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ABSTRACT
The ovarian remnant syndrome is characterized by the return of the estrus from bitches or queens who have been already
neutered. This pathology might mainly occur due to a failure during surgical technique or because of the presence of misplaced ovarian
tissue. The diagnosis can be done using a vaginal cytology and hormone analysis. The recommended treatment is the extirpation of this
remnant ovarian tissue by a new surgery.
Key words: ovarian hysterectomy, hormone, estrus.
INTRODUÇÃO
A supressão de cio nas cadelas e gatas muitas vezes é um desejo do proprietário, seja pelo incomodo que suas
manifestações causam, ou simplesmente porque não há como evitar um cruzamento indesejado e uma posterior prole [11].
Os métodos contraceptivos incluêm supressão do proestro ou estro já iniciado, atraso temporário do estro e permanente manu-
tenção do animal em anestro, como é o caso das intervenções cirúrgicas [4].
A ovariosalpingohisterectomias (OSH) é o método cirúrgico de escolha para a esterilização da cadela e gatas [1,4].
Existe a vantagem adicional da redução do risco de neoplasias mamárias se realizada antes do 1º ou 2º ciclo estral [2] e
ainda elimina o risco de piometra e pseudogestação. Esta intervenção apresenta efeitos colaterais como, incontinência urinária,
obesidade, vulva infantil, alopecia, mudança da cor e da textura dos pêlos, além de ser um método irreversível [4]. Dentre
outras complicações existe também a Síndrome do Resto Ovárico.
A Sindrome do Resto Ovárico (SRO) ou Sindrome do ovário remanescente foi bem descrita nos cães e gatos
[8,12],
e aparentemente é a complicação menos frequente na rotina das OSHs das fêmeas de cães e gatos comparado com
os casos descritos em humanos [9,12,13]. Animais com SRO apresentam sintomas relacionados com a produção endógena de
hormônios pelo resto de tecido ovariano presente no abdomen.
s273
Oliveira K.S. 2007. Síndrome do resto ovárico.
Acta Scientiae Veterinariae. 35: s273-s274.
a secreção endógena mediante citologia vaginal obtida quando a paciente começa a atrair machos. O aspecto citológico
com mais de 80 a 90% de células superficiais é uma evidencia sólida deste diagnóstico. Devido a que um resíduo ovárico
seja pouco provável, recomenda-se complementar o diagnóstico com determinações de estrógenos. As concentrações
séricas de estradiol maiores que 15 pg/mL são anormais e compatíveis com atividade folicular. Alguns animais com sinais
óbvios de estro também tem incremento leve na concentração de progesterona sérica, e esta também pode ser avaliada em
conjunto com o estradiol. No entanto a citologia pode ser mais confiável que uma análise isolada de estradiol sérico e pode
confirmar o diagnóstico [3,5,6,10].
Diagnóstico diferencial: O diagnóstico diferencial para a SRO deve ser realizado com problemas que provoquem
sangramento vaginal em cadelas e gatas castradas e isso inclui neoplasias, vaginites, piometra de coto de cervix uterino,
traumatismos, terapias exógenas de estrogeno e coagulopatías. Outras condições também podem estar provocando o processo
como: ovário supranumerário, ovário acessório, hiperatividade da glândula adrenal e tumor que secretor de estrógeno. O
ovário supranumerário é definido como uma glândula extra que é completamente separada das gônodas normais. O ovário
acessório está próximo ou conectado a gônoda normal. Comparativamente com outras espécies, nos animais de companhia,
a excessiva produção de estrógeno pelas glândulas adrenais, suficiente para produzir sinais de estro, é rara. Os tumores
ováricos podem provocar sintomas de estimulação estrogênica em cadelas, de forma semelhante aos sintomas de estro
(sangramento vaginal, atração pelo macho) [7].
Tratamento cirúrgico: Recomenda-se uma laparotomia. A cirurgia, se possível de ser realizada, prefere-se que
seja quando a cadela esteja em estro ou diestro, ja que a presença de folículos ou corpo lúteo reforça as possibilidades de
visualizar este tecido. Outro fator que ajuda a localizar o tecido remanescente é o aumento de vascularização em determinadas
áreas prováveis do tecido se encontrar, principalmente nestas fases do ciclo. As localizações prováveis são os pedículos
ovarianos ou qualquer outra parte dentro dos ligamentos ováricos [5].
Tratamento clínico: Ainda que não se recomenda, talvez seja necessário recorrer a tratamento medico porque os
proprietários recusam a cirurgia exploratória ou porque mais uma intervenção cirurgica não resolverá o problema. Geralmente
o acetato de megestrol (cão: supressão do estro – 0.5mg/kg SID por 30 dias; gata: 2,5mg/gata 1x por semana) ou mibolerona
(cão: 1-11kg: 30mcg/dia; 12-22kg: 60mcg/dia; 23-45kg: 120mcg/dia; >45kg: 180mcg/dia; contra indicado para gatas) podem
ser usados [5].
NOTAS INFORMATIVAS
1 ®
Prev-gest , Biovet, Vargem Grande Paulista, SP/Brasil.
2
Cheque drops®, Upjhon Farmacêutica do Brasil, São Paulo, SP/Brasil
REFERÊNCIAS
1 Concannon P.W. 1995. Contraception in the dog. Veterinary annual. 35: 177-187.
2 Concannon P.W. & Meyers-Wallen V.N. 1991. Current and proposed methods for contraception and termination of pregnancy in dog and cats.
Journal of American Veterinary Medical Association. 198: 1214-1225.
3 England G.C.W. 1997. Confirmation of ovarian remnant syndrome in the queen using hCG administration. Veterinary Record. 141: 309-310.
4 Evans J.M. & Sutton D.J. 1989.The use of hormones, especially progestagens, to control oestrus in bitches. Journal of reproduction and
fertility. 39(Suppl): 163-173.
5 Feldman E. C. & Nelson R.W. 1996. Infecundidad, transtornos del apareamento relacionados y alteraciones del desarrollo sexual. In: Feldman
E.C. & Nelson R.W. (Eds). Endrocrinología y reproducción en perros y gatos. 2nd edn. Philadelphia: W. B. Saunders, pp. 694-695.
6 Heffelfinger D. 2006. Ovarian remnant in a 2-year-old queen. Canadian Veterinary Journal. 47: 165-167.
7 Lopez M.D. & Macedo L.P. 2004. Síndrome del ovario remanente en perras y gatas. In: Gobello C. (Ed). Temas de reproducción de caninos
y felinos por autores latinoamericanos. Buenos Aires: Gráfica Latina, pp.61-64
8 Pearson H. 1973. The complications of ovariohisterectomy in the bitch. Journal Small Animal Practice. 14: 257-266.
9 Price F., Edwards R. & Buchsbaum H. 1990. Ovary remnant syndrome: difficulties in diagnosis and management. Obstetric & Gynecology
Survey. 45: 151-156.
10 Sangster C. 2005. Ovarian remnant syndrome in a 4-year-old bitch. Canadian Veterinarian Journal. 46: 62-64.
11 Valle G. R. & Marques Jr. A.P. 1999. Endocrinopatologia e terapia hormonal do ciclo estral da cadela. Caderno técnico de veterinária e zootecnia.
30: 49-74.
12 Wallace M.S. 1991. The ovarian remnant syndrome in the bitch and queen. Veterinary Clinic of North American- Small Animals Practice. 21:
501-507.
13 Webb M. 1989. Ovarian remnant syndrome. The Australian and New Zealand Journal of Obstetrics and Gynaecology. 29: 433-435.
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www.ufrgs.br/favet/revista
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