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Pedido
De acordo com o art. 286 do CPC o pedido deve ser: O pedido deve ser certo ou
determinado.
• Certo: expresso, exteriorizado, inconfundível;
• Determinado: deve ser definido e delimitado, em sua qualidade e quantidade.
Existe ainda o pedido implícito, porém em casos excepcionais. Cuida da hipótese em que
não há a expressão do pedido, mas será fornecido por acompanhar outro pedido. Ex.: juros,
honorários (proc. Civil), correção monetária.
OBS.: O juiz só poderá conceder os pedidos previstos em lei.
1. Pedido Genérico
Previsto no art. 286 do CPC (Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É
lícito, porém, formular pedido genérico):, está relacionado a determinação do pedido.
OBS.: O pedido genérico, não obstante seja certo quanto à existência e determinado quanto ao
gênero, é quantitativamente indeterminado.
Hipóteses:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens
demandados;
Tal hipótese ocorre quando não conseguir delimitar o pedido em virtude de um fato alheio a
vontade do agente. Ex.: danos morais.
III – quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
É o que ocorre, por exemplo, com as horas extras, onde não pode ser computado a
quantidade em virtude do controle ficar com a parte contrária.
2. Cumulação de Pedidos
Trata-se da cumulação objetiva, ou seja, ocorre quando o autor deduz mais de um
pedido na petição inicial, com o escopo de que todos eles sejam apreciados na sentença. A
cumulação objetiva nada mais é do que a cumulação de pedidos numa mesma ação.
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
OBS¹.: Quando para cada tipo de pedido corresponder tipo diverso de procedimento, admitir-se-á
a cumulação, se o autor optar pelo procedimento comum ordinário (Art. 292, §2º do CPC).
OBS².: É necessário preencher TODOS os requisitos.
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.
OBS.: Um exemplo de pedido alternativo pode ocorrer quando o réu, empregador, comprometer-
se a conceder um prêmio ao empregado mais assíduo, cabendo-lhe escolher entre o pagamento
das mensalidades de um curso a ser realizado no estrangeiro ou o pagamento das passagens
aéreas. Percebe-se que a obrigação do empregador, neste caso, é tipicamente alternativa, o que
implica dizer que o autor somente poderá formular pedido alternativo: ou o pagamento das
mensalidades ou o pagamento das passagens aéreas. A escolha caberá ao réu (reclamado), se
procedente o pedido.
Encontram previsão no art. 289 do CPC, segundo o qual: “É lícito formular mais de
um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo
acolher o anterior.”
Não podendo o juiz acolher o pedido principal, passa a examinar o sucessivo.
Nos pedidos sucessivos, portanto, vê-se que o primeiro pedido é prejudicado em
relação ao segundo. Em outros termos, se for acolhido o primeiro pedido, o juiz não poderá mais
o segundo, o terceiro ou mais pedidos sucessivos contidos na petição inicial.
Ex.: Empregada gestante dispensada sem justa causa formula pedido de
reintegração ou, se esta não for possível por motivos alheios à sua vontade, a indenização do
período estabilitário correspondente.
OBS.: O termo sucessivo é criticado pela doutrina, pois seria sucessivo se o segundo pedido
fosse acolhido somente se o primeiro também fosse.
5. Pedidos Cominatórios.
Previsto no art. 287 do CPC, segundo o qual: “Se o autor pedir que seja imposta ao
réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa,
poderá requerer cominação de pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença ou
da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § 4º, e 461-A).;”
Pedido cominatório diz respeito às obrigações de fazer, ou não fazer, bem como nas
obrigações de entregar coisa, sendo incabível nas ações que tenham por objeto obrigação de dar
ou pagar (STF, Súmula nº 500)
Não tem caráter indenizatório. A razão de ser de tal cominação é compelir o réu a
cumprir o que está previsto no título e foi determinado na decisão concessiva de tutela antecipada
ou na sentença final.
Ex.: Pedido de reintegração ao emprego formulado por dirigente sindical dispensado
sem que o empregador tenha proposto inquérito judicial para apuração de falta grave, requerendo
aplicação de multa diária enquanto não cumprida a decisão.
Quando ocorre uma modificação quantitativa nem sempre será necessário alterar o prazo
para modificação da defesa. Diferentemente da modificação qualitativa; nessa hipótese o
reclamado irá se manifestar à respeito dessa modificação.
OBS.: Se ocorrer a mudança do valor com o aditamento poderá ter a conversão do
rito/procedimento.
1. Conceito
Ato formal, solene em que há instrução, discussão e decisão da causa. A audiência
ocorre antes da contestação.
É o lugar e o momento em que os juízes ouvem as partes.
Petição Protocolada → Data da Audiência
3. Características da Audiência.
3.1. Unicidade: elaborada para ser uma e que nela seja realizada todos os atos
processuais. Todavia, não há obrigatoriedade, determinados casos, em virtude da
ocorrência, da complexidade da causa, a audiência poderá ser fracionada.
3.2. Concentração: Pregão → conciliação → defesa → produção de provas → razões
finais → conciliação → decisão; todos praticados em uma única audiência.
3.3. Oralidade: Maior parte dos atos deverão ser realizados na forma oral.
3.4. Publicidade: Toda audiência deve ser pública (Art. 93, IX da CF).
Exceção: o juiz pode restringir o acesso de terceiros quando for para atender o
interesse público, caso em que a publicidade pode tumultuar o andamento do processo;
pode ser determinada de ex oficio ou a requerimento da parte.
3.5. Conciliação: O objeto da audiência é a conciliação, por isso há dois momentos em
que o juiz é obrigado a tentá-la, caso contrário acarretará a nulidade.
4. Particularidades da Audiência
4.1. Quanto ao Prazo: A audiência deverá ser realizada no prazo mínimo de 5 dias (Art.
841 da CLT)
OBS.: Para a União o prazo para contestar é em quádruplo, nesse caso o prazo mínimo é de 20
dias.
OBS.¹: Há doutrinadores que entendem que o cômputo de todas as audiências não pode
ultrapassar 5 horas. Outros entendem ser este o tempo máximo de uma audiência,
OBS.²: A lei admite, que havendo necessidade imperiosa, poderão ser convocadas audiências
extraordinárias, desde que seja afixado edital na sede do Juízo do Tribunal, com a antecedência
mínima de 24 horas.
4.3. Quanto ao Local (Art. 813 da CLT): As audiências dos órgãos da Justiça do
Trabalho são realizadas na sede do Juízo ou Tribunal.
OBS.¹: Todavia, em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das
audiência, mediante edital afixado na sede do Juízo do Tribunal, com antecedência mínima de 24
horas.
OBS.²: A doutrina afirma que esse prazo deve ser maior ou que a comunicação seja feita de
forma pessoal.
5. Poder de Policia
As audiências e sessões judiciárias devem processar-se com ordem e tranquilidade,
cabendo aos juizes ordenar medidas para a manutenção do respeito por parte dos espectadores,
inclusive requisitando a força pública, se necessário fazendo prender e autuar os desobedientes,
evacuar a sala, interromper os trabalhos e tomar outras medidas que sejam convenientes (Art.
816 da CLT).
Trata-se do exercício do poder de policia pelo juiz, também chamado de poder de
policia processual, que é um princípio elementar para manutenção de ordem, do decoro e da
segurança nos recintos destinados às audiências e sessões dos tribunais.
O dispositivo, consolidado é complementado pelos arts. 445 e 446 do CPC.
OBS.: Se, todavia, até 15 minutos após a hora marcada o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências. É o que diz o parágrafo único do art. 815 da CLT, cujo destinatário é o juiz. Vale dizer,
o atraso tolerável sem justificativa por apenas 15 minutos é apenas para o magistrado. As partes
e seus representantes, inclusive os advogados, não tem qualquer tolerância quanto a atrasos (OJ
245 da SDI – I do TST)
OBS.¹: Exceções à Necessidade da Presença das Partes: Art. 843. Na audiência de julgamento
deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de
seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimas (litisconsórcio ativo facultativo)
ou Ações de Cumprimento (substituição processual, ex.: sindicato), quando os empregados
poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
OBS.: Tanto o autor como o réu poderão ser contumazes, mas somente o réu poderá será ser
revel.
No processo civil, ocorre revelia, de acordo com alguns doutrinadores, quando o réu não
apresenta defesa, porém prevalece o entendimento que a revelia é a ausência da contestação.
OBS.: Se os dois faltarem (reclamante e reclamado) não há revelia, mas sim a extinção sem
julgamento do mérito.
OBS.: O efeito processual é a comunicação dos atos processuais. No CPC só ocorre essa
consequência se o réu não tiver advogado (Art. 322 do CPC). No processo do Trabalho não irá se
aplicar o art. 322 do CPC, pois a CLT possui um dispositivo que é o art. 852, que diz que da
sentença a parte revel sera cientificada (ele não será intimado dos atos, só será intimido da
sentença.)
• Material: Presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária (ou
seja, em tese, o reclamante); Porém trata-se de uma presunção juris tantum
(relativa), pois admite-se prova em contrário, razão pelo qual não pode-se falar
de imediato em julgamento antecipado da lide, haja vista que isto só ocorrerá se
tiver provas suficientes para tanto. O principal efeito da revelia incide sobre a
prova, uma vez que, se o réu não contestar a ação, serão considerados
verdadeiros os fatos alegados pelo autor.
OBS.: A ausência de citação pode ser suprida pelo comparecimento do reclamado à audiência,
desta maneira não se tem a aplicação da revelia.
• Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente:
I – se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; Ex,: pólo passivo
– terceirização. (Não ocorre a revelia quando uma das partes apresentar defesa.
II – se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (pouco visualizado no âmbito
trabalhista)
III – se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei
considere indispensável à prova do ato.
• Conhecer os Fatos
OBS¹.: De acordo com a doutrina empresas que entraram em processo de falência poderão ter
como preposto qualquer pessoa que detenha conhecimento do fato.
OBS.²: Quando o preposto é empregado há uma presunção de que conhece os fatos. E os seus
argumentos e alegações vinculam o reclamado/empregador.
OBS³.: Tem sido admitido o advogado empregado atuando como, ao mesmo tempo, como
preposto, o que é proibido pelo art. 3º da Lei nº 8.906/94 (EOAB). Porém, vale ressaltar que a
CLT não coloca qualquer obstáculos.
OBS¹.: Não há figura do preposto em relação ao reclamante. Somente quem possui preposto é o
reclamado!
OBS².: A representação de Autarquias, Fundações, da Adm. Pública Direta NÃO pode ser feita
através de preposto, mas sim por seus procuradores (Art. 12 do CPC). Diferentemente das
sociedades de economia mista e Empresa pública.
Respostas do Reclamado
O direito de resposta encontra seu principal fundamento de validade na CF, no art. 5º, LV ,
princípio do contraditório e ampla defesa.
O CPC, em seu art. 297, disciplina que após a sua citação, o réu poderá oferecer
exceção, contestação, e reconvenção. Agiu bem o legislador, uma vez que a resposta do réu
abrange essas três modalidades.
A CLT só prevê expressamente a defesa, embora no sentido de contestação, e duas
modalidades de exceção: a de “foro” e a de suspeição. Não há regramento próprio da
reconvenção.
A resposta pode ser verbal e assim sendo deverá ocorrer no prazo de 20 minutos (Art. 846
e 847 da CLT) e será reduzida a termo.
O momento da resposta é após a primeira tentativa de conciliação.
Na resposta o reclamado deve apresentar todos os documentos probatórios necessários .
1. Contestação
A contestação é a forma mais usual e contundente de resposta do reclamado. Trata-
se da defesa por excelência, haja vista que nesta o reclamado irá combater as alegações do
reclamante.
A contestação é regida por dois princípios:
• Eventualidade (Art. 300 do CPC): A contestação é o “evento” que foi
colocado a disposição do réu naquele dado momento para atacar todas as
alegações, de fato ou de direito, aduzidas pelo autor. Se o réu não se
manifestar sobre todos os fatos narrados pelo autor ocorrerá a preclusão,
salvo em caso de fato superveniente ou matéria de ordem pública (Art. 303
do CPC).
• Impugnação Especifica: Para evitar os efeitos da revelia, não basta
defender-se, é indispensável que impugne o reclamado TODOS os fatos
narrados pelo reclamante na ação trabalhista, sob pena de presumir-se
verdadeiro o fato não impugnado (Art. 302 do CPC)
OBS¹.: Tanto no processo civil quanto no trabalhista, a contestação por negação geral é ineficaz,
arcando o réu com o ônus de serem considerados verdadeiros os fatos articulados na petição
inicial. Se o juiz não se convencer defere todos os pedidos do reclamante.
OBS².: Paragrafo único do art. 302 do CPC: Esta regra, quanto ao ônus da impugnação
especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do
Ministério Público.
OBS³.: Vinculo + Rescisão + Verbas → E o reclamante apenas se manifesta quanto sobre o
vinculo empregatício. Nesta hipótese não há prejuízo haja vista que deste decorre o restante.
Defesa
Processual ou Preliminares (Art. 301 do CPC)
Dilatória: Não põe fim ao processo, mas dilata o desfecho do processo.
Peremptória: extinção do processo
Mérito
Direta: Combate os fatos constitutivos, ora negando os fatos ou seus efeitos.
Indireta: Admite os fatos constitutivos, mas alega o impedimento (ineficácia), fato
modificativo (alteração) ou um fato extintivo.
IV – perempção;
A perempção é a perda do direito de ação. É a perda do direito de ação em
virtude de o processo, tendo em vista a mesma demanda, ter sido extinto três vezes pelo motivo
do art. 267, III do CPC (o autor abandonar a causa por mais de 30 dias). Desta maneira não
poderá mais ingressar com uma ação, é permanente.
No âmbito trabalhista quando o reclamante faltar duas vezes na audiência
dando causa a dois arquivamentos, este ficará impedido de ajuizar uma ação trabalhista pelo
prazo de 6 meses, é temporária.
V – litispendência;
Ocorre litispendência quando há duas ações em trâmite, que possuem o
mesmo reclamado, mesmo pedido e mesma causa de pedir. Nesse caso extingue-se a 2ª
demanda.Dá-se litispendência quando se repete ação que está em curso, isto é, quando há duas
ou mais ações idênticas tramitando perante o mesmo ou juízos diversos.
VI – coisa julgada;
Há a coisa julgada ocorre quando se repete ação que já foi decidida por
sentença, de que não caiba recurso.
4.2.1. Compensação
Duas pessoas reúnem reciprocamente as qualidades de credor e
devedor. Assim, sempre que o reclamado entender que é credor do reclamante poderá requerer
ao juiz que a dívida do empregado possa ser compensada com os eventuais créditos deste. A
divida deve ser liquida e certa e deve ser alegada na defesa (Súmula 48 do TST), se não o for
ocorrerá a preclusão.
OBS.: O §5º do art. 477 da CLT dispõe que, na rescisão qualquer compensação no pagamento a
que fizer jus o empregado não poderá exceder o equivalente a um mês de sua remuneração.
Porém, há uma corrente doutrinária que diz que não há limite para o valor da compensação.
4.2.2. Retenção
Consiste no direito que o reclamado tem de reter alguma coisa do
reclamante até que este quite sua dívida em relação àquele. A retenção, tal como a
compensação, deve ser requerida pelo reclamante na contestação, sob pena de preclusão. Ex,: o
empregador, para compensar um dano retém um instrumento de trabalho do empregado;
Não devolução de algo que detém de forma legitima para garantir o
pagamento.
A CLT, em seu art. 799, dispõe literalmente que, nas “causas das jurisdição da Justiça do
Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou
incompetência”. Logo em seguida, no §1º do dispositivo em causa, salienta que as “demais
exceções serão alegadas como matéria de defesa”.
Justifica-se a omissão da CLT a respeito da exceção de impedimento porque quando da
sua promulgação, em 1943, era o CPC de 1939 o diploma subsidiário, e não o CPC de 1973.
Assim, diante da lacuna normativa da CLT, cremos ser factível a aplicação subsidiária do CPC, no
particular.
As hipóteses de suspeição e impedimento dos juízes estão reguladas no CPC, nos arts.
134 a 138.
Essas exceções tem como objetivo resguardar a imparcialidade do juiz, a qual constitui
direito das partes bem como se trata de um pressuposto processual subjetivo.
Art. 801. O juiz, presidente ou Juiz classista, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser
recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: (aspecto
subjetivo)
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.
SUSPEIÇÃO IMPEDIMENTO
Gera nulidade relativa Gera nulidade absoluta
Ocorre preclusão Não há preclusão
Alegada só na resposta do réu Pode ser alegada a qualquer momento e
inclusive pelo próprio juiz
Não cabe ação rescisória Cabe ação rescisória (após o trânsito em
julgado – Art. 485, II, do CPC)
Aspecto Subjetivos Aspecto Objetivo
Todos os meios de prova Prova é geralmente documental
Presunção Relativa Presunção Absoluta
Sumula 214, item “c” do TST: Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho,
nos termos do art. 893, § 1o, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso
imediato, salvo nas hipóteses de decisão: (…) c) que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o
juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2o, da CLT.
1. Conceito
É a demanda do réu contra o autor no mesmo processo em que esta sendo demandado.
Há autores que dizem que a reconvenção não é uma defesa, mas sim um contra-ataque
do réu em face do autor dentro do mesmo processo. (Bezerra Leite)
Há quem sustente o descabimento da reconvenção no processo do trabalho em virtude de
sua não previsão na CLT.
2. Natureza Jurídica
Trata-se de uma ação autonôma, e portanto deve preencher os requisitos da petição inicial
(Art. 840 da CLT). Logo em se houver desistência da ação principal, permanece a reconvenção.
7. Reconvenção da Reconvenção?
Embora a lei não a vede expressamente, não tem sido aceita a reconvenção da
reconvenção, pois isso, é óbvio, poderia implicar tumulto processual e eternização do processo.
PROVAS
1. Conceito
São tomadas na fase de instrução. Demonstração pelos meios admissíveis do
direito dos fatos controvertidos e relevantes para a solução da controvérsia.
2. Princípios Probatórios
2.1. Contraditório e Ampla Defesa
As partes têm o direito de se manifestar reciprocamente sobre as provas
apresentadas. (Art. 5º, LV da CF). As partes também devem ter igualdade de oportunidade para
apresentar suas provas nos momentos processuais próprios.
3. Objeto da Prova
Constituem objeto da prova os fatos relevantes, pertinentes e controvertidos. Regra
geral, apenas os fatos devem ser provados, pois a parte não é obrigada a provar o direito. Há,
portanto, uma presunção legal de que o juiz conhece o direito e, por via de consequência, as
normas que compõem o ordenamento jurídico. Trata-se de presunção absoluta em relação ao
direito federal, uma vez que o juiz pode, nos termos do art. 337 do CPC, determinar a
comprovação do teor e vigência do direito estrangeiro, municipal, estadual, distrital ou
consuetudinário invocado pela parte. Nesse caso, o juiz deverá conceder um prazo judicial para
que a parte cumpra a determinação.
3.1. Exceções
Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I – notórios;
É notório o fato inerente à cultura mediana de determinado meio
social no momento do julgamento da causa.
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, como incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.
5. Prova Emprestada
É aquela produzida em outro processo judicial e aproveitada em outro processo.
Para que a prova translade de um processo para outro ela precisa de um
documento chamado certidão. E será realizada quando não houver outra maneira de produzi-la
no mesmo processo.
Há doutrinadores que estabelecem um certo grau de admissibilidade destas provas:
• Mesmo reclamante e mesmo reclamado = é possível!
• Reclamante diferente, mas é o mesmo reclamado = é possível!
• Reclamante e Reclamado diferentes = é difícil!
OBS.²: Pode o juiz determinar a intimação de testemunhas referidas nos depoimentos das partes
ou de outras testemunhas, cuja oitiva seja essencial para o deslinde da controvérsia. Essas
testemunhas são chamadas de “testemunhas do juízo” (Art. 418, I do CPC c/c Art.769 da CLT).
Embora omissa a CLT a oportunidade para a parte contraditar a testemunha é logo após a
sua qualificação e antes que preste o compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe for
perguntado (Art. 414, §1º do CPC)
7.3. Confissão
É objetivo que o juiz busca alcançar quando ele realiza o depoimento. É uma
afirmação da existência de um fato contrário ao confitente e favorável ao adversário.
7.3.1. Classificação da Confissão
• Judicial: pode ser provocada ou espontânea – é a admitida
• Extrajudicial: só pode ser espontânea
• Provocada
• Espontânea
• Real: Visa o reconhecimento da veracidade dos fatos alegados
pelas partes, goza de presunção absoluta e é indivisível, isto é,
deve ser considerada por inteiro, não podendo ser aceita no tópico
em que beneficia a parte e rejeitada no que lhe for desfavorável
(Art. 354 do CPC)
• Ficta: Dá-se a confissão ficta pelo não-comparecimento da parte à
audiência em que deveria prestar seu depoimento pessoal, desde
que devidamente intimada para tal fim, mas, se existir outra prova
pré-constituída nos autos, o juiz poderá utiliza-la para afastar a
confissão ficta (Sumula 74 do TST); Goza de Presunção relativa
7.5. Prova pericial: (art. 195, §1º CLT e a partir do art. 145 do CPC)
Quando há a necessidade de um conhecimento técnico e científico
para comprovar determinado fato.
Ex: comprovação de periculosidade, insalubridade e para exame
grafotécnico.