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(organizador)
Métodos Quantitativos
Pesquisa Operacional
Volume 1
1ª Edição
Belo Horizonte
Poisson
2018
Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade
Conselho Editorial
Dr. Antônio Artur de Souza – Universidade Federal de Minas Gerais
Dra. Cacilda Nacur Lorentz – Universidade do Estado de Minas Gerais
Dr. José Eduardo Ferreira Lopes – Universidade Federal de Uberlândia
Dr. Otaviano Francisco Neves – Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais
Dr. Luiz Cláudio de Lima – Universidade FUMEC
Dr. Nelson Ferreira Filho – Faculdades Kennedy
Formato: PDF
ISBN: 978-85-93729-88-1
DOI: 10.5935/978-85-93729-88-1.2018B001
CDD-658.8
www.poisson.com.br
contato@poisson.com.br
SUMÁRIO
RESUMO
O transporte urbano na cidade de Manaus adota um modelo semelhante de outras
grandes cidades onde apresenta sérios problemas em relação ao gargalo da rota e ao
número excessivo de ônibus no trânsito. Este artigo discute esse problema e apresenta
uma proposta de redução do número de veículos através de definição de rotas e trechos
compartilhados. A metodologia adotada é analítica, que visa garantir que as análises reali-
zadas reproduzam valores consistentes com o valor de referência, considerando as carac-
terísticas dos requisitos estabelecidos. A ferramenta utilizada para simulação e avaliação
analítica é o software Arena. Os resultados indicam que a nova maneira de executar o
serviço de transporte público na linha estudada pode ser replicada nas outras linhas, redu-
zindo custos e tempo em cada viagem.
Palavras-chave
de vida de sua população. Frawley afirma tivo que funcione de maneira integrada.
que, uma cidade cuja as vias são bem Nele será realizado o desenvolvimento e
matérias primas e até mesmo menos parte do problema assim como a análise
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Fonte: Autores
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diversos gargalos devido ao alto fl uxo de Figura 2 se refere ao percurso atual, sendo
carros entre a avenida Constantino Nery e a imagem da esquerda o sentido de ida
o centro da Cidade, acarretando em perda (Terminal 4 – Terminal da Matriz) e o do
de tempo no deslocamento dos passa- lado direito o sentido de volta (Terminal da
geiros de um ponto a outro na cidade. A Matriz – Terminal 4).
O cenário sugerido para otimizar o trajeto que envolve o bairro Cidade Nova, outro no
acarreta no serviço de integração entre os sentido Torquato Tapajós até o Terminal
ônibus e sugere a possibilidade de inte- 1, enquanto o último percorre dentro do
gração temporal da passagem, conforme centro da cidade, todos em um formato de
descrito por meio eletrônico na página rota circular.
da Superintendência Municipal de Trans-
A imagem mostrada na Figura 3 refl ete
portes Urbanos (SMTU), a integração
exatamente o percurso sugerido pelo
temporal é uma opção adicional ao
ônibus da linha 640, trajeto de ida e volta,
sistema integrado existente, por meio da
enquanto a Figura 4 mostra as imagens do
qual o usuário pode trocar de ônibus, sem
percurso percorrido por um dos ônibus
custo adicional, fora de um terminal de
implantados pela ideia sugerida, onde o
integração, desde que se passe na catraca
mesmo irá continuar o trajeto no sentido
do ônibus seguinte dentro de um deter-
bairro - centro, completando o caminho
minado período de tempo. Em relação ao
que a linha 640 deixou de fazer. Assim
trajeto, ele terá desmembramento em três
percorrendo no sentido Torquato Tapajós
partes, fazendo com que outras partes do
até o Terminal 1.
trajeto sejam feitas por mais dois ônibus,
sendo o da linha 640 fazendo o percurso
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Para o cenário sugerido, foram elabo- fim para iniciar seu percurso. Assim, foi
radas três entidades independentes com feito uma análise com base nos resultados
seus respectivos trajetos e retornos, sem a obtidos, conforme mostra a Tabela 1.
necessidade do antecessor chegar ao seu
que haja um aumento de tempo em 15,9% é conclusivo, ficando aberto para demais
do trajeto inteiro em relação ao sugerido estudos. Espera-se que este trabalho incen-
sob ótica geral, observou-se maior circu- tive outras pesquisas sobre o tema, em prol
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of a single bus route with single and Modeling via a Dynamic Modeling
[5 ]. MANAUS, SUPERINTENDÊNCIA
MUNICIPAL DE TRANSPORTES URBANOS
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A APLICAÇÃO DO
PROBLEMA DO
CAIXEIRO VIAJANTE
PARA SOLUÇÃO DE UM
PROBLEMA LOGÍSTICO
DE ROTEIRIZAÇÃO
RESUMO
Alguns dos fatores fundamentais na estratégia logística das organizações são distância,
tempo e custos, sendo estes, as principais condicionantes para que se possa determinar
a melhor rota possível. O presente trabalho caracteriza-se na minimização da distância
percorrida por um entregador de produtos alimentícios, a fim de atender várias cidades
situadas no oeste do Paraná. Para obter a solução otimizada da rota, utilizou-se da meto-
dologia do Problema do Caixeiro Viajante (PCV), desenvolvendo-se um algoritmo na ferra-
menta computacional LINGO®. No decorrer do trabalho, são apresentadas as etapas
advindas da aplicação do método, que constitui-se do desenvolvimento de uma tabela
de distâncias do tipo De-Para, obtida através do software Google Earth® e da construção
de um algoritmo baseado no PCV para realizar os cálculos iterativos. O resultado se deu
por um grafo direcionado que aponta a solução da pesquisa, sendo que esta foi enviada
como sugestão para implantação pela empresa. Sendo assim, este trabalho proporciona a
visualização da importância da modelagem matemática na construção de estratégias mais
seguras para consecução de soluções logísticas.
Palavras-chave
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[...] dado um grafo G(V, E), com |V| ≥ 3 e que método é “procedimento, técnica ou
custos Cij, (i,j) ∈ E, associados às arestas, meio de fazer alguma coisa, especialmente
o Problema do Caixeiro Viajante (PCV) de acordo com um plano”.
consiste em encontrar o ciclo hamilto-
Para se ter um melhor entendimento
niano de custo mínimo. No caso de um
do que vem a ser uma solução ótima,
grafo completo com n vértices (cidades)
Barbosa e Zanardini (2010, p. 13) nos
significa buscar a melhor rota dentre (n
afirmam que “podemos dizer que é
– 1)!/2 possibilidades.
aquela que melhor serve aos objetivos
Cunha, Bonasser e Abrahão (2002) ressaltam das pessoas e das organizações.”.
que o PCV é chamado simétrico quando
O presente trabalho caracteriza-se na
a distância entre dois nós quaisquer i e j
minimização da distância percorrida por
independe do sentido, isto é, quando dij = dji,
um entregador de produtos alimentícios, a
caso contrário, o problema é denominado
fim de atender várias cidades situadas no
assimétrico. O grafo que descreve o cenário
oeste do Paraná. Para obter a solução otimi-
da situação problema encontrada neste
zada da rota, utilizou-se da metodologia
estudo é considerado simétrico.
do Problema do Caixeiro Viajante (PCV),
Em relação à classificação da Pesquisa desenvolvendo-se um algoritmo na ferra-
Operacional (PO) perante as demais ciên- menta computacional LINGO®. O Objetivo
cias, para Loesch e Hein (2009), pode ser é trazer melhorias em custos, através da
melhor descrita como ciência do conheci- modelagem matemática baseada no PCV,
mento, pela sua capacidade de estruturar pela otimização das distâncias logísticas.
processos a partir da transformação de
dados de um cenário real, permitindo a 2. MATERIAIS E
interação entre diversas restrições e variá- MÉTODOS
veis, propondo, se bem interpretadas,
ações e alternativas de solução diversas. A classificação geral desta pesquisa cien-
tífica é dada como prática, que segundo
Segundo a concepção dada por Silva et al. Demo (2000, p. 22), é “ligada à práxis, ou
(2008), a Pesquisa Operacional se institui seja, à prática histórica em termos de
em um sistema complexo, ou seja, dado conhecimento científico para fins explícitos
o modelo matemático condizente com a de intervenção; não esconde a ideologia,
problemática estudada, o mesmo consegue mas sem perder ó rigor metodológico”.
descrever o sistema observado de forma
lógica, e por intermédio da iteração deste A pesquisa científica prática é subclas-
modelo, encontra-se uma maneira segura sificada em relação à natureza, à abor-
de trabalhar este sistema. dagem, ao objetivo e aos procedimentos.
No tocante à natureza é dada como apli-
Recorrendo ao dicionário Houaiss da língua cada, quanto à abordagem é considerada
portuguesa (HOUAISS; VILLAR, 2009), temos
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A função objetivo (FO) do modelo proposto com o mínimo de visitas possível, retor-
visa minimizar o custo total (cij) do caminho nando à empresa.
(xij), que para este estudo, é a distância
Para facilitar a resolução dos cálculos itera-
total percorrida pelo entregador. A FO está
tivos, optou-se por utilizar a ferramenta
sujeita às restrições de origem e destino,
computacional LINGO®, que possibilita
fazendo com que a solução propicie ao
a compilação de algoritmos que deter-
entregador passar por todas as cidades
minam, através de suas iterações, uma
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ciais que possam desviá-lo do caminho Cargas. São Paulo: Atlas, 2001.
inicialmente calculado.
[ 8] . CUNHA, C. B. da; BONASSER, U. de O.;
ABRAHÃO, F. T. M.. Experimentos compu-
REFERÊNCIAS tacionais com heurísticas de melhorias
[2]. BALLOU, R. H. Logística Empresarial mento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
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UTILIZAÇÃO DE
TÉCNICAS DE
MINERAÇÃO DE
DADOS NA ANÁLISE
DE ASPECTOS SOBRE
O COMPORTAMENTO
DO MOSQUITO AEDES
AEGYPTI
RESUMO
Neste artigo, foi demonstrado como as técnicas de mineração de dados são eficientes
no descobrimento de conhecimentos antes ocultos sobre o comportamento do mosquito
Aedes Aegypt. As informações foram mineradas de um banco de dados gerado por um
questionário distribuído digitalmente e que obteve 341 respostas. O foco dessa pesquisa
era apenas a cidade de campos dos goytacazes, no Rio de Janeiro, e trazia perguntas sobre
hábitos de indivíduos e sua relação com a transmissão de doenças. Os dados foram mine-
rados utilizando a ferramenta Weka 3.8.1, na qual foi aplicada a técnica de clusterização
com o algoritmo simplekmeans. Os conhecimentos obtidos demonstraram uma relação
entre indivíduos do sexo feminino, jovens (entre 20 e 39 anos) que moram no centro da
cidade e ficam menos de 12h por dia em casa, sendo que esse grupo estava associado à
questão de terem contraído dengue. Também foi percebida uma associação clara entre o
centro da cidade e esses indivíduos.
Palavras-chave
mentos que estariam ocultos ou passariam aegypti, com boa adaptação ao clima
de bancos de dados com grande volume deiro, da genética viral, da resposta imune
analisar esses dados de forma manual. Glasser (2002) afirmam que o conheci-
mento desses fatores é fundamental para
Fayyad (1996) expõe a Mineração de a compreensão das epidemias de dengue
Dados como um processo para identifi- e o direcionamento das ações de controle.
cação, nos dados utilizados como base,
padrões válidos, úteis e compreensíveis. Segundo Rigau-Pérez (1999), o sistema de
cente a todo o patrimônio digital que vem prevenção e controle da doença: ser capaz
de detectar precocemente o aumento de
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Amo (2003) relata as etapas deste processo, ração de dados é o software WEKA
que inclui: (Waikato Environment for Knowledge
Analysis), desenvolvido pela Universidade
a) Limpeza dos dados: etapa na qual
de Waikato da Nova Zelândia.
são eliminados ruídos e dados inconsis-
tentes; Com o WEKA, foi realizado o processo de
clusterização com o algoritmo SimpleK-
b) Integração dos dados: etapa na qual
means, que é um dos mais usados para
diferentes fontes de dados podem ser
se trabalhar com regras de associação
combinadas produzindo um único reposi-
em bancos de dados, pois ele detecta
tório de dados;
os itemsets frequentes (L1), que são os
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WEKA, foram destacados apenas os clus- indica que pessoas do sexo feminino da
ters #0 e #3, pois eram aqueles que asso- faixa etária entre 35 e 39 anos, que moram
declararam na pesquisa já terem contraído 12h por dia na parte da noite contraíram
dengue pelo menos uma vez. dengue. A parte do corpo indicada como a
de preferência dos mosquitos para atacar
O Cluster #0, vide Figura 5, indica uma seria também a opção “canela/pés”, sendo
relação entre pessoas do sexo feminino da que esse grupo também percebe que a
faixa etária entre 20 e 24 anos, moradoras maioria das picadas ocorre entre 20:00 e
do Centro e que permaneciam por menos 23:59, no entanto o modo de prevenção
de 12 horas por dia contraíram dengue, utilizado é repelente.
mais especificamente na parte da noite.
Figura 6 – Cluster #3 gerado pelo aplica-
Figura 5 – Cluster #0 gerado pelo aplica- tivo SimpleKmeans
tivo SimpleKmeans
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Superior – CAPES pelo suporte financeiro continuing global threat. Nat Rev Micro-
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APLICAÇÃO
DO MRP COMO
FERRAMENTA PARA
O PLANEJAMENTO
E CONTROLE DA
PRODUÇÃO EM UMA
VIDRAÇARIA
RESUMO
Uma das técnicas que tem contribuído sistematicamente na melhoria dos sistemas
de produção é a implantação e utilização de sistemas de Planejamento e Controle da
Produção. Este trabalho apresenta um estudo de caso realizado em uma empresa de
vidraçaria, e tem por objetivo a análise da utilização de um sistema de planejamento e
controle de produção, o MRP (Material Requirements Planning – Planejamento das Neces-
sidades de Material), em uma empresa de médio porte, que visa uma maior otimização do
sistema produtivo através do cálculo correto das necessidades de materiais e da redução
dos atrasos de entrega de pedido, além de contribuir para o aumento da produtividade. O
estudo se valeu da Classificação ABC para a escolha do produto com maior relevância no
catálogo de produção. Foi montada a lista de materiais, construída a árvore do produto e,
através do procedimento do cálculo do MRP, elaboradas as planilhas de controle.
Palavras-chave
estoques, lead time e lote mínimo, plano estoques podem ser incertezas quanto à
de produção.
Além desses parâmetros é válido ressaltar que
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nentes para que ocorram apenas nos não tardou que alguns pesquisadores
momentos e nas quantidades necessárias, percebessem que a mesma lógica de
nem mais, nem menos, nem antes, nem cálculo de necessidades poderia, com
depois (CORRÊA & GIANESI, 1993). pouco esforço adicional, ser utilizadas
para o planejamento de outros recursos
Os gerentes de produção utilizam o MRP
de produção (como as necessidades de
com o objetivo, de acordo com Gaither e
mão-de-obra e equipamentos), além
Frazier (2001), “de melhorar o serviço ao
dos materiais.
cliente, de reduzir investimentos em esto-
ques e de melhorar a eficiência opera-
cional de fábrica”.
3 . M ETO DO LO G IA
Para a aplicação do sistema MRP (mate-
Segundo Corrêa e Gianesi (1993):
rial requeriments planning) procurou-se
O princípio básico do sistema MRP é o uma empresa de montagem e revenda
cálculo das necessidades, uma técnica de janelas, portas, Box e balancins de
de gestão que permite o cálculo, viabi- alumínio localizada no município de Abae-
lizado pelo uso do computador, das tetuba na rodovia Dr. João Miranda s/n.
quantidades e dos momentos em que No primeiro momento houve a apresen-
são necessários os recursos de manufa- tação do sistema MRP (material requeri-
tura para que se cumpram os prazos de ments planning) ao gerente da empresa,
entrega de produtos, com um mínimo depois se fez o levantamento dos produtos
de formação de estoque. vendidos. A empresa em questão trabalha
com a representação de uma empresa que
Vollmann et al. (2006) afirma que:
fabrica as peças de alumínio e os vidros
Além das entradas do programa mestre temperados, ela possui varias linhas de
de produção, o MRP requer duas estilo das janelas, portas, Box e balancins,
entradas básicas. Uma lista de mate- são elas a linha 25, linha Master, linha Gold,
riais, para cada número de peça, quais linha Suprema e linha imperial.
Corrêa e Gianesi (1993) afirmam que: uma demanda certa e de grande tamanho,
pois a fabricante só vende em lotes. Para
Com a popularização do uso da técnica simular o MRP escolhemos um item da linha
de cálculo de necessidades de materiais 25 através da construção da tabela de clas-
e com mais pesquisas sendo feita quanto sificação ABC que nos mostrou o produto
à aplicação prática dos princípios do mais vendido conforme mostra a figura 1 e
MRP a situações práticas de produção, o gráfico de percentual acumulado demons-
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ITEM QUANTIDADE VALOR (R$) CUSTO TOTAL (R$) % ITEM CLASS. ACUMULADA (%) CLASSIFICAÇÃO
JANELA 4 R$ 375,00 R$ 1.500,00 0,915751 0,915750916 A
PORTA 1 R$ 525,00 R$ 525,00 0,320513 1,236263736 B
BOX 1 R$ 320,00 R$ 320,00 0,19536 1,431623932 B
BALANCIM 2 R$ 69,00 R$ 138,00 0,084249 1,515873016 C
soma R$ 1.638,00 EPAM 2,431623932
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Com esses componentes fez-se a lista materiais e nível de cada item previamente
endentada, figura 5, com a quantidade dos definidos na árvore do produto.
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O próximo passo foi à criação da árvore A partir daí baseado nas informações
de prazos, vista na figura 6, baseada no levantadas in loco foram estimadas as
tempo de entrega dos produtos que necessidades brutas, estoque programado
compõem a janela. e as recepções programadas. Desenhou-se
então o seguinte cenário uma demanda
Figura 6 – Árvore de Prazos
de cinco apartamentos populares em que
cada um teria quatro janelas, assim uma
demanda de vinte janelas. Tabeladas as
necessidades brutas, o estoque progra-
mado e as recepções programadas, figura
7, foi feita a matriz MRP presente em anexo.
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empresas. O método MRP (Material Requi- O principal obstáculo a ser vencido é encon-
rement Planning) implica em conferir o trar o método mais eficaz para atingir o
planejado, o ocorrido e o administrar para ponto ideal de emissão das ordens de
melhorar essas informações de maneira a compra, aliado à complexa estrutura para
servir como referencia para novas aplica- a entrega pontual de matéria-prima, já que
ções. É certo que em várias fases poderá vem de outros municípios que por sua vez
originar diferença entre os pontos calcu- dependem do repasse da matéria prima
lados, e o sistema MRP (Material Require- que vem de outros estados. Este trabalho
ment Planning) colaborando para a dimi- visou aprofundar os estudos nesta ferra-
nuição dessas diferenças e chegar o mais menta atual e analisar seus impactos sobre
próximo possível dos números previstos. a lucratividade das empresas.
Atualmente existe um grande leque de
A sistematização é simples, porém houve
opções de novas técnicas de otimizações,
certa dificuldade, pois se exige que o admi-
implantados nas empresas para o controle
nistrador faça um bom detalhamento dos
e planejamento das compras e estoque.
processos produtivos a fim de assegurar
O controle de estoques associado à as informações apuradas. Com as atuais
ferramenta MRP (Material Requirement perspectivas do mercado nacional, a utili-
Planning) constitui um fator determinante zação de grandes estoques não se faz
para a redução de custos e consequente- necessária, podendo até mesmo compro-
mente a maximização dos lucros. Hoje, meter a liquidez da empresa, deste modo
tempo em que a competitividade gera a à análise minuciosa com relação aos esto-
busca pela agilidade nos processos de ques mínimos, tempo de recebimento da
produção, esta ferramenta acaba por mercadoria de cada fornecedor é impres-
servir como um diferencial e também cindível para o sucesso do sistema.
como facilitadora dos procedimentos de
Foram verificados os processos antes
compra e de recebimento para que sejam
da implantação desta ferramenta, e
executadas com precisão. O sistema MRP
propôs-se o uso desse instrumento de
(Material Requirement Planning) Ajudar a
gestão, através de estudos e a simulação
produzir e comprar apenas o necessário e
de implantação, verificando sua eficácia no
apenas no momento necessário (no último
auxílio deste método. Onde se demostrou
momento possível), visando eliminar
à empresa uma vantagem, possibilitando
estoques, gerando uma série de encon-
maior rapidez do controle de abasteci-
tros marcados entre componentes de um
mento e reabastecimento das suas neces-
mesmo nível, para operações de fabricação
sidades dentro de suas atividades desen-
ou montagem e hoje o mercado conta com
volvidas, dando o suporte necessário para
diversas empresas que fornecem softwares
sua possível melhora e desempenho. O
de fácil manuseio e que se adéquam a
presente trabalho buscou contribuir para
diversos tamanhos de empresas.
diagnosticar a importância de sistemas
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A NE XO
MRP DE CADA PEÇA (JANELA DE CORRER
DE ALUMINIO)
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
B arra
Necessidades Brutas 120 60 60 0 0 0 0 0
Su p e -
rior Recebimento Progra-
- - 200 - - - - -
( x 3) mado
Estoque
LOTE= 60 60 0 140 140 140 140 140 140
Projetado
2 00
L D=1 Lançamentos Previstos 60
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
Lançamentos Previstos 60
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
B arra
Dire it a Necessidades Brutas 100 40 40 0 0 0 0 0
( x 3)
Recebimento Progra-
- - 100 - - - - -
mado
LOTE=
Estoque
1 00 60 40 0 60 60 60 60 60 60
Projetado
L D=1
Lançamentos Previstos 40
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
B arra
Esq u e r- Necessidades Brutas 100 40 40 0 0 0 0 0
d a ( x 3)
Recebimento Progra-
- - 100 - - - - -
mado
LOTE=
Estoque
1 00 60 40 0 60 60 60 60 60 60
Projetado
L D=1
Lançamentos Previstos 40
45
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Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
B arra Necessidades Brutas 60 20 20 0 0 0 0 0
( x2 )
Recebimento Progra-
- - 120 - - - - -
LOTE= mado
120 Estoque
40 20 0 100 100 100 100 100 100
L D=1 Projetado
Lançamentos Previstos 20
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
Parafu - Necessidades Brutas 640 320 320 0 0 0 0 0
so ( x1 6 ) Recebimento Progra-
- - 400 - - - - -
mado
LOTE=
Estoque
400 320 320 0 80 80 80 80 80 80
Projetado
L D=1
Lançamentos Previstos 320
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
Necessidades Brutas 100 20 20 20 0 0 0 0
Vid ro
(x4) Recebimento Progra-
- - - 200 - - - -
mado
LOTE=
Estoque
2 00 80 20 0 0 180 180 180 180 180
Projetado
L D=2
Lançamentos Previs-
20
tos
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8
Necessidades Brutas 80 40 40 0 0 0 0 0
Fe ch o
( x 2 ) Recebimento Progra-
- - 100 - - - - -
mado
LOTE=
Estoque
1 00 80 40 0 60 60 60 60 60 60
Projetado
L D=1
Lançamentos Previs-
40
tos
46
COMPARAÇÃO DE
MODELOS PARA O
AJUSTE DA CINÉTICA
DE HIDRATAÇÃO DE
AMIDO NATURAL
RESUMO
Ao realizar uma analogia entre o processo de transferência de massa e a lei do resfriamento
de Newton, Omoto et al., (2009) obtiveram um modelo teórico para descrever dados ciné-
ticos de hidratação de produtos agroindustriais. Sabendo disso esse trabalho propõe-se
a empregar o modelo teórico de hidratação obtido por Omoto e demais autores na hidra-
tação de amido natural e comparar esse modelo a um modelo empírico clássico de hidra-
tação já consagrado na literatura. Para isso dados cinéticos de hidratação de amostras de
amido foram colhidos por meio de um experimento realizado com um banho termostático
na temperatura de 40 °C, o modelo em estudo foi reescrito de modo a desconsiderar o
formato do material estudado, uma vez que o amido não tem forma geométrica definida.
Por fim os modelos foram ajustados e tiveram seu ajuste comparado por alguns critérios
de comparação onde constatou-se que o modelo de estudado tem potencialidade para ser
empregado na modelagem e simulação da cinética de hidratação de amido natural, uma
vez que os dados se ajustaram bem ao modelo teórico.
Palavras-chave
o Brasil produziu 24,108 mil toneladas mandioca passa pelas etapas apresen-
48
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
obtido por esses autores foi ajustado aos além de também ocorrer por uma combi-
dados cinéticos de hidratação de ervilhas nação dos dois (advecção). No processo de
com sucesso. Sabendo disso objetivo desse transferência de massa por difusão ocorre
trabalho é empregar o modelo de Omoto et a movimentação das partículas a nível
al., (2009), na hidratação de amido natural molecular, dessa forma o fluído se desloca
e comparar esse modelo com um modelo das regiões de maior concentração para as
empírico clássico consagrado na literatura regiões de menor concentração devido ao
na hidratação de produtos agroindustriais. gradiente de concentração. O fenômeno
Os autores empregaram esse modelo no da difusão é influenciado diretamente
ajuste de dados cinéticos de hidratação de pela temperatura devido ao fato de o
ervilha, dessa forma propõe-se emprega o aumento de temperatura ser proporcional
modelo de Omoto et al., (2009), na hidra- ao aumento da agitação das partículas
tação de amido natural e comparar esse proporcionando taxas de transferência de
modelo com um modelo empírico clássico massa maiores (WELTY et al., 2007).
consagrado na literatura na hidratação de
Quando a transferência de massa ocorre
produtos agroindustriais.
com o auxílio do escoamento de um fluído
ela é denominada transferência de massa
2 . CINÉ TICA DE por convecção, a convecção é caracteri-
HID RATAÇÃO zada por ser um processo macroscópico
acordo com Welty et al., (2007) pode ser de produtos agroindustriais na maioria
definido como o transporte de uma subs- das vezes ocorre por difusão, não sendo
Quando um sistema tem dois ou mais de amido não é influenciada pela circu-
por dois mecanismos difusão e convecção, de hidratação essse modelo foi utlizado
49
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Omoto et al., (2009) fez uma analogia a lei No trabalho de Omoto, et al., (2009), a cons-
de Newton do resfriamento obtendo um tante 𝐾𝑠 é dada na unidade 𝑐𝑚.𝑚𝑖𝑛−1, isso
modelo para o ajuste da cinética de hidra- ocorreu devido a os autores trabalharem
tação por meio do balanço de massa em com a variação de densidade e não de X,
termos de densidade dos grãos de ervilha pois X é adimensional. Os autores também
e da água. Por simplificação é possível levaram em consideração a geometria
realizar o balanço de massa em termos do esférica dos granulos com raio (𝑟𝑜) para
teor de umidade do grão (X), considerando determinar a variação de densidade pelo
o volume constante obtém-se a relação tempo, propondo o mesmo modelo para
apresentada na Equação (2): obter a variação de X pelo tempo tem-se
na Equação (4):
𝑑(𝑋)𝑑𝑡=𝑁𝐴.𝐴 (2)
𝑑(𝑋)𝑑𝑡=−3𝐾𝑠𝑟0(𝑋𝑒−𝑋) (4)
Sendo: NA – Fluxo mássico (g.cm−2 min−1);
A – Área superficial do grão m2. Sendo: 𝑟0 – é o raio do grão.
50
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
51
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
O modelo Akaike baseia-se na existência massa úmida nesse caso é determinada por
de um modelo real que é desconhecido, balanço de massa conforme a Equação 10:
dessa forma busca quantificar a diferença
Mu= Mt−Ms (10)
entre o modelo avaliado e esse modelo real
desconhecido. Portanto, quanto menor o Onde: Mu– Massa úmida kg; Mt– Massa
valor de Akaike para o modelo melhor o total kg; Ms– Massa seca kg.
modelo se ajusta aos dados experimen-
tais. O Critério de Informação Akaike pode Conhecendo-se Mu e Ms é possível deter-
ser empregado para comparar diversos minar o teor de umidade (X) dos grânulos
modelos (AKAIKE, 1974) do amido em kg de água por kg de solido
seco (b.s), como é demonstrado pela
Equação 11:
2.1. 4 . BI C- C R I TÉ R I O DE
IN FO RM AÇÃO B AY E SI ANO 𝑋=𝑀𝑢𝑀𝑠 (11)
Para realização do experimento foram de grãos o amido não tem uma forma
52
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Re p e t i çã o 1 Repetiç ão 2 Média
Te m p o
(s) X (kg H20/ kg X( kg H20/ kg X m édia ( kg H20/ kg
s. s) s.s) s.s)
0 0,19047619 0,19047619 0,19047619
15 1,595238095 1,5 ‘1,547619048
30 2,142857143 2,071428571 2,107142857
45 2,166666667 2,238095238 2,202380952
60 2,476190476 2,404761905 2,44047619
90 2,5 2,523809524 2,511904762
120 2,547619048 2,523809524 2,535714286
150 2,595238095 2,595238095 2,595238095
180 2,666666667 2,642857143 2,654761905
240 2,666666667 2,666666667 2,666666667
300 2,69047619 2,666666667 2,678571429
360 2,69047619 2,738095238 2,714285714
420 2,714285714 2,642857143 2,678571429
480 2,523809524 2,571428571 2,547619048
540 2,619047619 2,523809524 2,571428571
600 2,642857143 2,595238095 2,619047619
A partir dos dados cinéticos da Tabela 1 Tabela 2 – Valores ajustados dos parâ-
foi realizado o ajuste dos parâmetros do metros dos modelos
modelo pelo software R, o valor dos parâ-
Peleg Om oto
metros de ajuste de cada modelo demons-
= 4.3089 = 0.04893
trado na Tabela 2 apresentada a seguir.
= 0.3929
53
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Com a finalidade de comparar o ajuste por ele é possível observar o ajuste dos
do modelo de Omoto com o modelo de modelos aos dados.
Peleg foi construído o Gráfico da Figura 2,
Figura 2 - Ajuste dos modelos aos dados cinéticos de hidratação de amido natural
Por meio do gráfico observa-se que a Quanto menor o valor dos 4 critérios de
curva apresenta um crescimento logarít- comparação melhor o ajuste proporcio-
mico nos primeiros momentos, porém nado pelos modelos, ao que a Tabela 3
tende a se estabilizar com o passar do indica o modelo de Omoto foi o que melhor
tempo, também se observa que ambos os se ajustou aos dados, isso indica que esse
modelos comportam bem os dados. Para modelo pode ser empregado com sucesso
determinar qual modelo se ajustou melhor no ajuste de dados cinéticos da hidratação
aos dados foram empregados os critérios de amido natural.
de comparação de modelos AIC, BIC, EQM
O modelo de Peleg que é um modelo já
e √EQM, cujos valores para o ajuste dos
consagrada na literatura para o ajuste da
modelos são apresentados na Tabela 3.
cinética de hidratação de materiais agroin-
Tabela 3 – Critérios de comparação de dustriais, teve resultados inferiores ao
modelos modelo de Omoto apesar de próximos
para os 4 critérios . Vale ressaltar que os
Critério Peleg Omoto modelos AIC e BIC penalizam o modelo
54
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Para novas pesquisas sugere-se empregar [ 7] . HALLAK, R.; PEREIRA FILHO, A. J. Meto-
esse modelo na simulação da cinética de dologia para análise de desempenho de
hidratação para uma faixa de tempera- simulações de sistemas convectivos na
turas com um modelo generalizado para região metropolitana de São Paulo com
diversas temperatura é possível realizar a o modelo ARPS: sensibilidade a variações
otimização do custo do banho termostá- com os esquemas de advecção e assi-
tico empregado no processo de hidratação milação de dados. Revista Brasileira de
de amido. Meteorologia, 26, n. 4, 2011. 591-608.
[2]. AKAIKE, H. A new look at the statis- tação de grãos de milho transgênico e
55
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
56
METODOLOGIA PARA O
AUMENTO DA EFICIÊNCIA
DO PROCESSO DE
ELABORAÇÃO E ANÁLISE
DE PROJETOS DE
LINHAS AÉREAS RURAIS
DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Leonardo da C. Brito
Adson S. Rocha
Cássio L. Ribeiro
Denner M. de Carvalho
Pedro H. S. Palhares
RESUMO
Neste artigo é apresentada uma nova metodologia dirigida ao aumento da eficiência do
processo de dimensionamento e aprovação de projetos de linhas rurais aéreas de distri-
buição de energia elétrica. Em substituição ao processo sequencial atualmente empre-
gado, a abordagem proposta é baseada em Engenharia Simultânea, onde todos os atores
do processo têm acesso à ferramenta computacional em plataforma web que permite
implementar a metodologia, possibilitando realizar a atividade multidisciplinar em para-
lelo, de maneira mais ágil. As estimativas realizadas indicam que a ferramenta possibilitará
a redução do tempo gasto para a elaboração e aprovação dos projetos, permitindo: reduzir
o custo total em homem-hora despendido pela empresa de energia elétrica; satisfazer a
necessidade do cliente de maneira mais rápida; otimizar os dimensionamentos mecânicos
das linhas de distribuição; e prover ganho financeiro adicional à concessionária devido
à redução do tempo médio para efetivamente iniciar o fornecimento da energia elétrica.
Palavras-chave
conexão com a rede elétrica existente. Após dos dados topográficos in loco, esse profis-
ser realizada essa solicitação de demanda, sional, que na maioria das vezes não possui
meio de serviço executado pela própria de energia elétrica, acaba sendo forçado
de acordo com as diretrizes e prazos esta- retar até mesmo a inviabilidade no dimen-
pré-encaminhamento da rede com posicio- projeto é tão comum, que exigem várias
Com essas definições de planejamento, são de três reprovações por projeto. E, dado
perfil planialtimétrico do caminho que rede tiva vigente para cada análise/reprovação,
do projeto eletromecânico para posterior gerando uma perda significativa tanto para
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M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
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M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
60
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Na equação (1), o operador ávñ = máx(0,v), (postes e suas estruturas), k(i) é a quantidade
maior valor entre 0 (zero) e v, dá o quanto de isoladores do poste i, m é a quantidade de
a respectiva restrição foi violada numerica- vãos e l(i) é a quantidade de cabos no vão i.
mente. A variável X denota a confi guração Pretende-se, assim, minimizar a função h(X),
avaliada (montagens e cabos e suas dispo- cujo valor mínimo é zero, signifi cando que
sições físicas), n é o número de montagens nenhuma restrição técnica foi violada.
(a) (b)
Fonte: (CELG D, 2016b).
61
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
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M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
ções alteradas.
Retorna RedeOtimizada
Procedimento Otimiza_Linha ;
(entrada: Rede)
Se LinhaNova está
63
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Senão
Procedimento Otimiza_Estais
Enquanto Linha não está (entrada: Linha)
em conformidade
Para cada Poste da Linha
Linha ¬ Insere_
Estais ¬ Poste.Estais;
Estrutura (Linha);
Enquanto Poste não
Linha ¬ Otimiza_
estiver em conformidade
Estais(Linha);
e houver configurações
Linha ¬ Itera_ possíveis de Estais
Otimização (Linha);
EstaisViz ¬
Fim Enquanto Varia_Estais(Poste);
Fim Se Se Avaliação
(EstaisViz) <
Retorna Linha
Avaliação (Estais)
Fim Procedimento
P o s t e .
Estais ¬ EstaisViz;
Fim Se
Procedimento Itera_Otimização
(entrada: Linha)
Fim Enquanto
Se Avaliação (LinhaViz)
< Avaliação (Linha)
O procedimento “Otimiza_Estais” gera,
Linha ¬ LinhaViz; seguindo uma norma própria (CELG D,
2016a), uma configuração adequada para
Fim Se
os estais de amarração do poste.
64
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Cabe ressaltar que, sempre que uma nova dimensionamento das linhas são reali-
proposta de solução é gerada, efetua-se zadas consecutivamente para posterior
sua avaliação numérica de sua quali- apresentação à concessionária de energia,
dade para que seja possível compará-la a de tal modo que, se houver uma descon-
outra. O primeiro critério de comparação formidade em qualquer etapa, o mesmo
é o montante de violação das propostas deve ser reiniciado. Assim, qualquer atraso
de solução, segundo (1). O segundo ou erro de elaboração implica em um
critério, caso nenhuma apresente viola- atraso global significativo. Por outro lado,
ções técnicas, é o custo. Ou seja, caso o fluxograma proposto (Figura 3) se baseia
ambas apresentem violações técnicas, a em fundamentos da Engenharia Simul-
que menos viola é vencedora; caso uma tânea, com atividades paralelas e multi-
apresente violação e a outra não, vence a disciplinares e com a possível atuação do
segunda; e, caso ambas não apresentem todos os envolvidos, permitindo análises
violação técnica, vence a de menor custo. pontuais por parte da concessionária em
cada uma das etapas. Isso permite mitigar
ilustrada seção 3.1, a qual permite acessos todo o processo para esse fim é reini-
único ator. Percebe-se na Figura 2 que as seguintes fatores: (i) não atendimento
65
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
SOLICITAÇÃO
ATENDIMENTO TOPÓGRAFO
REALIZA
PELO MEDIÇÃO
CONSUMIDOR
TOPÓGRAFO
CADASTRA
Concessionária CADERNETA
MANUALMENTE
Verifica
Disponibilidade de
Carga e Indica Ações PROJETISTA
para Atendimento LANÇA Erro de Dimensionamento
ESTRUTURAS E
POSTES DA
REDE
Criação de Número
de Processo SUBMETE
PROJETO PARA
(PROJETO)
ANÁLISE [NÃO]
CONCESSIONÁRIA
[SIM] PROJETO
ANALISTA
ENCAMINHA
PARA
VERIFICA APROVADO
CAMINHAMENTO Projeto Atende?
TOPÓGRAFO
E TOPOGRAFIA
Topografia Atende?
TOPÓGRAFO [SIM] ANALISTA
DEFINE
AVALIA PROJETO
CAMINHAMENTO
[NÃO]
Erro de Topografia
66
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
SOLICITAÇÃO
TOPÓGRAFO ANALISTA AVALIA
ATENDIMENTO REALIZA PROJETO
PELO LEVANTAMENTO ELETROMECÂNICO
CONSUMIDOR
[SIM] RESTRIÇÕES ?
TOPÓGRAFO
CADASTRA E
SUBMETE
Concessionária ANÁLISE DO [NÃO]
Verifica PROJETISTA
Disponibilidade de SUBMETE
Carga e Indica Ações PROJETO PARA
para Atendimento [REPROVADO] ANALISE DA ANÁLISE
CONCESSIONÁRIA CONCESSIONÁRIA
VIA WEB
PROJETISTA CRIA
ALTERAÇÃO
PROPOSTA
DE
ENCAMINHAMENTO
[NÃO] PROJETO
CONSISTENTE ?
Exequível ? [SIM]
[NÃO]
PROJETISTA
[SIM] REALIZA
PROJETO
Envia Para
Topógrafo
67
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Figura 4 – Defi nição do trajeto sugerido (pontos azuis) para a linha de distribuição de
energia elétrica.
68
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Após a defi nição dos parâmetros de gens, suas localizações ao longo do trajeto
projeto e do trajeto que a linha percorrerá, e suas confi gurações. A solução para o
o processo de dimensionamento é apli- caso em questão é mostrada na Figura 6.
cado. Para isso, selecionam-se os tipos de Nesta, não há violação técnica e tem-se um
postes e estruturas que podem compor a custo estimado minimizado. Observa-se
linha de distribuição. A ferramenta compu- que o método de otimização foi capaz de
tacional, então, propõe uma solução, por se aproveitar das características do relevo,
meio da execução do algoritmo de otimi- de forma a não infringir nenhuma altura
zação, que fornece a quantidade de monta- mínima cabo-solo.
69
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
dades de análises nos anos de 2016 e 2017 indevido dimensionamento técnico. Com
até o presente momento. Verifi ca-se que a proposta, os problemas são identifi cados
grande parte dos projetos são reprovados em cada etapa do processo, evitando assim
diversas vezes, chegando em alguns casos que, no momento em que o projeto for
a possuírem até 10 análises. Assim, consi- apresentado para análise, o mesmo sofra
derando o tempo máximo de análise deter- mais reprovações devido aos equívocos na
minado pela resolução da ANEEL (30 dias) defi nição do encaminhamento pelo levan-
e considerando o tempo de correção após tamento topográfi co e também das veri-
a análise, esses projetos podem fi car na fi cações do dimensionamento das estru-
etapa de elaboração por mais de um ano turas através da avaliação por meio da
devido as reincidências provocadas pelo ferramenta computacional desenvolvida.
70
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
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73
A INFLUÊNCIA DOS
RECURSOS E DAS
COMPETÊNCIAS
OPERACIONAIS NO
DESEMPENHO DA CADEIA
DE SUPRIMENTOS: UMA
ANÁLISE A PARTIR DA
VISÃO BASEADA EM
RECURSOS E DA VISÃO
RELACIONAL ENTRE
EMPRESA E FORNECEDOR
Palavras-chave
75
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
76
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Ferdows e De Meyer (1990), Roth e Miller ciamento que são as variáveis de gestão
(1992), Vickery et al. (1993, 1997), Ward pelos quais os processos de negócio são
et al. (1994), Bozarth e Edwards (1997), integrados e gerenciados em toda a cadeia
Flynn et al. (1999) e Rosenzweig, Roth e (LAMBERT; COOPER, 2000).
Dean (2003) referenciam os desempenhos
competitivos qualidade, custo, entrega e 1.5 V I SÃO B AS EA DA EM
flexibilidade como as mais presentes na R EC UR S OS (V B R )
literatura de estratégia de operações. A
escolha dos desempenhos competitivos A VBR busca compreender a maneira
da empresa varia de acordo com as dife- como os recursos e as competências hete-
rentes particularidades competitivas e a rogêneos diferenciam empresas de alto
estratégia determinada, não existindo um desempenho das de baixo desempenho
consenso universal sobre quais desem- e sustentam a vantagem competitiva, e
penhos, isoladamente ou em conjunto, considera o desempenho superior como
devem ser adotados. um fenômeno decorrente primariamente
de características internas peculiares da
organização (VASCONCELOS; CYRINO,
1 . 4 P RO C E SSOS D E
2000). Recursos são definidos como ativos
N EGÓ C I O D E G E STÃO DA
tangíveis e intangíveis controlados por
CA D E IA D E S U P R I M E NTOS
uma empresa, usados para implementar
Na cadeia de suprimentos, um processo estratégias, significando a aptidão de uma
pode ser visto como uma estrutura de empresa para empregar recursos de forma
atividades projetadas para executar uma dinâmica (BARNEY; CLARK, 2007; BARNEY;
ação com foco nos clientes finais e sobre HESTERLY, 2011).
a gestão dinâmica dos fluxos envolvendo
produtos, dinheiro e conhecimento 1.6 COM PETÊ NCI AS E
(LAMBERT; COOPER; PAGH, 1998). PRÁTI CAS OPERACI ONA IS
O modelo de gestão da cadeia de supri- De acordo com a abordagem da VBR,
mentos de Lambert e Cooper (2000) consi- competências operacionais são inseridas
dera três elementos inter-relacionados no campo dos ativos intangíveis. Elas
como antecedentes críticos para gerenciar formam um subconjunto das competên-
uma cadeia de suprimentos: (i) a estrutura cias organizacionais, cujo como objetivo é
da cadeia de suprimentos, que consiste permitir que a empresa use por completo
no conjunto de empresas-membro e as os recursos que controla. Isto é, as compe-
ligações entre essas empresas; (ii) os tências, isoladamente, não permitem que
processos de negócio, que são o conjunto uma empresa implemente suas estratégias,
de atividades estruturadas, que produzem mas permitem que ela utilize seus recursos
uma determinada saída de valor para os para implementar suas estratégias. Wu et
clientes; e (iii) os componentes de geren-
77
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
al. (2010), por exemplo, definem compe- competências com características pecu-
tências operacionais como conjuntos de liares relativas ao relacionamento de longo
habilidades, processos e rotinas, especí- prazo. Além disso, a colaboração na cadeia
ficos das empresas desenvolvidos dentro é vista como um processo de negócio em
do sistema de gestão de operações, que que os parceiros compartilham riscos para
são regularmente utilizadas na solução atingirem metas comuns.
de problemas por meio da configuração
A colaboração é um fator fundamental
dos recursos operacionais. Esses autores
em que os diversos elos da cadeia de
explicam que a operacionalização de
suprimentos dependem da integração de
competências operacionais é diferenciada
processos-chave de negócio, com ativi-
da construção de práticas operacionais,
dades multifuncionais, envolvendo desde
sendo essas competências “o ingrediente
o fornecimento de matérias-primas, trans-
secreto” para a explicação do desenvolvi-
formação e distribuição, num processo
mento da vantagem competitiva.
contínuo ao longo de toda a rede (COOPER;
Wu et al. (2010) apresentam uma taxo- LAMBERT; PAGH, 1997). Uma vantagem da
nomia com seis competências operacio- colaboração relaciona-se com a criação
nais: (1) melhoria operacional, (2) inovação de capacidades interorganizacionais que
operacional, (3) customização operacional, se dá mediante a integração de conheci-
(4) a cooperação operacional, (5) capaci- mento e cooperação, uma vez que esse
dade de resposta operacional e (6) reconfi- processo influencia tanto o desempenho
guração operacional, revelando que essas socioambiental, bem como os desempe-
competências operacionais têm alta vali- nhos competitivos operacionais e finan-
dade na previsão de resultados de desem- ceiros (COUSINS et al., 2006).
penho operacionais ante aos desempe-
nhos competitivos da manufatura (custo, 1.8 V I SÃO R ELACI ONA L
qualidade, entrega e flexibilidade). E ESTR UTURA D E
R ELACI ONA M ENTO NA
1 .7 CO LA B ORAÇÃO NA CA D EI A
CA D E IA D E S U P R I M E NTOS
A Visão Relacional preconiza que recursos
Cao e Zhang (2011) relatam que a colabo- críticos de uma empresa podem ser
ração entre empresas na cadeia melhora compartilhados em relacionamentos
o desempenho e a vantagem competitiva interorganizacionais para a obtenção de
dos participantes numa situação de ganhos retornos superiores à média da concor-
positivos, o que permite a concorrência rência e criam uma vantagem competitiva
com outras cadeias. A vantagem da colabo- sustentável (INGHAM; THOMPSON, 1994;
ração e os benefícios alcançados são dire- DYER; SINGH, 1998; COMBS; KETCHEN,
tamente relacionados à troca de conheci- 1999; DAS; TENG, 2000; MESQUITA;
mento, compartilhamento de recursos e ANAND; BRUSH, 2008).
78
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
79
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veis para a indústria de energia. E esses analítico geral que inclui o uso de técnicas
setores possuem relevância econômica e de interpretação e codificação de dados
empregam um grande contingente de mão para transformar textos em variáveis
de obra. A escolha de setores e empresas numéricas que possibilitam uma análise
industriais de setores distintos se deve ao quantitativa de dados.
interesse na identificação de questões de
Na etapa qualitativa, optou-se por traba-
complexidade do fenômeno investigado
lhar com a estratégia de estudo de múlti-
em cada caso (EISENHARDT, 1989), bem
plos casos, de modo a obter respostas
como realizar comparações no sentido de
julgadas mais adequadas em alinhamento
identificar convergências e divergências
com as questões de pesquisa e os obje-
entre os casos diante das especificidades
tivos da tese. Barratt et al. (2011) relatam
de cada segmento (EISENHARDT, 1989,
que, na gestão de operações, estudos de
MEREDITH, 1998).
caso qualitativos aumentam a validade
Na etapa quantitativa realizou-se uma externa e protege contra possíveis viéses
pesquisa, do tipo dedutivo, com a utilização do pesquisador, e em particular, favorece
de uma survey no setor químico, a qual além os efeitos de construção de uma teoria,
de explorar conceitos de relacionamentos, pois os múltiplos casos são suscetíveis de
colaboração, recursos, competências opera- criar teorias mais robustas e testáveis ante
cionais e desempenho da cadeia de supri- a pesquisas de caso único (EISENHARDT,
mentos, investigou a contribuição de duas 1989; YIN, 2010).
práticas operacionais, quanto a formação
A partir da análise de conteúdo, defini-
de competências operacionais (H3).
ram-se três categorias-chave de análise, de
A utilização de métodos mistos envolveu acordo com as características estudadas.
entrevistas qualitativas e coleta de dados Essas categorias são: (i) Características do
quantitativos mediante a adoção de um relacionamento com o fornecedor estra-
survey. A utilização de procedimentos tégico; (ii) Recursos relacionais e compe-
distintos oferece possibilidade de explorar tências operacionais predominantes; e (iii)
de forma mais ampla análises textuais e Desempenhos competitivos melhorados
estatísticas para responder às questões de na empresa foco.
pesquisa mediante a análise de diferentes
Na etapa quantitativa, foi adotado o ques-
questões ou níveis de unidades de análises
tionário como instrumento de coleta
(CRESWELL, 2007).
de dados. O questionário teve por base
O tratamento dos dados da pesquisa os construtos discutidos no referencial
qualitativa oi feito mediante a análise de teórico. Para mensuração dos construtos,
conteúdo consoante os estudos de Bardin foi adotada a escala Likert de sete pontos,
(2007) e Collis e Hussey (2005). A análise com extremos significados, para indicar
de conteúdo consiste num procedimento a extensão pela qual os respondentes
80
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Do ponto de vista teórico, esta pesquisa cimento obtido, não é possível a generali-
uma importante lacuna, relacionada à tigados, bem como para outras empresas
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[1 2]. COLLIS, D. J.; HUSSEY, R., Pesquisa [ 1 9 ] . DYER, J. H.; SINGH, H. The rela-
em administração: um guia prático para tional view: Cooperative strategy and
alunos de graduação e pós-graduação. sources of inter-organizational competi-
Traduzido por Lucia Simonini, segunda tive advantage. Academy of Management
edição, Porto Alegre. Bookman, 2005. Review, v. 23, n. 4, p. 660-679, 1998.
85
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88
APLICAÇÃO DOS
PRINCÍPIOS DA TEORIA
DAS RESTRIÇÕES
E SIMULAÇÃO
COMPUTACIONAL NO
PROCESSO DE PINTURAS
DE CADEIRAS EM UMA
INDÚSTRIA MOVELEIRA.
Alencar Servat
Camila Ciello
José Airton Azevedo dos Santos
Lucas Duarte
Fabiana Costa de Araujo Schutz
RESUMO
Em tempos de variação econômica, crises políticas e insatisfações mercadológicas, é
de grande importância que as empresas busquem por melhorias constantes em seus
processos de produção. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo analisar, através
princípios da teoria das restrições e de técnicas de simulação discreta (DES), o processo de
pintura de uma indústria moveleira. Um modelo do tipo dinâmico, discreto e estocástico
foi implementado no software de simulação Cloudes. De um modo geral, os resultados
evidenciaram que com a aplicação, dos princípios da teoria das restrições e de técnicas de
simulação computacional, pode-se aumentar a produção de cadeiras em 48,27%.
Palavras-chave
90
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
cial, podendo contribuir para a empresa objetivo propor uma análise da aplicação
de diversas formas, tais como: na análise dos princípios da teoria das restrições e
de métodos, no controle da produção, na da simulação computacional na gestão do
previsão de gastos, no planejamento do processo de pintura de cadeiras em uma
supply chain, no controle sobre estoques em indústria moveleira.
processo, entre outras tantas atividades.
91
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Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
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S: desvio padrão e;
E: erro máximo estimado.
Etapas. Na Tabela 1 apresentam-se as etapas
(1)
realizadas neste trabalho de simulação.
onde:
A metodologia proposta pôde ser aplicada
n: número de replicações já realizadas; através da visita a indústria. Inicialmente
fez-se a observação do ambiente de
h: semi-intervalo de confiança já obtido e;
trabalho, onde foi possível avaliar a dinâ-
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Fonte: O Autor
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Fonte: O Autor
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[6 ]. LOUREIRO A. B. Planejamento do
arranjo físico em uma indústria move-
leira. UFES, 2011.
97
APLICAÇÃO DA
METODOLOGIA DE
BOX-JENKINS PARA
MODELAGEM DO
ÍNDICE DE CONFIANÇA
DO EMPRESÁRIO
INDUSTRIAL (ICEI)
RESUMO
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) é um indicador que identifica as
mudanças na tendência da produção industrial brasileira, auxiliando na previsão do
produto industrial interno. Dessa forma, o objetivo desse artigo é investigar o compor-
tamento temporal do ICEI por meio dos modelos da classe geral ARIMA. A série temporal
utilizada refere-se aos dados mensais do indicador no período compreendido entre janeiro
de 2012 e agosto de 2017, totalizando 68 observações. O procedimento metodológico
adotado foi o de Box-Jenkins, a partir da modelagem ARIMA. Como resultado o estudo
apresenta um modelo ajustado com características de ruído branco, possibilitando a reali-
zação da previsão in-sample, de acordo com os pressupostos da metodologia utilizada.
O processo gerador da série temporal é de média móveis de ordem 1, sendo aplicado
uma diferença (d = 1) para torná-la estacionária, sendo que o modelo selecionado para
representar a série foi o ARIMA (0,1,1). Como conclusão, a modelagem possibilitou avaliar
o comportamento temporal do indicador em relação aos impactos econômicos recentes
ocorridos, verificando a influência de curto prazo no comportamento seriado do índice.
Palavras-chave
desse processo. De uma maneira direta trial (ICEI) é um indicador oficial publicado
tria brasileira foi a revolução de 1930, que (CNI), que mede as tendências da produção
essas, suficientes, para a instauração das visto que empresários desse setor quando
tico e econômico, devido ao baixo cresci- sário Industrial, assim como ajustar um
mento do Produto Interno Bruto (PIB), a modelo previsor por meio da metodologia
gestão pública deficiente, balança comer- classe geral ARIMA para a série estudada.
99
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
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Como forma de avaliar o desempenho falta de confi ança, a Figura 1 ilustra grafi -
industrial utiliza-se o cálculo do ICEI. camente o indicador. Para a construção
A Confederação Nacional da Indústria deste índice avalia-se quatro questões:
(2015), explica que o ICEI é um indicador condições da economia brasileira (P α),
de divulgação, medido de 0 a 100. Valores condições atuais da indústria (P β), expec-
superiores a 50 pontos indicam confi ança tativas acerca da indústria (P γ) e expecta-
por parte dos empresários e abaixo de 50 tivas da empresa (P δ) (CNI, 2015).
2.2. METODOLOGIA DE
BOX-JENKINS
(1)
A metodologia de Box-Jenkins (1970) se
Onde: IPi é um indicador da questão i, em refere aos modelos Autorregressivos Inte-
que i = P α, P β, P γ e P δ; Fij Frequência rela- grados de Médias Móveis, comumente
101
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
denominados de modelos da classe geral nado o modelo para representar a série por
ARIMA. Tal método é utilizado em séries meio da análise da função de autocorre-
temporais com o intuito de análise e reali- lação (FAC) e autocorrelação parcial (FACP);
zação de previsões para séries de médio (ii) estimação: são estimados os parâme-
comprimento, sendo caracterizado por tros autorregressivos e de médias móveis;
capturar a correlação entre os valores da (iii) validação: verificação da adequação do
série ao longo do tempo (SOUZA, 2016). modelo ajustado ao comportamento real
da série; (iv) previsão: tal etapa é realizada
Um pressuposto básico para utilização
quando as demais anteriores são satisfato-
da metodologia de Box-Jenkins é da esta-
riamente atendidas (KIRCHNER et al., 2011;
cionariedade da série temporal utilizada,
NORONHA et al., 2016; Marasca et al., 2017).
garantindo a significância dos parâmetros
estimados ao longo dos períodos. Dessa Os modelos ARIMA (p, d, q), genericamente,
forma, caso a série possua tendência, não são representados pela equação 2, em que B
sendo estacionária, se faz necessário a representa o operador retroativo, d o número
aplicação de diferenças entre os valores a de diferenciações, ϕ o parâmetro autorre-
fim de torná-la estacionária (MARTIN et al., gressivo de ordem p, θ o termo de médias
2016). A verificação da estacionariedade se móveis de ordem q (SOUZA et al., 2011).
dá a priori por análise gráfica, sendo confir-
ϕ(B) ΔdXt = θ(B)at (2)
mada pela aplicação de testes de raízes
unitárias. Os testes Augmented Dick-Fuller Os resíduos oriundos do modelo ajus-
– ADF (DICKEY, 1984) e Kwiatkowski, Phillips, tado são definidos pela diferença entre os
Schmidt e Shin – KPSS (KWIATKOWSKI et valores reais da série temporal modelada
al., 1992) comumente são utilizados a fim e os valores previstos. Para um modelo
de verificar a estacionariedade em séries adequado, a sequência de ruídos gerados
temporais, sendo sugerido a utilização deve ser não autocorrelacionada, possuir
conjunta de ambos para obter resultados média zero e variância constante, sendo
mais acurados sobre o grau de estaciona- que, os ruídos quando atendem esses
riedade dos dados (SOUZA, 2016). requisitos são denominados de ruído
branco (SOUZA, 2016).
Os modelos ARIMA resultam da combi-
nação dos filtros: componente autorre- Para medir o ajuste do modelo escolhido,
gressivo (AR), filtro de integração (I) e o os critérios Akaike Information Criteria –
componente de médias móveis (MA). A AIC (AKAIKE, 1973) e Bayesian Information
modelagem de Box-Jenkins se constitui de Criteria – BIC (SCHWARZ, 1978) são utilizados
um ciclo, permitindo ao fim determinar como parâmetros na seleção do modelo
o melhor modelo previsor com base nas final entre os modelos ARIMA possíveis
características de autocorrelação da série ajustados. Tais critérios são considerados
estudada. Os procedimentos abordados penalizadores, pois levam em consideração
são: (i) identificação: nesta etapa é determi- o número de parâmetros dos modelos e a
102
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
variância dos erros gerados, dessa forma o - U < 1; o erro médio do modelo ajustado é
modelo que apresentar menores valores menor que de uma previsão ingênua.
para os critérios e AIC e BIC terá o melhor
As equações das medidas de acurácia
ajuste (MORETIN, 2008).
estão descritas na Tabela 1.
Os critérios de AIC e BIC são definidos pelas Tabela 1 – Medidas de Acurácia
seguintes equações: Sigla Equaç ão
MAPE (6)
U-Theil (7)
(4)
103
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Etapa 1 - Identificação: nesta fase será tigação dos resíduos dos modelos ajustados.
verificada a estacionariedade da série por
Etapa 3 – Validação: o modelo validado
meio da inspeção visual e dos testes de
será selecionado entre os modelos concor-
raízes untarias ADF e KPSS. Caso a série
rentes pelos critérios de AIC e BIC, assim
não seja estacionaria em nível será apli-
como pela análise dos resíduos.
cada diferença e novamente verificado a
estacionariedade, esse procedimento é Etapa 4 – Previsão: para o presente estudo
repetido até que a série se torne estacio- as previsões serão realizadas in-sample,
nária em “d” diferenças. dessa forma será calculado as estatísticas de
erro MAE, MAPE e U-Theil, avaliando a capa-
Etapa 2 – Estimação: serão estimados os
cidade do modelo como previsor do compor-
parâmetros dos modelos concorrentes e
tamento futuro da série temporal analisada.
identificado o número de defasagens dos
parâmetros através da análise gráfica da O software utilizado para o tratamento e
autocorrelação e autocorrelação parcial da modelagem da série temporal foi o Eviews
série. Ainda nessa etapa é realizada a inves- 9 S.V.
104
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50
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20
10
-10
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Série Original
Série Diferenciada
Por meio da análise das funções de auto- os possíveis modelos que melhor repre-
correlaçao (FAC) e da função de autocorre- sentassem a série em estudo, como pode
lação parcial (FACP) buscou-se identificar ser observado na Figura 5.
1 0.957 0.957
2 0.901 -0.160
3 0.846 -0.011
4 0.781 -0.158
5 0.720 0.060
6 0.670 0.070
7 0.614 -0.127
8 0.552 -0.091
9 0.488 -0.085
10 0.408 -0.190
11 0.328 -0.006
12 0.253 -0.021
13 0.172 -0.136
14 0.092 -0.060
15 0.019 -0.037
16 -0.047 0.053
17 -0.100 0.098
18 -0.143 0.017
É possível observar que a série possui Na Tabela 3 então contidos a descrição dos
autocorrelação significativa positiva até modelos ajustados, assim como os valores
o lag 12. Em seguida, foram realizadas as de seus parâmetros, o nível de signifi-
estimações dos parâmetros dos modelos cância, os critérios de AIC (Akaike Informa-
concorrentes com objetivo de encontrar o tion Criteria) e BIC (Bayesian Information
melhor modelo para representar a série. Criteria) e a informação de ruído branco.
106
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
A RI MA ( 1,1,1)
Pa râ me tro p -va l ue AI C BI C Ruído Branco
ϕ = -0,55239 0,0525
4,1192 4,2179 Sim
θ = 0,78126 0,0013
A RI MA ( 1,1,0)
Pa râ me tro p -va l ue AI C BI C Ruído Branco
ϕ = 0,18215 0,0772 4,1283 4,1543 Não
A RI MA ( 0,1,2)
Pa râ me tro p -va l ue AI C BI C Ruído Branco
θ = 0,25714 0,0119 4,1317 4,2304 Não
Fonte: Elaborado pelos autores
Com base nos critérios de AIC e BIC e na além de ter apresentado ruído branco.
análise dos resíduos gerados, entre os 4
A análise dos resíduos foi realizada por
modelos concorrente ajustados foi sele-
meio da FAC e FACP dos resíduos oriundos
cionado o modelo ARIMA (0,1,1), pois o
do modelo selecionado, conforme pode
mesmo apresentou o menor valor para o
ser observado na Figura 6, sendo que
critério de BIC, o segundo menor valor para
gerados não são autocorrelacionados, não
o critério de AIC, sendo o único modelo
apresentando lags significativos tanto na
dentre os concorrentes a ter todos os parâ-
FAC quanto na FACP.
metros estimados significativos (p < 0,05),
1 -0.032 -0.032
2 -0.081 -0.082
3 0.219 0.216
4 -0.110 -0.112
5 -0.146 -0.121
6 0.235 0.185
7 0.057 0.094
8 -0.098 -0.041
9 0.257 0.176
10 -0.116 -0.142
11 -0.093 0.022
12 0.190 0.090
13 -0.030 -0.006
14 -0.057 0.013
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45
40
35
30
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Previsão in Sample
As medidas de acurácia MAPE, MAE e U-Theil Observa-se então que o modelo ajustado
foram calculadas a partir da previsão é adequado para realização de previsões
in-sample realizada, conforme a Tabela 4. futuras. Uma vez que confiança do empre-
O modelo apresentou um valor menor que sário industrial é uma importante infor-
1 para a estatística de U-Theil, indicando mação para a economia brasileira, refle-
que o modelo ajustado é melhor previsor tindo o estímulo para investimentos no
em relação a uma previsão ingênua. Para setor, o modelo proposto permite a reali-
as estatísticas de MAPE e MAE os valores zação de previsões acuradas com emba-
calculados demonstram baixo erro, qualifi- samento científico, dentro dos critérios
cando o modelo como um bom previsor do metodológicos proposto na literatura de
comportamento futuro do ICEI. séries temporais.
isso permite evidenciar que o ICIE é influen- ricos modelados e apresentando caracte-
ciado por acontecimentos externos com rísticas de ruído branco. Foi evidenciado
rápida influência sobre os períodos futuros. um comportamento seriado com auto-
correlação entre as observações, com
Tal afirmação pode ser corroborada, a
influência de curto prazo entre os períodos
partir da verificação do comportamento
da série, reafirmando a discussão da lite-
da série entre o período de abril de 2014
ratura sobre o tema, em que os eventos
e agosto de 2016, em que o índice apre-
econômicos têm impactos no curto prazo
sentou valores inferiores a 50, indicando
para a indústria brasileira.
baixa confiança e baixa capacidade da
indústria em estimular investimentos. Tal Como sugestão para pesquisas futuras,
período coincide com a crise ocorrida em recomenda-se a utilização de outras
2014, em que a balança comercial brasi- técnicas de modelagem, como os métodos
leira apresentou forte déficit, conforme é de decomposição de séries temporais, para
discutido em trabalhos científicos recentes, capturar caraterísticas de sazonalidade
como o de Barbosa Filho (2017), Pgnata e e tendência com maior acurácia. Outra
Carvalho (2015) e Contri (2015). sugestão é a avaliação de outros indica-
dores da indústria brasileira em conjunto
109
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111
MODELAGEM
E ANÁLISE DA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
ALIMENTÍCIA
BRASILEIRA (2002-
2017) A PARTIR DE UM
MODELO SARIMA
RESUMO
A indústria alimentícia brasileira representa uma importante parcela da produção industrial
como um todo, tendo forte característica de sazonalidade em seu comportamento. Dessa
forma, o objetivo desse artigo é investigar o comportamento temporal da produção industrial
alimentícia nacional por meio dos modelos da classe SARIMA. A série temporal utilizada refe-
re-se aos dados mensais da produção da indústria de alimentos brasileira, disponibilizados
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sendo utilizado o período compreendido
entre janeiro de 2002 e junho de 2017, totalizando 186 observações. O procedimento metodo-
lógico adotado foi o de Box-Jenkins, a partir da modelagem SARIMA. Como resultado o estudo
apresenta um modelo ajustado com características de ruído branco, possibilitando a realização
da previsão in-sample, de acordo com os pressupostos da metodologia utilizada. O processo
gerador da série temporal foi um autorregressivo de ordem 2, com filtro de médias móveis de
ordem 1, além de um componente autorregressivo sazonal de ordem 12, sendo aplicada uma
diferença (d = 1) para tornar a séria estacionária, portanto o modelo selecionado para repre-
sentar a série foi o SARIMA (2,1,1) (1,0,0)12. Como discussão, a modelagem possibilitou avaliar o
comportamento temporal da indústria de alimentos em relação as características, verificando a
influência de curto prazo autorregressivo e sazonal no comportamento seriado do índice.
Palavras-chave
o país era basicamente rural, e começa a dado por esta pesquisa, este artigo tem
culo XX, grande parte dos funcionários das teórico, abordando a indústria alimentícia
industrial ainda nas três primeiras décadas sentação dos dados e os procedimentos
cionais para o Brasil, com financiamentos fim, na quinta seção a conclusão da inves-
113
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Na década de 90, devido a estabilização Silvério et al. (2015), destacam que o setor
econômica e inserção do Brasil na econo- de produção alimentícia possui uma acir-
mia internacional, indústria de alimentos rada concorrência entre as empresas, e
teve modificações expressivas. Nesse pe- cabe a cada uma buscar o seu diferencial.
ríodo foi necessária uma maior moderniza- Devido a esta grande concorrência, cada
ção das empresas, eficiência na produção vez mais são desenvolvidas novas tecnolo-
e melhoria dos produtos, a fim de se man- gias nas indústrias alimentícias, tanto em
terem competitivas no mercado (CUNHA; relação a métodos de produção quanto
DIAS; GOMES, 2006). em relação a produtos diferenciados.
114
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De acordo com Souza (2016), um método princípio, para a verifi cação da estaciona-
utilizado para o estudo de séries tempo- riedade da série é realizada uma análise
115
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116
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120
110
100
90
80
70
25 50 75 100 125 150 175
A Figura 4 ilustra a série original (em azul) unitárias, possibilitando assim a estabilida-
e a série transformada (em vermelho) com de dos parâmetros estimados.
aplicação de uma diferença (d = 1), sendo
possível observar por meio da inspeção
visual que a série se tornou estacionária,
conforme indicado pelos testes de raízes
119
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120
100
80
60
40
20
-20
-40
25 50 75 100 125 150 175
Série Original
Série Diferenciada
Por meio da análise da função de autocor- modelos que melhor representem a série
relação (FAC) e da autocorrelação parcial temporal em estudo, como pode ser ob-
(FACP), buscou-se identificar os possíveis servado na Figura 5.
1 0.781 0.781
2 0.480 -0.335
3 0.050 -0.548
4 -0.380 -0.450
5 -0.645 -0.002
6 -0.757 -0.032
7 -0.632 0.099
8 -0.345 0.101
9 0.059 0.281
10 0.464 0.292
11 0.726 0.077
12 0.868 0.359
13 0.697 -0.202
14 0.420 0.100
15 0.010 -0.074
120
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
valores dos parâmetros de cada modelo, mação da característica dos ruídos gera-
o nível de significância dos parâmetros, os dos por cada modelo.
critérios penalizadores AIC e BIC e a infor-
A partir dos valores de AIC e BIC e da aná- fator de influência positivo (0,1785), repre-
lise dos resíduos gerados pelos modelos sentando um aumento nesta atividade, e
ajustados, foi selecionado o modelo SARI- também um filtro de médias móveis com
MA , pois o mesmo apresentou os meno- parâmetro negativo (-0,9969). O mode-
res valores para os critérios penalizadores lo captou ainda um efeito sazonal de 12
AIC e BIC, além de todos os parâmetros meses, com parâmetro sazonal positivo
apresentarem valores significativos (p < (0,9229), voltando a indicar um crescimen-
0,05), assim como ter gerado ruído branco. to neste índice, com valor superior à de-
pendência autoregressiva.
Portanto, o modelo que melhor se ajustou
à série de dados do Índice de Produção Como pode ser observado na Figura 6, os
Industrial Alimentício Brasileiro evidencia resíduos gerados não são autocorrelacio-
que a série apresenta um comportamento nados, não apresentando lags significati-
autorregressivo de ordem 2 (2 meses an- vos tanto na FAC quanto na FACP.
teriores influenciando o mês atual), com
121
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1 -0.022 -0.022
2 0.009 0.009
3 0.120 0.121
4 -0.106 -0.102
5 -0.020 -0.027
6 -0.019 -0.033
7 -0.193 -0.173
8 0.015 0.005
9 -0.011 -0.006
10 0.052 0.092
11 0.037 0.002
200
160
120
80
40
0
25 50 75 100 125 150 175
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jan. 2011.
125
PREVISÃO DA
VARIAÇÃO DO PREÇO
DA SOJA, UTILIZANDO
CADEIA DE MARKOV
RESUMO
Considerando a importância da exportação para o mercado brasileiro, e principalmente
neste caso específico, a exportação de soja, que colocou o país em uma posição de destaque
por ser um dos maiores exportadores deste grão do mundo, informações como variação
do preço podem ser úteis para gestores de agronegócio. Este artigo estuda a variação do
preço da commodity soja, obtida com o uso das Cadeias de Markov. Para isso, os dados
foram coletados no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, departamento
que faz parte da Universidade de São Paulo, e são referentes aos dias úteis de janeiro a
agosto de 2017. Foi observado que a maior probabilidade é de variação diária de 0 a 0,99%
do preço, e que seu tempo de recorrência esperado é de 2,5 dias.
Palavras-chave
1. INTRODUÇÃO 2. REFERENCIAL
BIBLIOGRÁFICO
No atual momento econômico internacional,
o Brasil é um dos maiores importadores de A metodologia de Cadeias de Markov (MC,
soja do mundo, assim como outras commo- do inglês Markov Chains) pode ser aplicada
dities. Isso deve-se ao fato da disponibili- em diversos cenários, como por exemplo
dade de recursos híbridos e terras cultivá- Andersen, Nilsen e Reinhardt (2017), que
veis, propiciando o país a ter uma posição utilizaram este conceito em um problema
de destaque. De acordo com o endereço de superlotação de enfermarias de hospi-
eletrônico do Ministério da Agricultura, foi tais. No trabalho dos autores, chegou-se
vendido o equivalente a mais de dois bilhões à conclusão que o número de pacientes
de dólares de soja em grão no mês de agosto rejeitados na primeira chegada ao hospital
de 2017, representando uma quantidade pôde ser diminuído em 11,8%, com uma
de quase seis milhões de toneladas. Ainda, redistribuição de leitos já disponíveis no
há um aumento na quantidade de soja em hospital. Já Staudt, Coelho e Gonçalves
grão exportada, quando comparado com os (2011) estudaram MC como ferramenta
respectivos meses do ano de 2016. para obtenção do fator de capacidade
de uma empresa, concluindo que alguns
A soja é um grão presente na alimentação
setores necessitam análise sobre investi-
humana e de animais, sendo fonte de vita-
mentos em capacitação, já que ultrapas-
minas e proteínas. Além desta importância
saram 90% da produção.
para o mercado brasileiro, ela ainda traz
diversas vantagens, como a prevenção Outro exemplo é de Jantsch (2017), que
diversos cânceres, ainda auxiliando no utilizou Cadeias de Markov para simu-
tratamento de diabetes e obesidade, e na lação das condições dos clientes, a partir
diminuição do colesterol. de uma análise de previsão da inadim-
plência e mensuração do risco de crédito
Para analisar a variação do preço da
no uso de cartão de crédito; tendo como
commodity soja, foi explorado o conceito
resultado uma caracterização satisfatória
de Cadeias de Markov, que é estudado na
do perfil dos indivíduos com maior risco
Pesquisa Operacional, matéria presente
de crédito. Ainda, Siltala e Granvik (2017)
nos cursos de Engenharia de Produção, e
estudam a aplicação de Cadeias de Markov
é uma análise estatística de um processo,
para estimar a massa de um asteroide, e
que o estado futuro depende unicamente
concluíram que o algoritmo de MC que
do seu estado atual. O objetivo deste
utilizaram, forneceu estimativas de incer-
trabalho é calcular a probabilidade de
tezas mais realistas, comparando com os
variação do preço da soja, com as Cadeias
outros cálculos realizados.
de Markov, além do tempo de recorrência
esperado, a fim de ser uma informação útil De acordo com Taha (2007), a família
para gestores de agronegócio. de variáveis aleatórias , que descreve o
127
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
(2)
(4)
Onde, representa o estado do processo
no tempo , e como sendo a probabilidade
de que um processo passe do estado ao
(5)
estado em passos no tempo , conforme
apresentado por Jantsch (2017). Por ser
probabilidade condicional, Hillier e Lier-
berman (2005) afirmam que estes valores Os autores explicam que, depois de um
não podem ser negativos, e seu soma- grande número de transições, a proba-
tório deve ser igual a 1. Staudt, Coelho bilidade de encontrar o processo em um
e Gonçalves (2011) e Andersen, Nilsen determinado estado, por exemplo , tende
e Reinhardt (2017) comentam que uma ao valor , independente da distribuição de
maneira conveniente de apresentar estas probabilidade do estado inicial. Ainda é
transições é com o uso da Matriz de Tran- possível analisar o tempo de recorrência
sição, exibida na Equação 3. esperado, representado por , que é o
número esperado de transições até que o
processo retorne ao estado inicial , apre-
sentado na Equação 6.
(3) (6)
128
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Figura 1 – Metodologia
129
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
130
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(8)
(9)
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(15)
(16)
Por haver sete equações e seis incógnitas, Estes valores representam a possibilidade
é necessário desconsiderar uma das equa- de se encontrar nos determinados estados,
ções. Assim, resolvendo este sistema de conforme Tabela 2.
equações, obtêm-se os seguintes resultados:
π0=0,036 π1=0,095
π2=0,378 π3=0,393
π4=0,073 π5=0,024
132
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Com a Tabela 3, observa-se que, quando estatístico de processos que pode ser
se está analisando uma variação de 0 a utilizado em aplicações reais, fazem parte
0,99%, por exemplo, o tempo de recor- dos estudos de Pesquisa Operacional, que
rência esperado para esta variação é de por sua vez, compõe a grade curricular da
2,5 dias, ou seja, é aguardado que em 2,5 Engenharia de Produção.
dias ocorra novamente um valor que varie
Os cálculos deste trabalho foram reali-
entre 0 a 0,99%.
zados no software Excel, devido aos ganhos
quanto rapidez e precisão nos resultados.
4. CONSIDERAÇÕES Então, utilizando-se dados referentes a 2
FINAIS de janeiro de 2017 a 31 de agosto de 2017,
Este artigo estudou Cadeias de Markov com observou-se que a maior probabilidade de
preço da soja, um grão tão importante para 0,99%, e que esta variação provavelmente
133
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Informações como esta podem ser vanta- [ 3] . Cepea - Centro de Estudos Avançados
josas no agronegócio da soja, pois a em Economia Aplicada. Site institucional.
previsão da variação dos preços permite Disponível em: <http://www.cepea.esalq.
ajudar na tomada de decisão quanto a usp.br/br>.
compra e/ou venda do commodity. Ainda,
[ 4] . HILLIER, Frederick; LIEBERMAN,
este conceito estudado pode ser utilizado
Gerald. Introduction to Operations
como ferramenta de auxílio no processo
Research. 8. ed. Nova Iorque: McGraw-
de planejamento das organizações, sejam
-Hill, 2005.
do setor público ou iniciativa privada.
Assim, este trabalhou almejou instruir [ 5] . JANTSCH, Leonardo. Análise do risco
Cadeias de Markov e suas possíveis apli- de crédito no uso do cartão de crédito.
cações práticas, podendo fornecer infor- 2017, 80 f. Dissertação (Mestrado em Ciên-
mações para as organizações e, conse- cias Contábeis) – Universidade do Vale do
quentemente, podem ter um melhor Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2017.
direcionamento de seus esforços e investi-
mentos quanto a comercialização da soja, [6]. SILTALA, Lauri; GRANVIK, Mikael.
pelo monitoramento de seus preços. Asteroid mass estimation using Markov-
chain Monte Carlo. Icarus, v. 297, p.
Este artigo atingiu seus objetivos satisfa- 149-159, 2017.
toriamente, por proporcionar resultados
que podem ser estudados de forma analí- [ 7] . STAUDT, Francielly Hedler; COELHO,
tica. Como trabalhos futuros, sugere-se o Antonio Sérgio; GONÇALVES, Mirian Buss.
uso de Cadeias de Markov para se analisar Determinação da capacidade real neces-
outras commodities. sária de um processo produtivo utili-
zando cadeia de Markov. Production, v.
21, n. 4, p. 634-644, 2011.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS [ 8] . TAHA, Hamdy A. Operations
research: an introduction. 8. ed. Nova
[1 ]. ANDERSEN, Anders Reenberg;
Iorque: Pearson, 2007.
NIELSEN, Bo Friis; REINHARDT, Line
Blander. Optimization of hospital ward
resources with patient relocation using
Markov chain modeling. European
Journal of Operational Research, v. 260, n.
3, p. 1152-1163, 2017.
134
ANÁLISE DE UM
RESTAURANTE
SELF-SERVICE VIA
SIMULAÇÃO
RESUMO
O restaurante self-service é um dos negócios mais característicos do mundo moderno,
oferecendo uma solução prática para clientes que têm um dia-a-dia dinâmico e corrido.
A presente pesquisa tem o objetivo de analisar um restaurante self-service por meio do
uso de simulação de eventos discretos. Assim, pôde-se verificar se a quantidade de funcio-
nários é ideal em relação ao volume de clientes que o restaurante atende, se os tempos
de filas e de permanência dos clientes (rotatividade) podem ser melhorados, bem como
analisar a taxa de utilização dos recursos do restaurante, verificando se há sobrecarga
ou subutilização de algum funcionário. Para tanto, utilizou-se a abordagem de pesquisa
quantitativa e o procedimento de pesquisa experimental, devido ao uso de simulação. A
simulação foi realizada no software ProModel® 2010 versão Student. Após a simulação do
cenário atual, verificou-se que a área restritiva do restaurante é a de churrasco. Então, foi
proposto que se alocasse mais um funcionário neste local, no período de maior demanda.
A simulação do cenário futuro resultou em um menor tempo dos clientes no sistema, uma
melhor utilização tanto de recursos como de seus locais. Tal proposta traz uma maior
eficiência ao sistema, propiciando melhor utilização de seu espaço físico e dos recursos
humanos, podendo oferecer um melhor serviço e atendimento aos clientes que almoçam
no restaurante, além de configurá-lo para aumentos de demanda.
Palavras-chave
uma solução prática para clientes que tem conhecimento dos processos nas organi-
um dia-a-dia dinâmico e corrido. Este tipo zações (SAKURADA; MIYAKE, 2009), com
seu sistema de pesagem por quilo permite (PRADO, 2010), integrando conhecimentos
cadas neste contexto; para isso requer-se das pessoas, aumento da exigência do
ALVES, 2014). As filas se formam em decor- carência por pesquisas envolvendo simu-
rência do aumento dos consumidores e lação na área, este estudo tem por obje-
136
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pesquisa quantitativa foi escolhida devido v) Realização de execuções piloto; vi) Vali-
a característica dos dados utilizados e dos dação do modelo programado; vii) Projeto
resultados gerados nesta pesquisa. dos experimentos; viii) Realização das
execuções de simulação; ix) Análise de
De acordo com Gil (2002), o procedimento
resultados; e x) Documentação, apresen-
experimental consiste na determinação de
tação e implementação dos resultados.
um objeto de estudo, na seleção das variá-
veis capazes de influenciá-lo e na definição A modelagem e a simulação foram condu-
das normas de controle e de observação zidas considerando a classificação do
dos efeitos que a variável produz no objeto. sistema como terminal (FREITAS FILHO,
A análise dos resultados e de observações 2008). O nível de confiança adotado foi de
propicia a descoberta das possíveis rela- 95%. A interpretação do valor do semi-inter-
ções de causa e efeito, levando a conclu- valo de confiança (half-width) foi dada como
sões relevantes sobre o problema inicial. a confiança de que em 95% das replicações
O procedimento de pesquisa experimental tem-se uma média que estará no intervalo
foi utilizado, por meio do uso de simulação da média obtida ± o semi-intervalo.
computacional, e por permitir a manipu-
lação das variáveis dependentes (dados 3.RESULTADOS E
de saída) do sistema simulado em função DISCUSSÕES
das variáveis independentes (dados de
entrada) do sistema real. Os dados foram
3.1 DESCRIÇÃO DO
obtidos por meio de observações e crono-
SISTEMA SIMULADO
metragens dos tempos em cada processo
do sistema. Para o desenvolvimento desse trabalho
teve-se como base o fluxo de clientes em
Para a modelagem conceitual do sistema
um restaurante do tipo self-service atuante
analisado, foi utilizada a técnica IDEF-
no sudeste goiano. O restaurante funciona
-SIM, como apresentada no estudo de
todos os dias da semana, entre 11:00h e
Leal, Almeida e Montevechi (2008). Já para
14:00h. O fluxo dos clientes dentro do
a modelagem e simulação do modelo
restaurante pode ser visto na Figura 1.
computacional foi utilizado o software
ProModel® 2010 (versão Student).
140
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
Para o projeto de simulação, foram consi- 2) e funcionárias do caixa (1, 2 e 3). A mode-
derados na modelagem os seguintes locais lagem conceitual utilizando a técnica IDEF-
do restaurante: recepção (entrada/saída), -SIM (Figura 2) apresenta toda a jornada
fila do buffet, buffet, fila do churrasco, chur- do cliente dentro do restaurante. Após a
rasco, fila da balança, balança, refeitório, construção do modelo conceitual, este foi
fila do caixa e caixa. Além disso, os recursos analisado e discutido com funcionários e
considerados para o presente estudo clientes do restaurante, que concordaram
foram: funcionária da recepção, churras- com a representação do fluxo desenhado,
queiros (1 e 2), funcionárias da balança (1 e validando assim o modelo.
141
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ACCUM, WAIT, USE, ROUTE, MOVE FOR. mesma forma o total de clientes que entram
no sistema. Comparando-se o observado
O tempo de simulação considerado foi de
in loco com os resultados da simulação,
duas horas, que retrata o intervalo das
verificou-se que o modelo computacional
11:30h às 13:30h em que o restaurante
está coerente com o modelo real.
tem maior quantidade de atendimentos.
Verificou-se que 50 replicações foram satis- O estudo foi delimitado na análise do dia
fatórias para o cálculo dos valores médios, e período em que o restaurante recebe
considerando um intervalo de confiança a maior quantidade de clientes, aos
de 95% e half-width de até 10% da média domingos, não considerando dias e horá-
amostral (para maior precisão dos resul- rios em que a demanda atendida é redu-
tados obtidos). zida. Para tanto, foi simulada a operação do
restaurante, sem interrupções, avaliando o
Durante as visitas para coleta de dados
fluxo de clientes, seus tempos no sistema
dos processos do restaurante self-service,
e a utilização dos funcionários para este
foram observados que, durante as duas
período. Analisou-se o efeito de realocações
horas de funcionamento, 327 pessoas
de funcionários, verificando seu impacto
entram no sistema neste intervalo de
sobre o sistema, tanto em relação às enti-
tempo. Para o rastreamento da entidade,
dades quanto aos recursos e sua utilização.
foram simulados também duas horas de
funcionamento do restaurante, podendo A Figura 3 apresenta o layout do modelo
ser comparado os dados observados com desenvolvido, com seus locais e recursos
os resultados da simulação, verificando da representados no ProModel®.
143
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tempo médio dos clientes no restaurante foi Observa-se que em alguma das replicações,
de 52,87 minutos e que o total de clientes encontrou-se o valor máximo de clientes
atendidos foi em média de 155,66 pessoas. atendidos de 171 pessoas.
144
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Desvio
Local/ Utilização (%) Média Mínimo Máximo Half-Width
Padrão
Churrasqueira 93,71 91,06 94,93 0,75 0,215
Balança 19,95 18,26 22,42 0,94 0,270
Refeitório 36,19 33,17 41,24 1,76 0,500
Caixas 68,33 63,44 72,51 1,68 0,475
Recepção saída 7,86 7,29 9,12 0,35 0,100
Fonte: Dados da pesquisa.
145
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146
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Esta pesquisa contribui para a área acadê- [2]. ARENALES, M.; ARMENTANO, V.;
mica ao enriquecer a literatura com mais MORABITO, R.; YANASSE, H. H. Pesquisa
um estudo prático envolvendo simulação Operacional para cursos de engenharia.
e o setor de operações e serviços que, Rio de Janeiro: Campos, 2006.
segundo Sakurada e Miyake (2009), ainda
[ 3] . BATEMAN, R. E.; BOWDEN, R. G.;
é carente quando comparada a pesquisas
GOGG, T. J.; HARRELL, C. R.; MOTT, J. R.
envolvendo simulação aplicada à manu-
A.; MONTEVECHI; J. A. B. Simulação de
fatura e logística. Para a área empresa-
Sistemas: Aprimorando Processos de
rial, este estudo serve de exemplo sobre
147
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148
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149
ALGORITMOS
GENÉTICOS
APLICADOS NA
CINEMÁTICA INVERSA
DE MANIPULADOR
ROBÓTICO
RESUMO
O presente trabalho trata-se sobre robôs manipuladores, estes, por sua vez, têm como
principal objetivo realizar o deslocamento, solda entre outras interações em uma linha
de montagem ou produção. O tipo mais conhecido de um robô manipulador é um braço
mecânico, que consiste em corpos rígidos interligados, com mera semelhança ao braço de
um humano, porém nem sempre com a mesma capacidade de movimento. O problema
tratado por este artigo refere-se à cinemática inversa de um braço robótico didático resol-
vida por algoritmos genéticos. O método obteve êxito no cumprimento da proposta, com
erros relativamente baixos e, portanto, aceitáveis, visto que os resultados são ainda iniciais
porem motivam futuras investigações.
Palavras-chave
(SPONG, 1989), “Um robô é um manipulador novo domínio de pesquisas propõe: dotar
veram com êxito, como exemplo, o braço controladores para ambientes não-es-
surgiu a partir de tentativas de lidar com para um projetista humano (MEYER, 1998).
problemas de natureza logística, tática e Meyer fazia menção às tarefas que o robô
nham um importante papel, uma vez que projetista humano é praticamente impos-
são programáveis, sendo possivel definir sível prever todas as situações que o robô
trajetórias e outros comandos que podem estaria exposto, e é ai que entra em ação
151
M é t o d o s Q u a n t i t a t i v o s - P e s q u i s a O p e r a c i o n a l - Vo l u m e 1
também pode ser dito como robô braço mão do robô é chamado de análise cine-
152
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(1),(2)
153
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cilíndricas, esféricas ou articulares. A priori, rior buscando uma possível solução para
A problemática da cinemática inversa pode meio de uma nuvem de pontos, quais posi-
ser solucionada por intermédio de, além ções o manipulador pode adquirir. Abaixo
exemplo, a proposta por este artigo, Algo- ângulos teta1 de 0 a 90 graus, teta2 0 a 90
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(3)
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Por meio das análises dos gráficos e tabelas matlab e o prototipo didatico mode-
acima, pode-se evidenciar que o uso do lado para investigação e tratamento do
Algoritmos Genéticos sugere ser satis- problema em uma situação real.
fatório, entretanto deve-se buscar uma
6. Agradecimentos
melhor parametrização para deminuir o
erro encontrado. A maior vantagem poderá Os autores a Universidade Tecnologica
ser na investigação da geração de trajetó- Federal do Paraná Campus Cornelio
rias e simultaneamente na atenuação do Procópio pelo apoio e incentivo a produção
problema de multiplas soluções. E, final- desse trabalho.
mente, observou-se que em varios expe-
rimentos simulados 20 gerações foi sufi-
REFERÊNCIAS
ciente para o A.G. encontrar uma solução
plausivel para o problema proposto. [ 1 ] . ALSINA, P. J. Cap. 5 Controle de Mani-
puladores. Apostila, Cap. 5, p. 83-124,
5. CONSIDERAÇÕES Centro de Tecnologia, Universidade do Rio
FINAIS Grande do Norte.
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ANEXO
#################### Código (Nuvem de pontos) referente à Figura 3
161
NÍVEL DE SATISFAÇÃO
DE CLIENTES DE
MEGAEVENTOS
ESPORTIVOS NO RIO DE
JANEIRO - UM ESTUDO DE
FATORES DE QUALIDADE
PERCEBIDA UTILIZANDO
TEORIA FUZZY E REDES
NEURAIS ARTIFICIAIS
RESUMO
Este artigo trata do estudo de atributos complexos de qualidade percebida em jogos
multiesportivos, na cidade do Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, para determinação
do nível de satisfação de clientes acerca dos serviços prestados. O estudo utiliza conceitos
de Qualidade percebida, Teoria Fuzzy e Redes Neurais Artificiais (RNA). A sistemática
consiste na determinação de fatores relacionados à qualidade percebida pelo cliente
acerca de serviços prestados em megaeventos, do estabelecimento de sua conexão com
o nível de satisfação do cliente e da decodificação de tal material em variáveis de entrada
fuzzy por meio do uso da Teoria Fuzzy e de RNA. A análise do material coletado junto à
aplicação das técnicas descritas mostraram-se eficazes para o alcance do objetivo preten-
dido pela pesquisa.
Palavras-chave
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Nota-se, pela observação da figura 1, que que a idade de 59 anos flutue por ambas
uma pessoa de 59 anos, pelo olhar da lógica as noções de “Pessoas Maduras” e “Pessoas
clássica, é considerada como uma pessoa Idosas”, por meio do entendimento provido
madura. Observa-se, também, que ainda pela lógica tradicional, tal noção se perde.
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E, para resgatar esse teor de significado que (2005) abordam a questão do tratamento
a lógica tradicional deixa de considerar nas para esse tipo de questão levantada no
análises de conjuntos, os estudos sofreram exemplo da figura 2, indagando-se a possi-
notórias mutações ao longo do tempo bilidade de trabalhar com a noção de
para abordar tais questões esquecidas. verificação dos “ínterins” da análise, e daí
Autores como Zadeh (1965), Zimmerman nasce a noção de grau de pertinência. Tais
(1976), Dubois (1980), Buckley (1984), ínterins dos conjuntos, repletos de senso
Bocklish (1987), Altrock (1993), Bandemer comum e subjetividade, passam a ganhar
(1993), Demant (1993), Hans-Heinrich tratamento à luz da Teoria Fuzzy.
(1995), Biewer (1997), Lazzari (1998), Kwak,
Ainda no exemplo da figura 2, vista por
W. et al (2003), Dalinghaus (2005) e Huftle
meio da Teoria fuzzy, tem-se o seguinte:
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En t rad as
Infe rê n- De-
C RI SP Fuzzyf i ca ç ã o
c i a (OU ) Fuz z yf.
ag re g ad as
Sa í da
Pe rgun- C ri s p
Pe rg u n t as Pergunt a s
tas
P17 P1 2 P1 7 P1 2
P17 P 12 R E R E
P P
3 0- 60 - 20 - 70 -
0-40 0 -30
70 100 80 100
49.43 53.93 0.00 0.97 0.00 0.00 0.87 0.00 0.97 0.87 51.55
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As demais saídas crisp defuzzificadas dos modelo do quadro 1. Tais saídas podem ser
demais neurônios da RNA, seguem o mesmo encontradas na tabela 5, a seguir.
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[ 47 ] . TAGUCHI, G. Introduction to
Quality Engineering, Asian Productivity
Organization, Tokyo, 1986.
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ANEXOS
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Autores
AUTORES
Otaviano Francisco Neves (organizador)
Doutor em Geografia - Tratamento da Informação Espacial - PUC Minas (2015), Mestre (2001)
e Bacharel (1997) em estatística pela UFMG. Professor da Pontifícia Universidade católica
desde 2001/02. Membro do Colegiado do Curso de Administração (2015-2018). Coordenador
de Extensão do curso de Ciências Contábeis unidade Barreiro (Desde 2007). Membro da
comissão de assessoramento técnico da CPA (2007 - 2015). Representante da unidade
Barreiro na Comissão Permanente de Avaliação - CPA (2008-2010). Consultor estatístico com
mais de 15 anos de experiência nas áreas de informação, relacionamento com o cliente (Call-
Center) e Marketing. Experiência em métodos estatísticos de previsão, modelos de
insolvência (credit scoring e behaviour scoring), estatística aplicada, análise multivariada,
simulação, planejamento, projetos e finanças. Professor de vários cursos de Graduação e Pós
Graduação nas áreas de estatística básica e avançada. Interesse atual em métodos
quantitativos aplicados à avaliação institucional e docente, ao turismo, à geografia,
informática e ao ensino.
Adson S. Rocha
Adson Silva Rocha é Doutor em Engenharia Elétrica (2013) pela Universidade de Brasília
(UnB) e, atualmente, é professor e pesquisador no Instituto Federal Goiano (IFGoiano). Seus
interesses de pesquisa incluem computação aplicada, experiência de usuário e inteligência
computacional.
Alencar Servat
Tecnólogo em Gestão de produção industrial, Bacharel em Engenharia de produção pela
UTFPR , especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, Mestrando em Tecnologias
Computacionais para o Agronegócio UTFPR. Atualmente Professor de Magistério Superior
substituto na UTFPR-MD CREA-PR 149971/D.
Camila Ciello
Graduanda em Engenharia de Produção na Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Cássio L. Ribeiro
Cássio Landim Ribeiro é Mestre em Engenharia da Computação (2017) pela Universidade
Federal de Goiás (UFG) e, atualmente, é desenvolvedor de software autônomo. Seus
interesses de pesquisa incluem computação aplicada, engenharia de software e inteligência
computacional.
Cristiane Melchior
Possui graduação em Administração pela Fundação Educacional Machado de Assis (2016), e
é mestranda em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Maria, início
em 2017. Atualmente é pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria. Tem
experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas:
AUTORES
Cristiano Ziegler
Possui graduação em Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (2013) e graduação em Engenharia
Mecânica pela Faculdade Horizontina - FAHOR (2014). Experiência profissional adquirida
através de três estágios, em uma Propriedade Agrícola, uma Agroindústria Familiar e em uma
Indústria Metalúrgica, além de experiência como sócio em uma propriedade familiar.
Atualmente é aluno de Pós-graduação no Mestrado em Engenharia de Produção na
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, e Pesquisador Bolsista (CAPES) no Laboratório
de Análise e Modelagem Estatística (LAME) na mesma universidade.
Denner M. de Carvalho
Denner Monteiro de Carvalho é Mestre em Engenharia Elétrica (2017) pela Universidade
Federal de Goiás (UFG). Suas áreas de interesse englobam sistemas elétricos de potência,
distribuição de energia elétrica e otimização de processos.
Leonardo da C. Brito
Leonardo da Cunha Brito é Doutor em Engenharia Elétrica (2003) pela Universidade de
Brasília (UnB) e professor e pesquisador na Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de
Computação (EMC) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Seus interesses de pesquisa
incluem computação aplicada e inteligência computacional em problemas de Engenharia.
Letícia Marasca
Possui graduação em Administração pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões - URI (2006). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, área de
concentração em Gerência de Produção e bolsista Capes - Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Atua no projeto de pesquise Análise de
sobrevivência aplicada ao estudo da evasão no ensino superior e no projeto de ensino
Relação entre a variação do preço final no pregão eletrônico decorrente da concorrência
entre os licitantes da UFSM. Possui experiência profissional na área de administração, em
análise de investimento em projetos e marketing. Tem interesse nas áreas de Administração e
Engenharia da Produção.
Lucas Duarte
Graduando em Engenharia de Produção na Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Marcelo Sucena
Pós-Doutorado pela COPPE/UFRJ/LASUP - Laboratório de Aplicações de Supercondutores -
Programa de Engenharia de Elétrica (modelo Neuro-Fuzzy para gerenciamento ambiental da
operação do trem de levitação magnética - MagLev-Cobra), Doutor em Engenharia de
Transportes pela COPPE/UFRJ (Modelo Neuro-Fuzzy, sistêmico, para subsidiar alocação de
recursos), Mestre em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia (IME)
(Procedimento para identificação de elementos críticos, com FMECA, para subsidiar
AUTORES
Márcio Mendonça
Doutor em sistemas computacionais inteligentes aplicados a controle e robótica.
Micheli Ferreira
Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e
mestranda no Programa de Pós Graduação em Tecnologias Ambientais pela mesma
Universidade.
Pedro H. S. Palhares
Pedro Henrique da Silva Palhares é Bacharel em Engenharia de Computação (2010) e Mestre
(2012) pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente, é doutorando na mesma
Universidade e seus interesses de pesquisa incluem otimização, simulação, computação
flexível e computação aplicada em problemas de Engenharia.
Priscila Oliveira
Graduada em Engenharia de Produção. Atualmente investiga os impactos dos Megaeventos
esportivos na dinâmica da cidade do Rio de Janeiro, publicando resultados das
investigações em artigos científicos, embebidos em técnicas de Pesquisa Operacional, no
âmbito da Inteligência Artificial.
Wellington Gonçalves
Professor do Mestrado Profissional em Gestão Pública - Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES). Professor do Curso de Engenharia de Produção - Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES). Doutor em Engenharia de Produção (UNIMEP). Mestre em Engenharia
(IME-RJ)