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DESENVOLVIMENTO
DE PROTÓTIPO 211V1
VOLTA REDONDA
2012
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SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO, 4
- REUNIÕES E PESQUISAS, 5
- PROJETO E CONSTRUÇÃO, 18
- Componentes, 19
- Características dos Componentes, 20
- Coeficiente de Arrasto, 21
- Material Utilizado, 22
- COMPONENTES PRINCIPAIS, 23
- RESULTADOS, 28
- APERFEIÇOAMENTO, 29
- CONCLUSÃO, 31
- BIBLIOGRAFIA, 32
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INTRODUÇÃO
Na disciplina Mecânica dos Fluidos – I é necessário que os estudantes
desenvolvam algum tipo de atividade prática. No segundo semestre de 2011 foi
proposto aos alunos que projetassem e construíssem foguetes de pequeno
porte impulsionados por motores à base de “pólvora negra” e que fossem
capazes de transportar um altímetro.
Durante o projeto percebeu-se que, devido às dimensões do motor e do
foguete, não seria possível construir um modelo com as características pré-
estabelecidas. Com o objetivo de encontrar soluções para os problemas
enfrentados, o PROTÓTIPO 211V1 foi projetado e construído.
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REUNIÕES E PESQUISAS
O primeiro passo para desenvolver o protótipo 211V1 foi organizar
pequenas reuniões onde todos os assuntos que estavam relacionados com o
projeto e construção de um foguete seriam discutidos. Havia um tópico
específico em cada reunião, e caso alguma dúvida permanecesse após o
término da mesma, soluções para esse tópico seriam pesquisadas em diversas
fontes para que, na próxima semana, uma resposta pudesse ser apresentada.
A seguir, um breve resumo sobre os tópicos e os assuntos discutidos
nas reuniões é apresentado.
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Data: 30 de Setembro de 2011
Local: UFF, EEIMVR – sala do professor
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Data: 14 de Outubro de 2011
Local: UFF, EEIMVR – sala do professor
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Utilizando o programa Aerolab observamos a seguinte relação entre Cp
e tamanho das aletas:
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PROBLEMAS E SOLUÇÕES
PROPOSTAS
Assim que todos os assuntos relativos ao foguete foram discutidos, os
principais problemas que poderiam ser encontrados durante o projeto e
construção de um modelo foram destacados nos tópicos abaixo. Para cada
problema foi proposta uma solução.
PROBLEMA – I
Diâmetro interno do corpo do foguete muito maior do que o
diâmetro do motor
1.1 - Descrição
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FIG.1
FIG.2
10
FIG.3
FIG.4
1.2 - Solução
11
FIG.5
FIG.6
12
1.3 - Função Primária
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PROBLEMA – II
Local para transportar o altímetro de maneira segura
2.1 - Descrição
2.2 - Solução
Para resolver essa questão foi decidido que o altímetro seria colocado
em um compartimento que ficaria entre o paraquedas e o bico do foguete. Esse
compartimento suportaria todo o impacto gerado pela explosão da “carga de
ejeção” e pelo retorno do foguete ao solo, além disso, não permitiria nenhum
tipo de movimentação do aparelho, pois isso poderia alterar o centro de
gravidade do foguete durante o vôo.
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após percorrer todo o corpo do foguete. Observando a figura FIG.10 é possível
ver que o compartimento de proteção está posicionado, praticamente, na
metade do foguete (à 395mm do nariz). A energia dos gases lançados após a
explosão da “carga de ejeção” é melhor aproveitada nessa situação pois a
distância a ser percorrida por eles é menor (395mm), do que aquela necessária
para expulsar o nariz (500mm).
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ROBLEMA – III
Destruição parcial do paraquedas
3.1 - Descrição
3.2 - Solução
FIG.7
16
Esse sistema é chamado de BAFFLE, e consiste em fazer com que,
após a detonação da “carga de ejeção”, as partículas lançadas sejam retidas
pelas placas, e os gases que estão em alta temperatura, provenientes da
explosão, sejam forçados a fazer um movimento de “ziguezague” entre elas,
fazendo com que sua temperatura seja reduzida até um ponto em que não
danifique o paraquedas.
FIG.8
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PROJETO E CONSTRUÇÃO
Após encontrar soluções para os problemas enfrentados, o projeto
definitivo do protótipo 211V1 pode ser feito utilizando o programa Aerolab. Com
esse programa foi possível verificar o posicionamento do centro de gravidade e
do centro de pressão, o coeficiente de arrasto, e o peso do foguete.
Analisando os dados fornecidos pelo software, foi verificado que o centro
de pressão estava abaixo do centro de gravidade – foguete estável –, que o
coeficiente de arrasto global estava abaixo de 0,4; e que o peso do protótipo
estava de acordo com as especificações do motor escolhido.
Como as características do projeto eram satisfatórias, a construção do
protótipo foi iniciada. A seguir estão os detalhes sobre projeto e construção do
foguete.
FIG.9
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COMPONENTES
1 – NARIZ
2 – ENCAIXE NARIZ
3 – CORPO
4 – ALTIMETRO
5 – RETENÇÃO FIXA
6 – PARAQUEDAS
7 – CONECTOR
8 – ANEL RETENSOR 1
9 – ANEL MOTOR
10 – ELÁSTICO
11 – TUBO REDUTOR
13 – ANEL RETENSOR 2
14 – ALETA
15 – MOTOR D12- 3
16 – ANEL RETENSOR 3
FIG.10
19
CARACTERÍSTICAS DOS
COMPONENTES
20
COEFICIENTE DE ARRASTO
FIG.11
21
MATERIAL UTILIZADO
FIG.12
FIG.13
22
COMPONENTES PRINCIPAIS
Nesse tópico será dado destaque para os componentes que solucionam
os problemas já citados, ou que tem algum tipo de influência sobre eles.
RETENÇÃO FIXA ( 5 )
FIG.14
Esse componente soluciona o problema – II, pois ele cria uma “parede”
no corpo do foguete dando origem a um compartimento que poderá transportar
um dispositivo eletrônico – neste caso, um altímetro.
Além disso, a retenção fixa melhora o aproveitamento da energia gerada
pela detonação da “carga de ejeção”. Essa característica foi discutida no item
2.4 do problema – II.
No protótipo 211V1, esse componente é feito de duas camadas de
papelão unidas com adesivo universal e fixado no corpo do foguete por dois
anéis de PVC. A retenção fica presa entre os dois anéis que são fixados no
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foguete com adesivo universal, e também, pela pressão que eles exercem
sobre a parede do tubo. No centro da retenção existe um furo onde o elástico é
preso.
CONECTOR ( 7 )
FIG.15
Esse componente está relacionado com o problema – II, pois, para que
houvesse o compartimento onde o altímetro seria transportado, o nariz do
foguete não poderia ser ejetado para liberar o paraquedas. A solução
encontrada foi “partir o foguete ao meio” no momento em que a “carga de
ejeção” fosse detonada. O conector é a peça responsável por manter unidas as
partes superior e inferior do corpo do foguete enquanto a carga não é
detonada.
O conector é feito de um tubo PVC que tem o diâmetro 5% menor que o
diâmetro do corpo do foguete. Seu comprimento é de 40mm, sendo que 20mm
estão fixados na parte inferior do tubo, e 20mm fazem a conexão com o tubo
superior.
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TUBO REDUTOR ( 11 )
FIG.16
25
PLACA ‘EC’ TUBO REDUTOR ( 12 )
FIG.17
FIG.18
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MOTOR ( 15 )
Tipo: D12-3
Tempo de Queima: 1,65s
Impulso Médio: 18,02 N/s
Peso Máximo Suportado: 396,2g
Comprimento: 70mm
Diâmetro: 24mm
Impulso Total: 29,73N
Massa Inicial: 41,4g
Massa Final: 21,1g
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RESULTADOS
As soluções encontradas ao desenvolver o protótipo 211V1 foram
utilizadas para projetar e construir os foguetes lançados no 2º semestre de
2011 pelas turmas de Mecânica dos Fluidos – I. Cerca de 95% dos modelos
lançados utilizava o “tubo redutor”, 2 foguetes apresentavam o sistema
BAFFLE, e 1 foguete era capaz de transportar componentes eletrônicos.
Além de trazer algumas inovações, o protótipo também serviu de
material didático. Como nenhum foguete com as características pedidas havia
sido construído, o protótipo 211V1 ficou à disposição dos estudantes para que
eles pudessem observá-lo e tirar suas dúvidas sobre o projeto e a construção
de foguetes.
As informações obtidas durante todo o processo de pesquisa,
desenvolvimento e construção do protótipo foram utilizadas como base para a
produção da apostila: PROJETO E CONSTRUÇÃO DE FOGUETES
EXPERIMENTAIS. Essa apostila serve de guia para os estudantes que não
tiveram nenhum tipo de contato com o assunto anteriormente.
Durante os lançamentos do segundo semestre de 2011, o foguete
FOGD206211V1 – que apresentava o “tubo redutor”, compartimento para
transportar um altímetro, e estava projetado para “partir-se ao meio” no
momento da detonação da “carga de ejeção” – foi o vencedor da competição
feita entre os 23 foguetes. O modelo seguiu uma trajetória retilínea durante o
vôo, alcançou a maior altitude, liberou corretamente o sistema recuperação
“partindo-se ao meio” e retornou intacto para o solo. Este foguete utilizou as
soluções encontradas pelo protótipo 211V1 e comprovou, na prática, que elas
estavam corretas.
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APERFEIÇOAMENTO
Apesar de uma série de características positivas, o protótipo 211V1
ainda apresenta problemas.
PESO
O peso total do foguete, de acordo com o projeto feito no Aerolab,
deveria ser de 347,1g – um motor D12-3 suporta até 396g. Após a construção,
o protótipo foi pesado: 423g. Com esse peso, o desempenho do foguete estava
comprometido.
A espessura do “tubo redutor” e do nariz não estavam de acordo com o
projeto, e por esse motivo, contribuíram para o aumento do peso do protótipo.
Encontrar materiais que possam reduzir o peso das peças utilizadas no foguete
é essencial para melhorar o desempenho do protótipo 211V1.
PARAQUEDAS
Devido ao peso do foguete, o diâmetro necessário para que o arrasto
produzido pelo paraquedas fosse o suficiente para causar uma queda segura
foi de 1100mm.
Existem técnicas para dobrar o paraquedas e colocá-lo dentro foguete.
Se todos os passos da técnica fossem seguidos, o paraquedas não caberia no
foguete, por isso foi necessário fazer uma “dobra” a mais. Com isso, o risco de
que o sistema de recuperação tenha algum tipo de problema aumenta
consideravelmente. Reduzir o diâmetro do paraquedas trará maior
confiabilidade ao sistema de recuperação.
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CONECTOR
A presença de uma abertura no conector traz uma de perda
energia que pode comprometer o funcionamento do sistema de recuperação.
Eliminar essa abertura aumentará a confiabilidade do sistema.
FIG.19
30
CONCLUSÃO
O protótipo 211V1 alcançou seu objetivo que era encontrar soluções
viáveis para os principais problemas enfrentados na construção de foguetes
com características especiais.
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BIBLIOGRAFIA
APOGEE COMPONENTS
(FIG. 7 e 8)
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