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DIMENSIONAL DE
SISTEMAS
CIMATEC
DIMENSIONAL DE
SISTEMAS
Salvador
2005
Copyright 2005 por SENA-DR BA. Todos os direitos reservados.
CDD 620.004
______________________________________________________
SENAI CIMATEC
Av. Orlando Gomes, 1845 - Piatã
Salvador – Bahia – Brasil
CEP 41650-010
Tel.: (71) 462-9500
Fax. (71) 462-9599
http://www.cimatec.fieb.org.br
APRESENTAÇÃO
Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta. Possui
informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, e apresenta
uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita, de forma
eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo apresentado no
módulo.
Mensagem
“O homem é um animal que usa ferramentas. Fraco por natureza e de pequena estatura, ele fica em
pé sobre uma base quadrilátera de aproximadamente meio pé quadrado ,tem que se firmar sobre
suas pernas afim de que os ventos fortes não o derrubem .
Contudo, ele pode usar ferramentas, pode criá-las; com elas a montanha de granito se transforma
em poeira diante dele; os mares são sua rodovia lisa, os ventos e o fogo seus infatigáveis corcéis.
Em parte alguma você o encontrará sem as ferramentas. Sem ferramentas ele é nada, com
ferramenta tudo.”
Apresentação
1. Introdução 7
2. Conceitos básicos 8
3. Sistemas de Medição 10
3.1. Trenas e Escalas graduadas 10
3.2. Paquímetro 16
3.3. Micrômetro 24
3.4. Relógio comparador 30
3.5. Relógio apalpador 35
3.6. Passômetro 36
3.7. Nível e Esquadro 37
3.8. Goniômetro 40
3.9. Calibrador de Folgas 43
3.10. Calibrador de Raios 43
3.11. Torquímetro 44
4. Transformação de unidades 44
5. Avaliação e diagnostico de componentes 47
5. Resultados dos exercícios 50
Referências 51
1. Introdução
Atenção – Os conceitos básicos são importantes para você. Leia com cuidado e atenção.
Pratique a leitura dos instrumentos nos exercícios da apostila e depois pratique no seu local de
trabalho. Vamos lá! Bom trabalho!
Na realização de quaisquer medições, devem ser considerados três elementos fundamentais: o
método, o instrumento e o operador. O operador é, talvez, dos três, o mais importante. É ele a parte
inteligente na apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a exatidão
pretendida. Um bom operador, servindo-se de instrumentos com piores níveis de exatidão, consegue
melhores resultados do que um operador inábil com excelentes instrumentos.
Agora que você conhece sua importância para o processo de medição, vamos verificar as
principais regras para um bom trabalho. Leia com atenção!
O operador deve conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza. Também precisa ter iniciativa
para adaptar às circunstâncias o método mais apropriado e possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados encontrados.
Regras gerais:
a) Tranqüilidade f) Sensibilidade
b) Limpeza g) Conhecer a finalidade da medição
c) Cuidado h) Dispor de instrumento adequado
d) Paciência i) Ter domínio sobre o instrumento
e) Senso de responsabilidade
Agora algumas recomendações. Não esqueça...
Evitar:
a) Choques no instrumento e na peça a ser medida.
b) Misturar instrumentos e seus acessórios.
c) Cargas excessivas de uso.
d) Medir peças cuja temperatura esteja fora da temperatura de referência.
e) Medir peças de pouca importância com instrumentos caros e de grande responsabilidade.
Cuidados:
1) Sempre que possível, usar proteção de madeira para apoiar os instrumentos quando em
utilização na oficina ou no campo.
2) Sempre que possível, deixar a peça atingir a temperatura ambiente antes de realizar a
medição. O ideal é efetuar a medição com a peça a 20 ºC para diminuir a incerteza de
medição.
Vamos ver a definição de Controle Dimensional? Atenção!!!
O Controle Dimensional é aquele destinado a controlar as dimensões físicas e posição relativa de
uma determinada peça acabada ou semi-acabada. O controle dimensional aplica-se a todas as
grandezas geométricas determináveis: Lineares e Angulares.
O controle dimensional não tem por finalidade somente reter ou rejeitar os produtos pré-fabricados
ou fabricados fora dos padrões ou normas. Destina-se, sobretudo, a orientar a fabricação, evitando
assim erros recorrentes.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todas as etapas da fabricação.
2. Conceitos básicos
Atenção – Os conceitos básicos são importantes para você. Leia com cuidado e atenção.
Pratique a leitura dos instrumentos nos exercícios da apostila e depois pratique no seu local de
trabalho. Vamos lá! Bom trabalho!
Termos técnicos extraídos do VIM – Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia
(INMETRO).
METROLOGIA: É a ciência da medição. Trata dos conceitos básicos, dos métodos de medição,
dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na representação de grandezas
físicas, bem como da caracterização do comportamento estático e dinâmico dos sistemas de
medição
UNIDADE DE MEDIDA: Grandeza especifica, definida e adotada por convenção, com a qual
outras grandezas de mesma natureza são comparadas para expressar seu tamanho em relação àquela
grandeza.
Notas:
a) O metro é uma unidade de medida (unidade de comprimento), cujo símbolo é o m. O milímetro
é um submúltiplo do metro, isto é, uma fração deste. O milímetro é igual a milésima parte do
metro. 1 mm = 0,001 m
b) A polegada é uma unidade de medida antiga. Não pertence ao Sistema Internacional de
Unidades que é legalmente adotado no Brasil. Sua utilização na mecânica está sendo
gradativamente substituída pelo metro e seus submúltiplos.
MEDIÇÃO: É a atividade que visa determinar o valor do mensurando, ou seja, é uma seqüência de
ações que permitem efetuar a medida propriamente dita. É aplicável a ensaios, testes, análises ou
processos equivalentes. O resultado da medição, em geral numérico, é um valor observado, medido,
lido, etc.
8
Nota:
A incerteza de medição é a dúvida quanto ao resultado ao efetuar uma medição. Nenhuma medição
pode ser realizada sem que existam erros associados, devidos a imperfeição do instrumento, ao
operador e ao procedimento utilizado. Portanto, alguma dúvida ainda existe quando efetuamos uma
medição. Em certos tipos de medição, onde há grande preocupação para com o resultado (medições
críticas) é necessário avaliar a incerteza de medição. Para tanto, é utilizado um documento
internacional denominado “Guia para Expressão da Incerteza de Medição”. Este guia foi traduzido e
é distribuído no Brasil pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial).
ATENÇÃO: Observação importante...
Não confundir incerteza de medição com tolerância. Tolerância é uma característica construtiva
determinada no projeto de uma peça. È aquilo que queremos. Incerteza de medição é uma dúvida,
um valor duvidoso que não desejamos, mas que está sempre presente.
CALIBRAÇÃO: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação
entre os valores indicados por um instrumento de medição e os valores correspondentes das
grandezas estabelecidos por padrões.
Nota:
O termo aferição não é mais utilizado pelo INMETRO e sua rede de laboratórios de calibração
(RBC). Para facilitar o entendimento com outros países, utiliza-se o termo calibração em lugar de
aferição. A tarefa de regular o instrumento de medição com o objetivo de diminuir os erros de
medição é agora chamada de ajustagem.
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3. Sistemas de medição
Vamos agora estudar alguns importantes instrumentos de medição.
3.1. Trenas e Escalas Graduadas
Vamos agora estudar as trenas e escalas graduadas? ATENÇÃO!
O mais elementar instrumento de medições utilizado em caldeiraria é a trena graduada. É usada para
a realização de medições lineares, quando não há exigência de baixas incertezas de medição. As
trenas geralmente apresentam graduações no sistema inglês e no sistema internacional (metro).
Sistema internacional:
Graduação em milímetros (mm), 1 mm = 1/1000 m.
Sistema inglês:
Graduação em polegadas (”), 1” = 1/12’ (pé).
A trena graduada pode ser fabricada em aço ou tecido de alta resistência (fibra de vidro), tendo sua
graduação iniciada na extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos: 2 m, 3 m, 5
m, 10 m, 20 m, 30 m, 50 m, etc.
As trenas de pequeno comprimento apresentam, em sua extremidade um gancho, que permite a
operação com apenas um operador, isto é, sem a necessidade de um auxiliar. As de maior
comprimento possuem um elo na sua extremidade.
Algumas trenas possuem o zero um pouco deslocado de sua extremidade. Nestes casos deve-se ter
cuidado para que o zero coincida com a extremidade da peça a ser medida.
As trenas apresentam-se em vários tipos. As figuras a seguir mostram um modelo de trena convexa
e outra plana. A convexidade destina-se a dotar a trena de maior rigidez, de modo a permitir
medições na vertical, de baixo para cima.
As graduações da escala são feitas dividindo-se a polegada em 2, 4, 8 e 16 partes iguais, existindo,
em alguns casos, divisões de 32 partes.
As graduações para o sistema decimal (SI) são baseadas no centímetro. Cada centímetro é dividido
em 10 partes, sendo cada uma 1 mm.
As trenas de caixa prismática
possuem marcada na carcaça o seu
comprimento. Peça a seu instrutor
para demonstrar a utilidade disto,
principalmente na medição de
distâncias referenciadas internamente.
As trenas de aço de grande
comprimento (até 30 m) são
fabricadas com um dispositivo para
enrolamento (manivela). A largura da
fita geralmente é de 9,5 mm
As trenas de fita em tecido (fibra de
vidro) são também bastante comuns
para grandes comprimentos. As suas
principais vantagens são:
São não condutoras,
Não corrosíveis,
Resistentes à umidade.
Vê a figura a seguir? Pois bem, identifique as divisões das graduações da trena. Peça ajuda a
seu instrutor caso necessário.
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As trenas com indicação digital chegaram ao mercado há poucos anos. Seu indicador digital indica
medidas em polegadas ou em milímetros, bastando apenas o aperto de um botão para a conversão
automática. Suas principais vantagens:
Mantém a medida na memória, mesmo depois do
recolhimento da fita;
Leitura fácil e direta no mostrador digital;
Zeragem da leitura em qualquer ponto da fita;
Adiciona automaticamente o comprimento da
caixa.
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Em alguns casos, é preferível não utilizar a extremidade da escala como ponto zero. É mais fácil
identificar a leitura a partir da distância entre duas marcas na escala.
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Utilize a figura abaixo para exercitar a leitura na trena. Observe a marca representativa da
extremidade da caixa.
13
Utilize a figura abaixo para exercitar a leitura na escala. Observe a marca representativa da
extremidade da peça, tendo a face esquerda da escala como zero.
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3.2. Paquímetro
O paquímetro associa uma escala, como padrão de comprimento a dois bicos de medição, como
meio de transporte de medidas, sendo um ligado à escala e o outro ao cursor e a um nônio (escala
menor), como interpolador para leitura entre traços da escala principal.
O paquímetro é um instrumento simples, compacto, robusto e fácil de utilizar. A figura 1, a seguir,
mostra um paquímetro com seus elementos constituintes.
Não perca tempo! Procure um paquímetro no seu lugar de trabalho e leia a apostila com ele ao seu
lado. Desta forma, você pode acompanhar a explicação mais facilmente.
Agora, vamos aprender a medir corretamente. Fique atento aos passos abaixo e acompanhe os
exemplos das próximas figuras.
Uma vez o paquímetro corretamente posicionado na peça a ser medida e travado, toma-se uma parte
da leitura na escala principal e o seu complemento no Nônio. A trava, que fica acima da escala
principal, garante que a leitura não vai se modificar até que o operador faça a leitura.
A operação de leitura é muito simples e se realiza da seguinte maneira:
a) Tomando como referência o primeiro traço do Nônio (traço zero) conte todos os traços da escala
principal que ficam à direita e anote. Lembore-se que cada traço menor da escala principal
equivale a 1 mm no paquímetro em mm e a .025” no paquímetro em polegada.
b) Verifique qual dos traços do Nônio coincide com outro qualquer da escala principal. Sempre
haverá um que fica melhor alinhado do que os restantes. Cada traço menor do nônio equivale a
menor divisão que o paquímetro indica.
c) Some os valores obtidos na escala principal e no Nônio. Este é o resultado da medida.
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Figura 2 – recursos de acesso ao mensurando
Atenção!
Lembre-se que 0,45 mm é igual nove espaços no nônio multiplicado por 0,05 mm, que é o valor da
menor divisão no nônio.
16
b) Leitura do nônio 0,02 mm (1/50 mm)
Atenção!
Lembre-se que 0,62 mm é igual trinta e um espaços no nônio multiplicado por 0,02 mm, que é o
valor da menor divisão no nônio.
No paquímetro com leitura em polegada ordinária, é importante saber ler, somar e simplificar
frações, como no caso acima onde somamos primeiramente 1” com 1/16” e depois ainda
adicionamos 4/128” do nônio. Somando tudo e simplificando temos:
17
1 16 1 17 a
1 (1 parte – escala principal)
16 16 16 16
17 4 (17 * 8) 4 140
(agora devemos simplificar)
16 128 128 128
140 35 32 3 3
1
128 32 32 32 32
Agora tente fazer os exercícios da página a seguir (Paquímetros com medidas em milímetros)!
Verifique os resultados no final da apostila. Lembre-se: cada divisão da escala principal é
igual a 1 mm e cada divisão do nônio é igual a 0,02 mm.
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Exercício: Leia a medida indicada no paquímetro e anote:
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Agora tente fazer os exercícios a seguir (paquímetros com medidas em polegadas decimais)!
Verifique os resultados no final da apostila. Lembre-se: cada traço da escala principal é igual
a .025” e cada traço do nônio é igual a .001”.
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Agora tente fazer os exercícios a seguir (paquímetros com medidas em polegadas
fracionárias)! Lembre-se: cada traço da escala principal é igual a 1/16” e cada traço do nônio
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é igual a 1/128”.
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Posicione os bicos na medição externa aproximando o máximo possível a peça da escala graduada.
Isso evitará erros por folgas do cursor e o desgaste prematuro das pontas onde a área de contato é
menor. Verifique também o perfeito apoio das faces de medição como mostra a parte inferior da
figura abaixo. Acompanhe a bolinha correta...
23
Posicione corretamente as orelhas para medição internas
24
3.3. Micrômetro
Agora vamos estudar o micrômetro! Abaixo temos uma leitura interessante sobre o
micrômetro e suas características.
Os micrômetros foram os primeiros instrumentos que atenderam ao princípio de Enerst Abbé, pois a
medição é executada no mesmo eixo da peça a ser medida.
O princípio de funcionamento do micrômetro baseia-se no deslocamento axial de um parafuso
micrométrico com passo de elevada exatidão dentro de uma porca ajustável. Girando-se o parafuso
micrométrico, este avança proporcionalmente ao passo que normalmente é de 0,5 mm ou (.025”). A
circunferência da rosca (que corresponde ao tambor, pois este é fixado firmemente ao parafuso por
encaixe cônico), é dividida em 50 partes iguais (ou 25 partes nos instrumentos de polegada),
possibilitando leituras de 0,01 mm ou .001”.
Assim, uma volta completa do tambor corresponde ao passo da rosca, meia volta corresponde a
metade do passo da rosca e assim por diante.
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Os materiais empregados na fabricação do parafuso micrométrico são o aço liga ou aço inoxidável.
O aço inoxidável confere maior resistência á oxidação, mas por outro lado, sua dureza é menor
quando comparada a um fuso de aço liga. Os parafusos micrométricos são retificados, temperados e
estabilizados com dureza de aproximadamente 63HRC para garantia de alta qualidade do mesmo.
O tambor graduado está fixado ao fuso micrométrico. Na parte dianteira do tambor acha-se gravada
uma escala que subdivide a rotação (deslocamento de 0,5 mm) em cinqüenta partes. O
deslocamento de uma divisão de tambor corresponde a um avanço de 0,01 mm.
O tubo graduado possui duas outras escalas lineares que indicam os milímetros e os meios
milímetros. Estando o micrômetro ajustado, isto é, quando o traço do limite inferior da faixa de
medição coincidir com o traço zero do cilindro, com os sensores de medição se tocando ou com
haste padrão entre eles, o micrômetro está apto a fazer medições.
Quando o micrômetro possui nônio, é possível efetuar a leitura diretamente com resolução de 0,001
mm ou .0001”. Freqüentemente, adota-se a resolução de 0,002 mm em micrômetros de mm sem
nônio. Nos micrômetros com indicação digital a indicação em geral é 0,001 mm ou .0001”.
Não esqueça!
O elemento que garante uniformidade na aplicação da força de medição nos micrômetros é
geralmente a catraca.
A catraca é ligada ao parafuso micrométrico. Se a força de medição for superior à resistência da
catraca, a mesma gira em falso sobre o parafuso. A catraca em suma, limita o torque transmitido ao
fuso. Uma outra forma comum de controlar a força de medição é a utilização de um elemento de
fricção ligado ao parafuso micrométrico. Quando a força ultrapassar certo limite, as duas faces
deslizam e o parafuso não mais se move.
Vamos agora fazer leituras no micrômetro!
Para ler as medidas no micrômetro procede-se da seguinte forma:
a) Verificam-se quantos traços da bainha estão descobertos pelo tambor (traços de cima
representam o milímetro inteiro e traços de baixo representam a metade do milímetro).
b) Adicionar a leitura acima a fração lida no tambor (50 divisões).
c) Caso o micrômetro tenha nônio, procede-se de forma semelhante ao paquímetro, adicionando
esta fração às leituras anteriores.
Para efetuar a leitura em polegada executa-se o mesmo procedimento, tendo cuidado especial com a
divisão da escala.
Agora que você já conhece um pouco do micrômetro, vamos executar algumas medições em
milímetro e polegada. Acompanhe com seu micrômetro...
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Lembre-se!
Se no caso acima a bainha mostrasse mais um traço inferior, a leitura seria:
Bainha 7,5 mm
Tambor 0,37 mm
Leitura do micrômetro 7,87 mm
Não esqueça! No caso do micrômetro em polegada, cada traço inferior da bainha equivale a .
025” e cada traço do tambor equivale a .001”.
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ATENÇÂO!
Nunca esqueça de utilizar a catraca para efetuar a medição. O micrômetro é um instrumento de
elevada exatidão e necessita de uma força de medição constante para não causar grandes erros.
Cuidados adicionais:
Mantenha seu micrômetro sempre limpo. Não deixe que ele caia ou sirva de ferramenta. Evite
adicionar óleo ao instrumento, pois o mesmo arrasta para dentro da rosca micrométrica muita
sujeira. Somente aplique óleo extra fino quando o instrumento for sofrer manutenção.
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Vamos trabalhar? Faça a leitura e verifique o resultado no final da apostila. São todos
micrômetros em mm. Alguns possuem escalas um pouco diferentes. Tome cuidado!
29
Agora vamos trabalhar com polegadas...
30
3.4. Relógio Comparador
Agora trabalharemos um pouco com o relógio comparador. Acompanhe...
O relógio comparador é um medidor de deslocamentos lineares por medição diferencial. Isto
significa que o instrumento mede a diferença entre duas referências quaisquer. Os medidores de
deslocamentos transformam um pequeno deslocamento captado por um sensor de medição em um
deslocamento amplificado num ponteiro, que possa ser lido numa escala, ou mesmo ser indicado
diretamente em um indicador digital.
Os relógios comparadores são muito utilizados para medir características geométricas específicas
das peças, tais como cilindricidade, ovalização, conicidade e para alinhamentos diversos. Também
podem ser utilizados de forma ampla para medição de peças associadas a um padrão de
comprimento.
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A seguir deve-se fixar o relógio cuidadosamente numa mesa de medição ou base magnética, para
que este possa ser aplicado ao mensurando. Sempre aplique alguma deformação ao relógio (deixe o
fuso levantar um pouco) no momento de fixar o instrumento.
Em seguida siga posicione a escala corretamente para sua referência inicial (zeragem). Lembre-se o
relógio comparador mede de forma relativa, isto é, a diferença entre duas posições (inicial e final).
Finalmente leia diretamente sobre a escala ou indicador digital a diferença entre suas duas
referências da seguinte forma:
a) Número de voltas – O ponteiro pequeno marca o número de voltas. Cada volta abrange 100 ou
200 divisões da escala do relógio.
b) A fração da volta deve ser lida através do ponteiro grande.
Fique atento! Vamos ler alguns exemplos...
32
B )O operador fixou o relógio na marcação de 0 mm, e na marcação de 4 voltas(leia a escala interna
do número de voltas). O deslocamento foi no sentido anti-horário.
Primeiramente devemos observar o número de voltas. Verifique que o relógio se deslocou a partir
da referência 4 passou pelos pontos 5,6,7 e não chegou no ponto 8 ou seja não chegou a quatro
voltas. A seguir, observamos o ponteiro maior, que indica 78 divisões(verifique a escala interna dos
centésimos de milímetros ou seja do ponteiro maior)). Como neste relógio cada divisão é igual a
0,01 mm temos a seguinte situação:
1 volta completa = 100 divisões = 100 x 0,01 mm = 1 mm
78 divisões = 78 x 0,01 mm = 0,78 mm
Somando: 3voltas + 0,78mm = - 3,78mm. Como o sentido de deslocamento foi horário, temos um
deslocamento negativo em relação a referência inicial.
33
Vamos fazer exercícios...
34
Atenção!
Cuidado com a forma como o relógio é posicionado. Existe um acessório específico para levantar o
fuso, que evita contato desnecessário do operador com a ponta de contato.
Olha a postura!!!
Muito cuidado com a fixação do relógio comparador. Este deve permanecer com o fuso
perpendicular com o plano da peça a ser medida. Se isso não for observado, ocorrem erros
substanciais, chamados erros de cosseno.
35
3.5.
Relógio apalpador
Anéis padrão
38
O nível de bolha é um instrumento utilizado em construção mecânica
em geral. O instrumento verifica a posição da peça quanto à
horizontalidade e verticalidade.
Para verificação com o nível, deve-se empregá-lo em superfícies de
qualidade suficientemente boa e livre de sujeiras, tais como óleo,
graxa, óxidos, etc.. Deve-se também ter o cuidado de somente efetuar
a leitura após a bolha estar em repouso. Outra forma de aumentar a
segurança, é repetir a leitura, rotacionando o instrumento em 180°, de
forma a minimizar o erro de indicação do próprio instrumento.
Os bulbos colocados no sentido do comprimento servem para
determinar a horizontalidade (nível) e os colocados transversalmente,
servem para determinar a verticalidade (prumo).
39
O esquadro é um instrumento utilizado para
verificar a exatidão da perpendicularidade entre
superfícies.
Cuidados devem ser tomados quando da utilização
do esquadro. Assim como no caso do nível de
bolha, as superfícies devem estar isentas de óleo,
graxa, oxidação e sujeira em geral.
A tabela abaixo mostra as tolerâncias quanto a
perpendicularidade de cada tipo de esquadro. A
tabela apresenta apenas dados para alguns
comprimentos.
40
Esquadro simples
Distância L
3.8. Goniômetro
Vamos contar igual aos antigos...
O medidor de ângulos chama-se goniômetro. Para medir ângulos, precisa-se conhecer o sistema de
contagem sexagesimal. Este sistema divide uma circunferência em 360 graus. O grau é dividido em
minutos e segundos.
Portanto, a unidade de ângulo é o grau. O grau divide-se em 60 minutos e o minuto divide-se em 60
segundos. Os símbolos utilizados são: grau (º), minuto (’), segundo (”).
42
ATENÇÃO!!!
Fazer a leitura do ângulo sempre com o goniômetro aplicado à peça.
Manter sempre os goniômetros limpos e acondicionados em estojos próprios.
43
Vamos efetuar leituras?
Nas figuras acima, temos três exemplos de leitura do goniômetro. No exemplo 1, tem-se a leitura de
0º 5’, pois o segundo traço do nônio coincide com algum traço do disco graduado. No exemplo 2,
tem-se 0º 10’, pois a coincidência ocorreu no segundo traço do nônio. Já no exemplo 3, a
coincidência entre os traços ocorreu no nono traço do nônio, o que corresponde a 0º 45’.
44
3.10. Calibrador de Raios
3.11. Torquímetro
Dial
45
Ponteiro
Estalo
4. Transformação de Unidades
Agora vamos proceder as transformações de unidades. Lembre-se de seu curso de
matemática...
Transformar polegadas em milímetros:
1º caso:
Transformar polegadas inteiras em milímetros:
Para se transformar polegadas inteiras em milímetros, multiplica-se 25,4 mm pelo valor em
polegadas a transformar.
Ex.: Transformar 3” em milímetros
25,4 x 3 = 76,2 mm
2º caso:
Transformar fração da polegada em milímetro.
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 mm pelo numerador da fração e divide-se pelo
denominador.
Ex.: Transformar 5/8” em milímetros.
(25,4 x 4) 8 = 15,875 mm
3º caso:
Transformar polegada inteira e fracionária em milímetros.
Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número em uma fração imprópria e, a
seguir, opera-se como no 2º caso.
Ex.: Transformar 1 ¾” em milímetros.
3 4 3 7
1
4 4 4 4
7 25,4 * 7
44,45 mm
4 4
4º caso:
Transformar milímetros em polegadas.
Para se transformar milímetro em polegada, divide-se o valor em milímetros por 25,4 e multiplica-
se o resultado por uma das frações ordinárias da polegada (menor divisão do instrumento).
Ex.: Transformar 9,525 mm em polegadas.
9,525 : 25,4 0,375 *128 48
128 128 128
48 24 12 6 3
Simplificando a fração: ”
128 64 32 16 8
46
5º caso:
Transformar polegada decimal em milímetro.
Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor em decimal da polegada
por 25,4.
Ex.: Transformar 0,875” em milímetro.
0,875 x 25,4 = 22,225 mm
6º caso:
Transformar milímetro em polegada decimal.
Divide-se o valor em milímetro por 25,4
Ex.: Transformar 3,175 mm em polegada decimal.
3,175 : 25,4 = 0,125”
Agora, para terminar, faremos transformações para expressar o valor em polegada ordinária ou
decimal.
1º transformação:
Transformar sistema inglês ordinário em decimal.
Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador da fração pelo
denominador.
Ex.: Transformar 7/8” em decimal.
7 : 8 = 0,875
2º transformação:
Transformar sistema inglês decimal em ordinário.
Para se transformar do sistema inglês decimal para ordinário, multiplica-se o valor em decimal por
uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada e
simplificando-se a fração quando necessário.
Ex.: Transformar 0,3125” em sistema inglês ordinário.
0,3125 *128 40
128 128
40 20 10 5
Simplificando a fração teremos: ”
128 64 32 16
1) Transforme em milímetros:
5/32” =
1 5/8” =
1 7/8” =
1.375” =
60,325 mm =
6) Transforme em milímetros: .
001” =
2.625” =
5. Avaliação e diagnostico
Agora vamos aplicar os nossos conhecimentos com os instrumentos estudados, para avaliar e
diagnosticar possíveis deformações dos componentes abaixo.
5. Avaliação e diagnostico
49
1.1 Valor encontrado
50
1.1.6 Mancais Móveis
1º 2º Central 4º 5º
Máx.
Min.
51
7) 5,31 mm
5. Resposta dos exercícios:
8) 9,69 mm
Paquímetro: 9) 2,00 mm
Página 19: 10) 0,99 mm
1) 11,00 mm 11) 18,61 mm
2) 16,02 mm 12) 10,37 mm
3) 15,34 mm Página 29:
4) 16,54 mm 1) .075”
5) 31,94 mm 2) .025”
6) 93,48 mm 3) .300”
7) 70,76 mm 4) .359”
8) 49,24 mm 5) .524”
9) 41,20 mm 6) .301”
10) 55,52 mm 7) .287”
11) 134,50 mm 8) .667”
12) 82,78 mm 9) .119”
Página 20: 10) .446”
1) .175” 11) .500”
2) .405” 12) .033”
3) .038” Relógio comparador:
4) 1.061”
5) 8.884” Página 33
6) 9.997” A) 2,03mm
7) 4.474” B) 1,46mm
8) 6.635” C) – 1,98mm
9) 2.100” D)2,53mm
10) 7.842” Transformação de unidades:
11) .794” Página 46
12) 1.906” 1) 3,97 mm e 41,275 mm
Página 21: 2) 1/16” e 3/4"
9) 23/64” 3) .078” e 1.875”
10) 4 11/32” 4) 1/8” e 1 3/8”
11) 5/16” 5) .25” e 2.375”
12) 1 41/64” 6) 0,025 mm e 66,675 mm
13) 5/64”
14) 5 1/64”
15) 3 57/128”
16) 3/128”
17) 1/128”
18) 7 1/32”
19) 127/128”
20) 59/128”
21) 2 3/8”
22) 4 91/128”
Micrômetro:
Página 28:
1) 0,42 mm
2) 2,64 mm
3) 6,51 mm
4) 13,21 mm
5) 17,97 mm
6) 3,08 mm
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Referências
TESA. Instrumentos para o controle dimensional..Suiça, TESA S/A, 1980. Catálogo nº 102.017
SCHOELER, Nelson; GONÇALVES JR, Armando A. Medir 100 Erros. Florianópolis, Fundação
CERTI, 1992. 153 p.
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