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Filosofia e
Historia da Religião
Fenomenologia da religião
A fenomenologia da religião estuda a religiosidade de um
povo, mas não apenas em rituais complexos e mitos dos tempos
primordiais, portanto também na experiência em todas as áreas da
vida. Ela se ocupa em estuda-los na tentativa de compreender as
idéas que estão por trás dos mesmos e o que significam para
aqueles que os praticam. Tentando compreender a essência da
experiência humana, seja ela psicológica, social, cultural ou
religiosa, a partir da análise das suas manifestações, que chamamos
de fenômenos.
A escola fenomenológica lança mão de princípios
metodológicos de basicamente todas as demais escolas, como as
escolas antropológica, psicológica e histórica, fazendo uso de
princípios próprios, mas se distingue por buscar compreender o que
a experiência religiosa significa para o próprio homem religioso. O
argentino, professor de fenomenologia da religião, José Severino
Croatto (1930-2004), sintetiza isso da seguinte forma: “Aplicada à(s)
religião(ões), a fenomenologia não estuda os fatos religiosos em si
mesmo (o que é tarefa da história das religiões), mas sua
intencionalidade (seu eidos) ou essência. A pergunta do historiador é
sobre quais são os testemunhos do ser humano religioso, a pergunta
do fenomenólogo é sobre o que significam, ou seja não o que
significa para os estudiosos, mas para o homo religiosus, que vive a
experiência do sagrado e a manifesta nesses testemunhos ou
“fenômenos”
Entre os cientistas da religião, tem sido defendido que a
investigação fenomenológica é a melhor opção para se aproximar, o
máximo possível, do significado real da experiência religiosa.
Epoché
Epoché ou (epokhé), significa” colocar entre parênteses” é a
atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou
juízo. Opõe-se ao dogmatismo, em que se aceita uma proposição.
Na filosofia moderna, em especial na obra de Edmund Husserl
e outros fenomenologistas, o termo epoché adquire um significado
diferente. Ao invés de efetivamente evitar a existência, como fazia
alguns sofistas, ela implica a “contemplação desinteressada” de
quaisquer interesses naturais ou psicológicos na existência. Em
outras palavras, a suspensão de juízo fenomenológica não põe em
dúvida a existência, como no caso dos céticos, mas se abstém de
emitir juízo sobre ela.