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Rua dos Caldeireiros

Origem: Wikipédia

História
A primeira referência documental a este rua data de 1234. Sabermos, no entanto, que o
arruamento é muito anterior. Continuação natural da rua do Souto - com a qual partilhava o
nome - estabelecia a ligação entre o núcleo primitivo do burgo, no morro de Pena Ventosa
e a porta do Olival da Muralha Fernandina do Porto e, daí, para as estradas de Braga e
de Vila do Conde e Viana do Castelo, integrada no Caminho de Santiago.[1]
Quando em 1522 foi rasgada a rua das Flores, a parte da antiga rua do Souto que lhe
ficava a ocidente passou a assumir outras designações. Rua da Laje e da Ferraria de
Cima foram nomes que ao arruamento adoptou nos séculos seguintes. "Ferraria de Cima",
por oposição à "Ferraria de Baixo" (hoje a rua do Comércio do Porto), ambos locais onde
funcionavam as oficinas dos ferreiros.[2]
Os ferreiros tinham Nossa Senhora da Silva como padroeira das respetivas irmandades. A
dos ferreiros de cima foi constituída no hospital de São João Batista, localizado na mesma
rua, a 22 de agosto de 1599. Em 1682, as confrarias dos ferreiros de cima e dos ferreiros
de baixo foram obrigadas judicialmente a juntarem-se, por sentença dimanada do Juízo da
Correição do Cível e confirmada pelo Senado da Relação que ordenava que "se unissem
os confrades delas, os da parte de baixo com os da parte de cima", e que ao serviço da
Confraria que resultasse dessa fusão, "houvesse só um livro de receita e despesa, um só
compromisso [i.e., estatutos], um só escrivão e um só provedor".[2]
Em 1616 temos referências à "rua da Caldeiraria", encontrando-se a denominação atual da
Rua dos Caldeireiros pela primeira vez em 1780.[3]
A sede da nova Confraria de Nossa Senhora da Silva passou a ser na atual rua dos
Caldeireiros. A unificação das confrarias implicou, também, alterações com os hospitais.
Assim, ao já existente hospital de São João Batista, juntaram-se os hospitais de Santa
Catarina e de Santiago, vindos da beira-rio. O hospital de Santiago funcionava,
principalmente, como albergaria para apoio aos peregrinos e tinha como obrigação "dar
camas boas e limpas em que se possam albergar nove desses peregrinos aos quais serão
dadas rações de entrada e saída, e lume, água e sal quanto lhes fizer mister". Os ferreiros
foram sempre grandes devotos de Nossa Senhora da Silva, de São João Batista e de São
Baldomero, cujas imagens figuram na capela da irmandade com destaque, naturalmente,
para a de Nossa Senhora da Silva.[2]
Também na rua dos Caldeireiros, na esquina com a rua das Flores, funcionou o antigo
hospital de Rocamador, o primeira a ser fundado no Porto, ainda no tempo de D. Sancho I,
ampliado e completamente reformulado pela Santa Casa da Misericórdia do Porto,
passando a adotar o nome de hospital de D. Lopo de Almeida. Este tornou-se o principal
centro hospitalar da cidade até à abertura do hospital de Santo António em 1799.[4]
Ainda na rua dos Caldeireiros existiu, até 1869, o cruzeiro do Senhor da Boa Fortuna.
Tendo desaparecido o cruzeiro, conserva-se ainda a imagem num nicho que se encontra
na esquina da viela do Ferraz. [2]
Na Rua dos Caldeireiros... história, tradição e trabalho!

A rua dos Caldeireiros é daquelas ruelas muito típicas do Centro Histórico do


Porto que vale a pena conhecer. Vai da Rua de São Bento da Vitória, próximo à
Torre dos Clérigos até a rua das Flores...

É uma ruela para caminhar devagar e observar todos aqueles edifícios colados
uns aos outros, as suas varandas, as roupas a secar e o novo comércio que
começa a surgir.
A Rua dos Caldeireiros é uma rua de muita tradição, história e trabalho.
O seu nome já diz....

A antiga Rua da Ferraria de Cima, que só em


1780 passou a se chamar Rua dos Caldeireiros,
recebeu este nome porque era ali que se
concentrava uma grande quantidade de
oficinas de ferreiros. Onde fundia-se o ferro
para as mais diversas artes, dentre eles, fornos
a lenha, braseiros e...caldeiras. Quando eu
ando pela Rua dos Caldeireiros fico a imaginar
como eram aquelas portas todas abertas com
os ferreiros a trabalhar, a bater os ferros, a
produzir objetos tão importantes para aquela
época...
Passaram-se os anos, os ferreiros não estão mais por lá, muita coisa mudou, mas
a rua vem ganhando uma nova vida e a força do trabalho ainda continua firme na
Rua dos Caldeireiros.
No número 226 por exemplo, há três mulheres a trabalhar. Uniram forças e
adotaram o moderno conceito "cowork".

A Susana Santos com seus sabões e cosmética artesanal da ArteSana...


A Luciana Bignardi com os seus vasos cerâmicos personalizados da Cooltive...
E a Cristiana Pinto com as suas ilustrações...

A dividir o mesmo espaço mas cada uma respeitando o seu próprio espaço. Este é
o princípio do cowork, onde jovens empresários, criativos e profissionais,
resolvem unir forças para conseguirem ter assim a sua oficina de trabalho.
É o que acontece neste atelier da Rua dos Caldeireiros.
É comum chegar por lá e vê-las muito concentradas nos seus trabalhos...
A Cristiana a dar vida a suas ilustrações, ora para algum objeto, ora para alguma
publicação.
Já a Luciana está sempre a dar uma nova roupagem aos seus vasos cerâmicos.
Lindos!

Este é especial, tem uma antiga planta da cidade do Porto impressa...


E para além dos vasos, a Luciana está sempre a desenvolver novos projetos,
principalmente porque a fotografia também é a sua paixão. E foi com fotografias
de azulejos da cidade do Porto que ela criou estas almofadas...
Já a Susana está sempre a produzir e a criar novos sabões naturais...
O sabão é o seu produto principal, mas há uma vasta gama de produtos de
cosmética natural que ela desenvolve graças a muita pesquisa e várias formações.
Sempre com o cuidado em manter a qualidade de um produto natural, amigo da
pele e do ambiente...
Este foi criado para homenagear a cidade. É de Rosa mosqueta ao vinho do Porto
e vem com um pequeno azulejo... tão típico de cá...
Por isso, cheira muito bem a loja que elas tem à frente do atelier onde expõem as
suas criações para venda.
Com uma decoração que propõe o reaproveitamento de vários materiais, o
espaço tem cor, cheiro e inspiração...
Para além da loja/atelier, elas tem seus produtos em outros espaços e também
estão sempre presentes nos mercados da cidade. Acompanhe aqui:

Facebook/ArteSana
Facebook/Cooltive

Um espaço à Moda do Porto: com garra, união e muita vontade de trabalhar. Por
isso, vale a pena conhecer!

Rua dos Caldeireiros, 226 - Porto

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