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Suno Call #359

19/07/2019

TEMA DO DIA

As 5 Regras para Investir com Sucesso em


Ações
A falta de simplicidade ao lidar com os investimentos tem me surpreendido
quando converso com os investidores iniciantes. Muitos deles acreditam que
tratar os investimentos de maneira simples trará retornos ruins. Quando, na
verdade, tornar o processo decisório de investir complexo pode comprometer os
retornos satisfatórios de longo prazo.

Recentemente, li um livro interessante, escrito pelo fundador da Morningstar, Joe


Mansueto, chamado The Five Rules for Successful Stock Investing. O livro aborda,
entre outros temas, cinco regras simples que, quando seguidas com disciplina,
podem auxiliar o investidor a lidar com seus investimentos.

Apresentarei, a seguir, as cinco regras abordadas no livro, comentando


brevemente sua importância para os bons retornos.

Faça a lição de casa

Pode parecer óbvio, mas talvez o erro mais comum cometido por investidores
seja a falta de estudo sobre as ações que adquirem. A menos que você conheça a
empresa profundamente, você não deve comprar as ações.
Um dos elementos fundamentais nos investimentos é evitar perdas
desnecessárias. A maneira mais sábia de proteger seu capital envolve
compreender seus ativos de tal forma que você seria capaz de explicar para uma
criança de dez anos o motivo de ter adquirido participação em uma empresa.

Encontre fossos econômicos

O tamanho dos fossos econômicos que uma companhia é capaz de construir ao


seu redor pode ser o fator mais determinante na qualidade de uma organização. O
termo “fosso econômico” é utilizado para descrever as vantagens competitivas de
uma empresa – da mesma maneira que um fosso mantinha os invasores de um
castelo a distância, um fosso econômico impede os competidores de atacar os
lucros da empresa.

Fossos econômicos permitem que, dentro de uma economia, um número


relativamente pequeno de empresas apresente rentabilidade acima da média por
muitos anos. Essas companhias frequentemente se mostram um investimento
melhor para o longo prazo. Longos períodos de rentabilidade elevada levam, na
média, a melhores performances das ações no longo prazo.

Tenha uma margem de segurança

Encontrar companhias ótimas é apenas metade do processo de investimento – a


outra metade é entender quanto a companhia vale. Você não pode ir ao mercado e
pagar qualquer valor, pois, frequentemente, o mercado pode estar negociando o
ativo em um preço muito elevado. Caso você pague um preço muito alto, seu
retorno do investimento, muito provavelmente, será decepcionante.

Sempre inclua uma margem de segurança no preço que você pretende pagar por
uma ação. Caso o tempo te leve a perceber que sua análise superestimou as
perspectivas da companhia, você possui uma margem que reduzirá suas perdas.
Sua margem deve ser maior para empresas com muitas incertezas associadas ao
futuro do que para empresas sólidas com futuro mais previsível.

Se posicione para o longo prazo

Nunca esqueça que comprar uma ação é uma grande decisão e deve sempre ser
tratada de tal forma. Você não compra e vende seu carro, sua geladeira ou sua
casa 50 vezes no mês. Da mesma maneira, você não deve comprar e vender
empresas com esta frequência.

Existem dois motivos relevantes para justi car a perda de rentabilidade com as
negociações excessivas. Em primeiro lugar, as negociações envolvem taxas. Por
mais que o tempo tenha se mostrado favorável neste aspecto e as corretoras
venham reduzindo boa parte dos custos de negociação, um volume muito grande
de ordens ainda pode incorrer em custos elevados.

O segundo ponto é o pagamento de impostos. Com a venda dos ativos, o


investidor deve pagar impostos sobre o ganho de capital. Esse dinheiro é deduzido
do patrimônio e, portanto, não contribui mais para a construção de riqueza do
acionista.

Com o posicionamento de longo prazo, o investidor reduz os custos de transação


e o pagamento de impostos, o que lhe garante uma rentabilidade superior em
seus investimentos.

Saiba quando vender

Idealmente, nós manteríamos um investimento eternamente, mas a realidade


mostra que pouquíssimas companhias merecem ser mantidas no portfólio por
décadas – e poucos investidores conseguem comprar apenas estas companhias.
Saber quando é o momento apropriado para sair de um investimento é tão
importante quanto saber o momento para comprar uma ação.
Joe Mansueto, autor do livro supracitado, a rma que, sempre que você estiver
considerando a venda de uma ação, é necessário realizar cinco perguntas: Você
cometeu algum erro na análise? Os fundamentos se deterioraram? A ação está
cotada em um patamar muito superior ao valor intrínseco? Existe algo melhor que
você pode fazer com o dinheiro? Você possui concentração signi cativa do
portfólio em uma única ação?

Caso as respostas a essas perguntas sejam a rmativas e bem fundamentadas, o


investidor deve considerar a venda do ativo. Caso contrário, a venda do ativo pode
não se mostrar a decisão correta.

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Hapvida (HAPV3) compra fatia da RN Saúde


A Hapvida Participações e Investimentos S.A. anunciou na noite de ontem (18) aos
seus acionistas e ao mercado em geral que, na mesma data, celebrou acordo para
aquisição de 75% das quotas representativas do capital social da RN Metropolitan
Ltda (RN Saúde).

A empresa disse, no documento, que a operação será realizada por meio da


Hapvida Assistência Médica Ltda., subsidiária da empresa.

A RN Saúde é sediada em Uberaba (MG), atuando no setor de saúde suplementar


na região do Triângulo Mineiro, possuindo cerca de 50.000 vidas em carteira. Sua
receita líquida em 2018 foi de aproximadamente R$ 123 milhões. O preço da
aquisição foi xado em R$ 53 milhões.

 
De fato, a aquisição trará sinergias operacionais capazes de agregar, de maneira
signi cativa, à operação da Hapvida. Além disso, corrobora com a estratégia de
expansão geográ ca ao utilizar de uma plataforma de crescimento na região do
Triângulo Mineiro.

Vale ressaltar que esta região conta com cerca de 620 mil bene ciários de planos
de saúde privado e cerca de 2,4 milhões de habitantes. Essa expansão está em
linha com a consolidação da abrangência nacional da companhia.

De acordo com a Hapvida, o preço de aquisição será pago à vista, em dinheiro,


descontado o endividamento líquido, além de um montante a ser retido a m de
cobrir eventuais contingências.

Para que a operação seja efetivamente concluída, há necessidade de aprovação


da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), bem como do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE), além da aprovação de assembleia
geral de acionistas da companhia, que ainda será convocada, em um momento
oportuno, para que seja tomada a decisão de aprovação ou não.

A Hapvida ainda esclareceu que tal aquisição não confere direito de recesso aos
acionistas, já que foi realizada por uma subsidiária operacional, que é uma
sociedade de capital fechado.

Vale lembrar que esta é a terceira aquisição da Hapvida desde maio, quando
comprou o Grupo São Francisco, localizado em Ribeirão Preto, por R$ 5 bilhões.
Já em junho, pagou R$ 426 milhões pelo Grupo América, no estado de Goiás.

Além disso, a Hapvida está realizando um follow-on, no qual busca levantar um


volume nanceiro da ordem de R$ 2 bilhões a R$ 2,6 bilhões, a depender da
inclusão ou não de lotes adicional e suplementar.

Esta oferta, bem como as debêntures emitidas recentemente, busca auxiliar na


estratégia de expansão da empresa para a região Sudeste e Centro-Oeste, onde
foram comprados os três últimos ativos, buscando implementar seu modelo de
negócios, para, no longo prazo, assumir uma posição relevante nestas regiões.
Por m, acreditamos que o modelo de negócios da Hapvida é sustentável e capaz
de gerar bastante valor para o acionista que tenha o foco no longo prazo.

Trisul (TRIS3) divulga prévia operacional do


2T19
A Trisul S.A. anunciou ontem (18) a prévia de seus resultados operacionais do 2T19
e 1S19. A companhia ressaltou que os resultados apresentados são gerenciais, não
auditados e, portanto, sujeitos a posteriores alterações.

No comunicado, a companhia destacou que as Vendas Brutas e Líquidas % Trisul


totalizaram, respectivamente, R$ 280 milhões e R$ 256 milhões, que representam
crescimentos de, respectivamente, 61% e 62% com relação ao 2T18.

Já no 1S19, as Vendas Brutas alcançaram o patamar de R$ 536 milhões,


representando um crescimento de 55% quando comparado com o mesmo período
do ano anterior. As Vendas Líquidas, nesta mesma base de comparação, subiram
64%, de modo que alcançaram a marca dos R$ 496 milhões.

Para as Vendas Líquidas % Trisul, o critério adotado é o de vendas líquidas de


comissões e distratos.

Os Lançamentos % Trisul totalizaram R$ 255 milhões no 2T19. Já no semestre, a


conta registrou R$ 527 milhões, representando um aumento de 78% em relação
ao mesmo período do ano anterior.
A Venda Sobre Oferta (VSO) do 2T19, em R$ VGV, registrou 28%.

No que diz respeito às entregas do trimestre, o VGV % Trisul totalizou R$ 71


milhões, diante de um total de R$ 244 no 1S19.

Por m, vale comentar que a Trisul é uma empresa que vem apresentando
resultados positivos bastante signi cativos, frutos de uma gestão de qualidade,
capaz de se sobressair mesmo em um setor de alta competitividade.

Alupar (ALUP11) comunica conclusão de


aquisição de participação na AETE
A Alupar Investimento S.A. comunicou ontem (18) aos seus acionistas e ao
mercado em geral, que sua controlada APAETE Participações em Transmissão S.A.
concluiu, na mesma data, a aquisição de 26,99% do capital social total da Amazônia
– Eletronorte Transmissora de Energia S.A. (AETE).

Esta fatia do capital social, adquirida pela APAETE, era detida pela BIPAR Energia
S.A.

A companhia informou que o valor ajustado, conforme o contrato de compra e


venda, na data de ontem, para aquisição da participação, foi de R$ 46,5 milhões,
sendo 70% pagos no mesmo dia, e o saldo remanescente em duas parcelas anuais,
uma de 20% e outra de 10%, ambas atualizadas por 105% do CDI.

Por m, a Alupar destacou que, com a aquisição, a APAETE passou a deter 75,99%
do capital social total da AETE e, consequentemente, a Alupar passou a deter
indiretamente 19,38% da participação.

Acreditamos que se trata de uma notícia positiva, uma vez que con rma a
consolidação de um investimento realizado pela companhia, capaz de trazer bons
retornos aos seus acionistas.

A estrutura societária atual da Alupar está con gurada da seguinte maneira:


Por m, entendemos que a Alupar é uma empresa bastante consolidada em seu
segmento, com um vasto portfólio diversi cado geogra camente, além de ter
uma forte geração de caixa, realizando negócios de baixo risco. Acreditamos que
a companhia será capaz de entregar bons resultados para seus investidores.

Fitch a rma rating da Sanepar (SAPR4) com


perspectiva positiva
A Fitch Ratings a rmou o rating nacional de longo prazo ‘AA(bra)’ da Companhia de
Saneamento do Paraná (Sanepar) e de suas sexta e nona emissões de debêntures
quirografárias. Além disso, a perspectiva do rating corporativo é positiva.

Segundo a agência de rating, a a rmação dos ratings da Sanepar re ete a


manutenção dos resultados operacionais e de suas métricas de crédito fortes e
consistentes. Além disso, são sustentados pelo baixo risco de seus negócios no
setor de saneamento básico brasileiro, sem contar o seu forte per l de negócios e
nanceiro.

No entanto, a Sanepar deve implementar, ao longo dos próximos anos, um volume


de investimentos signi cativamente maior ao inicialmente esperado pela Fitch.
Assim, o rating teve sua perspectiva positiva mantida, de modo que a Fitch
acompanhará a forma como a administração da companhia irá conduzir os
investimentos e as estratégias, que constituem fatores fundamentais para a
evolução do rating.

A Fitch ainda ressaltou que as classi cações da companhia se bene ciam de sua
posição quase monopolista na prestação de serviços de fornecimento de água
tratada e de coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação, que
compreende parte do estado do Paraná e um município de Santa Catarina.

Além disso, a pressão de re nanciamento é baixa e a geração de caixa


operacional é favorecida pela previsibilidade da demanda.

Pelo fato do controle acionário da Sanepar ser público, há um risco político mais
acentuado, devido à maior exposição da empresa a mudanças na administração
e, consequentemente, na disciplina dos negócios e nanceira, especialmente a
cada troca do governo do estado do Paraná.

No mais, a manutenção das atuais métricas de crédito e da rentabilidade, com


dívida líquida inferior a duas vezes o EBITDA, bem como a continuidade do risco
político limitado são as condições que mais contribuem para que o rating seja
elevado neste momento.
Por m, acreditamos se tratar de uma boa empresa, com bom histórico de
resultados, capaz de entregar bons retornos aos seus acionistas.

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