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Sentado em banco de concreto, sob à rajada sombra das árvores do campus, percebo a
tarde esvair-se. Não há nela nada que comova: o cão de cor marrom dorme entrouxado em canto
próximo (será que tem falta do técnico, hoje grevista, que o acariciava?); alguns estudantes
conversam em roda; outros, mais dispersos, deixam-se levar pela tarde, enquanto aguardam
algo ou alguém. Enfim, há apenas a tarde calma tangendo a todos.
A tarde, a sombra rajada que as árvores lançam sobre mim, os demais estudantes e o
cachorro que dorme deixam, pois, de estar suspensos. Agora, não mais aquebrantado por ti,
sinto um vazio na tarde e outro no peito.
Sabino.