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Mestre em Teologia
Especializado em Hermenêutica
1.Título
O nome "Josué", que se deve à principal figura do livro,
significa "salvação do Senhor". Os gregos traduziram-
no para "Iesous" ou "Jesus" como está na Vulgata
Latina.
Data – 1405-1375 a.C.
Autor: Possivelmente Josué
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poderia ter facilmente achado desnecessário usar de
precaução ou recorrer à estratégia militar. Mas este
segundo capítulo nos mostra que a reação da fé
verdadeira é o oposto de tal despreocupação (devemos
descansar em Deus, isto é, confiar em Deus, mas isto
não significa que não devemos fazer aquilo que nos
cabe). Josué enviou dois espias a Jericó; e havia boas
razões para isso, como veremos mais tarde, pois Jericó
era uma das principais cidades.
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mas uma transigência (tolerância) secreta incapacitou
Israel temporariamente. Os homens de Israel viram as
costas ao inimigo e trinta e seis deles caem. Nos sete
anos de guerra esta foi à única perda. O motivo da
derrota foi cuidadosamente exposto, a fim de que a
lição possa ser aprendida com clareza. O fio da
comunhão entre Deus e Israel fora cortado, "pois
tomaram das coisas condenadas", e a corrente de
poder deixou então de fluir.
Capítulos 10-12 – A expulsão de todos os inimigos.
A estratégia militar de Josué torna-se clara aqui. Ao
atacar primeiro Jericó e Ai, ele abrira uma brecha no
centro de Canaã. Agora, no capítulo 10, ele se dirige
para o sul e depois, no capítulo 11, vai para o norte.
Temos assim a batalha central (6-9), a batalha ao sul
(10) e a batalha ao norte (11); e o capítulo 12 completa
o registro, dando um resumo de todos os reis e cidades
que caíram diante da espada de Israel. "Assim tomou
Josué toda esta terra segundo tudo o que o Senhor
tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos
filhos de Israel, conforme as suas divisões, e tribo" (Js
11:23).
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imparcialidade, enquanto deixava ao mesmo tempo
que o soberano Senhor colocasse as tribos nas regiões
mais adequadas a elas.
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Lição 2—Juízes
O nome
Evidentemente, o livro dos Juízes deve seu nome
ao próprio conteúdo, dedicado ao período dos
chamados “juízes” de Israel e a alguns desses
juízes em particular.Podemos dizer que abrange
aproximadamente os primeiros 350 anos da história
de Israel em Canaã. Este é o período do regime
teocrático, em que o próprio Senhor é o “Rei
invisível” de Israel.
O título “juízes” (Shophetim) é devido aos líderes
levantados intermitentemente por Deus, para que
houvesse liderança em época de emergência
durante o período que vai de Josué até o reinado de
Saul. O nome “Juízes” descreve duas funções
desses líderes:
A – Livrar o povo dos seus opressores, na
função de líder militar.
B – Resolver disputas e defender a justiça,
na função de líder civil.
Autor:Samuel ,segunda a tradição judaica.
Capitulo 2
Pecado:“Porquanto deixaram o Senhor, e serviram a Baal e
a Astarote”.(Jz 2:13).
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. Baal, filho de El, no panteão cananeu,era o deus
das tempestades e das chuvas, sendo, portanto, o
controlador da vegetação.Ele era o grande ativo,
sendo El uma figura um tanto nebuloso; o culto
a Baal era largamente difundido no Antigo Oriente
Próximo. Notam-se algumas variantes no Velho
Testamento como, por exemplo, Baal-Berite (Jz
9:4), Baal-Peor (Nm 25:3), Baal-Gade (Js 11:17)
e Baal-Zebul (2 Rs 1:2). Jezabel introduziu em
Israel o culto a Baal-Melcarte,a variedade
fenícia. Hadade era o nome sírio correspondente
ao Baal cananita. É por essa razão que os
escritores do Velho Testamento agrupam as várias
entidades de Baal, um tanto desdenhosamente, sob
o nome de Baalim (a forma do plural). O fato
que Baalim também pode significar “maridos”,
“proprietários” ou ”senhores” dá mais vida à
metáfora do adultério (vs. 17) empregada tão
freqüentemente pelos profetas (por ex.: Os 2:1ss.;
3:1ss.; Jr 3:6ss.; etc.).
. Astarote, forma plural de Astarte, a companheira
de Baal, deusa da guerra e da fertilidade, que era
adorada como Istar, na Babilônia, e como Anate, no
norte da Síria. Nos textos ugaríticos, Anate, com
freqüência denominada de “virgem”, é irmã de Baal,
e grande deusa ativa. O culto a esses falsos
deuses e deusas incluía sacrifícios animais,
prostituição feminina e masculina e,
ocasionalmente, sacrifícios humanos.
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Poste-ídolo no hebraico “asheroth” (plural) eram
representações da deusa cananita Aserá, feita em
madeira e erigida junto aos altares
pagãos.Mesopotâmia era “a terra fértil a leste do rio
Orontes, cobrindo as partes superior e média do
Eufrates, e as terras banhadas pelos rios Habur e
Tigre, isto é, modernamente, o leste da Síria e norte do
Iraque”. Só depois do quarto século a.C. foi o termo
estendido para descrever todo o vale do Tigre e do
Eufrates.
Capitulos 3-16
Otniel:
“Clamaram ao Senhor os filhos de Israel, e o Senhor
lhes suscitou libertador, que os libertou: a Otniel, filho
de Quenaz, que era irmão de Calebe, e mais novo do
que ele”. (Jz 3:9).. Otniel já havia provado seu valor
como conquistador (Js 1.5:13-19 ou Jz 1:12-13).
Eúde:
“Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o
Senhor lhes suscitou libertador, Eúde,homem canhoto,
filho de Gera, benjamita. Por intermédio dele, enviaram
os filhos de Israel tributo a Eglom, rei dos moabitas”.(Jz
3:15).
A soberania de Deus é indicada na maneira pela qual
Ele usou Moabe para punir Seu povo desviado.É
uma idéia confortadora nesta época de poder
nuclear, perceber-se que Deus ainda ordena e
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controla os destinos das nações, e governa as
decisões dos governos mundias, inclusive os mais
arrogantes e ateísticos dentre eles.Eúde demonstrou
astúcia, perícia e coragem para assassinar o rei dos
moabitas.
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isto possível; pode, talvez, testemunhar a
miscigenação dos israelitas com a população nativa.
De qualquer forma sua ação beneficiou a Israel.
Débora e Baraque
Gideão
O quinto juiz de Israel, é relatado com justiça como um
dos heróis de destaque na história primitiva da nação.
Entretanto, temos de compreender desde o início que
seu heroísmo não era produto de um caráter natural,
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mas sim resultado de uma experiência espiritual
transformadora.O primeiro contato com Gideão mostra
uma figura patética de incredulidade (Jz 6:11-23). Ele
se apresenta como um jovem nervoso, malhando trigo
no lagar a fim de esconde-lo dos
saqueadores midianitas.
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de Gideão também se converteu! Quase sempre, a
razão pela qual temos tão pouca capacidade para
influenciar os que nos rodeiam, levando-os a Cristo, é
que não estamos preparados para assumir uma plena
consagração à vontade de Deus.Finalmente Gideão
tornou-se controlado, ou seja, controlado pelo Espírito
de Deus. Veja o versículo 34: "Então o Espírito do
Senhor revestiu a Gideão..." Ele se tornou
imediatamente líder e salvador de seu povo. Este
reconheceu nele o poder transformador de Deus e o
seguiu quando fez soar sua trombeta. A história
registrada na Bíblia conta à maravilhosa vitória de
Gideão sobre os midianitas e de como ele libertou
Israel do jugo estrangeiro.
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Sansão
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invasão, porque Sansão parece totalmente livre para ir
e vir, não havendo, além disso, qualquer barreira
contra seu casamento, da parte dos filisteus.Foi em
Timna que Sansão encontrou a primeira de suas
amantes, não se detendo pelo fato de ser ela uma
filistéia, e estar ele quebrando a tradição de seu povo,
e as injunções da lei, a respeito de casamentos mistos
(Ex 34:16; Dt 7:3). Pode-se imaginar a mágoa de seus
pais, especialmente em face do conhecimento que
tinham do nascimento sobrenatural e do destino
peculiar do filho.
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O enigma de Sansão (Jz 14:12-18) – Os enigmas
eram apreciadíssimos no mundo antigo; contudo,
aqueles que tratavam de trivialidades não tinham
aceitação entre os hebreus, de acordo com as
evidências do Velho Testamento. A mesma palavra é
empregada para as "perguntas difíceis" com que a
rainha de Sabá testou Salomão (1 Rs 10:1); ela
aparece também em Sl 49:4; 78:2; Pv 1:6.
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perder a vida, e que seu pai perdesse a casa, usou o
último recurso de seu sexo, um dilúvio de lágrimas e a
insinuação de que Sansão não a amava, pois, do
contrário, não guardaria segredos desconhecidos dela
– artimanhas que tem levados ambos os sexos a
misérias incontáveis! Contudo, o segredo
compartilhado significou que o casamento, na verdade,
jamais se consumaria porque, quando o sétimo dia
chegava ao final, o enigma foi respondido. Sansão não
entrou na câmara nupcial, o que significava que o
casamento estava invalidado.
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matrimoniais, de modo que ela foi dada,
imediatamente, ao padrinho, ou companheiro de honra
de Sansão (v.20), o "amigo do noivo" (Jo 3:29).
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Lista dos juízes de Israel:
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Lição 3-Rute
1. Título
O nome "Rute" significa "amizade", uma
característica verdadeira daquela que deu nome ao
livro. É um dos seis livros históricos que levam o
nome das principais figuras de ação e vida
descritas neles (Josué, Rute, Samuel, Esdras,
Neemias e Éster). É um dos dois livros bíblicos que
levam o nome de uma mulher:
1. Rute, a gentia que se casou com um rico judeu de
linhagem real da promessa.
2. Éster, a judia que se casou com um rei gentio.
2. Data
O livro foi escrito aproximadamente no ano 1000
a.C.
3. Autor
Samuel, provável autor de Juízes, pode também ter
escrito Rute. Muitos classificam esse livro como um
terceiro apêndice a Juízes 1-16, que proporciona
um agradável lenitivo de fé e amor numa época de
infidelidade, idolatria e violência. Como a
genealogia do capítulo 4 vai até Davi, mas não até
Salomão, o livro foi provavelmente escrito depois de
Davi ser ungido rei, mas antes de ele subir ao trono,
ou antes de Salomão. Samuel ainda vivia, e é ele o
escritor mais provável do livro, na época em que os
pais de Davi encontravam-se em Moabe.
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Cenário histórico
1. O livro começa com a circunstância não muito
comum de que havia fome em Belém (cujo nome
significa "casa de pão"). Assim como aconteceu
com José no Egito, o Senhor usou a fome para
trazer salvação e benção espiritual através dos fiéis.
Rute renuncia seus próprios interesses
(Rt 1:16, 17)
Em algum ponto no período dos
juízes sobreveio uma fome em Canaã que se fez
sentir até mesmo nos distritos férteis, como aquele
que circundava Belém. Em vista das dificuldades,
Elimeleque, um judeu que habitava em Belém,
procurou refúgio temporário na terra de Moabe,
levando consigo sua mulher Noemi e seus dois
filhos, Malom e Quiliom.
Chegaram a Moabe; contudo, não foram
felizes, pois ao buscarem a sobrevivência, foram
privados da própria vida. Buscaram pão, mas
encontraram túmulos. Elimeleque morreu primeiro.
Seus filhos órfãos casaram-se então com mulheres
moabitas (algo proibido Dt 7:3) e, pouco mais tarde,
eles também se achavam enterrados no solo de
Moabe, deixando suas duas jovens viúvas com a
mãe Noemi, também viúva.
Dez anos se passaram. Noemi ouve falar da
fartura da terra natal e resolve voltar. As duas noras
haviam aprendido a amá-la e resolvem segui-la.
Elas ficaram conhecendo o Deus verdadeiro na
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casa de Noemi e desejavam servi-lo junto com
Noemi.
A fim de apreciar o significado do amor
sacrificial de Rute, neste ponto, precisamos ter uma
idéia da importância da insistência de Noemi para
que as duas jovens voltassem à proteção da casa
de seus próprios pais. Veja os versículos 8 e 9: "Ide,
voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use
convosco de benevolência, como vós usaste com
os que morreram, e comigo. O Senhor vos dê que
sejais felizes, cada uma em casa de seu marido".
Note a palavra "felizes" ou "descanso": o
termo hebraico assim traduzido é menuchah. Ele
significa repouso, não tanto no sentido comum, mas
no de abrigo seguro. Os hebreus referiam-se à casa
do marido usando essa palavra. Ela (a casa do
marido) era omenuchah da mulher, ou refúgio
seguro. No oriente antigo, a situação das mulheres
solteiras e jovens viúvas era delicada. O único lugar
onde podiam encontrar segurança e respeito era na
casa do marido. Só isto podia garantir à mulher
proteção contra a servidão, a negligência ou a
licenciosidade.
Era este fato que Noemi tinha em mente
quando insistiu na volta de Orfa e Rute, pois queria
que buscassem segurança, respeito e honra na
casa de seus pais. Noemi não tem mais filhos para
que se casem com Orfa e Rute, como lhes diz com
tristeza. Se a acompanharem de volta em Israel não
há qualquer expectativa de futuro ou de segurança
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para elas. Se continuarem em Moabe há uma boa
possibilidade de encontrarem proteção na casa de
um marido. Isso, porém, não acontecerá se
viajarem para Canaã, pois é proibido por lei aos
israelitas contraírem matrimonio com estrangeiros.
Diante tal realidade e expectativa de vida
Orfa resolveu voltar para a casa de seus pais. Veja
porém o amor glorioso de Rute. Embora
conhecesse perfeitamente o preço a ser pago, ela
desistiu alegremente de tudo e se dispôs a sofrer
qualquer coisa por causa de Noemi!
Jesus renunciou tudo. Renunciou seu poder,
sua glória, sua própria vontade. Jesus renuncio a
tudo por amor a você. "Porque eu desci do céu não
para fazer a minha própria vontade; e, sim, a
vontade daquele que me enviou".(Jo 6:38)
Para seguirmos a Cristo também precisamos
renunciar a tudo, deixar de viver uma vida
depravada, deixar de lado os vícios, jogos de azar,
discotecas e muitas vezes precisamos renunciar a
própria família, emprego, ou ainda a própria vida.
Diante tais situações nós agiremos como Orfa ou
Rute.
. Rute serve em humildade (Rt 2:1-3)
O capítulo 2 introduz a cena 2, que é de uma
beleza tocante. Noemi, em sua completa pobreza,
tem de permitir que Rute vá colher os restos da
colheita entre respigadores rudes, a fim de levar
para casa algum alimento. Rute vai para os
campos, cheia de desprendimentos, desejosa de
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fazer esse humilhante, mas honesto esforço para
obter sustento.
Jo 13:1-15 – Jesus lava os pés de seus
discípulos.
Precisamos pegar a toalha e lavar os pés uns
dos outros. Precisamos aprender a servir com
humildade, não com sórdida ganância, não com
inveja, não com hipocrisia, não com soberba, não
com falsidade, mas somente com humildade. O
amor virtuoso é humildade.
. Rute é recompensada (Rt 3:6-18)
Quando Rute disse: "... estende a tua capa
sobre a tua serva" (v.9), Boaz compreendeu
perfeitamente o apelo da jovem viúva, pedindo sua
proteção, pois nos casamentos orientais da
antiguidade o marido colocava seu manto sobre a
cabeça da noiva como um símbolo de proteção
permanente dali por diante.
A palavra "resgatador", em hebraico,
é Goel; e a lei do goel, parente próximo, é muito
interessante. Esta lei é estabelecida em Levítico 25,
Números 35 e Deuteronômio 19 e 25. Havia três
obrigações que o goel precisava cumprir:
1 – Remir o irmão e a herança do irmão,
segundo sua possibilidade, caso a pobreza tivesse
obrigado o irmão a servir como escravo ou dispor
de sua terra.
2 – Vingar qualquer violência fatal cometida
contra o irmão.
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3 – Conseguir um sucessor para o irmão,
caso ele tivesse morrido sem deixar filhos.
O propósito claro em tudo isso era preservar
as famílias israelitas da extinção. A qualificação
do goel era que deveria ser um parente
consangüíneo ou parente próximo. Cada parente
era um dos goelim, mas o parente mais próximo era
distintamente o goel.
(Capítulo 4:13-17) Rute era muito mais
preciosa para Boaz do que a terra. Ela se tornou
sua esposa. Através de Boaz, Rute veio a ser mãe
de um filho que, por sua vez, foi o pai de Jessé,
sendo este o pai de Davi, o maior rei de Israel.
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Lição 4
I Samuel
Autor
Estes livros, como a maioria dos livros históricos,
são anônimos. O profeta Samuel é geralmente
considerado o autor de 1 Samuel 1-24, e Natã e
Gade os autores da parte restante. As descrições
detalhadas e a minúcia sugerem que os autores
foram testemunhas oculares dos acontecimentos.
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sabedoria humana, em vez do caminho de Deus
por escolherem menos do que o melhor de Deus.
Lembre-se Deus era o Rei de Israel, o povo
preferiu o rei humano visível, como acontecia com
as nações vizinhas (cap. 8).
Samuel
Poucos se igualam a Samuel em termos de
caráter, e como agente no desenvolvimento inicial
da nação só Moisés pode ser comparado a ele. O
ministério de Samuel marca a instituição da
monarquia. A partir de agora veremos Israel sob o
governo de reis.
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monumental para todos que prestam atenção.
Notemos as três fases principais de sua carreira:
1. O início promissor (9-12): Jamais um
jovem mostrou-se tão promissor ou teve
possibilidade tão brilhante em sua juventude. Para
começar, ele se distinguia por uma superioridade
física surpreendente. Saul é descrito como "moço, e
tão belo que entre os filhos de Israel não havia
outro mais belo do que ele; desde os ombros para
cima sobressaía a todo o povo" (9:2).
Em segundo lugar, o jovem Saul
demonstrava certas qualidades de caráter
altamente recomendáveis. Lemos sobre sua
modéstia (9:21; 10:22), discrição (10:27) e espírito
generoso (11:13). Havia também outras excelentes
qualidades – o respeito pelo pai (9:5), sua valentia e
bravura (11:6, 11), sua capacidade para amar
intensamente (16:21), sua oposição enérgica a
males como o espiritismo (28:3) e sua evidente
pureza moral nas relações sociais.
Em terceiro lugar, Deus lhe dera
instrumentos especiais quando ele se tornou rei.
Lemos: "Deus lhe mudou o coração", de modo que
passou a ser "outro homem" (10:6,9). Outrossim, "o
Espírito de Deus se apossou de Saul, e ele
profetizou" (10:10). Essas expressões indicam que
Saul sofreu uma renovação interior e se achava sob
a orientação especial do Espírito Santo. Saul tinha
também um conselheiro de confiança junto de si, o
inspirado Samuel.
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Este era o jovem e promissor Saul.
Extraordinariamente rico em talentos naturais e
preparado de modo especial por meio de dons
sobrenaturais, seu futuro parecia de fato brilhante.
O chamado para ser rei foi uma oportunidade
ímpar, dada a um homem em um milhão. Quanta
chance para uma gloriosa colaboração com Deus!
Que oportunidade para abençoar os homens! Sua
ascensão ao trono de Israel sem dúvida foi uma
manhã de promessas.
2. A decadência posterior (13-27): A
promessa inicial de Saul infelizmente provou ser
uma alvorada logo encoberta por nuvens sombrias.
Apostasia, decadência, degeneração, desastre –
esta é a escala funesta e decrescente que logo se
estabelece, até que este herói-gigante morre de
modo ignóbil, cometendo suicídio devido à sua
pertubação mental.
A primeira apostasia ocorreu logo no início.
Veja o capítulo 13. Tratava-se de um ato de orgulho
irreverente. Os filisteus estavam prontos para
pelejar contra Israel. Saul recebeu ordens para
aguardar Samuel em Gilgal. Quando parecia que o
profeta não viria antes de expirar o prazo
combinado, Saul, impaciente, violou a prerrogativa
do sacerdote e insensatamente ousou oferecer ao
Senhor, com suas próprias mãos, os sacrifícios pré-
estabelecidos. Podemos aceitar a impaciência de
Saul, mas não sua violação a lei de Deus. Saul
usurpou o lugar do sacerdote, por ser rei achou que
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poderia exercer o oficio do sacerdote. Samuel
repreendeu-o:"Procedeste nesciamente em não
guardar o mandamento que o Senhor teu Deus te
ordenou".
A próxima falha vem a seguir. Veja o capitulo
14. Foi um ato de obstinação temerária. Mais uma
vez Saul se impacienta e não aguarda uma
resposta de Deus, e, age imprudentemente após
Jônatas ter provocado a ira dos filisteus,e coloca
todos os seus homens em pecado ao sentenciar
uma ordem para que ninguém se alimentasse
naquele dia.
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3. O fracasso final (28-31): Sua carreira em
declínio finalmente o leva a feiticeira de En-Dor.
Este destroço de homem, que antes gozara do
conselho direto do céu, trata agora com o
submundo. Feitiçaria e suicídio! Saul não existe
mais. Jaz morto, juntamente com o bondoso
Jônatas. Como os poderosos caem! Como esse
filho da manhã foi levado à ruína? Sim, Saul – você
que teve um início promissor, mas depois veio a
decair e se destruiu, você procedeu definitivamente
"como um louco"(26:21)!
Os dois pecados principais de Saul foram a
arrogância e a desobediência a Deus. Por trás de
ambas jazia a vontade própria impulsiva,
indisciplinada. Saul vivia no culto ao "eu". Buscava
satisfazer sua vontade, se auto-afirmar e conseguiu
se auto-destruir.
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Lição 5
II Samuel
Da idade de trinta anos era Davi quando
começou a reinar; e reinou quarenta anos. Em
Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses;
em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o
Israel e Judá. Assim, isto sempre nos ajudará a nos
lembrarmos de 2 Samuel: é o livro dos quarenta
anos do reinado de Davi.
Como já foi mencionado, 1 e 2 Samuel eram
originalmente um único livro, tendo sido a atual
divisão estabelecida na Septuaginta.
O reinado memorável de Davi é destacado e
apresentado como objeto de grande relevância,
merecendo um estudo especial. Uma vez que Davi
foi o verdadeiro fundador da monarquia, o
reorganizador da adoração religiosa de Israel, o
herói proeminente, o rei e poeta de seu povo, e
como sua dinastia continuou no trono de Judá até o
cativeiro, assim como o Messias prometido deveria
ser da linhagem davídica, não é surpreendente que
lhe fosse conferida tanta relevância.
A divisão trágica
Este segundo Livro de Samuel está dividido
em duas partes principais. O grande pecado de
Davi, registrado no capitulo 11, marca a triste
divisão, bem na metade do livro e dos 40 anos do
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reinado de Davi. Até esse ponto, tudo é triunfo para
Davi; mas, depois, há problemas e dificuldades
sombrias, golpes dolorosos e provações trágicas.
Na primeira parte cantamos as vitórias de Davi e,
na segunda, lamentamos os males que o
acometem.
Davi em Hebrom
Perguntamos: Por que Abner e Israel a
principio rejeitaram Davi? Uma razão pode ter sido
um temor ciumento da parte de Abner, receoso de
não conseguir manter sua posição de suprema
liderança sob um rei como Davi, que já tinha os
seus próprios "valentes" de renome ao seu redor.
Mas pode ter havido outra razão para Israel
rejeitar o novo rei: a confiança em Davi tinha se
abalado por causa de sua recente estadia entre os
principais inimigos da nação, os filisteus, a fim de
escapar de Saul.
É louvável o comportamento adotado por
Davi perante a delicada situação criada pela
rejeição de Israel. Ele não tentou subir ao trono
32
mediante o poder de seu exército. Davi sabia que
Deus o indicara para o trono, e sua experiência com
Ele durante a disciplina dos anos precedentes lhe
ensinara a esperar pelo tempo de Deus. O Senhor
não havia falhado. Davi não agiria sem orientação
divina(2:1).
"Somos do mesmo povo de que tu és.
Outrora, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu
que fazias entradas e saídas militares com Israel;
também o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu
povo de Israel e serás chefe sobre Israel" (5:1,2).
Vemos que o reconhecimento do direito de
Davi ao trono apoiava-se numa base tríplice:
1. Seu parentesco humano: "Somos do mesmo povo
de que tu és".
2. Seu mérito comprovado: "Tu fazias entradas e
saídas militares com Israel".
3. Sua autorização divina: "O Senhor te disse: ...serás
chefe sobre Israel".
Não é este um sermão em si mesmo, falando
do direito de Cristo de reinar sobre nossas vidas?
Ele é nosso parente – "osso de nossos ossos e
carne da nossa carne". Ele é nosso salvador, cujo
mérito já foi comprovado, que esposou nossa causa
e lutou contra nosso inimigo, trazendo-nos
libertação da culpa e tirania do pecado. Ele é
também rei por permissão divina, o príncipe e
Senhor de Seu povo, aquele a quem foi entregue
toda autoridade no céu e na terra. "O governo está
sobre os seus ombros" (Is 9:6). Será que cada um
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de nós pode dizer: "O governo de minha vida está
sobre os ombros dEle"?
A aliança davídica
Vamos agora para o capitulo 7, onde
passamos a conhecer a aliança davídica (ler 7:11-
16).
A partir da época em que esta aliança foi
anunciada, os judeus sempre creram que o Messias
procederia da linhagem davídica. Eles criam nisso
nos dias do Senhor e continuam crendo hoje. Os
profetas confirmaram tal fato mais tarde, em
passagens como Isaías 11:1; Jeremias 23:5 e
Ezequiel 37:25. Foi de acordo com tais profecias
que o anjo Gabriel anunciou Jesus a Maria: "Este
será grande e será chamado Filho do Altíssimo;
Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;
ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o
seu reinado não terá fim" (Lc 1:32,33).
Nota-se muito bem que as duas alianças, a
abrâmica e a davídica, são incondicionais. Isto se
deve ao fato de ambas encontrarem seu
cumprimento final em Cristo, pois sabemos que não
pode haver falhas por parte dEle.
34
registro de Davi a fim de faze-lo parecer o maior
fato na vida dele. Devemos ver sua fé e obediência
para com Deus por vários anos, sua retidão geral e
generosidade, sua conduta baseada em princípios
elevados e aspirações espirituais ardentes,
qualidades que o caracterizaram quase sempre em
toda sua carreira.
2) Devemos levar em consideração o arrependimento
de Davi – jamais houve alguém mais abatido e
envergonhado pela autocondenação e
arrependimento sando do que Davi depois de seu
pecado. O Salmo 51 é a expressão de sua
penitência depois da visita de Nata para repreendê-
lo.
3) Devemos julgar o caráter de Davi de acordo com
sua época – o evangelho cristão e a ética do Novo
Testamento não haviam ainda sido entregues aos
homens naquele tempo.
4) Devemos observar a vida interior de Davi revelada
nos salmos davídicos – Nos livros de Samuel e
Crônicas vemos a vida exterior de Davi. Nos
Salmos davídicos vemos a vida interior.
A história da vida de Davi em seu todo, apoiada
pelo nobre testemunho de seus salmos, mostra
decididamente que, apesar de algumas derrotas e
de uma queda notória e triste, o resultado final veio
a justificar o pronunciamento de que ele era um
homem que agradava a Deus.
35
1) A honestidade e a fidelidade da Bíblia – Se a tarefa
de escrever a Bíblia tivesse sido deixada em mãos
humanas, ela não conteria um capitulo desse tipo. A
culpa de Davi é exposta sem o menor esforço para
atenua-la e muito menos retira-la. (Nota: o Talmude
nega o adultério de Davi com base na idéia de que
todo guerreiro tinha de se divorciar da mulher antes
de partir para o campo de batalha. Bate-Seba seria
então livre).
2) A queda de Davi ocorreu quando ele se achava
em conforto e ociosidade – Todos os seus inimigos
haviam sido esmagados. A pressão dos perigos que
o mantiveram em espírito de oração havia
desaparecido. A prosperidade e o conforto são
sempre perigosos, e jamais ficamos tão expostos à
tentação do que quando estamos inativos.
3) Davi dera lugar a sensualidade, convivendo com
muitas mulheres (2 Sm 5:13). Não devemos dar
lugar a carne (leia Dt 17:17).
4) Se cairmos no pecado, a única medida segura é a
confissão e a restituição (1 Jo 1:9).
5) O pecado é perdoado, mas pode trazer
conseqüências terríveis para nossas vidas (12:11).
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ver-se ali e, no entanto, sabe que o praticou e que a
culpa será sua para sempre".
Lição 6
I Reis
Autor
a) Apesar de os livros serem anônimos, são
tradicionalmente considerados como tendo sido
escritos por Jeremias, auxiliado pelo seu secretário,
Baruque (Jr 45). É evidente que o autor era pelo
menos contemporâneo de Jeremias, e a ênfase dos
livros sugere o ponto de vista dos profetas. Assim,
Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio
(descrito nos capítulos finais) pode muito bem ter
sido o escritor.
b) Certamente o autor fez uso de registros históricos
da época, referindo-se muitas vezes a dez ou mais
desses documentos nos dois livros. Evidentemente
ele teve acesso à seguinte documentação:
1) Livro dos Justos (2 Sm 1:18);
2) Livro dos Sucessos de Salomão (1 Rs 11:41);
3) Livro das Crônicas dos Reis de Israel (1 Rs 14:19);
4) Livro das Crônicas dos Reis de Judá (1 Rs 14:29);
5) Livro de Isaías (2 Rs 18-20 refere-se a Isaias 36-
39);
6) Livro das Crônicas do Rei Davi (1 Cr 27:24);
7) Etc.
3. Data
37
1) O livro deve ter sido escrito aproximadamente por
volta de 550 a.C.
2) (970-560 a.C.) - Os acontecimentos de 1 e 2 Reis
estendem-se desde a morte do rei Davi, o primeiro
rei da aliança, até o cativeiro de Zedequias, último
rei de Judá. No último capítulo há ainda uma
referência à libertação de Joaquim, no ano 560
a.C., quando Evil-Merodaque começou a reinar na
Babilônia.
3) O período de Salomão a Zedequias é conhecido
como a Era do Templo de Salomão, estendendo-se
desde a construção do templo por Salomão até sua
destruição por Nabucodonosor.
38
O fracasso de Salomão (11) – As seguintes
frases encontradas no capítulo 11, contam a história
de seu fracasso: "...amou Salomão muitas mulheres
estrangeiras" (v.1); "a estas se apegou Salomão
pelo amor" (v.2); "...suas mulheres lhe perverteram
o coração para seguir outros deuses" (v.4); "assim
fez Salomão o que era mau perante o Senhor" (v.6);
"pelo que o Senhor se indignou contra Salomão"
(v.9); "por isso disse o Senhor a Salomão: ... tirarei
de ti este reino"(v.11). Esta infidelidade de Salomão
precipitou a divisão do reino em dois.
O mais sábio dos homens tornara-se o maior
dos insensatos, pois pecara contra Deus (construí
templos a Camos ou Baal-Peor o ídolo de Moabe;
Moloque, o deus de Amon; e a Astarote deusa dos
sidônios).
Sua própria grandeza o traiu. Os tesouros,
mulheres e carros eram todos contrários ao espírito
e preceitos da lei (Dt 17:16,17).
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disso, alguns recentes "eruditos" descartaram
sumariamente esta seção das Escrituras como
sendo mítica. Todavia a narrativa é tão sóbria e
detalhada que, se não fossem pelos milagres, o
crítico mais destrutivo jamais questionaria sua
veracidade.
O ministério de Elias incluiu igualmente
reforma. Ele não deu origem a nada. Contudo,
protestou contra a apostasia religiosa e a
degradação resultante de seu povo, chamando os
homens de volta aos bons e antigos caminhos que
o Deus de Israel havia lhes designado através de
Moisés. Hoje, há necessidade de denúncias assim
diretas, precisamos de Elias.
Seu significado – Em primeiro lugar, Elias
demonstra a verdade de que Deus tem sempre um
homem que se apresenta na hora exata. As coisas
já estavam suficientemente negras quando Acabe
começou a reinar, mas ele logo as tornou cem
vezes piores (1 Rs 21:25).
A mesma coisa repete-se continuamente na
história. Quando a luz da verdade evangélica
parece estar a ponto de extinguir-se da cristandade,
e o papado sufoca milhares de europeus sob seu
manto perverso, Deus tem seus Luteros e Calvinos
para chamar o continente de volta àquela fé
entregue de uma vez por todas aos santos. Quando
a política, a religião e a moral se tornam tão
degenerativas na Inglaterra que a própria essência
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da nação é prejudicada, Deus tem os seus John
Wycliffes, William Tyndales, Whitefields e Wesleys.
Outro aspecto que Elias ilustra é que, quando
a perversidade atinge proporções extraordinárias,
Deus a confronta com medidas extraordinárias. Em
oposição aos milagres fictícios da falsa religião, o
Senhor intervém com milagres reais. Eis a razão
pela qual o ministério de Elias é de milagres. Deus
está enfrentando uma situação extraordinárias com
medidas extraordinárias.
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