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Um Produto:
A regra é clara!
PÁGINAS AZUIS COM MARINA ELALI - DESBRAVE O ARQUIPÉLAGO DE SABORES - A ARTE DE HARMONIZAR VINHOS E MAIS!
• MAI/2014 1
2 MAI/2014 •
• MAI/2014 3
4 MAI/2014 •
• MAI/2014 5
Coffee
DIRETORA EXECUTIVA:
Manuella Asfora Russell
Break
manuella@midiaemporio.com.br
CONSELHO EDITORAL:
Manuella Asfora Russell
Gabriel Fontes
Gustavo Militão
Roger M. M. Basttos
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
José Carlos Mélo DRT/PE 3100
GERÊNCIA ADMINISTRATIVA:
M ensurar o índice de satisfação de nossos leitores no
primeiro número da Paradigma foi, sem dúvida, algo
demasiado compensador para mim e para minha
equipe. Só tenho que agradecer pela excelente repercussão.
Empório Paradigma é uma publicação da Mídia Empório Impressão realizada na Tiragem de 6.000 exemplares,
Soluções em Marketing LTDA. conferida pela
End.: R. Maria Carolina, 441 – Boa Viagem – Recife / PE.
CEP: 51020- 220. Tel.: (81) 9115-8241.
Ano II – Edição 2 - Distribuição dirigida.
6 MAI/2014 •
ADVOCACIA E CONSULTORIA EMPRESARIAL
• MAI/2014 7
CAPA
SOCIAIS
22 Atol
104 Relicário
60 – ESSE TIME É 10
COLUNAS
10 Gallerist
46 Quem sabe, sabe...
PARADIGMANDO
50 Arquimix
52 Mercado imobiliário
54 Recife in Rio 82 Filipe Aguiar de Barros
84 Turismo cultural 106 Ana Paula Ximenes Rocha
86 Justiça cega
31 – PÁGINAS
88 Vinho club Premium
AZUIS 98 Bolsas Rotary pela paz mundial
A Diva Pop do
100 Divers For Sharks
Brasil, Marina de 105 Para Plug
Sousa Dantas Elali 108 Sou Mais Minha Casa
revela seu referencial 108 Bem-Estar
102 DESTINO TOP
de sucesso. 108 Gymnasium
109 Parágrafo Final
8 MAI/2014 •
rua joão dias martins, 76 boa viagem, recife-pe | (81) 3463.1450
www.annacorina.com.br | contato@annacorina.com.br
• MAI/2014 9
É com um sorriso largo, daqueles de orelha a
orelha, que apresento a vocês a nossa Gallerist, a
coluna de moda da Empório Paradigma. Digo nossa,
porque, de fato, trata-se de um espacinho só nosso,
inteiramente dedicado a nós mulheres que adoramos
trocar “figurinhas” sobre moda, decor, arte e, claro,
universo pop. A colunista que vos escreve é uma
aficcionada por moda desde sempre, e uma confessa
amante das artes em suas mais diversas formas, sendo
assim, imensa foi a felicidade (e empolgação!) que
senti quando convidada para dividir com vocês,
leitoras, um pouquinho deste amor todo. Passo a
maior parte dos meus dias (sempre corridos, diga-
se de passagem) entre a Universidade Federal
de Pernambuco, onde curso Design de Moda, e
a Universidade Católica de Pernambuco, onde
me dedico ao estudo das leis e suas nuances (aka
Direito), dois universos bem diferentes que mesclam
a emoção da arte e a razão do saber jurídico, e que
acabam por me manter, de fato, equilibrada. Como
exímia estudante de moda curiosa, ao longo dos
anos, me vi envolvida com os mais diferentes tipos
de projetos ligados à moda, através dos quais conheci
t
muita gente talentosa, outras que fazem e acontecem,
is
e algumas nem tão legais assim.
er
Também descobri novos jeitos de pensar moda e
l
de se comunicar através dela. Experiências que, sem
l
dúvidas, retratarei aqui, seja para darmos estridentes
a
gargalhadas, seja para refletirmos um pouco. O
bacana de se permitir desvendar o lado low profile
G
da moda, conhecendo pessoas do tipo “gente fina,
elegante e sincera”, é ver a moda em sua essência, isto
é, como a mais simples demonstração de arte, cultura
e expressão, onde não há preconceitos, nem regras,
e sim paradigmas... O bonito é criar e usar aquilo
que satisfaz, mesmo que indique “transgressão”, por
isso sempre gostei do cenário fashion underground
da cidade, mas, em contrapartida, também me vejo
inserida no âmbito high profile da coisa, onde o luxo
12 MAI/2014 •
Pulseira com madrepérola
IN PU2 408 G R$ 1.120,00.
Terço em canutilho
LV C2 536 R$ 11.600,00
Os fios de pérola de
arroz aparecem em
formatos inusitados
e modernos,
porém sem perder
o requinte da
tradição. Será você
com um par de
brincos e anel em
ouro amarelo 18K?!
Brinco - CT B2 001
R$ 3.470,00
Anel - CL A2 497
R$ 1.470,00
Pingente Camafeu –
Nossa Senhora das
Graças - fosco, com
madrepérola AM P2
419 R$ 2.100,00
Brinco Gota cravejado com
pizza de diamantes CL B2 465
DM R$ 22.900,00
• MAI/2014 13
A Maria Filó, nascida no coração do Rio de Janeiro
(Ipanema), em 1997, tem como característica
principal a feminilidade de suas peças. A MF conta
com duas lojas em Recife, em dois grandes shoppings
da região, o Shopping Recife e o Shopping Plaza,
portanto, atende, com primazia, as clientes da zona
sul e norte da cidade. Sob o comando de Guilherme
Ruas, as duas franquias da Maria Filó contam com
clientela fiel, que não abre mão das peças da loja,
que misturam o clássico com o moderno de forma
criativa. As estampas exclusivas da marca são destaque
a cada coleção e vêm em shorts, saias e vestidos. Para
a temporada outono/inverno que se aproxima, a
marca investiu no animal print e no couro trabalhado
em recortes, aposta certeira para os looks “night
deluxe”! Outro ponto alto da coleção são os cardigans
e tricôs, que variam entre o estilo girlie e o “american
school”, este muito visto nas últimas semanas de
moda. Como destaques da coleção, aponto o conjunto
maravilhoso de couro (sonho de consumo!) o qual
é todo recortado a laser e atende as necessidades
da minimalista mais exigente; o tricot mostarda com
estampa de zebra que é leve, cool e moderno, ideal
para o “inverno” da nossa região e o cardigan off
White, com trabalhos manuais em algodão e lã, que
se destaca em relação aos cardigans que encontramos
por aí, por ter cumprimento até os joelhos. Super
quentinho e confortável! A coleção está uma das mais
lindas que já vi da marca, que, a cada temporada, vem
me surpreendendo positivamente. Vale conferir!
14 MAI/2014 •
Regata Blusa
Aplique Tigre Flor
Renda R$ 159,00
R$ 199,00
Saia
Saia Guepardo
Jacquard R$ 259,00
R$ 259,00
Casaco
Casaco Tricot
Teclado R$ 279,00
R$ 229,00
Vestido
R$ 299,00
Pulseira
R$ 129,00
Blusa Blusa
Tiger Rosa Crop Laser
R$ 269,00 R$ 389,00
Short Saia
R$ 199,00 Laser
R$ 439,00
Acessórios
R$ 159,00
• MAI/2014 15
N um sábado ensolarado visitei a Juliana da Fonte,
que leva a assinatura da designer e proprietária Ju
da Fonte. Confesso que não imaginei que a loja fosse tão
cool, pensava que tratava-se de apenas mais uma “bijoux
store”, mas, só de entrar no cantinho de Ju, me surpreendi.
A loja conta com uma enorme gama de acessórios, todos
exclusivíssimos e feitos no atelier da marca. Em conversa
com a designer, ela me contou um pouco de sua
trajetória, assim como disse que iniciou os seus trabalhos
em um pequeno atelier, e como conseguiu, em pouco
tempo, conquistar várias fãs de seu trabalho, resolveu
abrir a Juliana da Fonte. No meu passeio pela loja, pude
notar que Ju conta com um acervo basicamente étnico
e rocknroll, duas tendências vistas em quase todos os
desfiles das semanas de moda. Os maxicolares pesados
e com pedrarias são extravagantes na medida e acabam
por exalar a atitude que a próxima estação nos pede,
além de serem ótimas apostas para os looks da noite.
As longas correntes em metal são os acessórios perfeitos
para quem quer se aventurar no combo leather jacket e
jeans detonado, como as mulheres da coleção outono/
inverno da Balmain. Os crucifixos com mood gótico
estão espalhados pelas araras, como se quisessem
espantar todo tipo de energia negativa e urucubaca! Me
encantei pelos brincos com pequenas cruzes, remetendo
à ideia de que podemos levar símbolos protetores até nas
orelhas! O máximo! Já os colares, pulseiras e maxibrincos
de referência étnica trazem um aglomerado de miçangas,
contas, franjas, patuás... simplesmente incríveis. Ao passo
que saí colocando todas as peças de forma desordenada,
uma em cima da outra, fui me sentindo uma daquelas
deusas africanas adeptas do pulseirismo, super coloridas
e genuinamente étnicas. Pra quem ainda não sabe como
usar os acessórios étnicos, fica a dica: o jeito mais cool
é aderindo ao high-low, isto é, misturar estas peças
(principalmente as com cordões em couro) com joias,
fica incrível e super moderno!
Juliana
da Fonte
3066-0297
@julianadafonte / julianadafonteacessorios
16 MAI/2014 •
As peças custam entre
R$50,00 e R$ 200,00
• MAI/2014 17
J á imaginou você ter uma loja cheia de novidades
e peças-desejo bem pertinho do seu trabalho?
Seria incrível, não é? A Bicot traduz ao pé da letra essa
experiência, visto que está localizada no conhecido
empresarial Albert Einstein na Ilha do Leite, tendo como
público-alvo principal as mulheres que trabalham por
perto. Sob o comando de Aubênia Loureiro, Graça e
Marina Aguiar. a Bicot é uma daquelas lojas que contam
com acervo de multimarcas especializadas no melhor
do fast-fashion e portanto, tem sempre em suas araras
t-shirt e peças que trazem a última tendência lançada
no mercado da moda. A loja abriu as portas em 11 de
junho de 2010, e desde então possui clientela fiel e sem
faixa etária definida, pois tanto adolescentes quanto
mulheres mais maduras conseguem encontrar o que
procuram na Bicot. E isto, segundo Graça, sem dúvidas,
é o grande diferencial da loja, que atende a mulheres
de várias idades e tamanhos. Diferente da maior parte
de lojas em empresariais que geralmente apostam em
roupas de trabalho, a Bicot faz exatamente o contrário,
traz modernidade, leveza e descontração para as suas
araras lotadas de t-shirts divertidas e vestidos estampados,
os quais, de cara, remeteram-me ao universo de Peter
Pilotto. Os shorts detonados em jeans com lavagens
modernas e calças em couro são alguns dos itens “tem-
que-ter” pro inverno ameno que temos em nossa região;
as clutches e acessórios descolados da loja também são
must-have! Várias foram as peças que gostei da loja, e que
certamente levaria para casa, mas duas me seduziram por
inteiro: a blusa com estampa artsy da bandeira do Brasil
(per-fei-ta para quem quer estar estilosa na Copa) e o
vestido com estampa gráfica que traz listras em p&b e
elementos florais. Simplesmente demais!
3034-6556
@lojabicot / bicotrecife
18 MAI/2014 •
Vestido
R$ 206,25
Clutch em metal
R$ 168,30
Blusa
R$ 99,00
Short
sintético com
malha
R$ 186,96
Conjunto - R$ 237,78
Vestido Blusa
R$ 189,00 R$ 115,00
MaxiColar Short
(sob consulta) R$ 189, 80
Acessórios
(sob consulta)
• MAI/2014 19
A o entrar no universo lúdico da Honey Pie, você se
sente em um daqueles bistrôs parisienses ou até
mesmo na Magnolia Bakery, em New York, e todos os
detalhes (do lustre ao espelho da loja) a surpreendem.
E foi exatamente este o clima que Laurinha Marinho,
proprietária e designer da marca, quis criar quando deu
vida à Honey Pie, nome de um grande sucesso dos
Beatles que serviu de inspiração para tal (torta de mel,
em português), cheio de doçura, surpresas e mimos. Ao
provar as peças, me senti uma verdadeira Waldorf, ou
até mesmo uma Hepburn, quase que instantaneamente.
Os brocados, as pérolas, os canutilhos milimetricamente
bordados nas tiaras e headbands fizeram com que eu
(totalmente adepta do visual militar e rocknroll) suspirasse
como uma amante do estilo Lady Like. Ao provar o colar
de pérolas de quase mil voltas (uma coisa de lindo!)
me senti uma privilegiada, pois conheço inúmeras
Waldorfianas (seguidoras do Blair Waldorf style!) que
“matariam” (to die for!!) para estar no meu lugar. Plumas
e mais plumas são encontradas nos acessórios de
cabeça, que mais parecem os “fascinators” usados pela
elite britânica e pelas bem-nascidas francesas de estilo
girlie. Além dessa gama de acessórios incríveis, Laurinha
tem se enveredado pelo universo das noivas, e tem
produzido verdadeiras obras de arte para as que estão
prestes a dizer o “sim”. Se a Honey Pie já é considerada
símbolo de delicadeza e bom gosto na produção de
acessórios casuais, imaginem na criação de peças tão
especiais e únicas para um casamento? Outra novidade
bacana é a parceria com a estilista Carolina Escobar, que,
adaptando-se ao mood da loja, traz para o público-alvo
vestidos rodados e rendados com ar vintage.
3269-2401 / 9711-4587
@honeypieacessorios / Honey – Pie – acessórios
20 MAI/2014 •
Colar – Franja R$ 85,00 Pulseiras
bordadas
Colar - Pérolas com R$ 58,00
lanha R$ 48,00
Colar – Pérolas
Bolsa – Atelier com voltas
Marinho R$ 65,00 R$ 108,00
Vestido
Carolina Escobar
R$ 275,00
Cinto
com pérolas
R$ 95,00
Headband Casquete
R$ 108,00 R$ 35,00
Pulseiras
R$ 48,00
• MAI/2014 21
Atol Por Manuella Asfora Russell
O
Boi e Brasa Churrascaria de Boa Viagem foi palco
para apresentação à sociedade Pernambucana da
primeira edição de nossa Revista Empório Paradigma,
que, graças a Deus, foi muito bem acolhida e prestigiada pelos
nossos leitores e colaboradores. A periódica de caráter consultivo
em temas plurais referentes à gestão empresarial, com um
viés jurídico, vem em sintonia com o expressivo crescimento
econômico que Pernambuco vivencia, um momento de pujança
e notável desenvolvimento oportuno para levar ao público
opiniões distintas. Cremos que este seja o papel de uma imprensa
limpa, na formação de opiniões alheias visando primeiramente
o bem-estar do leitor. Para me acompanhar na apresentação do
lançamento, convidei um querido amigo, Daniel Marinho, ator,
empresário e chef de cozinha. Tendo atuado em 11 novelas,
dentre elas, um bom tempo no seriado Malhação, da Rede
Globo, e em mais de 30 peças pelo país. O Dani mandou bem,
caiu no gosto da plateia e, em clima de descontração, deixamos ANFITRIÕES César Ongaratto
do Boi e Brasa Churrascaria Manuella Asfora Russell
o conceito do mais novo veículo de comunicação nas mãos de com Manuella Asfora Russell e Daniel Marinho
quem nos leu. Também contamos com ilustres personagens,
conhecidos e admirados, que prestigiaram o nosso “abre-
páginas”, dentre eles, os homenageados, Zé Maria Sultanum,
capa de nossa edição inaugural, Domingos Moreira, único
entrevistado da edição, a qual tivemos a honra de receber todos
os seus filhos e respectivos, e demais como nosso comendador
Braga Sá, o Presidente e o ex-Presidente da OAB – seccional de
Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves, o Procurador do
Estado Jayme Asfora Filho, o Deputado Estadual Daniel Coelho,
dentre outros nomes de reconhecido prestígio como Ubiracy
Silva, Beatriz Castro, Anete Cunha, Diego Jatobá e mais...
Zé Maria Sultanum, Manuella Asfora Russell
e Domingos Moreira dos Armazéns Coral
Prêmios EXCLUSIVOS foram sorteados, e a torcida era grande
dentre os possíveis ganhadores. O maior deles, quatro dias na
Pousada Zé Maria, no Arquipélago de Fernando de Noronha,
com tudo incluso, foi para Kamilla Du Montti e seu noivo
Hernandes Veras. Também sorteamos vale-compras nos
Armazéns Coral, diárias nos melhores resorts de nosso litoral
sul, almoços e jantares nos mais desejados bistrôs da cidade,
peças de roupa, acessórios e joias de nossas marcas parceiras.
22 MAI/2014 •
Com os olhos vidrados
Os advogados
André Berardo,
Paulo Vasconcellos,
Jorge Dantas Jr
e Bruno Pontes A jornalista Beatriz Castro
• MAI/2014 23
QUEM ESTEVE por lá
Cris Glasner e Roberto Villas Bôas Taciana e João Bravo Luciano Bushatsky e Paula Monteiro
24 MAI/2014 •
momentos
• MAI/2014 25
AMOR à PROFISSÃO
PARADIGMA.COM
A
Revista Empório Paradigma em parceria com a Nova Trupe dos
queridos Rafael Castro e Simone Monte expandiu seus horizontes,
lançou seu portal www.emporioparadigma.com.br em grande estilo
junto a este novo número. As novidades não acabam por ai, será
disponibilizado também o aplicativo de acesso à Revista através do
Play Store e Apple Store. Vale a pena conferir.
VOU DE TAX
A
pós a bem-sucedida franquia da marca gaúcha masculina Vulgo,
a empresária Paula Viana este ano brindou em alto estilo com a
nossa sociedade pernambucana 2 anos de sucesso de sua marca e loja
TAX, que agora também ganhou espaço na Zona Norte. Valendo bem
a pena conferir: Avenida Santos Dumont, n° 243, Aflitos. O arquiteto
e irmão da estilista, Diogo Viana, é quem assina o projeto de nova
roupagem.
26 MAI/2014 •
Foto: Lulu Pinheiro
NOVOS SABORES
DICA DE MAKE
Foto: Divulgação
P ara quem que está buscando um profissional gabaritado para
ministrar seus eventos corporativos ou formaturas, a Atol indica
o mestre de cerimônias Fábio Araújo. No mercado há mais de 5
anos, possui um perfil bem flexível nos eventos, podendo atuar de
forma bem séria ou descontraída (em caso de eventos jovens). Desde
pequeno tinha facilidade em comunicar-se com o público e, com isso,
facilitou também a trajetória como músico. Foi vocalista e fundador
da banda Jonny Bravo (pop-rock cover) e atualmente é o empresário
dela.
• MAI/2014 27
Foto: Arquivo Pessoal
MITOS DO MUNDO
C
onsiderado um dos mais importantes escritores da moderna
literatura brasileira, sendo um dos principais autores do
conhecido regionalista de 30, ao lado de Rachel de Queiroz, José Lins
do Rego, Jorge Amado, José Américo de Almeida e Graciliano Ramos,
Permínio Asfora teve o seu centenário de nascimento comemorado
no país através do Salão do Livro do Piauí (SALIPI) em junho do ano
passado. O autor, que é filho de imigrante árabe com mãe piauiense,
produziu oito romances, três dos quais premiados nacionalmente,
todos muito bem recebidos pela crítica especializada. Sapé, obra
inaugural do escritor piauiense de sangue árabe, foi interditado pelo
DIP no primeiro Governo de Getúlio Vargas. Contudo, sua carreira
literária não despencou e foi marcada por publicações de grande
sucesso como Noite Grande, Fogo Verde, Vento Nordeste, O Amigo
Lourenço, Bloqueio, O Eminente Senador e Confidências no Largo
da Segunda-Feira. Este último contou com a coautoria de seu filho, o
jornalista Lúcio Asfora.
VEIO DO ORIENTE
FAZER DIFERENTE
28 MAI/2014 •
Devido o cunho jurídico desta edição, as perguntas
e respostas da coluna Seu Direito dos Advogados
Ramiro Becker, Paulo Vasconcellos e Paulo Perazzo
serão publicadas em nossa próxima edição.
André Campos
Deputado Estadual
É
eis que surgiu uma Revista que uniu leveza, objetividade,
muito bom que o Recife tenha ganho uma revista modernidade e informação de forma surpreendente. E
deste nível, com matérias interessantes e lindas dessa forma passeando por diversos universos, inovou,
mostrando que pode ser possível equilibrar sabiamente
fotos. Realmente precisávamos de uma mente jovem economia, política, moda, turismo e gastronomia.
para uma revista atual. Se a primeira foi assim,
A leveza com que se apresenta visualmente, desenvolve
imaginem as próximas. em nós o desejo de degustá-la. Sim, degustá-la, com
calma, saboreando cada página, cada matéria. Posso
compará-la a um excelente livro, que ao mesmo tempo
Parabéns! que desejamos devorá-lo, lemos sem pressa, com pena
que chegue ao fim...
É uma Revista cíclica, que pode ser lida na íntegra sem ser
Mayssa Carneiro Leão cansativa, tem uma receita que agrada tanto a homens
Advogada / Chef de cozinha / Blogueira quanto a mulheres. Se fosse poesia, seria um soneto, tem
métrica, sonoridade, ritmo e temas envolventes. Não há
como ficar indiferente à sua presença. Nós precisávamos
de algo assim. Parabéns, Manuella, pela bela iniciativa,
estou na arquibancada vibrando pelo seu sucesso.
Saudações!
E m um almoço no Restaurante Boi e Brasa tive acesso
ao Exemplar No.1 da Revista Empório Paradigma,
e está de parabéns a querida amiga Manuella Asfora
Russell, pois o projeto gráfico, visual, as seções editorias,
tudo excelente e de bom gosto, além de ser uma leitura
Petrus Mendonça prazerosa demais. Parabéns a todos da Revista.
Presidente do Creci - PE
André Luiz B. Canuto
Advogado
• MAI/2014 29
30 MAI/2014 •
Entrevista Marina Elali
• MAI/2014 31
ARMAZÉM CORAL É
ECONOMIA, QUALIDADE E
COMODIDADE PARA VOCÊ
E TODA SUA FAMÍLIA.
Pensando no melhor para você, o Armazém Coral está
sempre se modernizando. Hoje, a rede conta com 20 lojas
distribuídas pela Região Metropolitana do Recife. Cada uma
delas levando mais conforto e comodidade para os clientes.
Assim, você economiza em tudo, menos no sorriso.
32 MAI/2014 •
• MAI/2014 33
Entrevista Marina Elali
a gente conseguiu alcançar nosso objetivo, que é levar a musica de Gonzaga pra de toda influência que eu tenho da música dele. E o que eu mais
outros públicos e pra outras gerações. Recentemente, a gente fez “Vem morena” com aprendi com a obra dele é que a boa música nunca morre! E
um arranjo completamente diferente. Já vi muitas crianças cantando, recebi vídeos de meu avô me ensinou isso, mesmo ele não estando aqui. Porque
crianças.Talvez são pessoas que não iriam se interessar tanto pela música de Gonzagão você pega uma música como “Xote das Meninas”, que vai ser
e agora vão se interessar... Porque está de uma forma nova, diferente. E quando a um clássico da música brasileira pra sempre. Tem uma letra boa,
gente gravou fazia 50 anos da morte do meu avô. Muito tempo já passou. Precisava uma música que tem um ritmo bom, tem um refrão bonito e uma
mesmo alguém ter essa ousadia, essa coragem de fazer um pouco diferente. E eu fiz. letra inteligente. Onde ele mistura; tem o lado da menina, com a
Fiquei super satisfeita com o trabalho. Estou muito realizada, muito feliz.Muito orgulho medicina, que era outra paixão dele e ele coloca a música com
de ter esse projeto, que era um sonho muito antigo, um sonho de criança. Porque na a medicina, as duas paixões juntas ali, ele era médico... Então,
minha infância eu já entendi a importância do meu avô Zé Dantas dentro da música é encantador, sabe? Procuro seguir esse exemplo dele, sempre
brasileira e entendi essa amizade bonita que existia entre ele e Gonzagão, essa parceria pensando que a boa música não morre e que vale a pena a gente
bonita... E eu sonhava muito de poder parar tudo e fazer uma homenagem a ele. E sempre fazer o melhor possível... Pela arte!
graças a Deus e a muitas pessoas que se envolveram no projeto, que ajudaram de
forma muito positiva, a gente conseguiu realizar essa superprodução, que aconteceu
no Recife. E eu acho que não tinha lugar melhor no mundo pra criar esse DVD do que EP - A música brasileira sofreu uma grande perda com a morte
Recife! Porque tem tudo a ver, os dois são pernambucanos, o público conhece tudo, de Dominguinhos. O que você pode falar sobre ele?
eu também recebi o título de Cidadã do Recife e fui receber de coração... Amo o Sport,
passei muitos momentos felizes da minha vida em Recife, de infância e adolescente.
Enfim, tou muito feliz, muito realizada... As coisas fluíram da melhor forma possível...
Acho que, no fundo, no fundo Gonzagão e meu avô estavam me iluminando o tempo ME - No dia que fiquei sabendo fiquei muito triste...
inteiro neste projeto. Um projeto feito com muita fé, com muito entusiasmo, com muita Profundamente triste. Porque eu conheci Dominguinhos há 15
paixão mesmo a música deles dois. anos e a gente se tornou amigo. Dominguinhos participou do
meu primeiro disco, do segundo e do primeiro DVD. E o único
projeto que ele não participou foi esse DVD
agora. Eu o convidei e ele falou que na data
EP - Você temeu críticas dos mais não ia ter como, pois estava em São Paulo e
tradicionalistas por ter dado ao forró de não ia conseguir chegar ao Recife. E eu falei
Gonzagão, tão marcado pelo estilo “pé de “Procuro seguir pra ele que a gente ia fazer um vídeo, alguma
serra” e regional, uma cara tão “pop” no coisa que ele não iria ficar de fora desse
DVD? esse exemplo dele projeto. Ele era um homem incrível, todo
mundo que teve a oportunidade de conhecer
(Zé Dantas), sempre sabe que ele foi um grande homem, uma
ME – Olha, no início eu tive medo porque pessoa muito calma, que transmitia uma paz
sabia que tava trabalhando com um pensando que a boa muito grande. Um grande artista, um grande
repertório muito tradicional. Mas eu sou músico, uma pessoa do bem, querida...
artista no real sentido da palavra. Eu sou música não morre e Aquela pessoa que a gente ficava feliz de
uma pessoa livre, ousada, como eu acho que encontrar... E sempre me ajudou, sempre
todo artista verdadeiro tem que ser. E ai eu que vale a pena a gente cantei com ele, sempre tocou comigo. Um
pegar uma música e simplesmente copiar grande amigo e uma perda muito grande
um arranjo que Gonzagão fez 50 anos atrás, sempre fazer o melhor para nossa música. Agora o bom é que ele
artisticamente isso não tem tanto valor. Então deixou uma história bonita, deixou uma filha
utilizei mesmo da minha criatividade e fiquei possível... Pela arte!” também que é artista. E o interessante é isso:
muito feliz. E depois que eu criei coragem o artista vai, mas a arte que ele deixou fica.
de fazer um trabalho diferente com essas E tenho certeza que Dominguinhos cumpriu
músicas, aí não liguei mais não, porque eu a missão dele. Deixou muitas coisas bonitas
acho que o artista tem que seguir a intuição dele e fazer o trabalho com amor. E se pra gente. Músicas bonitas, mensagens de vida... Um homem
importar com quem vai gostar. Sempre vai ter alguma pessoa que não vai gostar, algum muito bom. Um amigo muito querido.
crítico que vai falar que não gostou... Mas eu acho que é importante o artista fazer a
verdade dele. E eu segui a minha intuição o tempo inteiro no projeto, com verdade,
paixão, com muito respeito à música deles dois e o resultado tá aí. Tá vendendo, tá EP - O cover de “One Last Cry” de Brian Mcknight (2006), que
fazendo sucesso, foi o especial ao ar na Globo Nordeste. E em outras emissoras da virou tema da novela Páginas da Vida, até hoje é lembrado
Globo também eles transmitiram o especial. Tive a presença dos maiores artistas deste como o sucesso que a lançou musicalmente pro Brasil,
Brasil, um time maravilhoso. Então, quem não gostar... (risos). embora você já tivesse tido música na novela América e uma
experiência como semifinalista do programa“Fama” da Rede
Globo em 2004. O que mudou musicalmente na Marina Elali
EP - Quais as influências musicais que o seu avô, Zé Dantas, trouxe na sua carreira? daquela época para cá?
ME – Ah, foi muito grande! Cresci ouvindo as músicas dele, de Gonzagão... Na escola, ME - Ah, muita coisa! Quando eu comecei era uma menina...
quando chegava a época de São João, ia dançar quadrilha e tocavam as músicas deles Agora sou mulher! (risos). Se bem que... No fundo, no fundo eu
e de Gonzagão... Eu comecei a cantar no coral da escola quando tinha sete anos e aí tenho uma alma de criança, tenho jeito de criança... Acho que vou
já cantava músicas de meu avô neste coral. Ele me influenciou muito! E o interessante ser sempre uma menina. Mas muita coisa mudou. Eu amadureci
é que eu descobri na minha adolescência que eu também sou compositora, não muito como pessoa, artisticamente também. Eu sou apaixonada
sabia até então que eu tinha este dom. Acho que foi influência dele, veio no sangue por aquela gravação, canto aquela música em todos os meus
mesmo. E eu tenho muito orgulho, desde novinha quando comecei a fazer shows, shows... Foi a música que me colocou mesmo no cenário da
sempre quis fazer homenagens a ele, sempre gravei música do meu avô. E sempre do música brasileira, inclusive internacional, tocou muito na Europa,
meu jeito, fazendo uma homenagem mesmo. Até porque meu avô fazia determinado nos Estados Unidos... Vários DJs chegaram a fazer versões “remix”
estilo, eu faço outro... Cada pessoa de um jeito, mas ele me influenciou muito. É dessa música, que foi lançada nos Estados Unidos e na Europa.
uma pena que eu não tenha conhecido ele, queria muito ter conhecido meu avô. Então foi uma experiência incrível. Graças a essa música ganhei
Mas de alguma forma a gente tá ligado. Porque é muito forte, esse projeto todo não meu primeiro Disco de Ouro, fui no Faustão pela primeira vez...
tive dificuldade, as coisas aconteciam... Davam alguns problemas assim, durante o Foi quando as portas se abriram. Foi uma fase maravilhosa, sou
processo. Na gravação foi tudo perfeito. Tinha uma força lá de dentro... Que me fazia muito grata a todo mundo que me ajudou, fico muito feliz com
continuar, seguir em frente. Não sei... Tem uma ligação espiritual com meu avô aí, além as coisas que ela me proporcionou. Fui lançar meu disco em
Entrevista Marina Elali
Portugal... Foi muito bacana. Depois veio isso normal, o amadurecimento artístico, bacana que no Brasil tenha cada vez mais programas de talentos,
pessoal, que acontece com o tempo mesmo. E bacana ter falado sobre isso porque porque muita gente é descoberta nestes programas. É uma forma
quando eu sonhava em fazer um disco em homenagem a meu avô e a Gonzagão de você divulgar o talento, divulgar o trabalho daquela pessoa.
eu sempre pensava: “Meu Deus, eu não canto forró. Como é que eu vou fazer esse Acho que é super válido participar destes programas. Participar
projeto? Eu quero fazer uma homenagem para os dois”. E aconteceu na hora certa, de forma sadia, sem muita competição. Vai ali e mostra o que é
sabe? Coincidiu com o momento do Centenário (de nascimento de Luiz Gonzaga) seu trabalho e pronto. Até porque ganhar ou não ganhar nunca
e num momento meu muito mais maduro como artista, como mulher... Então foi foi a coisa mais importante. O principal de um programa de
bacana, porque tive essa coragem de fazer um projeto ousado, um projeto diferente, música é você mostrar o trabalho pro Brasil todo. Ganhar ou não
mas respeitando as tradições. Aconteceu num momento certo. ganhar, a gente sabe que isso aí não muda nada.Eu tou aí graças
a Deus, gente também que fez sucesso e não ganhou, que foi
pro paredão, enfim...
EP - Ter sido aluna da Berklee College of Music, uma das mais conceituadas escolas
de música do mundo, foi uma vantagem para você na época do programa?
EP - Fora dos palcos, o que você não abre mão de ouvir? Quais
são seus ídolos na música?
ME - Na verdade o que aconteceu foi o seguinte: Eu tinha desde criança uma vontade
de morar fora do Brasil. Para aprender uma outra língua, pra ter a experiência de
viver numa cultura completamente diferente ME - Pra ouvir eu sou muito eclética, porque eu nasci no
da minha. Aí eu fui para Berklee e eu ia Nordeste, moro no Rio de Janeiro... Meu pai é
ficar só um tempo pra fazer um período, estrangeiro, é árabe. Eu morei fora um tempo,
aprender alguma coisa, um pouco de inglês... meu namorado é gringo (risos)... Na época
Quando eu cheguei lá, comecei a aprender que eu estudei na faculdade, tinha amigos
tanto, tão rapidamente absorver a cultura, a de todos os lugares que você possa imaginar.
música, aprender a cantar melhor, a tocar. “O trabalho que eu me Do Japão a Colômbia. Então eu sou muito
Foi quando descobri que era compositora. proponho a fazer, que eclética. Gosto de música boa. Sempre gostei
Foi uma explosão de conhecimento, de muito de música clássica. Adoro musica Pop
mudanças. Aí resolvi ficar e cheguei a é um trabalho mais internacional. Adoro ouvir tudo. Escuto forró,
concluir a faculdade. Hoje sou formada em MPB, escuto Pop. Acho que cada música tem
música, em canto. E isso pra minha vida Pop, ele exige que eu o seu momento. Agora eu estou numa fase
artística foi maravilhoso, pra minha vida de ouvir mais as minhas próprias músicas,
pessoal também, pela experiência, porque eu cante, que eu dance, porque estou me programando pra gravar
tinha 17 anos quando fui morar sozinha nos que eu interprete, que meu próximo disco de estúdio, que vai ser
Estados Unidos, não conhecia ninguém, não bem autoral. Eu estou numa fase bem “Marina
falava inglês, era uma menina mesmo... Foi eu troque de roupa... Elali”, porque estou ouvindo as minhas
muito bacana e me ajuda até hoje na minha próprias composições! (risos).
vida. Pelo conhecimento musical e pela É quase uma atriz em
experiência mesmo. Por exemplo, quando
eu entrei no “Fama” era um reality show, cima do palco, né? Eu
EP - Hoje os artistas, com o advento das
meio BBB. E eu fiquei naquela mesma casa,
com câmera, com tudo. Só que na faculdade
mudo de personagem redes sociais e da internet, são cobrados a
ter uma interação maior com seu público
eu já tinha dividido quarto, apartamento... E no show várias vezes. e, consequentemente, ficam mais expostos
isso aconteceu no “Fama”. A gente dividia às criticas do seu trabalho. Como você lida
quarto com os outros participantes. E eu Tem a hora da poderosa com isso?
não tive dificuldade nenhuma em relação a
isso, porque já tive essa experiência. Já tinha e a da sofrida.”
conhecimento bastante pra ter coragem e
cantar na televisão ao vivo, na frente de todo ME – Eu acho maravilhoso. Porque é uma
mundo. Foi muito bacana. Em relação ao forma de me comunicar diretamente com
programa, eu tive muito medo de entrar no meus fãs em tempo real. Eu gosto. Tenho
início. Porque quando eu entrei já tava com o disco quase pronto. E já tinha um todas as redes sociais. Eu acho que é interessante e você dar
contato na Som Livre, o contrato quase assinado. Aí deixei tudo e fui pro programa e o limite. Você posta o que você quiser. Você responde a quem
graças a Deus foi uma experiência muito positiva. Porque a gente sabe que é muito você quer, você escreve o que você quer. Acho que vai de cada
arriscado participar de um reality. No meu caso só me trouxe coisas boas. Tenho fãs um. E acho que também é importante saber que tem gente
até hoje que me seguem desde a época do programa, que torciam por mim... Foi uma que não tem respeito. Não preciso dar cabimento a quem não
experiência maravilhosa. E com certeza a experiência que eu tinha de fazer shows em tem. Eu respeito cada um, aí vai de cada um mesmo. Graças a
Natal, já ter feito uma faculdade de música... Eu estava mais preparada. Se bem que Deus em relação a isso o que eu mais recebo é carinho mesmo
eu não tinha experiência nenhuma com televisão ao vivo, muito menos na Globo dessas pessoas. Por isso que eu gosto e é uma coisa que eu
nacional. Me dava um nervoso! Eu lembro que no primeiro programa, meu Deus! O faço. Eu posto direto fotos. Acho bacana porque nunca houve
olho arregalava, a mão tremendo... Mas depois me acostumei, foi muito bom e foi o nada sério em relação às minhas redes, de desrespeito... Sempre
que eu mais aprendi. Hoje em dia eu e a câmera, a gente se entende super bem! (risos) que escrevem é uma coisa carinhosa. Continua positivo. Se algum
momento me incomodar eu acabo com isso e não faço mais. Mas
nunca aconteceu não.
EP - Ainda falando do “Fama”, hoje muitos programas dessa linha fazem sucesso
no Brasil e no mundo. Qual o conselho que você daria para alguém que um dia
deseje participar de um programa nesse estilo? EP - Como uma cantora que trabalha com uma faixa etária
de público jovem, como você viu a participação dos jovens
nos protestos sociais no Brasil? Você se engajaria em alguma
manifestação?
ME – Eu acho que quem tem vontade de ingressar no mundo musical, acho que é
uma grande oportunidade de mostrar o trabalho. Estes programas são muito bacanas.
Fiquei de jurada no programa do Raul Gil por um tempo, no quadro “Mulheres que
Brilham”. Fiquei quatro meses e foi uma experiência ótima estar do outro lado, como ME – Olha, eu acho que é importante, porque a gente não
jurada. Acho super importante, incentivo muito as pessoas que elas participem. Acho pode ser hipócrita. A gente sabe que a situação do nosso país
é lamentável. Em relação a vários assuntos, que a gente não
• MAI/2014 35
Entrevista Marina Elali
precisa ficar entrando aqui. Como educação, saúde... enfim. Eu acho que é valido sim a hora da poderosa e a da sofrida (risos). Então eu já me realizo
a gente fazer manifestação, tem muita gente, até muito mais jovem do que eu, que se muito no palco.
engajou, que foi pra rua... Eu sou muito contra o vandalismo, porque muitos protestos
se transformaram em outra coisa. Acho que não adianta nada o vandalismo, porque
a gente tá perdendo a razão quando tá fazendo isso. Violência, vandalismo não leva EP - Conte um pouco sobre suas origens árabes. O que a
a nada. Os jovens acordaram e disseram: “Peraí, a gente quer um país melhor!”. Eu influencia no dia a dia?
acho bacana. Sem vandalismo eu acho bacana. Acho que tem que ser ouvido, a gente
tem que reclamar mesmo. Porque a gente merece ter num país melhor. A gente mora
num país muito rico culturalmente, cheio de matéria-prima maravilhosa... Um clima
maravilhoso, um povo muito feliz, trabalhador. Acho que a gente tem que reclamar ME – O meu pai nasceu na Palestina, veio pro Brasil. Inclusive
mesmo e tentar melhorar cada vez mais o nosso Brasil. ele veio pra Recife direto. Ele tinha 13 anos. Conheceu minha
mãe que morava em Recife e casaram. Quase nasci em Recife!
E aí quando eles foram morar em Natal, eu nasci em Natal.
Mas, assim, guardo muita coisa da cultura... Tenho muitos traços
EP - Além do talento reconhecido como cantora, você também é muito lembrada árabes, apesar da minha mãe ser brasileira. Acho que meu rosto
pela beleza. Existe algum cuidado especial com sua forma que você não abre mão é mais árabe que tudo. Eu adoro maquiagem, que é outra marca
de ter no dia a dia? registrada. A coisa do cabelo preto que eu uso até hoje, o cabelo
mesmo de árabe, né? Essa coisa do cabelão, do olhão preto, isso
é muito árabe. Eu gosto muito de brilho, que também árabe gosta
ME – Eu tenho vários cuidados, mas coloco em primeiro lugar a minha saúde. Acho muito de brilho,eu uso muito no palco. E sou apaixonada pela
que depois o resto é consequência. Você se alimenta bem vai ficar com o corpo bonito, dança do ventre, que eu danço nos meus shows também. Sou
pele bonita, cabelo bonito... Vai ficar feliz com a saúde mental. A gente colocando a apaixonada pela dança e pela música árabe. Sempre nos meus
saúde em primeiro lugar o resto é consequência. Pelos cuidados que tenho com a trabalhos coloco alguma influência. Engraçado que neste projeto
voz, já me ajudam muito. Por exemplo, eu em homenagem a Gonzagão e meu avô eu
não bebo, eu não fumo... Não vou muito coloco algumas coisinhas ali da dança árabe,
pra noitada, não como muita coisa que faz da música árabe também. Amo a comida,
mal pra saúde, termina que também não “Uma das maiores gosto da música, gosto de tudo! Não tem
engorda... Mas eu boto a saúde na frente. E como não gostar. 50% de mim é árabe.
claro que eu confesso que eu sou vaidosa. Eu
sou apaixonada por maquiagem... Sou aquela
emoções da minha vida
mulher vaidosa. Mas com limites também, foi receber o título de EP - Você atualmente mora no Rio de
sabe? Acho que hoje em dia tem muitas Janeiro, mas é potiguar e com raízes
mulheres que sofrem muito pela beleza e em “Cidadã do Recife”, também pernambucanas. Qual a relação de
busca de uma perfeição que não existe. Acho Marina Elali com Pernambuco?
que a gente tem que se cobrar menos, pra porque sempre tive
gente ser mais feliz. É a gente saber valorizar os
pontos fortes. Se eu tenho o olho que é mais uma paixão muito ME - Moro no Rio já faz 10 anos. Depois
bonito, vamos valorizar. Se é o cabelo... Cada
mulher tem que encontrar seu ponto forte. E grande... eu queria ser que me formei na faculdade vim morar no
Rio de Janeiro. E eu sou apaixonada pelo
valorizar isso e ficar feliz, agradecer a Deus,
tem que comer bem, fazer um exerciciozinho, Recifense. E agora eu Nordeste, que é meu lugar e apaixonada por
pra ficar com um corpo bonito, ficar feliz. Mas Pernambuco. Fui muito a Recife quando era
sem neuras, sem exageros, sem sofrimentos. sou!” criança, adolescente... Vou até hoje porque
Nada de dietas malucas. minha avó mora lá. Minha tia que já faleceu
era de lá, então ia visitar meus primos. Sempre
fui ver minhas tias, as irmãs da minha avó,
todo mundo... E minha vida foi muito dividida entre Natal e
EP - Em termos de futuro, quais são os projetos profissionais de Marina Elali? Recife, porque a gente ia quase todo final de semana para
Recife. Até eu brinco que quando eu era criança, não tinha nem
shopping em Natal, então eu ia pro shopping de Recife fazer
ME - Olha, lancei o DVD, passamos pelo processo todo de divulgação, a gente tá compras (risos). Eu adoro, tenho uma paixão muito grande. E
fazendo muita TV, rádio, shows, sessões de autógrafos... Agora tou organizando uma das maiores emoções da minha vida foi receber o título
minhas composições, tou compondo bastante para muito breve entrar em estúdio e de “Cidadã do Recife”, porque sempre tive uma paixão muito
finalizar um disco de estúdio, que já não lanço faz um tempinho. Esse disco comecei grande... eu queria ser recifense, e agora eu sou! (risos). A família
a produzir em Miami e já tou com várias músicas pré-produzidas, quase prontas. E na toda com aquela paixão pelo Sport, meu pai torce pro Sport, eu
hora que eu tiver pronta pra lançar, acho que este ano devo estar com um disco novo também torço pro Sport.
nas lojas, aí vai ser um disco inédito, super autoral e é um disco que vem bem Pop,
seguindo essa linha que eu gosto, do Pop, com influências internacionais... Essa coisa
bem viva que é a minha marquinha registrada (risos). EP - Defina “Marina Elali por Marina Elali”?
EP - Voltar à carreira de atriz está ainda em seus planos ou é um projeto ME – Uma pessoa apaixonada pela vida, que vive intensamente
definitivamente descartado? cada momento com muita alegria. Com muita fé, muito
determinada, que valoriza as coisas simples da vida... A família,
a natureza e os momentos. Eu gosto de ser feliz, eu procuro
ME - Olha, na verdade eu fiz teatro na minha adolescência e gostava do teatro. Mas a ser feliz. Eu amo o que eu faço. Só quero plantar o bem nesse
música sempre foi a minha grande paixão. Eu fiz uma participação na Globo, numa mundo, pra quando eu for embora saber que eu fiz o melhor
minissérie, me convidaram, foi bacana e tudo. Mas, assim, se me convidarem pra fazer que eu pude aqui. E que eu fiz o melhor trabalho como artista
alguma coisa, claro que vou pensar com carinho, vou ver se eu tenho condições de também, que eu deixei alguma coisa boa nesse mundo.
fazer, se o papel combina comigo. Mas eu não tenho nenhuma pretensão de ser atriz
ou me tornar atriz. A carreira de cantora já me consome e já me faz muito feliz! (risos).
Até porque o trabalho que eu me proponho a fazer, que é um trabalho mais Pop, ele
exige que eu cante, que eu dance, que eu interprete, que eu troque de roupa... É quase
uma atriz em cima do palco, né? Eu mudo de personagem no show várias vezes. Tem
• MAI/2014 37
arquipÉlago
38 MAI/2014 •
de Sabores
40 MAI/2014 •
de Boa Viagem, que antes de saírem para a “noitada” faziam uma parada
obrigatória no Ilha da Kosta. Percebendo isso, os irmãos saiam divulgando SEGREDOS DAS ILHAS
o restaurante através de panfletos distribuídos nas boates e casas de show
de Recife, destacando que a casa ficava aberta até o início da manhã, para Muitos clientes já devem ter feito essa pergunta:
também pegar o público que chegava das festas espalhadas pela cidade e que Por que o famoso “Parmê” servido no Ilha da Kosta
é tão saboroso e requisitado até hoje por quem
não dispensavam o suculento parmegiana, ou simplesmente parmê (prato
frequenta o local? Apuramos e descobrimos que
considerado o carro-chefe do restaurante) para matar a fome. “As pessoas o segredo pode estar na composição do molho,
podem não me conhecer, mas quando falam do Ilha da Kosta logo lembram já que ele é feito pelo mesmo cozinheiro desde o
do parmê”, conta Severino. Outros tamanhos de parmegiana também foram começo do grupo. “Não é um molho de tomate
criados com o tempo para se adaptar as necessidades do cliente. Rapidamente, comum, Pomodoro, é um molho diferente”, nos
os pais dos filhos que frequentavam o Ilha da Kosta naquela época também explica Bill. Outro prato bastante conhecido do
passaram a frequentar a casa, o que ajudou a fidelizar ainda mais o público grupo é a moqueca servida no Ilha dos Navegantes,
bastante elogiada pelos clientes da casa. Neste caso,
em Boa Viagem. Clientela esta que em certos casos já chega à terceira geração ele revela que o segredinho está na boa escolha dos
hoje em dia. tomates que vão para o molho. Ele lembra que os
tomates precisam estar bem maduros. “Não podem
Com a saída de Erasmo da sociedade após dois anos, os irmãos não desistiram ser aqueles usados em saladas. Mesmo que não
e continuaram à frente do empreendimento. Logo surgia o Costa do Mar, a sejam grandes. Além de que, quanto mais tempo a
primeira filial do Grupo Ilha. O nome acabou não pegando e rapidamente foi moqueca ficar cozinhando, melhor”.
alterado para Ilha da Kosta II. O cardápio era basicamente o mesmo do Ilha
da Kosta, com exceção de alguns tipos de carne na brasa que eram servidos
e logo foram retirados por conta da fumaça excessiva no local. O movimento
da nova casa não evoluiu satisfatoriamente por alguns anos. Até que, no
começo dos anos 90, chega ao Brasil o conceito dos restaurantes que vendem
comida por peso, também chamados de “self service”. Percebendo uma
boa oportunidade de alavancar os negócios, os irmãos decidem introduzir
o serviço nos dois restaurantes do Grupo Ilha. Tacada certeira. Por pouco,
não foram os pioneiros no Recife, mas foram os que mais obtiveram sucesso
na época. O serviço de “comida por peso” oferecia ao cliente a rapidez e
a liberdade de escolha, tanto do alimento quanto da quantidade desejada.
Para os restaurantes, a vantagem do baixo custo de implantação, a maior
eficiência decorrente do preparo dos alimentos em grandes quantidades e
a capacidade de servir mais clientes ao mesmo tempo através do sistema
delivery (entrega em casa), que também passou a ser oferecido pelo Ilha da
Kosta II. Rapidamente a casa se tornou um referencial deste serviço no Recife.
Com uma média de 400 refeições vendidas ao dia, que nos fins de semana
chegavam facilmente as 800. O recorde foi de 981 almoços vendidos em
um único dia. O grupo enfim dava o seu grande salto de crescimento e se
preparava para ampliar seus horizontes de atuação.
• MAI/2014 41
Em 1998 a área do Ilha da Kosta II foi expandida, onde
um novo estacionamento foi criado e o grupo trazia
a sua clientela uma nova opção: o Ilha do Guaiamum,
para atender o público que gostava de frutos do mar e
especialmente o guaiamum. A casa rapidamente caiu no
gosto e assim se mantém até hoje como uma das mais
conhecidas na cidade. Sempre buscando ampliar sua gama
de serviços oferecidos, o Grupo Ilha mostrava uma de
suas características particulares: a de sempre buscar novos
clientes com diversificadas ofertas de cardápio: “Buscamos
sempre novos clientes. O cliente vai numa casa, vai de
novo e depois não vai mais. Aí você precisa reformar o
espaço para atrair o cliente a ir novamente”, conta Bill.
42 MAI/2014 •
Coube ao renomado arquiteto Pedro Mota desenvolver a
planta da casa, com duas características bem marcantes:
A grande presença de madeira no ambiente e a posição
estratégica do estabelecimento em 180 graus, dando um
charme especial a casa, que rapidamente teve grande
aceitação do público de Boa Viagem, se tornando até um
programa dos fins de semana dos jovens do bairro.
• MAI/2014 43
das casas existentes, o que passará por repaginação como,
por exemplo, no Ilha da Kosta I, a matriz do grupo. Para
2015 em diante, existem novos planos de ampliação
da operação, como a reativação do projeto da filial da
Conselheiro Aguiar, que ficou na gaveta após a criação do
Ilha dos Navegantes, além da possibilidade da instalação
da primeira filial na Zona Norte do Recife.
44 MAI/2014 •
outro dia, precisa ser agora para que não volte a acontecer
de novo”, reforça. Além de prezar pela honestidade, tanto
com o cliente como com seus funcionários e fornecedores.
Em todos estes anos de estrada, Zé Inácio e Severino
sempre defenderam suas origens e mantiveram a mesma
humildade e respeito ao público dos tempos em que
começaram a trabalhar na capital. Sempre atentos às criticas
construtivas, pois estas são essenciais para a melhoria de
qualquer serviço. Afinal, Confúncio dizia que “a humildade
é a base sólida de todas as virtudes”. Base esta que tem
fomentado a trajetória vitoriosa do Grupo Ilha nestes 31
anos de atividades.
Ilhota à vista
ILHA CAMARÕES
Nasceu mais uma ilha no Arquipélago,
voltada aos adeptos dos frutos do mar.
O Ilha Camarões esta situado no mesmo
local onde funcionava o Ilha Burger.
Com uma ampla varanda em que cabem
aproximadamente 170 pessoas e ambiente
climatizado, a ilha também tem opções
diferenciadas no seu cardápio, como
petiscos, sushi, dentre outros pratos.
Sua bandeira foi estiada no último dia
09/04 e pretende, a exemplo dos outros
empreendimentos do grupo, superar as
expectativas.
• MAI/2014 45
Quem sabe,
sabe...
Por: Daniella Cantarelli e Priscila Borba
contato@criativaseventos.com
46 MAI/2014 •
Iluminando momentos especiais
• MAI/2014 47
Sabe qual é o melhor
nome para registrar seu
evento ou casamento?
48 MAI/2014 •
gleysomramos@yahoo.com.br
facebook.com/gleysomramos
Fones: (81) 8821.9812 / 9819.9782
9199.8992 / 8233.3050
• MAI/2014 49
Decore com flores Fotos: Álvaro Di Paula
C
olocar flores pela casa ajuda na
hora de renovar a decoração dos
ambientes, os espaços ficam mais
alegres e cheios de vida. É possível criar
arranjos em diversos lugares, qualquer peça
pode servir como vaso. Até mesmo uma
simples flor em cima de um guardanapo já
dá um toque especial e delicado na mesa de
jantar. Use e abuse dessas sugestões e deixe
sua casa mais alegre.
ANTES DEPOIS
50 MAI/2014 •
No primeiro apartamento optamos pelas conferindo um charme a decoração. O
cores vermelho e verde, usamos astromélias. móvel projetado para servir de aparador e
Na sala de estar três vasos em alturas e mesa lateral para o sofá serve de Buffet na
hora de receber mais convidados em sua
tamanhos diferentes dão cor e movimento ao casa. As peças em palha e a louça colorida
móvel branco do home-theater. E na hora de fazem uma bela composição junto aos lírios
receber por que não abusar da criatividade? laranja.
A mesa posta para quatro pessoas ganhou
ANTES DEPOIS
um toque especial com astromélias, flor de
colônia, e filodemo dentro de bules de chá.
ANTES DEPOIS
Dicas da Ju
1. Recicle! Colocar flores em latas
de leite ou azeite é uma solução
divertida e original.
52 MAI/2014 •
• MAI/2014 53
Recife in Rio
Na Claquete
Hoje vou contar a história de José Cláudio Matias, 51 anos, nascido em Sergipe, criado
no Rio, com um dos requisitos mais valiosos que um empresário de sucesso deve ter na
vida, para aproveitá-la inteira. Mas vamos do início, lá atrás na sua infância, quando ele
sonhava em ser advogado, depois de ver os seus avós sendo atendidos por um muito
bem sucedido, na sua cidade natal. Ele ficou impressionado, o advogado tinha um
lindo carro preto, com aros que refletiam todo brilho do sol, e seu terno todo ajustado
ao corpo, José Cláudio não sabia que uma roupa podia acertar tão bem as medidas de
uma pessoa, e desde então ser igual aquele homem foi a sua meta de vida... Mal sabia
ele aonde chegaria.
Alguns anos depois seus avós faleceram, e sua mãe decidiu vender tudo e tentar a sorte
na cidade maravilhosa, e vieram, ele tinha 10 anos. Chegando no Rio, foi trabalhar em
uma pequena loja de marcenaria, onde conseguiu o emprego de lixador. Trabalhou
por três anos lixando cadeiras, juntou algum dinheiro e investiu em um pequeno
negócio de balões de gás, onde ele comprava gás e bexigas para vender em praças e
eventos. Não ganhava muito, apenas um pouco mais que no seu antigo emprego. E
então com 15 anos foi trabalhar em uma fábrica de sandálias, e percebendo que com
o pouco que lhe sobrava a sua faculdade de direito estava muito longe de acontecer,
começou apensar em um plano B. Na fábrica de sandálias ele entrou como prensador,
que tinha o menor salário, mas logo passou para lixador, que tinha o maior salário.
“Quando você entrar em algum negócio, qualquer negócio,nunca se deixe ficar
por baixo, tente sempre crescer, pode ser em qualquer negócio. Nesse momento
eu vi que tinha que ser assim.” Já com 17 anos foi trabalhar em um mercado como
ajudante de quitanda, mas com sua filosofia no mesmo ano já era gerente de salgados.
54 MAI/2014 •
Trabalhou e estudou, terminou o 2º grau e no ano seguinte foi para o quartel, ficou
um ano e não encontrou vocação para a carreira militar, então deu baixa e foi trabalhar
como ajudante de encanador, prestava serviço para a Petrobras. Os anos aqui no
papel passam rápido, mas na vida são uma eternidade, e nesse caminho a sua pouca
idade lhe traiu, fez com que ele se distraísse do seu objetivo, e levasse a vida como a
maioria das pessoas leva, sem pensar num amanhã melhor. Até que no seu setor de
trabalho recebeu a visita dos executivos da Petrobras, engravatados, com belos relógios
e posição, e ele ali sujo fazendo o serviço pesado, então se deu conta da burrice que
estava cometendo deixando o tempo passar. Saiu e foi trabalhar na plataforma, onde
o salário era maior, onde ele poderia juntar dinheiro para fazer a sua faculdade. A
partir daí ficou embarcado 15 dias do mês na plataforma, todo mês, durante dois
anos, e depois foi trabalhar na indústria, montagem de tanque, ajudante de caldeireiro,
soldador, e assim por alguns anos, ganhando o máximo que podia, poupando($) tudo
que havia. Sempre muito dedicado,foi convidado para trabalhar em uma fábrica de
peças para navios, que pagava muito bem na época, e nesse trabalho viajou por quase
todo o país.
Já com 28 anos, e com bastante dinheiro guardado, voltou para o Rio, para consumar
seu sonho de ser advogado, e nesse caminho conheceu a sua primeira esposa, se
casou, comprou uma boa casa e se preparou para a faculdade de direito, mas foi
então que entrou o presidente Collor, que com seu governo faliu muitas empresas
e indústrias, inclusive a que ele trabalhava, e ele ficou desempregado pela primeira
vez, teve que usar seu dinheiro da faculdade para custear as despesas domésticas,
dizendo assim adeus, pelo menos por enquanto, para a sua faculdade. Mas logo tudo
mudaria, voltaria a ser como era antes, era o que se falava... E o tempo passou, e nada
mudou, e ninguém contratava, e a cada novo dia muitos trabalhadores da sua área
ficavam também sem emprego, era certo que na indústria ele já não encontraria mais
lugar. Nessa época recebeu o convite do seu irmão para trabalhar entregando panfleto
na rua,chamando clientes para uma ótica, por comissão. Foi um duro recomeço, a
troca da estabilidade pela insegurança de um trabalho de renda limitadíssima e incerta,
parecia o fim. Foi quando fez a sua primeira venda de 600 reais, e viu que não era tão
ruim trabalhar por comissão. Ele começou a tomar gosto pelas vendas. “O homem
nunca deve parar no tempo, desde que comece em um caminho ele deve sempre
caminhar mais e mais, e eu fiz assim.” Ganhava menos, sim, mas ganhava com mais
prazer, e isso deu novo fôlego a ele, já não ressentia pelos planos arruinados, pois
via um novo horizonte nascer em seu caminho. “Estudar é muito importante, eu
sempre quis estudar, mas como não tive condições para isso, pois antigamente
era muito difícil fazer uma faculdade sem ter a família por trás, eu tive que dar um
jeito de ganhar igual ou mais que um advogado, já que era essa a minha meta não
conquistada, eu tinha que compensar de alguma forma aquela frustração.”“Para
quem não estuda o caminho é mais difícil, mas consegue. Para quem estuda as
portas estão mais abertas, mas você não pode deixar isso te desanimar, porque
até quem estuda precisa provar seu valor!”“Se você pode,estude, se não, use sua
cabeça, seja inteligente. O mundo é movido por ideias, não por diplomas. Depois,
se a sua ideia der certo, você contrata alguém com um diploma para trabalhar
para você, como eu faço.” Ele estava ali, no que ainda não sabia ser a parte mais
importante da sua vida. Acho que poucas pessoas percebem quando essa hora chega,
a maioria vê apenas depois. Mas ele não estava satisfeito entregando papelzinho na
rua, levando clientes para dentro da ótica e deixando a comissão mais gorda para o
vendedor. Porém, era aquilo que ele tinha para o momento, ele não era vendedor, não
tinha como saber todas aquelas coisas sobre óculos, foi forçado a se conter no seu
canto, por enquanto. Nas horas vagas ele ficavadentro da ótica olhando os vendedores,
vendo como faziam, como vendiam, e os montadores, vendo como montavam, o que
usavam, e ele aprendiacomo todos trabalhavam, qual era a importância de cada um,
o que tinham estudado, como chegaram até ali, e começou a gostar daquele universo.
Na época economizou o que já não tinha, e com o dinheiro que conseguiu juntar
pagou um curso de montagem de óculos, que na época,ironicamente, era o preço da
sua faculdade de direito.Terminou o curso e foi trabalhar nas óticas mais famosas do
Rio,futuros impérios, rodou por todas, e aprendia como funcionava aqueleesquema
de óticas que movimentava milhões para seus donos. E é claro, conheceu os donos
daquelas óticas, conversou com eles, ouviu o que eles pensavam para o futuro,de onde
vieram e como conseguiram chegar ali, e foi aí que ele teve a certeza que poderia
também chegar ali, naquele patamar, pois todos aqueles fundadores tinham começado
como ele. “Conheci as grandes redes ainda no seu início, e seus fundadores ainda
atuantes na administração, e isso foi fundamental para a minha autoconfiança, pois
nunca conheci um grande empresário do ramo de ótica que tenha sido herdeiro.
Todos que conheci começaram por baixo,como eu, sem poder estudar, e usaram
no lugar do diploma a sua mente. Conheci que eu podia também ser assim, mas
• MAI/2014 55
nunca prejudicando ninguém, sempre pelo caminho certo, com o meu trabalho.”Um
certo dia ele estava na casa de uma amiga, e ela tinha um óculos todo quebrado, ele
perguntou o porquê de ela não trocar aqueles óculos, ela respondeu que tudo na ótica
era muito caro para ela naquele momento. Ele sem pretensão alguma, apenas para
ajudar uma amiga, se prontificou a arrumar um óculos de qualidade e preço bom para
ela. “Fui tentar arrumar os óculos para ajudar ela, só para ajudar, e encontrei aí o
meu caminho. Já no dia seguinte fui ver uma armação, depois encomendei a lente
no grau dela, fiz os óculos e dei um preço, e ela gostou muito daquele preço,ficou
muito agradecida e achou lindo os óculos que fiz.” Ele não sabia o lucro e a despesa
que se tinha para montar um óculos, e nesse dia ele foi saber, e gostou de fazer aquilo.
Ele tinha 32 anos, e continuou a trabalhar na ótica, como se nada tivesse acontecido,
pelo menos ele tentou. “Mas fiquei com aquele trabalho na cabeça, aquela sensação
era gostosa, de fazer o produto e vender, com as minhas mãos, o meu próprio
produto. Ajudei e ganhei para ajudar.” O empreendedorismo era revigorante, e ele
não tirava aquilo da cabeça, então imprimiu alguns cartões e começou a entregar para
os seus amigos. E vendendo, via chegar mais clientes, que eram todos seus amigos,
que indicavam mais amigos, que se tornavam também amigos, e através disso, nesse
processo viral de indicação ele foi ficando sem tempo para as duas coisas, viu que seu
verdadeiro talento era o comércio, tinha esquecido a indústria e o direito. “Mas minha
mulher era contra eu largar a ótica para vender por fora, porque na ótica eu já tinha
um salário fixo, e na rua não, eu tinha que vender para então ganhar, e nem sempre
eu recebia à vista. Mas eu já tinha colocado na minha cabeça que nunca mais
trabalharia para ninguém, e fui atrás do meu novo ideal, caminho inseguro, porém,
potencialmente promissor! Mas eu não imaginava que aquele era apenas mais um
penhasco, onde eu teria que sofrer mais uma dolorosa queda para aprender o que
faculdade nenhuma pode ensinar.” Foi muito bem no primeiro ano, construiu uma
invejável lista de amigos/clientes. “Mas eu só tive sucesso e não passei por maus
bocados porque eu já tinha experiência nas vendas, tinha estudado e aprendido
dentro das óticas como funcionam todos os passos do negócio, erros e acertos. Por
exemplo; como os vendedores tratavam os clientes, querendo vender a todo custo,
sem se preocupar com a necessidade e condição financeira dos mesmos, sempre
atrás da venda mais cara. Eu sempre fui contra isso.” Ele empregou sua metodologia
no seu negócio, e revolucionou no quesito atendimento, e hoje suas óticas vendem
para políticos, artistas e grandes empresários, e também para as pessoas mais simples,
condizente com suas necessidades, e só, não com a ambição do vendedor. “Nas óticas
eu sempre tratei as pessoas como minhas amigas, nunca como clientes, antes de
tudo eu queria fazer amizade com a pessoa, saber qual era o problema dela, ajudá-
la. Eu tinha a solução para o problema de visão dela, e como um amigo eu oferecia
ajuda, não tentava fazer ela assinar um cheque, como faziam os outros vendedores.
Eu fazia isso nas óticas e fiz isso na rua, e foi assim que eu conquistei os meus
clientes mais fiéis. Isso eu vi que faltava nas grandes redes, e por isso eu não
fracassei nessa empreitada solo.” Os clientes eram antes tratados como mercadoria,
e ele escolheu partir daí com a sua primeira ótica, preparou tudo no papel, juntou
recursos, mas agora com 38 anos começou a se desentender com a sua mulher, e logo
em seguida eles se separaram, e foi um baque muito forte, mais do que ele previa, e
ele quase perdeu tudo, ou de fato perdeu. Não tinha mais os recursos para levantar
a ótica, e ficou desanimado com a necessidade de ter que voltar a trabalhar como
vendedor. Sentiu vontade de jogar tudo para o alto, mas levantou o rosto e foi trabalhar
de novo com o seu irmão. Voltou ao começo, e foi aí que obteve uma das lições mais
importantes; sempre esteja pronto para um recomeço, pois eles são constantes, e a
maturidade com a que você lida com isso serve de termômetro para medir se você está
realmente pronto para o seu próprio negócio.
Algum tempo depois, com mais tranquilidade e confiança nas artimanhas da vida,
conheceu a sua segunda mulher, ela trabalhava em um supermercado, e ela também
queria crescer, era perfeita para o seu momento. Já no ano seguinte, com 39 anos ele
monta a sua primeira ótica,com um sócio, e com o apoio dessa segunda mulher. Não
deu certo,o sócio não tinha a mesma visão de crescimento que ele, e queria colher
muito antes de ter efetivamente plantado algo. Fecharam as portas. Montou outra ótica,
com outro sócio,e de novo o mesmo problema. A essa altura o recomeço não o
assustava mais, era sabido que cada novo fracasso não passa de uma nova chance de
tentar do jeito certo, de encontrar o melhor caminho. Tentou pela terceira vez com
seu irmão, e foi aí que teve a plena certeza de que sociedade é realmente algo muito
bom, mas só com Deus. Nesse monta e desmonta ele já estava morando com a sua
segunda mulher, na casa dela, sem conhecer ninguém do bairro dela,e com a ajuda
dela e com as amizades que ela tinha, reabriu o seu antigo negócio de venda de óculos
em residência, foi bem e logo montou uma ótica, dessa vez sozinho e com bem menos
56 MAI/2014 •
recursos; na ótica só cabiam duas pessoas dentro, se entrasse mais uma tinha que um
dos dois sair. “Mas arrisquei. O movimento não era forte, e eu tinha que dar um
jeito de crescer rápido, eu não era mais um garoto, o tempo estava passando rápido
por mim, e eu ainda não tinha a vida de um advogado de sucesso.” A sua segunda
mulher era evangélica, e ele a acompanhava nos cultos. “E percebi que muitos
daqueles que frequentavam os cultos tinham alguma dificuldade de leitura, e eles
liam muito a bíblia, com aquelas letras pequenas, ou seja, precisavam de ajuda, e
eu tinha a solução. Vender de um em um não era mais o caso, eu não tinha tempo
nem idade para uma subida lenta e segura, precisei ousar para recuperar o tempo
que passei aprendendo com a faculdade da vida.
Firmei o meu primeiro acordo de venda a atacado com a igreja da minha mulher, e
com o conhecimento dos pastores comecei a vender para as outras igrejas também,
e eu não precisava trazer os clientes para a minha ótica pequena, até porque não
caberiam, eu levava a ótica até eles, com a minha experiência isso foi fácil de lidar,
mesmo com o grande volume de pedidos.” Ele começou a ser muito recomendado,
mas se atrapalhava as vezes por não ter um endereço físico que representasse bem o
seu serviço, faltava comunicação e agilidade com os clientes por conta disso, e ele teve
que ampliar. Tinha uma ótica bonita perto da dele, ampla, bem vista, fácil de achar,
e ele precisava de um ponto para dar conta de todo movimento. Conversou com o
dono dessa ótica, combinaram de formar uma ótica juntos, não como sócios, pois já
não queria mais saber de sociedade,mas ele fazendo as vendas e o outro fazendo a
montagem e manutenção. Cada um ganhava no seu trabalho, e ele teria um ponto mais
acessível para a sua venda, assim como mais agilidade na entrega e na manutenção dos
óculos vendidos. Eles conversaram na sexta-feira, estava tudo combinado,ficaram por
oficializar na segunda, mas no domingo, infelizmente, o homem sofreu um acidente de
moto e veio a falecer. A ótica fechou. “Logo depois o filho dele assumiu a ótica, mas
ele não entendia nada do ramo, e não deu um mês ele me procurou oferecendo
sociedade. Era um garoto novo, vinte e poucos anos, não sabia de nada, e eu pensei
que poderia enfim ter um bom sócio, pois aprenderia tudo comigo, então aceitei e
fomos trabalhar.Mas o que aconteceu foi o contrário, ele é quem queria me ensinar
o meu trabalho, e não queria aprender nada, então eu em tempo recorde voltei para
a minha mini-ótica.” Em dois meses o garoto já estava entrando em falência.Procurou
negociar uma nova sociedade, mas acabou optando por vender. “Eu tinha 44 anos,
uma grande lista de clientes, uma ótica que suportava o volume de vendas que eu
fazia, um laboratório próprio para montagem e manutenção dos óculos, e tinha o
pé no chão, sabendo, um pouco que por trauma, que tudo de um momento para
o outro pode virar fumaça, e eu tinha que aproveitar a minha finalmente maré de
sorte! Não comprei carro nem casa, não frequentei lojas caras ou fiz viagens, tudo
que fiz foi trabalhar mais e mais, e ensinar a minha equipe tudo que eu havia
aprendido com a vida, inclusive aos universitários que contratei. Depois da equipe
formada, abri a minha segunda ótica e fiquei por lá ensinando essa nova equipe, e
assim por diante. E eu quis fazer diferente, quis unir a estrutura de uma grande rede
de óticas com o aconchego da ótica de bairro, e coloquei para trabalhar comigo
somente moradores daquela região na qual eu inaugurava a ótica, e dava para a
ótica o nome do bairro.” Eu não pretendo tocar em valores na minha coluna, quero
evitar ao máximo a exposição financeira dos meus entrevistados, então prefiro ocultar
alguns detalhes financeiros... Agora, eu tenho quase 100% de certeza que você ou se
admirou ou se identificou com pelo menos uma parte dessa história. Porém, o seu
maior trunfo ainda está por vir.
A riqueza é sim muito boa, só quem já sentiu o gosto de ter uma conta milionária sabe
como é bom. Mas se foi você quem trabalhou para esse milhão, você também sabe
que para conquistá-lo teve que fazer sacrifício de muitas coisas, como por exemplo
seu tempo e sua família. O sucesso também cobra seu imposto, e esse chega a ser
mais caro que o nosso velho conhecido “Custo Brasil”. Ele cresceu até um certo ponto,
onde nada mais poderia derrubá-lo, com segurança financeira e conforto que somente
poucos advogados podem ter. Experiente, fez desse o seu termômetro medidor de
sucesso; quando chegasse até aí, pararia de crescer. Caso perdesse, trabalharia para
repor. Hoje, sem sócio, divorciado duas vezes, sem filhos, com uma vida segura e
confortável, não vê motivo para trabalhar como trabalhava antes. Então viaja, namora
e consome, enfim. E é esse o grande dilema na vida do homem de sucesso; saber a
hora de parar, parar para viver. Qualidade de vida e sucesso na carreira, o modelo do
homem da Nova Era.
E esse fui eu, Roger M. M. Basttos, escrevendo do Rio para você, na minha coluna “Na
Claquete”, recontando a vida do entrevistado como um roteiro fechado, onde o início
é tão importante quanto o resultado final. Obrigado, e até a próxima!
• MAI/2014 57
Recife in Rio
Papo de ator:
RECIFE IN RIO
Daniel Nigri
Formação de atores – Nu Espaço
danielnigri@nuespaco.com
fb.com/nu.espaco /formandoatores
• MAI/2014 59
Por: Claudia Prosini e Manuella Asfora Russell Fotos: Gleyson Ramos
E les formam um timaço. Daqueles que nem o melhor ataque adversário consegue derrubar. A
defesa é tão eficiente que nem precisa de goleiro. Como numa partida de futebol, em pleno
ano de Copa do Mundo no Brasil, esses dez “jogadores” entram em campo para suar a camisa e
deixar a torcida satisfeita. E a turma da geral é exigente. A exemplo da torcida na arquibancada,
os clientes querem resultados, afinal quem é que gosta de perder o jogo?
É com essa pressão que trabalham os advogados. Eles cuidam dos casos mais diversos. Da
separação de um casal a contratos comerciais. De um pedido de revisão de aposentadoria à
defesa de um cliente que é demitido de uma grande empresa. Cada um em sua posição, com
sua estratégia como todo bom jogador de futebol. Defender é a especialidade deles. Mas, se for
preciso, partem para o ataque. E que tal conhecer alguns destaques da Justiça pernambucana?
60 MAI/2014 •
Antes de escalar essa seleção, um minuto de silêncio para um craque que partiu. Advogado,
doutor em Direito Civil, procurador do Estado de Pernambuco, professor de Direito Civil
da Universidade Federal de Pernambuco, Flávio Queiroz Bezerra Cavalcanti perdeu a luta
para um câncer em agosto do ano passado, aos 48 anos de idade, mas deixou um legado. O
escritório Queiroz Cavancanti Advocacia, um dos maiores do Norte e Nordeste.
• MAI/2014 61
Cleodon Fonseca, Walter Manzi,
41 anos. Defender é com 45 anos. Não deixa a bola
ele mesmo. Tem como quicar na área quando o
especialidade contratos de assunto é Direito Tributário.
ações indenizatórias, de Especializou-se também em
imobiliárias e de defesa do Direito de Energia Elétrica, pela
consumidor. Atende também Universidade Cândido Mendes,
a clientes que têm contrato no Rio de Janeiro.
rompido com grandes
empresas.
62 MAI/2014 •
Sérgio Aquino, Cézar Casanova,
53 anos. Atua em todo 39 anos. Atua com Direito
o Nordeste com Direito Empresarial, Tributário, Cível,
Trabalhista e Empresarial. Trabalhista, de Licitações e
Marcação do adversário é Sucessões. Os casos mais
com ele mesmo, por isso faz frequentes são de indenizações
um trabalho de advocacia por descumprimento de
preventiva e contenciosa para contratos de seguros. Como
as empresas. todo bom lateral, defende bem,
mas gosta de partir para o
ataque.
• MAI/2014 63
Ramiro Becker, Alexandre Alecrim,
38 anos. É craque em contratos 50 anos. Define-se como um
empresariais e imobiliários. volante seguro – daqueles
Cuida de casos que envolvem que ficam na retaguarda para
relações entre sócios e deixar os clientes protegidos.
empreendedores de Shopping É especialista em Direito
Centers. Volante bom no Comercial, com ênfase em
combate, é fundamental para contratos. Atua também na área
uma defesa tranquila. tributária.
64 MAI/2014 •
Urbano Vitalino, Bruno Baptista,
41 anos. Trabalha para 36 anos. Especialista em Direito
empresas, nas partes trabalhista, Previdenciário, Administrativo
cível e tributária. Como um e Trabalhista. Como todo bom
meia cauteloso, atua na camisa dez, precisa de muito
prevenção dos clientes, para jogo de cintura e de paciência
evitar ataques e disputas para trabalhar. Gosta de sair
judiciais. Mas, se a ação for para o ataque, mas tem que
inevitável, parte para o ataque saber recuar na hora certa.
para conseguir a vitória.
• MAI/2014 65
O PREÇO DA FELICIDADE
Ronnie Preuss Duarte
P assamos a maior parte das nossas vidas no trabalho.
Abatidas as horas de sono e aquelas dedicadas às
atividades desenvolvidas solitariamente, é fato que grande
40 anos. É craque em Direito Civil e de parte da humanidade permanece no ambiente profissional
Empresa e tem experiência internacional. durante parcela significativa da respectiva existência.
Autor de obras no Brasil e no exterior, com
destaque para “Garantia de Acesso à Justiça A constatação, aparentemente irrelevante, reforça a
- Os Direitos Processuais Fundamentais”,
publicada pela Coimbra Editora em importância da escolha da carreira a ser seguida. Ser
2007. Com 17 anos de profissão e muita descontente com a profissão eleita significa, portanto, ter
experiência, é o capitão da seleção de uma vida preponderantemente infeliz.
advogados.
66 MAI/2014 •
Nos últimos tempos, tem sido enorme a procura pelos
cursos na área jurídica. Médicos, engenheiros, arquitetos,
dentre outros profissionais, tem se matriculado em
faculdades de direito em busca de um segundo diploma
que lhes franqueie a possibilidade de acesso a concursos
públicos para carreiras que aliam uma boa remuneração
à tão almejada estabilidade. Dispõem-se a uma radical
mudança nos planos traçados na juventude, diante da
frustração das expectativas remuneratórias nas respectivas
áreas. É fato que as carreiras públicas jurídicas têm uma
remuneração superior às demais, em regra. É fato, ainda,
que o estado tendencialmente paga mais aos servidores do
que a iniciativa privada.
Algo que não deve ser olvidado, nas opções pelas carreiras
públicas, é a perspectiva de radical mudança nos padrões
de remuneração hoje verificados nas funções públicas,
notadamente aquelas situadas na área jurídica. O regime
previdenciário já passou por mudanças e a tendência é que
os salários caiam no médio prazo, atendendo ao que ocorre
nos países desenvolvidos, onde a iniciativa privada sempre
remunera melhor que as carreiras de estado.
Augusto Quidute,
Nesse instante, as opções que outrora foram norteadas 45 anos. Gosta de marcar presença
pelo ganho financeiro perderão o sentido. Reavaliando os na área e de partir para o ataque,
caminhos trilhados, sempre em retrospectiva e quando for mas quando é preciso, ajuda
na desarme e na marcação. É
particularmente difícil o recomeçar, o arrependimento será especialista em Direito Civil,
um sentimento provável. Ao fim e ao cabo, ter-se-á vendido Imobiliário, Comercial, Bancário,
Sucessório e de Família. “Jogador”
a felicidade a preço vil. versátil, presta consultoria em várias
áreas do direito.
• MAI/2014 67
68 MAI/2014 •
ESA
ORDEM DOS AD
VOG
ADO
SD
O
BR
AS
IL
PERNAMBUCO
• MAI/2014 69
A seleção é das melhores, mas todo jogo
que se preza precisa de regras. Imagine
uma partida de futebol sem o trio de
arbitragem. Quem iria marcar as faltas, os
pênaltis e os impedimentos? Quem iria punir
com cartões amarelo e vermelho os jogadores
que partissem para a violência? Pois é assim
também na advocacia.
70 MAI/2014 •
“Advogado respeitado, cidadão valorizado”. O lema
da gestão do Conselho Federal da OAB, que também
adotamos como mantra, resume muito bem o atual
papel de nosso órgão de classe. Sem negar seu legado
histórico de lutas pelo avanço civilizatório em nosso
País, a atuação da OAB em defesa da dignidade da
advocacia e respeito às prerrogativas legais de seus
profissionais não pode ser confundida como mero
exercício de corporativismo classista, mas antes de tudo
uma missão em prol da cidadania.
Estou convencido de que um dos parâmetros mais
precisos para se medir o nível de democracia de um
País está nas prerrogativas profissionais conferidas por
suas leis aos advogados – tais como a proteção do
sigilo na relação com seu cliente, imunidade de suas
opiniões no exercício da profissão, direito de insurgir,
sem hierarquia, contra atos e decisões de autoridades,
inclusive judiciárias etc. – e o respeito das instituições
a estas garantias, que pertencem ao cidadão. Sim, as
prerrogativas profissionais do advogado nada mais são
do que instrumentos de concretização da cidadania,
através dos quais é assegurado ao indivíduo ser bem
assistido e defendido quando precisar fazer valer
os seus direitos, por meio de profissional habilitado.
Portanto, quanto mais evoluída for a democracia em um
país, maiores e mais respeitadas serão as prerrogativas
de seus advogados, os quais atuam justamente para
colocar seus clientes (os cidadãos) em condição de
igualdade e “paridade de armas” nas suas relações e
litígios, seja com quem for, da mais poderosa corporação
empresarial ao próprio Estado.
Por essa razão é que a busca pelo fortalecimento da
advocacia se confunde com a luta pela concretização
da cidadania em nossa nação, onde a efetivação dos
direitos, mesmo que previstos na Constituição Federal,
ainda dependem tanto da atuação do Poder Judiciário.
Nossa sociedade tem muita sede de justiça, e esta
só pode ser saciada por intermédio de advogados
dignamente valorizados.
Contudo, é certo que a bandeira do fortalecimento e
valorização da advocacia possui um outro viés, qual
seja, o do primado da ética no exercício de tão nobre
profissão. Se de um lado cobramos das instituições
o respeito às prerrogativas dos advogados, enquanto
garantias do cidadão, de outro não podemos tolerar
os abusos e desvios éticos perpetrados por alguns de
nossos colegas. Tolerar e ser leniente com as infrações
éticas na advocacia seria nivelar por baixo a atuação da
OAB, a equiparando aos diversos órgãos e instituições
da República que convivem com nível de corrupção em
patamares elevadíssimos, e que por isso mesmo volta e
meia são alvo de nossas cobranças e críticas. Para (man)
termos a autoridade moral necessária para pugnar pela
moralidade pública, temos de punir exemplarmente os
infratores que estão em nossa casa, da mesma forma
que para exigirmos do Poder Judiciário maior agilidade
na prestação jurisdicional e imparcialidade e eficiência
nas correições de magistrados e servidores corruptos,
devemos dar o exemplo no julgamento célere e isento
dos colegas advogados, deixando para trás o tempo
onde as prescrições punitivas contemplavam os maus
profissionais.
A advocacia pernambucana, por meio da OAB-PE,
vem priorizando com a mesma ênfase a luta pela
defesa intransigente das prerrogativas legais dos
advogados, com a cobrança de um comportamento
A Ordem em prol da ético-profissional condigno com a honradez de nossa
profissão, tratando essas duas pautas como dois lados
advocacia e da cidadania da mesma moeda, visando melhor aquinhoar a justiça e
cidadania em nosso Estado.
Ivon Pires, 61 anos. Mestre em Direito Comparado pela Universidade de Tulane (EUA). Mestre
em Direito Internacional e doutor em Direito Ambiental, pela Universidade da Virgínia (EUA) e
presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/PE.
Gustavo Ramiro, 32 anos. Pós-graduado em Direito Civil e Empresarial e diretor geral da ESA –
Escola Superior de Advocacia Professor Ruy Antunes da OAB-PE.
• MAI/2014 73
R ecente e significativa mudança no entendimento do
STJ, quanto ao âmbito de incidência da penalidade
prevista no art. 87, inciso III da Lei de Licitações
- Lei nº 8.666/93 – pode trazer complicações para uma
série de empresas que mantém relações contratuais com
a Administração Pública, em caso de descumprimento
contratual.
A depender da irregularidade cometida pelas empresas
contratadas, a Lei prevê (art. 87), além da possibilidade de
rescisão do contrato administrativo, as seguintes sanções:
I - advertência; II- multa; III- suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com
a Administração; e IV - declaração de inidoneidade para
licitar ou contratar com a Administração Pública”
Verifica-se, portanto, que o inadimplemento contratual
perante a Administração Pública pode acarretar
consequências severas para empresa inadimplente, razão
pela qual devem ser diligentes quando da execução dos
contratos e, caso venham a responder a algum processo
administrativo em face de eventual descumprimento
contratual, exercer a ampla defesa e o contraditório,
designando advogado de sua confiança para que não
tenham os seus direitos violados, sendo injustamente
punida.
Tal preocupação deve ser redobrada uma vez que uma
das penalidades mais utilizadas em cumulação com a
rescisão contratual, qual seja, a prevista no inciso III acima
transcrito, teve o seu âmbito de incidência ampliado em
face da mudança de entendimento do STJ.
Ao interpretar a expressão “Administração”, o STJ, que, por
competência constitucional detém a última palavra quando
se trata da interpretação da legislação infraconstitucional
e, portanto, da Lei de Licitações, modificou radicalmente
o entendimento que distinguia o âmbito de abrangência
das penalidades previstas nos incisos III e IV. Antes, a
penalidade do inc. III produzia efeitos no âmbito da
entidade administrativa que aplicasse; enquanto que a do
inc. IV abarcava todos os órgãos da Administração Pública
Em função dessa distinção, inúmeras empresas punidas
com fulcro no inciso III seguiam normalmente licitando e
contratando com os milhares de outros órgãos existentes
nas diversas esferas da Administrações Pública, uma vez
que só se viam proibidas de licitar com aquele órgão que
lhe aplicara a penalidade.
Agora, segundo a Ministra Relatora, que teve o seu
entendimento acolhido à unanimidade pelos membros da
Primeira Seção, única com competência para apreciação
da matéria relativa a licitações e contratos públicos,
“a penalidade prevista no art. 87, III, da Lei 8.666/93,
suspendendo temporariamente a empresa faltosa de
participar de licitações e contratar com a Administração,
não tem efeitos limitados ao órgão ou ente federativo que
aplicou a sanção, se estendendo a toda a Administração
Pública.” (STJ - MS 19.657/DF, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/08/2013, DJe
23/08/2013)
O fundamento maior desse entendimento se alinha
com o que parte da doutrina já vinha defendendo e
visa privilegiar o princípio da segurança da contratação,
conforme bem se expressou José dos Santos Carvalho
Filho1: Se um contratado é punido por um ente federativo
com a aplicação de uma daquelas sanções, a razão só pode
ter sido a inexecução total ou parcial do contrato [...]. Quer
dizer: a empresa é punida, por exemplo, com a suspensão
do direito de licitar perante uma entidade federativa, mas
poderia licitar normalmente perante outra e, como é óbvio,
sujeitá-la aos riscos de novo inadimplemento. Para nós não
há lógica em tal solução, porque a Administração Pública
é uma só, é una, é um todo, mesmo que, em razão de sua
autonomia, cada pessoa federativa tenha sua própria
estrutura.”
A recente decisão do STJ aponta para uma mudança de
diretriz que passará a nortear a Administração Pública e
a exigir uma conduta mais responsável e diligente das
Aviso aos licitantes.
empresas contratadas, sendo este um importante aviso que
deixamos às empresas licitantes.
1
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito
Por: Eduardo Paurá Filho Administrativo. 23. ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro:
Lumen Júris, 2012, p. 219.
74 MAI/2014 •
N outro dia, ao caminhar ao longo das novas praias
de Piedade e Candeias, uma luz forte brilhava
no céu, no crepúsculo, como se fora uma estrela
ou um planeta, mas, na verdade, era a estação espacial
internacional. Nela, há oxigênio, alimentos e água para
seus ocupantes. No passado, antes dela ser lançada ao
espaço, visitei seu protótipo e me admirei de como havia
lugar para tudo, inclusive os dejetos. Mantê-la funcionando
corretamente, claro, é uma questão de sobrevivência.
Interessante, por outro lado, é constatar que não temos a
mesma percepção quando se trata da nossa espaçonave:
Terra. Sim, porque, guardadas as devidas proporções,
somos todos astronautas. Somos mais de 7 bilhões de
astronautas viajando no espaço, encapsulados na biosfera
do nosso planeta, onde temos água, alimentos e oxigênio,
e nos deslocando a uma velocidade inacreditável nesse
misterioso universo galáctico.
Enquanto havia abundância de recursos naturais em
excesso ao número de astronautas, ninguém se importava,
a farra era generalizada. Lembro-me até, quando nos
bancos da faculdade de direito, que éramos ensinados que
certos bens não tinham preço porque eram inesgotáveis,
tais como: o ar e a água... Em pouquíssimas décadas, não
é esta mais a realidade, a cobrança pela captação da água
já é feita e, não duvido que, em breve, cobre-se até pelo
ar..., este cada vez mais poluído. Afinal, os astronautas
terrestres gostam de se agrupar em cidades. No Brasil,
mais de 80% deles vive em área urbana, que representa
menos de 1% do território nacional.
Por isso, práticas sustentáveis tornaram-se essenciais para
nossa sobrevivência. Individualmente, devemos reduzir,
reutilizar e reciclar o que consumimos, e coletivamente,
preservar os bens naturais remanescentes, recuperar
e conservar outros, quando possível, e potencializar o
aproveitamento nas áreas já antropizadas. Quando isto
não for feito espontaneamente, a lei proverá instrumentos
indutores, sejam estes de incentivos econômicos ou
restritivos, com penalidades administrativas, civis e
criminais.
A sustentatibilidade socioambiental é o novo paradigma.
Empresas e indivíduos são incentivados a adotar práticas
sustentáveis. Não há mais margem para o desperdício.
Afinal, somos todos astronautas, mesmo que não tenhamos
consciência disto.
Mas há um outro fator que, raramente, é considerado:
o crescimento populacional. A ciência e a tecnologia
permitiram a queda vertiginosa da mortalidade infantil
e o aumento da longevidade no século XX. Em toda
história da humanidade, chegamos a pouco mais de um
bilhão de “astronautas” no início do século passado, mas
ultrapassamos sete bilhões no início deste, todos ávidos
consumidores de recursos naturais e com aspirações a
padrões de vida ascendentes.
Se acreditamos na lei de Lavoisier de que “na natureza
nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, então
os bilhões de novos habitantes resultam da transformação
de recursos naturais, florestas e animais, para que possam
ocupar seus espaços urbanos e rurais.
Sustentabilidade A sustentabilidade passa, necessariamente, pelo equilíbrio
entre ecologia e demografia. Nenhuma lei ou política
Socioambiental como novo distributiva para as gerações presentes ou restritiva para
paradigma...
garantir a sobrevivência das futuras gerações surtirá
resultado enquanto o controle da natalidade não fizer
parte dessa equação.
Por: Ivon Pires Filho
• MAI/2014 75
O empregado doméstico passou a ter direito
à limitação de horário de trabalho prevista
no art. 7º, XIII, CF. Logo, o salário-hora do
doméstico pode ser quantificado em R$ 3,09 (resultado
da divisão de 678,00 por 220).
A partir do momento em que o empregado doméstico
teve a duração do trabalho limitada, a fixação do seu
salário-hora se tornou corolário natural da respectiva
alteração constitucional. Quando da aprovação da PEC
dos Domésticos, mediante a publicação da EC 72/2013,
assistindo aos telejornais, ouvindo programas de rádio,
lendo jornais e revistas, fiquei com a triste sensação
de que muitos congressistas, juristas e curiosos não
tinham a mínima noção do que falavam. Vi e ouvi e
li brados, alaridos e algazarras, sempre no caminho
da “comemoração do fim da exploração e da grande
conquista da categoria”. Não vou negar, em momento
algum, o fato. Houve um avanço.
No universo jurídico, entrementes, os direitos não
vivem sozinhos. Eles convivem, e tem que coexistir,
com os deveres. Direitos e deveres são companheiros
inseparáveis de um sinalágma que marca as relações
bilaterais, como é o caso da relação de emprego.
A presença de obrigações serve para ofuscar o
exagerado brilho dos deputados e senadores que
tanto comemoraram aquela conquista da categoria
doméstica. Se trabalhar 44h por semana fosse uma
maravilha do outro mundo, os comerciários e os
motoristas de ônibus, apenas a título de exemplo,
estariam no paraíso! E sabemos que não é assim.
O empregado doméstico, a partir de agora, vai ter
que se adaptar à rotina daqueles empregados que
já trabalham há décadas com o rígido controle de
horário. Sendo assim, o doméstico, ao trabalhar
apenas em alguns dias da semana, receberá tão
somente salário proporcional ao labor prestado, tudo
isso com o alicerce da aplicação do salário-hora (isso
já acontece com o aprendiz – art. 428, § 2º, CLT e com
o empregado que labora em regime de tempo parcial
– art. 58-A, § 1º, CLT).
Quantos dias o doméstico pode trabalhar por semana?
Seis dias! Se uma família precisa de um empregado
doméstico para trabalhar apenas três dias por semana,
cumprindo jornada de 8h, a carga horária semanal do
obreiro será de 24h. O salário semanal de R$ 74,16 (3,09
x 24h) deve ser multiplicado por cinco, respeitando o
divisor 220 consagrado pela jurisprudência, fazendo
o salário mensal do referido empregado doméstico
alcançar a quantia de R$ 370,80.
Ele não estaria ganhando menos de um salário mínimo,
mas exatamente o valor do salário mínimo hora (R$
3,09 por hora de trabalho).
Se o divisor 220 é aplicado para quem trabalha 44h
por semana, o divisor para quem labora 24h por
semana é de 120. Dividindo o salário de R$ 370,80
por 120 temos R$ 3,09 por hora (valor do salário-hora
mínimo).
EMPREGADO DOMÉSTICO – Conclusão: O art. 58-A CLT, que prevê o labor em
regime de tempo parcial, passou a ser compatível
POSSIBILIDADE JURÍDICA DE com o vínculo doméstico, atraindo a possibilidade de
QUANTIFICAÇÃO E PAGAMENTO pagamento de salário proporcional, levando em conta
o valor do salário-hora.
DO SALÁRIO-HORA Importante lembrar, por fim, que o regime de tempo
parcial limita a duração semanal a 25 horas e veda a
Por: Gustavo Cisneiros realização de horas extras (art. 59, § 4º, CLT).
76 MAI/2014 •
E stá em tramitação no Congresso Nacional o
projeto de lei que instituirá o novo Código
de Processo Civil no Brasil. A proposta busca
substituir, de uma vez por todas, o texto originário de
1973, que já foi tantas vezes modificado e hoje clama
por uma alteração mais profunda e consistente.
Paradigmando
que já era servidor em outra unidade da federação, estando sujeito
às “regras antigas” do RPPS, e, sem solução de continuidade, tomou
posse em cargo público pertencente a ente que já instituira o regime
Por: Filipe Aguiar de Barros de previdência complementar. Assim, no âmbito federal, só quem já
era “servidor público federal” antes do marco temporal de instituição
estaria resguardado.
Foi o mais jovem Procurador da Fazenda Essa interpretação, além de inconstitucional (diante do pacto federativo,
do direito adquirido, da isonomia, do conceito de servidor e de serviço
Nacional a tomar posse aos 21 anos. Hoje aos público, dentre outros tantos dispositivos constitucionais, inclusive do
22, atua perante os Tribunais superiores, lotado ora em comento), é ilógica e irrazoável, eis que sob essa ótica, não só o
indivíduo que já era servidor há décadas e assume novo cargo público
na Coordenação – Geral da Representação em outra esfera federativa, mas também, Procurador do Estado que
vira Ministro do STF ou Desembargador (estadual) que vira Ministro do
Judicial da PGFN, em Brasília /DF. STJ, não teriam direito de opção, perdendo involuntariamente grande
filipe.barros@pgfn.gov.br parte do que contribuíram (por décadas) para o RPPS, restando-lhes,
no âmbito federal, a promessa de um “benefício especial” (art. 22 da
Lei n.º 12.618/2012), cuja concessão já demonstra a equiparação entre
os servidores públicos das mais diversas esferas, pois idêntico benefício
é assegurado àquele que opta (voluntariamente) pelo regime novo.
E não poderia ser diferente, sob pena de se categorizar o servidor
público, segregando-o em razão de sua origem profissional.
82 MAI/2014 •
• MAI/2014 83
Turismo cultural
E cultura turística
Por: Célia Labanca
É bacharel em direito e escritora. Atualmente é
diretora do Museu de Arte Contemporânea de
Pernambuco e articulista na Folha de Pernambuco.
celialabanca@outlook.com
O
novo Brasil está aí. Vinha chegando. “Estratificação Socioeconômica e Consumo no
Passava por altos e baixos, pelo explicado Brasil” a ser lançado proximamente em São Paulo.
e o não explicado, pelo esperado, e pelo Para tanto, eles utilizaram o conceito teórico da
inesperado. Por dores que não deixaram saudades, “renda permanente” e da “renda corrente”, sendo
por alegrias por vezes incomensuráveis. Aliás, com esta a flutuante.
a cara dele mesmo! Aquela cara de quem não tem
nada a ver com nada, e com um povo que embora Li entusiasmada a matéria que cito, porque gosto
dormisse em “berço esplendido” um dia acordou. de coisas novas. Gosto de pensar sobre elas, de
E clamou pela sua chegada. Só não precisava de fazer análises, de questioná-las ou não. Muito mais,
tanto vandalismo, coisa da falta de educação e que ao esta completamente vi que em nenhum dos
cultura, que também é dele. seus itens, ou aspectos, os cientistas econômicos e
sociais fazem uma referência sequer à cultura, ou
Mas ele chegou. Está aí sobrevivendo aos percalços. à sua economia, sendo elas as únicas indústrias
Sobrevivendo aos seus próprios desmandos, às sem chaminés, capazes de gerar emprego e renda,
intempéries trazidas pelas crises internacionais. e que são ferramentas adequadas para respeitar
Está aprendendo a ter, e a se fazer respeitar, em a diversidade cultural e natural, construindo uma
sua coragem de ser dirigido por uma mulher, nova via de acesso ao futuro com mais justiça
excessivamente preconceituoso e machista que é; social, harmonia, liberdade, paz, dignidade e
como o é com as suas regiões, como o é com as direitos humanos.
raças que são suas, com a liberdade fingida que
mantém tatuando dolorosamente na pele o destino Assim é que, ao manter minha preocupação com
transformação e de grandeza que lhe espera, e a a inconsciência pública nacional e pernambucana,
todos nós. – Basta que esperemos os processos; e com a empresarial também nos dois níveis,
que tenhamos paciência e esperança. Porque gritar na medida da qualidade e do valor do nosso
já sabemos, e o quanto o amedrontamos, também. patrimônio artístico e cultural e a falta de
O aumento da renda da população brasileira prioridade para com eles, é que acho não só está
advinda da experiência dos últimos anos contribuindo para que se entenda que somente a
motivou a ascensão do que estão chamando de cultura une e dá identidade a uma nação, como
“nova classe média”. Muito bem! Algo de novo somente ela ensinará ao povo a nossa história,
aconteceu no front! E nos trouxe um novo perfil o quanto devemos respeitá-la, e reescrevê-la
socioeconômico que os professores Wagner sempre, com o desvelo que o povo e os nossos
A. Kamakura da Rice University, e José Afonso artistas merecem. Senão, o novo Brasil novo que
Mazzon da FEA-USP, também especialistas em desejamos fracassará.
Marketing, desenvolveram em um novo modelo
de estratificação, estabelecendo sete novos
estratos na redefinição das classes, intitulado de
84 MAI/2014 •
1ª ETAPA DA
EXPANSÃO
DO SHOPPING
COSTA DOURADA.
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@SHOPPINGCOSTADOURADA
81 3059.2000
• MAI/2014 85
E m alguns casos, a Justiça tarda e... Por algumas
vezes acaba falhando. Por motivos desconhecidos
para os leigos e até para os que entendem das
leis. É o que aconteceu nesta história de descaso, falta
de sensibilidade e respeito. Infelizmente é com estas
palavras que pode se resumir o que ocorreu com
os estudantes indígenas Gustavo e Taciana Militão,
que foram prejudicados por não terem seus direitos
respeitados pela própria FUNAI e pela instituição de
ensino que cursavam e até hoje se encontram sem o
seu diploma de conclusão de curso superior, mesmo
tendo terminado a faculdade por completo.
JUSTIÇA CEGA
parcial nas mensalidades com a direção. Não houve
sucesso. Até que, orientado por pessoas ligadas à
etnia dos estudantes (eles pertencem a tribo indígena
Fulni-ô, de Águas Belas, cidade a 307 quilômetros da
Por: Manuella Asfora Russell capital pernambucana), José Militão (que também é
índio Fulni-ô) e seus filhos decidiram então consultar
Se a justiça se fez de cega com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), para saber o
que o órgão poderia fazer para ajudá-los baseados nos
você, se junte a nós, escreva para: direitos do índio garantidos por lei.
manuella@midiaemporio.com.br
Quando procuraram a FUNAI, os estudantes foram
recebidos pelos funcionários e por Manoel Lopes, que
era o coordenador geral estadual na época. Inicialmente,
tiveram a promessa que o órgão iria se empenhar
ao máximo para garantir que eles pudessem estudar
normalmente e até ofereceram a viabilidade de uma
ajuda de custo aos mesmos para despesas menores,
como combustível, durante o período que estivessem
estudando. Quando houve a passagem para o segundo
período da faculdade, a ajuda de custo não foi paga,
mas algumas mensalidades pendentes foram quitadas.
Então, se esperava que daqui para frente tudo fosse
regularizado e que assim Gustavo e Taciana pudessem
concluir o curso normalmente.
86 MAI/2014 •
Alguns meses mais se passaram e quando os estudantes Ser professor foi uma das escolhas mais importantes
foram renovar a sua matrícula para o quarto período que fiz na vida. Tal escolha me deu e me dá a
se depararam com uma notícia desagradável: A oportunidade ímpar de conhecer pessoas incríveis.
FUNAI inexplicavelmente não estava mais fazendo E Gustavo Militão, o Gustavinho, está no topo desse
o pagamento das mensalidades dos alunos a qual rol. Um exemplo absoluto de força de vontade,
tinha se comprometido inicialmente, alegando que a de gosto pela vida e, sobretudo, de desejo por ser
responsabilidade agora seria do MEC (Ministério da melhor a cada dia. Para isso, Gustavinho escolheu
Educação) e não mais dela. Com isso, a direção da ser um bom estudante, tornando-se, na verdade,
faculdade não autorizou a renovação das matriculas dos um excelente estudante! Esforçado, interessado,
irmãos, até que houvesse a quitação integral do débito. dedicado, admirado por todos os colegas de
A decisão naturalmente causou constrangimentos aos faculdade, por todos os professores, por todos
estudantes. os funcionários. Pesquisador atento, do tipo de
estudante que busca, que debate, que interage
Taciana, por exemplo, não pode ingressar em um estágio com o professor e com o conteúdo das aulas,
que havia conseguido por conta da não renovação da estudante que não apenas recebe. Mesmo com
matricula. Indignados, resolveram entrar na Justiça algumas limitações físicas, não me recordo de não
contra a instituição (pelos danos morais causados pelo ter Gustavinho na minha sala de aula, durante
constrangimento) e também contra a FUNAI (por não ter os 2 anos em que fui seu professor. Referencial
informado a situação dos pagamentos). Orientados por de assiduidade e de pontualidade também nos
seu advogado, Djailton Melo, os alunos não deixaram trabalhos das disciplinas, sempre demostrando
de frequentar as aulas. Em nenhum momento foram
liderança e recebendo o respeito dos colegas.
barrados da faculdade, mas seus nomes não constavam
mais nas atas de frequência e, consequentemente,
suas notas não foram registradas no sistema. Era como Gustavo Almeida
se para a instituição ambos tivessem abandonado a
faculdade. O que não era verdade, já que, enquanto
aguardavam uma decisão, Gustavo e Taciana não
deixaram de assistir às aulas e realizaram normalmente Fui professora do Gustavinho na faculdade e posso
seus trabalhos e provas (e obtendo ótimas notas), dizer que foi uma alegria ensinar para alguém
contando com a compreensão de todos os professores sempre alegre e gentil, participava da aula e de
na época. todos os trabalhos que geralmente eram seguidos
de apresentações em que ele sempre colaborou e se
Os alunos acabaram concluindo o curso sem que fez presente com os colegas. Dificilmente faltava as
uma decisão fosse tomada. Com notas excelentes nas aulas e tirava boas notas. Sua vontade de vencer
apresentações de seus TCC, Gustavo e Taciana mesmo foi e é um exemplo para mim até hoje. Fiquei
assim não obtiveram o documento comprobatório muito feliz quando soube do lançamento do seu
da conclusão de curso, bem como não puderam dar livro. Gustavinho é alguém que luta pela vida,
entrada no diploma junto à faculdade, que não aceitava tem sonhos e tenta realizá-los. Ele me deixou uma
nenhum tipo de acordo nas audiências de instrução. lição inesquecível: deficiência na verdade não são
Frise-se que em nenhum momento os estudantes as limitações do corpo, mas a atitude negativa.
buscavam tirar algum proveito financeiro da história, Esse pequeno grande rapaz será sempre lembrado
deixando bem claro que apenas queriam ter o seu por mim pela sua garra e otimismo contagiantes.
“canudo” e nada mais do que isso. O processo acabou Só posso agradecer por ter encontrado em meu
sendo arquivado em 2012, sem nenhum acordo e caminho pessoa tão especial.
com isso os quatro anos de curso superior dos irmãos
acabou se tornando “sem validade”. Embora ambos
se reconheçam como formados e sejam reconhecidos Patrícia Munick
por seus parentes e amigos que acompanharam toda
a história. Como em mais de 500 anos de história
no Brasil, os índios novamente acabaram não sendo
respeitados como mereciam e viram o sonho de um Ao conhecer Gustavo Militão na faculdade,
diploma num curso superior acabar em frustração. pude perceber que não só eu, mas todos os
Em 2009 Gustavo decidiu escrever um livro (“Ousei colegas de classe sentiram sua garra, dono
Desafiar o Destino”) onde conta, além de relatos de de uma inteligência incrível , sempre muito
fatos ocorrido na sua infância, o problema ocorrido estudioso e admirado por todos, Gustavinho
com a faculdade com mais detalhes. O mesmo se foi sempre um exemplo, e pude compartilhar
encontra à venda em versão digital ouimpressa no site momentos honrosos com ele , como nosso
clubedeautores.com.br. trabalho de conclusão de curso, onde ele
pesquisou, trabalhou e se dedicou inteiramente,
Apesar do tempo passado, ambos os estudantes concluímos o curso juntos, com chave de ouro.
esperam que mais cedo ou mais tarde a justiça se faça
presente e que eles finalmente possam ter o direito
reconhecido de seu diploma (e nada mais do que isto). Wallace Macedo
• MAI/2014 87
Por: Rildo Saraiva de MeLo
www.portalvinhoclub.com.br
rildosaraiva@portalvinhoclub.com.br
88 MAI/2014 •
Por: Chef Duca Lapenda
ducalapenda.blogspot.com
ducalapenda11@hotmail.com
BRUNO DIDIER
PASSIÓN COM
MAIONESE DE
RÚCULA
• MAI/2014 89
Com a bênção
90 MAI/2014 •
de Baco
José Luis Spencer apresenta os melhores locais do
Recife paravocê apreciar o “néctar dos deuses”.
Por: Jéssica Mota, Manuella Asfora Russell,
Marcela Sotero e Natália Freire
Fotos: Álvaro Di Paula e Gleyson Ramos
• MAI/2014 91
P
ouca gente sabe, mas o vinho precedeu
uma das mais evidentes formas de
civilização da humanidade, que foi a
escrita. Ainda nos primórdios, ele foi descoberto
por acaso, fruto talvez de um punhado de uvas
amassadas e esquecidas numa caverna qualquer.
O fato é que a bebida atravessou milênios, foi
aprimorada ganhando novos sabores e sempre
teve um lugar especial na sociedade, simbolizando
fartura, alegria, comemoração, riqueza e outros
sentimentos tão nobres quanto o próprio vinho.
Tinto, branco, rosado, seco, meio doce ou suave,
quem adentra esse universo pela primeira vez
logo percebe que dominar esse conhecimento é
tarefa para longo prazo, um relacionamento a ser
construído com o tempo e as experiências.
92 MAI/2014 •
C
omandado pelos empresários Manoel Fernandes entre 16º e 18º, cor rubi expressivo, com olfato de aromas
Filho e Geraldo Gusmão, o Ça Va Bistrô, em Boa maduros e especiarias doces.
Viagem, tem cozinha internacional contemporânea,
Uva do século XIV, austríaca, da região de Styria, e migrou
incrementada por ingredientes regionais, cujos cardápios
para o Vêneto, no norte da Itália, única região no mundo
são assinados pela chef Carla Chakrian. A casa tem uma
fora da Áustria, nas florestas em Alliert e Troçais e 100%
proposta diferenciada, onde o cliente pode montar o seu
Wildbacher, passagem de 24 meses em fust de 500 l.
prato, de acordo com gosto próprio, e ter a certeza de
Produzido por apenas um produtor no mundo, Martino
saborear comida de qualidade a preços justos.
Zanetti, na vinícola italiana Case Bianche Veneto, em
Concebido pelas arquitetas Milena Sotero e Fernanda Valdobbiadene, conhecida como a região do prosecco. Por
Antunes, do F&M Arquitetura, o restaurante possui adega possuir taninos finos com frescor exuberante, pé de boca
climatizada com 82 rótulos de vinho. A decoração mistura (gastronômico) harmoniza bem com o confit do pato e
o sofisticado e o regional, nos tons mostarda, marrom, bege seus complementos.
e dourado, com peças regionais da artista plástica Suely
Brasileiro e luminárias de Isnaldo Reis.
Rua Capitão Rebelinho, 519, Pina
Prato: Pato Canard ao molho de vinho do Porto e purê de Fone: (81) 3034.0008
Horário Funcionamento:
batatas com açafrão e azeite de trufas.
Almoço: segunda a sexta – 12h às 15h /
Domingo - 12h às 16h
Vinho: Tenuta Col Sandago, safra de 2004, guarda de oito Jantar: Segunda a quarta – 19h às 23h /
anos, 13 volumes de álcool, cuja categoria, na Itália, é de quinta – 19h à 0h /sábado - 19h à 1h
IGT (indicazione geografica típica). Temperatura ideal
• MAI/2014 93
U
m desafio. Um pedido inesperado de
uma amiga que encomendou todos os
doces do casamento dela. Assim se
resume a história de Mariana Parini, que desde
o final de 2005, deixou o talento falar mais
alto e trocou a advocacia pela deliciosa arte da
culinária, e em 2009 ela encerrou a última causa
jurídica e passou a se dedicar exclusivamente
ao segmento dos doces finos. A cartela assinada
por Mariana Parini conta com mais de 100
quitutes e não para de crescer, afinal, o sabor
e a apresentação variam de acordo com o
perfil de cada cliente e de cada evento, como
casamentos, aniversários, batizados, primeiras
comunhões. Apenas para citar alguns dos
criados por ela, destaque para a rosa de maçã,
brigadeiro de cartola, cocada chic, brigadeiro
de caipirinha, diamante de nutella, bem
casado de doce de leite. Os atendimentos para
degustações e encomendas são personalizados
e sob agendamento através do telefone (81)
8801-4571.
94 MAI/2014 •
L
ocalizado no bucólico e tradicional Bairro do Borgonha, safra 2011, teor alcóolico 12%, leveduras
Espinheiro, marcado também por seu charme presentes na própria uva, envelhecido 12 meses
e tranquilidade, nasceu o Giardino Bistrô que em carvalho francês. Notas de frutas silvestres e
recebeu o nome de Jardim na versão Italiana, o qual especiarias, na temperatura de 14º graus, eleito o
remete ao próprio espaço cheio de glamour, num vinho do ano em 2012 pela revista Prazeres da Mesa.
ambiente requintado, charmoso e aconchegante,
assinado pela arquiteta e design de interiores Shopia A harmonização com o prato executado pelo Chef
Reinaux. Inspirado na culinária feita nos bistrôs Alexandre Mon Rêver se torna perfeita, pois, por
parisienses do interior da França, o chef Alexandre se tratar de uma uva mais branda, não muito forte
Mon Rêver, que estudou na renomada Le Cordon Bleu nem rascante e o bacalhau ter bastante sal. Se, ao
e atuou em diversos restaurantes pela Europa, buscou contrário, a opção fosse um vinho maduro e mais
os conceitos da Cuisine du Terroir para elaborar um rascante, tornaria o peixe amargo.
novíssimo cardápio para o charmoso bistrô da Zona
Norte do Recife.
Rua Santo Elias, 358, Espinheiro
Prato: Bacalhau - Gados Morua – crosta de castanha Fone: (81) 3031-5771
do Pará sobre purê de banana da terra. Horário Funcionamento:
Jantar 18h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h;
Vinho: Pinot Noir François Labet. Vinhedos vindos dom. 12h/16h; fecha seg)
do solo granítico na Ilha de Córsega e vinificado na
• MAI/2014 95
F
undado em 1981 por Carlos Alberto Mergulhão, sudoeste da França, região dos pirineus no Mabiran. Com
o restaurante tem como especialidade a alta acidez, notas de damascos, marmelo, especiarias e
cozinha suíça, sobretudo o fondue. Devido floral, o vinho se adequando com a mineralidade da
ao inquestionável sucesso adquirido com os mais Sauvignon Blanc; essa fusão traz toques de abacaxi,
de 30 anos em Boa Viagem (Recife), a casa subiu a limão siciliano, pera, damasco e aromas de jardim. Como
Serra e em 2004 abriu as portas em Gravatá. Além do a Grosmanseing também ser de vinhos de sobremesa, é
bourguignonne (carne) e de queijo (composto das também utilizada para armagnat, por isso combina bem
opções la fondue original, funghi seco, gorgonzola e com a lagosta e os molhos.
greyere), são servidos também os de bacalhau, salmão,
avestruz, cordeiro, lagosta e camarão, além dos doces
de chocolate, doce de leite, mesclado e branco). A Casa
oferece também pratos à la carte que são executados
com camarões, lagostas, bacalhau, peixes, sopas e R. Des. João Paes, 186 - Boa Viagem
menu kids. Na capital a capacidade é de 120 lugares Fone: (81) 3326-8659
Horário Funcionamento:
e no Agreste pernambucano de 200, ambos possuem terça a domingo – 19:00 às 2:00
adega com 120 rótulos e fraldário.
R: Cícero Batista de Oliveira, 1993 – Gravatá
Prato: Fondue de lagosta Fone: (81) 3533-3685
Horário Funcionamento:
Vinho: Côtes de Gascogne, safra 2010, teor alcóolico quinta a domingo – 18:00 às 2:00
12%. Francês, com corte das uvas Grosmanseing e
Sauvignon Blanc. Tem origem nos países bascos e,
através do enólogo Alain Brumont, migrou para o
96 MAI/2014 •
S
ediado no Beach Class Suítes, em um
dos cartões postais mais conhecidos do
Recife, a Avenida Boa Viagem, há cerca
de três anos o restaurante Nabuco passou a ser
vinculado e administrado pelo hotel.
Prato: Feijoada
• MAI/2014 97
Por: Alberto Bittencourt
Rotary Club do Recife - Boa Viagem.
Distrito 4500 - PE, PB, RN
Tel cel: +55 (81) 8844-8129.
Blog FEIXE DE VARAS:
http://albertobittencourt.blogspot.com
e estágios de verão. Então inscreva-se numa “Bolsas Rotary Os candidatos devem ter, além de excelentes habilidades de
pela Paz Mundial”. Estão abertas as inscrições para a turma de liderança, compromisso com a paz e compreensão mundial,
2015-2016. Candidate-se a uma das bolsas patrocinadas pela demonstrado por intermédio de conquistas acadêmicas,
Fundação Rotária do Rotary International, em um dos sete profissionais e pessoais, e de participação em atividades de
Centros Rotary de Estudos Internacionais, existentes no mundo: prestação de serviços comunitário.
1 - Chulalongkorn University, Bangcoc, Tailândia. Centro De Para o curso de mestrado são exigidos diploma universitário,
Aperfeiçoamento Profissional, o único onde são cursadas as bolsas de proficiência em um segundo idioma e um mínimo de três anos
de experiência na área, seja como voluntário, seja em empregos
três meses de duração. remunerados. A decisão final pela aceitação dos candidatos é
2 - Duke University - Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA. da universidade escolhida.
3 - University of North Carolina - Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA.
4 - International Christian University - Tóquio, Japão. Para o curso de aperfeiçoamento profissional são exigidos
5 - University of Bradford - West Yorkshire, Reino Unido. diploma de nível médio ou superior, proficiência em inglês
e um mínimo de cinco anos de experiência em posição de
6 - Uppsala University, Suécia. responsabilidade.
7 - University of Queensland, Brisbane, Austrália.
Não poderão candidatar-se: rotarianos; rotarianos honorários;
Você pode concorrer a dois tipos de bolsas educacionais: a) funcionários de qualquer entidade rotária; cônjuges,
a um curso de mestrado, com dois anos de duração; b) a um descendentes diretos (filhos e netos) ou ascendentes (pais ou
curso de aperfeiçoamento profissional com duração de três avós) de rotarianos; ex-rotarianos que deram baixa do Rotary
meses que funciona duas vezes por ano. há menos de 36 meses, e seus parentes.
Sócios de Rotaract Clubs e pessoas deficientes podem e são
A Fundação Rotária seleciona anualmente, com base de mérito, incentivados a se inscreverem.
a nível mundial, 60 bolsas de mestrado e 50 de aperfeiçoamento
profissional, (25 a cada semestre), num total de 110 bolsas Para se inscrever, o candidato deve baixar na internet o
anuais. Oferece também um estágio, onde os bolsistas podem formulário de inscrição, ou solicitar por e-mail junto a um
aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos no curso. Rotary Club ou a este redator.
Uma vez preenchido o formulário, anexar os documentos
Os bolsistas do Rotary pela Paz Mundial são líderes que pedidos e enviar a inscrição a um dos Rotary Clubs locais até o
promovem a paz, a mútua cooperação entre homens e nações, dia 01 de junho de 2014. O prazo fatal para recebimento pela
a resolução de conflitos em todos os setores. Atuam nas áreas Fundação Rotária é 01 de julho de 2014.
onde houver guerras, cataclismos, fome, miséria, doenças, no
atendimento às vítimas, aos refugiados, na busca de soluções. Desde que foram criados em 2002, os Centros Rotary pela Paz
Mundial já formaram mais de 800 bolsistas (alumni).
Os cursos abrangem relações internacionais, administração
pública, desenvolvimento autossustentável, estudos da paz e
resolução de conflitos, entre outros assuntos.
Para informações mais detalhadas,
Após a conclusão, os ex-bolsistas trabalham em várias áreas:
órgãos públicos governamentais; ONGs internacionais, como acesse o site de cada universidade ou o
Médicos Sem Fronteiras; empresas de consultoria; Forças site do Rotary International
Armadas e em organizações internacionais, como o Banco www.rotary.org/pt
Boa sorte!
98 MAI/2014 •
ANÚNCIO apha 7
• MAI/2014 99
Foto: Arquivo Pessoal.
Hoje começamos esta sessão na Empório Paradigma! É com grande satisfação, orgulho e
esperança que escrevo estas primeiras linhas de uma série de artigos com foco na preservação
marinha do estado, com foco na situação dos tubarões e fazendo uso de pesquisas científicas,
históricas, sociológicas e de ferramentas de conscientização, desmistificação acreditando na
transformação e mudança de pensamento das comunidades envolvidas!
100 MAI/2014 •
Morei em Recife quando criança, dos 06 aos 11 anos nos idos de 1975 ao começo dos anos
80. Morei na Rua dos Navegantes exatamente atrás do Castelinho, então uma área residencial
enorme com o dito castelo quase ao centro. Nesta época, eu não era muito de surf, mas
sempre adorei praia! Ia com a família na praia justo neste ponto citado. E nunca tinha escutado
nenhum tipo de restrição de profundidade, maré ou arrecifes. Incidentes com tubarões então?
Nem pensar... Para mim e para todos que frequentavam a praia naquelas épocas, tubarões
eram coisas de livros! Cansei de ultrapassar o limite dos arrecife, mesmo em maré cheia e
qualquer lua! Tudo sempre tranquilo, seguro e com a alegria de crianças brincando no mar
em frente de casa! Mal sabia eu que um dia este mesmo trecho de praia iria me trazer tantas
outras vezes a Recife, mas desta vez para defender com todas minhas forças a vida marinha.
Não imaginaria que um dia estaria de volta a Recife, já velho, para defender tubarões e
lutar pela preservação dos oceanos...2014, ano em que Recife é sede de jogos da Copa do
Mundo! Época moderna, tecnológica, em que celulares, câmeras, mídias sociais na internet,
etc e tal garantem alta velocidade na propagação de informações, notícias, casos e causos. E
infelizmente neste mesmo ano, cidades grandes e importantes no Brasil e no mundo vivem
problemas sérios e tão antigos como doenças por falta de água potável, falta de saneamento
básico, estupros e assaltos motivados por desigualdade social e falta de empregos.... Olhando
para este lado negro, não fica então muito difícil de se compreender que a preservação
ambiental, o cuidado com a nossa natureza e a saúde do planeta, estejam tão jogadas para o
lado, tão descuidadas a ponto de colapsos acontecerem e problemas então jorrarem a olhos
vistos em nossa tão querida Recife.
Neste primeiro artigo vamos abordar os problemas de incidentes entre humanos e tubarões,
que vem ocorrendo nas águas de Recife, e também em outras águas, como Hawaii, Austrália,
África do Sul e outros lugares.
Natureza selvagem. Quando você, meu amigo, pensa em natureza selvagem, o que vem à
cabeça?! Amazônia? Pantanal? Mata cerrada com predadores e animais selvagens?! Provavelmente
todas estas opções, certo? Mas e com relação aos oceanos, mares e rios?! Também eles são
natureza! E são sim selvagens, pois têm em seu seio os animais e vegetais em seu estado
natural, não domesticado ou controlados. Sim, os mares e oceanos são ambientes selvagens!
Se não concordarmos com este ponto, iremos ficar discutindo e precisando buscar estudos
de ecologia e até mesmo textos de português e dicionários para se definir o que é ou não
natureza e selvagem.
Uma vez que entendemos a real natureza dos mares e oceanos, por extensão precisamos
compreender a natureza, o comportamento e etologia dos animais marinhos! Assim como
é da natureza das abelhas produzirem mel para se alimentarem, para certos passarinhos se
alimentarem de frutas, é da natureza dos animais marinhos seguirem sua vida e se alimentarem
de acordo com a sua evolução e natureza. Quando ocorre uma alteração na natureza em
determinado local, na “casa” de alguns animais, como por exemplo abelhas, mosquitos e ratos,
que até então viviam em harmonia no seu espaço natural, é bem possível que estas criaturas
precisem sair do seu local de origem e acabem por cruzar o caminho dos humanos, gerando
conflitos, problemas e sustos. Ora, com os animais marinhos ocorre o mesmo! Uma vez que
o ambiente marinho seja alterado e degradado, como no caso da gigante obra do Porto de
Suape, destruindo mangues enormes e cortando caminho de braços de água para o mar,
animais que viviam e dependiam destas áreas para sua procriação, crescimento e alimentação,
se encontram forçados a mudar de locais, hábitos e rotinas. Simples assim sob a ótica da
natureza. Complicado quando pensamos que agora as mudanças que nós humanos causamos,
vão gerar outras mudanças e problemas para nós próprios. Fizemos o que quisemos, e agora
a natureza nos cobra o preço... Preciso deixar claro que sou totalmente solidário e triste pelos
incidentes que já aconteceram com pessoas na orla de Recife. É realmente uma tragédia a
perda de vidas de pessoas quando tudo que queriam era simplesmente ter momentos de lazer
e descanso nas belas praias desta região. Porém não se pode colocar a culpa nos tubarões! Eles
estão lado a lado com as vítimas dos incidentes, como outro tipo de vítimas também. Vítimas
da natureza que sofrem com os ataques do egoísmo, crescimento e expansão da sociedade
humana vilã, sem preocupação com a natureza ou sustentabilidade.
É preciso que a sociedade pernambucana, que o recifense e seus grupos sociais acordem para
realidade da situação, que encarem com calma e sabedoria todo este problema e que olhem
para frente em busca se soluções reais, e não temporárias ou imediatistas, que nunca dão certo
e acabam piorando problemas no futuro. Nos próximos artigos vamos citar possíveis soluções
como o que chamo de “Eco Surf Social Bus”! Um ônibus que pode ser ecológico, movido a
biodiesel, mantido através da iniciativa privada e de patrocinadores, como as grandes marcas
de surf, praia e tal, que rode a orla dos pontos proibidos e perigosos, leve gratuitamente os
surfistas cadastrados para outras praias com ondas melhores e seguras, e que ainda possam ter
noções e apresentações dentro do ônibus sobre segurança no mar, procedimentos ecológicos
e cidadania entre outros por exemplo!
Nos próximos artigos falaremos ainda sobre o Workshop internacional de incidentes com
tubarões, que aconteceu nos dias 01 a 04 de abril, sobre ecoturismo marinho e educação
ambiental marinha para adultos e crianças em Recife, além de apresentarmos formalmente
nosso projeto Internacional Divers for Sharks, que já está presente em Recife e com várias
ações durante o ano, e que em uma das últimas ações, tive o prazer de conhecer a Manuella,
nossa querida editora aqui na Empório Paradigma! Então é isso! Abraços a todos e até a
próxima!
• MAI/2014 101
DESTINO TOP
A
ngra dos Reis é um roteiro turístico indispensável. Carmo, todos tombados pelo IPHAN.
Não só para os famosos, pelas mansões e a O turista que chegar a Angra dos Reis evidente que terá
charmosa Ilha de Caras, mas também para aqueles como roteiro obrigatório conhecer as inúmeras praias e
que buscam combinar a estonteante beleza das praias e Ilhas que circundam a cidade. E fica difícil recomendar
ilhas a um rico acervo histórico-cultural. Localizada a 157 apenas uma ou duas delas. Na Ilha Grande, a maior das
km do Rio de Janeiro e com uma população de 169 mil Ilhas do litoral da cidade, é onde estão localizadas as
habitantes, a cidade oferece inúmeras opções para aqueles melhores praias, sobretudo a Praia de Lopes Mendes, a
102 MAI/2014 •
mais famosa delas e considerada uma das mais bonitas do frutos do mar. Sempre com música ao vivo, para aqueles
Brasil. São quase 3 km de areia branca, de água em várias mais românticos. Aliás, a culinária típica de Angra dos Reis
tonalidades de azul e totalmente desabitada. O mar agitado é um destaque à parte do local, com inúmeras opções
também fez de Lopes Mendes um “point” do Surfe. Mas saborosas para atender aos paladares mais exigentes.
não pense que as belezas se resumem a ela. Locais como Voltando para a cidade, outras boas sugestões de passeios
as Ilhas Botinas, Ilhas de Cataguás, Lagoa Azul, Praia de são: A Praça Lopes Trovão (com a sua famosa feira de
Meros, Praia da Feiticeira e Praia do Dentista são outras Artesanato), a Casa da Cultura (recebendo exposições
excelentes opções. Esta última em especial é considerada quase que semanalmente), a Prefeitura Municipal (prédio
o berço náutico de Angra dos Reis, onde barcos costumam construído em meados do século XIX e que foi tombado
ficar ancorados e os tripulantes aproveitam para apreciar o pelo patrimônio histórico em 1982), o Colégio Naval (onde
visual fascinante, ouvindo uma boa música, trazendo um ocorre o ritual diário do hasteamento da bandeira às 8
clima de balada para o local. da manhã e arriamento às 17 horas, tendo como pano de
Para a prática esportiva, além do mergulho submarino, fundo, um belo pôr do sol), o Forte do Leme (onde está
Angra dos Reis oferece a seus visitantes a opção do situada uma das vistas mais belas da cidade) e o Chafariz
Paraquedismo e o Rapel, onde Monsuaba (que fica dentro da Carioca, cercado de lendas sobre o encanto de sua
de uma propriedade particular), o Pico do Papagaio (Ilha água. Contam os moradores que, aquele que bebe da água
Grande) e Mambucaba (a 50 quilômetros do centro) são os da bica, não deixará mais a cidade. Com tanta beleza ao
melhores locais para estes esportes. Falando de Manbucaba, redor, talvez nem seja preciso provar dessa água para se
suas pequenas casas e uma singela igreja transformam o apaixonar de cara por Angra dos Reis. Não deixe de incluir
cenário num dos mais belos de Angra, com vários bares este paraíso no seu próximo roteiro de viagem. A satisfação
que servem desde bebidas geladas a deliciosos petiscos de é garantida!
• MAI/2014 103
Relicário
Renato Maranhão e
lvão e familia
Mauricio Queiroz Ga
Mariana Saldanha
Istambul - Turqui
Algarve – Portugal a
104 MAI/2014 •
Personagem fictício com
alcance real
A
s redes sociais estão cada vez mais presentes na vida das
pessoas, principalmente nas dos brasileiros. Seja acessando
pelo computador, tablet ou smartphone, nossos conterrâneos
passam horas por semana postando fotos, conversando com amigos
e seguindo perfis de personalidades e personagens fictícios. Isso
Foto: Divulgação
mesmo, as pessoas passam horas seguindo um personagem que não
existe na vida real.
• MAI/2014 105
O INSS MAIS PRóXIMO AO CIDADÃO
A
nossa casa é o nosso refúgio, é onde devemos criar dos sonhos não precisa ser a mais chic e nem a mais cara,
nosso mundo perfeito, exatamente do jeito que mas sim com a personalidade de cada um.
queremos que ele seja e com a nossa identidade,
para que sejamos completamente felizes e termos sempre O conteúdo das postagens é sempre bastante variado,
o prazer em ficar e voltar para ela todos os dias. procurando mostrar cada detalhe e cada passo para
transnformar o ambiente naquele dos sonhos. Ambientes
O Sou Mais Minha Casa busca trazer para os leitores, de simples, complexos, famosos, inusitados, inspirações
forma simples e agradável, ideias e dicas de como tornar compartilhadas, ideias para recriar, tendências e novidades,
a vida deles mais fácil, prática, sem deixar de ser linda e sustentabilidade, economia doméstica, enfim, tudo o que o
confortável. Mostra também que podemos transformar leitor precisa para se informar e criar.
objetos e coisas que temos, em outras mais úteis, e que
pequenas mudanças transformam totalmente um ambiente. Inspirar é o principal objetivo dessa fonte de ideias
O objetivo principal é tornar o cantinho de cada um aquele inteligentes e práticas que é o Sou Mais Minha Casa.
lugar para o qual adoramos voltar, mostrando que a casa
Bem-Estar Gymnasium
Por: Talyta Melo Por: Emilio Russell
58 anos, 51 de vela. Em veleiros de
oceano, 130 mil milhas navegadas.
Único participante das 25 Refenos
e mais 25 travessias independentes
para Fernando de Noronha. 15
travessias para o Atol das Rocas.
20 anos de Delivery’s no Brasil e
no Exterior. Coordenador por 8
anos do Rallye De Iles Du Soleil,
com participação em vários
campeonatos pernambucanos,
brasileiros e mundiais. Atualmente
Fisioterapeuta e é supervisor administrativo do
Instrutora de Pilates Grupo Camargo Corrêa.
t.a.melo@hotmail.com emilio.russell@camargocorrea.com
108 MAI/2014 •
A HERANÇA DA
COPA DO MUNDO
O
Brasil está prestes a viver um momento ímpar em
sua história. Receber pela segunda vez um evento
da magnitude de uma Copa do Mundo mostra
que o País está no caminho certo, desenvolvendo e atraindo
a atenção das outras nações. O Mundial será a consolidação
de um povo, com 12 sedes ganhando uma visibilidade jamais
vista anteriormente.
Foto: Arquivo Pessoal A herança da Copa do Mundo não se limitará ao sucesso dos
jogos em si, mas na valorização da Marca Brasil e Pernambuco,
do investimento em capital humano e da infraestrutura. A
Parágrafo
mobilidade urbana, a renovação dos aeroportos e portos,
melhoria da telecomunicação, promoção da imagem do
País e cidades-sedes e, principalmente, modernização
Final
dos equipamentos esportivos são legados tangíveis e que
permanecerão para a população.
• MAI/2014 109
CAA
110 MAI/2014 •
• MAI/2014 111
Futuro
Lançamento
112 /2014 •
MAI