seção circular
RAMPAS entre 3,5cm e 4,5cm
de diâmetro,
CÁLCULO PARA
INCLINAÇÃO DA RAMPA:
prolongamento de
0,30m e acabamento
i = h x 100
recurvado nas
c
extremidades.

Corrimão

Piso tá
til

Dica: Sugere-se rampa


0,22

com inclinação máxima de


6% a 7%, possibilitando à
0,92
0,70

pessoa com deficiência


maior autonomia e
independência de
til

so
Pi

deslocamento.
30
0,

DIMENSIONAMENTO DE RAMPA
Inclinação admissível Desníveis máximos Números máximos Comprimentos máximos
de cada segmento de cada segmento de segmento de cada segmento
de rampa (i) de rampa (h) de rampa de rampa (c)

5,00% (1:20) 1,50m – 30,00m


6,25% (1:16) 1,00m 14 16,00m
1,20m 12 19,20m
8,33% (1:12) 0,90m 10 10,80m
Fonte: NBR 9050/94 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

PLATAFORMAS

Devem estar de acordo com a NBR 9050/94 da ABNT e a Resolução CPA/SEHAB-G/


006/2002, garantindo seu uso com autonomia, segurança e independência.

6 • CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB


ELEVADORES

Devem atender à
NBR 9050/94 e à
ento
o do pavim
NBR 13.994/00 Identificaçã
Botão
da ABNT. mais alto

0,90 – 1,10

Máx.1,35
Mín.0,89

Co 1,50

r
do
ín.
rre
M
40
1,
ín.
Mín.1

M
,10

PORTAS E JANELAS
As portas devem ter vão livre mínimo
de 0,80m e maçaneta do tipo alavanca.

Maçaneta tipo alavanca


1,15

0,80

Barra horizontal

Dica: É desejável que a altura do


0,50

Material resistente a impactos


peitoril seja de no máximo 0,80m,
0,90

possibilitando maior alcance visual.


Mín. 0,40

As alturas dos comandos devem


garantir o alcance manual de
pessoas em cadeiras de rodas.

CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB • 7


SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS

BACIAS LAVATÓRIOS
10º
Mín. 0,90

Espelho i = 10º

Espelho na parede
1,00

0,76
0,46

Máx. 0,50

Máx. 1,10
0,90
Mín. 0,90

Mín. 0,70
0,80
Mín. 0,25

Proteção
do sifão
1,00
0,76

CHUVEIROS
0,46

Banco

Mín. 0,90
Mín. 1,10
0,50
Mín. 0,90

0,50
0,80 0,45

Mín. 1,25

Dica: Sugere-se que a bacia sanitária e o lavatório estejam no mesmo boxe,


para facilitar a higienização.

8 • CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB


MOBILIÁRIO INTERNO

TELEFONES BEBEDOUROS

Mín. 0,80 e Máx. 1,20

0,80
Mín. 0,70
Mín. 0,30
Piso tátil
Mín. 0,25

Pelo menos 5% dos aparelhos Os bebedouros e balcões de


telefônicos devem estar adaptados atendimento devem garantir uma
às pessoas com deficiência ou área de aproximação para usuários
com mobilidade reduzida. em cadeiras de rodas

Mín
. 0,8
0
0,80
Mín. 0,70
Mín.
0,30

BALCÕES DE
ATENDIMENTO
CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB • 9
ESTACIONAMENTO QUANTIDADE DE VAGAS RESERVADAS
Nº total de vagas Vagas reservadas
Até 10 –
De 11 a 100 1
Acima de 100 1%
Fonte: NBR 9050/94 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

i = 8,33%
Guia rebaixada
Guia

Sarjeta
5,50

Faixa de circulação
adicional à vaga

2,30 1,20 2,30

Sentido de circulação

LOCAIS DE REUNIÃO
0,90

Os espaços reservados
para cadeiras de rodas
1,10

e as poltronas para obesos


devem estar integrados
aos demais assentos,
Circulação
de preferência em
locais de fácil acesso
e boa visibilidade.

10 • CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB


ASSENTOS RESERVADOS EM LOCAIS DE REUNIÃO
Capacidade Espaço para Assentos para pessoas Assentos para
do local cadeira de rodas portadoras de deficiência pessoas obesas
ambulatória parcial

Até 500 2% da 2% da
capacidade total capacidade total
De 500 10 assentos, mais 1% 10 assentos, mais 1% Mínimo
a 1.000 para o que exceder para o que exceder de 1% da
500 pessoas 500 pessoas capacidade total
Acima 15 assentos, mais 15 assentos, mais
de 1.000 1 para cada 1.000 pessoas 1 para cada 1.000 pessoas
Fonte: NBR 9050/94 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

VISUAL: SÍMBOLO INTERNACIONAL DE ACESSO - S.I.A.

TÁTIL: BRAILLE E SUPERFÍCIE COM TEXTURA DIFERENCIADA.

SONORA: SINAL PARA IDENTIFICAR O ANDAR DE PARADA DOS ELEVADORES;


MÁQUINAS DE ATENDIMENTO AUTOMÁTICO, ENTRE OUTROS.

• O S.I.A. deve ser compreendido Branco Azul escuro

por todas as pessoas do mundo.


Portanto, não deve ter suas proporções
de dimensionamento e cores alteradas.
• As rampas e escadas podem ser
obstáculos na circulação horizontal das
pessoas portadoras de deficiência visual.
Portanto, é importante sinalizar no piso
a projeção de seus volumes.
• Deverá ser colocado piso tátil antes
do início e após o término de cada SÍMBOLO INTERNACIONAL
segmento de rampas e escadas. DE ACESSO - S.I.A.

CPA - Comissão Permanente de Acessibilidade / SEHAB • 11


LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

Lei Federal 10.098/00 - Estabelece nor- Resolução CPA/SEHAB-G/003/2000 –


mas gerais e critérios básicos para pro- Programa de Adequação de Vias
mover a acessibilidade das pessoas por- Públicas às Necessidades das Pessoas
tadoras de deficiência ou com mobili- Portadoras de Deficiência ou com
dade reduzida. Mobilidade Reduzida – Comissão
Permanente de Acessibilidade – CPA,
Lei Municipal 11.345/93 - Dispõe sobre agosto de 2000.
a adequação das edificações à pessoa
portadora de deficiência. Resolução CPA/SEHAB-G/004/2000 –
Lei Municipal 11.424/93 - Dispõe sobre Norma Técnica para Linguagem em
o acesso de pessoas portadoras de defi- Braille nos Elevadores – Comissão Per-
ciência física a cinemas, teatros e casas manente de Acessibilidade – CPA, agos-
de espetáculos. to de 2000.
Lei Municipal 12.815/99 - Dá nova re- Resolução CPA/SEHAB-G/005/2001 –
dação ao artigo 1º da Lei 11.424/93. Norma Técnica para Rebaixamento de
Lei Municipal 12.821/99 - Obriga esta- guias – Faixas de pedestres – Critérios
belecimentos bancários a possuir outro de projetos, da Companhia de
acesso além da porta giratória. Engenharia de Tráfego – CET.

Decreto Municipal 36.072/96 - Institui Resolução CPA/SEHAB-G/006/2002 –


a Comissão Permanente de Acessibilida- Norma Técnica para Plataformas
de - CPA Elevatórias, da Comissão Permanente de
Decreto Municipal 37.649/98 - Regula- Acessibilidade – CPA, agosto de 2002.
menta as Leis 11.345/93 e 11.424/93.
Resolução CPA/SEHAB-G/007/2003
Decreto Municipal 38.443/99 - Altera o (em tramitação) – Norma Técnica de
Decreto 37.649/98. Sistema de Acesso para Veículos de
Transporte sobre Pneus – Comissão Per-
Resolução CPA/SEHAB-G/001/2000 – manente de Acessibilidade – CPA.
Norma Técnica para Rebaixamento de
Guias - Faixa de Pedestres – Critérios de NBR 9050/94 - ABNT - Acessibilidade de
Projetos, da Companhia de Engenharia pessoas portadoras de deficiência a edi-
de Tráfego – CET, revisão 2, maio de ficações, espaços, mobiliários e equipa-
2000. mentos urbanos - procedimento.

Resolução CPA/SEHAB-G/002/2000 – NBR 13.994/00 - ABNT - Elevadores de


Norma Técnica para Piso Referencial passageiros - elevadores de transporte
Podotátil – Comissão Permanente de de pessoas portadoras de deficiência.
Acessibilidade – CPA, maio de 2000.

COMISSÃO PERMANENTE Apoio:


DE ACESSIBILIDADE - CPA
Rua São Bento, 405 • 19º andar • sala 191B
cep 01008-906 • São Paulo/SP
fone: (11) 3242-9620 / 3242-1733 Ramal 225
fax (11) 3242-3369 • cpa@prefeitura.sp.gov.br

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