ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

GUIA DE VARÍSIA
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Eric Belisle, Concept Art House, Vincent Dutrait, Wayne
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Cartografia: Robert Lazzaretti
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1ª Edição (v0.1_2022.08.16)
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 ÍNDICE
CAPÍTULO UM: PONTAREIA............................. 04
Luz da Costa Perdida���������������������������������������������� XX
História de Pontareia���������������������������������������������� XX
As Últimas Calamidades��������������������������������������� XX
Um Olhar Sobre Pontareia������������������������������������ XX
Pessoas Notáveis������������������������������������������������������ XX
Os Arredores����������������������������������������������������������� XX
CAPÍTULO DOIS: MAGNIMAR........................... 27
Cidade dos Monumentos�������������������������������������� XX
Pessoas Notáveis������������������������������������������������������ XX
CAPÍTULO TRÊS: BALSA CASCO DE
TARTARUGA....................................................... 33
Chegando a Balsa Casco de Tartaruga���������������� XX
Vida em Balsa Casco de Tartaruga���������������������� XX
Localidades em Balsa Casco de Tartaruga���������� XX
Região da Montanha Gancho ������������������������������ XX
CAPÍTULO QUATRO: XIN-SHALAST.................. 41
Os Sete Domínios �������������������������������������������������� XX
Mais Sobre a Tassilônia������������������������������������������ XX
Habitantes de Xin-Shalast ������������������������������������ XX
Localidades de Xin-Shalast ���������������������������������� XX
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

CAPÍTULO UM: PONTAREIA

Aqueles que se dirigem para o norte vindo de Magnimar ao longo da
costa rochosa rapidamente se veem em um país peculiar. A neblina cobre a
paisagem ondulante, flutuando espectralmente ao longo dos pântanos
úmidos e solitários. Pequenos bosques enfeitam a região, suas profundezas
emaranhadas cheirando a urtigas, pimenta-do-reino e seiva de pinheiro. Mais
para o interior, vales fluviais ladeados por majestosas sequóias serpenteiam
entre outeiros irregulares e escarpas de calcário. A vastidão e a sensação
de isolamento da região lhe renderam seu nome local — Costa Perdida.

E xistem bolsões de civilização ao longo da

Costa Perdida. Os tradicionais acampa-
mentos varisianos podem ser encontrados
em quase todas as ravinas e cavidades ao longo
dos trechos ladeados por penhascos. Casas
solitárias repousam em penhascos aqui e ali
— residências para excêntricos ou ricos que
buscam um pouco de paz longe da agitação
das ruas de Magnimar.
Estalagens de beira de estrada enfeitam a
estrada da Costa Perdida a cada 36 quilômetros
ou mais, localizadas em virtude da distância
que a maioria dos viajantes pode percorrer com
um dia de caminhada. Pequenos santuários
de pedra para Desna, deusa dos andarilhos e
patrona dos varisianos, fornecem outras opor-
tunidades de abrigo caso uma das tempestades
habituais pegue viajantes desprevenidos.
Com o tempo, qualquer uma dessas semen-
tes de civilização poderia florescer em uma vila
completa, ou mesmo uma cidade. Já aconteceu
uma vez, ao longo das margens de um porto
natural aninhado entre as falésias, a cerca de 80
quilômetros a nordeste de Magnimar.
O que antes era um acampamento varisiano
maior do que o normal, localizado na sombra
de uma antiga torre em ruínas, tornou-se a
maior vila da Costa Perdida: Pontareia, a Luz
da Costa Perdida.
LUZ DA COSTA PERDIDA
À medida que alguém se aproxima da vila de
Pontareia, a pegada da civilização na Costa
Perdida fica mais clara. As terras agrícolas nas
charnecas e nos vales fluviais ficam mais nume-
rosas e as águas azul-esverdeadas do Golfo
Varisiano carregam cada vez mais navios de
pesca nas ondas.
A passagem por riachos e rios é realizada
mais frequentemente por pontes de madeira
do que por vaus e a Estrada da Costa Perdida
se torna mais ampla e mais bem conservada. A
visão de Pontareia a partir de qualquer ponto
de chegada (sul ou leste) é mantida escondida
pelos grandes pavimentos de pedra calcária
conhecidos como Travessa do Diabo e o arco
de afloramentos rochosos e colinas levemente
arborizadas que se erguem a leste da vila.
Somente quando a curva final da estrada é
circundada, as chaminés fumegantes e as ruas
movimentadas de Pontareia recebem viajantes
de braços abertos e com a promessa de camas
quentes, uma visão acolhedora para aqueles
que passaram os últimos dias sozinhos na
Estrada da Costa Perdida.
Do sul, a entrada para Pontareia é governada
por uma ponte de madeira, enquanto pelo
norte um muro baixo de pedra dá à vila um
pouco de proteção. Aqui, a Estrada da Costa

4

Perdida passa por uma guarita de pedra que
geralmente é vigiada por um ou dois guardas;
a ponte sul normalmente não é vigiada.
Além dos goblins ocasionais, os cidadãos
de Pontareia tradicionalmente têm poucos
motivos para se preocupar com invasão ou
banditismo — a região simplesmente não é
povoada o suficiente para tornar o roubo um
negócio lucrativo. Pendurado em um prego
torto tanto na guarita quanto na ponte sul, há
uma placa e um espelho — pintada em cada
placa está a mensagem: “Desejamos boas-vin-
das a Pontareia! Por favor, pare para se ver a
medida que vemos você!”
HISTÓRIA DE PONTAREIA
Milênios atrás, antes da queda da Tassilônia, o
que é conhecido hoje como a Costa Perdida não
era uma costa. Era uma série de penhascos e
ravinas rochosas que atravessavam uma vasta
charneca que se estendia do extremo sul das
Montanhas Neblinatriz até o Charcolodo.
Conhecida como a Raspa, esta cordilheira
de outeiros pedregosos e escarpas de calcário
marcava a fronteira entre as nações de Shalast
Capítulo Um: Pontareia
e Bakrakhan. Quando a Tassilônia caiu, a nação
de Bakrakhan desmoronou e deslizou para o
mar, formando o que hoje é chamado de Golfo
Varisiano, tornando a Raspa o novo litoral
da região.
Antes desses eventos cataclísmicos, a Raspa
era fortemente patrulhada pelos exércitos de
Shalast e Bakrakhan e confrontos violentos
entre os dois eram comuns. O Lorde Rúnico
Karzoug usou sua impressionante magia e
escravos gigantes para erguer imensas estátuas
à sua imagem ao longo da Raspa como sentine-
las de granito com centenas de metros de altura
e de cujos olhos de pedra ele podia olhar para a
nação de Bakrakhan da segurança de seu trono
na distante Xin-Shalast.
Em resposta, a Lorde Rúnica Alaznist cons-
truiu ao longo da Raspa várias torres de vigia
destrutivas chamadas de Calhas da Tempestade
Infernal. Cada uma dessas torres abrigava um
contingente de seus soldados, comandados por
feiticeiros e clérigos adoradores de demônios
escolhidos a dedo de sua guarda pessoal. No
topo de cada Calha ardia um vórtice constante
de fogo arcano que seu comandante poderia
direcionar para queimar exércitos invasores a
quilômetros de distância.
5
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

As Calhas realizaram um trabalho notável enseada perfeita a cerca de 80 quilômetros de

em impedir que as forças de Karzoug efeti- Magnimar. Uma enseada dominada por uma
vamente invadissem Bakrakhan, enquanto as curiosa ruína de pedra.
estátuas sentinelas dele impediram que Ala- A fundação de uma nova vila não é uma
znist lançasse qualquer invasão surpresa. E questão a ser decidida de forma leviana, nem a
assim os dois reinos existiram em tênue equi- ser financiada por um único investidor. Quatro
líbrio até a queda cataclísmica de seu mundo. famílias poderosas de Magnimar tinham pro-
Após o colapso da Tassilônia e com o início jetos na região e, em vez de trabalharem uma
da Era da Escuridão, a Raspa tornou-se o novo contra a outra, consolidaram seus esforços e
litoral ocidental da região. As Estátuas Sen- formaram a Liga Mercantil de Pontareia.
tinelas de Karzoug desmoronaram, embora Essas quatro famílias — os Kaijitsu (fabrican-
aqui e ali fragmentos desses guardiões outrora tes de vidro), Valdemar (construtores navais),
poderosos ainda estejam de pé. As Calhas da Scarnetti (madeireiros) e Deverin (agricultores
Tempestade Infernal não se saíram melhor — e cervejeiros) — navegaram para o norte para
a maioria dessas torres de vigia caiu no mar reivindicar suas terras depois de garantir os
durante o cataclismo. direitos em Magnimar. No entanto, quando
Apenas uma permaneceu acima das ondas, chegaram na primavera de 4666 CA, encontra-
e mesmo ela desmoronou para menos de um ram o local já povoado por uma grande tribo
quarto de sua altura original. Viajantes vari- de varisianos.
sianos preservaram em suas tradições orais Recusando-se a recuar, a Liga Mercantil de
histórias de como torres em ruínas lançavam Pontareia iniciou uma série de conversações
fogo sobre as terras vizinhas, mas ao longo das com os varisianos, prometendo-lhes um lugar
gerações, essas histórias evoluíram. importante no novo povoado. Infelizmente,
A localização da ruína à beira mar parecia depois de uma semana de conversas que pare-
indicar que ela já foi um farol e, com o tempo, ciam não dar em nada, um homem impaciente
velhas histórias de raios de fogo se tornaram chamado Alamon Scarnetti resolveu o assunto
raios de luz. Hoje, os varisianos veem a última por conta própria.
Calha da Tempestade Infernal como nada mais Reunindo um grupo de seus irmãos e primos,
do que um antigo farol em ruínas, um marco os Scarnetti organizaram um ataque assassino
que eles chamam de Velha Luz. contra o acampamento varisiano, com a inten-
Nenhum registro do propósito destrutivo ção de matar todos eles e deixar evidências para
da torre permanece na mente moderna, mas culpar os goblins locais pelo ato. No entanto, os
as pistas de seu legado violento permanecem Scarnetti, bêbados e confiantes demais, conse-
ocultas em catacumbas que antes se conecta- guiram matar apenas cinco varisianos antes
vam às masmorras da torre. de serem forçados a fugir, deixando para trás
Mais recentemente, colonos da nação sulista três deles.
de Cheliax vieram para Varísia. A cidade de A Liga Mercantil de Pontareia fugiu
Magnimar foi colonizada por colonos de volta para Magnimar e, nos meses
insatisfeitos com a forte dependência seguintes, se envolveu nas reper-
do apoio Chelaxiano no leste da Varí- cussões do ataque de Alamon. O
sia, e em pouco tempo a necessidade Conselho Varisiano de Magnimar
de terras agrícolas adicionais tornou- exigiu punição para todas as quatro
-se aparente. famílias, mas a Suprema Corte arbi-
Ao sul, a extensão lamacenta de Char- trou a paz entre elas, em grande parte
colodo dificultava a agricultura, então graças às notáveis ​​habilidades diplo-
os colonos voltaram seus olhos para máticas de uma jovem barda e
o norte ao longo da Costa Per- membra de uma das famílias
dida. Em grande parte de sua acusadas – Almah Deverin.
extensão, a costa oferecia pouco Ela não apenas conseguiu
abrigo, com uma exceção — uma KENDRA aplacar o pedido de pagamento
DEVERIN
6

de sangue dos varisianos, como também
conseguiu salvar os planos para Pontareia pro-
metendo não apenas incorporar o culto à Desna
na nova catedral da vila, mas também pagar
ao Conselho Varisiano uma parte generosa de
quaisquer lucros obtidos pelos negócios de
Pontareia ao longo dos próximos 40 anos.
Um ano depois, a Liga Mercantil de Ponta-
reia começou a construir vários edifícios com a
total cooperação do povo varisiano. Nos anos
desde a fundação de Pontareia, o assentamento
floresceu. Embora o termo inicial do pacto com
o Conselho Varisiano tenha passado, o governo
de Pontareia decidiu estender o pacto por mais
20 anos, para grande consternação de alguns
moradores.
Hoje, Pontareia é uma comunidade próspera.
Muitas indústrias cresceram, incluindo pesca,
madeira, agricultura, caça, fabricação de cer-
veja, construção naval, curtimento e fabricação
de vidro, atraindo trabalhadores qualificados
até mesmo de Korvosa e Porto Enigma para se
mudarem para cá. No entanto, a localização
de Pontareia na Costa Perdida também atraiu
recentemente colonos com outras inclinações.
À medida que exploradores e aventureiros
começaram a juntar os fragmentos da influên-
cia da antiga Tassilônia sobre a região há muito
tempo atrás, as ruínas tassilônicas de Varísia
atuaram como um ímã para esses caçadores
de conhecimento. A Velha Luz não é exceção
e alguns dos recém-chegados à Pontareia estão
mais interessados ​​nessa ruína do que em qual-
quer outra coisa.
Ao longo de sua história, Pontareia feliz-
mente ficou livre de grandes desastres. Todo
inverno traz sua parcela de fortes tempestades,
mas o porto natural, os bancos de areia e os
penhascos fazem um trabalho notável de ate-
nuar a força do vento e das ondas, deixando a
vila relativamente ilesa.
Os anciões da vila contam histórias de algu-
mas tempestades realmente grandes, mas além
do início um tanto pedregoso da vila com os
varisianos, apenas dois eventos realmente se
qualificaram como desastres: o Retalhador e
o Incêndio de Pontareia. Esses dois eventos,
ocorrendo de forma tão próxima e recente,
geralmente são agrupados como as “Últimas
Calamidades”, mesmo que os incidentes não
Capítulo Um: Pontareia
tenham ligações óbvias. Os nativos de Pon-
tareia são relutantes em falar sobre qualquer
um dos eventos, preferindo olhar adiante para
tempos melhores.
AS ÚTIMAS CALAMIDADES
Quando Jervis Stoot deixou claras as suas inten-
ções de construir uma casa na ilha de maré, até
então sem nome ao norte da Velha Luz, muitos
temiam que ele quebrasse o pescoço subindo e
descendo os penhascos da ilha. Jervis já havia
conquistado uma certa reputação de excentri-
cidade quando começou sua cruzada de um
homem só para esculpir representações de
pássaros em todos os prédios da vila.
Ele nunca fez uma escultura sem ter permis-
são, mas sua incrível habilidade em esculpir
madeira fazia qualquer um querer aproveitar a
oportunidade caso Stoot escolhesse seu prédio
como o local de seu último projeto. "Ostentar
um Stoot" logo se tornou algo pelo que se van-
gloriar e ele acabou estendendo seu dom para
incluir navios e carruagens.
Aqueles que pediam ou tentavam pagar pela
sua habilidade eram rejeitados — Stoot dizia a
eles: "Não há pássaros naquela madeira para
eu libertar" e seguia seu caminho, muitas vezes
vagando pelas ruas por dias antes de notar um
pássaro escondido em um poste de cerca, verga,
campanário ou batente de porta, quando então
obteria permissão para "o libertar" com seus
confiáveis ​​machados e facas de trinchar.
A desculpa de Stoot para querer se mudar
para a ilha parecia bastante inocente. O lugar
era um refúgio para a avifauna local e sua
alegação de “querer ficar com os pássaros”
parecia fazer sentido — tanto que, de fato, a
guilda de carpinteiros (com quem Stoot man-
teve uma competição amigável por vários anos)
se ofereceu para construir gratuitamente uma
escadaria ao longo da face sul do penhasco,
para que Stoot pudesse ir e vir de sua nova casa
sem arriscar a vida e os membros.
Por 15 anos, Stoot viveu na ilha. Suas idas
à vila tornaram-se cada vez menos frequentes,
tornando-se uma espécie de evento quando ele
escolhia um prédio para abrigar um novo Stoot.
7
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Criminalidade, ou mesmo assassinato, não
era uma novidade para Pontareia. Uma ou
duas vezes por ano, as paixões se inflamavam,
os roubos davam errado, o ciúme era grande
demais para se suportar ou bebia-se um drin-
que a mais e alguém acabava morto. Mas
quando os corpos começaram a se acumular no
final de 4702 CA, a vila inicialmente não teve
ideia de como reagir.
Na época, o xerife de Pontareia era um
homem sensato chamado Casp Avertin, um
oficial aposentado da guarda de Magnimar. No
entanto, mesmo ele não estava preparado para
o assassino que veio a ser conhecido como Reta-
lhador. No decorrer de um longo mês, parecia
que cada dia trazia à luz uma nova vítima.
Cada uma foi encontrada no mesmo estado
terrível: corpo com cortes profundos no
pescoço e no torso, mãos e pés decepados e
empilhados nas proximidades, e os olhos e a
língua totalmente ausentes, tendo sido arran-
cados grosseiramente de cada cabeça.
Ao longo deste terrível mês, o Retalhador
fez 25 vítimas. Seu estranho talento para ludi-
briar armadilhas e perseguições rapidamente
desgastou a guarda da vila, afetando prin-
cipalmente o xerife Avertin, que começou a
beber cada vez mais. De qualquer forma, o
próprio xerife Avertin se tornou a vítima final
do Retalhador, morto ao pegar o assassino em
uma viela estreita — conhecida agora como
Viela do Retalhador — enquanto mutilava sua
última vítima.
Na batalha que se seguiu, Avertin lançou
um golpe decisivo contra o assassino. Quando
Belor Abioto, até então apenas um guarda da
vila, encontrou os dois corpos (o de Avertin e da
penúltima vítima) vários minutos depois, ele
reuniu os guardas e eles conseguiram seguir o
rastro sangrento do assassino.
A trilha levava direto às escadas do
Rochedo de Stoot.
A princípio, a guarda da vila se recusou a
acreditar nas implicações e temeu que o Reta-
lhador tivesse reivindicado o pobre Jervis Stoot
como sua 26ª vítima. No entanto, o que os guar-
das encontraram na casa modesta no topo da
ilha e no complexo maior de salas que foram
esculpidos na rocha abaixo não deixou margem
para dúvidas. Jervis Stoot e o Retalhador eram
8
a mesma pessoa. Os olhos e as línguas de todas
as 25 vítimas foram encontrados em um altar
horrível dedicado a um vil lorde demônio da
tentação e de criaturas aladas cujo nome nin-
guém ousou dizer em voz alta.
Stoot foi encontrado morto na base do altar,
tendo arrancado seus próprios olhos e língua
em uma oferenda final. Os guardas derrubaram
a entrada das câmaras inferiores, queimaram a
casa de Stoot, derrubaram as escadas e fizeram
o possível para esquecer. Stoot foi queimado
numa pira na praia, com suas cinzas abençoa-
das e depois espalhadas na tentativa de evitar
um retorno profano de seu espírito maligno.
Mas, como quis o destino, o povo de Ponta-
reia logo teria uma nova tragédia para suportar,
uma que quase eclipsou a fúria do Retalhador.
Um mês depois que o assassino foi morto, um
terrível incêndio atingiu Pontareia. Come-
çou na Capela de Pontareia e se espalhou
rapidamente.
À medida que a vila se reunia para salvar
a igreja, o inferno se expandia, consumindo
os Estábulos da Costa Norte, a Estalagem da
Corça Branca e três casas. No final, a igreja
virou cinzas, matando o amado padre da vila,
Ezakien Tobyn, e (assim a vila acreditava) sua
linda filha adotiva Nuália.
Tudo o que resta hoje das esculturas de Stoot,
outrora amadas, são cicatrizes irregulares em
edifícios e figuras de proa onde os proprie-
tários usaram machados para remover o que
se tornou um lembrete assustador do lobo no
meio do rebanho.
As casas e negócios devastados pelo fogo
foram reconstruídos, e a Capela de Pontareia
também foi finalmente reconstruída. Com
a consagração desta nova catedral, Ponta-
reia espera finalmente colocar no passado os
tempos sombrios das Últimas Calamidades.
UM OLHAR SOBRE PONTAREIA
A maior parte dos edifícios em Pontareia são
feitos de madeira, com fundações de pedra e
telhados de madeira. A maioria são estruturas
de um andar, com algumas notáveis exceções.
A vila geralmente é pensada como dois dis-
tritos pelos habitantes locais. A vila de cima
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
consiste nas áreas de 1 a 12. A maior parte
desses prédios são relativamente novos e as
ruas são espaçosas e menos movimentadas.
Esta seção da vila também está fisicamente
acima do resto, situada em um penhasco
com vista para o centro, que consiste das
áreas 13 a 46.
A maioria dos edifícios da vila pode ser
encontrada no centro, que fica cada vez mais
lotado à medida que o espaço disponível é rei-
vindicado pelos recém-chegados. O centro da
vila foi construído em um declive suave que vai
de uma altura de cerca de 18 metros acima do
nível do mar a oeste, até apenas alguns metros
acima da linha d'água no leste e sul.
O Porto de Pontareia é um porto natural
de tamanho modesto, com 9 metros de pro-
fundidade na maior parte de sua extensão e
com declives acentuados perto da costa. As
águas lânguidas do Rio Turandarok descem
do interior, contornando a Travessa do Diabo
para desaguar no porto — o rio é frequente-
mente usado para transportar madeira colhida
rio acima até a serraria local. Ao sul da cidade
ergue-se outro penhasco sobre o qual os pro-
prietários de terras mais abastados de Pontareia
fincaram suas posses.
Apenas algumas centenas de metros ao norte
da cidade ergue-se um esporão de terra rochosa
encimado por algumas árvores — esta ilha de
maré agora é conhecida como a Ilha do Reta-
lhador e já foi o lar do criminoso mais notório
de Pontareia.
O afloramento remoto é acessível apenas
por voo ou por um alpinista habilidoso e os
moradores agora acreditam que a ilha é assom-
brada pelo fantasma do Retalhador. As crianças
muitas vezes se desafiam a ir até a base da ilha
na maré baixa e tocar a face árida do penhasco
que a cerca, mas ninguém visita o topo há anos.
A visão que se mostra mais impressionante
para os visitantes de Pontareia a princípio são
as ruínas da Velha Luz. A altura original desta
torre é desconhecida, mas aqueles que estuda-
ram a arquitetura antiga dos restos em ruínas
estimam que ela poderia ter mais de 210 metros
de altura. Hoje, resta menos de um quarto disso.
A Velha Luz se eleva do nível do mar e é cons-
truída na face de um penhasco de 36 metros
de altura, com a torre se estendendo outros 15
10
metros acima desse nível para culminar em
ruínas irregulares. A concha restante é mais
um lembrete de que nem os chelaxianos ou
varisianos são os primeiros colonos desta terra,
mas além de algumas esculturas maltratadas
indicando que o pico desta torre já abrigou uma
luz brilhante, não resta nenhum indicio sobre o
verdadeiro propósito da torre.
1 CATEDRAL DE PONTAREIA
Facilmente o maior edifício em Pontareia, esta
impressionante catedral é também a mais nova
estrutura da vila. Construída sobre as funda-
ções da capela anterior, a Catedral de Pontareia
não é dedicada ao culto de uma única divin-
dade. Em vez disso, ela reúne sob seus beirais
as seis divindades mais comumente adoradas
na região: Abadar, Desna, Erastil, Gozreh,
Sarenrae e Shelyn.
O edifício oferece capelas para todas
essas divindades em um fórum comunitá-
rio — de certa forma, a Catedral de Pontareia
tem seis igrejas diferentes sob mesmo teto
impressionante.
No entanto, mesmo a capela anterior não
foi o primeiro local sagrado neste lugar. O
núcleo da capela original e da nova catedral é
um pátio ao ar livre em torno de um conjunto
de sete menires de pedra que circundam um
altar circular de pedra. Essas pedras serviram
aos varisianos durante séculos como local de
culto; embora eles geralmente venerassem
Desna e vários Lordes Empíreos nessas pedras,
as próprias pedras têm uma tradição muito
mais antiga.
Sem que qualquer pessoa viva atualmente
saiba, os sete menires representavam as sete
escolas de magia da Tassilônia e serviam como
um foco para os magos que desejavam direcio-
nar o poder destrutivo da Calha da Tempestade
Infernal nas proximidades. Ninguém em Pon-
tareia suspeita que os menires sejam mais do
que um antigo local de culto. A tradição oral
varisiana sustenta que as sete pedras repre-
sentam as sete torres do palácio sobrenatural
de Desna, mas esta é apenas uma história per-
petuada pelos primeiros videntes varisianos
ansiosos para esconder mais um pouco da his-
tória destrutiva de sua terra natal.

A capela original construída aqui era uma
coleção de seis santuários diferentes, cada um
com sua própria construção e conectados aos
outros por passarelas ao ar livre. A adoração à
Desna foi incorporada a esses santuários como
parte do acordo de paz com os varisianos locais, rio tem vista para o Rio Turandarok. Sepulcros
mas os construtores originais também incluí- de pedra pertencentes a membros abastados
ram outras cinco divindades.
Quatro delas (Abadar, Gozreh, Sarenrae e
Shelyn) eram patronas dos fundadores origi- des, cada um marcado com uma lápide simples,
nais da Liga Mercantil de Pontareia, enquanto
a quinta, Erastil, era a mais popular entre os
colonos iniciais.
Quando esta capela foi incendiada há vários
anos, a prefeita Deverin tomou uma decisão
ousada. A capela não seria apenas reconstruída,
mas também refeita em grande escala. Uma
catedral seria construída no lugar da capela, e
seria feita de pedra e vidro. O financiamento
para este projeto veio em parte das famílias
fundadoras, em parte de empresas de Ponta-
reia ansiosas para serem favorecidas aos olhos
dos deuses e em parte das respectivas igrejas.
Demorou anos para terminar a catedral,
mas o resultado final é realmente impres-
sionante. Ao sul, de frente para o coração de
Pontareia, estão os santuários da civilização:
Erastil e Abadar. A oeste, oferecendo uma
visão da Velha Luz e do mar além, estão os
santuários de Shelyn e Gozreh. E a leste, com
vista para o Cemitério de Pontareia e o sol
nascente, estão os santuários de Saren-
rae e Desna.
A capela anterior abrigava menos
de uma dúzia de acólitos, lidera-
dos por um clérigo muito querido
chamado Ezakien Tobyn, que infe-
lizmente morreu no incêndio que
destruiu a igreja. O novo sumo sacer-
dote de Pontareia é seu aluno mais
talentoso, um agradável clérigo de
Desna chamado Abstalar Zantus.
Abstalar é muito aberto sobre
questões de fé e assume com
facilidade o papel de conse-
lheiro para os devotos de outros ABSTALAR
deuses de Pontareia. ZANTUS
Capítulo Um: Pontareia
2 CEMITÉRIO DE PONTAREIA
Situado à sombra da Catedral de Pontareia e
acessível por um portão ao norte ou por várias
portas que levam à catedral, este amplo cemité-
da vila ficam perto das bordas do cemitério ou
no centro, enquanto dezenas de lotes humil-
ficam entre árvores e arbustos.
O cemitério é bem conservado e mantido por
um homem chamado Naffer Vosk, um contra-
bandista deformado de quem o Padre Tobyn
teve pena depois que seu navio naufragou
ao norte da cidade uma década atrás. Naffer
encontrou a redenção em Sarenrae e, apesar de
uma coluna retorcida que desde o nascimento
lhe deu um andar cambaleante, ele é um dos
cidadãos mais devotos da vila.
Ele mantém o cemitério meticulosamente
limpo e também é responsável por tocar os
sinos da igreja todos os dias ao amanhecer, ao
meio-dia e ao anoitecer.
3 A CORÇA BRANCA
Um par de cervos de madeira em tamanho
natural, esculpidos com cuidado em bétula
branca, estão montados na entrada desta
grande taverna e estalagem, que oferece uma
vista impressionante do Golfo Varisiano
ao norte. O edifício é novo, recente-
mente reconstruído após a estalagem
anterior que havia neste local ter sido
reduzida a cinzas há vários anos
no mesmo incêndio que destruiu a
Capela de Pontareia.
A nova Corça Branca chama aten-
ção, tendo três andares de altura, com
um primeiro andar de pedra, pisos
superiores de madeira e uma
dúzia de quartos grandes
que podem acomodar de
dois a três hóspedes cada.
Um soturno e quieto
humano shoanti chamado
Garridan Viskalai é dono da
Corça Branca e administra o local
11
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
com a ajuda de sua família e alguns moradores
locais. Embora seus pais fossem membros da
tribo Shriikirri-Quah, eles abandonaram seus
laços para se estabelecer em Pontareia. Garri-
dan se arrepende de sua escolha, mas seu amor
por sua esposa e família o mantém firmemente
enraizado na vila.
Ansioso para encorajar os visitantes a fica-
rem em sua pousada, Garridan mantém os
preços de seus quartos e alimentação baixos,
combinando com os do Dragão Enferrujado
(área 37), apesar de suas acomodações serem
muito mais limpas e espaçosas. Ainda assim,
sua atitude áspera tende a tornar seu estabele-
cimento menos popular que o Dragão.
Garridan é irmão do xerife de Pontareia,
Belor Abioto, embora os dois estejam brigados
há bastante tempo porque Garridan considera
que seu irmão abandonou completamente a
tradição shoanti.
4 O CAMINHO PARA O NORTE
Tal como acontece com vários outros edifícios
nas proximidades, esta estrutura de um andar
foi recentemente reconstruída após o incên-
dio de Pontareia. Originalmente um estábulo,
o edifício foi convertido por seu proprietário,
um gnomo idoso, mas ágil chamado Veznutt
Parooh, em uma biblioteca apertada e desor-
denada para abrigar sua enorme coleção de
mapas e cartas marítimas.
Mapas de regiões locais, desde as imediações
até toda a Varísia e o Platô Storval, podem ser
adquiridos com ele por preços que variam de
5 a 100 po, dependendo do tamanho e nível
de detalhes.
Quando não está aqui criando cópias de
mapas antigos, Veznutt geralmente pode ser
encontrado discutindo sobre história com seu
melhor amigo, Ilsoari, na Academia Turanda-
rok (área 27).
5 JOALHEIRO
Este prédio de pedra atarracado escapou do
incêndio que devastou o norte de Pontareia,
para alívio de seu proprietário, um joalheiro de
cabelos revoltos chamado Maver Kesk. Maver
mantém meia dúzia de capangas locais como
12
guardas, mas tem o hábito de deixar portas
e cofres abertos — uma característica pela
qual muitas vezes sua esposa, Pennae Kesk, o
repreende publicamente.
6 ORLA DOS LIXEIROS
O lixo recolhido pelos rapazes de Gorvi (veja
a área 7) é rotineiramente despejado na beira
deste penhasco para se juntar à praia abaixo.
Vários dos adoradores de Gozreh da vila (em
particular Hannah Velerin; veja a área 45) se
irritam com essa prática, mas até que uma
opção igualmente econômica e conveniente
seja apresentada, o conselho da vila está relu-
tante em mudar seus modos. De qualquer
forma, o mar geralmente cuida rapidamente
do lixo, garantindo que ele nunca forme uma
pilha alta demais.
Embora os moradores de Pontareia desco-
nheçam o fato, há outra razão pela qual a pilha
de lixo nunca cresça muito. Os goblins da tribo
dos Sete Dentes regularmente se esgueiram
pela costa para invadir a praia em busca de
pedaços de metal, restos de comida, ferra-
mentas não muito quebradas e outros prêmios
“valiosos”.
Como resultado, os goblins dos Sete Dentes
ganharam fama entre as tribos goblins locais
como os melhores comerciantes.
7 CABANA DE GORVI
Este barraco em ruínas é o lar de um dos
poucos meio-orcs de Pontareia, um corpulento
e fortemente tatuado chamado Gorvi. Apesar
da aparência decadente de sua casa, Gorvi
ganhou bastante dinheiro tomando conta do
negócio de varrição de esterco de Pontareia, o
suficiente para empregar cerca de duas dúzias
de mendigos e vagabundos que de outra forma
estariam causando problemas ao longo do cal-
çadão. Ele os paga regularmente em cobre para
transportar um de seus distintos carrinhos de
mão vermelhos pelas ruas para coletar deje-
tos e lixo.
Pontareia o paga generosamente por seus
serviços, já que é um trabalho que ninguém
mais deseja, mas que todos querem que seja
feito. Ultimamente, Gorvi tem feito de si uma

ameaça para si mesmo mais do que o habi-
tual, passando noites no calçadão, assediando
mulheres e arrumando confusão no Peixe-
-Bruxa (área 33).
A prefeita Kendra teve que pedir a ele
várias vezes para diminuir a bebida e a farra
ultimamente, mas Gorvi ficou complacente,
acreditando que não será expulso da vila
enquanto continuar garantindo que as ruas
estejam limpas.
8 SÁBIO
O único ocupante deste edifício antigo é um
velho chamado Brodert Quink, um estudioso
careca da história e engenharia varisiana. Bro-
dert afirma ter passado duas décadas de sua
juventude estudando com engenheiros anões
em Janderhoff e três décadas como catalogador
no Arquivo dos Fundadores em Magnimar.
Ele está sempre perplexo e furioso por sua
BRODERT
QUINK
Capítulo Um: Pontareia
capacidade de aprendizagem e inteligência
óbvia não terem lhe dado mais prestígio.
Brodert tem estudado as antigas ruínas tas-
silônicas nos últimos anos e recentemente ficou
obcecado com a Velha Luz. Ninguém acre-
dita em suas teorias de que a torre já foi uma
máquina de guerra capaz de lançar fogo a uma
distância de mais de um quilômetro.
9 SERRALHEIRO
Um anão extravagante chamado Volioker
Briskalberd possui e opera o negócio de serra-
lheria de Pontareia desde a fundação da vila. A
maioria das fechaduras da vila foram fabrica-
das por Volioker.
Ele tem sido um inimigo dos Sczarni locais
(veja a área 42, página XX), que tem usado
tanto diplomacia quanto coerção em suas ten-
tativas de recrutá-lo para seu lado. O desgosto
de Volioker por ladrões e patifes pode ter sua
gênese em sua infância como um órfão de rua
em Magnimar, embora ele seja tradicional-
mente calado sobre seu passado.
Ele é um grande fã das artes e nunca perde
um novo show no teatro.
10 GUARNIÇÃO DE PONTAREIA
Esta fortaleza de pedra serve uma dupla função
como quartel da milícia de Pontareia e sua
prisão. A prisão está localizada em uma ala
subterrânea, enquanto a parte acima do solo
abriga a guarda da vila.
A guarda da vila de Pontareia consiste em
uma dúzia de guardas em tempo integral; cerca
de duas vezes esse número de servos e outros
especialistas (ferreiros, cozinheiros, escrivães,
mensageiros e afins) moram aqui também.
Os guardas patrulham a cidade sozinhos —
geralmente não há muitos problemas além de
bêbados estranhos para eles lidarem, então
geralmente apenas três ou quatro estão de ser-
viço a qualquer momento.
Pontareia também mantém uma milícia de
62 homens e mulheres fisicamente aptos que
devem participar de treinamentos e exercí-
cios aqui pelo menos uma vez por semana.
Esta milícia pode ser colocado em serviço em
1d3 horas.
13
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
A guarnição está atualmente sob o olhar
atento do Xerife Belor Abioto, um shoanti
que herdou o cargo de xerife quando o titular
anterior, Casp Avertin, foi assassinado pelo
Retalhador. Belor vigiava a vila naquela última
noite terrível e geralmente é considerado o
homem que parou a fúria do Retalhador.
Na eleição emergencial que se seguiu uma
semana depois, o povo de Pontareia oficializou
seu papel e Belor se tornou o primeiro xerife
shoanti da vila. Honrado e ansioso para viver
de acordo com o legado de Casp, Belor mudou
seu sobrenome de Viskalai para sua tradução
em cheliaxiano, Abioto — uma escolha que o
tornou querido pela população majoritaria-
mente cheliaxiana de Pontareia, mas que não
agradou seu irmão Garridan (veja a área 3).
O romance não tão secreto de Belor com Kaye
Tesarani (veja a área 43) colocou ainda mais pres-
são em seu relacionamento com sua família.
A prisão abaixo da guarnição geralmente
está vazia, exceto por alguns bêbados ou
Sczarni cumprindo pena por algum crime
menor. Assassinos e outros criminosos inve-
terados geralmente ficam apenas alguns dias
antes que uma escolta de Magnimar chegue
para levá-los a julgamento na cidade grande.
O carcereiro da guarnição é um brutamon-
tes cheio de cicatrizes chamado Vachedi, um
membro da tribo shoanti que espera algum dia
ganhar dinheiro suficiente para comprar de
volta seus dois filhos dos traficantes de escra-
vos de Kaer Magan.
11 PREFEITURA DE PONTAREIA
A maior parte do piso térreo deste edifício de
dois andares consiste em um salão de reuniões
grande o suficiente para acomodar a maioria
dos adultos de Pontareia, embora as reuniões
da cidade raramente tenham metade do compa-
recimento. O andar superior contém escritórios
e depósitos, enquanto um cofre no subsolo fun-
ciona como o banco da vila há décadas.
Os planos para construir um banco ade-
quado foram paralisados ​​por várias razões
desde que a vila foi fundada. A prefeita de
Pontareia, Kendra Deverin, geralmente pode
ser encontrada neste prédio, atendendo às
necessidades da vila.
14
12 ARSENAL DE SAVAH
O canto nordeste deste edifício tem algumas
cicatrizes do Incêndio de Pontareia, mas feliz-
mente para sua proprietária, Savah Bevaniky,
escapou de danos significativos.
A loja de Savah vende todos os tipos de
armas e armaduras, incluindo vários itens
obra-prima e armas exóticas, como uma cor-
rente com espinhos, uma dúzia de shurikens
obra-prima e uma besta de repetição (Precisa)
com uma coronha de madeira negra e marfim
que leva o nome "Vansaya".
Ela não tem certeza do que o nome signi-
fica — ela comprou a arma de um aventureiro
a caminho de Porto Enigma um ano atrás, e
seu alto preço e complexidade garantiram sua
estada semi-permanente em sua loja.
13 REPOUSO DE RISA
Risa Magravi operou esta taverna nos pri-
meiros 30 anos da história de Pontareia e,
mesmo agora que ficou quase cega em sua
velhice e deixou os assuntos de trabalho do
dia-a-dia para seus três filhos (Besk, Lanalee e
Vodger), a misteriosa feiticeira varisiana conti-
nua presente.
Conhecida tanto pelos contos de lendas e
mitos antigos de Risa quanto por suas batatas
temperadas e cidra, esta taverna é a favorita
dos moradores locais, mesmo porque sua
localização afastada garante que estranhos
raramente apareçam.
14 CURTUME ROVANKY
O curtume de Pontareia fica situado na peri-
feria da vila e Larz Rovanky o administra com
uma eficiência implacável. Ele espera perfei-
ção de seus trabalhadores e de seus produtos
e, como resultado, muitas vezes trabalha por
longas horas sozinho durante os períodos em
que demite temporariamente seus ajudantes.
Seus produtos de couro e peles são de alta
qualidade, o suficiente para que os locais geral-
mente não se importem com a espera extra por
pedidos personalizados enquanto Larz se preo-
cupa em deixar as coisas perfeitas.

15 FORJA DO CÃO VERMELHO
Nomeado pela afeição de seu dono por gran-
des mastins vermelhos, dois a três dos quais
sempre podem ser vistos descansando nas pro-
ximidades, a Forja do Cão Vermelho pertence a
um homem careca e musculoso chamado Das
Korvut. Talvez, o temperamento de Das seja o
que verdadeiramente lhe traz fama — ele tem
pouca paciência com os clientes e menos ainda
com todos os outros.
Pontareia suporta sua atitude desbocada e
frequentes discursos embriagados à meia-noite
porque ele realmente conhece seu trabalho e,
enquanto está ocupado martelando metal, ele
permanece relativamente calmo e confinado a
sua ferraria.
Recentemente as crianças locais têm feito
circular entre elas uma rima cantada um tanto
cruel a respeito de Das, uma sátira que certa-
mente terá fim quando o ferreiro a ouvir.
Das Korvut o louco vem vindo.
Doido como uma cobra de um galho caindo.
Veja como suas costeletas vem saltitando?
Quantas pessoas ele andou castigando?
Uma! Duas! Três! Quatro...
16 A DESPENSA DO PERCEVEJO
Aninhado na base de um penhasco e escondido
entre vários cortiços antigos, nada além da
pintura de um percevejo empoleirado em um
cogumelo indica que este edifício é algo além
de uma casa. O proprietário deste estabeleci-
mento é um homem baixo e rotundo
chamado Aliver “Percevejo” Podiker,
um talentoso herborista, jardineiro
e, secretamente, envenenador.
Embora ele seja de sangue
mestiço cheliaxiano e varisiano,
os Sczarni (veja a área 42) passa-
ram a tratá-lo como um varisiano
puro. Embora sua principal fonte
de renda seja a venda legí-
tima de remédios e poções,
ele também mantém um
saudável negócio paralelo
vendendo venenos para os
Sczarni locais. ALIVER
PODIKER
Capítulo Um: Pontareia
Antes que ele admita ser um vendedor de
venenos, um cliente em potencial primeiro
precisa perguntar a ele: “Algum percevejo feliz
apareceu recentemente?”
17 SOLUÇÕES ENGARRAFADAS
Esta loja desordenada está cheia de prateleiras
e mais prateleiras de garrafas, sacolas e outros
recipientes alquímicos, alguns cobertos de
poeira e outros tão novos que o cheiro pun-
gente de sua fermentação ainda enche o ar.
Nisk Tander se considera um fabricante de
poções mais talentoso do que realmente é — itens
comprados nesta loja têm 5% de chance de não
funcionar como pretendido, sendo vencidos, iner-
tes ou imprevisíveis em seus efeitos reais (como
um frasco de fogo alquímico explodindo em um
clarão luminoso que age como um feitiço de ilu-
minar em um raio de 1,5 metro, ou um frasco de
antitoxina funcionando como um frasco de ácido).
Uma rolagem de Ocultismo bem-sucedida
pode determinar se algo comprado na Soluções
Engarrafadas funcionará ou não, mas Nisk não
gosta de pessoas que olham muito de perto
seus produtos antes de comprá-los.
18 TAVERNA DO DENTE QUEBRADO
Particularmente favorecida pelos clientes do
Teatro de Pontareia, a Taverna do Dente Que-
brado está sempre cheia após o último show no
teatro próximo. Um grande palco dá à atores,
cantores e qualquer outra pessoa a opor-
tunidade de mostrar seu material.
Todas as noites, uma multidão de
aspirantes a artistas lota a taverna
na esperança de serem descober-
tos. O proprietário Jesk “Dente
Quebrado” Berinni pode parecer
um rufião, mas na verdade ele
é bastante letrado e possui um
humor mordaz — as noites em
que ele sobe ao palco para
fazer suas observações
sobre a situação política
em Magnimar são bas-
tante populares.
15
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
19 CASA DAS PEDRAS AZUIS
Este edifício de pedra em sua maior parte é
composto de uma única grande câmara com o
piso decorado com pedras azuis polidas coloca-
das dentro de caminhos sinuosos de esteiras de
junco. A estrutura foi construída 10 anos depois
que Pontareia foi fundada por um monge
errante chamado Enderaki Sorn.
Hoje quem toma conta do monastério é a
filha de Enderaki, Sabyl Sorn, cujo pai faleceu
há sete anos. Um adorador de Irori, o deus
da autoperfeição e do conhecimento, Sabyl
mantém uma grande coleção de livros antigos
e pergaminhos nas câmaras do porão abaixo.
Ela abre o andar de meditação e sua biblio-
teca para outros devotos, mas outros devem
convencê-la de suas boas intenções com uma
rolagem de Persuadir antes que ela os deixe
entrar. O uso da biblioteca de Sabyl concede
rerrolagem gratuita em rolagens de Conheci-
mento Acadêmico ou Ocultismo.
20 VIDRARIA DE PONTAREIA
Uma das mais antigas indústrias locais, a Vidraria
de Pontareia pertence à família Kaijitsu desde o
início da vila. O comércio de vidro está na família
há gerações e muitas de suas técnicas — aper-
feiçoadas na distante Minkai — resultam em
trabalhos deslumbrantes e impressionantes
que alcançam o preço mais alto entre os nobres
de Magnimar, Korvosa e além.
21 SABORES DE PONTAREIA
Os aromas que saem desta padaria lutam
contra o cheiro salgado do mar todas as
manhãs, exceto aos domingos. A loja pertence
e é operada pela família Avertin nas últimas
duas décadas.
Alma Avertin ainda não se recuperou da
morte brutal de seu filho Casp há vários anos
sob a lâmina do Retalhador, então agora suas
filhas gêmeas Arika e Aneka administram o
negócio. Aneka não se importa, mas Arika está
ficando cada vez mais inquieta com o trabalho.
16
22 O GOBLIN CURIOSO
A placa na frente desta loja mostra um goblin
de olhos arregalados lendo um livro de cabeça
para baixo quase tão alto quanto ele. Por dentro,
esta livraria é um testemunho da obsessão de um
homem pela palavra impressa. Chask Haladan
mantém seu caso de amor com os livros há quase
70 anos e não mostra sinais de desistir tão cedo.
Sua loja é surpreendentemente completa e,
embora quase todos os seus produtos sejam
caros demais para qualquer um dos moradores
locais comprarem aqui com qualquer frequên-
cia, um pé de meia reunido em sua juventude
aventureira combinado com um estilo de vida
frugal torna o sucesso de seu negócio secundá-
rio em relação a sua própria satisfação.
Vários moradores locais, incluindo Brodert
Quink (área 8), Sabyl Sorn (área 19) e Ilsoari
Gandethus (área 27) podem ser encontrados
aqui, conversando com Chask ou sentados
lendo em uma das várias cadeiras grandes.
23 TEATRO DE PONTAREIA
Catedrais novas e ruínas antigas não são as
únicas incongruências que Pontareia possui. A
enorme casa de espetáculos, que é financiada
inteiramente por seu extravagante proprietá-
rio, Cyrdak Drokkus, apresenta um dos teatros
mais impressionantes deste lado de Varísia
Ele certamente compete com os teatros de
Magnimar, um fato do qual Cyrdak se orgulha
muito, pois foi forçado a fugir daquela cidade
por razões misteriosas que ele insinua ansio-
samente, mas que expõe de forma reticente
(embora certamente envolvam outro morador
de Pontareia digno de nota— Jasper Korvaski).
O Teatro de Pontareia geralmente apresenta
talentos locais, mas são os três shows do fim
de semana que os moradores geralmente espe-
ram. Cyrdak usa amplamente seus contatos em
Magnimar, garantindo que as novas produções
mais emocionantes da cidade grande também
estejam disponíveis aqui.
Embora Cyrdak goste de flertar com todas as
jovens de Pontareia, seu relacionamento amo-
roso com Jasper (área 40) é um dos segredos
mais mal guardados da cidade.

24 GUILDA DOS CARPINTEIROS
A grande maioria dos edifícios em Pontareia
foram erguidas por membros da grande e
eternamente ocupada Guilda dos Carpintei-
ros da vila.
Atualmente supervisionado pelo Mestre da
Guilda Aesrick Chifre de Batalha, um anão que
deixou sua terra natal por causa de sua predile-
ção quase herética por trabalhar com madeira
em vez de pedra, a Guilda dos Carpinteiros
de Pontareia recentemente tem aceitado um
número crescente de projetos nas terras distan-
tes, assim como tem trabalhado na vila.
Há anos a guilda vive em uma pequena con-
tenda com o Estaleiro de Pontareia (área 46),
uma disputa que na maioria das vezes é atiçada
por cada guilda tentando reivindicar para si a
melhor madeira do moinho.
25 MADEIREIRA DE PONTAREIA
Este longo edifício foi um dos primeiros a
serem construídos quando Pontareia foi fun-
dada. De propriedade da diligente família
Scarnetti, a fábrica e suas operações diárias
foram recentemente deixadas cada vez mais a
cargo de um empresário mesquinho chamado
Banny Harker e seu sócio Ibor Thorn.
Vizinhos reclamam que os dois estão traba-
lhando com seu pérfido e barulhento divisor
de toras até altas horas da noite, enquanto
correm para atender à demanda diante da
crescente fome por madeira de Mag-
nimar, mas a influência de Harker
com os Scarnetti até agora
manteve afastados todos
os mandatos contra o fun-
cionamento da maquina.
26 ARMAZÉM GERAL
De propriedade e operado por
Ven Vinder e sua família, o
armazém geral mais antigo
e bem abastecido de Pon-
tareia tem um pouco de
tudo — equipamentos
VEN VINDER
Capítulo Um: Pontareia
agrícolas, armas, acessórios, ferramentas,
móveis, comida e até tortas caseiras assadas
pela esposa de Ven, Solsta.
Ven ainda mantém um estoque impressio-
nante de bebida em seu porão, embora um cliente
tenha que pedir para ver a “adega” antes que ele
admita seu estoque especial. Ven tem uma predi-
leção particular por grogue amargo e pançarota
importados de lugares tão distantes quanto a
cidade orc de Urglin. Porém, seu verdadeiro
orgulho são suas filhas, as quais ele adora.
Ultimamente, ele está cada vez mais dis-
traído com o que ele acredita ser um romance
entre sua filha Katrine e aquele inútil Banny
Harker da madeireira. Infelizmente, a obsessão
de Ven com a vida noturna de Katrine o deixou
quase cego para o comportamento de sua outra
filha Shayliss, cuja reputação cresce a cada mês.
27 ACADEMIA TURANDAROK
À medida que as famílias se aglomeravam em
Pontareia, os fundadores da vila rapidamente
perceberam que precisavam de um lugar
para cuidar da educação das crianças, abrigar
órfãos desafortunados e manter crianças mais
velhas ocupadas evitando que se tornassem
delinquentes.
A resposta foi a Academia Turandarok. Parte
escola, parte orfanato, a academia é adminis-
trada pelo aventureiro aposentado Ilsoari
Gandethus. Ele se ofereceu para ser o diretor
da academia se pudesse ficar com o porão do
prédio de dois andares para si.
A cidade concordou e hoje as salas abaixo da
Academia são quase um museu das coisas
estranhas e troféus que Ilsoari colecionou
ao longo de seus anos. Ele mantém essas
câmaras trancadas, mas as crian-
ças que frequentam as aulas no
térreo e os órfãos que moram no
andar de cima têm inúmeras his-
tórias sobre o que há lá embaixo,
desde uma fazenda de
goblins até um ninho de
aranhas fantasmas e o
Diabo de Pontareia.
Embora o conteúdo
seja muito menos
sinistro (Ilsoari
17
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
ficará muito feliz em mostrar sua coleção de
armas exóticas, mapas estranhos e troféus de
monstros para quem pedir com gentileza), o
velho mago não faz nada para dissuadir os
contos infantis.
28 CASA DE MADAME MVASHTI
Embora do lado de fora pareça ser uma mansão
antiga e decrépita com vários quartos, apenas
uma pessoa mora neste prédio antigo — a
antiga e misteriosa Niska Mvashti. Já antiga
mesmo quando Pontareia foi fundada décadas
atrás, Madame Mvashti (como ela prefere ser
chamada) é uma historiadora e vidente vari-
siana, parte de uma longa tradição de oráculos
em sua família.
Como acontece com muitos videntes, os
desvios inesperados da era atual em relação à
profecias estabelecidas deixaram-na com um
sentimento de preocupação inquietante por
toda a vida. Ela realiza a maioria de suas leitu-
ras com cartas de Augúrio ou ossos esculpidos,
mas é muito raro parecer que ela gosta de fazer
suas previsões.
Madame Mvashti há muito reclamava que as
viagens anuais de sua extensa família machuca-
vam seus ossos, e quando Pontareia foi fundada,
como parte do acordo com a Liga Mercantil de
Pontareia, os varisianos locais exigiram que
uma grande mansão fosse construída para sua
venerável anciã.
Na ocasião de seu falecimento, a casa deveria
ser revertida para a posse da vila, mas Madame
Mvashti provou ser excepcionalmente tenaz e
duradoura. Ela sobrevive principalmente com
apoio e ajuda voluntária de varisianos locais e
de sua única filha, Koya Mvashti, embora ela
cuspa e amaldiçoe aqueles que ela sabe que
pertencem aos Sczarni.
Druidas dos arredores fazem visitas sema-
nais à sua casa, muitas vezes ajudando-a nas
longas caminhadas que ela ainda aprecia no
campo próximo.
29 SALÃO DOS MERCEEIROS
A fachada deste edifício está aberta para o
ar livre onde fica de frente para o mercado.
Durante o dia, caixas, bandejas e mesas são
18
empilhadas com produtos trazidos naquela
manhã das fazendas periféricas.
Perto da parte de trás da loja há ferramentas,
sementes, ração, tachas e outros suprimentos
úteis para a agricultura. A outra metade do
edifício está repleta de alojamentos, salões de
reuniões, salas de arquivos e depósitos. Um
halfing chamado Olmur Danvakus assumiu o
posto de mestre de guilda aqui depois que o
mestre de guilda anterior foi assassinado pelo
Retalhador.
30 ROUPAS FINAS DE VERNAH
Rynshinn Povalli possui e opera esta loja de
roupas nos últimos anos. A filha meio-elfa de
uma mulher gentil chamada Vernah, Rynshinn
nunca conheceu seu pai, Iremiel, apenas sabe
que ele foi morto por goblins menos de uma
semana depois que ela nasceu.
Na época, o caso tempestuoso de Vernah
com o misterioso bardo élfico era o assunto
da vila. Todos os anos, no aniversário do nas-
cimento de Rynshinn, um pequeno pacote de
moedas élficas, remédios e brinquedos apa-
recia misteriosamente em algum lugar nos
andares superiores deste edifício.
Vernah sempre afirmou que os presentes
foram colocados pelo fantasma de Iremiel,
mas os moradores geralmente acreditam que
os presentes eram concedidos por um de seus
parentes vivos. Rynshinn, por sua vez, mantém
a esperança de que seu pai de alguma forma
tenha sobrevivido e que seja ele e não seu fan-
tasma quem deixa esses misteriosos presentes
de aniversário.
Desde a morte de sua mãe há vários anos,
durante a onda de assassinatos do Retalha-
dor, Rynshinn usou grande parte do dinheiro
desses presentes para expandir o negócio de
alfaiataria de sua mãe e até fundou uma guilda
que reúne dezenas de costureiras, artesãs, bor-
dadeiras e alfaiates para que possam vender
seus produtos aqui.
Ela também está pensando em abrir uma
loja em Magnimar, mas ainda não encontrou
um sócio em quem confie. Vários jovens de
Pontareia cortejam Rynshinn, que muitos
consideram a cidadã mais bonita da vila, mas
até agora, ela educadamente evitou todos os

possíveis pretendentes por razões que não
compartilhou.
31 CARROÇAS DE WHEEN
Um homem esguio chamado Bilivar Wheen é
dono desta oficina. Bilivar é um carpinteiro aza-
rado que ultimamente tem passado mais tempo
em várias tavernas (especialmente na Peixe-
-Bruxa — área 33) do que aqui trabalhando.
Desde que sua filha Tanethia se afogou na
Lagoa do Moinho no ano passado, sua esposa
Vorah tornou-se cada vez mais paranoica
de que os dias de seus dois filhos restantes
também estejam contados. Bilivar foi ouvido
murmurando para alguns de seus amigos de
bebedeira no Peixe-Bruxa sobre fazer as malas
e fugir da vila, mas ninguém acha que ele real-
mente seguirá esse plano.
32 MOINHO SCARNETTI
Assim como a Madeireira de Pontareia, este
edifício é propriedade dos Scarnetti. Toda a
farinha e grãos produzidos são fornecidos
por agricultores locais. Incêndios misteriosos
tomaram conta do Moinho do Rio Ensopado,
do Moinho da Lagoa de Biston e, mais recen-
temente, do Moinho do Riacho do Puma,
deixando o dos Scarnetti como o único moinho
de grãos em funcionamento na região.
Circulam acusações de incêndio criminoso
patrocinado pela Scarnetti, mas o gerente do
moinho, Courrin Whesterwill, que está sempre
preocupado e espirra constantemente, baixou
os preços de seu uso para níveis recordes até
que os moinhos mais distantes possam ser
reconstruídos, uma ação graciosa que aliviou,
até certo ponto, o amplo clamor público.
33 O PEIXE-BRUXA
Uma das tavernas mais populares de Pontareia,
especialmente entre pescadores e apostadores,
o Peixe-Bruxa também é a melhor aposta de
Pontareia para uma boa refeição de frutos do
mar à moda antiga. Propriedade de um homem
sociável perneta chamado Jargie Quinn, o
Peixe-Bruxa recebe o seu nome do grande
aquário de vidro que fica atrás do bar, lar de
Capítulo Um: Pontareia
um repulsivo peixe-bruxa varisiano que Jargie
chama carinhosamente de Norah (apesar do
fato dele ter substituído “Norah” dezenas de
vezes — peixes-bruxa varisianos não vivem
tanto tempo no aquário de Quinn).
Pendurado em um prego ao lado do tanque
de Norah está uma bolsa de couro cheia de
moedas: prêmio em dinheiro para quem conse-
guir beber uma única caneca de “água” retirada
do tanque de Norah. Custa uma única moeda
de prata para tentar, mas o truque é que, como
ela é um peixe-bruxa, a água no tanque de
Norah é espessa e terrivelmente viscosa e de
gosto ruim.
Poucos podem suportar a coisa, mas aqueles
que conseguirem ficam com as moedas acu-
muladas na bolsa e depois gravam seus nomes
na viga do teto acima do bar. Até o momento,
existem apenas 28 nomes esculpidos lá, e o Pei-
xe-Bruxa está no mercado há quase 10 anos.
Mas certamente há mais nessa taverna do que
Norah. As mesas de jogo de Jargie são sempre
bem frequentadas, com jogos que vão de cartas
a damas, e de dados a dardos. Os contos são
um dos passatempos favoritos aqui, com um
jogo popular chamado “fiar” que envolve ver
quanto tempo um local pode encadear uma
fábula improvisada sem se contradizer.
O assunto mais popular desses contos tra-
dicionalmente é o Velho Boca-Assassina, um
NORAH
19
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
lendário peixe vermelho gigante que pode ou
não morar nas profundezas do Golfo Varisiano.
O próprio Jargie é um fiador bastante talentoso,
com a história em constante mudança de como
ele perdeu a perna sendo o ponto de partida
favorito para seus contos.
34 MERCADO DE PEIXES VALDEMAR
Como a Guilda dos Merceeiros do outro lado
do mercado, a fachada deste longo edifício é
aberta. Aqui, os moradores podem comprar
a pesca do dia, escolhendo entre bacalhau,
salmão, atum, marisco e até mesmo um polvo
ocasional para a refeição da noite.
Turch Sterglus, um pescador aposentado
de olhos caídos e uma barba branca arrepiada,
dirige o mercado de peixes de uma maneira
adoravelmente rabugenta, constantemente
reclamando do tempo ou da pesca do dia ou
das palhaçadas da juventude local, mas sempre
embalando as compras de seus clientes com um
sorriso e uma piscadela.
O mercado de peixes é de propriedade da
família Valdemar, mas a maioria dos morado-
res age como se o prédio e os negócios fossem
de Turch, muitas vezes dando ao adorável
velho algumas moedas extras. Os cinco filhos
de Turch, cada um mais inteligente que o ante-
rior, todos fizeram carreira trabalhando para o
pai como limpadores de peixes, transportado-
res e até cozinheiros.
35 MERCADO DE PONTAREIA
Na maioria dos dias, o mercado de Pontareia
está vazio, exceto pelo estranho grupo de
crianças que gostam de usar a área aberta para
brincadeiras e jogos. Duas vezes por semana, o
mercado se enche de vendedores.
No início da semana, o mercado de fazendei-
ros aumenta radicalmente a seleção diária de
mercadorias disponíveis no Salão de Merceei-
ros, enquanto durante o dia inteiro no final de
semana, comerciantes de Magnimar, Galduria,
Nybor, Wartle e mais além participam do Mer-
cado da Vila. É muito raro ver qualquer item
que valha mais do que um valor base de 500 po
à venda neste mercado, mas os preços solicita-
dos geralmente são 75% do valor normal.
20
36 MERCADO DE CARNE
DE PONTAREIA
O açougueiro local, Chod Bevuk, administra o
Mercado de Carne de Pontareia. Metade deste
edifício funciona como um matadouro, com a
carne exposta para venda na metade da frente
do mercado. A maior parte da carne proces-
sada é de gado ou de animais capturados por
caçadores.
Chod afirma que encontrou com o Retalha-
dor vários dias antes dele ser pego e que os
dois lutaram, deixando Chod com um dedo a
menos, mas a maioria dos moradores acredita
que a ferida foi auto-infligida na tentativa de
chamar atenção.
A propensão de Chod para mentiras e exage-
ros em todos os assuntos não relacionados ao
seu negócio não ajuda a dar credibilidade à sua
versão de como ele perdeu o dedo mindinho da
mão esquerda.
37 O DRAGÃO ENFERRUJADO
Essa grande estrutura é a estalagem mais
antiga de Pontareia, notável pelo impressio-
nante (e bastante enferrujado) dragão de ferro
pairando no telhado do prédio, servindo tanto
como para-raios quanto decoração.
De propriedade e operada há seis anos pela
adorável e popular Ameiko Kaijitsu, o Dragão
Enferrujado não é apenas um dos restauran-
tes mais populares da vila (tornado assim, em
grande parte, pela comida picante e exótica ser-
vida aqui), mas também um ótimo lugar para
conhecer visitantes de fora, já que a maioria dos
recém-chegados a Pontareia vem primeiro à
esta estalagem, já que o trecho norte da Estrada
da Costa Perdida é menos percorrido.
A beleza de Ameiko se equipara a sua habi-
lidade musical, e poucas são as noites que
passam sem que pelo menos duas ou três músi-
cas sejam executadas pela talentosa mulher.
Existe algum rancor entre Ameiko e Cyrdak,
e um nunca parece perder a chance de falar
mal do outro, mas ninguém na vila realmente
entende o motivo por trás de sua rivalidade.
 Capítulo Um: Pontareia

De maior preocupação para Ameiko é sua

rixa de longa data com sua família — deixar a 39 CERVEJARIA DOIS CAVALEIROS
vila para se tornar uma aventureira escandali-
Embora as tavernas de Espírito ofereçam uma
zou sua família o suficiente. Mas quando ela se
grande variedade de licores, todas elas servem
aposentou das aventuras um ano depois, após
com orgulho o hidromel, cerveja e rum fabri-
uma missão desastrosa (a natureza da qual ela
cados aqui na Cervejaria Dois Cavaleiros. A
nunca fala), ela voltou para Pontareia e com-
cervejaria foi fundada por dois irmãos (ambos
prou e renovou o Dragão Enferrujado — um
adoradores de Abadar e primos da prefeita
ato que só escandalizou e envergonhou ainda
Deverin) apenas alguns anos após a fundação
mais seu pai.
de Pontareia e a experiência deles na fabricação
Ameiko afirma não se importar com as opi- de cerveja só aumentou ao longo dos anos.
niões de seu pai sobre suas escolhas, mas se
Tragicamente, Wade Deverin foi uma das pri-
torna evasiva quando alguém pergunta por meiras vítimas do Retalhador, um assassinato
que ela desistiu da vida de aventuras. Alguns que abalou a fé de seu irmão, Gaven Deverin.
acreditam que ela tenha um amante secreto Os moradores sussurram que desde a morte de
na vila, enquanto outros teorizam que algo Wade, a bebida daqui simplesmente não tem
aconteceu em sua última aventura que tirou mais um gosto tão bom, mas eles nunca diriam
a coragem dela. De qualquer forma, o Dragão algo desse tipo na cara de Gaven.
Enferrujado provavelmente é o estabeleci-
mento da vila mais receptivo a aventureiros,
com seu onipresente quadro de “Precisa-se de
40 LIGA MERCANTIL DE PONTAREIA
Ajuda” perto do bar e a política de Ameiko de Este grande edifício serve a muitos propósitos.
dar descontos em quartos para quem contar Pode-se reservar passagem em um navio com
histórias emocionantes de aventuras. destino a outros portos, providenciar carava-
nas ou carruagens para viagens terrestres, ou
38 ESTÁBULOS DO enviar mensagens para pessoas na vila ou tão
longe quanto Korvosa ou mesmo Porto Enigma.
GOBLIN ESMAGADO Investigações sobre a propriedade de terra,
a construção de edifícios e o estabelecimento
A placa acima desta porta perpetua um dos de novos negócios, tanto em Pontareia pro-
maiores medos dos goblins mais simplórios — priamente dita quanto nos arredores que a
ser pisoteado por um cavalo. Quem cuida dos circundam, devem iniciar os processos de
estábulos é um caçador aposentado chamado fundação oficial aqui. Embora a propriedade
Daviren Hosk, cujo ódio por goblins é quase da liga permaneça dividida igualmente entre
lendário em Pontareia. as quatro famílias nobres de Pontareia, poucas
Em uma exibição um tanto macabra, sobre delas ainda participam dos negócios do dia-a-
a entrada do celeiro coberto do estábulo está -dia, deixando esses assuntos nas mãos capazes
sua coleção de orelhas de goblins: preservadas de Sir Jasper Korvaski.
e pregadas em três vigas diferentes, cada uma Em seus anos mais jovens, Jasper era um
com o nome do goblin queimado no couro da paladino de Abadar e, embora há muito tenha
carne — principalmente porque Daviren sabe desistido do estilo de vida mais perigoso de um
que escrever o nome de um goblin é uma das cruzado, ele permanece leal e devoto. Apesar
piores coisas que você pode fazer para profanar de seus melhores esforços, seu romance com
sua memória. Cyrdak Drokkus (área 23) se tornou um dos
O orgulho e a alegria do amargo patrulheiro segredos mais mal guardados de Pontareia.
é uma grande garrafa de vidro cheia de sal- Os Scarnetti, facilmente a família menos
moura na qual ele preservou o corpo do chefe compreensiva de Pontareia, afirmam achar
Whartus da agora extinta (devido em grande os rumores desse relacionamento escandalo-
parte a Daviren) Tribo dos Moedores de Ossos. sos e ofensivos. Não está claro, no entanto, se

21
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
estão mais ofendidos pelo relacionamento em
si ou pelo fato de que a maior parte de Ponta-
reia o aceita.
De qualquer forma, os Scarnetti têm feito o
possível para dificultar as coisas para Jasper
em uma tentativa de convencê-lo a voltar para
Magnimar, mas o apoio das outras três famílias,
até agora, impediu os Scarnetti de se tornarem
muito desagradáveis.
41 BOUTIQUE DE PONTAREIA
Esta grande boutique e loja vende todos os
tipos de roupas, armas, brinquedos, obras de
arte, livros e ferramentas importadas de todo
o mundo, embora a maioria das mercadorias
seja de natureza varisiana. O lugar pertence a
Hayliss Korvaski, que é, como seu irmão Jasper,
uma devota adoradora de Abadar.
No entanto, ao contrário de seu irmão, seu
temperamento não é equilibrado pelo desejo
de manter todos felizes. Hayliss não tem medo
de fazer inimigos e expõe abertamente seu
desdém pelos Scarnetti. Ela chegou ao ponto
de, às vezes, cobrar mais caro pelos seus bens
para membros da família Scarnetti, apesar dos
repetidos pedidos da Prefeita Deverin para
manter a paz.
42 BORNAL DO CEVADO
Se o Peixe-Bruxa é a taverna mais popular de
Pontareia, o Bornal do Cevado é a mais notória.
As brigas de bar são comuns, e o Xerife Abioto
normalmente tem que vir aqui duas ou três
vezes por semana para resolvê-las quando
elas se tornam particularmente violentas
ou barulhentas. A maior parte da clien-
tela aqui são de patifes varisianos ou
marinheiros menos respeitáveis.
A maioria acredita que esta
taverna pertence e é operada por
um homem enorme cha-
mado Gressel Tenniwar,
mas na verdade o dono é
um rufião esguio chamado
Jubrayl Vhiski, um dos fre-
quentadores regulares do
Bornal. Jubrayl também é
o líder da gangue local de JUBRAYL VHISKI
22
Sczarni, uma extensa rede de ladrões varisia-
nos, salteadores, vigaristas, ladrões de túmulos,
contrabandistas e assassinos.
Quase duas dúzias de varisianos em Pon-
tareia também são Sczarni, todos homens e
mulheres cruéis e egoístas que cuidam de
manter empregos respeitáveis ​​como trabalha-
dores, pescadores e caçadores, mas que obtêm
sua verdadeira renda participando de vários
golpes e truques.
O Xerife Abioto suspeita que Jubrayl seja
o líder local e gostaria de prendê-lo, mas os
Sczarni são especialistas em andar na linha
diante da lei e assumir a culpa por seus supe-
riores diretos. Então, embora o xerife Hemlock
tenha enviado muitos dos garotos de Jubrayl
para a prisão nos últimos anos, ele nunca
chegou perto do próprio líder, para a diversão
contínua de Jubrayl.
43 O LINCE PARDO
Muitos dos moradores mais grosseiros de Pon-
tareia têm um nome muito mais pitoresco para
este estabelecimento, mas Kaye Tesarani admi-
nistra o bordel da cidade com classe e graça
distinta. Ela paga muito bem aos seus meninos
e meninas, e os três seguranças shoanti que ela
emprega são mais do que suficientes para lidar
com encrenqueiros.
Embora a prostituição não seja ilegal em
Pontareia, os Scarnetti há muito fazem
lobby para que ela seja proibida, con-
denando publicamente o Lince Pardo
como um lugar onde o vício e a ati-
vidade criminosa podem florescer. A
portas fechadas, no entanto,
Jubrayl tem tentado entrar
no negócio dos bordéis nos
últimos anos, mas a ami-
zade não tão secreta de
Kaye (e seu romance)
com o xerife da cidade,
na melhor das hipóte-
ses, fazem disso um
objetivo delicado e de
longo prazo para o Sczarni.

44 A SERPENTE EMPLUMADA
Esta loja apertada e desordenada cheira a
uma estranha mistura de incenso, especiarias
e poeira. Seu único proprietário, Vorvashali
Voon, uma figura de aparência exótica com
olhos azuis brilhantes, longos cabelos ruivos e
pele quase cor de bronze, sociável e animado
com todos os clientes.
Nem tudo em sua loja está à venda, tornando
sua eclética coleção de estranhas relíquias,
estátuas e fragmentos de monumentos parte
do museu. As reservas de Vorvashali mudam
constantemente, pois suas dezenas de conta-
tos de Magnimar chegam semanalmente para
comprar e negociar produtos. Aventureiros que
procuram itens mágicos geralmente encontram
grandes tesouros aqui.
45 HANNAH
Enquanto Abstalar Zantus (área 1) faz o pos-
sível para cuidar dos realmente doentes e
necessitados de Pontareia, ele não pode ajudar
a todos. Para pequenas aflições, dores e doen-
ças, a maior parte dos cidadãos de Pontareia
depende da elfa Hannah Velerin. Hannah
passa a maior parte de suas manhãs nos ermos
das redondezas, colhendo ervas ou simples-
mente desfrutando da magnitude de Gozreh.
À tarde, ela volta para sua loja e para casa
para preparar remédios e receber pacientes. Ela
é uma parteira popular e cuidadora das grávi-
das de Pontareia.
46 ESTALEIRO DE PONTAREIA
A fachada sul deste longo edifício é aberta
para o Porto de Pontareia, permitindo que
seu pequeno exército de construtores navais,
fabricantes de cordas e fabricantes de velas tra-
balhem em uma das quatro docas secas na costa.
O estaleiro é propriedade dos Valdemar,
com Belven Valdemar, filho mais velho do
velho Ethram, supervisionando o trabalho
constante. Belven é um solteirão bonito e bas-
tante disponível, mas sua dedicação ao ofício e
à família até agora lhe deixaram pouco tempo
Capítulo Um: Pontareia
para entreter as dezenas de jovens que tentam
chamar sua atenção nos últimos anos.
47 MANSÃO VALDEMAR
Esta mansão oferece uma vista deslumbrante
sobre a cidade de Pontareia e o porto abaixo,
como convém à casa da família mais ligada
à construção naval e às indústrias pesquei-
ras da vila.
A família permanece sob o domínio patriar-
cal do velho Ethram Valdemar, o único dos
membros originais da Liga Mercantil de Pon-
tareia que ainda está vivo. Porém, os anos de
Ethram estão contados, pois o velho tem uma
infecção pulmonar persistente que continua
voltando, não importa quantas vezes a família
pague para curá-la.
48 MANSÃO SCARNETTI
Os Scarnetti são a família nobre mais notória
de Pontareia e muitos dos moradores varisia-
nos idosos de Pontareia ainda não esqueceram
ou perdoaram o ataque de Alamon Scarnetti
ao seu povo há mais de 40 anos, mesmo com
Alamon estando a 20 anos no cemitério de
Pontareia.
A família Scarnetti, agora liderada pelo
único filho sobrevivente de Alamon, Titus
Scarnetti, controla os moinhos de Pontareia e
a indústria madeireira. O valioso controle dos
Scarnetti sobre a madeira, tão necessária para
TITUS
SCARNETTI
23
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
os empreendimentos navais, é usado com a
maior frequência possível para alavancar o
suporte da família Valdemar.
49 MANSÃO KAIJITSU
Esta mansão é a menor das quatro casas nobres
com vista para Pontareia, mas os Kaijitsus são
talvez a família mais rica da cidade. O que falta
à mansão em estatura e tamanho é mais do que
compensado pelo mobiliário exótico e impres-
sionante dentro dela.
Lonjiku Kaijitsu deu continuidade ao orgu-
lhoso trabalho de seu pai como fabricante de
vidro e a Vidraria de Pontareia é, talvez, o
negócio mais próspero da cidade, com seus
produtos enviados regularmente até Kor-
vosa. As realizações de Lonjiku são ainda mais
impressionantes quando se leva em conta que
ele e sua família são relativamente recém-che-
gados a Varísia, sendo os sobreviventes de
uma família exilada de Minkai que fugiu pela
Coroa do Mundo há meio século por razões
desconhecidas.
Lonjiku nasceu em Magnimar e nunca
visitou sua terra natal, mas ele carrega lem-
branças de suas maravilhas na forma
de histórias contadas a ele por
seus pais já falecidos. No entanto,
apesar de todo o seu sucesso nos
negócios, Lonjiku descobriu que
no papel de pai ele é particu-
larmente inadequado. Seu filho
mais velho, Tsuto, além de ser a
prova do caso de sua esposa com
um elfo desconhecido, deixou
a região há vários anos após
uma discussão que resultou
em Lonjiku golpeando seu
filho com sua bengala.
Sua filha mais velha,
Ameiko, o envergonhou
não apenas por se tornar
LONJIKU
KAIJITSU
24
uma aventureira, mas também por abrir e
administrar uma taverna e um albergue —
“dificilmente o trabalho de uma mulher”, ele
gosta de dizer a quem quiser ouvir. É claro
que quem conhece Lonjiku sabe que seu pavio
curto é seu verdadeiro problema.
50 MANSÃO DEVERIN
Vivendo dentro da maior mansão, os Deverin
tradicionalmente ocupam cargos de liderança
em Pontareia. O velho Amos Deverin foi o pri-
meiro prefeito da cidade por 23 anos e seu filho,
Fenchus, o segundo.
Ambos os Deverin morreram após aciden-
tes infelizes (Amos foi pisoteado por um cavalo
fujão na Rua do Festival e Fenchus foi morto
por uma picada de cobra enquanto caçava um
javali), deixando a filha mais nova de Amos
como herdeira da fortuna da família e uma
provável candidata a prefeita. Kendra Deve-
rin inicialmente não queria o emprego, mas
depois que ela foi indicada para o papel por seu
amigo Casp Avertin, ela ganhou a eleição por
uma vitória esmagadora, algo que seu princi-
pal oponente na eleição, Titus Scarnetti, nunca
chegou a aceitar.
Por algum tempo, houve rumores
de que ela e Casp se casariam, mas a
morte de Casp nas mãos do Retalhador
deu fim a isso. Kendra já se recuperou
do choque, mas trocou todo o interesse
no romance pela política. Ela compar-
tilha essa mansão com a família
bastante grande de seu irmão
e, embora sua cunhada Vana
constantemente se queixe
de precisar de ainda mais
espaço e luxos, Kendra foi
uma santa mantendo seu
temperamento sob con-
trole até agora.

PESSOAS NOTÁVEIS
P AMEIKO KAIJITSU
Tipo: Humanoide Neutra (Humana Barda/Ladina)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d6, Vigor d8
Perícias: Atletismo d8, Conhecimento
Geral d8, Furtividade d8,
Lutar d6, Perceber d8, Performance d10,
Persuadir d8
Movimentação: 6; Aparar: 5; Resistência: 9 (3)
Complicações: Segredo (Menor)
Vantagens: Bardo, Esquiva, Humilhar, Ladino,
Pressentir Armadilhas, Retirada, Sorte
Poderes: Aumentar/reduzir Característica,
dissipar, drenar Pontos de Poder, medo.
Pontos de Poder: 10
Equipamento: Porrete (For+d6, PA 1, Preciso),
jaqueta de calças de couro (+3, Égide),
pergaminho de ajuda.
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Bardo):
Antecedente Arcano (Bardo), Interferência
de Armadura (Leve), Língua Afiada.
„ Habilidades de Classe (Ladino): Ataque
Furtivo, Restrição de Armadura (Leve)
Idiomas: Comum.
P PADRE ZANTUS
Tipo: Humanoide Bondoso (Humano
Clérigo)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d8,
Espírito d8, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Geral d8, Fé d8, Furtividade d4, Lutar d4,
Perceber d6, Persuadir d8
Movimentação: 6; Aparar: 4; Resistência: 7 (2)
Complicações: Voto (Maior)
Vantagens: Clérigo, Obstinado
Poderes: Ajuda, aumentar Característica, cura,
dissipar, ferir, iluminar, proteção, proteção
arcana, santuário
Pontos de Poder: 15
Equipamento: Faca-estrela (Distância 3/6/12,
Dano For+d4), armadura de couro (+2),
pergaminho de ajuda.
Habilidades Especiais:
Capítulo Um: Pontareia
„ Habilidades de Classe (Clérigo):
Antecedente Arcano (Clérigo, Desna),
Canalização de Energia, Voto
Idiomas: Comum.
P JUBRAYL VHISKI
Tipo: Humanoide Neutro (Humano Ladino)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atletismo d8, Ciência d8,
Conhecimento Geral d6, Furtividade d10,
Intimidar d6, Lutar d8, Perceber d6,
Persuadir d8
Movimentação: 6; Aparar: 6; Resistência: 7 (2)
Complicações: Obrigação (Menor), Segredo
(Menor)
Vantagens: Ambidestro, Ladino, Lutar com
Duas Armas, Rápido
Equipamento: 2x Espada curta obra-prima
(For+d6, PA 1), 4x adagas (Distância 4/8/16,
Dano For+d4), armadura de couro batido (+2).
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Ladino): Ataque
Furtivo, Restrição de Armadura (Leve)
Idiomas: Comum.
P XERIFE ABIOTO
Tipo: Humanoide Bondoso (Humano
Guerreiro)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d8, Vigor d8
Perícias: Atirar d6,
Atletismo d8, Conhecimento Geral d6,
Furtividade d4, Intimidar d6, Lutar d8,
Perceber d6, Persuadir d6
Movimentação: 6; Aparar: 7 ou 9 (escudo);
Resistência: 9 (3)
Complicações: Obrigação (Menor), Segredo
(Menor)
Vantagens: Bloquear, Guerreiro, Impulso
Equipamento: Espada longa obra-prima
(For+d8, PA 1), besta leve obra-prima
(Distância 10/20/40, Dano 2d6, PA 3),
túnica de cota de malha (+3), escudo médio
(Aparar +2, Cobertura –2).
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial.
Idiomas: Comum, Shoanti.
25
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
BRODERT QUINK
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d10,
Espírito d6, Força d4, Vigor d6
Perícias: Atletismo d4, Conhecimento
Acadêmico d10+2, Conhecimento Geral d8,
Furtividade d4, Lutar d4, Ocultismo d10+2, A seguir está um mapa das terras agrícolas e
Perceber d6, Persuadir d6
Movimentação: 5; Aparar: 4; Resistência: 5
Complicação: Idoso
Vantagens: Erudito x 2
Equipamento: Cajado (For+d4)
Idiomas: Comum, Enânico, Élfico, Tassilônico
SARGENTO DA GUARDA
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d6, Vigor d8
Perícias: Atirar d6,
Atletismo d6, Conhecimento Geral d6,
Furtividade d4, Intimidar d6, Lutar d8,
Perceber d6, Persuadir d6, Sobrevivência d4 pas de calcário na área é a chamada de Elevação
Movimentação: 6; Aparar: 7 ou 9 (escudo);
Resistência: 8 (2)
Complicações: –
Vantagens: Bloquear, Retirada, Soldado
Equipamento: Espada longa (For+d8), porrete ou corvos e gralhas estranhamente agressivos.
(For+d4) besta leve (Distância 10/20/40,
Dano 2d6, PA 2), armadura de couro
batido (+2), escudo médio (Aparar +2,
Cobertura -2).
Idiomas: Comum.
GUARDA DA VILA
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atirar d4,
Atletismo d4, Conhecimento Geral d4,
Furtividade d4, Intimidar d4, Lutar d6,
Perceber d6, Persuadir d6
Movimentação: 6; Aparar: 5 ou 7 (escudo);
Resistência: 7 (2)
Vantagens: Soldado
Equipamento: Espada curta (For+d6), porrete
(For+d4), besta leve (Distância 10/20/40,
Dano 2d6, PA 2), armadura de couro
26
batido (+2), escudo médio (Aparar +2,
Cobertura -2).
Idiomas: Comum.
OS ARREDORES
dos ermos que circundam diretamente a vila
de Pontareia. A aventura, Oferendas Queima-
das, envia os heróis e heroínas para Topocardo,
em uma curta caçada ao javali na Mata dos
Carrapatos e uma parte significativa da Os
Assassinatos do Esfolador ocorre fora da vila e ao
longo da Costa Perdida.
Mas esses pontos são apenas alguns dos inú-
meros locais de aventura localizados a poucas
horas a pé da vila de Pontareia. O restante desta
seção descreve vários locais diferentes nos
arredores circundantes, além dos locais deta-
lhados nos dois primeiros livros da Ascensão dos
Lordes rúnicos.
Elevação Cinzenta: A menor das duas escar-
Cinzenta. Ao contrário da Travessa do Diabo,
a Elevação Cinzenta é relativamente segura
— os únicos perigos que exploradores provavel-
mente enfrentarão aqui são bandos de stirges
Lagoa de Biston: Nomeada em homenagem
a um druida varisiano excêntrico que viveu
toda a sua vida na costa oeste, esta lagoa fica
na convergência do Riacho da Doninha e do
Rio Turandarok, bem maior. Goblins de Bos-
quemusgo costumam pescar ao longo da costa
leste e a cabana em ruínas que uma vez serviu
como lar de Biston ainda fica na costa oeste,
supostamente assombrada pelo espírito do
velho druida.
Pântano Raiz Salgada: Este pântano ema-
ranhado e coberto de vegetação está infestado
de insetos gigantes, goblins e outros monstros
desagradáveis. Como resultado, esta terra pan-
tanosa é relativamente inexplorada apesar de
sua proximidade com a movimentada Estrada
da Costa Perdida.
Travessa do Diabo: É sabido que as bordas
da Travessa do Diabo são assombradas pelos
Esmagadores de Pássaros — uma pequena
tribo de goblins relativamente não-agressivos
 Capítulo Um: Pontareia

PONCHEIRA DO

ARREDORES DRAGÃO

DE PONTAREIA OS TRÊS
CORMORÕES TOPOCARDO

A VELHA
LUZ MATURTIGA
MATA DE TÚMULOS
EREMITÉRIO DE PONTAREIA POLEIRO DO DOS POBRES RIO
GRUBBER CANELAS
CA
CORVO
A PIRA MATA DOS
R

DO
CARRAPATOS OUTEIROS DE LEB
N RIO
TURANDAR
OK
OUTEIROS DE RIGG
RIACH
PONTA DA TRAVESSA DO DIABO OUTEIROS DE TASK

O
BRUXA

DO
BOSQUEMUSGO
PU
O FOSSO
CHARNECA LAGOA DE
MA

RIA
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CINZENTA O DA BISTON
DONINH
A
POÇO DOS
SANATÓRIO
BAIA DESEJOS
DE HABE
ENCHARCADA
ELEVAÇÃO
CINZENTA DE
PÂNTANO UE
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RAIZ SALGADA BO EG
TERRAS
SOLAR
AGRÍCOLAS
A

DEDALEIRA
CHARNECA SOMBRIA
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CHARNECA DA
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A
ST

PA ESTRADAS AGRÍCOLAS
CO

ESTRADA DA COSTA PERDIDA

DO
DA
A

D
RA 0 1 2
T MATA SUSSURRANTE
ES

QUILÔMETROS

que habitam inúmeras cavernas ao longo da
borda oeste da Travessa. Mais profundamente,
há rumores de que o lugar é controlado por
bugbears adoradores de diabos que evitam a
luz do dia, mas emergem à noite das cavernas
para acender suas fogueiras.
Poncheira do Dragão: Esta ilha em forma
de tigela é pouco mais do que uma série de
cumes rochosos ao redor de um pequeno lago.
Wyverns se aninham em cavernas aqui e rumo-
res dizem que um dragão visita o lugar uma ou
duas vezes por ano por razões desconhecidas.
Bosque de Egan: Este pequeno bosque
de árvores cresce ao longo da Elevação Cin-
zenta, um denso emaranhado de pinheiros
que pertenceu a um excêntrico local chamado
Egan, que proibia qualquer limpeza da terra
para agricultura. Sua cabana jaz escondida
em algum lugar na mata. Embora Egan tenha
morrido há muito tempo, as aranhas gigantes
que infestam sua amada floresta permanecem
muito vivas.
Fazendas: As fazendas ao sul de Pontareia
são relativamente seguras, mas os fazendei-
ros estão sempre tendo problemas com a vida
selvagem ou vários perigos locais — particular-
mente goblins ou ácaros. A qualquer momento,
pelo menos duas ou três fazendas precisam de
ajuda para fugir de predadores ou encrenquei-
ros buscando confusão.
Solar Dedaleira: Esta área é detalhada na
aventura Os Assassinatos do Esfolador.
Eremitério de Grubber: Notório como gera-
dor de naufrágios, o Eremitério de Grubber é
uma ilha pequena e isolada que contém uma
dúzia de famílias de pescadores — um povo
insular que geralmente não recebe visitantes.
Cidadãos de Pontareia teorizam que leprosos,
fantasmas ou coisa pior infestam a ilha.
Ultimamente, pouco se tem ouvido falar do
Eremitério; esta aldeia e Pontareia não morrem
de amores uma pela outra, então ninguém foi
investigar o silêncio até agora — apesar de
navios que passavam relatarem o avistamento
de um número estranhamente grande de pás-
saros carniceiros nas proximidades.
Sanatório de Habe: Esta área é detalhada na
aventura Os Assassinatos do Esfolador.

27
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Ponta da Bruxa: Velhos contos varisianos
narram a trágica história da jovem Bevanaka,
que encontrou um cabelo grisalho e procurou
uma velha bruxa para conseguir um elixir da
beleza. A bruxa lhe deu a poção, mas avisou
que os efeitos durariam apenas enquanto ela
não se apaixonasse. Por muitos anos, Bevanaka
viveu como uma mulher bonita, mas solitária,
até o dia em que sua solidão cresceu demais e
ela se apaixonou por um jovem.
Bevanaka envelheceu em um piscar de olhos,
mas esperava que seu verdadeiro amor ainda
permanecesse verdadeiro. Infelizmente, ela
estava errada. Horrorizado por seu envelheci-
mento repentino, ele a rejeitou. Em um ataque
de desespero, Bevanaka se jogou dos penhas-
cos no Ponto da Bruxa. Desde então, esses
penhascos têm sido um lugar popular tanto
para jovens amantes se esgueirarem e profes-
sarem seu amor quanto para situações trágicas.
As Charnecas: As três charnecas que se esten-
dem por grande parte dos arredores consistem
em solos pobres e terrenos pedregosos. Mais ao
norte está a Charneca Cinzenta, um trecho de
terra baixa que se inclina gradualmente para o
oeste em direção ao Ponto da Bruxa.
Do outro lado do Pântano da Raiz Salgada,
a partir da Charneca Cinzenta, fica a Charneca
Sombria, uma faixa de terra de altitude mais
elevada que dizem estar infestada por carniçais
abaixo de sua extensão estéril.
A Charneca da Mata Sussurrante, a maior
das três charnecas, fica a sudeste e muitas vezes
passa o dia envolta em neblina. Cães-goblins,
lobos, worgs e coisas piores caçam aqui, muitas
vezes vindo para o norte para caçar o gado de
fazendas distantes.
Bosquemusgo: Os principais habitantes
dessa floresta são goblins e a tribo de Bosque-
musgo continua sendo a maior das tribos de
Pontareia até hoje. Parte da tenacidade dos
goblins da Bosquemusgo vem sem dúvida do
chefe da tribo, Grande Gugmut, que afirma ser
filho de um hobgoblin com uma javali.
As tribos de Boquemusgo são numerosas,
e conflitos sobre qual deus-herói goblin (ou
a própria Lamashtu, nesse caso) é a melhor
divindade leva a mais mortes de goblins na
floresta do que todos os aventureiros e des-
venturas juntos. As árvores de Bosquemusgo
28
tendem a ser maiores, principalmente sequóias,
resultando em um piso de floresta muito mais
aberto do que existe em Maturtiga, com vege-
tação rasteira ao norte.
Maturtiga: Ao norte de Bosquemusgo fica
a Maturtiga, uma floresta frustrantemente
emaranhada. Enquanto as árvores de Bosque-
musgo crescem altas e imponentes, aquelas ao
norte da estrada da Costa Perdida na Maturtiga
são mais baixas e compartilham o chão da flo-
resta com emaranhados de urtigas e arbustos
espinhosos.
Túmulos dos Pobres: Antes de Pontareia ser
colonizada, os varisianos costumavam visitar
o litoral aqui, tradicionalmente um de seus
muitos cemitérios na região. Quando Ponta-
reia começou a ser construída, um grande
fluxo de trabalhadores pobres e desesperados
de Magnimar veio para a região, esperando ser
recompensados por ajudarem a construir uma
nova vila com um lugar nela. Aqueles que mor-
reram durante a construção foram enterrados
aqui. Hoje, esses corpos se foram, devorados
pelos carniçais que agora habitam os labirintos
retorcidos abaixo da área.
O Fosso: O local mais notório na Travessa do
Diabo é um fosso escuro e circular escondido
em algum lugar perto do centro da escarpa. De
cima, o fosso só é acessível por voo ou através
de uma rede sinuosa de sulcos labirínticos na
superfície da Travessa, enquanto por baixo, as
inúmeras cavernas que se ramificam nas pare-
des do Fosso se conectam a covis subterrâneos
por todos os arredores.
Desta forma, por baixo da região, o Fosso
forma o nexo de uma “versão em miniatura das
Terras Sombrias”. Algo como um sumidouro, o
poço circular se estende por quase trinta metros
de largura, com suas paredes internas entre-
cruzadas com saliências e escadas de corda
levando mais fundo nas profundezas envoltas
em névoa. Numerosas entradas de cavernas ao
longo dessas bordas levam a complexos dentro
da escarpa.
Tribos de goblins, infestações de gremlins,
covis sinistros habitados por derros e povos
das trevas, e cavernas de trogloditas estão entre
os perigos que se enfrentam nessas numerosas
cavernas. As profundezas do fosso contêm
um antigo templo dedicado a Kabriri (o lorde

demônio dos carniçais) e o covil do infame
Diabo de Pontareia.
A Pira: Os antigos varisianos da região
usavam este promontório para muitos rituais,
incluindo o festival anual da cauda-de-andori-
nha, mas a Pira não é usada desde a fundação
de Pontareia.
Poleiro do Corvo: Esta cadeia irregular de
colinas quebradas é decorada aqui e ali com
bosques isolados de eucalipto, pimenta-do-
-reino e pinheiros. Não há muitos que vivem
aqui além de animais selvagens relativamente
inofensivos.
Mata de Canelas: Esta pequena floresta de
pinheiros e eucaliptos é relativamente pequena.
Os goblins da tribo dos Sete Dentes reivindi-
cam esta floresta como seu território.
Baía Encharcada: Esta baía rasa tem uma
notória reputação de ser um local de naufrágio.
Dezenas de bancos de areia e perigos ocultos
preenchem a área e os mastros de navios infe-
lizes se projetam das águas rasas em vários
pontos. As águas da baía são cheias de pontas
de recife, caranguejos gigantes e outros preda-
dores e catadores de maré.
Topocardo: esta área é detalhada em Oferen-
das Queimadas.
Os Três Cormorões: Três altas rocas se pro-
jetam das ondas, com suas copas sustentando
florestas em miniatura de eucaliptos e cipres-
tes. Um pequeno grupo de harpias habita entre
eles, mas além de periodicamente atormentar
goblins, os monstros não se intrometem com as
preocupações do continente.
Mata dos Carrapatos: Embora carrapatos
gigantes sejam conhecidos nesta floresta, os
Capítulo Um: Pontareia
principais habitantes desta longa e estreita
floresta de pinheiros, abetos e sequoias são os
javalis. Como resultado, a floresta é um campo
de caça popular entre os moradores mais ricos
de Pontareia.
Os Outeiros: Situados a leste da Travessa
do Diabo, esses três grupos de colinas pedre-
gosas são conhecidos coletivamente como os
Outeiros. Com o nome de três aventureiros
que exploraram muitos dos recantos, caver-
nas e antigas tumbas varisianas aqui antes de
Pontareia ser fundada, os Outeiros ainda escon-
dem muitos segredos e pequenos complexos
ocultos que aguardam serem descobertos por
aventureiros.
Mata Sussurrante: Apenas a ponta norte
desta grande floresta invade os arredores de
Pontareia. A Mata Sussurrante percorre grande
parte da Costa Perdida, com suas imponentes
sequoias sendo um testemunho humilde da
graça da natureza. Contos de ruínas tassilô-
nicas escondidas tanto de Shalast quanto de
Bakrakhan muitas vezes atraem grupos de
aventureiros, mas a maioria vira vítima de
lobos, bugbears e bandidos que espreitam
por intrusos.
Poço dos Desejos: Uma das ruínas tassilô-
nicas menos conhecidas na região, este marco
consiste em uma torre de pedra circular de
apenas 9 metros de altura do lado de fora que
caem em um poço de 35 metros de profundi-
dade que termina em uma piscina profunda
de água na parte de dentro. Todos os tipos
de monstros habitam as cavernas inundadas
abaixo do poço, incluindo uma pequena tribo
de skum e uma tribo maior de perseguido-
res sem face.
29
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

CAPÍTULO DOIS: MAGNIMAR

Magnimar se esforça incansavelmente para superar a escala e a grandeza
esmagadoras das maravilhas antigas que cobrem a paisagem varisiana. Um
lugar de grande oportunidade, estresse social e beleza fria, a cidade exala o
ar de uma metrópole do sul, buscando se elevar acima de seu ignóbil começo
como um refúgio para os párias de Korvosa para se tornar um farol de
cultura e liberdade em uma terra implacável. No entanto, seus monumentos
imponentes e arquitetura pomposa não passam de uma máscara rachada
sobre um governo em dificuldades e um povo desesperado que precisa de heróis
e heroínas.

A
informação apresentada nas páginas a
seguir pretende dar um breve vislumbre
da cidade de Magnimar. A Trilha de Aven-
tura da Ascensão dos Lordes Rúnicos não se atém
muito a chamada Cidade dos Monumentos,
mas há muito mais oportunidades de aventura
aqui para os Mestres que a procuram.
CIDADE DOS MONUMENTOS
Os amplos telhados de ardósia e avenidas de
mármore de Magnimar se estendem desde as
fundações do Colerarco — uma ponte de pedra
em ruínas de tamanho impossível — até além
das margens ocidentais do Rio Yondabakari.
Um penhasco íngreme, o Rasgamar, corta
o coração da cidade, dividindo Magnimar em
suas duas seções principais: o Cume, no topo
do penhasco, e a Margem, abaixo.
A segunda maior cidade de Varísia, Mag-
nimar trava uma guerra aberta de moedas
e mentiras com Korvosa ao leste. Ambas as
cidades-estado disputam o controle de comu-
nidades vassalas, recursos naturais e comércio
com o sul cosmopolita.
Em seu constante esforço para exceder e
superar Korvosa, Magnimar abriu seus por-
tões e porto a todos os visitantes, incentivando
comerciantes de muitas terras a descobrirem
as maravilhas de Varísia longe dos impostos e
regulamentos excessivos de Korvosa, mas com
mais segurança do que a oferecida por paraísos
piratas como Porto Enigma.
Hoje, mais de 16.000 pessoas residem em
Magnimar, com a maior parte dessa popula-
ção composta por humanos de descendência
cheliaxiana — embora um número crescente
tenha sangue varisiano. Shoanti geralmente
são considerados pouco mais do que brutos, e
muitas vezes não são confiáveis.
Magnimar também abriga uma segunda
população transitória: milhares de comer-
ciantes regulares de nações distantes. Muitos
desses mercadores, emissários e aventureiros
têm casas nas quais residem enquanto estão de
passagem, mas que permanecem vazias.
VIDA EM MAGNIMAR
Desde o estabelecimento de um governo formal
para a cidade em 4608 ca, Magnimar tem sido
liderada por dois órgãos políticos: o Conselho
dos Ostiários e o Gabinete do Senhor Prefeito.
Quando a cidade foi estabelecida, esse arranjo
igualitário foi feito para garantir que nenhuma
pessoa tivesse uma voz poderosa demais no
governo da cidade-estado.
Depois de mais de cem anos, no entanto, esse
nobre esforço envolveu-se no oficialismo, na
troca de papéis e nas ambições de seus membros.

30
MAGNIMAR
MAGNIMAR Capítulo Dois: Magnimar

0 1.000 2.000
METROS

ES T
RA
DA
DA COSTA PERDIDA

DISTRITO DE ALABASTRO
A VIVENDA
DEDALEIRA

DISTRITO DA CAPITAL

NAOS

COLERARCO

DOCAS

FENDABAIXA

PONTA DO FAROL

PEDRANGULAR

O RELÓGIO
DAS SOMBRAS
A SERRARIA
DOS SETE RIO YONDABAKARI

SOMBRAPASSO
ORDELLIA

N
31
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Indiscutivelmente a pessoa politica-
mente mais poderosa de Magnimar, O
Senhor Prefeito Haldmeer Grobaras
é um político barrigudo e egoísta
mais preocupado com seus próprios
confortos do que com as necessida-
des dos desprivilegiados sobre os
quais tanto ouve falar.
Gerenciando Mag-
nimar por muitos anos,
Grobaras trata com dis-
plicência as necessidades
imediatas da cidade, resolvendo
HALDMEER
com indiferença questões relaciona-
GROBARAS
das à distribuição de fundos cívicos,
o uso da guarda da cidade e as preo-
cupações de inúmeros grupos de cidadãos, ao
mesmo tempo que acolhe subornos e presentes
generosos.
Embora sua dedicação às melhores modas
cheliaxianas e suas volumosas papadas tornem
a altivez autoindulgente do prefeito descara-
damente aparente, elas escondem uma língua
sedutora e a riqueza privada para cumprir
quase qualquer promessa. Embora sua posição
o faça cumprir os mandatos do Conselho dos
Ostiários, ele muitas vezes ignora esses deveres, do Senhor Prefeito Grobaras.
mostrando-se mais atento se suas declarações
pessoais são ou não cumpridas.
Um terceiro órgão político que opera fora do
governo da cidade é o Conselho Varisiano. For- incentivar a educação e as artes. A maioria de
mado a pedido dos anciãos da cidade há mais
de 80 anos, o conselho garante que o governo
Magnimariano não infrinja os direitos e tradi- dores e o Museu das Eras.
ções dos povos nativos da Varísia — incluindo
os Shoanti — que vivem em agrupamentos e
comunidades temporárias de tendas e carroças
por toda a cidade.
Como uma cidade fundada por aqueles
que se recusaram a viver sob o reinado de
tiranos, Magnimar tem relativamente poucas
leis. De seus quartéis dentro de Arvensoar, a
imponente fortaleza do pequeno exército de
Magnimar, a guarda da cidade patrulha toda a
sua extensão — embora os decretos do Lorde
Prefeito Grobaras determinem que os bairros
mais ricos do Cume recebam mais atenção.
Quando a lei entra em disputa ou não pode
ser cumprida pela guarda, os conflitos são
levadas ao estimado Tribunal de Justiça. Treze
32
juízes – liderados por um humano,
Lorde Juiz Bayl Argênteo – formam
o mais alto tribunal da cidade,
resolvendo disputas e decidindo a
culpa ou inocência daqueles que
se apresentam diante deles.
Numerosos elementos cri-
minosos operam em toda
Magnimar. O mais antigo
desses grupos, as Escamas
da Noite, se consideram
os legítimos mestres do sub-
mundo do crime da cidade.
Os criminosos varisianos conhe-
cidos como Sczarni também operam
em grande número em Magnimar, cada grupo
recebendo nomes como Rastejantes, Garotas da
Torre ou Espremedores de Lavagem; adotando
especialidades criminais e operando em terri-
tórios conhecidos localmente. Jaster Frallino,
um valentão envelhecido e impiedoso com
cicatrizes grossas no pescoço, lidera o maior e
mais influente grupo, os Enforcados, de uma
caravana de carroças quase diretamente abaixo
do Jardim do Desafiante, a residência palaciana
Em uma tentativa de elevar a cidade-es-
tado além de um mero entreposto comercial
engrandecido, o governo local fez muito para
suas contribuições para o esclarecimento de
toda a cidade vai para o Arquivo dos Funda-
Ocupando um pequeno campus ao norte
do Salão dos Ostiários, essas estruturas gran-
diosas abrigam as histórias, descobertas e
coleções particulares de alguns dos cidadãos
mais respeitados da cidade. Além desses salões
de aprendizado, Magnimar também abriga
várias casas de artes conceituadas — e não tão
estimadas.
Enquanto o Triode do Cumê apresenta as
maiores performances no oeste de Varísia, o
local público mais popular é facilmente a Cor-
rida da Serpente. A maior estrutura da cidade,
este gigantesco hipódromo recebe decatlos,
corridas de cavalos e cães, exibições de magia,
apresentações de circo e — em raras ocasiões

— combates navais de pequena escala e batalhas
de gladiadores simuladas.
Antes de tudo, uma cidade comercial, Mag-
nimar deve sua prosperidade aos inúmeros
comerciantes estrangeiros que prontamente
fazem uso do porto supostamente seguro e
livre da cidade. Sem impor impostos sobre
portagem ou importações, a cidade recebe
negócios de todas as terras e disponibiliza a
recompensa de Varísia para o comércio.
Como resultado, várias das mais presti-
giadas companhias de comércio, famílias
mercantis e empresas de navegação fazem
negócios regulares na cidade, com algumas
até tendo escritórios estabelecidos e estaleiros
locais privados.
Magnimar acolhe religiões de todos os
cantos do mundo, desde que não persigam
cruzadas contínuas ou violem as leis da cidade.
As igrejas de Abadar, Calistria, Iomedae e Pha-
rasma têm fortes seguidores em toda a cidade,
e Desna está bem representada entre a popula-
ção varisiana.
A tradição e as lendas locais que cercam o
Arvensoar atraíram vários cultos de mistérios
celestiais, que praticam rituais estranhos longe
Capítulo Dois: Magnimar
do olhar público, e assembleias dedicadas a
vários lordes empíreos são conhecidas por se
reunirem na cidade.
Finalmente, há o Colerarco. Visível a quilô-
metros de distância do mar, esta antiga ponte
de basalto domina a costa de Magnimar. Proje-
tando-se de uma fundação proeminente sobre
o Rasgamar, a Ponte dos Gigantes, como às
vezes é chamada, eleva-se mais de 90 metros
acima da cidade, dando à área eclipsada abaixo
seu nome: Sombrapasso.
O Colerarco tem sido uma fonte de admira-
ção, mistério e má sorte. Embora os fundadores
da Magnimar tenham escolhido a localização
de sua comunidade principalmente por seu
porto natural e proximidade com o Rio Yonda-
bakari, os antigos escombros do Colerarco que
outrora cobriam as praias vizinhas provou ser
uma fonte oportuna de materiais de construção
para a comunidade nascente.
Hoje, muitas das estruturas mais antigas e
elegantes de Magnimar possuem fundações,
suportes e estátuas construídas com basalto
do Colerarco.
33
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
DISTRITOS DE MAGNIMAR
A cidade de Magnimar abriga quase duas
dúzias de bairros menores, muitos dos quais
mudam e se ajustam ao longo do tempo. Os
nove principais distritos da cidade, por outro
lado, têm fronteiras bem reconhecidas e
estáveis. Esses nove distritos estão resumi-
dos a seguir.
Distrito de Alabastro: Lar de muitos dos
melhores e mais ricos aristocratas de Magni-
mar, o horizonte do Distrito de Alabastro é
dominado pelas torres do Forte Indros e pela
extensão da Corrida da Serpente (a maior arena
da cidade para eventos públicos).
Ponta do Farol: A orla da Ponta do Farol
abriga muitas das indústrias da Magnimar
(como construção naval e pesca), além de
abrigar os estaleiros navais da cidade. Porém,
quanto mais se viaja para o interior da costa,
mais se mergulha no emaranhado de favelas
no coração da Ponta do Farol — uma região
miserável conhecida como Ponta Trapo.
Distrito Capital: Talvez o maior dos distritos
de Magnimar, o Distrito Capital abriga a maior
parte dos edifícios governamentais da cidade,
incluindo o Salão dos Ostiários e o Edifício do
Frontão. Este distrito de belas estruturas de
pedra também abriga outros locais notáveis,
como a Artegolem (uma escola e oficina indus-
trial dedicada à fabricação de construtos) e a
coleção eclética de animais em exibição no Zoo-
lógico do Senhor Prefeito.
Docas: O distrito de mercadores de Magni-
mar também contém o maior mercado livre
de Varísia — o Bazar das Velas, um extenso
conjunto de edifícios e ruas governados pela
chamada Princesa do Mercado, Sabriyya
Kalmeralm.
Pedrangular: O distrito conhecido como
Pedrangular é descontraído e relativamente
tranquilo — um bairro predominantemente
residencial que também abriga a maior parte
dos maiores templos da cidade (incluindo igre-
jas para Desna, Calistria, Erastil e Pharasma).
Fendabaixa: Este é o distrito de entreteni-
mento de Magnimar, um bairro que só ganha
vida após o pôr do sol. Aqui os visitantes
podem encontrar distrações e diversões entre
34
vários salões de jogos, tavernas, bordéis, teatros
e meios semelhantes de relaxamento.
Naos: A maior parte da alta classe de
Magnimar mora neste distrito, em meio a resi-
dências elegantes de pedra ou pequenas vilas.
O edifício mais alto de Magnimar, o Arvensoar,
ergue-se acima deste distrito, e o maior templo
de Magnimar, a catedral de Abadar, também
podem ser encontrados aqui.
Ordellia: Quase um subúrbio próprio em
vez de um distrito totalmente integrado de
Magnimar, Ordellia também é conhecido como
Distrito Estrangeiro. É aqui que vive a maioria
dos cidadãos não humanos de Magnimar, jun-
tamente com muitos outros visitantes de outras
nações em toda a região do Mar Interior.
Sombrapasso: Conhecida mais comumente
apenas como "a Sombra", essa é a favela mais
perigosa de Magnimar. Aninhado na escuri-
dão perpétua sob o Colerarco, o distrito é um
refúgio para criminosos, contrabandistas e até
alguns predadores monstruosos.
PESSOAS NOTÁVEIS
P CAPITÃO DA GUARDA
Tipo: Humanoide Neutro (Humano
Guerreiro)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d8, Vigor d8
Perícias: Atirar d6, Atletismo d6,
Conhecimento Batalha d4, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d6, Intimidar d8,
Lutar d8, Perceber d6, Persuadir d6,
Sobrevivência d6
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 9 (3)
Vantagens: Bloquear, Comando, Guerreiro,
Retirada, Soldado
Equipamento: Espada longa obra-prima
(For+d8, PA 1), besta leve (Distância 10/20/40,
Dano 2d6, PA 2), cota de malha (+3).
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial.
Idiomas: Comum.

GUARDA DA CIDADE
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atirar d4, Atletismo d4,
Conhecimento Geral d4, Furtividade d4,
Intimidar d4, Lutar d6, Perceber d6,
Persuadir d6
Movimentação: 6; Aparar: 5 ou 7 (escudo);
Resistência: 7 (2)
Vantagens: Soldado
Equipamento: Espada curta (For+d6), porrete
(For+d4), besta leve (Distância 10/20/40,
Dano 2d6, PA 2), armadura de couro
batido (+2), escudo médio (Aparar +2,
Cobertura -2).
Idiomas: Comum.
P HALDMEER GROBARAS
O egoísta e cada vez mais corrupto Senhor Pre-
feito de Magnimar.
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d8,
Espírito d6, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d4, Lutar d4,
Perceber d6, Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 4;
Resistência: 5
Complicações: Ganancioso (Menor),
Obrigação (Menor)
Vantagens: Aristocrata, Carismático
Idiomas: Comum.
MIRO, O MERCADOR
Miro muitas vezes consegue itens mági-
cos adicionais para seus clientes escolherem.
Graças a uma ligação familiar, muitas vezes ele
está de posse de armas com o encantamento
Brutal. Isso é um acréscimo a quaisquer outros
itens mágicos que a cidade tem a oferecer.
Tipo: Humanoide Neutro (Halfling)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d8,
Espírito d6, Força d4, Vigor d6
Perícias: Atirar d4, Atletismo d4,
Conhecimento Geral d4, Furtividade d4,
Lutar d4, Perceber d6, Persuadir d8
Capítulo Dois: Magnimar
Movimentação: 6; Aparar: 4;
Resistência: 6 (2)
Equipamento: Cajado (For+d6), casaco de
couro (+2).
Habilidades Especiais:
„ Ancestralidade: Halfling (Ágil, Sentidos
Aguçados, Sortudo, Movimentação
Reduzida, Tamanho -1, Pés-Firmes.
Idiomas: Comum, Halfling
P ESCAMA DA NOITE ASSASSINO
Tipo: Humanoide Neutro (Humano Ladino)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d8, Vigor d8
Perícias: Atirar d6, Atletismo d8,
Conhecimento Geral d6, Furtividade d10,
Intimidar d8, Lutar d10, Perceber d6,
Persuadir d6, Sobrevivência d6
Movimentação: 6; Aparar: 8;
Resistência: 9 (3)
Vantagens: Atacar Primeiro, Bloquear, Ladino,
Rápido, Retirada Aprimorada.
Equipamento: Espada longa (For+d8, PA
1, Brutal), besta leve (Distância 10/20/40,
Dano 2d6, PA 2), casaco de couro (+3,
Égide), 2x veneno Letal.
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Ladino): Ataque
Furtivo, Restrição de Armadura (Leve)
Idiomas: Comum, Enânico, Élfico.
ESCAMA DA NOITE MATADOR
Tipo: Humanoide Neutro (Humano)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d6, Vigor d6
Perícias: Atirar d4, Atletismo d4,
Conhecimento Geral d4, Furtividade d4,
Intimidar d4, Lutar d6, Perceber d6,
Persuadir d6
Movimentação: 6; Aparar: 6;
Resistência: 7 (2)
Vantagens: Lutar com Duas Armas, Rápido
Equipamento: 2x Adaga (For+d4), besta
leve (Distância 10/20/40, Dano 2d6, PA 2),
armadura de couro batido (+2).
Idiomas: Comum.
35
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
BANDO DE RATOS GRANDE
Matadores e mendigos não são a única coisa
que os aventureiros e aventureiras precisam
ficar de olho em Magnimar. Em uma cidade tão
grande, infestações de ratos são comuns.
Tipo: Animal Neutro (Bando)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d4 (A),
Espírito d12, Força d8, Vigor d10
Perícias: Perceber d6
Movimentação: 10; Aparar: 4; Resistência: 7
Habilidades Especiais:
„ Mordida: Bandos atacam suas vítimas
com centenas de pequenas mordidas a
cada rodada, acertando automaticamente
e causando 2d4 de dano a todos no
modelo. Dano é aplicado ao ponto menos
protegido.
36
„ Divisão: Alguns bandos se dividem em
dois bandos menores quando são Feridos
(à critério do Mestre). Reduza o Modelo
de Explosão em um tamanho depois de
um Ferimento; bandos Pequenos são
destruídos.
„ Bando: +2 para se recuperar de Abalado,
Aparar +2. Bandos são compostos de
várias criaturas pequenas, logo armas
cortantes e perfurantes não causam
nenhum dano real. Ataques de área
funcionam normalmente e personagens
podem pisotear para infligir dano com
Força a cada rodada. É possível evadir
de alguns bandos (abelhas, vespas,
pássaros) ficando completamente
submerso.
 CapítuloTrês:BalsaCascoDeTartaruga

CAPÍTULO TRÊS: BALSA CASCO DE TARTARUGA

Balsa Casco de Tartaruga é um pequeno povoado encharcado de chuva
que fica empoleirado na margem norte do Lago Fundo de Barro. Três
balsas distintas criadas a partir de cascos de tartarugas gigantes mortas
por Autek Lavendy, um dos fundadores da cidade, fazem de Balsa Casco de
Tartaruga a vila comercial central da região. A quase 130 quilômetros de
Ilsurian, a próxima cidade de tamanho semelhante, Balsa Casco de Tartaruga
está nominalmente sob o domínio de Magnimar há 45 anos, um acordo que o
assentamento aceitou em troca de proteção contra os ogros e meio-ogros
da região.

B
alsa Casco de Tartaruga permanece
independente de muitas maneiras. Sua
localização remota garante que as visitas
oficiais da Magnimar sejam poucas e distantes
entre si. O atual prefeito é um velho clérigo
de Erastil chamado Maelin Shreed, uma alma
altruísta que administra a igreja da vila como
um porto seguro para viajantes e um hospital.
CHEGANDO A BALSA
CASCO DE TARTARUGA
Visitantes de Balsa Casco de Tartaruga acham
os moradores locais bastante amigáveis,
embora muitos deles pareçam nervosos e aris-
cos, rápidos para trancar as portas à noite e
muitas vezes reagindo exageradamente ao som
de cães latindo ou outros ruídos inesperados.
Esse sentimento é apenas parcialmente cau-
sado pela chegada antecipada das chuvas de
inverno, e não deve demorar muito para os
heróis e heroínas descobrirem que as preocu-
pações de Magnimar sobre Forte Rannick são
tudo menos fúteis.
Questionar qualquer um dos aldeões sobre o
forte confirma que não houve contato dos Fle-
chas Negras por várias semanas. Normalmente,
um ou dois dos patrulheiros visitam Balsa
Casco de Tartaruga a cada poucos dias, mas por
várias semanas ninguém ouviu falar deles.
Além disso, as florestas próximas se torna-
ram mais perigosas. Animais selvagens como
ursos, pumas e javalis estão se tornando cada
vez mais comuns ao longo das bordas dessas
florestas. Acredita-se que esses predadores
estão sendo expulsos das profundezas da flo-
resta pelo aumento da atividade de monstros
locais. No início da semana, uma patrulha
tentou entrar em contato com Forte Rannick,
mas nunca retornou.
VIDA EM BALSA CASCO
DE TARTARUGA
O vilarejo de Balsa Casco de Tartaruga não
está no seu melhor momento quando os heróis
e heroínas chegam. As chuvas chegaram mais
cedo, encharcando o espírito já sombrio do
assentamento. O gado está desaparecido há
meses e, mais recentemente, o número de caça-
dores que desapareceram também aumentou.
Em um vilarejo de apenas 430 habitantes,
cada perda é sentida profundamente — não
mais do que o trágico naufrágio da barcaça
Paraíso e a perda de quase duas dúzias de vidas.
Quando a Paraíso estava operando, as
opiniões sobre a “barcaça do prazer” eram

37
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
divididas em Balsa Casco de Tartaruga entre
aqueles que secretamente gostavam do fato de
que uma casa de apostas e uma taverna melhor
tinham chegado à vila e aqueles que viam a
Paraíso como uma ameaça aos negócios ou à
moralidade.
A dona e proprietária, uma bela ruiva cha-
mada Lucrécia, suscitou um debate semelhante
entre os que se encantavam com seu charme e
os que se sentiam ameaçados por ele.
Em uma reviravolta irônica, a tragédia do
naufrágio da Paraíso tem opiniões unânimes
— as pessoas de Balsa Casco de Tartaruga agora
se lembram de Lucrécia com carinho e tristeza,
percebendo tarde demais que a renda adi-
cional que a Paraíso trazia para o vilarejo era
bastante boa.
A tragédia aconteceu faz pouco tempo
(Lucrécia afundou a barca menos de uma
semana após a queda de Forte Rannick — um
mês antes dos heróis e heroínas chegarem em
Balsa Casco de Tartaruga), então ainda está nos
pensamentos de todos, com vários moradores
ainda de luto por entes queridos perdidos.
38
A barca afundou perto da meia-noite
enquanto estava à deriva no lago Fundo de
Barro. Não houve sobreviventes — na ver-
dade, se um caçador voltando para casa tarde
não tivesse visto as luzes da barcaça no lago
piscando uma atrás da outra enquanto ela desli-
zava na água, ninguém teria notado a perda até
a manhã seguinte. Nos dias seguintes à tragé-
dia, as investigações sobre o evento ocorreram.
Tentativas locais de mergulhar até o naufrá-
gio para recuperar corpos falharam devido a
uma combinação da profundidade e dos peixes
particularmente cruéis que convergiram para
a área (veja O Naufrágio do Paraíso na página
43). Durante a mesma semana, um inqué-
rito tímido por parte de um oficial solitário de
Ilsurian não revelou nenhuma pista adicional
sobre por que a barca afundou.
Se algum morador for questionado sobre
este inquérito, os aldeões amargos implicam
que o investigador estava mais interessado em
simplesmente seguir os protocolos para que ele
pudesse voltar para casa.
Hoje, metade das pessoas de Balsa Casco de
Tartaruga acredita que a Paraíso foi afundada
 CapítuloTrês:BalsaCascoDeTartaruga
por um monstro do lago (a Magga Tenebrosa
ou o lendário peixe-jacaré gigante conhecido
como Dordói), enquanto a outra metade
suspeita que a barcaça afundou pelo peso com-
binado dos pecados daqueles a bordo (uma
maneira não tão sutil de dizer “eles afundaram
porquê foram punidos por Erastil”).
Apesar das chuvas, dos desaparecimentos e
da perda da Paraíso, o que realmente deixou as
pessoas de Balsa Casco de Tartaruga no limite
foi o silêncio inquietante de Forte Rannick. Os
Flechas Negras fazem um excelente trabalho
em manter as estradas e as bordas da floresta
relativamente seguras para caçadores e viajan-
tes, mas nas últimas semanas não houve sinal
dos patrulheiros.
Normalmente, uma delegação de patrulhei-
ros de Forte Rannick visitava Balsa Casco de
Tartaruga toda Flama-feira — além de suas
visitas individuais de folga — então, quando
duas semanas se passaram sem nenhum
sinal deles, mensageiros foram enviados ao
forte para investigar. Nenhum deles retornou.
Temendo o pior, o prefeito Shreed enviou uma
mensagem a Magnimar para pedir ajuda na
investigação.
BALSA CASCO
DE TARTARUGA
RIO CAVEIRA 7
4
N 1
3
LAGO FUNDO DE BARRO
LOCALIDADES EM BALSA
CASCO DE TARTARUGA
Existem nove locais de interesse em Balsa
Casco de Tartaruga.
1. A Salão das Tartarugas: Com poucos
convidados ultimamente, Cesten Orlandi
tem estado particularmente mal-humorado
enquanto vê seus lucros diminuir. Se os heróis
e heroínas tentarem garantir quartos aqui, ele
tentará cobrar 5 po de cada.
2. Ergam Seus Copos: Esta taverna é de pro-
priedade de um casal de halflings tagarelas,
Yads e Berthandy Kesker, e é frequentada por
caçadores e pescadores. Os halflings detesta-
vam a Paraíso, pois ela lhes roubava muito de
seu patrocínio regular.
3. Balsa do Fundo de Barro: Esta balsa ofe-
rece um serviço de ida e volta uma vez por dia
para Pendaka, do outro lado do lago, pelo custo
acessível de 2 pc por passageiro.
4. Mercadorias Metálicas de Dente-de-Ferro:
Nomeado por causa de seu dono e proprietário,
Jorveni Dente-de-Ferro, este edifício é a única
BORDA DA ZONA DE INUNDAÇÃO
0 200 400
9 METROS
8
5
2
39
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

BOATOS DE BALSA CASCO DE TARTARUGA

Os aldeões estão quietos e mal-humorados ultimamente, mas perguntar a qualquer pessoa
sobre notícias certamente conseguirá tirar um boato deles! Cada boato na tabela adiante é
seguido por um “(Verdadeiro)” ou “(Falso)”. Observe que boatos falsos ainda podem fazer
com que os heróis e heroínas investiguem uma área pertinente à aventura, mesmo que sua
razão inicial para visitar a área seja baseada em uma suposição incorreta.
d12 Resultado
Magga Tenebrosa, monstro de Storval Profunda, não fica naquele lago. Túneis
subaquáticos a conectam ao Lago Fundo de Barro e ela desce aqui para devorar pes-
1
cadores de vez em quando! Tenho certeza de que foi isso que aconteceu com a Paraíso
— Magga Tenebrosa veio e devorou ​​todos aqueles pecadores imundos! (Falso)
Faz semanas desde que recebemos a visita dos Flechas Negras. Vou ser a primeira
pessoa a admitir que eles não são muito amigáveis, mas que fazem um bom trabalho
2
mantendo sob controle os ogros e bichos nas florestas e colinas. Espero que nada
tenha acontecido com eles! (Verdadeiro)
As chuvas chegaram mais cedo este ano. Vou inundar minhas colheitas se elas não
pararem logo. Da última vez que choveu tão cedo, tivemos inundações. Isso foi, o
3
que, 40 e poucos anos atrás? Acontece que havia uma bruxa por trás de tudo — ela
estava tentando nos transformar em sapos ou algo assim com toda essa chuva! (Falso)
As pessoas estão desaparecendo ultimamente. E não apenas aquelas que estão indo
para as profundezas da floresta. Estou falando de pescadores, viajantes e pessoas
4 nas estradas. Aposto nos Graul — essa família tem sangue de ogro neles, e uma
vez que tem sangue de ogro em você... algo em você simplesmente não está certo!
(Parcialmente verdadeiro)
Ouvi dizer que um bando de pescadores de Pendaka foi comido por Dordói, o Pei-
5 xe-Jacaré, há uma semana. Bem feito para os tolos por se envolverem com um peixe
maior que o barco deles! (Falso)
Ouvi alguns meses atrás, antes de todas essas chuvas começarem, que alguns dos
caçadores que desbravam o Vale das Árvores Quebradas em busca de javalis encon-
6 traram um monte de pegadas enormes. Pegadas gigantes! Já é ruim o suficiente
termos ogros, mas se um gigante se mudou para o vale, espero que os Flechas Negras
cuidem disso logo! (Verdadeiro)
Os ogros no Gancho são a causa de toda essa chuva. Eles recrutaram um dragão ou
7
algo assim para voar nas nuvens e agitar as tempestades! (Falso)
Ultimamente tem havido algumas luzes estranhas do outro lado do lago nos Entre-
montes Reluzentes. Elas não aparecem o tempo todo, mas de vez em quando você
8 pode vê-las nas primeiras horas do amanhecer, se movendo como se fossem um
monte de gente carregando lanternas, dançando e coisas assim. Estou lhe dizendo,
o lugar é assombrado! (Parcialmente verdadeiro)
A Paraíso naufragou — é uma tragédia, eu concordo. Mas sabe de uma coisa? Na
minha opinião, já vai tarde. Eu sei que não é bom desejar o mal a ninguém, mas
espero que aquela rameira da Lucrécia esteja no fundo do lago também. Andando
9 pela cidade com o peitos para fora e mostrando as pernas a cada dois passos... Esse
tipo de andar pode ser muito bom em Korvosa, mas aqui somos gente respeitável!
Não seria surpresa descobrir que a Paraíso afundou por ela atrair o julgamento de
Erastil sobre todos eles! (Falso)

40
 CapítuloTrês:BalsaCascoDeTartaruga

Então, outro dia eu notei que meu tio tinha uma estranha tatuagem em forma de
estrela no ombro. Lhe perguntei a respeito, mas ele ficou com raiva e me disse para
cuidar da minha vida. A questão, porém... é que não é a primeira vez que vejo esse
10 tipo de tatuagem. Muita gente as conseguiu por aqui. Eles as escondem bem, mas
se você fica de olho, com certeza verá uma delas em um tornozelo, braço ou costas
aqui e ali. Eu não tenho uma, pode ter certeza! Tatuagem é um negócio pecaminoso!
(Verdade... pelo menos sobre a propagação de tatuagens na vila)
A represa ao norte, entre o Platô Storval e o Rio Caveira, é assombrada por todos
11 aqueles que se afogaram por aqui. Os crânios esculpidos na barragem permitem que
os fantasmas lhe observem quando você se aproxima! (Falso)
Ninguém acredita em mim, mas aquele líder dos Flechas Negras — Bayden é o nome
dele, eu acho — ele está escondendo alguma coisa do outro lado do lago. Eu o vi indo
12
e vindo de Salgueiro-Branco, e meus amigos também. Tenho certeza de que ele anda
aprontando. Afinal, nada amigável vive em pântanos! (Parcialmente verdadeiro)

ferraria de Balsa Casco de Tartaruga. Dente-de-
-Ferro deixou Isger depois que um hobgoblin
o atingiu no rosto com um porrete — ele forjou
dentes falsos metálicos para esconder seu sor-
riso arruinado.
5. Armazém Geral de Casco de Tartaruga:
Administrado por uma solteirona chamada
Wendy Leenee, o Armazém Geral de Casco de
Tartaruga é funcional, mas sem criatividade em
seus produtos.
6. Igreja de Erastil: Este é o maior edifício
da cidade — serve tanto como centro religioso
quanto como prefeitura, e seu pastor é seu líder
espiritual e político. Maelin Shreed é quem
pediu ajuda para Magnimar, e é o homem que a
maioria dos moradores da vila aponta quando
os heróis e heroínas chegam.
Maelin oferece serviços gratuitos de con-
juração enquanto eles estiverem na cidade
(embora ele ainda aprecie dízimos em nome
de Erastil). Apesar de seu zelo e boas intenções,
Maelin infelizmente tem pouquíssima infor-
mação para dar ao grupo além de recomendar
que eles sigam para o norte para investigar
Forte Rannick.
7. Balsa da Caveira: Esta balsa oferece serviço
conforme necessário em todo o Rio Caveira por
1 pc por viagem. Um grande sino do outro lado
do rio chama a balsa se os viajantes chegarem
pelo oeste.
8. Escola de Casco de Tartaruga: Esta escola
de sala única é administrada por Tillia Hen-
kenson, uma mulher atraente e empertigada
que conseguiu fazer maravilhas nos últimos
anos com a juventude de Casco de Tartaruga,
substituindo uma professora mal-humorada e
antiquada.
9. Cemitério de Casco de Tartaruga: Os
corpos enterrados aqui representam gerações
de fazendeiros, caçadores e pioneiros. As crian-
ças locais gostam de contar histórias sobre o
lugar, mas o cemitério é notavelmente livre de
assombrações.
REGIÃO DA MONTANHA GANCHO
A área ao sul da Montanha Gancho é dominada
por densas florestas, lagos e pântanos conheci-
dos como os Entremontes Reluzentes.
Matafreixo: Embora muitas florestas em
Varisia tenham uma reputação sombria, a de
Matafreixo é lendária. Parece que todos em
um raio de 150 quilômetros afirmam conhe-
cer alguém que encontrou pessoalmente um
fantasma, lobisomem ou outra assombração
dentro das fronteiras da floresta.
Vau-Amargo: Este é um povoado imundo e
remoto de cerca de 50 caçadores e suas famí-
lias. Um único entreposto comercial chamado
Ninho do Jacaré fica no centro deste assenta-
mento e o comércio regular com os gnomos
da vizinha Floresta Sanos significa que muitas
vezes há itens inesperados à venda.
Lago Fundo de Barro: A pesca é sempre
boa aqui, mas os pescadores são rápidos em
alertar os recém-chegados sobre as jibóias,

41
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

peixes-jacarés gigantes e as mortíferas tartaru- Pendaka: Este pequeno povoado pesqueiro

gas mordedoras gigantes que infestam o lago. está empoleirado em um promontório rochoso
Mata Kreeg: Esta floresta é nomeada em com vista para a margem sul do Lago Fundo
homenagem aos ogros da Montanha Gancho, de Barro. Com sua combinação única de esta-
embora aqueles que moram aqui sejam prin- lagem/entreposto comercial, a Esposa Vesga, a
cipalmente os resultados meio-humanos da única reivindicação de fama de Pendaka são as
luxúria dos ogros. Os meio-ogros que moram deliciosas tortas de bagas vermelhas com ovos
de tartaruga do padeiro local, Olam Keecher.
na Mata Kreeg brigam entre si e raramente
causam problemas para forasteiros. No entanto, Floresta Sanos: Embora os gnomos como
qualquer um que se aventurar muito longe um povo sejam extremamente discretos sobre
o que acontece na Floresta Sanos, há rumores
nessas florestas é uma presa em potencial para
de que em algum lugar no fundo de seu cora-
o jantar (ou coisa pior).
ção eles mantêm uma porta de entrada para o
Lago Carvão: As águas do Lago Carvão são Primeiro Mundo.
escuras com lodo e algas pretas. A pesca é ruim
Storval Profunda: Preenchendo todo o vale
no Lago Carvão — não por falta de peixes, mas
entre os Picos de Ferro e as Montanhas Wyvern,
pela ferocidade dos grandes e escuros peixes- Storval Profunda é uma enorme lagoa contida
-jacaré que ali habitam. por uma antiga represa em sua ponta sul, a Pas-
Velha Trilha de Sanos: Esta trilha florestal sagem da Caveira.
claustrofóbica serpenteia profundamente na Vale das Árvores Quebradas: Nesta ravina
Floresta Sanos, eventualmente conectando-se seca, as árvores têm dificuldade de crescer
a várias aldeias de gnomos isoladas nas profun- devido ao solo pobre e ao vandalismo fre-
dezas da floresta. Há rumores de que a magia quente dos ogros. Recentemente, um gigante
faz com que as trilhas se movam quando aque- da colina chamado Razmus reivindicou este
les que as usam procuram causar problemas vale como seu. Mais esperto e mais cauteloso do
aos gnomos. que a maioria de seus parentes, Razmus tinha

A STORVAL PROFUNDA
MONTANHA
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PASSAGEM DA
DOMÍNIO DO CLÃ DA CAVEIRA
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MONTANHA GANCHO
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PENDAKA
0 10
QUILÔMETROS
20

42
 CapítuloTrês:BalsaCascoDeTartaruga

pouco interesse em se juntar ao crescente exér- longa duração e suas tábuas que rangem
cito de Mokmurian e tomou secretamente seu frequentemente oferecem o único caminho
caminho para o sul do Platô Storval. Depois de completamente seco através dos Entremontes
entrar nesta região alguns anos atrás, Razmus Reluzentes.
reivindicou o Vale das Árvores Quebradas Naufrágio da Paraíso: A Paraíso fica abaixo
como seu domínio. Se Razmus serve para o seu de 12 metros de água, em meio ao lodo espesso
grupo como inimigo ou um aliado improvável e rochas afiadas. Mergulhar no naufrágio
depende tanto do seu capricho quanto dos pró- é complicado pela presença de Doidói, um
prios heróis e heroínas. peixe-jacaré gigante albino particularmente
temperamental, mas se os heróis e heroínas
P RAZMUS puderem lidar com o peixe, uma investigação
do naufrágio revela vários fatos interessantes.
Tipo: Humanoide Maligno (Gigante das
Primeiro, entre os esqueletos comidos por
Colinas Guerreiro/Patrulheiro)
peixes daqueles que morreram não há nenhum
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4,
vestindo as roupas extravagantes de Lucrécia.
Espírito d6, Força d12, Vigor d10
Em segundo lugar, o casco da barcaça tem
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
vários buracos obviamente artificiais, com
Geral d4, Furtividade d8,
as tábuas tendo estourado e não para dentro,
Lutar d10, Perceber d8, Persuadir d4,
indicando que o dano que causou o afunda-
Sobrevivência d8
mento da barca foi infligido a bordo — talvez
Movimentação: 7; Aparar: 7 ou 8 (malho);
deliberadamente.
Resistência: 13 (4)
Vantagens: Arma Predileta (malho), Guerreiro, Montanhas Wyvern: O nome desta cordi-
Patrulheiro, Rápido, Varredura lheira já diz tudo, os viajantes são aconselhados
Equipamento: Malho (For+d10, PA 3, Precisão, a ficar de olho nos bandos de predadores dra-
Elemental (elétrico)), jaqueta de couro (+2), cônicos venenosos que subsistem das cabras
anel de contramágicas (fantoche). selvagens e lhamas das montanhas.
Habilidades Especiais:
„ Ancestralidade (Gigante): Alcance 1,
Tamanho 2, Visão na Penumbra.
„ Armadura +2: Pele de couro.
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial.
„ Habilidades de Classe (Patrulheiro):
Inimigo Predileto (Humanoides),
Restrição de Armadura (Média),
Terreno Predileto (Montanhas),
Travessia de Floresta
Idiomas: Comum, Gigante.
Passagem de Vime: Construída pelos
fundadores de Vau-Amargo em
uma tentativa de incen-
tivar o comércio com
os gnomos da Floresta
Sanos, a Passagem de
Vime é uma maravi-
lha local. O calçadão
de quase cinco quilô-
metros de comprimento
é coberto regularmente
com lanternas de piche de
RAZMUS

43
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

CAPÍTULO QUATRO: XIN-SHALAST

O extenso império da Tassilônia foi impulsionado pela conquista e sua
sofisticada magia rúnica. Essa magia definia os governantes do império e
incluía várias formas de sacrifício de sangue, alocação de poderosos glifos e
distorção dimensional. Sem a magia rúnica e o controle dos gigantes rúnicos,
as legiões da Tassilônia nunca teriam conquistado suas vastas terras. Com eles,
elas eram imparáveis — ​​ ou pelo menos até que a Era das Lendas terminasse e a
Era da Escuridão começasse. Pois quando a Queda da Terra destruiu Azlant,
a Tassilônia também foi dilacerada.

A
Tassilônia consistia em sete domínios indi-
viduais, cada um dos quais era governado
por um dos sete lordes rúnicos. Sob uma
lei distinta e exploradora, cada domínio incor-
porava a virtude de governo preferida de seu
governante. Cada lorde rúnico tinha uma capi-
tal que compartilhava o nome de seu domínio,
mas era precedida pela palavra “Xin” — tassi-
lônico antigo para “imperial” e “trono de”, em
homenagem ao primeiro imperador. Assim, a
capital de Shalast era chamada de Xin-Shalast.
OS SETE DOMÍNIOS
BAKRAKHAN: O domínio da ira compar-
tilhava sua fronteira oriental com Shalast, e os
dois domínios estavam travados em uma guerra
duradoura até Bakrakhan ser destruída e afun-
dar no mar durante o cataclismo que precipitou
a queda da Tassilônia. Bakrakhan era um lugar
de muitas tribos guerreiras que serviam a Lorde
Rúnica Alaznist, mas que se odiavam.
Dizia-se que suas densas florestas abriga-
vam centenas de tribos de crias do pecado e
humanoides, com goblins, gnolls e bugbears
sendo as principais entre eles. Gigantes das
colinas escravizados eram comuns em Bakra-
khan, assim como demônios e qlippoth — pois
a Lorde Rúnica Alaznist havia forjado pactos
sombrios com estranhos poderes abissais.
CYRUSIAN: Representando o orgulho,
Cyrusian era tradicionalmente considerado
como o domínio mais poderoso. No seu auge,
seus gigantes rúnicos e dragões escravizados
construíram monumentos mais numerosos e
maiores para a glória de Cyrusian do que qual-
quer outro domínio. Cyrusian era governado
pelo mais poderoso dos lordes rúnicos — Xan-
derghul, um dos dois únicos lordes rúnicos a
reinar sobre uma nação desde o alvorecer da
Tassilônia até sua lendária queda.
EDASSERIL: O domínio da ambição e da
inveja, Edasseril era rico em madeira, pedras
preciosas e ferro. A lorde da inveja original,
cujo nome agora está perdido no tempo, era
obcecada pela beleza e poder da nação élfica
próxima de Celwynvian, e foi dos elfos que ela
roubou o nome Edasseril para sua nação. Na
época da queda da Tassilônia, este reino era
governado pela Lorde Rúnica Belimarius.
EURYTHNIA: O domínio da fertilidade e
da luxúria foi em grande parte construído por
seu tráfego marítimo e comércio com terras
distantes, contando com especiarias e bordéis
para encher seus cofres. Gigantes do pântano
protegiam a frota da Eurythnia de pirataria. O
reino era governado pela Lorde Rúnica Sorshen,

44
 Capítulo Quatro: Xin-shalast

que (como Lord Rúnico Xanderghul) coman- que frequentemente se aliavam aos escravos
dou seu reino durante toda a existência da rebeldes que se escondiam nas colinas contra
Tassilônia. seus senhores.

GASTASH: Este era o domínio da abun- SHALAST: Dos sete reinos da Tassilônia, o
dância e da gula, mas em grande parte era um mais rico era o reino central de Shalast. Como
lar pacífico e abundante para seus cidadãos. o segundo maior domínio depois de Cyrusian,
Muitas eram as vantagens de Gastash, mas Shalast coletava riquezas não apenas de suas
seu povo vivia com medo de seus líderes minas de ouro, mitral, cobre e pedras precio-
necromânticos. As infestações de Ankhegs sas, mas também de suas vastas pedreiras, que
eram comuns, bulettes devoravam muitos produziam os materiais usados ​​para construir
fazendeiros e servos do lorde rúnico, e bandi- os monumentos da época.
dos de outros reinos eram visitantes frequentes. A maior e mais produtiva dessas pedreiras
Ele era governado pelo Lorde Rúnico Zutha. existe hoje como o enorme lago conhecido
como Storval Profunda. Mas a riqueza que
HARUKA: Haruka, domínio do descanso as minas e pedreiras produziam nunca era
e da preguiça, era lento, indolente e astuto. suficiente. O Lorde Rúnico Karzoug desejava
Governado pelo Lorde Rúnico Krune na época sempre mais, e dizia-se que a capital de Xin-
da queda da Tassilônia, a maioria dos haruka- -Shalast era pavimentada com ouro — embora,
nos trabalhava como escravagista, vendendo na verdade, a maior parte do ouro entrasse no
carne em seus mercados ou aproveitando o tesouro e nas fornalhas alquímicas da capital e
abuso de suas propriedades. nunca mais voltasse.
Era amplamente considerado um domínio Shalast era conhecido por ogros selvagens
cruel e muitas vezes hipócrita, preguiçoso e gigantes da floresta, bem como gigantes
por natureza. Os principais inimigos da paz de pedra escravizados e exóticos artífices de
em Haruka (além dos motins) eram as tribos outro mundo. Seus tesouros às vezes eram car-
desgarradas e os gigantes das colinas livres regados em poderosas caravanas puxadas por

45
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

mamutes. A população em geral sobrevivia em

grande parte como mineiros, ferreiros e comer- HABITANTES DE XIN-SHALAST
ciantes, proporcionando ainda mais riqueza.
Muitas minas abandonadas ainda cobrem o A cidade arruinada de Xin-Shalast é quase tão
Platô Storval; as passagens montanhosas de perigosa atualmente quanto era no auge de sua
Shalast ainda contêm mosteiros e ruínas agora glória. Embora seu lorde rúnico esteja aprisio-
abandonados nos ermos. nado no Olho da Avareza e a infraestrutura e
Karzoug, Lorde Rúnico da Avareza, era os exércitos da cidade há muito foram destruí-
conhecido por sua mente calculista e total falta dos, os monstros que habitam aqui agora estão
de clemência. Havia rumores de que ele era entre os mais terríveis e destrutivos da região
meio-vampiro ou descendente de uma linha- do Mar Interior.
gem dracônica, embora possa ser mais terrível Muitos gigantes vivem em Xin-Shalast, prin-
saber que ele não era nada além de um mero cipalmente gigantes das nuvens e do gelo, mas
homem. A avareza absoluta impulsionava com pequenas tribos de gigantes de pedra, da
todas as suas ações. taiga e da tempestade misturados no todo.
Sem exceção, todos esses gigantes caíram sob
Certamente Karzoug era ganancioso e pro-
o controle dos revividos gigantes rúnicos de
fundamente corrupto — famoso por ordenar Xin-Shalast.
a imolação de uma cidade inteira por falta-
Antes do despertar de Karzoug há vários
rem algumas moedas de prata na sua coleta anos, os gigantes das nuvens e do gelo de Xin-
de impostos — mas essa foi a recompensa -Shalast viviam em uma dúzia de diferentes
concedida a ele pelas runas por seu poder e tribos conflitantes, mas sob o novo regime eles
dedicação à magia. Ele lutou por muito tempo voltaram a ser os servos escravizados dos dias
em uma guerra silenciosa de assassinos, vene- de glória da Tassilônia.
nos de mago e investidas de demônios contra Muitos dos gigantes encontrados em Xin-
Alaznist, a rainha de Bakrakhan. -Shalast possuem ligações telepáticas com
No final, alguma coisa afundou seu reino gigantes rúnicos dentro da cidade como resul-
sob as ondas, justamente quando o império tado da habilidade única deles de controlar
da Tassilônia caiu. Karzoug possuía maestria outros gigantes (Como regra geral, você pode
arcana o suficiente para que muitos suspeitas- assumir que pelo menos um gigante em cada
sem que sua mão desencadeou o assassinato grupo que os heróis e heroínas combaterem em
de um reino inteiro. Sua arma de governo era Xin-Shalast está sendo controlado).
uma glaive ardente, cravejada com pedras pre- Um gigante dominado pode usar esse elo
ciosas meteoríticas inestimáveis. E a cidade de telepático para informar seu senhor sobre a
Xin-Shalast era seu trono. presença, ações e táticas do grupo e, ao fazê-lo,
alertar a cidade sobre sua aproximação. Um
gigante libertado de seu mestre rúnico gigante
MAIS SOBRE A TASSILÔNIA fica em pânico e tenta fugir dos arredores ime-
diatamente — a menos que seja magicamente
compelido, um gigante liberto sequer cogita
O restante deste capítulo se concentra prin- retornar a Xin-Shalast.
cipalmente nas ruínas da cidade baixa de Outros monstros também habitam Xin-Sha-
Xin-Shalast, um local que aparece bastante no last. Alguns, como o dragão azul Ghlorofaex,
livro final da Ascensão dos Lordes rúnicos. Ao o diabo do gelo Gamigin ou a morta-viva e
conduzir esta campanha, você não deve preci- alienígena Besta Oculta são apresentados
sar de muito mais informações sobre o restante diretamente como oponentes para os heróis e
do antigo império da Tassilônia além do que é heroínas enfrentarem na Pináculos de Xin-Sha-
apresentado nesta seção ou inserido no texto de last, enquanto outros podem ser encontrados
cada um dos livros individuais. com mais frequência como monstros errantes.

46
 Capítulo Quatro: Xin-shalast

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DISTRITO DO
ENTRETENIMENTO

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DISTRITO
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FACE DO
MACIÇO DE
MHAR

1 QUADRADO = 230 METROS

47
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Com exceção dos monstros verdadeiramente
estúpidos ou animalescos, todos os habitantes
de Xin-Shalast sabem que Karzoug está se
remexendo em sua tumba, e é algo comum
para os defensores da cidade considerarem a
derrota de intrusos como uma excelente opor-
tunidade para ganhar fama e recompensas do
em breve revivido lorde rúnico.
LOCALIDADES DE XIN-SHALAST
DISTRITO DOS ARTESÃOS
O distrito mais ao sul de Xin-Shalast é o Dis-
trito dos Artesãos. Lojas e bazares ladeavam a
Estrada Dourada, com suas muitas fundições,
oficinas e moinhos situados mais a leste e a
oeste. As cisternas alimentadas pelos aquedu-
tos subterrâneos do Distrito do Entretenimento
agora estão vazias.
A maior parte da população era humanoide
e representava a casta provedora em Xin-
-Shalast — seus descendentes se tornaram os
herdeiros de Varísia. De todos os distritos da
cidade, este era o menos repressivo e gozava de
uma modesta liberdade do escrutínio da classe
dominante.
Karzoug não era tolo o suficiente para acre-
ditar que sua propensão extravagante para a
avareza pudesse ser satisfeita pelos frutos de
artesãos oprimidos, e assim os deixava livres
em grande parte enquanto permanecessem
leais e enchessem seus cofres com seus impos-
tos. O distrito tinha até um portão separado
para a cidade para evitar o portão principal
— uma estrutura bem defendida chamada
Krak Naratha.
A parte norte do Distrito dos Artesões tem
uma ampla colunata que leva a uma estru-
tura piramidal no topo de uma grande cúpula.
Esta servia como sede da Guilda dos Mestres
Maçons e Arquitetos, cujo grão-mestre normal-
mente atuava como cônsul do distrito.
DISTRITO DO ENTRETENIMENTO
Como todos os grandes tiranos e ditado-
res, os lordes rúnicos perceberam que nunca
48
poderiam manter o controle de seu império
a menos que fossem capazes de manter as
massas distraídas. Para tanto, um dos distritos
mais opulentos da Cidade Baixa foi o Distrito
do Entretenimento.
Aqui poderia ser encontrado praticamente
qualquer desvio hedonista imaginável (com
aqueles indisponíveis encontrados no Hipo-
geu). Grandes obras de arquitetura foram
erguidas para impressionar os visitantes e
atender aos cidadãos de Xin-Shalast. Grandes
espetáculos foram encenados nos vários espa-
ços disponíveis neste distrito.
Embora não fosse o distrito mais populoso
da cidade, certamente era o mais visitado por
aqueles que procuram de tudo, desde comidas
finas e entretenimento inocente até as pro-
fundezas mais vis de depravação. Um fluxo
constante de mercadorias vindo do Distrito dos
Escravos passava por este distrito para repor as
perdas devido aos atritos.
A arquitetura espetacular da parte norte
deste distrito permanece praticamente intacta,
enquanto as partes do sul foram enterradas sob
uma maré de crescimento de líquen artificial-
mente fecundo.
O HIPOGEU
Cada vez que Xin-Shalast ficava sob o domínio
de um novo lorde rúnico, muitas das estruturas
mais antigas da cidade se tornavam obsoletas,
à medida que famílias nobres e preferências de
prazer e estilo arquitetônico mudavam. Em vez
de demolir as estruturas que existiam na cidade,
novas estruturas eram meramente construí-
das em cima das mais antigas e, dessa forma,
os edifícios de Xin-Shalast ficaram realmente
imponentes e altos.
Isso era feito através de leis de domínio emi-
nente aprovadas pelo lorde rúnico e, muitas
vezes, era realizado sem se preocupar em
comprar os edifícios originais ou obter a per-
missão de seus proprietários. As conexões com
esses níveis inferiores eram desnecessárias e as
paredes de pedra tradicionalmente vedavam as
entradas para as câmaras inferiores.
À medida que novas estruturas foram adi-
cionadas, essa região de edifícios ocultos
também se expandiu, criando um labirinto de

vários níveis composto pelas antigas residên-
cias, negócios e ruas ao nível do solo. Toda a
região de estruturas inferiores ficou conhecida “cidade alta”. Isso torna a estrada extremamente
como Hipogeu.
As catacumbas sinuosas do Hipogeu resis- com grandes degraus esculpidos em sua super-
tiram bem aos anos e muitas ainda existem
na seção de 400 metros da cidade adjacente
à Estrada Dourada, formando um labirinto
de catacumbas, túneis de contrabandistas e
esconderijos cheios de armadilhas. As tribos
de skulks dos Poupados (veja na Pináculos de
Xin-Shalast) evitam esses túneis e selam todas
as aberturas neles, pois todos os tipos de mons- ventos fortes e outros perigos das altas mon-
tros perigosos habitam em seu interior.
JOTUNBURG
Esta parte da cidade fica espremida entre Ala
dos Templos e o Distrito dos Artesãos. Aqui,
os edifícios são superdimensionados por um
motivo, pois abrigavam a maior parte da popu- degraus pode exigir equipamento de alpinismo
lação gigante de Xin-Shalast. Esses edifícios
maciços se estendem até o ombro do vale com
vista para a Cidade Baixa.
Essas áreas são acessadas através de gigan-
tescos vãos sem suportes a centenas de metros
no ar que se estendem da Estrada Dourada até
este contraforte da montanha. Hoje, Jotunburg
é o lar de várias tribos de gigantes, incluindo
das nuvens, do gelo e até mesmo alguns gigan-
tes da taiga e da tempestade.
DISTRITO ASCENDENTE
O Distrito Ascendente começa imediatamente
depois dos Portões Rúnicos e serviu como
bairro residencial para a nobreza da cidade —
Megeras da Montanha, lâmias de alto escalão
e assim por diante — bem como para aque-
les habitantes não monstruosos com poder,
influência, ou ouro para ganhar um lugar na
face sagrada do Maciço de Mhar.
A residência mais alta normalmente servia
como morada da sacerdotisa com o posto de
Altíssima na Casa da Consumação Divina. As
habitações geralmente são torres que se proje-
tam da face rochosa, devido à falta de terreno
para construir, e vão ficando maiores e mais
elaboradas à medida que sobem a montanha.
Capítulo Quatro: Xin-shalast
A Estrada Dourada atravessa o centro do
Distrito Ascendente a caminho das torres da
íngreme e, em alguns lugares, quase vertical,
fície quase como uma escada. Infelizmente para
os heróis e heroínas, essas etapas são dimen-
sionadas para gigantes e são mais confortáveis ​​
para aqueles de tamanho Grande ou maior.
Cada degrau tem apenas uma borda estreita
adjacente aos tirantes. Além disso, o gelo tende
a se formar nos degraus e o frio incrível, os
tanhas devem ser enfrentados por quem optar
por escalar essa trilha traiçoeira. A Estrada
Dourada sobe 2.500 metros até os Pináculos
de Xin-Shalast, embora o Distrito Ascendente
termine em torno da elevação de 7.300 metros,
cerca de 600 metros abaixo da cidadela.
Na verdade, escalar essa extensão de
e levar dias para ser concluído, mesmo com
bom tempo. Ao contrário do resto de Xin-Sha-
last, essas poderosas torres fora do campo de
oclusão não se saíram bem ao longo dos anos.
Muitas desmoronaram e caíram da mon-
tanha, levando aquelas que estavam abaixo
com elas, e muitas outras são instáveis, então,
escaladores que planejam se abrigar nessas
estruturas podem ter uma triste surpresa
quando uma delas se move e começa a deslizar
girando para baixo numa queda livre muito
longa em espaço aberto.
DISTRITO DOS ESCRAVOS
Todos os escravos da cidade, exceto servos
privados pessoais das várias casas, eram con-
siderados propriedade do Estado e serviam
às necessidades comunais da cidade. Eles
geralmente eram humanoides capturados em
invasões em terras vizinhas ou criminosos
punidos com uma sentença vitalícia de servi-
dão, mas ocasionalmente incluíam gigantes
que caíram em desgraça ou desertaram do exér-
cito, mas que não eram autorizados a serem
transformados em escravos rúnicos.
Todos esses escravos foram alojados aqui
em condições extremamente difíceis, em edi-
fícios mal feitos de tijolos de barro em vez de
49
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
pedra e estavam sob constante escrutínio por
unidades especiais do exército de Xin-Shalast
treinadas como sequestradores e supervisores.
O trabalho precário e a superlotação matavam
milhares de escravos a cada ano devido aos
desabamentos de prédios, mas sempre havia
mais escravos para substituir aqueles perdidos.
Quando a Queda da Terra devastou a região,
um vulcão a leste da cidade finalmente entrou
em erupção após eras de quietude. Permanece
aberto à especulação se isso foi causado propo-
sitalmente por Karzoug ou se simplesmente foi
resultado do poder do meteoro caindo do céu.
Seja qual for a causa, o efeito no Distrito dos
Escravos foi devastador. Os tremores de terra
e o fluxo piroclástico que colidiu com o Distrito
dos Escravos o engoliram por inteiro.
Apenas alguns dos edifícios de pedra mais
resistentes sobreviveram e, desde então, foram
lentamente consumidos pelo avanço de uma
grande geleira de borda afiada rastejando sobre
o antigo fluxo de lava, com seu corpo sendo
uma massa escura de gelo arenoso. O distrito
existe agora como uma paisagem assombrada
de terreno destruído e ruínas ocasionais que se
projetam em ângulos insanos, onde elas conse-
guiram se opor ao avanço da geleira.
A perda quase incalculável de vidas que
ocorreu aqui em questão de momentos gerou
uma multidão de mortos-vivos ao longo dos
anos. Felizmente, a maioria dessas criaturas
são monstros corpóreos, como inumanos ou
carniçais, e permanecem envoltos em suas
tumbas de gelo, esperando que um escavador
incauto os liberte. No entanto, também existem
algumas aparições, espectros e fantasmas que
assombram a região e eles não têm essas restri-
ções decorrentes de seus restos ainda estarem
enterrados.
Os mais perigosos dos mortos-vivos que
moram aqui incluem vampiros, inumanos
do gelo e pelo menos três dragões devorado-
res, embora esses mortos-vivos geralmente
permaneçam nas profundezas das ruínas. As
tribos de skulks dos Poupados fizeram muito
para impedir a propagação dos mortos-vivos
Aproximadamente metade dos túneis abaixo
do Distrito dos Escravos estão sob controle
dos skulk e relativamente livres de mortos-
-vivos atualmente. Infelizmente, os skulks
50
recentemente foram vítimas da monstruosa
Besta Oculta.
ALA DOS TEMPLOS
A arquitetura exótica e ciclópica de Xin-Shalast
é ainda mais aparente neste trecho de templos
construídos ao longo da Estrada Dourada, bem
onde ela encontra a montanha. Aqui foram
construídos os centros religiosos de Xin-Sha-
last em uma infinidade de estilos, formas e
materiais, com apenas duas coisas em comum:
múltiplas torres e dimensões prodigiosas.
Muitos desses templos terem sido dedica-
dos a Karzoug fala muito sobre a mentalidade
de seu povo e as filosofias de toda a sua nação,
mas aqui e ali havia catedrais dedicadas as
verdadeiras divindades da Tassilônia — Lis-
sala, Minderhal, o Espírito do Pavão e até
mesmo Desna. Misturados com esses templos
estão aninhadas estruturas e estátuas mais
sombrias de uma aparência singularmente
sinistra — estes já foram santuários e templos
dedicados a vários lordes demônios e arquidia-
bos, incluindo horrores como Mammon, Orcus,
Pazuzu, Rubicante e Lamashtu.
A Estrada Dourada passa por esses edifícios
antes de subir pelos Portões Rúnicos em dire-
ção aos Pináculos de Xin-Shalast acima. Uma
fé auto-indulgente e ímpia chamada de Con-
sumação Divina serviu como a única religião
oficialmente sancionada de Xin-Shalast.
Muitos viam essa religião como pouco mais
do que uma organização em camadas fina-
mente velada, voltada para forrar os bolsos de
poucos com as riquezas reunidas por muitos.
Karzoug pragmaticamente permitia que outras
religiões também construíssem suas casas de
culto aqui, desde que pagassem os impostos do
templo e suas doutrinas não contradissessem
seu governo.
Atrás dos templos, no lado oeste da estrada,
estende-se uma área de residências para o
clero e os trabalhadores leigos. Esses enormes
complexos de armazenamento foram construí-
dos para abrigar os dízimos e suprimentos do
templo, e vários santuários e diversões pri-
vadas reivindicados pela hierarquia de um
templo ou outro.
 Capítulo Quatro: Xin-shalast

Esses edifícios permanecem praticamente Um dia de trabalho catando metais preciosos

intactos e estão sob o controle das lamianas de e gemas da arquitetura de Xin-Shalast rende
Xin-Shalast, cujas lideranças converteram os 10d6 po em mercadorias.
antigos templos em mansões pessoais. Os verdadeiros tesouros da cidade estão
escondidos em seus cofres, que na maioria dos
LENG casos ainda são guardados por armadilhas e
criaturas antigas e mortais. Como, em média,
Leng é um local remoto em outro plano, que é um grupo de quatro personagens levaria duas
desconhecido principalmente para os estudio- semanas inteiras de raspagem e limpeza para
sos mais brilhantes de Golarion, mas referido reunir ouro suficiente para comprar uma única
obliquamente em certos tomos antigos e blas- adaga (For+d4, PA 1, Precisão), o ideal é que seu
femos. Os lordes rúnicos da Tassilônia sabiam grupo logo perceba que seu tempo será melhor
disso e frequentemente atraíam criaturas de gasto em outro lugar.
suas regiões congeladas e inóspitas para cum-
prir suas ordens.
Leng é um reino desolado habitado por
canibais semi-humanos, imensas aranhas
inteligentes, criaturas dracônicas voadoras e
outros monstros horríveis. Montanhas imensas,
algumas das quais parecem impossivelmente
altas, cercam Leng por todos os lados. Leng
tem gravidade e tempo normais, é finito em
tamanho e é divinamente mórfico, embora
não se saiba quais tipos de divinda-
des capazes de transformar o reino
possam existir. Leng é fortemente caó-
tico e levemente alinhado para o mal.
No mundo de Golarion, Leng existe como
outro plano que se sobrepõe ligeiramente ao
Plano Material nas Montanhas Kodar. O reino
de Leng é inteiramente outro lugar, que existe
em um canto esquecido e remoto dos Planos
Exteriores. Ele é habitado por criaturas hostis
à vida sã.

PILHANDO XIN-SHALAST
A quantidade de riqueza em Xin-Shalast é
impressionante, com metais e pedras preciosas
e outros materiais raros usados ​​na construção
dos edifícios da cidade, para não falar dos inú-
meros cofres de tesouro e ouro escondidos
em áreas não cobertas por esta aventura.
Uma personagem pode ficar
confortavelmente rica apenas vas-
culhando folhas de ouro ou pedras
preciosas das paredes das estruturas
de Xin-Shalast, mas para os heróis e heroínas
que conseguiram chegar até aqui, esse nível de
“riqueza” pode parecer relativamente pobre. GIGANTE
RÚNICO
51
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
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