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Aula 1 – Análise de Tensões

ANÁLISE DE TENSÕES

CONCEITOS BÁSICOS:

Em geral, as forças internas, de um corpo sólido,


que atuam em áreas infinitesimais em uma seção do
corpo, tem magnitudes e direções variadas.
Essas forças mantém o equilíbrio com as forças
externas aplicadas.
Em geral, essas forças variam de ponto para
ponto e são inclinadas em relação ao plano de corte.
É costume decompor essas forças em componentes
paralelas e perpendiculares à seção investigada.
ANÁLISE DE TENSÕES

Forças equilíbrio
Forças
internas externas
F  0
M  0
- áreas infinitesimais
- componentes cartesianas
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
Como cada componente da intensidade da força
por unidade de área é um valor médio para o
elemento de área A, a definição matemática da
tensão é:

∆𝐹𝑥
𝜎 𝑥𝑥 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴

∆𝑉𝑥𝑦
𝜏𝑥𝑦 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴

∆𝑉𝑥𝑧
𝜏𝑥𝑧 = lim
∆𝐴→0 ∆𝐴
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
Tensões são forças por unidade de área.

 xy
a tensão tem sentido y

o plano onde atua a tensão é


normal ao eixo x
A componente xy atua na face cuja normal é o
eixo x e tem a direção do eixo y.
A intensidade da força perpendicular ou normal a
seção é chamada de tensão normal em um ponto.
Apenas um índice é necessário para designar a
direção do eixo.
ANÁLISE DE TENSÕES

Os demais componentes da intensidade de força


agem paralelamente ao plano da área elementar.
Esses componentes são chamados de tensão de
cisalhamento e necessitam de duplo índice para
serem determinadas.

Equilíbrio
Deve-se observar que as tensões multiplicadas
pelas respectivas áreas em que atuam, resultam em
forças, e a soma dessas forças em uma seção
imaginária mantém o corpo em equilíbrio.
ANÁLISE DE TENSÕES

F  0
Y

Equilíbrio A1

xy
xx
X
xz

F
 Z

A
F   .A
F  xx . A1   yx . A2   zx . A3  0 A
ANÁLISE DE TENSÕES

TENSOR TENSÃO:

Se além do plano de corte indicado no na figura


de corpo livre, fosse passado um outro plano a uma
distância infinitesimal, paralelo ao primeiro,
isolaríamos uma fatia elementar. Então, se dois
outros pares fossem passados normalmente ao
primeiro par, seria isolado do corpo um cubo de
dimensões infinitesimais. Tal cubo é mostrado na
figura a seguir, onde todas as tensões que agem
sobre o mesmo, são bastante usadas nas teorias
matemáticas de elasticidade e plasticidade.
TENSOR TENSÃO:
Y

cubo infinitesimal

Z
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
ANÁLISE DE TENSÕES
TENSOR TENSÃO:
Cubo de Cauchy

Tensão de
cisalhamento

Tensão
normal

Estado de tensão mais


geral sobre um elemento
infinitesimal de um corpo
sólido.
ANÁLISE DE TENSÕES

As indicações para tensões no cubo de Cauchy


são bastante usadas nas teorias matemáticas da
elasticidade e plasticidade.
O exame do cubo de Cauchy mostra que existem
três (3) tensões normais e seis (6) tensões de
cisalhamento.
Os componentes com índice repetidos (xx = x
, yy = y , zz = z) são chamadas tensões normais
(atuam perpendicularmente às faces).
As componentes com índice diferentes (xy =
yx, xz = zx , yz = zy) são chamadas tensões de
cisalhamento (atuam tangencialmente às faces).
ANÁLISE DE TENSÕES

O vetor força tem apenas três componentes


Fx , Fy , Fz , os quais podem ser escritos de forma
ordenada, como um vetor coluna:

 Fx 
 
Fi   Fy 
F 
 z
Analogamente, os componentes de tensão podem
ser agrupados na forma:

 xx  xy  xz   x  xy  xz 
   
 ij   yx  yy  yz    yx  y  yz 
       
 zx zy zz   zx zy z 

Logo, o estado de tensão no ponto (ij) é definido por um tensor de 2o ordem.


O número de componentes, C, de um tensor em espaço qualquer, D, é dado por:

C  Dn ordem do tensor
Geralmente, para abreviar, indica-se o tensor
das tensões pela forma ij , onde se entende que i e
j podem adiquirir designações x, y e z conforme
observado anteriormente.

ij Estado de tensão


DECOMPOSIÇÃO DA TENSÃO RESULTANTE:

Sn

Sr
Fn

Fr
A
P St
Ft
Tensão resultante (Sr) atuante
em um plano do corpo sólido.
A tensão resultante (Sr ) atuante em um plano do
corpo sólido pode ser decomposta nas componentes
Sn e St , normal e tangencial ao plano considerado,
de tal forma que:
  
S r  S n  St ou S S S
2
r
2
n t
2

Eixos cartesianos  Lei dos cossenos para 90°


onde
Fn Ft
Sn  lim St  lim
A0 A A0 A

(normal) área infinitesimal (tangencial)


Quando representamos a tensão resultante num
sistema cartesiano, temos a seguinte decomposição:
   
onde Sr  S x  S y  S z

ou S r2  S x2  S y2  S z2

Tensão resultante (Sr) atuante


em um ponto P do corpo sólido.
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO RESULTANTE NORMAL A
UM PLANO QUALQUER

Um plano qualquer fica determinado num sistema


cartesiano quando se conhece a direção de sua
normal.
Y

(n,y) N(l,m,n)
B

(n,z) (n,x)

A X
C

Z
Y

l  cos(n, x )
(n,y) N(l,m,n)
m  cos(n, y )
B
n  cos(n, z )
(n,z) (n,x)

A X
C
Cossenos diretores de um plano qualquer.
Z
Cada componente associa-se à resultante pelo cosseno entre suas direções.
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO RESULTANTE NORMAL A
UM PLANO QUALQUER

Um plano qualquer fica determinado num sistema


cartesiano quando se conhece a direção de sua
normal.

Os ângulos que a normal do plano faz com os


eixos x, y e z são chamados ângulos do plano.

O cosseno desses ângulos são chamados de


cossenos diretores.

Obs.: teoria do contínuo.


Cossenos diretores de um plano qualquer.

l  cos(n, x )
m  cos(n, y )
n  cos(n, z )

Poderia ser:
 componente normal em relação a x ou (n,x)
 componente normal em relação a y ou (n,y)
 componente normal em relação a z ou (n,z)
DECOMPOSIÇÃO DA TENSÃO NORMAL (Sn):

Os componentes Snx, Sny e Snz da tensão


normal Sn são tais que:
Y
N(l,m,n)
Sny
Sn
B

P
S nx
Snz A X
C
Tensão normal (Sn) atuante em um
Z ponto P de um plano qualquer.
Y    
Sn  Snx  Sny  S nz
Sny
Sn ou
B S n2  S nx
2
 S ny
2
 S nz
2

l 2  m 2  n2  1

S nx
P
S nx  S n . cos(n, x)  S n .l
Snz A X
C S ny  S n . cos(n, y )  S n .m

Z
S nz  S n . cos(n, z )  S n .n

l  m  n 1
2 2 2
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO RESULTANTE NORMAL A
UM PLANO QUALQUER
DETERMINAÇÃO DA TENSÃO RESULTANTE NORMAL A
UM PLANO QUALQUER

Y Sny
Supondo que a tensão SnN(l,mn)
resultante Sr , coincida com a B
normal do plano ABC, Sn=Sr
considerado na figura ao lado, e Snz P S nx
que o estado de tensão seja z
zx
definido por ij.
xz
x zy
O
xy yz X
A
 yx
C
y
Z
Tensão resultante, normal a um plano
qualquer.
Y Y
Sn, Fn AOBC
B B
AABC

Snx, Fnx
- x, Fx
A
X
O X

Y
C C AOAB
Y
B
Z Z
- zx, Fzx

A
O X
A
- yx, Fyx O X

C
Z

Z AOAC
Snx . AABC   x . AOBC   yx . AOAC   zx . AOAB  0
O plano ABC, têm ângulos (n,x) , (n,y) e (n,z). Para que
haja o equilíbrio de forças, têm-se:
AABC = Área do triângulo ABC.

S nx . AABC   x . AOBC   yx . AOAC   zx . AOAB  0



S ny . AABC   y . AOAC   xy . AOBC   zy . AOAB  0

S nz . AABC   z . AOAB   xz . AOBC   yz . AOAC  0
onde:
Sabe-se ainda que:
S nx   x .l   yx m   zx n
 AOBC  AABC . cos(n, x)
 S ny   xy .l   y m   zy n
 AOAC  AABC . cos(n, y )
A S nz   xz .l   yz m   z n
 OAB  AABC . cos(n, z )
TENSÃO RESULTANTE EM UM PLANO QUALQUER
A tensão S (Resultante), atuante em um plano
qualquer pode ser decomposta nas componentes normal e
tangencial ao plano considerado, de tal forma que:
Y   
N(l,mn)
S r  S n  St
Sn
B S ou

St
X
S S S
2
r
2
n t
2
A
C

Tensões atuantes em um plano qualquer.


Z
Dado o estado de tensão, é possível determinar a
tensão num plano qualquer:
sabe-se que:
 x  xy  xz  S x   x .l   xy m   xz n
  S 2  Sn2  St2
 ij   xy  y  yz  S 2  S x2  S y2  S z2 S y   xy .l   y m   yz n
   
 xz yz z  Sn  S x .l  S y m  S z n S z   xz .l   yz m   z n

Assim, tem-se:

S n   x .l 2   y m 2   z n 2  2( xy .l.m   yz .m.n   xz .l.n)

e S t2  S x2  S y2  S z2  S n2

S2
Obtenção da equação: Sn  S x .l  S y m  S z n

O ângulo entre duas retas no espaço


é dado por
cos  l .l  m .m  n.n
, , ,

Sn (l,m,n) S (l',m',n') S n  S cos


 S n  S (ll ' mm' nn' )
S n  ( Sl' )l  ( Sm' )m  ( Sn' )n

Sn  S x .l  S y m  S z n
DETERMINAÇÃO DAS DIREÇÕES DA TENSÃO DE
CISALHAMENTO

Dado um estado de tensão, pode-se determinar a


tensão de cisalhamento em relação a qualquer plano.
Y

Sy
Sn
B S

P
Sx
Sz St A X
C

Tensões atuantes em um plano qualquer.


Z
   
sabe-se que: S  Sx  S y  Sz
St  S x .lt  S y .mt  S z .nt
l 2  m2  n2  1
l.lt  m.mt  n.nt  0

A soma dos componentes de Sn e St na direção x, tem


que ser igual a Sx (componente resultante), logo:
Analogamente, na direção y e z, têm-
S .l  S .l  S se:
n t t x

S x  S n .l S y  S n .m S z  S n .n
 lt  mt  nt 
St St St
Exercício 4.1

O estado de tensão é dado por:

x = 18,0MPa, y = 48,0MPa, z = 86,0MPa,


xy = 42,0MPa, yz = -14,0MPa e xz = 20,0MPa

Encontre o valor da tensão de cisalhamento sobre o


plano que faz um ângulo de 35o e 65o com y e z
respectivamente.
Encontre também os cossenos diretores da tensão de
cisalhamento neste plano.
 determinação dos cossenos diretores:
  35o ,   65o
l  cos(n, x)  cos
 l 2  m2  n2  1
m  cos(n, y )  0,819
n  cos(n, z )  0,423 l  0,388    67,2

 determinação das componentes Sx , Sy e Sz:
S x   x .l   xy m   xz n

S y   xy .l   y m   yz n

S z   xz .l   yz m   z n
S x  18(0,388)  42(0,819 )  20(0,423)  49,84 MPa
S y  42(0,388)  48(0,819 )  (14)(0,423)  49,69 MPa
S z  20(0,388)  (14)(0,819 )  86(0,423)  32,67 MPa
 determinação da componente normal Sn:
S n  S x .l  S y m  S z n
 S n  49,84(0,388)  49,69(0,819 )  32,67(0,423)  73,85MPa
 determinação da resultante S:
S 2  S x2  S y2  S z2
 S 2  (49,84) 2  (49,69) 2  (32,67) 2  S  77,59 MPa
 determinação da componente de cisalhamento St:
S 2  S n2  S t2
 S t2  (77,59) 2  (73,85) 2  S t  23,80 MPa
 determinação dos cossenos diretores da tensão de
cisalhamento:

S x  S n .l 49,84  73,85(0,388)
lt    lt  0,8902
St 23,8

S y  S n .m 49,69  73,85(0,819 )
mt    mt  0,4535
St 23,8

S z  S n .n 32,67  73,85(0,423)
nt    nt  0,0601
St 23,8
MUDANÇA DE SISTEMAS DE COORDENDAS

,
Y
Y
Sejam (x,y,z) e (x’,y’,z’)
sistemas ortogonais de
coordenadas:
,
X

xyz rotação x’y’z’


Z
,
Z
Sendo que o estado de tensão antes da rotação é
dado por ij e depois da rotação por ’ij .

 x  xy  xz   x,  xy
,
 xz, 
   , 
rotação  ij   xy  y  yz 
 ij   xy  y  yz  , , ,

     , , 
 xz  yz  z 
,
 xz yz z 
O ângulo entre duas retas no espaço é
dado por:
cos  l.l ' m.m' n.n'
onde (l’,m’,n’) são os cossenos diretores da
reta, r, e (l,m,n) são os cossenos
diretores da reta s.
Y

 s

Z
O primeiro passo para determinar ij’ é
determinar os componentes X, Y e Z sobre
um plano normal ao novo eixo X’, Y’ e Z’.

 x'
N
onde:
S x '  S x ' x   x cos(x' , x)   xy cos(x' , y )   xz cos(x' , z )
S y '  S x ' y   xy cos(x' , x)   y cos(x' , y )   yz cos(x' , z )
S z '  S x ' z   xz cos(x' , x)   yz cos(x' , y )   z cos(x' , z )

Sendo que o plano , tem cossenos


diretores:
cos(x' , x) , cos(x' , y) , cos(x' , z )
x’ é obtido somando-se os componentes de
Sx’ , Sy’ e Sz’ na direção x’. Logo:
ANÁLISE DE TENSÕES

 x '  S x ' cos(x' , x)  S y ' cos(x' , y)  S z ' cos(x' , z)


 x '   x cos2 ( x' , x)   y cos2 ( x' , y )   z cos2 ( x' , z )
 2 xy cos(x' , x) cos(x' , y )  2 yz cos(x' , y ) cos(x' , z )
 2 xz cos(x' , z ) cos(x' , x)

x’y’ é obtido de maneira análoga:

 x ' y '  S x ' cos(y' , x)  S y ' cos(y' , y)  S z ' cos(y' , z )


 x ' y '   x cos(x' , x) cos(y ' , x)   y cos(x' , y ) cos(y ' , y )
  z cos(x' , z ) cos(y ' , z )
  xy [cos(x' , x) cos(y ' , y )  cos(x' , y ) cos(y ' , x)]
  yz [cos(x' , y ) cos(y ' , z )  cos(x' , z ) cos(y ' , y )]
  xz [cos(x' , z ) cos(y ' , x)  cos(x' , x) cos(y ' , z )]

Os outros componentes obtém-se de


maneira análoga.
A relação para mudança de coordenadas usando o
conceito de matriz, é:

  R. ij .R
,
ij
T

onde:

R = matriz de rotação;
RT = matriz transposta de R.
Se:
l1  cos(x , x)
, m1  cos(x , , y ) n1  cos(x , , z )
l2  cos(y , x) ,
, m2  cos( y ,
, y) , n2  cos(y , , z )
l3  cos(z , , x) m3  cos(z , , y ) n3  cos(z , , z )

Então:

l1 m1 n1  l1 l2 l3 
R  l2 m2 n2  e RT  m1 m2 m3 
l3 m3 n3  n1 n2 n3 
Assim, tem-se que o tensor tensão, após uma
rotação, é:

 l1 m1 n1    x  xy  xz   l1 l2 l3 
  
 ij  l2 m2 n2    xy  y  yz   m1 m2 m3 
,  
l3 m3 n3   xz  yz  z   n1 n2 n3 
Exercício 4.2:
O estado de tensão em um ponto para um sistema de
eixos de referência x, y, z é dado pelo tensor ij abaixo.
Se um novo conjunto de eixos x’, y’ e z’ é formado
rotacionando x, y , z de 60o em torno do eizo z, encontre
a matriz do tensor tensão para os novos eixos x’, y’ e z’
através do mesmo ponto.

4 3 0 
 ij   3 0 2 (kg/mm2)
0 2 5
𝜃 = 60°
l1 m1 n1   cos 60 cos30 o cos90 o 
o

 
R  l2 m2 n2    cos30 o cos 60 o cos90 o 
l3 m3 n3   cos90 o cos90 o cos 0o 

 0,5 0,866 0   0,5  0,866 0 
 R   0,866 0,5 0  , RT  0,866 0,5 0 
 0 0 1   0 0 1 
 determinação da matriz de rotação e sua transposta:
l1 m1 n1   cos 60 cos30 o cos90 o 
o

 
R  l2 m2 n2    cos30 o cos 60 o cos90 o 
l3 m3 n3   cos90 o cos90 o cos 0o 

 0,5 0,866 0   0,5  0,866 0 
 R   0,866 0,5 0  , RT  0,866 0,5 0 
 0 0 1   0 0 1 

 determinação do novo tensor tensão para a rotação imposta:


 l1 m1 n1    x  xy  xz   l1 l2 l3 
 
 ij  l2 m2 n2    xy  y  yz   m1 m2 m3 
l3 m3 n3   xz  yz  z   n1 n2 n3 

 3,598  3,232 1,732 


 ij   3,232 0,4018 1  (kg/mm2)
 1,732 1 5 
 determinação do novo tensor tensão para a rotação imposta:

 0,5 0,866 0 4 3 0  0,5  0,866 0


 ij   0,866 0,5 0  3 0 2  0,866 0,5 0
 0 0 1 0 2 5  0 0 1
 0,5(4)  0,866(3)  0(0) 0,5(3)  0,866(0)  0(2) 0,5(0)  0,866(2)  0(5)   0,5  0,866 0
  0,866(4)  0,5(3)  0(0)  0,866(3)  0,5(0)  0(2)  0,866(0)  0,5(2)  0(5)  0,866 0,5 0
 0(4)  0(3)  1(0) 0(3)  0(0)  1(2) 0(0)  0(2)  1(5)   0 0 1

 4,598 1,5 1,732  0,5  0,866 0


  1,964  2,598 1,0   0,866 0,5 0 
 0 2 5   0 0 1
 4,598(0,5)  1,5(0,866)  0 4,598(0,866)  1,5(0,5)  0 4,598(0)  1,5(0)  1,732(1)
 1,964(0,5)  2,598(0,866)  0  1,964(0,866)  2,598(0,5)  0  1,964(0)  2,598(0)  1(1)
 
 0  2(0,866)  0 0  2(0,5)  0 0  0  5(1) 
TENSÕES PRINCIPAIS

Dado o sistema, e o estado de tensão:


2

S2
Sn  x  xy  xz 
 
B
3
S  ij   xy  y  yz 
   
1 P
S1  xz yz z 
S3 St A 1
C
2      
3
S  S x  S y  S z  S n  St
Girando o plano ABC de tal modo que a
resultante “S” coincida com a normal “N”, tem-se:
S  S n

S t  0
Nesse caso i= S, é chamada de tensão principal
e o plano de plano principal; sendo que no plano onde
atuam, as tensões de cisalhamento são nulas.

 1 0 0 
 i  1,2,3   ij  0  2 0 
0 0  3 
No plano principal as componentes Sx , Sy e Sz ,
são:
S x  S nx   i . cos(i, x)

S y  S ny   i . cos(i, y ) NORMAL


S z  S nz   i . cos(i, z )
S x   x . cos(i, x)   xy . cos(i, y )   xz . cos(i, z )
RESULTANTE

S y   xy . cos(i, x)   y . cos(i, y )   yz . cos(i, z )

S z   xz . cos(i, x)   yz . cos(i, y )   z . cos(i, z )
Igualando:

( x   i ). cos(i, x)   xy . cos(i, y )   xz . cos(i, z )  0



 xy . cos(i, x)  ( y   i ). cos(i, y )   yz . cos(i, z )  0

 xz . cos(i, x)   yz . cos(i, y )  ( z   i ). cos(i, z )  0
Supondo os cossenos diretores como variáveis, a
equação anterior será determinada quando o determinante
dos coeficientes for nulo (solução não trivial), isto é:
( x   i )  xy  xz 
 
  xy ( y   i )  yz   0
   (   ) 
 xz yz z i 

Onde desenvolvendo, vem:


 i3  ( x   y   z ) i2


I1

 ( x y   y z   x z   xy
2
  yz
2
  xz
2
)
   i
I2

 ( x y z  2 xy yz xz   x yz
2
  y xz
2
  z xy
2
)0
  
I3
INVARIANTES DO TENSOR TENSÃO

 i3  ( x   y   z ) i2


I1

 ( x y   y z   x z   xy
2
  yz
2
  xz
2
) i
  
I2

 ( x y z  2 xy yz xz   x yz
2
  y xz
2
  z xy
2
)0
  
I3

Os coeficientes da equação acima são conhecidos como


invariantes, isto é, para um dado estado de tensão são
independentes do sistema de coordenadas ortogonais .
Essa equação do terceiro grau possui raízes que
são as tensões principais (1, 2 e 3).


 i3  I1 i2  I 2 i  I 3  0

   
A soma das tensões normais em quaisquer dos
planos mutualmente perpendiculares é um invariante.

  x   y   1   2   x '   y '  cte


A 
x 
xy

  

B 
y 
xy
As direções principais li , mi e ni , são
determinadas pela equação:
( x   i ).li   xy .mi   xz .ni  0 li  cos(i, x)
 

 xy i
.l  (  y   i ).m i   .
yz in  0 Onde : mi  cos(i, y )
 n  cos(i, z )
 .
 xz il   yz .m i  ( z   i ).n i  0  i

O tensor tensão principal é dado por:

 1 0 0 
 ij  0  2 0 
0 0  3 
TENSÕES NUM PLANO QUALQUER EM FUNÇÃO DAS
TENSÕES PRINCIPAIS

Seja o sistema dado, onde 1 , 2 e 3


são tensões principais e S1 , S2 e S3 , são os
componentes da tensão resultante dessas
tensões principais atuantes em um plano
qualquer.
2

S2
Sn
B S
3

S1
1 P
S3 St A 1
C
2
3
Tensões atuantes em um plano qualquer em função
das tensões principais.
Supondo que o plano ABC tenha os cossenos
diretores l, m e n , para equilíbrio de forças, tem-se:
S1   1.l Sabe-se que:

S 2   2 .m S 2  Sn2  St2
S   .n S 2  S12  S22  S32
 3 3
S n  S1.l  S 2 .m  S3 .n
Assim: St  S1.lt  S 2 .mt  S3 .nt
S 2   12 .l 2   22 .m2   32 .n 2
Sn   1.l 2   2 .m2   3 .n 2
Finalmente:
St2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n2 ) 2
Exercício 4.3:

O tensor tensão é dado por:

2 4 1 
 ij  4 3 6 (kg/cm2)
1 6 5 

Calcule os componentes das tensões principais e as


direções principais.
 determinação dos invariantes do tensor tensão:
I1   x   y   z  2  3  5  10
I 2   x y   y z   x z   xy
2
  yz
2
  xz
2

 (2.3)  (3.5)  (2.5)  (42 )  (12 )  (62 )  22


I 3   x y z  2 xy yz xz   x yz
2
  y xz
2
  z xy
2

 (2.3.5)  2(4.6.1)  2(62 )  3(12 )  5(42 )  77


 determinação das raízes da equação do terceiro
grau: 3
 i  I1 i  I 2 i  I 3  0
2

(a) Estimativa de uma das raízes através do


Método de redução de polinômios Briot Ruffini
 i3  10 i2  22 i  77  0
a  1 , b  10 , c  22 , d  77
1  10  22 77
1o chute 1 1 9  31 46
2o chute 3 1 7  43  52
refinamento 2 1  8  38 1
2,1 1  7,9  38,59  4,04
2,01 1  7,99  38,06 0,49
2,02 1  7,98  38,12  0,001  0
(b) determinação das raízes da equação do segundo
grau, obtida pela redução da equação anterior através
de Briot Ruffini
Baskara
 i  7,98 i  38,12  0
2

7,98  (7,98) 2  4.1.(38,12)


i 
2.1
  i  {3,4 ; 11,34}

 1  11,34 ,  2  2,02 ,  3  3,4


 determinação das direções principais:

( x   i ).li   xy .mi   xz .ni  0 li  cos(i, x)


 

 xy i
.l  (  y   i ).m i   .
yz in  0 Onde : mi  cos(i, y )
 n  cos(i, z )
 .
 xz il   yz .m i  ( z   i ).n i  0  i

Para 1 = 11,34:

(2  11,34).l1  4.m1  1.n1  0  9,34.l1  4.m1  1.n1  0


 
4.l1  (3  11,34).m1  6.n1  0 4.l1  8,34.m1  6.n1  0
1.l  6.m  (5  11,34).n  0 1.l  6.m  6,34.n  0
 1 1 1  1 1 1
isolando l1 na terceira equação: l1  6.m1  6,34.n1

substituindo da primeira equação:


 9,34(6m1  6,34.n1 )  4.m1  1.n1  0
58,22
60,04 m1  58,22.n1  0  m1  n1  m1  0,9696 n1
60,04
assim: l1  6.(0,9696 n1 )  6,34.n1  l1  0,5224 n1

como: l12  m12  n12  1  (0,5224 n1 ) 2  (0,9696 n1 ) 2  n12  1


1
n 
2
1  n1  0,6722
2,21

n1  0,6722 , l1  0,3512 , m1  0,6518


As direções l2 m2 e n2 , e , l3 m3 e n3 , são encontradas
de maneira análoga resolvendo para 2 e 3 respectivamente.
INVARIANTES DAS TENSÕES PRINCIPAIS

I1   x   y   z
I 2   x y   y z   x z   xy
2
  yz2   xz
2

I 3   x y z  2 xy yz xz   x yz2   y xz


2
  z xy
2

I1   1   2   3
I 2   1 2   2 3   1 3
I 3   1 2 3
TENSÃO MÉDIA (TENSÃO HIDROSTÁTICA MÉDIA)

 x   y   z  1   2   3 I1
m     p
3 3 3
onde p é a pressão média.
TENSOR DESVIANTE E ESFÉRICO

É conveniente na teoria da plasticidade dividir o


tensor tensão em duas partes:

S’ = Tensor desviante (Desviator Stress Tensor);

S’’ = Tensor esférico (Spherical Stress Tensor).

Portanto:
 ij  S 'S ' '
Tensor Esférico (ou de Dilatação)

O tensor esférico, também chamado de tensor de


dilatação, por ser a dilatação de um corpo elástico
proporcional a σm é definido como

 m 0 0   1 0 0 
   
S ' '  0  m 0   0  2 0 
0 0  m  0 0  3 
 2  1
 3  1
Tensor Desviante (ou de Distorção)

O tensor desviante, é também chamado de tensor de


distorção, porque não representa variações volumétricas,
mas apenas distorções e desvios do elemento de sua
forma cúbica inicial, e é definido S '    S"
ij

 x  xy  xz   m 0 0 
   
S '   xy  y  yz   0 m 0 
   
 xz  yz z  0 0 m 
Tensor Desviante (ou de Distorção)

( x   m )  xy  xz 
 
S '    xy ( y   m )  yz 
 
  xz  yz ( z   m )
ONDE
 x  y z
m 
3
Chamando-se:
 x,   x   m
 ,
 y   y   m
 ,
 z   z   m

Os invariantes do tensor desviante, são dados


como:

I '1   x,   y,   z,  0
I '2   x,  y,   y,  z,   x,  z,   xy
2
  yz
2
  xz
2

I '3   x,  y,  z,  2 xy yz xz   x,  yz


2
  y,  xz
2
  z,  xy
2
Considerando as tensões principais, os mesmos
são dados por:

I '1  0

I '2  I 2 
I12
3
1
 
  ( 1   2 ) 2  ( 2   3 ) 2  ( 1   3 ) 2
6
II 2 3
I '3  I 3  1 2  I1
3 27

1
(2 1   2   3 )(2 2   1   3 )(2 3   1   2 )
27
TENSÃO EFETIVA (OU TENSÃO REPRESENTATIVA)

A tensão conhecida como tensão efetiva está


relacionada com o segundo invariante do tensor
desviante por definição, como:

 2
 3I '2
Onde:

I '2               
,
x
,
y
,
y
,
z
,
x
,
z
2
xy
2
yz
2
xz
TENSÃO EFETIVA (OU TENSÃO REPRESENTATIVA)

Fazendo:
 x'  x  m
 y'  y  m
 z'  z  m
E substituindo em I2’

1
6

I2'    x   y   
2
y z   
2
x
2

  z   6  xy   yz   xz
2 2 2

TENSÃO EFETIVA (OU TENSÃO REPRESENTATIVA)

Substituindo em:
 2  3I '2

1
 
  ( x   y )2  ( y   z )2  ( x   z )2  6( xy2   yz2   xz2 )
2

2
Se as tensões são principais:

1
2

2

   1   2 2   2   3 2   1   3 2 
Para tração simples   1
TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA

Tomando-se os eixos coordenados na direção das


tensões principais, as tensões de cisalhamento
referidas a esses eixos são nulas, e as tensões
normais e de cisalhamento sobre algum plano qualquer
em função das tensões principais com os cossenos
diretores l, m e n, são dadas pelas equações:
2

S2
Sn
B S
3

S1
1 P
S3 St A 1
C
2
3
Tensões atuantes em um plano qualquer em função
das tensões principais.
Supondo que o plano ABC tenha os cossenos
diretores l, m e n , para equilíbrio de forças, tem-se:
Sabe-se que:
S1   1.l
 S 2  Sn2  St2
S 2   2 .m S 2  S12  S22  S32
S   .n
 3 3 S n  S1.l  S 2 .m  S3 .n
St  S1.lt  S 2 .mt  S3 .nt
Assim:
S 2   12 .l 2   22 .m2   32 .n 2
Sn   1.l 2   2 .m2   3 .n 2
Finalmente:
St2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n2 ) 2
Sabe-se que sobre os planos principais a tensão
de cisalhamento é um mínimo (zero).

Procura-se então, os planos para o qual ela é um


máximo, isto é, os valores de l, m e n, tal que St
dado pela equação anterior seja um máximo.
2
 xy   yz   xz  0
S2
Sn
B S
3

S1
1 P
S3 St A 1
C
Tensões atuantes sobre um
2 plano qualquer em função das
3 tensões principais.
Sabe-se que (l2 + m2 + n2 = 1). Isso representa
uma restrição sobre os cossenos diretores e mostra
que somente dois deles podem ser independentes.

Assim, fazendo:

n 2  1  l 2  m2
Substituindo em:

St2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n 2 ) 2
Diferenciando a equação resultante com respeito a l
e m e igualando essas derivadas a zero, obtêm-se:

 1 
l [(   )l 2
 (   ) m 2
 (   )]  0 
 1 3 2 3
2
1 3

 
m[(   )l 2  (   )m 2  1 (   )]  0


1 3 2 3
2
2 3 

Uma solução para a equação anterior é (l = m = 0
e n = 1).

Também fazendo l = 0 e m  0, assim, da


equação anterior, m =  1
2
.

Outra solução obtem-se fazendo m = 0, da


equação anterior, l =  1 .
2

Não há solução para l  0 e m  0, exceto no


caso especial 1 = 2 .
Repetindo o processo para l e n, e m e n , a partir
das equações:
l2 + m2 + n2 = 1 St2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n2 ) 2

Obtém-se

l 0 0 1 0  1
2  1
2

m 0 1 0  1
2 0  1
2

n 1 0 0  1
2  1
2 0

Planos Principais Planos onde


  min   max
l 0 0 1 0  1
2  1
2

m 0 1 0  1
2 0  1
2

n 1 0 0  1
2  1
2 0
As três primeiras colunas definem os cossenos
diretores dos planos coordenados os quais são planos
principais, e portanto, as tensões de cisalhamento
sobre esses planos são nulas, isto é são mínimas.

As três outras colunas definem cossenos


diretores cujos ângulos são de 45o. Nestes, as
tensões de cisalhamento são máximas.
Chamando essas tensões de i e substituindo os
cossenos diretores obtidos na equação abaixo, para l
 i = 1, m  i = 2 e n  i = 3, os valores das
tensões de cisalhamento i , são:
St2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n2 ) 2

 2 3
1  
2
1   3
2     m áx ,  1   2   3
2
1   2
3  
2
Planos de tensões cisalhantes principais
Assim, a máxima tensão de cisalhamento age
sobre o plano bissetor ao ângulo entre a maior e
menor tensão principal, e é, igual a metade da
diferença entre essas tensões principais.

Analogamente, chamando as tensões normais


sobre esses planos de Ni , obtêm-se:
1
N1  ( 2   3 )
2
1
N 2  ( 1   3 )
2
1
N 3  ( 1   2 )
2
Logo, as tensões normais sobre cada plano
bissetor é a média das tensões principais sobre os
dois planos cujo ângulo é seccionado pela metade.
TENSÃO DE CISALHAMENTO OCTAEDRAL
Se o plano ABC é tal que OA = OB = OC, a
normal ON terá ângulos iguais com os três eixos
cartesianos.
Y
1
l mn
oct 3
B Soct ou

oct       54 0 44'8' '


A X
C

Tensões atuantes numa das faces do octaedro.


Z
 oct   1 .l 2   2 .m 2   3 .n2
1 1 1 1   2   3
 oct   1   2   3  m
3 3 3 3
2 1 2 1 2 1
Soct   1 l   2 m   3 n   1   2   3
2 2 2 2 2 2 2

3 3 3

Sabe-se que: 2
S oct   oct
2
  oct
2
 oct
2
 S oct
2
  oct
2

1 2
Assim:  oct  ( 1   22   32 )   m2
3
1
 oct  ( 1   2 ) 2  ( 2   3 ) 2  ( 1   3 ) 2
3
Relacionando oct , com os invariantes do tensor
desviante, vem:
2 I12 2
 oct  .  I2  I '2
3 3 3
Assim:

1
 oct  ( x   y )2  ( x   z )2  ( y   z )2  6( xy2   yz2   xz2 )
3
Relacionando oct , com tensão efetiva, tem-se:

 
1
1
  . ( 1   2 )  ( 2   3 )  ( 1   3 )
2 2 2 2

3
  oct
2

  I 12  3.I 2
Concluindo, tem-se os seguintes
sistemas invariantes:

 I1 , I 2 , I 3

 oct ,  oct , S oct
 ,  , 
 1 2 3
CÍRCULO DE MOHR TRIDIMENSIONAL DAS TENSÕES

Suponha que para um estado de tensões tridimensional as


tensões principais σ1, σ2 e σ3 são conhecidas em termo de
magnitude e direção tal que:

1   2   3

O método gráfio desenvolvido por Mohr pode ser utilizado


para encontrar a variação das tensões normais e de
cisalhamento com respeito as direções l, m e n
4.15- CÍRCULO DE MOHR TRIDIMENSIONAL DAS TENSÕES

Dado o sistema abaixo:

S2
Sn
B S
3

S1
1 P
S3 St A 1
C
2
3
Tem-se que, o estado de tensões é definido pelas
tensões principais 1 , 2 e 3 e que a tensão normal
n , sobre um plano qualquer, de cossenos diretores l
, m e n, é:
 n   1l   2 m   3n
2 2 2

E a tensão de cisalhamento, sobre esse mesmo


plano é dada por:

 2   12l 2   22 m2   32 n2  ( 1l 2   2 m2   3n2 ) 2
Como:
l 2  m2  n2  1
n e , podem ser calculados usando as equações
acima ou, alternativamente através de construção
gráfica, originalmente devido a Mohr:
Fazendo (m2 = 1- l2 - n2) e substituindo na
equação da tensão normal, obtêm-se:
 n   1l 2   2 (1  l 2  n2 )   3n2
  l 2
( 2   1 )   2
n2  n
( 3   2 )

Substituindo (m2 = 1- l2 - n2), e o valor de n2


encontrado acima, na equação da tensão de
cisalhamento, rearranjando vem:

 2
 ( 2   n )( 3   n )
l2 
( 2   1 )( 3   1 )
De maneira análoga, encontramos:

 2
 ( 3   n )( 1   n )
m2 
( 3   2 )( 1   2 )

 2  ( 1   n )( 2   n )
n 
2

( 1   3 )( 2   3 )
De outra forma,

 2  ( 2   n )( 3   n )
l 
2

( 2   1 )( 3   1 )

também pode ser escrito como:

 2  ( n   2 )( n   3 )  l 2 ( 1   2 )( 1   3 )

e ainda:

 3  *
  2 3 
2 2

 2   n  2   l 2
( 1   2 )( 1   3 )   
 2   2 
Levando à:   2   3   l 2 (   )(   )   .   2     2   3 
2 2

  2 1 3 1 2 3  n 
 2   2 

E de maneira análoga:

  3  1   3  1 
2 2
2 
   m 2
( 3   2 )( 1   2 )   .
3 1    
 n  
 2   2 
 1   2  1   2 
2 2
2 
   n ( 1   3 )( 2   3 )   1. 2     n  
2

 2   2 
Essas equações definem o lugar geométrico dos
pontos que formam o Círculo de Mohr.
Equação da circunferência:
centro (a, b) e raio R.
(x - a)2 + (a - b)2 = R2
Na equação:

2 3  2  2 3 


2 2
2 
   l ( 2   1 )( 3   1 )   .
2 3    
 n  
 2   2 
Conhecendo-se os valores das tensões 1 , 2 , 3
e do cosseno diretor l, tem-se um círculo cujo centro
é a média das tensões 2 e 3 e o raio´é:

  
2

R   2 3   l 2 ( 2   1 )( 3   1 )   2 . 3
 2 
ou

   
2

R   2 3   l 2 ( 1   3 )( 1   2 )
 2 
Variando-se l, ou seja, o ângulo (n,1), obtém-se
círculos concêntricos de vários raios:
 2 3
 Para (n,1)  0  R1( máx)   1  2

 Para (n,1)    2 3
  R 
2 1(min)
2

Representação gráfica do estado


de tensão correspondente ao
ângulo (n,1) constante.
Obtém-se equações análogas usando círculos

correspondentes aos ângulos (n,2) e (n,3) constantes.

A superposição das três famílias de círculos

requer que:

1   2   3
Na figura abaixo pode ser visto que todos os
pontos representando os pares (n ,) estão dentro da
área sombreada entre os círculos principais.

Círculo de Mohr para


o estado de tensão.
A tensão de cisalhamento, , alcança três
máximos relativos, definindo as tensões de
cisalhamento principais.

 2  3
1  ;
2
1   3
 2   máx  ;
2
1   2
3  .
2
2 = máx é a tensão de cisalhamento máxima e age
no plano definido por:

(n,1)  (n,3)   e (n,2)  


4 2
Embora o único significado físico do círculo de
Mohr seja o fato de fornecer uma representação
geométrica das equações que expressam a
transformação dos componentes de tensão em
diferentes conjuntos de eixos, ele representa uma
maneira muito conveniente de visualizar o estado de
tensão.

O círculo de Mohr tridimensional, permite maior


entendimento do comportamento mecânico dos
materiais quando comparado com o círculo de Mohr
bidimensional de tensões.
tração uniaxial
tração uniaxial mais compressão biaxial
compressão uniaxial
tração biaxial mais compressão uniaxial
tração biaxial
cisalhamento puro
tração uniaxial mais compressão uniaxial  efeito
equivalente ao estado de cisalhamento puro.

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