Vamos Com (C) Alma

Para vocês meus amores. Obrigada por me escolherem.
Mamã
obrigada Katalin obrigada Maria João
(por me teres apoiado e ajudado com a tua sabedoria) (por me teres apoiado e ajudado com a tua sabedoria)
Pedi para escreveres um pequeno texto. Teu. Para que nos Pedi para escreveres um pequeno texto. Teu. Para que nos
lembremos sempre de ti. lembremos sempre de ti.
‘O meu nome é Katalin, sou uma húngara a viver em Portugal desde ‘A Natureza faz-me vibrar, nela sinto-me junto da fonte. Gosto de
2006. Vim porque me apaixonei por um português. Quando a relação andar descalça, de me deitar debaixo das árvores e de observar
acabou fiquei porque me tinha apaixonado perdidamente pelo país e como estas dançam ao sabor do vento. Da energia e do cheiro das
pelo seu povo. Conheci-te há uns anos atrás, através da tua página e manhãs. Gosto de encontrar a beleza e a felicidade nas coisas
achei tudo muito bem feito. As receitas saudáveis, as imagens, o simples. Gosto de apanhar pedras e conchas à beira-mar,
design apelativo. Fiquei seguidora, fã, e, espero eu, tua amiga. observando detalhadamente as suas curvas, formas e cores, que
Desde então recomendo o teu trabalho a toda a gente, pela revelam a lenta erosão do tempo. Gosto de ajudar os outros. De os
qualidade, pelo conteúdo cheio de amor e paixão que tens pela sentir felizes. Gosto da honestidade e da humildade. Gosto da
família e por seus valores num mundo onde o consumismo passa a profissão que escolhi, do caminho que percorri e de tudo o que a vida
ser prioritário em vez das boas tradições. Gosto que gostes das me ensina.’
coisas simples como passar tempo juntos, abraço, sorriso, nutrir a
mente e o corpo.’ Maria João Vida - especializada em Nutrição
Katalin Pap - conselheira técnica Actualmente reside em Portugal com a sua família, dedicando-se ao
bem-estar e equilíbrio dos outros através das suas consultas,
palestras e workshops realizados no Espaço Vida.
pausa
(respirar profundamente)
Este tem sido o nosso percurso. O vosso pode ser totalmente

diferente. O meu primeiro conselho é que sigam a vossa
intuição. Sempre. Agarrem no vosso instinto de mãe (pai),
mulher (homem). Nós temos as respostas. Todas as ajudas
bem intencionadas são variáveis exteriores. O que achamos
ser melhor é o que conta. Não interessa se é diferente. Se
caminhamos para o lado contrário do rebanho. Tanto faz se
seguimos criteriosamente a medicina convencional, lógica e
científica ou se acreditamos em algumas filosofias e
alternativas mais naturais e espirituais. Renascemos na
maternidade (paternidade). Temos mais uma oportunidade
para nos descobrirmos e aceitarmos. E é esse conhecimento
do nosso verdadeiro eu que vai dar-nos todas as ferramentas
necessárias. Por isso sejamos sempre verdadeiros para
connosco e para com o nosso bebé.
Na prática a introdução dos sólidos tem uma lógica a seguir

mas não tem de ser rígida. Devemos ver esta nova fase do
crescimento do nosso filho como uma aventura no
maravilhoso mundo dos sabores e das texturas. Não tem de
ser dramático mas sim prazeroso. Pode haver algumas
dificuldades pelo caminho porque cada bebé reage de forma
diferente mas nunca deve ser encarado com ansiedade.
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Primeiro devemos perceber se o nosso bebé já está receptivo os nossos filhos com formas e filosofias diferentes e por isso é
a esta nova etapa. Mesmo que nos digam que já é altura de tão importante aceitarmos como cada um sente e nutre o seu
começar a introdução aos sólidos. Para mim escutar, observar rebento. Vou partilhar algumas das receitas que fiz para a
e sentir são das coisas mais importantes que podemos fazer. minha filha.
Já se senta? Já olha muito para a nossa comida? Já mastiga
(é importante a cumplicidade entre pais e médico de família e,
em falso quando vê comida? O bebé dá sinais subtis que está
qualquer dúvida, deve ser colocada ao mesmo)
preparado. Depois é ter muita paciência e amor.
Existem bebés cuja introdução é mais complicada. Não faz

mal. É dar tempo ao tempo. Até ao 1 ano de vida devemos
encarar a comida como uma experiência divertida. A rejeição
de um alimento novo não é sinónimo que não goste. Precisam
de provar várias vezes o mesmo alimento até adquirirem uma
opinião sobre ele. Quando rejeitam, deitando com a língua a
comida para fora, é apenas um reflexo fisiológico que não
demonstra desinteresse. Apenas acontece porque são
pequeninos.
E respeito. Devemos respeitar os nossos bebés. Eles sabem

instintivamente quando não querem mais. Quando estão
saciados. Infelizmente vamos perdendo essa capacidade ao
longo dos anos. O momento de comer deve ser descontraído.
Pode ser com papas ou alimentos inteiros (BLW). O que
interessa é que exista sempre paciência, amor e respeito.
Costuma-se ouvir dizer que todos somos mãe (pai) perfeitos

antes de sermos pais. O que acredito é que somos todos pais
imperfeitamente perfeitos. Queremos apenas o melhor para
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pequeno-almoços
e lanches
(Calma. Sem pressa. Um dia de cada vez. Cada coisa
à sua hora. Um sonho por vez. Assim aumentamos e saboreamos
os encantos da Vida)
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pão de aveia
(a partir dos 7 meses)
150gr flocos de aveia 1/2 litro de água morna

100gr farinha trigo integral 1 saqueta de fermento de
250gr farinha de trigo padeiro em pó
Misturo numa taça os ingredientes secos. Adiciono a água e

amasso bem. Deixo levedar durante 2 horas e vai ao forno
num tacho de ferro polvilhado com farinha durante cerca de 30
minutos a 180º.
(dica: coloco um recipiente com água para criar humidade)
Informação nutricional:
O trigo é o segundo cereal mais rico em proteínas. A versão integral contém
vitaminas do complexo B (que nutrem o sistema nervoso) e vitamina E
(antioxidante).
É aconselhável que a versão integral dos cereais seja sempre biológica.
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papa de (tarte) abóbora
1/2 chávena de trigo 1 c. sopa de sultanas

sarraceno 2 pêras maduras
1 chávena de abóbora 1/4 c. café de canela
2 maçãs (opcional)
Lavo e demolho na véspera (mínimo 2 horas) o trigo sarrace-

no. No dia escorro e volto a lavar. Reservo.
Num tachinho coloco o trigo com 1 chávena de água, a abó-
bora aos cubos pequenos,2 maçãs e as sultanas hidratadas
(deixo-as de molho durante 30 minutos). Tempero com
canela em pó (opcional). Deixo cozer em lume brando cerca
de 15 minutos. Junto aos poucos água quente caso seja ne-
cessário. No final trituro tudo com a varinha mágica e vejo se
precisa de mais um pouco de água.
(dose: 3 porções)
O trigo sarraceno, apesar do seu nome, não pertence à família do trigo, sendo
isento de glúten. É energizante e nutritivo. Deverá ser consumido sobretudo
no Inverno, pois ao ser muito yang, tem um efeito quente no organismo.
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pausa
"Quando me Amei de Verdade.
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer

circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no
momento exacto. E, então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem um nome: Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha

angústia e meu sofrimento emocional, não passam de um
sinal de que estou a ir contra o meu sentir.
Hoje sei que isto é: Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida

fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece
contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isto de: Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é

ofensivo forçar alguma situação ou alguém, inclusive a mim
mesmo, somente para realizar aquilo que desejo, mesmo
sabendo que não é o momento ou que não está preparada.
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Hoje sei que o nome disto é: Respeito. a serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa
aliada.
Quando me amei de verdade comecei a livrar-me de tudo que
não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa Tudo isto é: SABER VIVER."
que me deixasse em baixo.
Inicialmente, minha razão chamou a esta atitude de egoísmo. (Chaplin)
Hoje sei que isso se chama: Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo

livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos
megalómanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no
meu próprio ritmo.
Hoje sei que isto é: Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre

razão e, dessa maneira, errei menos.
Hoje descobri que é: Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o

passado e de preocupar com o futuro. Agora, mantenho-me no
presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isto é: Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente

pode atormentar-me e decepcionar-me. Mas, quando a coloco

quinoa doce
1/4 chávena de quinoa 1/4 c. café de canela

2 bananas maduras (opcional)
leite de aveia q.b. 2 casquinhas de limão
De véspera lavo muito bem e deixo a demolhar durante a noite

a quinoa. No dia escorro, volto a lavar e reservo. Num tachinho
levo ao lume as bananas esmagadas (pequenas) com 2
colheres de sopa de água, a canela em pó e deixo cozer bem
até ficar uma papa. Retiro e reservo. Coloco a quinoa com dois
dedos de água e as casquinhas de limão (opcional). Deixo
evaporar e depois, em lume brando, vou adicionando aos
poucos leite de aveia até ficar bem cozida e cremosa. Demora
cerca de 15 a 20 minutos.
No final retiro as casquinhas de limão e junto a mistura de
banana e canela.
(dose: 3 porções)
A quinoa é o pseudocereal com o conteúdo mais alto de proteína, contém
todos os aminoácidos essenciais. É uma boa fonte de ferro vegetal, sendo
indicada para bebés e crianças com uma alimentação vegetariana.
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papa de (tarte) maçã
1/4 chávena de quinoa 1 c. sopa de sultanas

3 maçãs pequenas 1/4 c. café de canela
2 c. sopa de flocos de aveia (opcional)
1/4 limão pequeno
De véspera lavo muito bem e deixo a demolhar durante a noite

a quinoa. No dia escorro, volto a lavar e reservo. Corto aos
cubos as maçãs e coloco num tachinho. Junto a quinoa e os
flocos de aveia. Fervo água à parte e vou juntando aos poucos
mexendo sempre. Adiciono as sultanas picadas, a canela em
pó e a raspa de limão. Demora cerca de 10 a 15 minutos até
ficar cremosa.
(dose: 3 porções)
A maçã é uma fruta muito completa. Destaca-se pelo seu conteúdo em
quercetina, um flavonóide com acção antioxidante que fortalece o sistema
imunológico e que ajuda a combater as alergias.
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waffles de banana e aveia
1 banana madura grande

flocos de aveia q.b
Ligo a tostadeira. Unto com um pouco de óleo e limpo o

excesso com papel absorvente. Esmago a banana com aveia
suficiente até fazer uma papa grossa. Coloco uma colherada
na tostadeira e prenso. Cozinha o tempo de uma waffle. Cerca
de 1 minutos de cada lado. Não se deve abrir antes de ter
ganho uma ‘crosta’ dourada senão a massa fica agarrada na
parte de cima.
(dica: com mais idade pode adicionar-se côco, baunilha ou cacau
+ara se fazerem sabores diferentes)
A banana é uma fruta muito interessante para mais pequenos, sendo uma
forma rápida e saudável de repor energias depois das brincadeiras mais
intensas. Para crianças que comam pouco, a banana misturada com outras
frutas pode despertar o apetite. Deverá estar sempre muito madura para evitar
a obstipação.
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bolachas de arroz tufado
e milho
100gr tortilhas integrais de 2 c. sopa de azeite

arroz sem sal 1 banana madura
100gr sêmola de milho 1/4 chávena de uvas passa
Trituro as tortilhas integrais de arroz sem sal até ficarem em

farinha, junto a sêmola de milho, o azeite, a banana e as uvas
passa previamente demolhadas em água. Volto a triturar tudo
até ficar uma massa. faço bolinhas e achato. Levo ao forno a
180º durante cerca de 12 a 15 minutos. Coloco numa rede
para ficarem mais secas. Depois de frias guardo num frasco
de vidro.
Por ser um cereal suave e de digestão fácil, o milho está indicado em
problemas digestivos. Deverá ser biológico, uma vez que a produção de milho
transgénico é cada vez mais habitual.
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panquecas de espelta e aveia
1/2 chávena farinha espelta 1 chávena leite de aveia

1/2 chávena farinha aveia 2 c. sopa de azeite
1 c. sobremesa de fermento 1 c. sobremesa de geleia de
em pó arroz
Numa taça coloco os ingredientes secos. Misturo. Faço um

buraco no meio e junto o leite de aveia, o azeite e a geleia.
Mexo apenas até o preparado estar homogéneo e deixo
repousar durante 5 minutos.
Aqueço uma frigideira anti-aderente pequena e faço as
panquecas em lume brando. Percebemos que as podemos
virar quando a massa, no meio, ganha bolhas e o exterior
começa a querer descolar-se da frigideira.
(dica: como as panquecas não têm glúten são mais quebradiças ao
virar)
A espelta é a variedade do trigo que se digere melhor e que causa menos
alergias, sendo uma boa opção para a introdução do glúten nos bebés.
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mousse de abacate e manga
1/2 pêra abacate madura

1/2 manga madura (avião)
1 c. chá de linhaça moída
Trituro com a varinha mágica a pêra abacate madura com a

manga e a linhaça até ficar uma mousse aveludada. Por cima
coloco manga cortada em cubinhos pequenos.
O abacate, para além de muito nutritivo, é uma excelente opção para crianças
muito agitadas e activas, ajudando a nutrir o sistema nervoso e o cérebro (pelo
conteúdo de vitamina B6 e lecitinas). É muito recomendável a grávidas e
lactantes, por ser rico em folatos, omega 6, vitamina E e potássio.
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pausa
Escolhas. Prioridades. Não há certo nem errado. Não há super

mães. Não há super pais. Somos todos simplesmente mães e
pais. Cada um faz o que sente. O que apetece. Cada um faz o
que sabe. Ou que não sabe. Cada um aprende. Ou desapren-
de. A vida é real. Não é virtual. É mágica na sua simplicidade.
Por trás de uma fotografia com uma experiência culinária bem
sucedida está uma cozinha caótica que mais parece saída de
uma batalha da Guerra dos Tronos. Por trás de horas a brincar
está a pilha de roupa lavada que não pára de crescer e que
não apetece passar. Momentos. Vivências. Escolhas.
Decisões. Nada está errado. Tudo está certo.
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cupcakes de aveia e banana
1 chávena flocos aveia 1 c. sobremesa de fermento

2 bananas maduras em pó
1/4 chávena de uvas passa 1 c. café de bicarbonato sódio
1/4 chávena de óleo de côco
Num copo robot coloco os flocos de aveia, as bananas, as

uvas passa (hidratadas), o óleo e trituro tudo até ficar bem
envolvido (não é preciso bater muito). No final junto o fermento
em pó e o bicarbonato e envolvo novamente. Deito em formas
de cupcake tendo o cuidado de encher apenas 2/3. vai ao
forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 15 minutos ou
até o palito sair seco.
O óleo de côco destaca-se pelo seu teor em ácido láurico, que ajuda a eliminar
vírus, bactérias e fungos. No entanto, pelo seu elevado conteúdo em gordura
saturada, devemos ir alternando com outro tipo de óleos vegetais. É excelente
para aplicação externa, como hidratante.
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scones de abóbora
120gr abóbora crua 1 maçã

1/4 chávena de uvas passa 1 c. chá fermento em pó
1 chávena e meia farinha 1/2 c. café de canela
integral 1 c. sopa de azeite
Trituro a abóbora crua, as uvas passa (hidratadas) e a maçã.

Junto a farinha integral, o fermento, a canela em pó (opcional)
e o azeite. Vai ao forno, previamente aquecido a 180º, durante
cerca de 20 minutos.
(doses: 9 unidades)
A sua cor laranja intensa indica-nos que a abóbora é rica em betacarotenos,
tendo um efeito protector ao nível da visão e da pele. É suave para o sistema
digestivo e o seu sabor doce torna-a muito adequada para as primeiras sopas
do bebé.
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‘cheesecake’ de papaia
1 banana madura 170gr de papaia

1 c. sopa flocos de aveia 2 c. café de ágar-ágar
Na véspera esmago a banana com os flocos de aveia. Coloco

uma forma de empratamento (ou um cortante de bolachas)
num prato raso e forro o fundo com a mistura de aveia
pressionando bem.
Entretanto diluo o ágar-águar num pouco de água e levo ao
lume brando durante 10 minutos para derreter bem. Trituro
com a varinha mágica a papaia e junto o ágar-ágar. Ponho por
cima da mistura e coloco no frigorifico durante a noite. Na
altura de servir desenformo.
(dica: pode ser feito com qualquer outra fruta madura)
Com um sabor doce e floral, a papaia costuma ser bem aceite pelas crianças, e
ainda bem. Esta fruta tropical possui uma enzima - a papaína - com acção
anti-inflamatória, anti-infecciosa, antitumoral. É igualmente recomendável a
grávidas pelo alto teor em folatos.
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scones de espelta e pêra
150gr farinha de espelta 0.5dl azeite

50gr farinha centeio 1 c. sobremesa geleia arroz
50gr farinha de aveia 1 pêra madura
1 c. café bicarbonato sódio 0.5dl de água a ferver
Numa taça junto os ingredientes secos e mexo. Faço um

buraco no meio e deito o azeite, a geleia, a pêra cortada aos
bocadinhos e a água a ferver. Amasso apenas o suficiente
para que a massa fique homogénea. Faço os os scones à mão
(pode-se estender a massa e fazer-se com um cortante). Levo
ao forno, pré-aquecido a 180º, durante 25 minutos
(dica: comer quentes)
Para além da riqueza em vitamina C, a pêra tem um teor em cobre notável,
um elemento importante pela sua participação no processo de fixação do
ferro sanguíneo. Outro dado interessante é que ao consumirmos a pêra com
casca, estaremos a consumir mais 34% de fibra.
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pão de banana
2 ‘ovos’ de linhaça 1 chávena farinha centeio

3 bananas grandes maduras 1 c. chá fermento em pó
1 c. chá de canela 1/2 c. chá bicarbonato sódio
1 chávena farinha de aveia
Numa tacinha faço os ‘ovos’ de linhaça com 2 colheres de

sopa de linhaça moída e 5 colheres de sopa de água fria. Mexo
bem e deixo repousar no frigorífico durante 15 minutos.
Entretanto esmago as bananas com um garfo. Junto a canela
e os ‘ovos’ de linhaça. Misturo levemente. Adiciono os
ingredientes secos e volto a mexer o suficiente para que fique
tudo bem envolvido. Vai ao forno, pré-aquecido a 190º,
durante cerca de 30 a 40 minutos.
As sementes de linho (ou linhaça) são uma fonte notável de omega 3, um
ácido gordo polinsaturado fundamental na nutrição do cérebro das crianças.
As mucilagens libertadas pelas sementes de linho em contacto com a água,
formam um gel que actua como um suave “laxante” intestinal.
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um conto por dia
(ler devagarinho)
«Era uma vez um pão que queria ser croissant. Olhava para o seu
vizinho do lado, estendido numa bela cesta de verga branca, e
contemplava a sua beleza. Era tão gracioso. Tão altivo e esbelto. Ao
contrário dele que era, apenas, um pão de cereais sem graça. Uns
diziam que era rústico. Mas a verdade é que se achava grosseiro.
Não tinha aquele aspecto esguio e delicado do croissant. Não tinha
aquela capa dourada por cima do folhado que lhe dava um aspecto
luminoso. Era arredondado. Anafado. Não conseguia tirar os olhos do
seu vizinho desde o momento que tinham saído do forno. O que lhe
chamou a atenção, ainda mal tinha aberto os olhos, foi o cheirinho.
Cheirava tão bem. Olhou para um lado e para o outro. Para ver de
onde vinha o cheiro. E foi quando o viu. Em todo o seu esplendor.
Pensou que ia ficar ao lado dele na montra da padaria. E ficou muito
admirado quando percebeu que o padeiro os estava a colocar em
cestas diferentes. Não percebeu logo porquê. Também ele era filho
do mesmo forno. Tinham saído na mesma altura. Sentia-se tão belo
como o seu vizinho croissant. Só entendeu quando olhou para o seu
reflexo na vitrine. Nem queria acreditar. Não se sentia assim. Com
aquele aspecto. Ficou muito triste e deixou-se ficar num canto da
cesta envergonhado. Pouco depois a padaria encheu-se de pessoas.
De repente, viu uma menina com a cara espalmada na vitrine. Os
olhos dela percorreram a banca. Olhou para a mãe e apontou para o
pão que queria levar consigo. Era ele. "Será possível?" - pensou.
Sim. A menina quis levá-lo com ele. Porque aquilo que ela mais
adorava era pão morninho com manteiga. Ela não ligava ao aspecto
exterior. O que lhe interessava era o seu sabor."
Vamos com (C)alma

mini tartes de maçã
150gr farinha aveia 1 c. sopa de azeite

50gr flocos aveia 1/2 banana madura
1 c. chá fermento em pó 0.5dl de água a ferver
1/2 c. café canela (opcional) 1 maçã grande
Numa taça deito os ingredientes secos, misturo e faço um

buraco no meio. Junto o azeite, a banana esmagada e a água
a ferver (pode ser preciso adicionar mais um pouco de água
pois depende do tamanho da banana). Mexo bem e coloco 4
porções num tabuleiro com papel vegetal. Espalmo de forma a
ficar uma bolacha grande. Fatio finamente a maçã. Coloco por
cima algumas fatias. Polvilho com um pouco de canela e
pincelo com um pouco de geleia de arroz (opcional). Levo ao
forno, pré-aquecido a 190º, por cerca de 20 minutos.
(dica: ter as mãos molhadas ao espalmar a massa para não pegar)
A maçã, pela neutralidade do seu sabor e pelo seu teor em fibra, é muito
indicada para os bebés. Consumida com casca, aumenta 11% a quantidade de
fibra. Previamente, devemos lavar muito bem a fruta (mergulhá-la em água
limpa durante 10 minutos e esfregar posteriormente com uma escova de
vegetais - pessoalmente gosto muito das japonesas que são feitas de fibras
naturais).
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rodelas de maçã e canela
1/2 chávena farinha aveia 1 c. café de canela (opcional)

1/2 chávena farinha trigo 1 c. chá fermento em pó
1 c. sobremesa de azeite 1/2 chávena água morna
1 c. chá geleia de arroz 4 maçãs médias
Numa taça coloco todos os ingredientes, excepto as maçãs, e

mexo até ficar uma massa homogénea (não é preciso bater
muito). Corto as rodelas de maçã com cerca de 1/2 centímetro,
envolvo na massa e levo a cozinhar numa frigideira anti-
aderente untada com um pouco de azeite. No final polvilho
com um pouco de canela.
A canela, além de muito aromática, é um bom antioxidante e anti-séptico
natural. Devemos certificarmo-nos que consumimos a canela “verdadeira” -
Cinnamomum zeylanicum -, as demais têm componentes que podem ser
tóxicos quando consumidos regularmente.
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quadrados de maçã e canela
1/2 chávena pasta de uvas 1 c. sopa vinagre de maçã

1 banana madura 1 chávena farinha centeio
2 maçãs grandes 1 chávena farinha aveia
1/2 chávena azeite 2 c. chá de canela
1 c. sopa bicarbonato sódio 1 c. sobremesa fermento pó
Faço a pasta com 150gr de uvas passa ou sultanas num pouco

de água. Deixo cozer bem e reduzir o caldo. Trituro no final até
ficar uma pasta. No copo grande da varinha mágica ou no
robot trituro até ficar em creme3/4 chávena de água a ferver, a
pasta de uva, a banana, 1 maçã, o azeite e o bicarbonato de
sódio. Deito a mistura numa taça e junto o vinagre. Mexo.
Adiciono as farinhas e a canela em pó. Volto a mexer com a
vara de arames. Por fim junto o fermento em pó e envolvo.
Coloco cum pirez rectangular untado e polvilhado com farinha.
Corto a outra maçã em pedaços e disponho por cima. Vai ao
forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 30 minutos.
(dica: pode fazer-se mais quantidade de pasta e guardar-se no frio)
A aveia é uma excelente opção para crianças e mães em período de
aleitamento por ter um alto conteúdo energético e ser um cereal rico em
proteínas. A sua fibra solúvel, com acção mucolítica e expectorante, é útil a
nível respiratório. Tem um efeito sedante sobre o sistema nervoso, sendo
indicada para crianças e adultos ansiosos.
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queques de iogurte
2 medidas farinha trigo 1/2 medida azeite

1 medida açúcar de côco 1 iogurte natural bio
2 c. chá fermento em pó 1 c. café mal cheia de
1 c. sobremesa vinagre bicarbonato sódio
Numa taça misturo os ingredientes secos. Junto o vinagre, o

azeite, o iogurte e mexo com uma vara de arames até ficar
sem grumos. Adiciono 1/2 chávena de água a ferver e volto a
mexer um pouco. No final adiciono o bicarbonato de sódio e
envolvo. Coloco 2/3 de massa em cada forma de papel e vai ao
forno, pré-aquecido a 180º, durante cerca de 20 minutos.
(doses: 10 queques)
Os probióticos presentes no iogurte fazem com que este seja um dos
alimentos indicados (tal como o miso, kefir, pickles caseiros, kombucha e o
tempeh) para o bom funcionamento intestinal e do sistema imunológico.
Vamos com (C)alma

bolachas de azeite e canela
3 ‘ovos’ de linhaça 1 c. café bicarbonato sódio

150gr farinha trigo sarraceno 100ml azeite
250gr farinha cevada 1 c. sopa vinagre de maçã
100gr farinha aveia 1 limão
4 c. sopa açúcar de côco 3 c. café de canela
Faço 3 ‘ovos’ de linhaça com 3 colheres de sopa de linhaça

moída e 8 colheres de sopa de água fria. Mexo e ponho no
frigorífico 15 minutos. Entretanto coloco numa taça os
ingredientes secos e mexo. Faço um buraco no meio e junto os
restantes ingredientes. Mexo bem com as mãos. Faço
bolinhas. Achato-as com um garfo e polvilho com um pouco de
canela (opcional). Vão ao forno, pré-aquecido a 180º, durante
cerca de 12 minutos.
(dica: os bebés podem ajudar a espalmar as bolachas com as mãos

ou com uma colher)
O azeite é excelente para prevenir a obstipação nos bebés, uma vez que
lubrifica os intestinos. Devemos optar sempre por azeite virgem extra de
primeira pressão a frio. Esta simples regra ajudar-nos-á a escolher um bom
azeite: quanto menor a acidez, maior a pureza
Vamos com (C)alma

‘queijo’ vegan de courgette
2 courgetes médias
1 c. sopa óleo vegetal
1/8 c. café noz moscada
1 c. chá de ágar-ágar
Num tachinho com água cozo as courgetes sem sementes e

sem casca. Depois de cozidas escorro muito bem e trituro com
o óleo vegetal e a noz-moscada até ficar um creme
homogéneo. Junto o ágar-ágar e cozinho em lume médio
durante 10 minutos. Deito para uma tacinha de porcelana
untada com um pouco de óleo e deixo arrefecer (soldifica
rapidamente). Desenformo e polvilho com um pouco de
colorau (para ela ‘limpo’ a maior parte).
Conserva-se no frigorífico.
Feito a partir de algas marinhas, o ágar-ágar é o substituto ideal e saudável à
gelatina convencional. Muito rico em fibra, sendo excelente para combater a
obstipação nos mais novos.
Vamos com (C)alma

pausa
Opiniões e mais opiniões que fazemos antes de sermos mães.

Julgamentos que fazemos depois de o sermos. Verdades
absolutas (ou pensamos nós que são). Aqui fica uma pequena
lista de coisas que dizia antes de ser mãe e pelas quais já
mordi a língua algumas vezes.
1. O que pensava antes de ser mãe: "Quando engravidar vou

caminhar todos os dias. Aproveitar cada momento para
desfrutar do sol. Do mar. Meditar. Comer de forma saudável.
Engordar apenas o essencial."
1.1. Realidade: Continuei a fazer a minha vida acelerada.

Parei porque fui "obrigada". Repouso durante quase toda a
gravidez e uns belos 20kg em cima. Não comi porcarias nem
me apetecia doces mas parece que engordava apenas por
respirar. Ou talvez porque tinha fomes daquelas de querer
comida à séria. Desses quilos todos foram-se embora 13
depois do parto. Três dos quais ficaram com saudades e
voltaram. O sol viu-o através da janela e fiquei com carência
de vitamina D.
2. O que pensava antes de ser mãe: "Não percebo como as

mães ficam com um ar deslambido e se desculpam que não
têm tempo para nada." 5. O que pensava antes de ser mãe: "Filho meu não vai ver
televisão. Nós não vemos por isso não existe razão nenhuma
2.2. Realidade: Perdi imenso cabelo. Dois dentes do siso. para o começarmos a fazer."
Ando quase sempre de cabelo apanhado porque nem sempre
tenho tempo para tomar banho e lavar o cabelo (parece que 5.5. Realidade: Temos os 4 canais. Vemos quase sempre a 2.
quando entro na banheira sinto-a logo a mexer-se como se Ela adora o Zig Zag. Acorda e começa a dançar no colo para
percebesse que tem de acordar). Muita da minha roupa nos impulsionar para a sala para ver os seus desenhos
deixou-me de servir e a que me serve não me assenta tão bem animados preferidos. E nós também gostamos.
(como é óbvio). Estou mais pálida que o normal e as olheiras
visitaram-me pela primeira vez e gostaram de cá estar. 6. O que pensava antes de ser mãe: "Parece incrível como as
mulheres ficam obcecadas pelas crias."
3. O que pensava antes de ser mãe: "Não percebo quando
dizem que algumas amizades se perdem depois do 6.6. Realidade: As mulheres ficam apaixonadas pelas suas
nascimento." crias. Nós fomos açambarcados por uma paixão e amor tão
grande que enche-nos tanto o coração que até parece
3.3. Realidade: Perdem-se algumas. Ganham-se outras. A rebentar.
vida é dinâmica. Mas a verdade é que ficámos mais eremitas.
Só nos apetece estar com ela. E quando nos apetece A lista continua infinitamente. As opiniões e julgamentos vão
socializar nem todos compreendem as necessidades que ela continuar. A nossa perspectiva das coisas vai continuar a
tem. As mesmas pessoas também gostam de julgar o facto de mudar. Somos todas mães e pais imperfeitamente perfeitos. A
estarmos diferentes (não é apenas um nascimento é também vida flui. Abracemos a mudança e alegria de sermos seres
um renascimento mas nem vale a pena explicar-lhes). abundantes em todos os aspectos.
4. O que pensava antes de ser mãe: "A nossa casa vai P.S. - um bom exercício de reflexão
continuar a ser o que é»
4.4. Realidade: A nossa casa ganhou uma nova vida. Brin-

quedos por todo o lado. A sala virou um parque infantil. Muita
cor. Algumas dores nos pés quando pisamos um mais rijo.

scones de beterraba e alfarroba
2 beterrabas pequenas 1 c. sobremesa de fermento

1 ‘ovo’ de linhaça em pó
1/2 chávena farinha aveia 1 c. sopa de óleo de côco
1 c. chá farinha alfarroba 1 c. sopa geleia de arroz
Cozo as beterrabas, escorro bem e reduzo a puré. Coloco num

copo 1 colher de sopa de linhaça moída com 3 colheres de
sopa de água fria e deixo repousar no frigorífico durante 15
minutos. Numa taça coloco os ingredientes secos, misturo e
faço um buraco no meio. Deito o óleo de côco, o ‘ovo’, a geleia
e o puré de beterraba. Mexo bem com uma colher de pau
apenas até ficar com uma massa homogénea. Levo ao forno,
pré-aquecido a 180º, durante cerca de 15 minutos.
A farinha de alfarroba é um óptimo substituto do cacau para os mais novos e
não só. Com um sabor idêntico, mas sem os efeitos estimulantes do cacau, a
alfarroba é uma vagem cheia de benefícios, destacando-se pela sua riqueza em
fibra, vitaminas (A,B,E e D2), potássio e magnésio.
Vamos com (C)alma

papa do popeye
1 banana madura 2 c. sopa de quinoa cozida

2 maçãs pequenas 2 mãos cheias espinafres
1/2 pêra abacate madura
No copo da varinha mágica ou num robot trituro muito bem

todos os ingredientes. Coloco no prato e polvilho com um
pouco de linhaça dourada moída.
Depois das cenouras e da batata doce, os espinafres são o vegetal com maior
teor em carotenos (vitamina A), com um notável efeito antioxidante com
efeitos ao nível da pele e da visão. Pelo seu conteúdo em oxalatos deverão ser
consumidos com moderação.
Vamos com (C)alma

papa de beterraba, pêra
e amaranto
2 c. sopa de amaranto 1 banana madura

2 c. sopa flocos de aveia 2 pêras maduras
1 beterraba pequena 1/2 c. café de canela
Na véspera lavo bem o amaranto e coloco-o a demolhar em

bastante água (uso o passador de rede muito fino). No dia
volto a lavar, escorro e reservo.
Num tachinho coloco 2 dedos de altura de água e coloco todos
os ingredientes excepto a canela (tudo cortado pequeno).
Cozinho, em lume brando, durante cerca de 10 minutos.
Aromatizo com a canela (opcional) e trituro com a varinha
mágica até ficar um creme macio.
Deve ficar espesso e com alguma textura. Quando fica
demasiado espesso acrescento um pouco mais de água e
mexo bem.
(doses: 3 porções)
O amaranto é um pseudocereal, isento de glúten, com alto conteúdo de cálcio,
ferro e proteínas, sendo uma opção muito nutritiva e completa para os mais
pequenos.
Vamos com (C)alma

pudins de beterraba,
morangos e banana
1 beterraba pequena 4 bananas médias maduras

2 mãos cheias de morangos 1 c. sopa mal cheia de ágar-
2 c. sobremesa de linhaça ágar em pó
moída
Num robot de cozinha coloco a beterraba, os morangos, as

bananas e a linhaça dourada moída. Trituro muito bem até
fazer um puré aveludado. Reservo. Num tachinho coloco 1/2
chávena de água com o ágar-ágar. Cozinho em lume médio
durante 10 minutos. Junto ao puré e volto a triturar uns
segundos. Coloco em formas de pudim pequenas ou numa
forma grande. Levo ao frio e desenformo na altura d servir.
(doses: 8 pudins)
A cor apelativa dos morangos e seu suave sabor faz com que sejam uma das
frutas mais apreciadas pelas crianças. Destacam-se pelo conteúdo em vitamina
C, flavonóides e manganês, actuando como um anti-inflamatório natural e
melhorando o desempenho cognitivo
Vamos com (C)alma

bronwies de abóbora, canela
e amêndoa
300gr abóbora 1 c. sopa vinagre maçã

150gr uva passa 1 chávena farinha aveia
2/3 chávena amêndoa 1/2 chávena farinha espelta
2 c. chá canela 1 c. café bicarbonato sódio
1/4 chávena azeite 2 c. chá fermento em pó
Cozo a abóbora com a uva passa num pouco de água. Escorro

e trituro bem com a varinha mágica até ficar em puré.
Entretanto torro ligeiramente numa frigideira anti-aderente a
amêndoa laminada. Junto a amêndoa (parto um pouco com as
mãos), a canela em pó, o azeite e o vinagre de maçã. Mexo.
Adiciono as farinhas, o bicarbonato e o fermento. Envolvo tudo
com a colher de pau e deito num pirex untado e polvilhado com
farinha. Por cima finalizo com um pouco de amêndoa. Levo ao
forno, pré-aquecido a 180º, por 35 minutos.
As amêndoas, ajudam a manter os ossos fortes e os dentes saudáveis pelo seu
conteúdo em cálcio, magnésio e fósforo. São uma boa fonte de proteína
vegetal e vitamina E.
Vamos com (C)alma

fatia dourada com banana
e morangos
leite de aveia q.b. 1/2 banana madura

1 c. chá de curcuma 2 morangos
1 c. café mal cheia canela uva passa q.b.
1 fatia de pão sumo de 1/2 laranja
Num prato fundo coloco o leite de aveia, a curcuma e a canela.

Misturo bem e dixo a fatia de pão embeber o máximo de tempo
sem se desmanchar. Numa frigideira anti-aderente coloco um
fiozinho de azeite e a fatia de pão. Douro em lume médio de
ambos os lados. Retiro para um prato. Na mesma frigideira
coloco a banana às rodelas, os morangos cortados às fatias e
algumas uvas passa. Rego com o sumo de laranja e deixo
caramelizar um pouco. Deito por cima da fatia dourada e
polvilho com um pouco de canela.
Utilizada como especiaria, a cúrcuma é uma verdadeira planta medicinal
indicada para combater inflamações e atenuar as dores. Para além de um
notável efeito antioxidante, a cúrcuma aumenta os níveis de serotonina, um
dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de felicidade e bem-estar.
Vamos com (C)alma

‘iogurte’ vegetal de limão
e alfazema
1 litro de leite de aveia 1 c. café de ágar-ágar em pó

1 limão 1 c. mal cheia de amido de
4 raminhos de alfazema milho
Deito numa panela o leite de aveia e junto a casca (sem parte

branca) do limão e a alfazema. Deixo ferver lentamente
mexendo sempre. Retiro o limão a alfazema (passo por um
coador caso seja necessário) e junto o ágar-ágar em pó e o
amido de milho diluído num pouco de água. Mexo bem
enquanto cozinha durante 10 minutos. Coloco em frascos e
levo ao frigorífico.
A alfazema - uma planta medicinal de aroma floral suave - é um sedante
natural, ajudando a conciliar o sono e a acalmar a agitação
Vamos com (C)alma

um conto por dia
(ler devagarinho)
"Era uma vez uma menina que não sabia o que fazer. Estava
aborrecida. Pegava num brinquedo. E noutro. E não lhe apetecia
brincar com nenhum. A mãe viu-a e perguntou-lhe o que se passava.
"Estou aborrecida - disse ela". De seguida a mãe sugeriu-lhe um jogo.
Uma adivinha. «Vai para o exterior. Percorre os caminhos verdes e as
árvores cheias de folhas verdes. Olha para o céu azul. Para os
campos cheios de flores e procura uma casa redonda, sem janelas,
com uma chaminé e uma estrela dentro dela». A menina abriu os
olhos cheios de entusiasmo e lá foi ela. Andou. Andou. Olhou para
tudo com muita atenção. Sempre com cuidado ao pisar o chão.
Passava com as mãos pela relva alta. Olhava para todos os
pormenores. Como se os visse pela primeira vez na vida. E nada.
Não encontrava nenhuma casa como a mãe lhe tinha dito. Sentiu
uma brisa no rosto e resolveu perguntar ao vento se sabia onde
encontrá-la. Ele devia saber porque percorre todos os caminhos.
Despenteia todos os cabelos e acaricia todos os rostos. E assim
aconteceu. O vento disse-lhe para correr até uma macieira velha. Lá
encontraria o que queria. Correu até perder o fôlego. O coração a
bater com muita força na boca. O suor nas palmas das mãos. Chegou
à macieira velha. Enrugada. Sem folhas e galhos partidos. Na ponta
de um galho uma maçã verde. Quase a cair. Mal chegou perto para a
cheirar caiu no chão e abriu-se ao meio. No seu interior vivia uma
linda estrela acompanhada de 5 sementes. Esta era a casa que a
mãe falava. A maçã é redonda. Não tem janelas. Tem um píncaro em
forma de chaminé. E vive uma estrela dentro dela. Existe magia em
tudo o que vemos. Até nas coisas mais simples".
Vamos com (C)alma

granola de cacau, canela
e baunilha
800gr flocos de centeio e aveia 3 c. sopa linhaça moída

1 c. sobremesa cacau em pó 2 c. sopa sementes sésamo
1 c. sobremesa de canela 1 chávena puré de maçã
1 c. chá de curcuma 3/4 chávena água morna
1 c. sopa de azeite 1 vagem baunilha
Num tabuleiro misturo os flocos, o cacau, a canela, a curcuma,

a linhaça e as sementes de sésamo.
À parte, numa taça, misturo o puré de maçã, a ága morna, a
baunilha (ou 1 colher de chá de essência de baunilha) e o
azeite. Junto aos secos e mexo bem com as mãos para que
todos os ingredientes fiquem bem envolvidos. Levo ao forno,
pré-aquecido a 180º, durante cerca de 40 minutos. Mexo de 10
em 10 minutos. Deve ficar dourada sem ficar demasiado seca
(para ser mais fácil os bebés comerem).
Vamos com (C)alma

scones de granola
2 bananas maduras 2 mãos cheias farinha aveia

sumo de 1 laranja 1 mão cheia farinha centeio
2 c. sopa de azeite 1 c. chá fermento em pó
3 mãos cheias de granola
Numa taça esmago com um garfo as bananas, junto o sumo d

laranja e o azeite. Adiciono a granola, as farinhas e o fermento.
Mexo bem. Faço os scones e levo ao forno, pré-aquecido a
180º, durante 20 minutos.
O centeio é um cereal com propriedades semelhantes às do trigo, no entanto
contém menos glúten. É um cereal consumido sobretudo pelos países do
norte da Europa, sendo mais indicado o seu consumo durante o tempo frio.
Vamos com (C)alma

papa de espelta e cacau
180ml de água 1/2 banana madura

3 c. sobremesa farinha de esmagada
espelta
1/2 c. sobremesa cacau em pó
Num tachinho coloco todos os ingredientes. Deixo cozinhar

em lume médio durante 8 a 10 minutos. Por cima finalizo com
banana, morango e trigo puff expandido.
O cacau, melhora a função cognitiva e aumenta a concentração, sendo um
bom aliado das épocas de estudo. Ao ser rico em magnésio contribui para o
bom desenvolvimento da estrutura óssea e do sistema nervoso. Pelo seu efeito
estimulante deve ser evitado à noite e por crianças menores de 2 anos
Vamos com (C)alma

pausa
Pequenas coisas. Viver de forma simples. Não há nada de mal

na rotina do dia a dia normal. Dos pequeno-almoços com café
e torradas com manteiga. Do trabalho que começa às 9h e
acaba às 18h. Da ida ao supermercado após o expediente
porque não se tem tempo para ir noutra altura. Do jantar onde
se come o que sobrou do dia anterior. Do programa preferido
sentados no sofá encostados no ombro um do outro. Ou não.
Cada um para o seu lado porque gostam do seu espaço. Do
beijo de boa noite sem haver posição de conchinha. Em
defesa das pequenas coisas tudo isto é bonito na sua
simplicidade. E não é por ser pequeno que é insignificante.
Pequeno não significa sem sentido ou sem objectivo. Porque
existe algo de belo nas coisas pequenas. Existe algo
extremamente familiar e reconfortante. Entre a torrada e o
golo de café de manhã podemos sentir o abraço meloso de
uns braços pequeninos. No trabalho rimos com um colega
com o qual criámos uma cumplicidade de humor negro que
não se explica. Damos uma palavra amiga à menina da caixa
que se sente em baixo. Troca-se um piropo à hora do jantar
enquanto se aquece a comida no micro-ondas. Depois do
beijo de boa noite apenas os pés se tocam e ficam encostados
como que a dizer "estou sempre aqui". As coisas pequenas
não são aborrecidas. São as nossas coisas. As reais.
Vamos com (C)alma

pão de banana e maçã
3 maçãs 1/2 vagem de baunilha

2 bananas grandes maduras 2 c. sopa sementes chia
3 ovos 1 chávena flocos aveia
2 c. chá fermento em pó 1 c. chá canela em pó
1 c. sopa óleo de côco
Num copo trituro bem as maçãs sem caroço mas com casca
aos cubos, as bananas, os ovos, o fermento em pó, o óleo de
côco e o interior da vagem de baunilha (ou 1 colher de chá de
essência de baunilha). De seguida junto as sementes de chia,
os flocos de aveia e a canela. Envolvo bem sem triturar. Unto
uma forma estilo inglês com manteiga e polvilho com flocos de
aveia. Deito o preparado e levo ao forno, pré-aquecido a 185º,
durante cerca de 1 hora.
As sementes de Chia pela sua riqueza em omega-3 vegetal, promovem um
bom desenvolvimento cerebral nos bebés e crianças. Indicadas também para
grávidas ou puérperas pela diversidade e pelo elevado teor de minerais e
antioxidantes.
Vamos com (C)alma

bulgur doce exótico
1 lata d leite d côco açúcar de côco q.b.

1 mão cheia de bulgur 2 gemas
casca d 1 limão leite de côco (ou outro leite
1 pau de canela vegetal) q.b.
Num tachinho levo o leite de côco ao lume com o bulgr, as

casquinhas de limão (sem a parte branca) e o pau de canela.
Vou mexendo enquanto cozinha em lume brando/médio.
Quando começa a ficar espesso adoço com açúcar de côco
q.b. (ou banana madura esmagada). Numa tacinha bato com
um garfo as gemas com um pouco de leite vegetal. Adiciono ao
bulgr e mexo rapidamente para que as gemas não cozam.
Cozinho mais 5 minutos em lume brando. Deito em pratinhos.
Polvilho com côco e canela.
O coco é suave para estômago, rico em fibra e muito nutritivo. É ideal para os
dias com muita actividade física - para além de ser hidratante, a sua riqueza em
minerais e oligoelementos contribuem à reposição dos eletrólitos.
Vamos com (C)alma

bolachas de aveia, côco e lima
3/4 chávena açúcar de côco 1 c. chá de baunilha

2 chávenas flocos aveia 1 chávena côco ralado
1 chávena e meia farinha de 3 ovos
aveia raspa e sumo de 2 limas
1/2 chávena óleo de côco
Numa taça misturo bem todos os ingredientes. Faço bolas e

achato-as com as mãos. Disponho num tabuleiro com papel
vegetal e levo ao forno, pré-aquecido a 180º, cerca de 15
minutos ou até estarem douradinhas.
Vamos com (C)alma

pão de aveia, canela
e gengibre
500gr farinha aveia 3 mãos cheias de sementes

2 c. chá canela em pó de girassol e sésamo
2 c. chá gengibre em pó 2 mãos cheias de uva passa
1/2 saquetas fermento padeiro e crandberries
em pó 1/2 litro de água morna
Junto numa taça todos os ingredientes excepto a água e mexo

(1 c. café de sal iodado opcional). Adiciono a água morna e
misturo novamente.
Coloco numa forma (rectangular pequena tipo bolo-inglês)
anti-aderente untada e polvilhada com farinha. Molho a parte
de cima com um pouco de água ara a cobertura colar. Polvilho
com sementes e flocos de aveia. Deixo levedar 2 horas num
local quente. Cozo a 185º durante cerca de 45 minutos.
O gengibre é um anti-inflamatório natural e estimulante da circulação, aquece
o organismo e por isso o seu consumo está indicado em épocas frias. Só
deverá ser consumida a partir dos 2 anos de idade e em poucas quantidades.
Vamos com (C)alma

‘tulicreme’ do bom
1 chávena de óleo de côco

cacau em pó q.b.
Derreto o óleo de côco. Junto o cacau em pó (a quantidade

depende se se pretende um sabor mais ou menos intenso).
Mexo. Levo ao congelador até solidificar um pouco. Retiro do
congelador e bato 2 minutos com a batedeira. Volto a colocar
no congelador até solidificar um pouco. Repito esta operação
até o preparado ficar um creme aveludado e espesso.
(dica: caso queiram um pouco mais doce podem juntar, ao mesmo

tempo que o cacau, um pouco de açúcar de tâmaras ou côco )
Vamos com (C)alma

pausa
Hoje a manhã foi dedicada à cozinha. Praticamente sozinha.

Pode parecer assustador mas é tão gratificante e
surpreendente. Ajudei-a apenas no essencial e deixei-a
(brincar)cozinhar à vontade. Fui-lhe explicando como se fazia
e ela foi experimentando. À sua maneira. Provando várias
vezes como qualquer pasteleiro que se preze faz. Apanhei-a
muitas vezes concentrada. Outras vezes a pensar como podia
tornar tudo ainda mais divertido. Cortou a massa com uma
faca de sobremesa verdadeira. Empurrou o tabuleiro do forno
com cuidado enquanto soprava por estar quente. No final
limpámos tudo juntas.
Receita com passo-a-passo: Caracóis Recheados
Numa taça coloquei 4 chávenas de farinha, 1 ovo, 1 colher de

chá de fermento em pó, 1 chávena de leite morno com 3
colheres de sopa de ghee (ou outro tipo de gordura), 1/3
chávena de açúcar amarelo. Ela mexeu primeiro com a colher
de pau e depois com as mãos até formar uma (quase) bola.
Estendeu com a minha ajuda a massa e recheou com doce de
morango caseiro (pode ser um a gosto). Enrolei e cortámos
rodelas. Coloquei no tabuleiro com cuidado e levámos ao
forno a 180º durante cerca de 20 minutos.
Vamos com (C)alma

brownies crus
2 chávenas e meia de tâmaras 1 c. sopa linhaça moída

(Medjool) 1 c. sobremesa sementes de
2 chávenas bem cheias de cânhamo
nozes 1 c. sopa canela em pó
1 chávena cacau em pó
Ponho a demolhar, em duas taças diferentes, as tâmaras

durante pelo menos 15 minutos e as nozes durante a noite. No
copo robot coloco as nozes, as sementes de cânhamo, a
canela e a linhaça moída. Pulso 3 a 4 vezes até ficar bem
triturado. Junto o cacau em pó e volto a pulsar para que os
ingredientes fiquem bem moídos. De seguida coloco as
tâmaras (sem caroço) e volto a pulsar apenas 2 a 3 vezes.
Pretende-se uma massa homogénea mas ainda soltinha.
Coloco a masa num tabuleiro rectangular pequeno com papel
vegetal e pressiono um pouco a massa. Levo ao frigorífico
durante 15 minutos.
(dica: podem fazer um pouco de ganache com 50gr de chocolate

negro e 1/4 pacote de natas )
Energéticas e nutritivas, as tâmaras são ricas em potássio e vitamina B5, sendo
ideais como um snack para repor energias durante passeios ou viagens
Vamos com (C)alma

sopas
(Um legume. Outro e mais outro. Com as cores do arco-íris.
Umas vezes gostam. Outras não. Com o tempero da
Vida. Haja alegria.)
pausa
Alimentação. As dúvidas são muitas. A preocupação e

frustração também. Todas queremos o melhor para os nossos
bebés e isso cria ansiedade. Neste momento vivemos num
mundo de imensa informação e contra-informação. Num dia
pensamos estar a fazer o mais correcto. No outro dia
percebemos que se calhar a nossa decisão não foi a mais
acertada. Por isso cada vez mais acredito que devemos ouvir,
aceitar e respeitar a nossa intuição. De mulheres. De mães.
Aprender e querer ter mais conhecimento não é errado mas
devemos ter sempre presente que a maior sabedoria vem de
dentro de nós. Quais os melhores alimentos? Qual a melhor
altura para serem introduzidos? Quando se deve passar de
um prato para o segundo? Porque é que não come bem a
sopa? Porque é que não gosta de legumes? Porque é que
anda a comer pouco? Porque não come sem ser triturado?
Todas estas questões e muitas mais assolam-nos. Todas
passamos por uma ou outra dúvida. Por vezes essa dúvida
aparece porque terceiros criticam. Outras vezes apenas
porque sim. Porque somos mães (pais) e preocupamo-nos.
Não criarmos demasiadas expectativas é extremamente
importante. Aceitarmos a nossa realidade é outra. Quando o
fazemos não criamos ilusões. Não comparamos. Aceitamos
Vamos com (C)alma

apenas. E esse estado de alma vai ajudar a apaziguar todas
as nossas dúvidas e frustrações. A aceitação e gratidão tem
destas coisas. Faz com que tudo flua naturalmente. E de
repente percebemos que se calhar o segundo prato não é
preciso dar porque fica bem com uma sopa nutritiva e uma
fruta deliciosa. Que os legumes não parecem tão apetecíveis
porque, nós próprios, não os costumamos comer. Que os
alimentos têm de ser sempre triturados porque sempre
tivemos receio que se engasgasse e por isso sempre tivemos
tendência para passar bem a comida e habituou-se a essa
textura. Que os melhores alimentos não são os da "moda" mas
o que nascem e crescem em terra fértil tão perto de nós.
E quando a mente descansa e o coração se abre tudo se torna
mais simples.
Vamos com (C)alma

creme de brócolos e hortelã
1 chávena café de trigo 1/2 batata doce

sarraceno hortelã q.b.
1 cebola azeite q.b.
1 dente de alho
1 ramo de brócolos
De véspera coloco o trigo sarraceno a demolhar. No dia

escorro e lavo. Reservo. Num tacho coloco a cebola, o dente
de alho (sem veio interior), a batata doce, os brócolos aos
bocadinhos e o trigo sarraceno. Deixo cozer. A meio da
cozedura junto alguns raminhos de hortelã fresca. No final
trituro tudo bem e finalizo com azeite. Já não levo ao lume.
Vamos com (C)alma

creme de rúcula e amaranto
1/4 chávena de amaranto 1 batata doce

1 cebola 80gr de rúcula
1 dente de alho azeite q.b.
1 courgette
Na véspera lavo e coloco a demolhar o amaranto em bastante

água. No dia escorro, lavo e reservo (tarefa complicada por
serem grãos tão minúsculos). Num tacho coloco o amaranto, a
cebola, o alho (sem veio interior), a courgette, a batata doce
cortados em pedaços grandes. Coze. Quase no final da
cozedura coloco a rúcula e deixo cozer mais 5 minutos. Retiro
do lume. Trituro até fica um creme espesso e cremoso. Junto
azeite e já não vai ao lume
Vamos com (C)alma

creme de lentilhas laranja
com alga kombu
3 c. sopa lentilhas laranja 1 dente alho pequeno

1 tira 1cmx6cm alga kombu azeite q.b.
1 pedaço de abóbora
1 alho francês pequeno
Coloco a demolhar as lentilhas com a alga durante 6 horas (as

lentilhas com este processo germinam um pouco).
Num tacho deito um pouco de água e levo a cozer as lentilhas
com a alga, a abóbora, o alho francês e odente de alho (sem o
veio interior). Depois de tudo cozido retiro a alga e o excesso
de água e trituro. Acrescento mais caldo caso seja necessário.
No final junto o azeite e já não fervo.
(dica: caso não tenham tempo este é o único tipo de lentilha que se
pode usar sem demolhar)
A alga Kombu é riquíssima em nutrientes. Excelente para cozinhar com
leguminosas tornando-as mais macias e digeríveis. Idealmente deve demolhar-
se antes de ser utilizada.
Vamos com (C)alma

creme de couve-flor, marmelo
e azeite aromatizado
1 couve-flor média azeite q.b.

1 marmelo maduro pequeno 1 c. chá de coentros frescos
1 cebola
1 alho
Num tachinho coloco a couve-flor aos bocadinhos (só a flor), o

marmelo, a cebola e o alho. Deixo cozer. Retiro o excesso de
água. Trituro e acrescento caldo caso seja necessário. Numa
frigideira aqueço ligeiramente um fio de azeite com 1/4 de alho
esmagado e os coentros frescos muito picadinhos. Mal
comece a ficar morno e a cheirar bem desligo e junto à sopa.
O marmelo além de ser rico em vitamina A, em vitamina C, em vitaminas do
complexo B e em vitamina E, também fornece fibras solúveis, potássio, ferro,
cobre, ácido málico e pectinas. Tem propriedades antisséticas e
antiespasmódicas. É adstringente e calmante.
Vamos com (C)alma

puré de ervilhas e amaranto
1 nabo pequeno 1/4 chávena de amaranto

1 couve flor média 300gr de ervilhas
1 cebola pequena azeite q.b.
1 dente de alho
Num tacho coloco todos os ingredientes e cubro com água.

Coze. No final trituro com a varinha mágica e junto azeite. Já
não vai ao lume.
As ervilhas fornecem energia graças à sua riqueza em fibra, hidratos e
proteínas. O seu sabor adocicado é bem tolerado pelos bebés.
Vamos com (C)alma

sopa de espinafres e tofu
1 mão cheia espinafres 1 batata doce

1 cebola 1/2 cenoura
1 dente de alho massinha cuscus q.b.
1 pedaço de abóbora azeite q.b.
1 tira de tofu fresco
Num tacho coloco a cebola, o alho, a abóbora, a batata doce

em água e deixo cozer. Trituro e vejo a consistência. Junto um
bocadinho de massinha cuscus, a cenoura ralada e uma tira
com 3cm de largura de tofu fresco esmagado com um garfo.
Deixo cozer durante cerca de 10 minutos. No final deito os
espinafres bem picados e azeite. Já não levo ao lume.
Vamos com (C)alma

um conto por dia
(ler devagarinho)
"Era uma vez uma gota de chuva que tinha medo do desconhecido.
Sempre que a mãe nuvem começava a ficar cinzenta e pesada ela
ficava muito ansiosa. Não queria cair. O que havia lá em baixo? -
pensava ela. O medo era tão grande que nem sequer arriscava olhar.
Quando a mãe nuvem se sacudia via as suas irmãs gotas felizes a
largarem-se. A deslizarem, como se num escorrega estivessem, para
o desconhecido. Tão alegres. Tão curiosas e corajosas. E ela
agarrada com toda a sua força. Um dia a mãe disse-lhe - "Minha
querida porque não cais? Tu és uma gota. Não deixes que esse medo
se apodere de ti. Acredita em ti. Na tua essência. Tudo está certo,
meu amor". A gotinha ouviu com muita atenção e o seu coração foi
envolvido por um arco-íris feito de algodão doce. De seguida a mãe
nuvem sacudiu-se, olhando sempre para ela, com os olhos cheios de
ternura. E ela deixou-se cair suavemente. Primeiro fechou os olhos.
Mas depois foi abrindo devagarinho. Sentiu o ar. Viu que tinha várias
cores desenhadas pela Sol. Agora toda ela era um arco-íris. O seu
coração batia forte mas de entusiasmo. Passou entre as ramagens
de uma árvore. Mergulhou numa folha e deixou-se escorregar até à
ponta. Ali ficou um bocadinho para respirar fundo. Algumas gotas
irmãs ficaram a repousar naquela grande folha verde. Devagarinho
voltou a cair. Molhou o bico de um melro. Ensopou a pata de um
gafanhoto. Bateu na carapaça de um caracol e apenas parou quando
chegou ao musgo. Tão fofinho e aconchegante. Olhou para cima.
Entre as flores. As árvores. Para o céu. E viu a sua mãe nuvem branca
a sorrir. Sabia, que quando o Sol aquecesse, iria transformar-se em
vapor e voltar para ela"..
Vamos com (C)alma

creme de coentros e espinafres
3 c. sopa de amaranto 2 mãos cheias espinafres

1 courgete média
1 molho de coentros
frescos
De véspera coloco o amaranto a demolhar em bastante água.

No dia escorro, passo por água e reservo. Num tacho coloco a
cebola, a courgete, o amaranto e os coentros (com caule).
Coze. Trituro até ficar um creme. Levo ao lume e junto os
espinafres picados. Deixo cozer durante 3 minutos. Desligo o
lume e coloco azeite.
Os coentros são digestivos, anti-séticos e calmantes. Tem ainda proteínas,
sais minerais, vitamina B e niacina. As folhas são muito ricas em ferro e
vitamina C.
Vamos com (C)alma

caldo verde
2 batatas pequenas 1 mão cheia caldo verde

1 cenoura azeite q.b.
1 cebola
1 dente de alho
Num tachinho coloco as batatas, a cenoura, a cebola e o dente

de alho (sem veio interior) com água apenas a cobrir. Coze. No
final trituro até ficar cremoso. Adiciono o caldo verde picado
finamente. Deixo cozer. No final junto azeite e desligo o lume.
Vamos com (C)alma

pratos principais
(Com textura. Com sabor. Bonitos. Coloridos.
Divertidos. Porque a Vida quer-se com ritmo. Com
tempero e com magia)
Vamos com (C)alma

bulgur com tintureira
1/2 chávena de bulgur 1endívia

1 posta de tintureira 1 dente de alho
1 alho francês azeite q.b.
Cozo em bastante água a posta de tintureira. Retiro o peixe e

passo o caldo por um passador (por causa de alguma espinha
ou escama). Levo novamente o caldo ao lume e junto o alho
francês, o pedaço de abóbora, a endívia e o dente de alho
(sem veio interior) cortados aos bocados. Aromatizo com um
pouco de oregãos. Coze. Trituro os legumes para ficar um
caldo grosso, junto o bulgur e levo a cozer durante 15 minutos.
No final junto o peixe esmagado e um fio de azeite.
Feito a partir do trigo, o bulgur é rico em fibra, proteínas e baixo em
gordura, ideal para a saúde dos intestinos e do coração. Contém minerais,
vitaminas e antioxidantes, sendo a forma mais interessante (do ponto de
vista nutricional) de consumir o trigo.
Vamos com (C)alma

risotto de legumes caramelizados
1/4 chávena de arroz 1/2 beringela

glutinoso 2 dentes de alho
1/4 chávena d arroz salsa
integral azeite q.b.
1 cebola
Demolho o arroz glutinoso e o arroz integral durante pelo

menos 1 hora. Coloco num tabuleiro, com papel vegetal no
fundo, a abóbora, 1/2 cebola, e a beringela às fatias e 1 dente
de alho. Deito um fiozinho de azeite por cima e levo ao forno a
assar até ficar com aspecto caramelizado. Escorro e lavo bem
o arroz. Num tachinho coloco um fio de azeite e o alho e cebola
picados. Deixo suar em lume brando (não refogar). Junto o
arroz e deito 1 chávena de caldo de legumes caseiro (muitas
vezes é o excesso de caldo da sopa). Deixo cozinhar mexendo
de vez em quando. Caso seja necessário junto mais 1 concha
de caldo. Quando está quase pronto coloco os legumes aos
bocadinhos e tempero com oregãos. Fica denso e cremoso.
Vamos com (C)alma

pausa
Sobremesa para o jantar. Brincar e cozinhar. O que ela mais

gosta. Fizemos Maçãs Recheadas.
Recita com passo-a-passo: Maçãs Recheadas
Cortei a tampa às maças e com a ajuda de uma colher

pequena retirei todo o interior com cuidado. Ela ajudou a cortar
o recheio das mesmas em pedaços pequeninos. Juntou (com
a minha ajuda) sumo de 1 limão e canela a gosto. Juntei
algumas sultanas douradas, nozes e amêndoas. Ela misturou
tudo com as mãos. Encheu cada uma das maçãs com o
recheio. Por fim colocámos um bocadinho de manteiga por
cima. Foram ao forno a 180º durante cerca de 40 minutos.
Vamos com (C)alma

empadão de quinoa, peixe e
esparregado de legumes
1 chávena quinoa 1 mão cheia de espinafres

1 medalhão de pescada 1/4 cebola
1 pedaço de abóbora 1 dente de alho
1/2 courgete 2 c. sopa de azeite
Na véspera lavo e demolho a quinoa. No dia cozo-a, escorro e

reservo. Num tacho cozo o peixe e noutro cozo a abóbora, a
courgete e os espinafres. Entretanto pico finamente a cebola e
1 dente de alho. Esmago com as mãos o peixe e trituro os
legumes escorridos. Coloco uma colher de sopa de azeite
num tachinho, a cebola e 1/2 dente de alho picado e deixo suar
em lume brando. Junto o peixe desfiado e tempero com
oregãos. Noutro tacho aromatizo 1/2 colher de sopa com 1/2
dente de alho picado em lume brando, junto os legumes
triturados e envolvo bem. Num frasco coloco a quinoa, por
cima o peixe e a seguir o esparregado. Por fim um pouco de
flocos de aveia e oregãos. Um fiozinho de azeite e vai ao forno
a 200º durante cerca de 15 minutos.
Vamos com (C)alma

estufado de trigo sarraceno ,
lentilhas e abacate
2/3 chávena trigo sarraceno 1 alho francês pequeno

2/3 chávena de lentilhas 1/2 cebola
laranja 1/4 abacate
1 cenoura pequena 1 dente de alho
1 pedaço de abóbora 1 c. sopa de azeite
Na véspera lavo muito bem bem o trigo sarraceno e as

lentilhas laranja. Deixo a demolhar em água abundante
durante a noite. No dia escorro e volto a passar por água.
Num tachinho coloco o azeite, o alho, a cebola, o alho francês,
a cenoura e a abóbora finamente picados. Deixo suar em lume
brando (não refogar). Quando os legumes estão moles junto o
trigo sarraceno e as lentilhas com 2 chávenas de água quente
e deixo cozinhar. Tempero com 1 colher de chá de oregãos e
1/4 colher de café de cominhos em pó (opcional). No prato
junto pêra abacate aos cubinhos.
Lentilhas laranja são mais macias e adocicadas. São em ricas em nutrientes.
Possuem alto teor de ferro, vitamina B e carboidratos, responsáveis por
auxiliar na estabilidade da glicose no sangue.
Vamos com (C)alma

massinha guisada com tofu
1/2 courgete 1 mão cheia de bagos

1 cebola salsa
1 dente de alho azeite q.b.
1 pedacinho de tofu fresco
Corto em cubinhos muito pequenos a abóbora, a courgete, a

cebola, o dente de alho e o pedacinho de tofu fresco. Coloco
um fio de azeite e suo um pouco os legumes com o tofu antes
de acrescentar caldo de legumes caseiro (muitas vezes o
caldo é do excesso das sopas). Junto os bagos ou pevides e
deixo cozinhar. Tempero com oregãos e salsa. E acrescento
caldo caso seja necessário.
Vamos com (C)alma

empadão de lentilhas e feijão verde
1 chávena de lentilhas 2 dentes de alho

1 tira de alga kombu 1 pedaço de abóbora
3 mãos cheias feijão verde 1 cenoura
3 batatas 1 colher chá oregãos
azeite q.b. 1/2 colher café alecrim
1/2 cebola gema de ovo
Coloco de molho em água morna as lentilhas laranja e alga

durante 4 horas. Cozo num tacho o feijão verde e as batatas.
Noutro tacho coloco um fio de azeite, junto a cebola, e os alhos
picados e deixo suar em lume brando. Adiciono a abóbora e a
cenoura cortadas em pedaços. Mexo e junto as lentilhas
escorridas, a alga e um pouco de água. Tempero com os
oregãos e o alecrim. Cozo.. No final retiro a alga. Entretanto
separo o feijão verde das batatas. Trituro com a varinha
mágica cada um deles com um pouco de azeite até ficar em
puré. Numa assadeira faço camadas. Primeiro as lentilhas,
depois o puré de feijão verde e por fim o puré de batata.
Pincelo com a gema de ovo. Vai ao forno a 200º até dourar.
Vamos com (C)alma

estufado de vitela e aveia
1 pedacinho de vitela 2/3 chávena flocos aveia

1/2 cebola 1 colher sopa de azeite
1 dente de alho oregãos q.b.
1 batata doce salsa q.b.
2 maçãs pequenas
Num tacho cozo a vitela. Desfio-o bem a carne e reservo o

caldo. Noutro tachinho coloco o azeite, a cebola e o dente de
alho picados, a batata doce, as maçãs aos cubinhos pequenos
e deixo suar em lume brando (não refogar). Junto a carne
desfiada, os flocos de aveia e o caldo. Tempero com oregãos e
salsa picada. Vou mexendo de vez em quando para não pegar.
Fica um género de risotto de aveia. Muito cremoso e rico.
Vamos com (C)alma

açorda de aveia com gema
1 ovo 2 mãos cheias flocos

2 dentes alho aveia
1/2 cebola 1 chávena de água
azeite q.b.
coentros frescos q.b.
Cozo o ovo. Depois de começar a ferver deixo 10 minutos.

Descasco e reservo. Num tachinho coloco o alho e a cebola
(pequena) picados com um pouco de azeite e deixo suar, em
lume brando, até ficar mole (não refogar). Junto um pouco de
coentros (pode ser salsa) picados e os flocos de aveia. Mexo.
Adiciono 1 chávena mal cheia de água quente e continuo a
mexer. Fica pronto entre 5 a 7 minutos. Pode ser necessário
juntar mais um pouco de água. Sirvo e dou-lhe com 1/4 de
gema cozida esmagada e um fio de azeite por cima.
Os ovos são ricos em vitaminas, minerais, proteínas de alta qualidade, boas
gorduras e vários outros nutrientes. Contêm pequenas quantidades de quase
todas as vitaminas e minerais exigidos pelo corpo humano, incluindo cálcio,
ferro, potássio, zinco, manganês, vitamina E, folato
Vamos com (C)alma

hambúrguer de batata doce e
quinoa com puré de brócolos e nabo
2/3 chávena quinoa 1 brócolo

2 batatas doces 1 nabo pequeno
1 colher de chá coentros 1 dente de alho
frescos azeite q.b.
De véspera lavo muito bem a quinoa e demolho durante a

noite. No dia volto a lavar e cozo em água abundante durante 5
minutos. Asso as batatas doce embrulhadas em alumínio no
forno. Retiro a pele às batatas e esmago com as mãos.
Acrescento a quinoa cozida bem escorrida e os coentros
frescos picadinhos. Volto a amassar. Faço bolas pequenas e
achato. Grelho levemente os hambúrgueres numa frigideira
anti-aderente em lume brando.
Entretanto cozo os legumes. Escorro. Trituro com a varinha
mágica e junto azeite a gosto.
Os benefícios dos brócolos para a saúde são resultado de uma mistura única
de nutrientes, compostos orgânicos, sais minerais e vitaminas que são
encontrados exclusivamente neste vegetal. Estes incluem quantidades
significativas de vitamina C, vitamina K, fibras, folatos, potássio, selénio,
vitamina A, manganês, triptofano, vitamina B, e fósforo.
Vamos com (C)alma

pausa
Contos de fada e finais felizes. Não são no final. São durante.

Todos os dias. O dia a dia. A rotina e o quotidiano. Deixar de
acreditar é perder uma parte da magia que anda no ar. Viver o
durante. O presente. Esta é a magia em que acredito. Mas às
vezes surgem os dragões e as bruxas más. A rotina que se
instala no relacionamento. O beijo de despedida dado de
forma rápida e mecânica. O olhar carregado de cansaço em
vez de paixão e desejo. As palavras doces e cheias de poesia
transformadas numa poção de trocadilhos cheios de
frustração e mágoa por coisas que se acumulam do dia a dia.
O fogo que nos sai das entranhas quais dragões saídos da
caverna irados pela falta de compreensão e apoio durante
todo o processo da maternidade. A sensação de injustiça
pelas críticas do nosso cavaleiro andante que em vez de
chegar do trabalho num cavalo branco chega cansado e
desmotivado profissionalmente. Há tantos guerreiros e
guerreiras presos em torres com as paredes mais densas e
difíceis de penetrar. Os muros que, os próprios criam, para se
defenderem de eventuais desilusões. E dou por mim a
acreditar, ainda mais, que somos nós que escrevemos a
nossa história. De vida. De amor. Que não devemos ceder aos
dragões e bruxas más da actualidade. Somos nós que temos o
Vamos com (C)alma

poder. De fazer diferente. De querer mais para nós e para o
nosso relacionamento. E quando os filhos nascem é tão fácil
deixarmos o romantismo e a paixão para segundo lugar. É tão
fácil as carícias e os mimos serem esquecidos como os pós
das fadas levados pelo vento. E por isso. Talvez por isso.
Devamos celebrar o Dia do Amor. Para nos lembrarmos que
devemos alimentar e nutrir aquele que amamos. Em primeiro
lugar. Também. Porque se antes, não me fazia sentido festejar
um dia que sempre me pareceu imposto de forma comercial,
hoje (na véspera) dou por mim a pensar que este dia é um dia
tão bom como qualquer outro para voltarmos a acreditar na
magia dos contos de fada com finais felizes. É bom que ele
exista. Para nos ajudar a reflectir e lembrar todos os primeiros
momentos que nos encheram a barriga de borboletas e nos
fizeram resgatar o nosso príncipe de terras de Sua Majestade.
Porque também somos nós, como princesas ou rainhas, que
salvamos os príncipes das mais incríveis maldições. Temos
esse poder. Somos mulheres carregadas de poder, magia,
romantismo e paixão. Que nunca nos esqueçamos disso.
Vamos com (C)alma

mexidos de tofu com cenoura e
espinafres e arroz de couve flor
2 cm de tofu fresco 1/3 cenoura

oregãos q.b. 1/2 cebola
1/3 colher café curcuma 1 dente de alho
1/4 couve flor azeite q.b.
1 colher sopa espinafres
Numa frigideira anti-aderente coloco um fio de azeite, 1/4

cebola e 1/2 dente de alho picados. Deixo suar (não refogar).
Noutro tachinho coloco os mesmos ingredientes e a mesma
quantidade e deixo também suar em lume brando. Ralo a
cenoura para a frigideira e deixo cozinhar um pouco. Esmago
com um garfo a tira de tofu fresco e junto ao preparado da
cenoura. Tempero com um pouco de oregãos, com a curcuma
e acrescento um pouco de água. Deixo cozinhar em lume
brando. Entretanto ralo um pedaço de couve flor para o
tachinho, junto 1 colher de sopa de água e deixo cozinhar em
lume brando. Tanto os mexidos como o arroz ficam prontos em
5 minutos. No final junto os espinafres picados aos mexidos e
apago (eles cozem com o calor da mistura).
A couve flor é composta por aproximadamente 85% de água. É rica em
nutrientes importantes como vitaminas, minerais, antioxidantes e outros
fitoquímicos. A cúrcuma potencia os seus efeitos.
Vamos com (C)alma

caril de legumes com bulgur
1 cenoura 1/4 couve flor

1/2 cebola 1/4 c. café noz moscada
1 dente de alho 1/2 c. café curcuma
1/2 beringela 1/2 c. café caril
1 batata 1 mão cheia espinafres
azeite
Num tacho coloco um fio de azeite com a cebola e o dente de

alho picados. Deixo suar (não refogar). A seguir junto a
cenoura ralada, a beringela e a batata aos cubinhos, a couve-
flor e um pouco de água quente. Deixo cozinhar. Tempero com
a noz moscada, os coentros em pó, a curcuma e o caril. No fim
coloco os espinafres picados. Desligo. E deixo repousar.
Entretanto faço 1/2 chávena de bulgur para 1 chávena de água

com 1 dente de alho esmagado e um fio de azeite. Cozo
durante 10 minutos.
Vamos com (C)alma

caldeirada de batata doce
1medalhão de pescada 2 batatas doce

2 dentes de alho oregãos q.b.
1/2 pimento vermelho colorau q.b.
salsa q.b.
Num tacho cozo o peixe. Reservo o caldo e esmago-o com os

dedos para sentir alguma espinha. Entretanto pico a cebola,
os dentes de alho, o pimento vermelho e um pedaço de salsa.
Corto as batatas doces às rodelas. Coloco um fio de azeite no
tacho e disponho os ingredientes às camadas. Cebola, alho,
batatas, pimento, salsa, oregãos e um pouco de colorau. Faço
duas camadas rego com mais um pouco de azeite e junto o
caldo de peixe, Cozo em lume brando até a batata se querer
desfazer. Junto o peixe, desligo o lume. tapo e deixo repousar
durante 5 minutos.
Pimento vermelho é muito rico em antioxidantes, à semelhança da maioria
dos frutos vermelhos. Por isso é capaz de prevenir doenças cardiovasculares
graças às enormes quantidades que apresenta de vitamina C e E, de
betacaroteno e de ácido ascórbico.
Vamos com (C)alma

beringela recheada
1 posta de perca 1 dente alho

1/4 batata doce 3 floretes de brócolos
1 pedacinho abóbora natas de aveia q.b.
1 beringela azeite q.b.
1/4 pimento vermelho oregãos q.b.
1/4 alho francês
Cozo o peixe. Numa frigideira anti-aderente coloco um pouco

de azeite e junto batata doce, abóbora, beringela (a polpa que
retirei), pimento vermelho, alho francês, alho e brócolos. Tudo
aos bocadinhos. Salteio um pouco e tempero com oregãos. À
parte retiro o peixe e desfio bem tendo atenção a alguma
espinha. Adiciono à mistura de legumes e termino com um
pouco de natas de aveia caseira. Envolvo e recheio a
beringela. Deito um fiozinho de azeite por cima e levo ao forno
a 180º durante 15 minutos.
A beringela é rica em vitaminas como A, B, C, e em proteínas, além de
conter uma grande quantidade de sais minerais como cálcio, potássio e ferro.
Vamos com (C)alma

pausa
Abrandar. Sentir. Ganhar mais presença. Nem sempre é fácil.

O dia a dia é um corropio. Muitas vezes vamos dormir com a
sensação que ainda há pouco estávamos a tomar o pequeno-
almoço. A nossa respiração é mais curta e superficial. O nosso
corpo fica mais tenso e dorido. A mente que parece ter
comprado todos os bilhetes e mais algum para a montanha
russa. Abrandar. Muitas vezes faço-o de forma natural. Outras
intencionalmente. Para me obrigar. A parar. E respirar (fundo).
Desde que comecei a saborear as "pequenas" coisas que a
Vida me oferece. Um estufado a cozinhar em lume brando
durante 3 horas até que a carne se desfaça ou um arroz doce
feito com leite gordo, limão e pau de canela a ganhar goma.
Respirar fundo de olhos fechados. Respirar e visualizar
pequenos pontos de Luz a percorrer o meu corpo. Uma
caneca de café fumegante. Ou de chá. Sentada. Sem fazer
nada. Mesmo que à minha volta estejam a correr e a brincar e
a gritar. Sorver devagarinho e deixar a mente ir onde lhe
apetece ir. Muitas vezes não vai longe, neste contexto, mas
agradece este pequeno intervalo. Deixar a água correr no
rosto enquanto tomo banho. Ganhar sono enquanto olho para
ele a dormir em cima do meu peito. Fazer-lhe festas na cabeça
enquanto estamos no sofá. Escrever. Abrandar.
Vamos com (C)alma

jardineira
1 mão cheia feijão verde 1 pedaço de abóbora

1/2 cebola 1 batata doce
1 dente de alho 1 cenoura
azeite q.b. tomilho q.b.
100gr de vitela picada oregãos q. b.
1 mão cheia flocos aveia pimentão doce q.b.
Num tacho cozo o feijão verde. Entretanto coloco a cebola

com o dente de alho picados noutro tacho com um pouco de
azeite. Deixo suar em lume brando (não refogar). Adiciono a
vitela e salteio um pouco para selar a carne. Junto a abóbora, a
batata doce, a cenoura aos bocados e o caldo de cozer o feijão
verde. Tempero com tomilho, oregãos e pimentão doce (a
gosto). Quase no final junto os flocos de aveia e o feijão verde.
Deixo cozer mais 10 minutos.
O feijão verde é rico em vitamina K, K1 e K2, além da vitamina A, B6 e C –
poderoso antioxidante lipossolúvel, que previne o colesterol de tornar-se
oxidado –, betacaroteno, ácido fólico, fibra, riboflavina, glutationa, ferro,
cálcio, silício, manganês, potássio e cobre.
Vamos com (C)alma

arroz de coelho com grelos
2 pedacinhos de coelho 3 folhas de grelos

1 alho francês 1/2 chávena de arroz
1 cenoura 1 colher sopa de salsa
1 cebola 1/2 colher café curcuma
1 pedaço de abóbora oregãos q.b.
2 dentes de alho azeite q.b.
Num tacho coloco o coelho, o alho francês, a cenoura, a

cebola, a abóbora cortados em pedaços grandes e os dentes
de alho esmagados. Cubro com água e deixo cozer. No final
retiro com cuidado os legumes e o coelho e coo o caldo por um
passador por causa dos ossinhos do coelho. Corto os legumes
em pedaços mais pequenos e desfio o coelho. Levo o caldo ao
lume com as folhas de grelos picados. Depois de ferver junto o
arroz. A meio da cozedura junto os legumes, o coelho e a salsa
picada. Tempero com os oregãos, e a curcuma. Quando deixa
de ter grão apago o lume e deixo repousar 3 minutos.
Vamos com (C)alma

papelote de peixe com creme
de pêra e ameixa
1/2 cebola 1 dente de alho

1 batata doce 2 pêras e 1 ameixa
3 floretes de brócolos tomilho q.b.
1 mão cheia de rúcula oregãos q.b.
1 lombinho de peixe azeite q.b.
No centro de uma folha de papel vegetal coloco a cebola

picada, a batata doce às rodelas, os floretes de brócolos e a
rúcula picada. Por cima ponho o lombinho de peixe e o alho
grande esmagado. Tempero com tomilho e oregãos. Rego
com um fio de azeite e fecho bem. Vai ao forno pré-aquecido a
200º durante 30 minutos. Entretanto cozo as pêras com a
ameixa. Escorro bem e passo com a varinha.
Abro o papelote, desfio o peixe e junto o creme a gosto.
Vamos com (C)alma

salmão assado com batata
doce, maçã e romanesca
1 lombo de salmão 1 colher café alecrim

1 dente de alho 1 colher chá oregãos
1 batata doce 1 colher café colorau
1 maçã azeite q.b.
1/4 couve romanesca
Numa travessa coloco o lombo de salmão, o dente de alho

esmagado, a batata doce e a maçã cortadas em pedaços.
Junto um fio de azeite e tempero com o alecrim, oregãos e
colorau. Adiciono um pouco de água para não queimar. Vai ao
forno pré-aquecido durante 20 minutos a 180º. Entretanto
cozo a couve romanesca em água.
No final rego tudo com um fio de azeite.
O salmão é uma excelente fonte de proteínas, ácidos graxos ou ácidos gordos
(omega-3), vitamina A, vitamina D, vitaminas do complexo B (B3 - Niacina,
B6 - Piridoxina, B12 - Cobalamina), triptofanos, selénio, fósforo, magnésio e
potássio.
Vamos com (C)alma

favas abafadas com seitan
2 colheres sopa seitan 1/2 colher café colorau

1 chávena de água 2 mãos cheias de favas
azeite q.b.
2 dentes de alho
1 colher chá coentros
1 colher chá oregãos
De véspera coloco numa taça o seitan picado, a água, um fio

de azeite, 1 dente de alho picado, o colorau, 1/2 colher chá de
oregãos e os coentros frescos. Tapo com película e fica a
marinar durante a noite no frigorífico.
No dia deito a marinada do seitan num tachinho e cozinho
durante 10 minutos em lume brando. À parte cozo as favas.
Escorro e descasco-as. Junto ao seitan. Pico muito bem 1/2
dente de alho pequeno, 1 colher de café de coentros frescos.
Junto às favas, adiciono mais um pouco de azeite e abafo com
o lume apagado durante 5 minutos.
A fava é considerada uma das leguminosas mais antigas cultivadas no
mundo. Entre os seus nutrientes destacam-se as vitaminas do complexo B,
vitamina C, carboidratos, amido, magnésio, potássio, ferro, ácidos fólico,
fibras, antioxidantes, proteínas, cobre, fósforo, que são importantes para
manter o bom funcionamento do corpo.
Vamos com (C)alma

estufado de feijão mungo com
batata doce e ovo
1/2 chávena feijão mungo 1 batata doce

azeite q.b. 1 colher chá oregãos
1/2 cebola 1/2 colher café colorau
2 dentes de alho 1/2 colher café tomilho
1 pedaço de abóbora 1/2 ovo cozido
De véspera lavo bem o feijão mungo e deixo-o a demolhar em

bastante água. No dia escorro, volto a lavar e reservo. Num
tachinho coloco azeite, a cebola e os dentes de alho picados.
Deixo suar em lume brando (não refogar). Junto a abóbora, a
batata doce cortada em pedaços e o feijão mungo. Deito água
até cobrir. Tempero com oregãos, colorau e tomilho. Cozinho
cerca de 15 minutos. Entretanto à parte cozo 1 ovo. No prato
coloco o estufado e metade do ovo por cima.
O feijão mungo é um tipo de leguminosa pequena e verde da mesma família
das ervilhas e lentilhas. É uma fonte de proteínas, fibras, antioxidantes e
fitonutrientes.
Vamos com (C)alma

pausa
Amor. Olho para ela a dormir no sofá. Tão entregue. Imagino

os dois a dormir ao lado um do outro. Cúmplices na brincadeira
e nos sonhos carregados de magia. Nos abraços e nos
empurrões. No amor incondicional cheio de emoções
contraditórias e deslumbrantes. E reflicto sobre a chamada
coragem que é simplesmente amor. Quando engravidamos
pela primeira vez tudo é descoberta. Deslumbramento. É um
fogo que arde intensamente dentro de nós. Hoje, estando
novamente grávida, apercebo-me que o fogo pode ser calmo e
quente. Aquele quente que nos aconchega por dentro. Aquele
amor simples e natural que nos reconforta e nos deixa
serenos. Tudo é vivido com mais calma mas com a mesma
alma. É um amor que cresce, meu querido. Todos os dias.
Mais um bocadinho. Hoje sei isto. Sei que o amor é infinito.
Que nos faz viajar e alcançar os limites de todas as nossas
emoções. Sei que cresce. Que aquece. Que nos faz pensar
que não precisamos de mais nada. Só isto. Amor e
aconchego. Sei que te vou amar perdidamente assim como
acontece com ela. Porque o amor tem o poder de aumentar
quando é dividido resultando na mais maravilhosa equação
que a Vida nos pode oferecer.
Vamos com (C)alma

bolos
(Porque a Vida é doce. Côco. Limão
ou Chocolate. Cada dentada é uma felicidade.
Uma festa para ser celebrada)
Vamos com (C)alma

bolo de abacate e limão
1/2 pêra abacate madura 2 colheres chá fermento pó

sumo e raspa de 1 limão 1/2 vagem de baunilha
2 chávenas de farinha trigo 1 colher sopa vinagre branco
3/4 chávena açúcar côco 1/4 chávena azeite
1 colher café bicabornato 1 chávena de água morna
Unto e polvilho com farinha uma forma com buraco. Esmago a

pêra abacate madura com a ajuda de um garfo e misturo o
sumo de limão. Numa taça coloco a farinha, o açúcar de côco
(ou mascavado), o bicarbonato de sódio e o fermento em pó.
Misturo com a vara d arames. Junto o interior da vagem de
baunilha, o vinagre branco, o azeite (pode ser metade azeite e
a outra metade óleo vegetal) e a água morna. Mexo até não ter
grumos (não é preciso bater a massa). Adiciono raspa de
limão e o puré de abacate e volto a mexer um pouco. Deito na
forma e vai ao forno pré-aquecido a 180º durante cerca de 30
minutos.
Vamos com (C)alma

bolo de côco molhadinho
1 e 1/2 chávena farinha 1/4 chávena óleo de côco

espelta 2 e 1/2 chávenas água
1 e 1/2 chávena farinha trigo 1 e 1/2 chávena côco ralado
1 chávena açúcar côco 2 colheres sobremesa
2 colheres café bicarbonato fermento pó
2 colheres sopa vinagre maçã
Unto e polvilho uma forma com buraco. Reservo.

Coloco numa taça as farinhas, o açúcar de côco e o
bicarbonato de sódio. Mexo. Junto o vinagre maçã, o óleo de
côco (ou outro óleo vegetal) e a água a ferver. Mexo com a
colher de pau apenas até não ter grumos. Adiciono o côco
ralado e o fermento em pó. Envolvo com cuidado.
Deito na forma e levo ao forno, pré-aquecido, a 180º durante
cerca de 1 hora.
Vamos com (C)alma

bolo de baunilha
1 e 1/2 chávena farinha 2 colheres sobremesa

1 chávena açúcar côco fermento em pó
1 e 1/2 chávena leite aveia 1 colher café bicarbonato
6 colheres sopa óleo côco sódio
1 vagem baunilha 1 colher sopa vinagre cidra
Numa taça coloco a farinha de trigo e o açúcar de coco e

misturo. Junto 1o leite de aveia, o óleo de coco (ou outro óleo
vegetal), a vagem de baunilha (o interior) e o vinagre de cidra.
Mexo com uma vara de arames apenas até ficar sem grumos.
No final junto o fermento em pó e o bicarbonato de sódio e
envolvo bem. Vai ao forno pré-aquecido durante cerca de 30
minutos a 180º.
Vamos com (C)alma

bolo de cacau e azeite
1 chávena de farinha trigo 1 banana média madura

1 chávena farinha espelta 1/2 chávena açúcar côco
1/2 chávena cacau 1 colher sopa vinagre maçã
1 colher chá bicarbonato 1/2 chávena azeite
2 colheres chá fermento pó 1 chávena leite aveia
1/2 vagem baunilha 1 chávena água a ferver
Unto e polvilho uma forma com buraco. Numa taça coloco as

farinhas, o cacau, o bicarbonato de sódio, o fermento em pó e
envolvo bem.
Num prato esmago a banana madura e junto o açúcar de côco
(ou mascavado). Misturo bem e faço uma espécie de papa.
Adiciono à mistura seca e mais o vinagre de maçã, o azeite,
leite vegetal, a água a ferver e baunilha (pode substituir-se por
1 colher de chá de extracto de baunilha). Misturo apenas até
ficar uma massa homogénea. Deito na forma e vai ao forno
previamente aquecido a 180º durante cerca de 30 minutos.
(opcional)
Depois de cozido espero 5 minutos antes de desenformar.
Entretanto num tachinho, em banho-maria, derreto 100gr de
chocolate negro com 4 colheres de sopa de azeite e 1 colher
de chá de baunilha. Rego o bolo com este ganache.
Vamos com (C)alma

pausa
Embalar. Desde que nasceu que a embalo para dormir.

Dançamos ao som da música. Num embalo cheio de amor e
cumplicidade. Ultimamente o tempo da dança aumenta e os
braços enfraquecem. De repente a nossa dança é mais
sofrível e dou por mim a ficar com menos paciência. Porque
ela dorme mas abre os olhos desafiando o cansaço. Porque os
meus braços latejam e quero que repouse no sofá. Durante
um ou dois minutos que parecem intermináveis dou por mim a
questionar-me porque é que não a habituei a dormir sozinha a
sesta. E depois olho para ela. Quando se rende ao sono e se
entrega completamente no meu colo. A bochecha e os cabelos
transpirados contra o meu corpo. A boca ligeiramente aberta
expressando a sua serenidade. As pestanas que repousam.
Tão aninhada como se fossemos novamente apenas uma. E
fico com saudades. Porque ela está a ficar crescida e qualquer
dia não a consigo embalar. Tão comprida. As lágrimas caem
num misto de saudosismo e felicidade. Esta nossa caminhada
tem as suas fases e todas são mágicas. A nossa dança ficará
sempre gravada nos nossos corações. E virá o tempo que ela
se lembrará dos nossos momentos ao som da música. E virá o
tempo que será ela a embalar-me. E a aninhar-me. Entregue.
No seu colo cheio de amor de filha.
Vamos com (C)alma

bolo de limão
1 e 1/2 chávena farinha trigo 1 e 1/2 colher sopa vinagre

2 chávenas farinha espelta de maçã
1 chávena açúcar côco 1 e 1/2 chávena leite aveia
2 colheres café bicarbornato 3/4 chávena óleo vegetal
3 colheres chá fermento pó sumo e raspa de 1 limão
Numa taça coloco as farinhas, o açúcar de coco (ou

mascavado), o bicarbonato de sódio e o fermento. Adiciono o
vinagre de maçã, o leite vegetal morno intercalado com o óleo
vegetal e mexo com uma vara de arames. Junto a raspa e o
sumo de 1 limão grande e volto a mexer até ficar homogéneo.
Levo ao forno pré-aquecido durante 35 minutos a 180º.
Vamos com (C)alma

bolo de laranja
1 pêra abacate madura 2 colheres sopa linhaça

sumo e raspa de 2 laranjas 1 colher café bicarbonato
2 chávenas farinha espelta 1 colher vinagre cidra
3/4 chávena açúcar côco 1/4 chávena azeite
2 colheres sopa sementes 3/4 chávena água morna
de sésamo
Unto e polvilho com farinha uma forma com buraco. Reservo.

Num prato esmago a pêra abacate pequena madura com o
sumo de 1 laranja. Numa taça coloco a raspa de 2 laranjas, a
farinha, o açúcar de côco (ou mascavado), as de sementes de
sésamo, a linhaça moída, o bicarbonato de sódio e o fermento
em pó. Mexo. Junto o vinagre branco, o azeite, o puré de
abacate, o sumo de mais 1 laranja e a água morna. Vai ao
forno pré-aquecido a 180º durante cerca de 30 minutos.
Vamos com (C)alma

pausa
O tempo passa. E o importante vai, cada vez mais,

enraizando-se dentro de nós. Mais um ano que se mostrou
generoso e abundante. Não tanto em aventuras e
desventuras. Em viagens e loucuras. Não. Este ano ensinou-
me a respeitar as minhas emoções. Sussurrou-me bem
baixinho ao ouvido que o importante está mesmo ao pé de
mim. Sinto-me mais grata do que nunca. É essa simples
sensação que me conforta todas as noites antes de
adormecer. Estou ainda mais centrada em mim e naqueles
que amo. Estou numa fase que apenas quero estar. Estar
comigo. Estar com eles. Estar com a família. Com os amigos
de coração. Com a tribo. Sem desculpas. Sem ter de me
justificar porque me sacio com "ingredientes" tão básicos. Não
me sinto velha. Pelo contrário. Sinto-me mais eu. Mais real.
Mais crua. Descubro-me tanto numa gargalhada como na
serenidade do silêncio. Tanto na Luz como na Sombra. Neste
momento sou Mulher. Mãe. Amante. Amiga. Sou Lua e Sol.
Sou o silêncio que me anda a envolver. A noite que me acalma
o espírito. O fogo brando que me aquece o coração. O som de
um tambor com o meu próprio ritmo. As estrelas que me
puxam pela criatividade. Apercebo-me que estou diferente.
Respeito isso. Gosto disso. E agradeço do fundo do coração.
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bolo de iogurte grego
5 ovos M/L (categoria 1) 1 chávena de maizena

1 chávena açúcar côco 1 colher café bicarbonato
1/4 chávena ghee
500gr iogurte grego natural
1 chávena farinha
Unto um forma com buraco com manteiga e polvilho com

farinha. Reservo. Ligo o forno a 180º. Separo as gemas das
claras. Bato as claras em castelo à mão. Reservo. Bato as
gemas com o açúcar de côco (ou açúcar mascavado) até ficar
um creme fofo. Junto a Ghee derretida e o iogurte grego
natural. Volto a mexer. Adiciono a farinha de trigo, a maizena e
o bicarbonato de sódio. Mexo novamente até incorporar bem.
Envolvo as claras delicadamente e vai ao forno até ficar
dourado.
Vamos com (C)alma

bons sonhos com gratidão
Grata...
1. por os meus filhos me terem escolhido
2. por ter um amor que me ama por quem eu sou
3. pela minha família
4. pela minha tribo
5. por este livro que me diz tanto
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Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo

Hoje sei que isto é: Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre

Hoje descobri que é: Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ﬁcar revivendo o

Hoje vivo um dia de cada vez. Isto é: Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente

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Na véspera esmago a banana com os ﬂocos de aveia. Coloco

(dica: pode ser feito com qualquer outra fruta madura)

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