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1 - Comumente ouvimos a seguinte frase " Ser alguém na vida". Para você, o que é ser alguém na vida?
4 - Na sua opinião, porque existem pessoas que não "cresceram na vida", por que não são consideradas
"alguém na vida"?
Principais fatores para "ser alguém na vida" Principais fatores que contribuem para
ou seja, para ser alguém na vida é necessário "crescer na vida" ou seja, se você não tiver:
ter:
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1-_____________________________________ 2______________________________________
2______________________________________ 3______________________________________
3______________________________________ 4_______________________________________
4_______________________________________
Então quer dizer que para "ser alguém na vida" é necessário ter um bom emprego? E o que é ter bom
emprego? Ah, ganhar bem? E o que é ganhar bem para vocês?
"Quer dizer que a profissão de professor não se encaixa no fator bom emprego, significa que os
professores não são alguém na vida?
E o fator formação acadêmica, os que não possuem formação não são alguém na vida?
Quantos pais e avos possuem formação? Os que não possuem são considerados um "zé ninguém"? E
pessoas famosas que não possuem formação acadêmica e são consideradas pessoas de sucesso?
"O que faz uma pessoa ser alguém na vida'? O que é necessário? Comumente, ouve-se que o fracasso é
responsabilidade exclusiva do indivíduo, ou seja, fulano não cresceu na vida por falta de força de vontade,
ou faltou fé, poucos atribuem à falta de oportunidades.
Será que os nossos fracassos e sucessos estão relacionados somente a força de vontade do indivíduo?
Ele está desempregado por falta de vontade? Ora, tem um monte de emprego, por que então ele está
desempregado? Já pararam para pensar que para ser alguém na vida, significa assumir que não somos
alguém na vida, ou seja, somos ninguém. Significa que pessoas que não estudaram, não possuem um
bom emprego, não possuem fama são todos um Zé ninguém. É correto afirmar isso?
A grande questão é: esse discurso do “vencer na vida”, do “vir a ser alguém na vida” serve para quê? O
conceito de ideologia segundo Karl Marx., nota-se que a ideologia e a desigualdade social são temas
abordados pela Sociologia e a Filosofia.
IDEOLOGIA é um sistema de ideias e de conceitos que corresponde aos interesses de uma classe social.
(..) Indivíduos de uma classe privilegiada tendem a elaborar pensamentos e discursos que justificam sua
superioridade econômica em relação aos não privilegiados. Dessa forma, um conjunto de ideias ajuda a
preservar a organização social de acordo com o interesse da classe social dominante. assim, conclui que
"ser alguém na vida" faz parte de um discurso ideológico. Vale ressaltar que a explanação do conceito
de ideologia dependerá do conhecimento prévio do aluno. Conceitos de classes à luz das teorias de Karl
Marx e Max Weber. Classes para Marx está dividida principalmente em duas partes: proletariado que
possui a força de trabalho ou seja, possui a capacidade física e mental para vender sua força aos
proprietários em troca de um salário. E a burguesia que detém os meios de produção, isto é,
proprietários dos prédios, maquinários, ferramentas e matérias primas.
Em suma, segundo Marx, enquanto existir o sistema capitalista, haverá uma classe dominante e outra
classe explorada. Para Weber, a divisão de classes não está relacionada exclusivamente a ordem
econômica, alguns grupos vão se formando na sociedade independentemente da sua posição de
mercado, podendo coincidir ou não com o poder econômico, portanto há também a ordem social e
jurídica. A ordem jurídica distribui a relação de poder numa sociedade e a ordem social refere-se a
honra e prestigio. Se necessário, o professor poderá apresentar o contexto histórico de cada teórico
para facilitar no entendimento do aluno.
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SOCIOLOGIA PROFª GRAÇA Tema: Desigualdade Social DATA 09/10/2018
O primeiro princípio é o seguinte: as diferentes posições sociais (isto é, os diferentes pontos que as
pessoas ocupam no espaço social) têm de ser pensadas em conjunto, já que uma posição não existe sem
a outra. Ou melhor: uma posição social só existe em relação à outra. Só faz sentido falar em “classe
alta” se houver, por referência, uma “classe baixa”. E vice-versa. Daí a ideia de relações sociais ou mais
exatamente, sistema de relações sociais. A sociedade é isso: um sistema de relações e não uma soma de
posições individuais.
Segundo: essas posições/relações sociais formam uma estrutura – a estrutura social. Ela é constituída
por indivíduos, grupos, classes (dizemos: agentes sociais), mas é independente da “vontade” deles. Em
linguagem sociológica sustentamos que a estrutura social é objetiva, ou seja, é um fato exterior aos
indivíduos, independente deles, mas que influencia a forma como pensam e agem.
Terceiro: a estrutura social comporta uma série de assimetrias e hierarquias. Por isso utilizamos o
termo técnico “estratificação social” para designar o fenômeno social que decorre justamente da
presença das classes/grupos sociais discrepantes no mundo social. São essas assimetrias e hierarquias
que fazem o espaço social ser um espaço de lutas.
E, quarto princípio, os indivíduos e/ou os grupos sociais (os agentes sociais) que partilham a mesma
posição social devem ter algo em comum. É esse algo em comum (certas “propriedades”, certas
qualidades) que constitui uma “classe” no sentido lógico do termo. Toda a questão é saber, então, o que
é esse “algo”. A mesma quantidade de poder, de riqueza, de prestígio ou de status? Os mesmos valores,
a mesma situação no mercado, a mesma renda?
O mesmo tipo de propriedade, a mesma ocupação ou o mesmo estilo de vida? Podemos afirmar três
coisas:
I. A “classe social” (o conceito) é um artifício teórico, é um recorte que o sociólogo faz no mundo
social de modo a simplificar e exprimir a realidade: “classe” é, em primeiro lugar, um modo de
classificação.
II. Ainda que as classes sejam abstrações que o cientista social constrói, elas descrevem fatos reais.
Não se trata de simples fantasias que não têm relação alguma com o mundo social. De fato, as pessoas
não são só diferentes, mas ocupam lugares – “posições” – diferentes na sociedade: “classe” é assim um
modo de classificação específico que percebe e descreve distâncias reais no espaço social.
III. As distâncias entre as classes representam não só as posições diferentes dos indivíduos no
espaço social, mas indicam a existência de hierarquias entre essas posições. Isso porque, como se intui,
alguns lugares são socialmente mais valorizados do que outros. Ou seja, alguns “grupos” ocupam uma
região do mundo social mais vantajosa. E isso tem efeitos de todos os tipos: material (são mais “ricos”),
simbólico (têm mais prestígio), político (reúnem mais poder, mandam mais) etc.
IV. “Classe” (o conceito) é, portanto, um modo de classificação que percebe distâncias sociais reais e
é capaz de traduzi-las em relações de dominação/subordinação.
Após apresentar o conceito de classes, chegou o momento em que refletirmos a sua realidade. Para
isto, sugere-se Análise da música "O Meu Guri" de Chico Buarque.
O Meu Guri Boto ele no colo pra ele me ninar
Chico Buarque De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Quando, seu moço, nasceu meu rebento Olha aí!
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome Olha aí!
E eu não tinha nem nome pra lhe dar Ai, o meu guri, olha aí!
Como fui levando não sei lhe explicar Olha aí!
Fui assim levando, ele a me levar É o meu guri e ele chega
E na sua meninice, ele um dia me disse
Que chegava lá Chega estampado, manchete, retrato
Olha aí! Olha aí! Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Olha aí! Fazendo alvoroço demais
Ai, o meu guri, olha aí! O guri no mato, acho que tá rindo
Olha aí! Acho que tá lindo de papo pro ar
É o meu guri e ele chega Desde o começo eu não disse, seu moço!
Ele disse que chegava lá
Chega suado e veloz do batente Olha aí! Olha aí!
Traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço Olha aí!
Que haja pescoço pra enfiar Ai, o meu guri, olha aí!
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Olha aí!
Chave, caderneta, terço e patuá É o meu guri
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar Olha aí!
Olha aí! Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
Olha aí! É o meu guri
Ai, o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega
UM POUCO DE PRÁTICA A segunda parte deste plano é fazer com que os alunos enxerguem os seus
bairros para além das aparências e comecem partir para a prática. Atividade 1 - Para casa Pesquisar em
seu bairro/comunidade
1 - Quais os principais problemas relacionados a desigualdade social em seu bairro?
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2 - Como são tratados esses problemas? (segurança, educação, saúde, saneamento básico, moradia,
transporte, emprego)
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3 - Em comparação aos problemas de antigamente e aos atuais, o que mudou?
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Cite exemplos. (verifique com os pais, avós, tios, amigos mais velhos)
4 - O que você acha que pode ser feito para amenizar essa desigualdade?
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