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50h
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA REAL SERVIÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Objetivos:
Distinguir as diferentes fases do ciclo de gestão.
Conteúdos:
Gestão Agrícola
Empresa agrícola
Estratégias empresariais
Estratégias de negócio
Fatores de produção
Proveito
Custo
Custo afundado
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA REAL SERVIÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Utilidade
Sistema de custeio
Métodos contabilísticos
Orçamento de substituição
Fatores críticos
Ferramentas de controlo
Gestão do risco
GESTÃO AGRICOLA
Existe uma diversidade muito grande de definições para o termo GESTÃO. A mais comum
delas, define gestão como a forma de assegurarmos a gestão de recursos escassos da
empresa, no sentido de alcançar os objetivos previamente definidos.
Quando se trata de planear a curto prazo, a mais utilizada é a dos orçamentos. Muito
simples a sua utilização, consiste essencialmente numa metodologia que consiste em
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Ciclo da gestão
O ciclo da gestão inclui três vértices distintos, todos ligados entre si e sem princípio ou fim
aparente – o Planeamento, a Implementação e o Controlo –, tal como se pode ver na figura
seguinte.
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Cada vez mais a qualidade da gestão das empresas agrícolas (isto é, o contributo que a
gestão dá para se atingirem os objetivos da empresa) está dependente da capacidade
existente na empresa para gerir informação que, entre outras coisas, permita verificar até
que ponto os objetivos propostos foram ou não atingidos e, adicionalmente, proporcionar
explicações para os eventuais desvios que tenham ocorrido.
Painel de Controlo
Com o objetivo de controlar a implementação de determinado plano, tanto ao nível
operacional como ao nível estratégico, vamos referir-nos a um instrumento chamado Painel
de Controlo.
A ideia por detrás deste método é a escolha de um conjunto de Indicadores de que
espelhem as principais linhas estratégicas da empresa, assim como os principais pontos
de estrangulamento ou de risco.
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Para cada uma das linhas estratégicas da empresa é necessário definir um pequeno
conjunto de Objetivos, Indicadores de Performance (desempenho), Metas e Iniciativas.
Iniciativas – Como vamos conseguir chegar a esta Meta? Quais as medidas que vamos
implementar para o conseguir.
Empresa agrícola
Hoje em dia, utiliza-se o termo exploração agrícola como sinónimo de empresa agrícola.
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Uma outra definição de empresa agrícola (INE) aponta-a como uma unidade técnico-
económica que utiliza mão-de-obra e fatores de produção próprios e que deve satisfazer
as quatro condições seguintes:
1. Produzir um ou mais produtos agrícolas;
2. Atingir ou ultrapassar uma certa dimensão mínima (área ou nº de animais);
3. Estar sujeita a uma gestão única;
4. Estar localizada num local bem determinado e identificável
Do ponto de vista da sua natureza jurídica as explorações agrícolas podem ser classificadas
da seguinte forma:
Explorações de produtores singulares;
Sociedades (de agricultura de grupo, por quotas, anónimas, etc.);
Baldios (terrenos possuídos e geridos por comunidades locais);
Empresas públicas (exploração agrícola cuja gestão está diretamente subordinada à
Administração Central ou Local).
Formas de exploração
Uma outra maneira de caracterizar as estruturas agrárias de uma dada região ou País está
relacionada com as respetivas formas de exploração da área disponível, ou seja, com as
diferentes formas jurídicas pelas quais as empresas agrícolas dispõem da terra que
utilizam.
Hoje é quase impossível que o gestor tenha possibilidade de definir o preço de venda a
partir do valor do custo. É muito mais importante que a contabilidade analítica determine os
custos das diferentes atividades / operações que decorrem nas suas empresas e sobre as
quais tem poder de decisão.
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Só depois, e se essa informação tiver alguma utilidade no contexto das decisões a tomar
na exploração, se irá fazer refletir esses custos das operações sobre os produtos.
Centro de investimentos
Finalmente temos que distinguir os centros de investimento. Este conceito é particularmente
interessante nas empresas agrícolas uma vez que é comum encontrarmos casos de
investimento que se realizam ao longo de um período longo e, facto que ainda é mais
relevante, investimentos que são implementados utilizando recursos próprios da empresa.
Casos de instalação de pomares em que, apesar de algumas operações e muitos fatores
poderem ser contratadas a terceiros, é usual que recursos do próprio aparelho de produção
sejam igualmente utilizados. O importante é que estes centros de investimento permitam
apurar os verdadeiros custos do investimento.
Considerações suplementares
É normal as atividades transferirem recursos entre si em vez de utilizarem recursos
exclusivamente adquiridos ao exterior ou de colocar os produtos obtidos no mercado. Uma
atividade de cultura de cereal poderá produzir feno para auto-utilização numa atividade de
criação de animais.
Por sua vez, a atividade de criação de animais está a consumir um recurso que foi gerado
internamente, o feno, em vez de adquirido ao exterior.
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Estratégias Empresariais
Perante o conjunto de atividades alternativas viáveis uma empresa pode escolher entre
caminhos distintos ou estratégias empresariais diversas. Pode centrar-se numa atividade
escolhendo o caminho da especialização ou distribuir os seus recursos num conjunto de
atividades, diversificadas.
Focalização ou Especialização
Diversificação
Estratégias de Negócio
Perante este clima competitivo as empresas podem optar, em cada um dos seus negócios
ou produtos, por dois posicionamentos distintos ou estratégias competitivas básicas: a
diferenciação e a liderança de custos.
Diferenciação do produto
Diferenciação - qualquer ação praticada que faça com que um produto apareça perante o
consumidor com características individuais e que o destaquem relativamente aos produtos
concorrentes.
Um produto como a maçã poderá ser diferenciado das restantes maçãs do mercado através
de um sistema de certificação de qualidade no uso de fitofármacos, como um produto
biológico (sem uso de adubos ou fitofármacos), como um produto local (quer seja para
apoio à comunidade local, quer seja por mostrar que evita a poluição associada ao
transporte – dependendo da sensibilidade do consumidor alvo), pela cor e brilho, pelo
sabor, pela embalagem, etc.
Domínio ou liderança pelos custos - estratégias seguidas por uma empresa no sentido de
minimizar os seus custos por unidade produzida, de modo a tornar-se mais competitiva que
as empresas concorrentes.
Dada a falta de controlo sobre os preços da maioria dos fatores de produção utilizados, a
minimização dos custos ocorre geralmente pela escolha e organização dos fatores de
produção de modo eficiente, com o objetivo produzir a maior quantidade de produto por
unidade de capital gasta. Ganhos em eficiência poderão ser obtidos através de opções
técnicas ou economias e escala.
Opções técnicas – introdução de uma nova técnica, tecnologia ou modo de trabalho que
seja capaz de reduzir os custos por unidade de produto criada. Mecanização,
automatização ou a gestão da mão de obra. Ao considerar opções técnicas é ainda
necessário ter em conta que o importante é alcançar os melhores resultados e não os mais
elevados valores de produção.
fixos são distribuídos por mais horas de trabalho, fazendo com que cada hora custe menos).
Empresas que negoceiam grandes quantidades são ainda normalmente capazes de obter
melhores preços para os fatores de produção.
FACTORES DE PRODUÇÃO
O potencial intrínseco de uma empresa é-lhe conferido pelas características dos chamados
fatores primários de produção, e pela forma como estes estão articulados.
• Capital
• Trabalho
• Empresário
Trabalho ou Mão-de-Obra
Capital
Capital corresponde ao conjunto dos bens disponíveis para uso na produção de outros
bens.
Empresário
O custo anual de capital fixo inanimado e benfeitorias é composto pelo conjunto de custos
associados a equipamento, construções e outro tipo de capital fixo inanimado ou
benfeitorias. Tem uma componente de custos fixos e uma componente de custos variáveis.
das necessidades do gestor, ou melhor, tem de fornecer indicadores que permitam originar
a informação necessária para a tomada de decisão.
Custo
Custo fixo é aquele que não depende da quantidade de produto produzido, sendo, por
definição constante para qualquer nível de produção, num determinado prazo considerado.
Custos variáveis
Diz-se que ocorre um custo real quando existe o sacrifício de um recurso que foi obtido
através da criação de uma despesa junto a um fornecedor.
Custo atribuído
Diz-se que um custo é específico quando respeita a uma atividade agrícola específica.
Custo não específico ou custo geral não pode ser associado a nenhuma atividade agrícola
específica.
Custo total
Chamamos custo total ao conjunto de custos (fixos, variáveis, reais, atribuídos, específicos
e não específicos) a ser imputado a uma atividade ou conjunto de atividades, dadas as
quantidades de fatores de produção utilizados.
Custo unitário
Custo afundado
São os custos realizados até ao momento de uma determinada tomada de decisão e que
são indiferentes no apoio a essa mesma tomada de decisão. Num qualquer momento do
tempo, o agricultor deverá decidir de acordo com os custos resultantes dessa decisão e
nunca com base nos custos já realizados até essa data.
O exemplo típico de custos afundados é a decisão de colheita num ano em que o valor da
produção claramente aparenta não conseguir cobrir os seus custos. A decisão de colheita
deverá apenas ter em conta os custos dessa colheita e o valor da produção. Caso o valor
da produção seja superior aos custos de colheita esse valor será capaz de cobrir parte dos
restantes custos, ao passo que se não se fizer a colheita nenhuns custos serão cobertos.
Caso o valor da produção não cubra sequer os custos de colheita esta não se deverá
realizar.
Realidade económica
A gestão de uma empresa preocupa-se com três realidades distintas que uma vez
separadas dão origem a diferentes resultados para diferentes fins.
Fluxos económicos
Realidade financeira
Fluxos financeiros
Receitas
Despesa
Realidade de tesouraria
A realidade de tesouraria diz respeito à análise do plano de tesouraria e do respetivo
resultado, saldo de tesouraria. Estes indicadores económicos são obtidos a partir da
organização de fluxos monetários conhecidos por fluxos de tesouraria.
Fluxos de tesouraria
Pagamento
Recebimento
Utilidade
Quando aplicado à economia ou gestão, o termo utilidade serve por isso para classificar
escolhas e decisões de acordo com o que trará um maior bem-estar.
Custo de oportunidade
O conceito de custo de oportunidade pode ser aplicado aos restantes fatores de produção.
No que respeita a mão-de-obra familiar, o facto de se trabalhar numa exploração agrícola
impede o ganho de um salário pago por uma entidade empregadora (seja na agricultura,
na industria ou em serviços). Uma exploração com resultados positivos é uma exploração
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Sistema de custeio
Preço de transferência
Preço de mercado
Preço negociado
O preço negociado incorpora não só o valor de mercado, mas também outros fatores como
qualidade, prazos de entrega, facilidades de pagamento, etc. Sendo uma forma mais
sofisticada de preço de mercado, dá origem a resultados mais fieis.
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Métodos de valorização
Num determinado período de tempo em análise, é possível que sejam adquiridas diversas
quantidades do mesmo fator ou produto a diferentes preços. Se assim for, no momento em
que se efetue a primeira saída de armazém do item em causa, por que valor é que ele
deverá sair? Qual o custo a imputar à secção à qual ele se destina?
Existem três métodos valorimétricos usados no quotidiano empresarial para dar resposta a
este problema:
Ao utilizarmos o critério LIFO (last in, first out), ao contrário da situação anterior, iremos
considerar que as primeiras unidades a sair são as que entraram em último lugar.
•
Custo Médio
O critério do Custo Médio estabelece que qualquer unidade que saia num determinado
momento do armazém deverá sair com um custo associado que exprima o custo médio
desse fator em armazém, no momento da sua saída.
•
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Métodos de valorização
Os sistemas contabilísticos de apoio à gestão são muitas vezes conhecidos por analíticos,
uma vez que são definidos de forma a permitirem conhecer, e diferenciar as diferentes
“áreas” da empresa.
É usual definir que cada produto é um desses centros de análise, mas é cada vez mais
usual utilizar atividades, independentemente de darem origem a um ou mais produtos.
Quando se usa o produto procura-se mais analisar os custos de produção de cada um,
quando se usam atividades procura-se conhecer as margens (resultados) de cada uma.
Os gastos passam a estar relacionados com atividades e não com produtos. As atividades
consomem recursos (que geram gastos) e os produtos são “apenas” o resultado das
atividades.
Quando os gastos são atribuídos diretamente aos produtos, o gestor é alertado apenas
para as consequências (custo dos produtos mais elevado do que o previsto, por exemplo)
e não para as causas desses custos (as atividades e o modo como se desenvolvem).
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Uma atividade no limiar de encerramento apresenta margem bruta igual a zero (total de
rendimentos = custos variáveis).
Valor acrescentado
Valor acrescentado é o valor que se adiciona aos fatores de produção utilizados no decorrer
de uma atividade. Preocupa-se com a diferença entre a totalidade rendimentos e os gastos
de uma atividade.
Custo de produção
O Custo de produção, tenta para cada produto saber o seu custo de produção. O seu
interesse é, no entanto, limitado uma vez que o agricultor não tem qualquer influência no
preço de mercado e sobretudo por implicar distribuições não reais dos fatores de produção,
produzindo por vezes resultados com pouco significado.
Os resultados económicos de atividade são então obtidos pela diferença entre a totalidade
de rendimento e os gastos específicos da atividade.
Margem Bruta
Margem Bruta é a diferença entre o total dos rendimentos associados a uma atividade e a
totalidade de custos variáveis que lhe estão associados.
Margem de contribuição
Margem total
Margem unitária
A Margem unitária resultado da divisão da margem total por uma quantidade, dependendo
dos objetivos de análise.
Uma atividade no limiar de encerramento apresenta margem bruta igual a zero (total de
rendimentos = custos variáveis).
Orçamento de substituição
A elaboração de orçamentos parciais pode ter como objetivo perceber até que ponto é
economicamente vantajosa, no âmbito do sistema de produção atual de uma empresa, a
substituição de uma atividade por outra.
Tal situação é particularmente interessante quando ambas as atividades têm uma base
tecnológica comum, isto é, partilham a utilização de um conjunto de recursos estruturais
(tipo de equipamento, nível de qualificação de mão-de-obra, etc).
Quando as diferenças ao nível dos recursos necessários são maiores, este tipo de
orçamento já não será o mais conveniente para o efeito, uma vez que provavelmente a
substituição entre atividades envolverá questões ligadas à realização de investimentos.
Fatores críticos
Entende-se por fatores críticos, todos os fatores de produção cujas alterações nos custos
produzam alterações de grande escala nos resultados de empresa.
Se a mão de obra representar 60% dos custos uma empresa, é com certeza um fator crítico,
uma vez que mesmo pequenas alterações no tempo contratado ou no seu custo unitário
deverão causar grandes alterações nos resultados da empresa.
Ferramentas de Controlo
Empréstimos de curto prazo são contraídos não para investimento, mas para assegurar a
viabilidade de tesouraria da exploração em períodos de necessidade de tesouraria. A dívida
contraída nestes empréstimos é geralmente saldada num prazo máximo de um ano, num
processo de serviço de dívida a curto prazo.
Gestão do Risco
Entende-se por “risco” uma situação na qual não existe apenas um resultado possível.
Risco está associado a uma série de resultados possíveis, cada um dos quais com uma
probabilidade de acontecimento.
Benchmarking
O benchmarking pode ter como objetivo a comparação dos dados gerais da empresa de
modo a identificar pontos fortes e pontos fracos.