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Fogo Estranho

A. W. Pink
Traduzido do original em Inglês
Strange Fire
By A. W. Pink

Via: EternalLifeMinistries.org

Tradução por Gabriel Costa


Revisão por Camila Almeida
Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

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Fogo Estranho
Por Arthur W. Pink

Quanto “fogo estranho” existe no mundo religioso hoje; muito mais do que geralmente é
percebido. Fogo que não foi autorizado por Deus; fogo que não foi aceso por uma brasa de
Seu altar; fogo que não é alimentado com o com combustível do Espírito. E, assim, é “fogo
estranho”. É o vigor da carne convertido num leito de religiosidade; a mesma energia que
move o entusiasta político em buscar votos para seu partido, apenas dirigido para outros
propósitos. É o custo de zelo autêntico, ainda assim o zelo que não está de acordo com o
que conhecemos. É o entusiasmo da juventude, levando-os a ir sem serem divinamente
enviados. É o engajar-se no “serviço Cristão” para o qual Deus não os chamou, visto que
eles não têm o “Assim diz o Senhor” como aval.

Quando nos voltamos para as Sagradas Escrituras somos de súbito atingidos pelo vívido
contraste entre o que foi ordenado por Deus e o que agora tão amplamente prevalece na
Cristandade. Aqueles que estão familiarizados com o conteúdo do Pentateuco devem ser
impactados com a riqueza da instrução que foi dada a Moisés para a ordenação do culto
Divino e serviço em Israel. Nada estava faltando, nada foi deixado à escolha do povo. O
próprio Senhor deu a conhecer a Sua vontade e deu ordem nesse sentido. Ele designou os
que haviam de servir, Ele especificou as suas funções peculiares. Ele concedeu sabedoria
para tarefas especiais. Até nos mínimos detalhes tudo deveria ser executado exatamente
como Deus ordenou. Ninguém deveria intrometer-se nos desígnios sagrados, ninguém
deveria usurpar a autoridade. Nada menos do que a morte aguardava aqueles que se atre-
vessem a introduzir confusão nos apontamentos de Deus.

“Mas tu põe os levitas sobre o tabernáculo do testemunho, e sobre todos os seus utensílios,
e sobre tudo o que pertence a ele; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; e
eles o administrarão, e acampar-se-ão ao redor do tabernáculo. E, quando o tabernáculo
partir, os levitas o desarmarão; e, quando o tabernáculo se houver de assentar no arraial,
os levitas o armarão; e o estranho que se chegar morrerá” (Números 1:50-51). Mui definitiva
era essa ordem Divina, e todo o Israel, cada uma das tribos, deveria submeter-se ou sofrer
o julgamento implacável de Deus. Não importa o quão espiritual, o quão zeloso, ou devo-
tado à glória de Deus, ninguém, senão os levitas, foram autorizados a ter qualquer parte na
condução dos serviços do tabernáculo.

Esta prescrição e proibição Divina foi repetida vez após vez. “Mas a Arão e a seus filhos
ordenarás que guardem o seu sacerdócio, e o estranho que se chegar morrerá” (Números
3:10, e veja o verso 38). “Por memorial para os filhos de Israel, que nenhum estranho, que

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não for da descendência de Arão, se chegue para acender incenso perante o Senhor”
(Números 16:40). “E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação,
para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas executarão o ministério da
tenda da congregação” (Números 18:22-23). Nada poderia ser mais claro: todos aqueles
que não pertenciam à Divinamente ordenada tribo de Levi foram estritamente proibidos e
impedidos de tomar parte nos serviços da casa de Deus. Ainda assim, manifestas como
eram essas ordens, houve alguns em Israel que ousaram desafiar o Senhor e, em conse-
quência disso, pagaram por sua imprudência com suas vidas.

“E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles
fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o
que não lhes ordenara” (Levítico 10:1-2). Perceba bem que esses homens eram da tribo de
Levi, mas eles tomaram para si o que o Senhor não havia ordenado. Eles ofereceram fogo
estranho perante o Senhor, ou seja, o fogo que Ele não tinha designado (cf. Êxodo 31:9),
e, portanto, eles foram mortos diante dEle. Em outra ocasião, vemos que havia um grupo
em Israel, “duzentos e cinquenta príncipes da congregação, famosos na congregação, ho-
mens de renome” liderados por Coré, Datã e Abirão, que se ressentiam fortemente sobre a
restrição Divinamente apontada. “E se congregaram contra Moisés e contra Arão, e lhes
disseram: Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o Senhor
está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?” (Números
16:3). A consequência foi solene (vv. 31-32).

Deus é muito zeloso com os Seus desígnios e não os deixará serem desafiados com
impunidade. Ele havia dado ordem expressa de que, “Ninguém pode levar a arca de Deus,
senão os levitas; porque o Senhor os escolheu, para levar a arca de Deus, e para o servirem
eternamente” (1 Crônicas 15:2). Mas, isso foi ignorado por Davi, pois, “puseram a arca de
Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe, que está em Gibeá; e Uzá e
Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo” (2 Samuel 6:3). “E, chegando à eira de
Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus, e pegou nela; porque os bois a deixavam
pender. Então a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudên-
cia; e morreu ali junto à arca de Deus” (vv. 6-7). Mais tarde, Davi reconheceu sua culpa,
dizendo aos sacerdotes: “o Senhor nosso Deus fez rotura em nós, porque não o buscamos
segundo a ordenança” (1 Crônicas 15:13).

Numa data posterior, é registrado sobre o Rei Uzias: “Mas, havendo-se já fortificado,
exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque
entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. Porém o sacerdote
Azarias entrou após ele, e com ele oitenta sacerdotes do Senhor, homens valentes. E
resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante

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o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso;
sai do santuário, porque transgrediste; e não será isto para honra tua da parte do Senhor
Deus.

Então Uzias se indignou; e tinha o incensário na sua mão para queimar incenso. Indignan-
do-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa perante os sacerdotes, na
casa do Senhor...Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser
leproso, numa casa separada...” (2 Crônicas 26:16-19, 21). Que solene lição foi esta! Quão
claramente é manifestado o inflamado descontentamento do Senhor contra aqueles que
rebelam-se contra as restrições que Ele impõe, e que determinam tomar sobre si uma obra
para a qual Ele não os chamou. Sim, apesar de rei, sua dignidade real não podia fornecer
imunidade ao julgamento Divino, porque Deus não faz acepção de pessoas reis e servos,
igualmente, devem obedecer aos Seus mandamentos ou sofrer as consequências de sua
insubordinação.

Assim sendo, meu leitor, estes indizivelmente solenes incidentes não teriam uma mensa-
gem para nós, hoje? É verdade que nesta era Cristã não há nenhuma classe Divinamente
ordenado para ficar entre o Senhor e Seu povo. É verdade que todos os crentes são “um
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo”
(1 Pedro 2:5). Mas isso não significa que não há oficiais Divinamente chamados e qualifica-
dos por Cristo para administrar as questões do Seu reino, e que todo Cristão pode conside-
rar-se no direito de pregar o Seu Evangelho e administrar as Suas ordenanças. Não, de
fato, muito longe disso. Nada, senão uma grande desordem pode acontecer no lugar onde
cada Tom, Dick e Harry dispõe-se a executar a obra para o qual ele não está qualificado.
O princípio de “e ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado de Deus”
(Hebreus 5:4) é tão verdadeiramente válido, hoje, como nos tempos do Antigo Testamento.

“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres (ou seja, “doutores”), sabendo que recebe-
remos mais duro juízo” (Tiago 3:1). A palavra que é aqui traduzida como “mestres” significa
“doutores”, sendo o plural do usado em João 3:10, “Tu és mestre em Israel?”. “Muitos
convertidos ao Cristianismo poderiam estar desejosos da distinção de professores: tendo
em vista, o crédito e preeminência daquela posição, ou a partir de uma ideia equivocada de
que eles não poderiam glorificar a Deus ou fazer o bem para os homens em outra posição;
embora talvez, eles não estivessem cientes do peso e dificuldades desse trabalho, e a
consideração solene que seria dada a isso. Mas, eles deveriam saber e refletir seriamente
que os mestres devem permanecer num julgamento mais elevado ou mais rigoroso do que
o dos outros homens... Se os homens verdadeiramente pesassem a importância e a dificul-
dade do ministério sagrado, a consideração que deve ser dada a isso, as provações e
tentações a que eles se expõem, eles seriam menos adiantados do que são, ocasionalmen-
te, no aspirar a esta distinção” (Thomas Scott).

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“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” (2 Timóteo 4:3).
Nos últimos anos, muito tem sido escrito sobre a primeira parte deste verso, mas em toda
a nossa leitura (agora mais de dois milhões de páginas de literatura religiosa e teológica),
não nos recordamos de ter visto um único comentário sobre as palavras que colocamos em
itálico. É um fato muito expressivo e ameaçador que o cumprimento dessas duas profecias
sincroniza-se, pois a rejeição da “sã doutrina” e a multiplicação de homens que denominam-
se “doutores da Bíblia” tem mantido um passo contínuo um com o outro. A coisa grave é
que os “doutores” referidos em 2 Timóteo 4:3 não são Divinamente chamados, mas autono-
meados, de modo que eles podem ser facilmente identificados por sua oposição à Verdade.
Nem um desses “doutores” que lemos acredita na Eleição Incondicional, Redenção Particu-
lar, ou no Sabath Cristão!

Não somente houve uma multiplicação notável de “doutores” religiosos durante os últimos
50 anos, mas também o recrutamento de Cristãos professos tem, em muitos casos, sido
pressionado pelo fazer “obra pessoal”. Em alguns círculos de predominância considerável
de jovens Cristãos (de ambos os sexos) é ensinado que é o seu dever sagrado tornar-se
um “Ganhador de Almas”, e que só por frequentemente “conduzir pecadores a Cristo” pode-
rão ter sua vida espiritual em estado saudável. De vez em quando recebemos cartas de
pessoas que foram trazidas à profunda angústia por tais ensinamentos errôneos. Eles não
se sentem qualificados para a tarefa, mas não querem ser taxados de “estranhos” por seus
amigos, eles ignoraram os instintos de moderação e decência, e “divulgam” aos seus co-
nhecidos a respeito de Cristo, apenas para serem repelidos e sentirem-se miseráveis por
falta de “sucesso”. Então, eles temem que deve haver algo seriamente errado com eles
mesmos, entendendo que Deus retém a Sua bênção a seus esforços.

Claro que tais “doutores” e líderes fazem pretensão de apelar para as Escrituras em apoio
aos seus caprichos. “Pretensão”, dizemos, pois eles não podem encontrar uma única frase,
tanto no Velho ou no Novo Testamento, onde o Senhor ordenou o “recrutamento” do Seu
povo para comprometer-se em qualquer atividade deste tipo. O que, então, eles fazem?
Ora, eles deturpam a Palavra de Deus e erroneamente “manejam” a mesma. No passado
chamamos a atenção para várias más aplicações e promessas indevidamente apropriadas
do Novo Testamento; notemos agora com franqueza alguns preceitos que são cunhados
com um uso totalmente falso. Estas promessas, como mostramos, pertenciam, apenas aos
Apóstolos e seus sucessores imediatos, assim também, os preceitos que estamos olhando
foram dados aos servos separados de Deus e não aos santos em geral.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15).
Ele disse isto a quem? O verso imediatamente anterior nos diz: Aos onze. Que direito tem

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qualquer homem em aplicar a Comissão Apostólica licenciosamente? Nenhum, jamais.
Fazer isto é lidar levianamente com a Santa Palavra de Deus. Na passagem paralela, do
Evangelho de Mateus, àqueles que Cristo ordenou pregar o Evangelho, Ele autorizou a
batizar e ensinar (Mateus 28:19-20) o que torna bastante claro para qualquer alma temente
a Deus que tais encargos só podem ser admitidos a ministros devidamente autorizados de
Deus. “Pregar o Evangelho” não é brincadeira de criança, isso exige um vasto conheci-
mento das Escrituras, longo preparo na escola de Cristo, um conhecimento experimental
do seu conteúdo, e uma capacitação especial do Alto. “Neófitos” estão impedidos desta vo-
cação santa (1 Timóteo 3:6), E em vez de tentar expor os mistérios Divinos, eles mesmos
precisam ser cuidadosamente doutrinados

“De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5:20).
Provavelmente um grande número de nossos leitores ficará espantado ao ouvir que tal
verso como este é ministrado num sentido geral e aplicado a todo o povo de Deus e que
bebês em Cristo (e adeptos nominais) são Embaixadores de Cristo. Mas, tendo em vista
esta era decadente e vã não há nada que deveria nos espantar. Há quem diga que o termo
“embaixadores” seria suficiente o bastante para impedir erros indesculpáveis. Um embai-
xador é o representante oficial de uma nação devidamente autorizado. Um embaixador é o
representante oficial de uma nação devidamente autorizado a agir em nome do seu sobe-
rano. O Rei George tem o seu embaixador em Washington, mas suponha que cada cidadão
britânico que reside agora no EUA devesse ocupar-se dos assuntos diplomáticos e alegar
ser embaixador do Tribunal de St. James; isso não apenas seria inútil, mas eles fariam a
pessoas errar e criariam uma enorme confusão. E isso é exatamente o que esses “obreiros
pessoais” fazem; não chamados por Deus, sem a qualificação do Espírito, possuindo ape-
nas o conhecimento superficial da genuína Verdade, eles distorcem o Evangelho e iludem
aqueles cujos ouvidos eles ganham.

É neste exato ponto que um dano incalculável é feito. Indevidamente, eles lecionam uns
aos outros toda uma falsa concepção do propósito de Deus e de Seu desígnio para o Evan-
gelho, esses “obreiros pessoais” têm se levantado somente para enganar e seduzir os
incautos. Dizendo a todos que os ouçam, que Deus ama a todos, que Cristo morreu para a
redenção de toda a raça humana, eles asseguram aos seus ouvintes que eles podem ser
salvos imediatamente por “simplesmente aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal”. Eles
não sabem que Deus “odeia a todos os que praticam a iniquidade” (Salmo 5:5), e que Cristo
morreu para “salvar o Seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). Eles dizem pouquíssimo
ou nada sobre os requisitos de Deus, as justas demandas de Sua Lei, o fato de que Sua ira
se revela do céu contra toda a injustiça e impiedade (Romanos 1:18), e que os ímpios
devem sinceramente arrepender-se e abandonar seus pecados antes que eles possam
obter misericórdia.

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Este movimento dos “obreiros pessoais” é um barateamento do Evangelho, uma redução
do padrão de Deus, uma perversão de Sua Verdade, e tem produzido uma geração de pro-
fessos não regenerados, que agora infestam as igrejas e congregações. O “fazer conver-
tidos” é o seu objetivo, e a quantidade em vez de qualidade é o grande desejo. Nós está-
vamos pessoalmente familiarizados com um desses obreiros pessoais que teve formação
de três anos em uma grande “Instituição Bíblica”. Ele prometeu “ganhar uma alma para
Cristo” todos os dias naquele ano. Conhecemo-lo após uma tempestade, e ele nos disse
que o clima tinha infelizmente interferido com seu planejamento, naquelas horas estava
tudo tão encharcado que não havia ninguém nos parques públicos a quem ele poderia
abordar. Ele estava, então, “cinco almas atrasado”, e nos disse: “Tenho que compensar o
tempo perdido e ganhar seis almas para Cristo hoje”. A coisa trágica é que tão poucos, nos
dias de hoje, conseguem ver algo de errado com esta blasfêmia horrenda.

É desnecessário examinar todas as passagens dirigidas a estes “doutores” em relação aos


seus erros, mas vamos olhar para mais uma ou duas. “O que ganha almas é sábio” (Provér-
bios 11:30). Sim, porque ele foi especialmente chamado, qualificado e reconhecido por
Deus. Apenas, deixem a Escritura interpretar a Escritura: “Os que forem sábios, pois, res-
plandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as
estrelas sempre e eternamente” (Daniel 12:3), e quanto ao significado de “estrelas”, Apoca-
lipse 1:20 nos informa. Quanto ao que se entende por “atalaia” em Ezequiel 33:2-6 o verso
seguinte nos diz: “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel;
tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte”.

Quando um pecador é salvo, a Palavra do Salvador para ele é: “Torna para tua casa, e
conta quão grandes coisas te fez Deus” (Lucas 8:39). Nós somos convocados a anunciar
“as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Mas um jovem Cristão nunca é comandado a abrir a boca no testemunho de Cristo? Nós
não dissemos isso! Mas ele deve ter muito cuidado ou de outra forma ele será culpado de
desobedecer a ordem que Divina, “Não deis o que é santo aos cães, nem lanceis vossas
pérolas aos porcos” (Mateus 7:6). Nós não erraremos grandemente se formos regulados
por essa exortação: “santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da
esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15). Acautelemo-nos com o “fogo estranho” — zelo,
que não está de acordo com o entendimento. Estejamos atentos para que o Senhor naquela
ocasião não nos pergunte, “quem requereu isto de vossas mãos?” (Isaías 1:2). Leiamos
diligentemente a totalidade da Epístolas e veremos onde os membros de qualquer igreja
foram exortados a fazer “a obra pessoal” ou tentar “ganhar almas para Cristo”, você verá
que em nenhum lugar. Então, seja regulado pela Palavra de Deus, apesar de todos os seus
associados religiosos considerarem você “frio”, “egocêntrico”, ou “severo”.

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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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