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Decreto Executivo nº___/___

De _____________/_____________

Considerando que no nº1 e 2 do artigo118 da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino,


17/16 de 7 de Outubro e o Decreto Presidencial nº 17/18 de 25 de Janeiro que aprova o Estatuto
Orgânico do Ministério da Educação no seu artigo 23º alínea a), que recomenda a concepção e
institucionalização dos Exames Nacionais bem como os nº1, 2, 3 do artigo 62 do Estatuto do
Subsistema do Ensino Geral que atribui a responsabilidade ao Ministério da Educação para a
regulamentação dos Exames Nacionais.
Havendo necessidade de se regulamentar os procedimentos de realização dos Exames
Nacionais, o Ministro decreta nos termos da lei nº 17/18 de 25 de Janeiro da alínea r) do artigo
2º o seguinte:
Artigo 1º
(Aprovação)
É aprovado o regulamento que institucionaliza os exames nacionais, anexo ao presente Decreto
Executivo e que dele é parte integrante.
Artigo 2º
(Revogação)
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma.
Artigo 3.º
(Dúvidas e omissões)

Dúvidas e omissões resultantes da interpretação ou aplicação do presente Decreto serão


esclarecidas por despacho do órgão de tutela.

Artigo 4.º
(Entrada em vigor)

O presente Decreto entra imediatamente em vigor na data da sua aprovação e publicação em


Diário da República.

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REGULAMENTO DOS EXAMES NACIONAIS

CAPÍTULO I
(DISPOSIÇÕES GERAIS)

SECÇÃO I
(Objectivos, Âmbito de aplicação, beneficiários e Definição)

Artigo 1.º
(Objecto)

O presente diploma estabelece as normas, princípios e procedimentos gerais de organização a


quedeve obedecer a realização dos Exames Nacionais, nas classes terminais de todos os
subsistemas de ensino não superior, tendo em conta os conteúdos programáticos com vista a
orientar as instituições intervenientes no trabalho da organização do processo dos exames nas
diferentes fases.

Artigo 2.º
(Âmbito de Aplicação)

O presente Diploma aplica-se às classes terminais do Ensino Primário, 1º e 2º ciclos do Ensino


Secundário Geral, Técnico-Profissional, Pedagógico e de Adultos.
Artigo 3.º
(Beneficiários)

São sujeitos a exame nacional os alunos internos e candidatos externos das seguintes classes:

a. Alunos da 6ª classe do Ensino Primário;


b. Alunos do Ensino Primário de Adultos;
c. Alunos da 9ª classe do I Ciclo do EnsinoSecundário;
d. Alunos do I ciclo do Ensino Secundário de Adultos
e. Alunos da 12ª e 13ª classe do II Ciclo do Ensino Secundário Geral, Técnico-Profissional
e Pedagógico;
f. Alunos do II Ciclo do Ensino Secundário de Adultos.

Artigo 4.º
(Definições)

O presente regulamento é um documento de caracter normativo que norteia a organização do


processo de exames nas suas diversas fases desde a concepção à análise dos resultados. Nos
termos do presente diploma entende – se por:

a. O Exame Nacional éuma prova que visa avaliar as competências teóricas e práticas
adquiridas pelos alunos no final do EnsinoPrimário, 1º e 2º Ciclos do
EnsinoSecundário, como consequência do processo de ensino aprendizagem.

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b. Prova escrita, o instrumento para aferir aprendizagem dos alunos por meio de respostas
escritas, visando avaliar o domínio dos conteúdos programáticos dos ciclos em
avaliação;
c. Prova oral, a sessão de perguntas e respostas entre o examinador e o examinando,
visando avaliar o domínio da expressão oral e dos conteúdos programáticos dos ciclos
em avaliação;
d. Enunciado, a parte da prova que contém as perguntas;
e. Chave da prova, o instrumento que contém as respostas das perguntas constantes no
enunciado e a cotação;
f. Matriz de conteúdos, o documento que contém objectivos e conteúdos seleccionados
dos programas correspondentes para serem avaliados numa época de exames;
g. Júri, os professores seleccionados encarregues de examinar e/ou corrigir as provas dos
examinandos;
h. Envelope, o instrumento para empacotar 45 enunciados, chave da prova destinada a um
determinado centro de exames;
i. Pacote, o conjunto de envelopes contendo exames de determinada disciplina para o
centro de exame;
j. Alunos internos, aqueles que tenham frequentado sem desistência o subsistema de
educação e ensino não superior, e outros programas integrados de educação e ensino,
seleccionados para realizarem o exame e que pretendam prosseguir os seus estudos;
k. Alunos externos, aqueles que não tenham frequentado o subsistema de educação e
ensino não superior ou tenham desistido e pretendam validar os resultados obtidos na
frequência de seminários, locais de explicação e auto-estudo.

SECÇÃO II
( Dos objectivos, Finalidades e Princípios)
Artigo 5º
(Objectivos)
O presente diploma legal define as normas de organização dos processos dos exames e tem
como objectivos:
a) Contribuir para uma melhor organização do processo dos exames;
b) Garantir a validade dos conteúdos e fiabilidade dos resultados dos exames;
c) Uniformizar os métodos e procedimentos de trabalho;
d) Orientar as instituições intervenientes no trabalho da organização do processo dos
exames nas diferentes fases.
Artigo 6º
(Finalidades)
Com a realização dos Exames Nacionais pretende-se atingir as seguintes finalidades:

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a) Permitir a atribuição de uma qualificação mediante certificação que atesta que o seu
titular está apto para transitar de ciclo ou exercer uma actividade profissional;

b) Aferir o grau de cumprimento dos objectivos definidos para o Ensino Primário, 1º e


2º ciclos do ensino secundário, mediante a realização de provas à escala nacional;

c) Harmonizar os níveis de aprendizagem dos alunos tendo em conta os perfis de saída


de cada classe de exame definida;

d) Permitir a auto avaliação pelas Estruturas do MED a nível municipal, provincial e


nacional, garantindo a tomada de decisão coerente e responsável visando a melhoria
da qualidade do ensino;

e) Avaliar por inferência as competências profissionais dos professores, visando a


determinação de necessidades de formação com vista a melhoria das práticas em
sala de aula e o reconhecimento social;

f) Melhorar o desempenho das instituições de ensino, em função do número de alunos


aprovados e a qualidade de resultados predominantes;

g) Aumentar o nível de responsabilidade profissional de professores e gestores com um


impacto sobre a imagem social da instituição e a procura dos seus serviços;

h) Promover o espírito e a cultura de competição positiva, entre províncias, municípios,


escolas, professores e alunos;

i) Harmonizar os procedimentos de Avaliação das Aprendizagens e Certificação de


Estudos;

j) Permitir a definição de directrizes conducentes à adequação do currículo, programas


e manuais de ensino;

k) Desencorajar as práticas sociais nocivas à política educativa do Estado angolano,


contribuindo deste modo, para um ensino de qualidade;

l) Permitir a criação de uma base de dados fiável e credível, relativa aos intervenientes
do processo, em cada ano lectivo;
m) Criar condições para o acesso ao Ensino Superior.

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Artigo 7º
(Princípios)
Os exames nacionais regem – se por príncípios de harmonia, transparencia, inclusão, equidade,
relevância, coerência, legitimidade, valorização das aprendizagens, sistematicidade e
obrigatoriedade.
Artigo 8º
( Harmonia)
Harmonia – Entre o nível de competencias adquiridas e requeridas pelo sistema de ensino
Artigo 9º
(Transparência)
Transparência – Envolve um conjunto de procedimentos que inibem a adopção de práticas
nocivas susceptíveis de perigar a credibilidade do processo.
Artigo 10º
(Inclusão)
Inclusão – O exame nacional é abrangente a todos os alunos das classes terminais do Ensino
primário, 1º e 2º ciclos do ensino secundário, sem excepção;
Artigo 11º
(Equidade)
Equidade – garante oportunidades iguais a todos os alunos admitidos ao exame;

Artigo 12º

(Relevância)

Relevância – Permite aferir o grau de cumprimento dos objectivos definidos para o ensino
primário, 1º e 2º ciclos do ensino secundário, mediante a realização de provas à escala nacional

Artigo 13º

(Coerência)

Coerência – articulação entre os objectivos, pressupostos e finalidades de ensino com os


conteúdos disciplinares ministrados;

Artigo 14º

(Legalidade)

Legalidade - Os exames nacionais respeitam o primado da Lei, ou seja, a legislação vigente.

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Artigo 15º

(Valorização das aprendizagens)

Valorização das aprendizagens – atribuição mediante certificação das aprendizagens de


qualificação dentro dos padrões validados pelo MED;

Artigo 16º

(Sistematicidade)

Sistematicidade – O exame nacional é realizado anualmente de acordo aos normativos


validados;

Artigo 17º

(Obrigatoriedade)

Obrigatoriedade- O exame nacional tem um caracter obrigatório para todos os alunos das
escolas públicas, público- privadas e privadas das classes terminais do ensino primário, 1º e 2º
ciclos do ensino secundário;

CAPITULO II
DAS FASES DO PROCESSO DE EXAME

SECÇÃO I
(Preparaçãodos Exames Nacionais)

Artigo 18º
Da preparação

A realização dos exames nacionais pressupõe a preparação de condições a nível nacional,


provincial e municipal:

1. Compete à Ministra da Educação:


a. Propor a constituição do Conselho de Exames Nacionais (CEN);
b. Criar a equipa técnica nacional de acompanhamento da preparação do processo de
exames - Comissão Técnica de Exames Nacionais(CTEN);
c. Mobilizar as condições logísticas para a operacionalização dos exames;
d. Divulgar em forma de edital o calendário da realização dos exames proposto pela
Direcção Nacional de Avaliação e Acreditação (DNAA).

2. Compete à Direcção Nacional de Avaliação e Acreditação

a) Planificar e orçamentar o processo de exames nacionais;


b) Cadastrar a rede escolar nacional e dos alunos das classes terminais;
c) Calendarizar os exames;
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d) Publicar as listas dos alunos admitidos aos Exames Nacionais;
e) Elaborar e publicar das matrizes de conteúdos e objectivos das provas;
f) Solicitar aos Gabinetes e Secratarias Provínciais de Educação (GPE/SPE)as propostas
de provas de exame;
g) Imprimir e empacotar as provas para os Exames Nacionais;
h) Preparar o manual de aplicação e a chave da prova dos exames;
i) Enviar e distribuir;
j) Preparar das equipas de supervisão dos Exames Nacionais;
k) Realizar de Seminários de capacitação e de preparação do processo de Exames
Nacionais;
l) Constituir o júri de correcção da prova de exame;
m) Caso se justifique, a Direcção Nacional de Avaliação e Acreditação pode
seleccionar técnicos e professores para elaboração das propostas de provas de
exame.

3. Compete à Comissão Técnica dos Exames Nacionais (CTEN)

a) Elaborar e publicar as matrizes de conteúdos e objectivos dos exames;


b) Recolher e análisar as propostas de exame efectuadas ao nível das províncias;
c) Elaborar as provas de exame;
d) Compor e Digitalizar as Propostas das provas de exame;
e) Realizar painéis para a análise das perguntas propostas para as provas de exame;
f) Traduzir em braille e multiplicar as provas de exames para os examinandos com
deficiência visual;

1. Compete aos Gabinetes/Secretaria Provinciais da Educação (G/SPE):


a) Criar a equipa provincial de acompanhamento da preparação e realização do
processo de exames de acordo ao perfil validado pela DNAA;
b) Aprovar e divulgar os locais de realização dos exames (centros de exame);
c) Fornecer os dados estatísticos fiáveis dos alunos propostos aos exames, por
classes e município;
2. Compete as Direcções /Secretaria Municipais da Educação (D/SPE):
a) Indicar os membros da equipa municipal de acompanhamento da preparação do
processo de exames;
b) Elaborar a proposta dos locais de realização dos exames;
c) Distribuir o calendário da realização dos exames;
d) Divulgar os locais previamente aprovados pelos GPE e SPE para a afixação das
listas dos alunos propostos aos exames;
e) Propor o corpo de júri para cada ciclo.
3. Compete àEscola:
a) Inscrever, selecçionar e enviar a lista dos candidatos aos exames;
b) Elaborar e publicar a lista dos candidatos;

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c) Propor os candidatos ao corpo de júri para cada classe;
d) Organizar os centros de exame (salas, numeração das carteiras, e outras)
e) Divulgar o calendário da realização dos exames;

SECÇÃO II
(Realização, classificação e divulgação)

Artigo 19º
(Realização)

1. Organização dos Exames Nacionais é da responsabilidade do Ministério da Educação


(MED), através da DNAA;
a. Ao G/SPE e D/SME compete supervisionar o processo de realização dos Exames
Nacionais a nível local;
b. Cabe às escolas zelarem pela organização dos alunos nas respectivas salas de
exame em ordem Alfabética, de acordo com a lista nominal dos candidatos
admitidos a exame;
c. Codificar as folhas de prova;
Artigo 20º
(Classificação eescala de avaliação)

1. A classificação das provas de exame é efectuada pelos professores seleccionados conforme


o manual de aplicação das provas de exame.

2. A escala de classificação é de zero (0) a dez(10) para o ensino primário e de zero(0) a


vinte(20) para o ensino secundáriocom base nas seguintes fórmulas:
(𝟒𝐱𝐂𝐀𝐏) + (𝟔 𝐱𝐂𝐄)
a) Ensino primário e ensino secundário: 𝐶𝐹 = 10

CF: classificação final por disciplina


CAP: classificação atribuída pelo professor
CE: classificação de exame
b) Nas disciplinas em que se realizam provas orais (Português, Inglês e Francês), a
classificação da prova de exame obtem – se de acordo com a seguinte fórmula:
CPO+CPE
𝐶𝐹𝐸 = onde:
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CFE: classificação Final de exame


CPO: classificação da prova oral
CPE: classificação da prova de exame

Artigo 21º
(Análise e divulgação dos resultados)

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Cabe à DNAA elaborar o relatório dos exames nacionais mediante análise dos
resultados obtidos por cada uma das províncias para respectica divulgação.
A nível das províncias cabe aos G/SPE a análise dos resultados e elaboração de
relatórios provinciais;

CAPÍTULO III
DOS REQUISITOS DAS DISCIPLINAS, CONTEÚDOS DAS PROVAS, EXAME
EXTRAORDINÁRIO, FRAUDES, SANÇÕES E LOCAL)

SECÇÃO I
(REQUISITOS DE ADMISSÃO E DE CANDIDATURA AOS EXAMES NACIONAIS)

Artigo 22.º
(Requisitos de admissão aos Exames Nacionais)

1. São admitidos aos exames nacionais todos os alunos internos e candidatos externos que
cumprirem com os requisitos pré-determinados.
a. No Ensino Primário,I e II Ciclos do Ensino Secundário Geral, Técnico Profissional e
Secundário Pedagógico são admitidos ao exame todos alunos internos com frequência e
que não tenham reprovado por faltas;
b. Que não tenham frequentado qualquer estabelecimento de ensino formal e tenham
adquirido conhecimentos, habilidades e aptidões informalmente;
c. Que tenham anulado a matrícula como aluno interno;
d. Que tenham atingido a idade limite de escolaridade obrigatória sem frequência no
ensino formal.
e. No ensino primário e secundário são admitidos os candidatos externos seleccionados
criteriosamente pelos G/SPE mediante solicitação de autorização destes.
f. Os alunos e candidatos externos podem candidatar-se por disciplina ao exame no
Ensino Secundário Geral para efeito de melhoria de nota.
Artigo 23.º
(Requisitos de candidatura aos Exames Nacionais)

2. A candidatura dos alunos externos aos exames é feita mediante a entrega dos seguintes
documentos:

a) Requerimento dirigido ao Gabinete Provincial de Educação/Secretaria Provincial da


Educação;
b) Apresentação de um documento de identificação pessoal cópia do Bilhete de
Identidade/ Passaporte / Cédula Pessoal e situação Militar regularizada;
c) Duas fotografias tipo passe;

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d) Documentoque comprove a frequência e conclusão nas classes anteriores;
e) Documento que comprove as habilidades profissionais;
f) Carta de recomendação de empresas para as quais os candidatos trabalham;
g) Documento que comprove a habilidade e aptidões de serviço na área de formação
para a qual se candidata;
3. O candidato externo submetido ao exame está sujeito ao pagamento de uma taxa validada
em normativo próprio.

SECÇÃO II
(DAS DISCIPLINAS, CONTEÚDOS DAS PROVAS, EXAME EXTRAORDINÁRIO,
FRAUDES, SANÇÕES E LOCAL)
Artigo 24º
(Das Disciplinas)

1. As disciplinas avaliadas são as constantes dos planos de estudo de cada uma das classes
terminais do ensino primário e no 1º ciclo do Ensino Secundário, para fins de certificação;
2. Para o 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral, Técnico-Proficional e Pedagógico as
disciplinas são previamente definidas e publicadas em edital pelo(a) Ministro(a) da
Educação, para fins de aferição;
3. No Ensino Primário e Secundário de Adultos, os exames são modulares, para fins de
certificação:
4. Caso se justifique, para 1º Ciclo do Ensino Secundário as disciplinas são previamente
definidas e publicadas em edital pelo(a) Ministro(a) da Educação;

Artigo 25.º
(Dos Conteúdos das Provas de Exame)

a. Os exames baseiam- se nos objectivos dos programas leccionados em cada uma das
classes terminais definidas em regulamento com base numa matriz e critérios pré-
determinados;
b. Os exames têm em conta as adaptações curriculares para os alunos com necessidades
educativas especiais;
c. As provas de exame abrangem 70% dos conteúdos da última classe do respectivo ciclo
e os restantes 30% das classes anteriores do ciclo.
d. Os conteúdos das provas de exame dos candidatos externos são determinados em
diploma próprio.
Artigo 26.º
(Exame Extraordinário)

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a. Os exames extraordinários dentro das áreas definidas do Sistema nacional de
Educação e Ensino, são realizados numa única época e em todas as disciplinas, de
acordo a um calendário previamente estabelecido.
b. São candidatos ao exame extraordinário os alunos que tenham faltado às provas
por motivos devidamente comprovados, nomeadamente, os alunos com
incapacidades físicas temporárias, que estejam em competições desportivas através de
clubes e selecções nacionais, militares e para – militares;
c. Excepcionalmente, para o Subsistema de Educação de Adultos, a época para a
realização de exames extraordinários, obdece a um calendario específico para as
instituições da rede de parceiros.

Artigo 27.º

(Fraude e sanções)

1. Os Centros de Exames, Supervisores, Júri e outros intervenientes ao processo devem


adoptar medidas adequadas de modo a evitar que se cometam fraudes durante a preparação,
realização e classificação das provas e divulgação dos resultados.
2. É considerada fraude a violação do previsto no regulamento:
a) Quebra do sigilo das provas;
b) O recurso à consulta a materiais não autorizados no decorrer da prova;
c) Comunicação entre os alunos;
d) Substituir-se por outrem na realização da prova;
e) Escrever sinais identificadores na folha de respostas e o manuseamento de telemóvel.
3. Compete ao corpo de júri suspender imediatamente as provas dos alunos e de eventuais
cúmplices que no decurso da realização da prova cometam ou tentem cometer
inequivocamente qualquer fraude, não podendo esses alunos abandonar a sala até ao fim do
tempo de duração da prova.
4. Se for um dos membros do júri ou outro interveniente no processo a informação também
será feita por escrito pelo supervisor que reportará comissão de Exame local para a tomada
de uma decisão.
5. A situações referidas no nºs 2 e 3 do presente artigo leva a anulação da prova.
6. A ocorrência de fraude ou tentativa de fraude durante a realização da prova da 1ª época
impede o aluno de aceder a 2ª época.

Artigo 28.º
(Condições de Candidatura ao Exame Extraordinário)

1. A candidatura ao exame extraordinário é feita mediante a apresentação de:

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a. Requerimento dirigido à comissão local de exame;

b. Documento comprovativo que justifique a ausência;


c. O candidato ao exame extraordinário está sujeito ao pagamento de uma taxa
validada em normativo próprio.

Artigo 29.º
(Condições de aprovação)

Nas classes de exame, aprova o aluno que obtiver classificação final igual ou superior a 10
valores em todas as disciplinas.
Artigo 30.º

(Local de realização do Exame Nacional)

Todos os exames são realizados nas escolas seleccionadas como Centros de Exames.

Artigo 31.º

(Da Distribuição)

a. A distribuição das provas de exame a nível central é da responsabilidade da DNAA cuja


segurança é assegurada pelas forças de segurança caso sempre que as condições o
exigirem;
b. A distribuição das provas de exame a nível provincial é da responsabilidade dos GPE/
SPEe DME assegurada pelas forças de segurança local.

CAPÍTULO IV
(DISPOSIÇÕES FINAIS)

Artigo 32.º
(Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação ou aplicação do presente regulamento serão


esclarecidas por despacho do órgão de tutela.

Artigo 33.º
(Entrada em vigor)

O presente Regulamento entra imediatamente em vigor na data da sua aprovação e publicação


em Diário da República.

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