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07/10/2018

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA


MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Sistemas Electromecânicos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
Mestrado em Engenharia Mecânica

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização Ano Lectivo de 2018/2019 – Semestre de Inverno

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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Sistemas Electromecânicos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
Mestrado em Engenharia Mecânica

Técnicas de Utilização Racional de Energia


Eléctrica

Filipe Rodrigues

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Controlo de Sistemas
fmrodrigues@dem.isel.ipl.pt

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização Ano Lectivo de 2018/2019 – Semestre de Inverno

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Princípios
• Uma rede de distribuição eléctrica é caracterizada
por diferentes elementos, tais como:
– a concepção;
– o tamanho;
– os modos de funcionamento;
– o sistema de ligação à terra;
– os tipos de fontes de energia;
– os tipos de carga;
– os tipos e características dos transformadores de distribuição;
– as possíveis necessidades especificas e as propriedades exigidas para o
fornecimento de energia eléctrica.

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Serviços de energia em edifícios


(perspectiva do utilizador final)

– climatização
– aquecimento de água
– iluminação
– transporte
– refrigeração (frio alimentar)
– lavagem
– lazer
– ...

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Noção de serviço de EE
(perspectiva da oferta)

• Informação
– análise de consumos e aconselhamento
– medição de consumos
– facturação
• Serviços de uso final
– aconselhamento


ou de equipamento específico
– instalação

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Nível de serviço de energia

Nível de serviço (NS):


– função do consumo (Ec) e da eficiência
energética (η):
Ec = NS / η

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Medidas primárias

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Medidas secundárias

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Indicadores globais de desempenho


do sistema

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Sintomas de funcionamento anormal


As redes eléctricas e o equipamento são sobretudo
afectadas por quatro problemas:

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Pistas de reflexão
Redes de distribuição eléctrica industrial (fonte: ADEME)

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Pistas de reflexão
Redes de distribuição eléctrica industrial (fonte: ADEME)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Pistas de reflexão
Redes de distribuição eléctrica industrial (fonte: ADEME)

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Pistas de reflexão
Redes de distribuição eléctrica industrial (fonte: ADEME)

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Utilização Racional de Energia


 Desvio de consumos:
 Gestão do arranque e paragem de
cargas em função da hora do dia;
 Transferir consumos de horas de
ponta para horas de vazio e horas
cheias
 Armazenamento de energia

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Controlo de Ponta

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Controlo de Ponta – BT/MT


Delastragem

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Exemplo: Edifício indústrial

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Compensação do factor de potência

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Exemplo: Qualidade de energia e redução


de perdas: Até 10 %

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Variação electrónica de velocidade


• A prestação do serviço de Variadores Electrónicos de
Velocidade é composto por:
– Avaliação do diagrama de carga do equipamento em cujo motor se
pretende aplicar o VEV;
– Dimensionamento da solução;
– Avaliação técnico-económica da solução dimensionada;
– Fornecimento e instalação dos equipamentos necessários;
– Avaliação das economias de energias reais;
– Assistência técnica garantida;
– Manutenção periódica.

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Variação electrónica de velocidade

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Variação electrónica de velocidade

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Variação electrónica de velocidade


• Das principais vantagens proporcionadas pela aplicação
de VEV's a motores eléctricos, podem destacar-se:
– Economias de energia até 50% ou mais, com um valor médio de 20-25%;
– Prolongamento da duração do motor, em consequência da redução de
choques mecânicos e do maior tempo de vida da parte mecânica;
– Melhoria do factor de potência, consequente redução da energia reactiva
e, eventualmente, da correspondente parcela da factura energética;
• Aumento da produtividade;
• Capacidade de “by-pass” perante falhas do variador;
• Amplas gamas de velocidade, binário e potência;
• Melhoria do processo de controlo e portanto da qualidade do produto e/ou do serviço.

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Exemplo: Controlo de bombas e ventiladores em


edifícios ou indústria

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Utilização Racional de Energia

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Motores Eléctricos
• O custo de utilização num motor eléctrico é 95%
em energia, 3% na compra e 2% na
manutenção.
• A selecção de um motor eléctrico deve basear-
se principalmente na elevada eficiência e no
correcto dimensionamento e não no preço de
compra.

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Motores Eléctricos
• Motores de Eficiência Elevada
– Classificação de eficiência energética:
• IE1 – motores eficientes
• IE2 – motores de maior eficiência
• IE3 – motores de elevada eficiência;
• Comprar um IEx é mais dispendioso no início
mas pode tornar-se eficaz em termos de custos
de operação.
• Ex: Para motores com a mesma potência, p.ex.
de 30 kW o rendimento de um motor de alto
rendimento é de 91,5% e de um motor standard
é de 88%.

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Tipos e características de
lâmpadas
Sistemas de iluminação

O passado… O presente… O futuro próximo…

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Iluminação definições
• Φ - Fluxo luminoso: em lumen -lm (dΦ/dt)
• I - Intensidade luminosa: em candela (dΦ/dw)
• E- Iluminância ou nível de iluminação: em lux
(dΦ/dS)
• η - Eficiência: Lumen/Watt (Φ/P)

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Importância relativa dos consumos


em iluminação
• 32.8% - Edifícios de escritórios
• 34,4% - Comércio
• 20,2% - Hotéis
• 17,0% - Hospitais
• 22,4% - Escolas
• 25% em edifícios em geral (como os edifícios
representam 20% do global → 5% do consumo global em energia)

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Fluxo luminoso Símbolo: Φ


Unidade: lúmen (lm)

O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida em


todas as direcções por uma fonte luminosa.

Valores aproximados do fluxo luminoso:


Lâmpada de incandescência de 100 W: 1500 lm
Lâmpada fluorescente de 40 W: 2600 lm

Eficiência luminosa de uma lâmpada


É calculada pela divisão entre o fluxo luminoso
emitido em lúmens e a potência consumida pela
lâmpada em Watt. A unidade de medida é o lúmen
por Watt (lm/W). Uma lâmpada proporciona uma
maior eficiência luminosa quando a energia
consumida para gerar um determinado fluxo
luminoso é menor do que da outra.
Exemplos:
Lâmpada de incandescência de 100 W: 1500 lm. Eficiência luminosa = 1500 / 100 = 15 lm/W
Lâmpada fluorescente de 40 W: 2600 lm. Eficiência luminosa = 2600 / 40 = 65 lm/W

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Intensidade luminosa
Símbolo: I
Unidade: candela (cd)
A intensidade luminosa é o fluxo luminoso
irradiado na direcção de um determinado ponto.

De uma forma geral as fontes luminosas não


emitem igualmente em todas as direcções.
Deste modo, é necessário conhecer a
intensidade luminosa em cada direcção. A esta
representação esquemática no espaço
envolvente da fonte luminosa chama-se
diagrama fotométrico ou diagrama polar e é
fornecido pelo fabricante.
O ponto x por exemplo, corresponde a uma
direcção de 80º, tem uma intensidade luminosa
de 350 cd.

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Nível de iluminação ou iluminância


Símbolo: E
Unidade: lux (lx)

A intensidade de iluminação E,
de um superfície, é o fluxo
luminoso Φ recebido na
superfície S por unidade de
área:
E=Φ/S

Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser


medida com o auxílio de um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é
distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os
pontos da área em questão.
Baseado em pesquisas realizadas há níveis de Iluminância
recomendados para interiores. Por exemplo:
Sala de leitura (biblioteca) 500 lux. Sala de aula (escola) 300 lux.

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Brilho ou Luminância
Símbolo: L
Unidade: cd/m2 (candela por metro quadrado) Brilho ou luminância é a
intensidade luminosa produzida
ou reflectida por uma superfície
existente.
A distribuição da luminância no
campo de visão das pessoas
numa área de trabalho,
proporcionada pelas várias
L superfícies dentro da área
(luminárias, janelas, tecto,
parede, piso e superfície de
E trabalho), deve ser considerada
como complemento à
determinação das iluminâncias
(lux) do ambiente, a fim de evitar
ofuscamento.

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Características de uma lâmpada


Vida útil

É definida como o tempo em horas, no qual cerca de 25% do fluxo


luminoso das lâmpadas testadas foi reduzido.

Depreciação do fluxo luminoso

Ao longo da vida útil da lâmpada, é comum ocorrer uma diminuição do


fluxo luminoso que sai da luminária, por motivo da própria depreciação
normal do fluxo da lâmpada e devido ao acumular de poeira sobre as
superfícies da lâmpada e do reflector. Este factor deve ser considerado
no cálculo do projecto de iluminação, a fim de preservar a iluminância
média (lux) projectada sobre o ambiente ao longo da vida útil da lâmpada.

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Características de uma lâmpada


Temperatura de cor
Expressa a aparência de cor da luz emitida pela fonte
de luz. A sua unidade de medida é o Kelvin (K). Quanto
mais alta a temperatura de cor, mais clara é a
tonalidade de cor da luz. Quando falamos em luz quente
ou fria, não estamos a referir-mo-nos ao calor físico da
lâmpada, mas sim à tonalidade de cor que ela
apresenta ao ambiente. Luz com tonalidade de cor mais
suave torna-se mais aconchegante e relaxante, luz mais
clara torna-se mais estimulante.

Índice de Reprodução de Cor (IRC)


Este índice quantifica a fidelidade com que as cores são reproduzidas
sob uma determinada fonte de luz.
A capacidade da lâmpada reproduzir bem as cores (IRC) é independente
da sua temperatura de cor (K). Numa residência devemos utilizar
lâmpadas com boa reprodução de cores (IRC acima de 80), pois esta
característica é fundamental para o conforto e beleza do ambiente.

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Tipos de lâmpadas
As lâmpadas dividem-se essencialmente em dois
grandes grupos: lâmpadas de incandescência e
lâmpadas de descarga.

Lâmpadas de
incandescência
Lâmpadas de néon.
Lâmpadas de vapor de sódio de baixa e alta pressão.
Lâmpadas de
descarga Lâmpadas de vapor de mercúrio de baixa pressão
(fluorescentes) e de alta pressão.
Lâmpadas de iodetos metálicos.
Lâmpadas
mistas
Lâmpadas
led

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Tipos de Lâmpadas - Incandescentes

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Lâmpadas Incandescentes
Influência da tensão

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Lâmpadas de descarga

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CFL - Compact Flurescent Lamp

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Características das fontes luminosas

São caracterizadas por quatro factores:


• Aparência da cor
• Índice de restituição de cor
• Tempo de vida útil
• Eficiência luminosa

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Características das lâmpadas

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Iluminação de Interior
Parâmetros a ter em conta:
• Nível de iluminação adequado
• Limite de encandeamento
• Conforto visual
• Facilidade de manutenção e de
aprovisionamento
• Baixo consumo de energia eléctrica
Primeiros três aspectos psico-fisiológios;
Os dois últimos aspectos técnicos

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Níveis de iluminação
Tipo de actividade Níveis recomendados (lux)
(Alguns exemplos)
Escritórios Entre 100 (circulações)
e 750 (desenho)
Bibliotecas Entre 150 (ficheiros)
e 500 (leitura)
Comércio Entre 100 (armazéns)
e 1500 montras
Hospitais Entre 250 (enfermarias)
e 20000 (operações)

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Índice de restituição de cor


Qualidade desejada Ra Aplicações
• Apreciação o mais exacta • Controlo e selecção
possível das cores Ra > 90 • Laboratórios
• Excelente rendimento de • Sala de impressão
cor
• Rendimento de cor Ra > 70 • Escritórios
aceitável • Escolas
• Lojas
• Rendimento de cor 60<Ra<70 • Indústrias: oficinas
medíocre mecânicas
• Sem qualquer exigência Ra <60 • Indústria: armazéns,
de rendimento de cor salas de fundição e
produção em geral

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Lâmpadas de descarga
• Vapor de mercúrio (boa restituição de cores)
• “Metal halide” (boa restituição de cores)
• Vapor de sódio de alta pressão (reacendimento
rápido)
• Vapor de sódio baixa pressão (a mais eficiente mas
luz monocromática amarela)
• Tempos de arranque inicial e de reacendimento
Mercúrio: 5 a 7 min e 3 a 6 min
“Metal halide”: 3 a 5 min e 10 a 15 min
Sódio de AP: 3 a 4 min e 1 min

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Influência do Envelhecimento

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Comparação da eficiência luminosa

Gráfico comparativo eficiência luminosa por tecnologia (fonte: Pita, F)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Comparação da eficiência luminosa

Eficiência luminosa por tipo de lâmpada (fonte: Braga, L)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Balastros
São equipamentos auxiliares necessários para o acendimento das
lâmpadas de descarga. Servem para limitar a corrente e adequar as
tensões para o perfeito funcionamento das lâmpadas.
Os tipos de balastros encontrados no mercado são : electromagnéticos e
electrónicos.
Os balastros electromagnéticos são constituídos por
um núcleo laminado de aço silício (com baixas perdas)
e bobinas de fio de cobre esmaltado.

Os balastros electrónicos são constituídos por


condensadores e bobinas para alta frequência,
resistências, circuitos integrados e outros
componentes electrónicos. Trabalham em alta
frequência (de 20 KHz a 50 KHz). Proporciona maior
fluxo luminoso com menor potência de consumo,
transformando assim os balastros electrónicos em
produtos economizadores de energia e com maior
eficiência que os balastros electromagnéticos.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Balastros
Eficiência depende das perdas (elevadas
nas versões mais económicas):
– no ferro
– no cobre
Versões de boa eficiência:
– Balastros de baixo consumo
– Balastros de baixas perdas (melhorias
construtivas
– Balastros electrónicos

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Balastro electrónico
Frequência elevada (> 20 kHz) aumenta:
• Eficiência das lâmpadas
• Duração das lâmpadas

Permitem “diming” com controlo manual ou


controlo automático (com informação de um
foto-sensor) para aproveitamento da luz
natural

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Uso de balastro electrónico


(2 Lâmpadas TL φ 26 mm) Balastro Balastro
electrónico convencional
Potência nominal 50 W 58 W
por cada lâmp.
Potência do 11.5 W 28 W
Balastro
Potência da rede 111.5 W 144 W

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Luminária
Luminária é um suporte de iluminação onde se montam as lâmpadas, mas estas são consideradas
à parte. Além de servirem para suportar as lâmpadas, as luminárias também têm outros
componentes que protegem as lâmpadas e modificam a luz emitida por estas. Dois desses
dispositivos são os reflectores e os difusores.
Difusor
O difusor evita que a luz seja enviada directamente da
lâmpada para os objectos ou pessoas. Uma lâmpada de
incandescência vulgar não tem difusor, embora o vidro
possa produzir um pouco esse efeito. Por não ter difusor,
este tipo de iluminação produz um forte contraste claro-
escuro entre as zonas iluminadas e as não iluminadas. Em
muitos casos este efeito não é muito agradável e é preferível
uma luz mais suave. Neste caso, a própria lâmpada pode vir
revestida interiormente de um pó branco que espalha a luz
em várias direcções, esbatendo o contraste entre o claro e o
escuro. Noutros casos, os difusores são externos à lâmpada,
mas a sua função é similar.
Reflector
Um reflector é uma superfície que existe no interior duma luminária e que reflecte a luz. Desta
forma, a luz é aproveitada melhor, pois a porção da luz emitida para cima, no caso duma
lâmpada pendurada no tecto, é reenviada para baixo. Os reflectores podem ser espelhos. Há
lâmpadas que são espelhadas no seu próprio interior.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Luminária
Consideramos aletas a “grade” posicionada em frente
às lâmpadas, no sentido perpendicular a elas. Estas,
assim como os reflectores, podem ser constituídas de
vários materiais e com vários tipos de acabamento
(alumínio, policarbonato ou aço). A sua função é
limitar o ângulo de ofuscamento num ambiente,
aumentando o conforto visual de seus utilizadores.
Aletas
O ofuscamento ocasiona desconforto visual ou uma redução na
capacidade de ver os objectos, motivados por excesso de
luminância na direcção da visão. Pode ser considerado directo,
quando o ofuscamento ocorre através da luminária/lâmpadas, ou
indirecto, quando a luz reflectida em determinadas superfícies
retorna aos olhos dos utilizadores desse ambiente.
O ofuscamento directo pode ser neutralizado utilizando-se
acessórios nas luminárias como aletas ou difusores. Já para o
ofuscamento indirecto deve-se redimensionar o projecto
luminotecnico, pois é causado pelo excesso de luz no ambiente.
O rendimento de uma luminária corresponde ao quociente do fluxo luminoso emitido
pela luminária à temperatura de 25º C, e o fluxo luminoso total emitido pela(s)
lâmpada(s) pertencentes à luminária, igualmente a uma temperatura de 25º C.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Depreciação do fluxo luminoso

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Manutenção

Questões econó-
micas e funcionais.

Influência no projecto
e no controlo.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Manutenção - substituições

% de lâmpadas
sobreviventes

substituição
vantajosa

% de vida útil

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Substituição em grupo
Reduz custo de manutenção e exploração:
• Aumenta a eficiência e duração das
armaduras
• Representa uma percentagem fixa nos
orçamentos de manutenção
• Reduz custos de substituição
• Reduz stocks
• Reduz ao mínimo as perturbações do ritmo
de trabalho

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Medidas de racionalização de
consumos
• Utilizar ao máximo a luz natural
• Desligar quando desnecessário
• Reduzir níveis excessivos em áreas não laborais e
de armazenamento
• Rever os níveis actuais de iluminação / considerar a
remoção de algumas fontes
• Rever iluminação exterior
• Utilização de luz local
• Fazer manutenção (limpeza, substituição)
• Fazer limpeza periódica das lâmpadas e armaduras

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Medidas de racionalização de
consumos
• Planear a substituição periódica
• Usar revestimentos com coeficientes de reflexão
adequados
• Manter as superfícies limpas
• Segregar adequadamente os circuitos
• Substituição de tecnologias (lâmpadas)
• Usos de balastros eficientes
• Fazer recuperação de calor das armaduras

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Exemplo: Poupança potencial pelo


esquecimento de desligar a luz.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Exemplo: Solução de controlo e redução do


consumo

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de


energia em Edifícios
=
Building Management System
(BMS)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Legislação
O Dec. Lei 118/2013 de 20 Agosto (RECS) veio obrigar que a
generalidade dos edifícios de serviços tenha:

 Limitações de potência instalada e sistema de climatização


centralizados;
 Monitorização e Arquivo de consumos energéticos;
 Um sistema de Gestão Técnica Centralizada;
 Certificações e Auditorias Periódicas

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Monitorização, Análise e Optimização de


consumos

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Monitorização, Análise e Optimização de


consumos
 Para gerir eficientemente um edifício é necessário conhecer os
seus consumos.
 Através de uma monitorização contínua dos dados dos consumos
consegue-se identificar potenciais poupanças de energia e avaliar o
sucesso das medidas de optimização.
 Acesso limitado à informação dos dados de consumo. Por exemplo,
os relatórios são gerados localmente e necessitam de ser
distribuídos e arquivados.
 Tempo de resposta lento, no caso de falhas ou anomalias nos
dados. Perca de informação, desvios significativos (não existe
sistema de alarme).
 Necessidade de centralizar a informação de forma a se conseguir
reacções mais coordenadas e eficazes.

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Monitorização, Análise e Optimização de


consumos

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Monitorização, Análise e Optimização de


consumos

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Potencial de Economia por tipo de edifício

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Potencial de Economia por tipo de edifício

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Custos totais do edifício ao longo da vida útil

Consumos típicos

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Objectivos do edifício “inteligente”

• Proporcionar um ambiente confortável e produtivo


• Permitir uma gestão efectiva dos recursos
• Responder com rapidez às exigências dos ocupantes

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Sistemas típicos num Edifício

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Instalação eléctrica com bus (comunicação)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


• Estes sistemas podem permitir:
– Registo de dados
– Transmissão de informação
– Tratamento de dados
– Decisão e controlo
– Apresentação da informação

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia

Acções típicas
• Iluminação
– Deslastre Horário de circuitos de iluminação
– Deslastre de iluminação em função da ocupação do Edifício
– Controlo de luminosidade
• Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado:
– Controlo da Temperatura, Humidade e CO2
– Controlo do Ar e/ou produção e circulação de água quente/fria
– Optimização do funcionamento proporcionando conforto aos
utilizadores do edifício

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia

Acções típicas
• Monitorização Energética:
– Informação sobre várias grandezas (Tensões, Potências, Energias)
– Deslastragemde cargas em caso de picos de consumos ou casos
de emergência
– Controlo Horário sobre Tarifas de Energia
• Segurança:
– Controlo de Intrusão
– Gestão de controlo de acessos
– Video-vigilância(CCTV)

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia

Acções típicas
• Utilização de recursos naturais:
– Aproveitamento da luz natural para iluminar o edifício
– Controlo da temperatura interior em função da exposição solar
– Renovação de ar
• Situações de Emergência:
– Acções pré-definidas em caso de incêndio, falha de energia
– Gestão de Pânico através da Iluminação e comando de portas
– “Braço direito”do sistema de detecção de incêndios

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia

Estratégias de controlo em edifícios novos


• Um correcto controlo é essencial para manter os níveis de
serviço, conforto e segurança desejados, garantindo a
eficiência energética.
• Melhora o conforto dos ocupantes;
• Evita que os sistemas estejam em funcionamento
indevidamente;
• Assegura que os serviços são fornecidos no nível correcto;
• Minimiza os requisitos de manutenção, preferindo a
manutenção preventiva em detrimento da reactiva;
• Reduzo consumo energético, custos de operação e
minimiza as emissões para a atmosfera

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia

Objectivos
• Controlo dos diferentes sistemas (AVAC, Iluminação,
Instalações Eléctricas, Centrais de Bombagem, Elevadores e
Escadas Rolantes, ...);
• Optimização dos sistemas/sub-sistemas:
• Controlo de pontas,
• Rapidez na identificação e reparação de alarmes / avarias,
• Redução dos tempos de paragens
• Controlo de custos de exploração (e distribuição pelos
diferentes “Centros de Custo”);
• Redução dos custos Energéticos sem prejuízo do conforto e de
outras funcionalidades / exigências do edifício;
• Controlo dos Custos de manutenção;

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


• Um sistema de gestão de energia oferece uma
variedade de funções, de que se podem destacar:
– Paragem e arranque de sistemas de forma a evitar consumos
desnecessários de energia
– Monitorização dos parâmetros de funcionamento da instalação,
permitindo o alarme para condições de deficiente operação e
manutenção;
– Registo da informação relativa a parâmetros de eficiência de
funcionamento da instalação ( caudais, consumos, temperaturas…) que
permitem análises e decisões que conduzam a uma melhoria da
eficiência energética da instalação
– Possibilidade de melhorar os trabalhos de manutenção, já que permite a
dedicação exclusiva do respectivo pessoal a outras tarefas além de
determinar periodicidades automaticamente

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Arquitectura

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Protocolos de comunicação
Os protocolos de comunicação são a linguagem que permite que os
diversos elementos de um sistema domótico (sensores e actuadores)
comuniquem entre si e que se entendam.

BATIBUS
EIBUS No Japão TRON
JBUS
Na Europa
MODBUS
D2B
EIB

CEBUS
X-10
Nos Estados Unidos SMART
HOUSE
ECHELON
86

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Gestão Técnica de Energia, AVAC e


Iluminação

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Gestão Técnica, AVAC, Controlo de


Acessos e CCTV

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Níveis Funcionais

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Telas dinâmicas

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SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Sistemas de gestão técnica de energia


Telas dinâmicas

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Telas dinâmicas

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Sistemas Electromecânicos
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
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Mestrado em Engenharia Mecânica

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização Ano Lectivo de 2018/2019 – Semestre de Inverno

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