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2017/1

Prof. Leandro Zafalon Pieper


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA E URBANISMO
T 124/125

Capítulos INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

01 Introdução

02 Previsão de Cargas da Instalação Elétrica

03 Comando de Iluminação e Fiação para os Pontos Elétricos

04 Etapas do Projeto

05 Dimensionamento dos Disjuntores, Condutores e Eletrodutos

06 Instalações Telefônicas e Lógicas

07 Noções de Luminotécnica

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Etapas do Projeto

Após....

Definir a carga a ser instalada numa edificação

Definir todos os pontos de consumo;

Localizar-los na planta baixa, com simbologia adequada;

Agrupar a carga instalada em circuitos elétricos


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Etapas do Projeto

1) Circuitos Alimentadores (circuito de distribuição principal/


divisionário/circuito subalimentador)

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Fonte:Manual PRYSMIAN
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2) Circuitos Terminais (abastecem os pontos elétricos da edificação)

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Etapas do Projeto

A DIVISÃO DE CIRCUITOS TERMINAIS VISA:

FACILIDADE DE OPERAÇÃO E DE MANUTENÇÃO;


REDUÇÃO DA INTERFERÊNCIA ENTRE PONTOS DE UTILIZAÇÃO E
LIMITAÇÃO DAS CONSEQÜÊNCIAS DE UMA FALHA;

REDUÇÃO NAS QUEDAS DE TENSÃO E DA CORRENTE NOMINAL:


DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE
MENOR SEÇÃO E CAPACIDADE NOMINAL;

FACILIDADE DE ENFIAÇÃO EM OBRA E


LIGAÇÃO DOS FIOS AOS TERMINAIS DE EQUIPAMENTOS, INTERRUPTORES,
TOMADAS, ETC.

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DEFINIÇÕES

1) Circuito Elétrico

Equipamentos e condutores ligados a um

mesmo dispositivo de proteção;


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2) Dispositivos de Proteção ( fusível, disjuntor termomagnético ou


diferencial residual):

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Fonte:Manual PRYSMIAN
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Proteção dos circuitos (fusível):

 Operação simples e segura: elemento fusível;


 Baixo custo;
 Não permite efetuar manobras;
 Não permite rearme do circuito após sua atuação,
devendo ser substituído;
 É essencialmente uma proteção contra curto-circuito;
 Não é recomendável para proteção de sobrecorrentes
leves e moderadas.

Fonte:Manual PRYSMIAN

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Disjuntor Termomagnético:

 Elemento destinado à proteção (desligamento


automático) e comando (acionamento manual) de
um circuito;
 Ligado exclusivamente nos condutores FASE dos
circuitos;
 Pode ser mono, bi ou tripolar (para uso nos
circuitos mono, bi ou trifásicos);
 Capacidades típicas: 6A, 10 A, 16 A, 20 A, 25 A,
32 A, 40 A, 50 A, 63 A, 80 A, 100 A (~75kW @
220V);
 Atua pela ação de disparadores: lâmina
bimetálica e bobina;
 Maior margem de escolha de valores;
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 Pode ser religado após sua atuação, sem


necessidade de substituição;
 Pode ser utilizado como dispositivos de
manobra;
 Protege contra sobrecorrente e curto-circuito;
 Tem custo mais elevado do que o fusível;
 Características: Fusível x Disjuntor.

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Disjuntor Diferencial Residual:

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Fonte:Manual PRYSMIAN
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Os disjuntores DR devem ser ligados aos condutores FASE e NEUTRO dos circuitos

circuitos de tomadas, localizados em


áreas molhadas;
É obrigatório o uso do DR:

nos circuitos de iluminação


localizados em área externa.

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3) Quadro de distribuição:

Fonte:Manual PRYSMIAN

Quadro de distribuição para fornecimento bifásico.


Fonte:Manual PRYSMIAN
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Fonte:Manual PRYSMIAN

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Fonte:Manual PRYSMIAN
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5) Quadro terminal:

OU

Fonte: www.gartic.com.br

Fonte:Manual PRYSMIAN
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Localização do Quadro de Distribuição:

O QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO É O CENTRO DE TODA A


INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE UMA RESIDÊNCIA!!!!

Do qual partem os circuitos terminais que vão alimentar


diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos e
(eventualmente) alimentação para os QUADROS TERMINAIS
(QT).

Procurar atender a aspectos:

estéticos,
de funcionalidade,
visibilidade e de segurança. 17
Fonte: www.redeconstroi.com.br
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Etapas do Projeto

Localização do Quadro de Distribuição:

ambiente de fácil acesso;


QD e QT, localizados em:
de uso não privativo;

próximo ao centro de cargas da


edificação ou do quadro medidor;

CENTRO DE CARGAS: é o ponto ou região onde se concentram as maiores potências da


instalação (chuveiro elétrico, torneira elétrica, secadora de roupas, etc.).

Tantos quadros terminais quantos forem os sistemas de utilidades do prédio


(iluminação, elevadores, bombas, etc.) 18
Fonte: www.gartic.com.br
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Etapas do Projeto

CRITÉRIOS PARA A DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS

CADA CIRCUITO SERÁ LIGADO A UM DISPOSITIVO DE


PROTEÇÃO (DISJUNTOR);

COZINHA
CIRCUITOS INDEPENDENTES PARA:
COPA

ÁREA DE SERVIÇO

CIRCUITOS INDEPENDENTES PARA:


TUE

CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO SEPARADO DE TUG

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Etapas do Projeto

IDENTIFICAR NA PLANTA, AO LADO DE CADA PONTO DE LUZ OU TOMADA, O NÚMERO DO


CIRCUITO RESPECTIVO.

A distribuição dos circuitos de uma instalação é especificada no:

O condutor TERRA é a única fiação que pode ser compartilhada entre mais de
um circuito.
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DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES


1. Circuitos de iluminação e circuitos de TUGs: Icircuito < 70% da capacidade
do disjuntor que protege o circuito;
2. Circuitos de TUEs: Icircuito < 80% da capacidade do disjuntor que protege o
circuito;
3. Disjuntor geral: Corrente da fase mais carregada < 80% da capacidade
do disjuntor de proteção geral.
Disjuntor mínimo para circuitos de TUE = 20 A
Disjuntor mínimo para circuitos de Iluminação e de TUG = 10 A

IMPORTANTE
Verificar sempre se a capacidade do disjuntor é compatível
com a capacidade da fiação do circuito protegido.
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e Fiação

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

O dimensionamento dos condutores = conseqüência do dimensionamento dos


disjuntores = respeitando a capacidade de condução de corrente de cada
condutor (Tabela 36 da norma).

IMPORTANTE
A corrente do circuito (ICIRC), a corrente do disjuntor (IDISJ) e a corrente do fio
(IFIO) devem atender à seguinte relação:
ICIRC  IDISJ  IFIO
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Número de Condutores Carregados em um circuito é determinado:

Trifásico sem neutro = 3 condutores carregados;


Trifásico com neutro = 4 condutores carregados;
Monofásico a 2 condutores = 2 condutores carregados;
Monofásico a 3 condutores = 2 condutores carregados;
Duas fases sem neutro = 2 condutores carregados;
Duas fases com neutro = 3 condutores carregados;

OBS.: Os condutores utilizados como proteção não são considerados.


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Exemplo de dimensionamento de disjuntor e fio:


Seja o circuito de iluminação abaixo:
12 pontos de luz @ 100 W............................................... 1200W
4 pontos de luz @ 60 W................................................... 240W
5 pontos de luz @ 40 W................................................... 200W
Potência instalada 1640W

ICIRC  IDISJ  IFIO

1 passo: descobrir a corrente do circuito (calculada)


2 passo: descobrir a corrente do disjuntor (corrente nominal identificada pelo
cálculo de proteção da norma (70 ou 80%)
3 passo: descobrir a corrente do fio (tabela 36)
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1 passo => I do circuito


P = 1640 W

Ic = Pc/V
Ic = 1640/220
Ic – 7,45 A

2 passo => I do disjuntor


Circuito de Iluminação=> Ic < 70% capacidade do disjuntor

Testes:
Utilizando disjuntor de 10 A:
10 x 0,7 = 7 A => 7 < 7,45 => não satisfaz a norma !!!

Utilizando disjuntor de 16 A:
16 x 0,7 = 11,2 A => 11,2 > 7,45 => OK
-
Fio 1,5mm2 conduz 16 A? Tabela => Sim => OK

=> Então, o fio de 1,5 mm2 é compatível com disjuntor de 16 A.


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T 124/125 Dimensionamento da Divisão
das fases

Fiação mínima para circuitos de Iluminação = 1,5 mm2


Fiação mínima para circuitos de TUG e TUE = 2,5 mm2

DIVISÃO DAS FASES:


A divisão deve ser a mais equilibrada possível entre as fases!
Potência de cada fase = Carga Instalada / no. de fases (2 – bifásico / 3
– trifásico.
Agrupar os circuitos até que fiquem o mais próximo possível do valor
da potência de cada fase.
OBS.: De preferência não utilizar somente circuitos de TUE’s em uma
mesma fase.
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Exercício : Preencher o quadro de distribuição de circuitos do exercício de aula

OBS.: As colunas de “Disjuntor” e “Fio” não devem ainda serem preenchidas.

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