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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Sistemas Electromecânicos
MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
Mestrado em Engenharia Mecânica

Condições Contratuais para o Fornecimento de


Energia Eléctrica – Sistema Tarifário
Joaquim Monteiro

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Controlo de Sistemas
jmonteiro@dem.isel.pt

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização Ano Lectivo de 2018/2019 – Semestre de Inverno


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Generalidades

 O sistema de tarifário de energia elétrica é definido por um


conjunto de regras e de preços utilizados pelos distribuidores
para o cálculo do preço de venda da energia elétrica ao
consumidor.

 Designa-se por distribuidor (comercializador) a entidade que


fornece a energia elétrica e por consumidor a entidade que
recebe a energia elétrica.

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Generalidades

 A liberalização do mercado de eletricidade em Portugal permite a


livre concorrência nos mercados de eletricidade e gás,
possibilitando o aparecimento de vários comercializadores e uma
maior escolha dos consumidores;

 O processo de liberalização em Portugal, à semelhança de outros


países europeus, foi efectuado de forma faseada. Começou por
incluir os clientes de maior consumo e de níveis de tensão mais
elevados.

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Generalidades
 A abertura do mercado nacional foi efectuada entre 1995 e 2006,
podendo a partir desta data todos os consumidores escolher o seu
fornecedor de energia électrica;

 No mercado regulado, os preços de venda da energia são fixados


anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos;

 No mercado livre, os preços da energia são estabelecidos por


cada comercializador, respeitando as regras da concorrência e o
Regulamento das Relações Comerciais.

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Na eletricidade a EDP Serviço Universal está no mercado regulado.


Qualquer outro comercializador está no mercado liberalizado.
No gás natural há comercializadores no mercado regulado e liberalizado.

Mercado regulado: > EDP Gás Serviço Universal


> Galp Energia (Beiragás, Dianagás, Duriensegás,
Lisboagás, Lusitaniagás, Medigás, Paxgás, Setgás)
> Sonorgás
> Tagusgás

Mercado liberalizado:> EDP Comercial


> Endesa
> Galp Power
> Gas Natural Fenosa
> Gold Energy
> Iberdrola
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Estrutura geral das tarifas

Os preços praticados pelos comercializadores incluem uma parcela


que corresponde às tarifas de acesso às redes, estabelecidas nos
termos do Regulamento do Tarifário. Os preços das tarifas de
acesso às redes resultam da soma dos preços das tarifas
aplicadas:

a) Tarifa de Uso Global do Sistema;

b) Tarifa de Uso da Rede de Transporte;

c) Tarifas de Uso da Rede de Distribuição.

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Estrutura geral das tarifas

As tarifas aplicáveis aos clientes BTN (Baixa Tensão Normal,


ver Escalões de Tensão) são compostas pelos preços relativos á:
 potência contratada, em Euros por kW, por mês.

 energia activa por período tarifário, em Euros por kWh.


BT – Baixa Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV)
BTN: Potência Contratada igual ou inferior a 41,4 kVA;
BTE: Potência Contratada maior que 41,4kVA;
MT – Média Tensão (tensão entre fases superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV);
AT – Alta Tensão (tensão entre fases superior a 45 kV e igual ou inferior a 110 kV).
MAT – Muito Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 110 kV).

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Estrutura geral das tarifas

As tarifas aplicáveis aos clientes em MAT, AT, MT e BTE são


compostas pelos preços relativos á:

 contratação, leitura, facturação e cobrança (termo tarifário fixo, em


Euros por mês)

 potência contratada, em Euros por kW, por mês.

 potência em horas de ponta, em Euros por kW, por mês.

 energia activa por período tarifário, em Euros por kWh.

 energia reactiva fornecida e consumida, em Euros por kVArh.

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Estrutura geral das tarifas


Para o cálculo dos valores a facturar é importante a diferenciação,
do dia ou da semana, em dois grupos de horas distintos, Horas de
Vazio (Hv) e Horas Fora de Vazio (Hfv), já que esta divisão
estabelece diferentes princípios de cálculo e preços a praticar.

Períodos horários:
 Horas de ponta.
 Horas cheias.
 Horas de vazio normal.
 Horas de super vazio.

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Estrutura geral das tarifas

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Estrutura geral das tarifas


Ciclo Semanal

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Estrutura geral das tarifas

CONTRATOS E TARIFAS Períodos Horários (dia)


Períodos Trimestrais (meses) Tarifa social
Período I - 1 de Janeiro a 31 de Março Tarifa simples
 Horas fora de vazio
Período II ... Tarifa bi-horária  Horas de vazio

Período III ...
Horas de ponta
Período IV ... Horas cheias
Tarifa tri-horária 
Horas de vazio

Tarifa sazonal Horas de ponta


Horas cheias
Actividades económicas que apresentem, pelo Tarifa tetra-horária 
Horas de vazio normal
menos, 5 meses de ausência de consumo. 
Horas de sup er vazio

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Cálculo da Tarifa Simples


Consumidores domésticos que utilizam a energia eléctrica
exclusivamente nas suas habitações ou que exerçam pequenas
actividades profissionais.
Este consumidor paga mensalmente a potência contratada e a
energia consumida. O preço a pagar é dado por:
T=a+b.Ws (Euros)

a é a taxa de potência na tarifa simples (em Euros por mês) que varia
por escalões com a potência contratada. Esta é controlada por um disjuntor
instalado e selado pelo distribuidor.
b é a taxa de energia na tarifa simples (expressa em Euros por kWh) a
pagar pela energia activa consumida (Ws, em kWh) medida no contador.
Ws é a energia activa consumida na tarifa simples (em kWh)
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Cálculo das Tarifas Múltiplas


As tarifas múltiplas tomam em consideração a energia consumida nos
diferentes períodos do dia (Hv e Hfv)

Tarifa dupla ou Bi-horária


T=a+b.Wfv+c.Wv (Euros)
a é a taxa de potência na tarifa bi-horária (em Euros por mês) que varia
por escalões com a potência contratada.
b é a taxa de energia na tarifa bi-horária fora do vazio (Euros por kWh) a
pagar pela energia activa consumida nas horas fora do vazio (Wfv, em kWh).
Wfv – Energia activa consumida na tarifa bi-horária nas horas fora do
vazio (Wfv, em kWh), medida no contador.
c é a taxa de energia na tarifa bi-horária no vazio (em Euros por kWh) a
pagar pela energia activa consumida nas horas de vazio (Wfv, em kWh).
Wfv – Energia activa consumida na tarifa bi-horária nas horas de vazio
(Wv, em kWh), medida no contador.
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Cálculo das Tarifas Múltiplas


As tarifas múltiplas, tripla ou tri-horária, e a tetra-horária, calculam-se
seguindo o mesmo raciocínio que a tarifa bi-horária. Estas tarifas têm
as respectivas taxas de energia e de potência para cada tipo de horas.

Tarifa tripla ou Tri-horária


Esta tarifa além da taxa de potência na tarifa tri-horária entra também
com as três parcelas de energia activa relativas as horas de ponta,
cheias e de vazio .

Tarifa Tetra-horária
Esta tarifa além da taxa de potência na tarifa tetra-horária entra com
as quatro parcelas de energia activa relativas as horas de ponta,
cheias, de vazio normal e de super vazio.
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Cálculo das Tarifas Múltiplas


No gráfico em baixo apresenta-se um estudo comparativo entre a tarifa
simples e a tarifa bi-horária.

Verifica-se que até um consumo no vazio de 55kWh compensa ter a


tarifa simples, a partir deste valor compensa mais ter a tarifa bi-horária.

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Energia Reactiva

 A energia activa produz trabalho, p.e., a rotação do eixo do motor,


a energia reactiva produz o fluxo magnético indispensável ao
funcionamento dos motores, transformadores, etc.

 O Factor de Potência (fp) traduz o grau de eficiência do uso dos


sistemas eléctricos.

 Valores altos de fp (próximos a 1,0) indicam uso eficiente da


energia eléctrica, enquanto valores baixos indiciam um mau
aproveitamento e representam uma sobrecarga para todo sistema
eléctrico.

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Inconvenientes da Energia Reactiva


 Produtor de Energia
 Instalação de alternadores de maior potência, mais caros;
 Diminuição do rendimento e aumento das perdas dos alternadores;
 Instalação de transformadores e aparelhagem mais caro;

 Transportador e Distribuidor de Energia


 Secção dos condutores das linhas e cabos mais elevada, tornando as
instalações mais caras;
 Postes e isoladores de apoio das linhas aéreas com maiores dimensões;
 Quedas de tensão e perdas por efeitos de Joule nas linhas e cabos.

 Consumidor de Energia
 Secções dos condutores mais elevadas;
 Quedas de tensão e perdas mais elevadas;
 Calibres superiores das aparelhagens de Proteção, Comando e Manobra;

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Energia Reactiva
 Para cálculo da energia reactiva a facturar utiliza-se o factor, tg φ,
que se define como o quociente entre a energia reactiva e a energia
activa medidas no mesmo período.

 Quanto maior for a tg φ menor será o fp e maior será a energia


reactiva a transitar nas redes.

 Aos consumidores de MT e de BTE é facturada:

 A Energia Reactiva consumida fora das horas de vazio, quando


excede 30 % da Energia Activa;

 Energia Reactiva fornecida à rede nas horas de vazio.

Factura Total =Termo Fixo + FP (...+...)+ FE (...+...+…) + FR .... e iva


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Energia Reactiva
 Qual o impacto da nova legislação na factura da energia eléctrica?

 Actualmente a energia reactiva indutiva consumida fora das horas de vazio é


facturada ao cliente se o factor tg φ for superior 0,3;

 Refere-se que a energia reactiva capacitiva, injectada da rede nos períodos


de vazio, também é facturada aos clientes;

 Os factores multiplicativos a aplicar ao preço de referência de energia


reactiva publicados pela ERSE, por escalão de facturação de energia reactiva
indutiva são:
Descrição Factor multiplicativo

Escalão 1 Para 0,3 ≤tg φ < 0,4 0,33 (a partir de 1.1.2012)

Escalão 2 Para 0,4 ≤tg φ < 0,5 1,00

Escalão 3 Para tg φ ≥ 0,5 3,00

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Compensação do Factor de Potência

• A análise da faturação em vigor, mostra o interesse em que a energia


reativa não exceda os 30% da energia ativa, nas horas fora de vazio.

• Exemplificando, para o caso de uma carga constituída, essencialmente,


por um motor trifásico de 100 kW com fator de potência 0,75 indutivo,
vejamos como corrigir o fator de potência, para um valor tal que seja
evitado o pagamento da energia reativa (tg φ=0,3):

• Na situação, antes de se fazer a correção do fator de potência, a


instalação é caracterizada por: cos φ1 = 0,75 tg φ1 = 0,88

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Compensação do Factor de Potência

Pretendendo-se que, após instalar a bateria de condensadores, a


instalação seja caracterizada por: tg φ2 = 0,3.

Assim tem-se:

• Qc=P ( tg φ1-tg φ2)

• Qc=100 (0,88-0,30)

• Qc=58 kVAr

Qc é a potência reactiva
a compensar.

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Cálculo do valor do condensador


Assim, requer-se uma bateria de condensadores a instalar, que
tenha a capacidade de produzir a energia reativa, Qc=∆Q=Q1-Q2

Compensação para circuitos monofásicos


Nestes circuitos considera-se a tensão simples, US.
QC
C= UF = Us é a tensão de fase (tensão simples)
ω.U F2
Compensação para circuitos trifásicas
A compensação pode ser com os condensadores ligados, em estrela
ou em triângulo, em paralelo com a carga.
QC QC
Ligados em triângulo: C∆ = Ligados em estrela: CΥ =
3.ω.U C2 UC é a tensão composta
ω.U C2
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Principio da Compensação
 Parte da potência reactiva necessária
ao funcionamento da carga, deixa de
ser fornecida pelo distribuidor, para ser
fornecida por baterias de
condensadores;

 Os condensadores impõem factores de


potência capacitivos e assim anulam o
efeito indutivo imposto pelos motores;

 O investimento feito pelo consumidor,


no equipamento de compensação, tem
como contrapartida a redução da
factura mensal;

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Simuladores de Electricidade e Gás


 Consulte o tarifário e veja até quanto pode poupar.

Site da ERSE:
 http://www.erse.pt/pt/electricidade/simuladores/Paginas/default.aspx
 Simulador de Potência a Contratar
 http://www.erse.pt/pt/electricidade/simuladores/simuladorde
potenciaacontratar/Documents/ERSEkw.html

 Simuladores de Comparação de Preços no Mercado


 http://www.erse.pt/pt/electricidade/simuladores/simuladores
decomparacaodeprecosnomercado/Paginas/simuladorcompar
acaodeprecos.aspx
 https://www.deco.proteste.pt/casa-energia/eletricidade-
gas/simule-e-poupe/eletricidade-gas-melhor-
tarifa/?landingpage

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Como calcular o consumo dum equipamento


1. Identificar a potência (Watt) do equipamento. Normalmente os
fabricantes indicam esse valor numa chapa ou etiqueta colocada de
lado ou na parte posterior do equipamento. Se não existe essa
indicação, mas apenas a intensidade de corrente (Ampere - A) e a
tensão (Volt - V) fazer o seguinte cálculo: A X V = Watt (V = 230V)

2. Determinar o consumo mensal do equipamento, multiplicando a


potência pelo número de horas de utilização mensal do
equipamento. P.e., se uma lâmpada fluorescente (36 W) está ligada
8 horas por dia, então por mês estará ligada 240 Horas (8x30 dias).
O seu consumo mensal será de: Watts X horas utilização = Watts
hora por mês (36 X 240 = 8 640 W.h), energia consumida.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 28 Ano lectivo 2017/2018 – Semestre Inverno


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Como calcular o consumo dum equipamento

3. Determinar a energia em Kilowatt hora (kWh) consumidos por


mês: Watt hora por mês / 1000 = kWh por mês (8 640 / 1000 =
8,64 kW.h)

4. Finalmente para saber o custo de energia deste consumo basta


multiplicar os kWh por € 0,1011 (no caso da tarifa
simples). 8,64 kWh X 0,1011 = 0,8735 €.

5. Para calcular o valor total da factura é necessário incluir a taxa


de potência na tarifa contratada: T=a+b.Ws (Euros)

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 29 Ano lectivo 2017/2018 – Semestre Inverno


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Exercícios – Preços de energia (electricidade)


Enunciado: Selecção de frigorífico
Ao pretender-se comprar um frigorifico a família Silva seleccionou os seguintes 2 frigoríficos numa
grande superfície:
• Marca Bosch (modelo KDV29V13):
• Volume de refrigerado e congelado de 199 l e 68 l.
• Preço 399,
• Classificação energética A+
• Consumo anual 250 kWh/ano

• Marca Samsung (modelo RT25):


• Volume de refrigerado e congelado de 161 l e 56 l
• Preço 319 €
• Classificação energética B
• Consumo anual 423 kWh/ano

Admitindo que o consumo eléctrico diário de um frigorifico ocorre 25% nas horas de vazio e 75%
nas horas fora do vazio, dê uma ajuda à família Silva no que respeita aos consumos eléctricos:
a) Para uma opção tarifária simples
b) Para uma opção tarifária bi-horária (ciclo diário)

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 30 Ano lectivo 2017/2018 – Semestre Inverno


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Exercícios – Preços de energia (electricidade)


Resolução: Selecção de frigorífico
a) Em tarifa simples o kWh custa sempre 0,1285 €. Assim, a futura factura eléctrica associada aos
frigoríficos será:
-Bosch: 250 kWh/ano x 0,1285 €/kWh = 32 €/ano
-Samsung: 423 kWh/ano x 0,1285 €/kWh = 54 €/ano

A poupança será de 22 €/ano

Conclui-se que o custo acrescido do frigorifico Bosch de 80 €, é recuperado em menos de 4


anos de funcionamento.

b) Em tarifa bi-horária a electricidade custa:


-Horas de vazio (10h/dia) = 0,0742 €/kWh
-Horas fora de vazio (24h/dia) = 0,1382 €/kWh

O consumo tem uma ponderação de 25% nas horas de vazio e 75% fora de vazio, o preço médio do
kWh consumido pelo frigorífico será de 0,122 €/kWh (25% x 0,0742 + 75% x 0,1382).

Para este valor a diferença a favor do frigorífico Bosch é de 21 €/ano (0,122 x (423 – 250)), contra 22
€/ano em tarifa simples. Assim, a poupança não é significativamente influenciada pelas opções
contratuais.
Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 31 Ano lectivo 2017/2018 – Semestre Inverno

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