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O ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS NA

SALVAGUARDA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS


DE SALVADOR*

Felipe Rosário Borges Moraes**


Mateus Caldas Nogueira***

Alex Soares Caldas****

Resumo

O artigo tem como objetivo analisar o cumprimento dos principais requisitos


legais e normativos da salvaguarda contra incêndio nos edifícios
residenciais de Salvador/BA. Realizou-se vistorias com aporte fotográfico em
edificações residenciais para diagnosticar a conformidade das instalações de
combate a incêndio perante a Lei nº 12.929, de 27 de dezembro de 2013, que
dispõe sobre a Segurança contra Incêndio e Pânico e dá outras providências,
no Decreto Estadual nº 16.302, de 27 de agosto de 2015, bem como as
Instruções Técnicas disponibilizadas pelo Corpo de Bombeiros da Bahia. O
estudo propôs ponderações a contribuir para melhorias e adequações
necessárias para conformidade de seus projetos e instalações.

Palavras-chave: Incêndio. Segurança. Salvaguarda de Incêndio. Prevenção.

Abstract

The article aims to analyze compliance with the main legal and normative
requirements of the fire safeguard in the residential buildings of
Salvador/BA. Inspections were carried out with a photographic contribution
in residential buildings to diagnose the compliance of firefighting facilities
according Law No. 12,929, of December 27, 2013, which provides for Fire
and Panic Safety and makes other provisions, in the State Decree No. 16,302
of August 27, 2015, as well as the Technical Instructions made available by
the Fire Department of Bahia. The study proposed weightings to contribute
to improvements and adaptations necessary for the conformity of its projects
and facilities.

Keywords: Fire. Safety. Fire Safety. Prevention.

*
Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado na UNIFACS – Universidade Salvador, em
2016.2
**
Graduando em Engenharia Civil – frbmoraes@gmail.com
***
Graduando em Engenharia Civil – mateuscaldas@live.com
****
Prof. Msc. do Curso de Engenharia Civil da UNIFACS – alex.caldas@pro.unifacs.br
1 INTRODUÇÃO

Desde a pré-história, já havia a necessidade de dominar o fogo. Segundo Camillo Junior


(2004), a sua inserção no cotidiano da época possibilitou diversas mudanças no modo de vida,
servindo como uma mola propulsora para o progresso da sociedade. Entretanto, fogo este,
quando não controlado, resulta em grandes catástrofes e destruição. Inúmeros casos de
incêndios marcaram a história nacional e este é um fato que tende a piorar por conta das
mudanças de consumo que vem ocorrendo na sociedade brasileira.

Como exemplo, em 1972, em São Paulo, no Edifício Andraus, uma edificação


empresarial que, devido a uma sobrecarga no sistema elétrico, tornou-se uma das primeiras
grandes tragédias do cenário incendiário nacional que deixou 16 mortos e centenas de feridos.
Não muito depois, em 1974, também em São Paulo, uma das maiores tragédias da história
nacional de incêndio, no Edifício Joelma deixou 191 mortos e centenas de feridos.

Entretanto, apesar de todo o desenvolvimento das capitais brasileiras, a preocupação com


a segurança contra incêndio não acompanhou as mudanças ocorridas. Segundo o Relatório
Descritivo da Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP (2004), nos Corpos de
Bombeiros, 1.061.406 ocorrências foram registradas em 2004, sendo 149 ocorrências de
explosões e 137.779 ocorrências de incêndios. Dentre estes últimos, uma das ocorrências mais
frequentes foram incêndios em residência, como se pode verificar na Figura 1.
Figura 1 – Tipo e número de ocorrências de incêndio

Fonte: Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP*****

*****
Disponível em: <http://www.observatoriodeseguranca.org/files/Relat%C3%B3rio%20Descritivo%20-
%20Perfil%20das%20Organiza%C3%A7%C3%B5es%20de%20Seguran%C3%A7a%20P%C3%BAblica.pdf >.
Acesso em: 10/09/2016.
Os eventos já registrados foram responsáveis diretamente pelas alterações na legislação
de segurança predial. Apesar de apresentar uma legislação reformulada, mais detalhada e
exigente, muitos profissionais, seja por imperícia, negligência ou imprudência, findam por não
executar um projeto de incêndio ou executá-lo de forma indevida e, nos piores dos casos, até
mesmo não elaborar um plano/projeto de combate ao fogo. Existem também, projetos de
incêndio que apresentam falhas por conta de manutenção ou por conta da não conformidade do
sistema de acordo com a atualização das leis e normas locais.

Diante disto, em vista que a vida humana é o bem mais precioso existente, e os bens
materiais riquezas a serem preservadas, deve-se buscar a utilização de um sistema
completamente eficiente de combate ao fogo para que possa preveni-los e resguardá-los.
Entretanto, é preciso que a prevenção contra incêndio seja reconhecida, não somente por
construtores e projetistas, mas também pelos usuários, como realmente é: uma questão de
segurança.

A segurança contra incêndio é um tema que deve ser tratado nas escolas e universidades
com mais frequência e seriedade. Serão nas escolas o início do processo de conscientização da
sociedade, com palestras e simulações; já nas universidades, além de dar continuidade às
atividades desenvolvidas anteriormente, cabe a estas a responsabilidade da qualificação dos
profissionais habilitados para produção e execução desses projetos, contribuindo, desta forma,
para a segurança e prevenção nas edificações.

Com o intuito de reverter este quadro crítico e incentivar a cultura da segurança contra
incêndio que se apresenta no país como um todo, este estudo tem por objetivo analisar o
cumprimento dos principais requisitos legais e normativos da salvaguarda contra incêndio nos
edifícios residenciais de Salvador/BA em observação, através de estudo de caso que se baseou
em duas vistorias atentas para as instalações de combate a incêndio em edificações residenciais,
sendo uma delas moderna, e outra, mais antiga.

Desta forma, este artigo contribui para maiores esclarecimentos aos projetistas a respeito
dos fatores relevantes a serem considerados no desenvolvimento do projeto, bem como serve
de base para estudos e comparativos posteriores, seja para o meio acadêmico ou para o
profissional.
2 CARACTERÍSTICAS DA CIDADE DE SALVADOR

A cidade de Salvador, segundo o IBGE (2010), soma em torno de 3 milhões de


habitantes e se posiciona entre as 5 cidades mais populosas do Brasil. Por conta do elevado
número populacional e descaso por parte de autoridades, a cidade cresceu de forma desordenada
em alguns pontos, comprometendo assim questões estruturais e de difícil alcance as ocupações.
Além de possuir uma forte marcação proveniente de uma falha geotécnica a qual divide a cidade
em duas (cidade alta e cidade baixa), o que compromete ainda mais o acesso as estruturas.

2.1 Tipos de edificações e suas peculiaridades

Salvador é uma cidade totalmente atipológica, afinal é de extrema dificuldade


determinar uma tipologia para as suas habitações. Afinal, por se tratar de uma metrópole antiga,
na parte baixa da cidade, tem-se muitas edificações históricas com traços e materiais
construtivos de épocas passadas, já na cidade alta, se encontram construções mais recentes e
modernas. Porém, quando se parte para a análise da situação socioeconômica da cidade,
comprova-se que a maior parte da metrópole se constitui de uma população de baixa renda,
independentemente da localização perante o relevo e, conforme Pereira (2008),

“Desde a década de 1940 que, em Salvador, o acesso à moradia da população de baixa


renda esteve vinculado a processos de parcelamento improvisado e auto-construção
envolvendo as invasões, os loteamentos clandestinos e outras formas de habitação
precária, que constituem a ocupação informal na área urbana. Informal no sentido de
que se constituíram à revelia dos parâmetros urbanísticos estabelecidos e cresceram
fora das regras de segurança e conforto estabelecidos pelo poder público para
edificações e parcelamento, portanto, sem controle público.”.

Assim como as edificações históricas, em geral, estas habitações são geminadas e


possuem um alta carga de incêndio com materiais altamente inflamáveis, como por exemplo,
elementos em madeiras. Tratando-se da maior parcela nobre de Salvador, localizada na parte
alta da cidade, segundo Pereira (2008),

“habitações pluridomiciliares, verticais e normalmente de maior construtiva, cujo


acesso se dá, quase sempre, através do mercado imobiliário formal. Este tipo de
domicilio predomina nas áreas do Centro Tradicional e em parte da Orla Atlântica de
Salvador, da Barra até Pituba/Costa Azul.”.

Portanto, Salvador não possui uma regularidade ou padrão em suas habitações, isto é,
cada edificação da cidade é única. Cada construção possui suas características e peculiaridades
desde o processo construtivo, materiais utilizados e nível de ocupação, que tem por obrigação
serem considerados no momento do dimensionamento do sistema de combate a incêndio.
3 ESTUDO DE CASO

A pesquisa deste artigo se enquadra em um estudo de caso que tem como propósito
identificar o atendimento à normatização quanto aos itens essenciais de prevenção contra
incêndio obrigatórios nas edificações prediais residenciais. Para isso, foram realizadas
pesquisas documentais para identificar as normas e legislações pertinentes as edificações as
quais foram realizadas as vistorias. Vistorias estas que ocorreram em dois edifícios residenciais
dentro de um molde em que se abordou desde a parte construtiva, como o traçado da rota de
fuga, até a manutenção dos equipamentos. Estas edificações serão identificados neste estudo
como Edifício X e Edifício Y, com o intuito de manter resguardada a privacidade das
edificações e de seus moradores.

O Edifício X consiste em uma edificação residencial multifamiliar recente, entregue em


Setembro de 2014, com 128 apartamentos de 45 a 49 metros quadrados cada, distribuídos em
16 andares, mais 3 andares de garagem no subsolo e área comum. A edificação se localiza no
bairro do Matatu, em Salvador.

Já Edifício Y consiste em uma edificação residencial multifamiliar mais antiga, com


quase três décadas de uso, possui 24 apartamentos de aproximadamente 50 metros quadrados
cada, distribuídos em dois prédios de 3 andares e mais 4 apartamentos em 2 andares de subsolo
em um dos prédios, área comum e um pavimento de garagem no nível térreo. Esta edificação
se localiza no bairro de Brotas, em Salvador.

De acordo com o Decreto Estadual nº 16.302 (2015), Anexo único, Tabela 4 –


Exigências para Edificações, Estruturas e Áreas de Risco Existentes, por possuir área maior que
750 metros quadrados e altura superior a 12 metros, os Edifícios X e Y devem apresentar a
segurança contra incêndio e pânico de acordo com a legislação vigente na época: Decreto
Municipal nº 23.252, de 18 de setembro de 2012, que regulamenta as disposições da Lei nº
3.077, de 05 de dezembro de 1979, que estabelecia quando em vigência as normas de segurança
contra incêndio e pânico.

Desta forma, com base na legislação anterior, os mesmos devem conter: extintores,
hidrantes e/ou mangotinhos, acionadores manuais, chuveiros automáticos, saídas de
emergência, sinalização de segurança, iluminação de emergência, central de gás, brigada de
incêndio, entre outros.
3.1 Saída de emergência

Segundo Silva et al. (2010), dentre as medidas de proteção passiva, o projeto de saídas
de emergência é fundamental para que em caso de um incêndio os usuários tenham a
possibilidade de sair do edifício por meios próprios, utilizando rotas de fuga seguras, livres dos
efeitos do fogo (calor, fumaça e gases).

Além disso, as rotas de fuga também podem ser utilizadas para a entrada de socorristas,
como a brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros, pois muitas vezes a conformação do
edifício não permite o combate pelo exterior ou então o resgate de pessoas precisa ser efetuado.
Nesses casos, os meios de evacuação podem converter-se em meios de acesso seguro às áreas
afetadas ou não pelos efeitos do incêndio.

A Instrução Técnica nº 11: Saídas de Emergência, do Corpo de Bombeiros Militar da


Bahia (2016), estabelece os requisitos mínimos necessários ao dimensionamento das saídas de
emergência, segundo a mesma, elas devem ser dimensionadas em função da população da
edificação.

Durante as vistorias realizadas, pode-se observar que nos Edifícios X e Y as rotas de


fuga encontravam-se desobstruídas e tinham comprimento que permitiam a passagem
simultânea de duas pessoas, conforme Figuras 2 e 3. Fatores interessantes a serem levados em
consideração pelo fato de que em situação de emergência, a facilidade na fuga dos ocupantes e
o acesso dos socorristas podem ser concebidas de forma simultânea.
Figura 2 – Porta cota-fogo do Edifício X Figura 3 – Escada de emergência do Edifício X

Fonte: Autor (2016) Fonte: Autor (2016)

Entretanto, o Edifício Y não apresentava porta corta-fogo (de acordo com Figura 4):
elemento essencial para o impedimento ou retardação da propagação do fogo, calor e gases, de
um ambiente para o outro, conforme ABNT NBR 11.742:2003 - Porta corta-fogo para saída de
emergência. A sua ausência compromete a garantia da evacuação dos ocupantes e de agilidade
no acesso dos socorristas uma vez que compromete a visibilidade do ambiente que rapidamente
é tomado por gases liberados pelo processo da combustão nos casos de incêndio.
Figura 4 – Escada do Edifício Y

Fonte: Autor (2016)

3.2 Iluminação de emergência

A Instrução Técnica nº 18: Iluminação de Emergência, do Corpo de Bombeiros da


Polícia Militar do Estado de São Paulo (2004), estabelece que a iluminação de emergência deve
garantir condições mínimas de iluminação para total evacuação segura da população da
edificação durante a falta de energia e sinistro e, também, fornecer condições mínimas de
iluminação para a atuação das equipes de salvamento e combate a incêndios.

Segundo a ABNT NBR 10898:1999 - Sistema de iluminação de emergência, a


iluminação de sinalização deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas,
escadas, etc. e não deve ser obstruída. A sua função deve ser assegurada por textos escritos e/ou
símbolos gráficos, reflexivos ou luminoso-transparentes.

Entretanto, segundo Seito et al. (2008), deve ser levado em conta a relação entre o nível
de iluminamento e a idade das pessoas. As recomendações geralmente são baseadas no
comportamento dos olhos de uma pessoa de idade média. É importante salientar que as pessoas
mais jovens necessitam de menor nível de iluminamento para verem. Assim, o importante não
é só iluminar e sim distribuir corretamente a iluminação dentro dos pontos marcados como área
de segurança, sem, contudo sobreiluminar o ambiente, pois a iluminação de emergência em
excesso também é danoso.

Nas visitas realizadas, foram identificados pontos de iluminação de emergência no


Edifício X. Posicionados em pontos estratégicos, eram de fácil visualização, pois não possuíam
obstáculos de forma a dificultar a sua identificação e localização. Independentes da instalação
elétrica do edifício, as mesmas eram automaticamente ligadas quando não detectavam
passagem de corrente no ponto de tomada o qual estava plugada. Além disso, segundo o
administrador do prédio, os mesmos detinham contrato para execução da manutenção
preventiva destes equipamentos instalados.

Entretanto, no Edifício Y não foram identificados os pontos de iluminação. O que


compromete a desocupação da edificação, aumentando o risco de gerar novos acidentes; bem
como não oferece as condições mínimas de iluminação para a execução das atividades dos
socorristas.

3.3 Sinalização de emergência

Segundo a ABNT NBR 13434:2004 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico


– Símbolos e suas formas, a sinalização de segurança é aquela que fornece uma mensagem de
segurança, obtida por uma combinação de cor e forma geométrica, à qual é atribuída uma
mensagem específica de segurança pela adição de um símbolo gráfico executado com cor de
contraste. Devendo o mesmo ser alocado convenientemente no interior da edificação e áreas de
risco. A sinalização básica em uma edificação, para a NBR 13434:2004, é conjunto mínimo de
sinalização que uma edificação deve apresentar, constituído por quatro categorias, de acordo
com a sua função: proibição, alerta, orientação e salvamento e equipamentos.

A sinalização de emergência tem como finalidade, segundo o Corpo de Bombeiros da


Polícia Militar do Estado de São Paulo (2004) através da Instrução Técnica nº 20: Sinalização
de Emergência, reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e
garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de
combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro
da edificação em caso de incêndio.

O Edifício X possuía sinalizações de emergência, as mesmas puderam ser encontradas


indicando os hidrantes, extintores e saída de emergência bem como também no interior da caixa
da escada de emergência. Foram percebidas ainda as placas informando a não utilização de
elevadores em caso de incêndio (Figura 5). Porém apesar da sinalização de identificação do
gerador, não havia nenhum informativo de atenção ou de área restrita, apesar de estar trancada
com cadeado (Figura 6). No entanto, a central de gás estava devidamente identificada e
assinalada com a placa de perigo.

Figura 5 - Placa informativa Figura 6 – Casa do gerador

Fonte: Autor (2016) Fonte: Autor (2016)

O Edifício Y apresentou a sinalização dos extintores internos próximos aos


apartamentos, um deles com alteração feita a caneta na sua identificação de agente extintor.
Aquele que se encontrava na garagem não possuía nenhum tipo de identificação e sinalização.
Ainda na garagem, havia um compartimento com sinalização de perigo, informando alta tensão,
entretanto não ficou devidamente identificado o que detinha em seu interior, evidenciado na
Figura 7. Foram percebidas que algumas não se encontravam imediatamente acima do
equipamento sinalizado nem mesmo na altura indicada na NBR 13434:2004, que estabelece
altura mínima de 1,80m, medida do piso acabado à base da sinalização.

Figura 7 – Compartimento com sinalização de perigo informando alta tensão e sem identificação de conteúdo

Fonte: Autor (2016)


3.4 Extintores

Conforme a ABNT NBR 12693:1993 - Sistema de proteção por extintores de incêndio,


extintor de incêndio é o aparelho de acionamento manual, constituído de recipiente e acessórios
contendo o agente extintor destinado a combater princípios de incêndio, que podem ser
classificados, de acordo com a massa total, em: portáteis ou sobre rodas. Para Silva et al. (2010),
a principal função dos extintores é combater o foco de um incêndio. Para que isso possa
acontecer, é necessário que a operação do equipamento seja simples e de preparação rápida.

Vale ressaltar que os extintores devem estar lacrados, com a pressão adequada e possuir
selo de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação
(INMETRO), segundo o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2004)
através da Instrução Técnica nº 21: Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio. Deve-se
atentar para a sinalização dos extintores para indicar a sua presença. A sinalização pode ocorrer
através de: marcação de piso, parede, coluna e/ou teto, segundo a NBR 12693:1993.

De acordo com Seito (2008), os fatores que determinam a eficiência dos extintores são:
o agente extintor - que está relacionado à classe de incêndio; alcance do jato; duração de
descarga, que varia com a massa, volume e vazão; a forma de descarga (sendo concentrada ou
em nuvem, normalmente); e a operacionalidade que está diretamente ligada à facilidade de
acesso, transporte e acionamento.

Durante as visitas foram observadas a presença de extintores em ambos objetos de


estudo. No Edifício X, eles estavam identificados e sinalizados, apresentavam-se lacrados e
possuíam selo de certificação, como consta na Figura 8. Segundo o administrador do prédio, os
mesmos contavam com contrato com empresas especializadas para manutenção preventiva
destes equipamentos.

No Edifício Y, os extintores estavam lacrados e possuíam selo de certificação, porém


alguns não se apresentavam na altura indicada pela NBR 12693:1993, o qual exige que a alça
de manuseio não deva exceder a altura de 1,60 m do piso acabado, bem como não se
encontravam imediatamente abaixo da sinalização (Figura 9). Um dos que não estava em
conformidade era o extintor que localizado na garagem, pois não apresentava sinalização e
nenhum tipo de identificação. Contudo, o edifício possui contrato de manutenção preventiva
com empresa especializada.
Figura 8 – Extintor em conformidade Figura 9 – Extintor em não conformidade

Fonte: Autor (2016) Fonte: Autor (2016)

3.5 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

De acordo com Silva et al. (2010), “esses sistemas são os meios para detectar um
incêndio e alertar os ocupantes do edifício e podem ser o principal responsável pelo salvamento
de vidas em casos de incêndio de grandes proporções.” Pois, segundo Seito et al. (2008),
detectar o fogo em seu estágio inicial, viabiliza o abandono rápido e seguro dos ocupantes do
edifício além de possibilitar o início imediato das ações de combate ao fogo, evitando assim a
perda de vidas e do patrimônio.

A detecção e o alarme podem ser automáticos ou manuais. Nas edificações residenciais


em estudo não haviam detectores automáticos. No Edifício Y também não possuía acionadores
manuais, no entanto, os mesmos estavam presentes no Edifício X (Figura 10). Este item é
extremamente importante para o conjunto, pois permite o acionamento do sistema de alarme
por qualquer usuário da edificação, por meio de um sinal transmitido para a central de controle.

O Edifício X também apresentava uma central de controle de detecção e alarme de


incêndio, que fica localizada na guarita do prédio, embaixo da bancada do porteiro conforme a
Figura 11. Segundo Seito et al. (2008), este é um equipamento destinado a processar os sinais
provenientes dos circuitos de detecção e alarme, convertendo-os em informações, além de
comandar e controlar os demais componentes existentes do sistema, possibilitando, desta forma,
uma atuação imediata.
Figura 10 – Alarme manual de incêndio Figura 11 – Central de controle de detecção e alarme

Fonte: Autor (2016) Fonte: Autor (2016)

3.6 Chuveiros Automáticos

Segundo a ABNT NBR 10897:2004 - Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiro
automático – Requisitos, chuveiro automático é um equipamento utilizado no combate a
incêndios “que funciona automaticamente quando seu elemento termo-sensível é aquecido à
sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma
área específica.” Este dispositivo entra em atividade no princípio da combustão, permitindo a
proteção do ambiente de forma a extinguir ou controlar o fogo ainda no estágio inicial.

De acordo com Seito et al. (2008), “outra característica importante desse sistema é o
acionamento do alarme simultaneamente com o início de operação, o que propicia a fuga dos
usuários com segurança.” Apesar da eficiência deste sistema, nenhum dos edifícios vistoriados
apresentaram estes dispositivos de detecção e combate ao incêndio no seu interior nem mesmo
nas garagens, conforme Figuras 12 e 13.
Figura 12 – Garagem do Edifício X

Fonte: Autor (2016)


Figura 13 – Garagem do Edifício Y

Fonte: Autor (2016)

3.7 Brigada de Incêndio

Para ABNT NBR 14276:2006 - Brigada de incêndio - Requisitos, a brigada de incêndio


é o grupo organizado de pessoas treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate
ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros. Conforme o Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2004) – Instrução Técnica nº 17: Brigada
de Incêndio, a brigada de incêndio tem por objetivo, em caso de sinistro, proteger a vida e o
patrimônio, reduzir os danos ao meio ambiente, até a chegada do socorro especializado,
momento em que poderá atuar no apoio.

No decorrer das vistorias realizadas, em ambas edificações estudadas não foram


encontradas equipes de brigada de incêndio. Além disso, segundo o administrador do Edifício
X e o zelador do Edifício Y, não era prática o exercício de simulado de abandono e treinamentos
para utilização dos equipamentos. De acordo com Silva et al. (2010), estes treinamentos têm
por objetivo conscientizar os ocupantes da edificação, treinando-os para seguirem corretamente
as normas de segurança necessárias em caso de emergência, de forma que todos conheçam as
rotas a serem seguidas, aperfeiçoando o tempo para desocupação.

3.8 Sistema de abastecimento de gás

Uma instalação para gás natural em edifício residencial é constituída de abrigo para o
medidor de gás e tubulações que alimentam apartamentos e os respectivos pontos de consumo,
dentre eles equipamentos diversos, como fogões e aquecedores. Além de apresentar o projeto
conforme a ABNT NBR 14024:2006 - Central de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Sistema
de Abastecimento a granel – Procedimento Operacional, deve-se realizar o teste de
estanqueidade a fim de garantir a segurança do sistema. Para isso, o mesmo deve ser realizado
com ar ou gás inerte, sendo proibido o emprego de água ou qualquer outro líquido. Além disso,
o manômetro a ser utilizado deve possuir sensibilidades adequadas para registrar quaisquer
variações de pressão.

O Edifício X possuía uma central de gás em local separado, mais especificamente à


direita do portão de acesso à garagem, identificado e sinalizado (Figura 14). Os medidores dos
apartamentos localizavam-se agrupados em um compartimento identificado em seu respectivo
pavimento, facilitando o acesso e uma possível manutenção.
Figura 14 – Central de Gás fechada e sinalizada

Fonte: Autor (2016)

O Edifício Y não possuía central de gás, pois seu sistema não era canalizado. Seus
moradores utilizam o gás de forma individualizada através do botijão.

3.9 Hidrantes e mangotinhos


Ambos os conjuntos de prevenção e combate ao incêndio das edificações em estudo não
apresentaram o sistema de mangotinhos em sua composição. O Edifício X optou pelo uso de
hidrantes, conforme figura 15, enquanto que o sistema com estes dispositivos foi adotado pelo
Edifício Y.

Segundo a ABNT NBR 13714:2000 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para


combate a incêndio, mangotinho é o “ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída
contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida,
esguicho regulável e demais acessórios.” E define hidrante como sendo o “ponto de tomada de
água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus
respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios.” O sistema de
mangotinho é uma alternativa ao sistema de hidrantes, mais utilizado para manipulação por
pessoas não habilitadas.

Figura 15 – Hidrante em conformidade com a norma

Fonte: Autor (2016)

De acordo com Silva et al. (2010), o sistema de mangotinhos possui uma grande
autonomia, devido ao seu baixo consumo de água e pode ser operado de maneira rápida por
uma única pessoa. Neste sistema, a mangueira já está conectada à saída de água, o que facilita
a manipulação. Enquanto que, ainda para Silva et al (2010), “o sistema de hidrantes requer um
treinamento do pessoal envolvido no seu manuseio, para garantir o uso seguro e correto.” Estes
sistemas fixos de combate a incêndio devem atuar no momento em que o combate por extintores
manuais não solucione a situação.

3.10 Acesso das viaturas

As edificações ou estruturas que possuir as vias de acesso, incluindo os arruamentos


internos, devem obedecer a alguns critérios definidos no dimensionamento, o qual deve
considerar as necessidades determinadas pelas viaturas operacionais do Corpo de Bombeiros
da Bahia. Segundo a Instrução Técnica nº 6: Acesso de viatura na edificação, estruturas e áreas
de risco do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (2016), o portão de acesso deve ter largura
mínima de 4,00 m e altura livre mínima de 4,50 m, enquanto que a via de acesso deve possuir
largura mínima de 6,00 m. Vale ressaltar que não é permitido o estacionamento de veículos
nessa faixa, e a pavimentação deve ter capacidade de suportar um peso de 25 toneladas em dois
eixos.
É importante frisar que o correto dimensionamento ainda na etapa de projeto possibilita
que a edificação seja concebida de modo a assegurar agilidade numa possível situação de
emergência. Desta forma, o acesso da viatura ao local do socorro é uma condição básica para
execução do trabalho dos bombeiros, e a possibilidade do correto posicionamento aumenta a
eficiência do atendimento. Quanto a isto, os Edifícios X e Y são favorecidos por se localizarem
em ruas largas que possibilitam a aproximação da viatura. Entretanto, as mesmas não teriam
acesso a parte anterior dos prédios, algo a ser relevado se o sinistro ocorrer nesta região.

4 DISPONIBILIDADE LEGAL DOS SÍNDICOS

Segundo a Fácil (2016), o síndico exerce a função de administrar a edificação


residencial. É ele quem a representa e quem deve defender os interesses comuns dos habitantes.
Além disso, cuida de toda a parte financeira, gerenciando o orçamento do ano. Ainda recai
sobre ele a responsabilidade de sempre estar atento à vigilância, moralidade e segurança do seu
condomínio.

Cuidar da segurança dos condomínios é parte primordial de uma boa administração.


Assim, estar em dia com a segurança contra incêndio é um dever. Possuir o Auto de Vistoria
do Corpo de Bombeiros é um item básico de segurança, além disso, contar com uma brigada de
incêndio e fazer a manutenção periódica dos equipamentos, como extintores e mangueiras, são
primordiais. Estes itens devem ser checados periodicamente, pois apesar de serem
equipamentos de pouco uso, devem estar sempre em ordem e em perfeito estado de manutenção.
E a forma de garantir as perdas geradas pelo sinistro é realizar a contratação do seguro contra
incêndio, que é uma de suas responsabilidades segundo o Artigo 1.348, do Código Civil.

De acordo com a Fonsi (2016), um dos assuntos mais importantes em um condomínio é


justamente a manutenção, tanto no que concerne ao perfeito funcionamento de todos os
equipamentos, como na preservação do valor patrimonial do imóvel. O síndico deve atentar-se
para a segurança pois quem responde civilmente por acidentes causados por mal funcionamento
dos equipamentos é o condomínio, devendo indenizar as pessoas acidentadas. A conservação
dos equipamentos constitui um dever permanente do síndico. Provada sua culpa ou desinteresse
(negligência), cabe a ele inteira responsabilidade criminal no caso de danos causados a
condôminos ou a terceiros, ficando para o condomínio a responsabilidade cível.
Desta forma, fazer a manutenção dos equipamentos de segurança contra incêndio é uma
ação de prevenção e não pode ser encarada como gasto financeiro, A Fonsi compartilha desse
ponto de vista ao afirmar que “o dinheiro aplicado em manutenção pode ser considerado um
investimento e não necessariamente uma despesa.” Em caso de segurança contra incêndio, é
uma aplicação na salvaguarda da vida e dos bens materiais.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito principal desse estudo foi identificar e apontar itens obrigatórios, previstos
em norma, para a proteção e combate contra o fogo em edificações residenciais da cidade de
Salvador/BA. Para desta forma, alertar aos projetistas, administradores de condomínio, síndicos
e todos aqueles envolvidos com a edificação a importância da implantação do sistema de
combate a incêndio juntamente com suas respectivas responsabilidades.

Conforme a análise, observou-se que o Edifício X, construído recentemente, atendeu a


mais itens da norma que o Edifício Y, mais antigo e com a instalação de combate muito precária.
Porém, mesmo sendo uma edificação recente, o Edifício X não atente a todas as especificações
obrigatórias previstas pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.

Expõe-se o alto potencial da ocorrência de catástrofes por conta da negligência, ou seja,


o não-atendimento da legislação vigente. Deve-se, em todas as edificações, a elaboração de um
projeto executivo conforme a legislação de combate a incêndio, contemplando plantas baixas,
memorial descritivo e elementos que identifiquem o tipo e a localização de cada componente
do sistema. Sugere-se novos estudos e pesquisas para que esclareçam as obrigações das partes
envolvidas perante esta temática, e ainda propõe-se um realinhamento de cultura para que cada
uma das partes envolvidas despertem para a importância da prevenção e combate ao fogo, pois
bens materiais e patrimoniais estão em risco e muito além, a vida humana.

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