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0009
A C Ó R D Ã O
(2ª Turma)
GMMHM/ef/phc
Firmado por assinatura digital em 25/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme
MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO Nº TST-AIRR-1157-87.2012.5.09.0009
V O T O
PROCESSO Nº TST-AIRR-1157-87.2012.5.09.0009
PROCESSO Nº TST-AIRR-1157-87.2012.5.09.0009
do obreiro, o fato que veio a dar ensejo à pretensão ora deduzida pelo
autor foi a sua dispensa sem justa causa, ocorrida em 31 de maio de
1999.
Com efeito, o posicionamento que vem sendo adotado pela maioria
dos ilustres integrantes desta e. Corte, ao qual se curva esta Relatora, a fim
de evitar falsas expectativas às partes, é o de que a pretensão de
recebimento de indenização por danos morais não teve o seu nascedouro
PROCESSO Nº TST-AIRR- 1157-87.2012.5.09.0009 na referida decisão
proferida em ação civil pública, mas sim no ato patronal em si, tido como
discriminatório.
Considera-se, portanto, que não houve o deslocamento da actio
nata, tendo a pretensão indenizatória ora deduzida pelo autor surgido
no termo final do contrato de trabalho firmado com a ré, e não a partir
do reconhecimento pela Corte Maior Trabalhista de sua dispensa
discriminatória.
Nessa linha de raciocínio, o prazo bienal trabalhista incide no caso
concreto a partir de 31 de maio de 1999, nos termos do artigo 7º, XXIX,
da CF, combinado com os artigos 11, I, da CLT (O direito de ação quanto
a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: I - em cinco anos
para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato) e 189 do CC (Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a
qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e
206).
Dessa forma, tendo em vista o ajuizamento da presente demanda
somente em 09 de julho de 2010, mantenho a r. sentença que decretou a
prescrição da pretensão indenizatória deduzida pelo autor (destacou-se)
Suscita-se, portanto, discussão já superada por decisões desta mesma Corte.
Não socorre ao autor, ainda, o argumento de que manter-se a decisão
guerreada, há uma enorme contradição no sentido de que o Estado
reconhece um ato que viola a própria Constituição (nos fundamentos da
República da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do
trabalho), mas nega efetividade à sanção ao violador e à reparação da
vítima. Independentemente do desfecho da Ação Civil Pública, o que se
pode dizer é que a apregoada ausência de efetividade decorreu da inação do
próprio autor, o qual não manejou em tempo hábil, o remédio jurídico que o
Estado lhe pôs à disposição, fazendo atrair, com o transcurso do tempo, a
incidência da prescrição, conforme decidido em outros autos. Por fim, a
efetividade da ação da tutela coletiva, há de ser buscada em relação ao que
se decidir nos respectivos autos. Não irradia efeitos para a ação trabalhista
individual, nos termos como pretendido pelo autor, conforme já anotado.
Nada a deferir." (g.n)
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