ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

LIVRO 5:
PECADOS DOS SALVADORES
 CRÉDITOS
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Owen K.C. Stephens e James L. Sutter
• Desenvolvimento Adicional: Lisa Stevens
• Artista de Capa: Wayne Reynolds
• Artistas da Parte Interna: Dave Allsop, Rayph
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Dutrait, Wayne England, John Gravato, Andrew
Hou, Imaginary Friends, Tyler Jacobson, Warren
Mahy, Roberto Pitturru, Maichol Quinto, Wayne
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Wootten, Kevin Yan e Kieran Yanner
• Cartografia: Robert Lazzaretti
• Cartografia Adicional: 99 Lives Design e Jason Engle
• Diretor de Criação: James Jacobs
• Diretora de Artes Senior: Sarah E. Robinson
PATHFINDER PARA SAVAGE WORLDS
• Conversão da Ascensão dos Lordes
Rúnicos: Michael Barbeau
• Equipe de Desenvolvimento do Pathfin-
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1ª Ediçã
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 ÍNDICE

HISTÓRICO.......................................................04 PARTE CINCO: O COFRE DA AVAREZA.............49

Resumo do Capítulo������������������������������������������������ 06
Progressos e Premiações pela História������������������ 06 PARTE SEIS: AS GAIOLAS DE FERRO DA
PARTE UM: A RIMA DO ESCRIBA....................07 LUXÚRIA...........................................................58

Encontro com o Padre Zantus���������������������������������08

De Volta às Catacumbas������������������������������������������ 09 PARTE SETE: OS VÉUS CINTILANTES.............67
A História de Xaliasa������������������������������������������������ 10
O Escriba�������������������������������������������������������������������� 10
PARTE OITO: O LABIRINTO PURULENTO.......74
Santuário de Lamashtu�������������������������������������������� 13

PARTE DOIS: PROCURANDO FORJARRÚNICA......21 PARTE NOVE: OS SALÕES DA IRA....................83

O Círculo de Sihedron �������������������������������������������� 21
Escadaria de Xin ������������������������������������������������������ 26
PARTE TRÊS: FORJARRÚNICA.........................29
Características de Forjarrúnica������������������������������ 29
Alcançando as Sete Alas������������������������������������������ 32
Os Salões dos Abjuradores�������������������������������������� 33
PARTE QUATRO: AS CRIPTAS VORAZES..........36
PARTE DEZ: ARMAS DE PODER......................91
Um Lorde Rúnico Enfurecido�������������������������������� 92
Concluindo o Capítulo�������������������������������������������� 93
APÊNDICE: ITENS MÁGICOS............................94
Itens Mágicos�������������������������������������������������������������94
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

HISTÓRICO
Escondida em uma montanha remota, com sua entrada também sendo o covil
de um dragão, encontra-se uma antiga e misteriosa masmorra chamada
Forjarrúnica. Durante o auge da Tassilônia, Forjarrúnica serviu como um
lugar para os magos mais criativos e talentosos do império se reunirem
e compartilharem conhecimento. Com a queda cataclísmica do império,
Forjarrúnica foi desligada do mundo. Por dez mil anos, ela permaneceu
isolada dentro de um bolsão de sua própria realidade e, nesse tempo, coisas
estranhas e sinistras cresceram dentro de seus salões arcanos. Agora, com
a volta iminente de Karzoug, os segredos de Forjarrúnica estão prestes a
retornar ao mundo.

Q
ue a Tassilônia inaugurou uma era de
maravilhas é evidente nos monumentos
que sobreviveram à passagem de milha-
res de anos, mas esses monumentos eram
apenas criações dos escravos deste império.
Ainda mais poderosas eram as obras da magia
dos lordes rúnicos — a transmutação de carne
em ouro, a invocação de criaturas semelhantes
a montanhas e a transformação da paisagem de
Golarion de acordo com seus caprichos, eram
apenas amostras de seu poder.
No entanto, os lordes rúnicos não comanda-
vam todos os aspectos da magia. Seus estudos
altamente focados lhes concederam grande
poder em suas áreas de especialização, mas
ao custo de que ignorassem escolas opostas
de pensamento mágico. Assim, nenhum lorde
rúnico conseguia compreender a totalidade da
magia e por isso seus trabalhos sofriam de suas
próprias limitações.
Em resposta a essa falha, os lordes rúnicos
concordaram com a construção de um labora-
tório compartilhado em uma região mantida
neutra por suas sete nações. Neste lugar, intitu-
lado por eles de Forjarrúnica, os praticantes de
cada uma de suas sete especialidades podiam
trabalhar em conjunto, com pouco medo de
sabotagem, zombaria ou interferência, em
um ambiente livre de rivalidades e ranco-
res. Pretendia-se que fosse um lugar de pura
magia, onde os mestres de cada especialidade
tassilônica pudessem trabalhar, conferen-
ciar e criar.
Os sete lordes rúnicos se comprometeram
por decreto que eles mesmos nunca interfe-
ririam diretamente ou mesmo entrariam em
Forjarrúnica, por medo de que sua presença
atrapalharia o trabalho que estava sendo reali-
zado lá. Cada lorde rúnico escolheu entre seus
servos aqueles que melhor representavam seus
desejos e objetivos, então selaram esses servos
em Forjarrúnica usando sua própria magia.
Forjarrúnica fornecia nutrição, conforto e
abrigo para aqueles em seu interior — a ser-
vidão em Forjarrúnica era uma grande honra,
e um posto mantido por toda a vida. Uma
vez por estação, os habitantes se reuniam na
câmara central, em torno de um poço de poder
no coração da Runa Sihedron, e lá eles relata-
vam aos seus lordes rúnicos a natureza de suas
descobertas e avanços na magia.
O poço podia até mesmo funcionar como um
portal, permitindo o transporte de descobertas
e criações para seus mestres nas sete capitais
distantes da Tassilônia.
O trabalho feito em Forjarrúnica era tudo
menos seguro e muitas vezes os magos dentro
de suas paredes sucumbiam à loucura ou eram
mortos por falhas de julgamento ou experimen-
tos que deram tragicamente errado. Embora
não houvesse escassez de substitutos, os lordes

4

rúnicos tinham pouco interesse em permitir
que qualquer pessoa entrasse no complexo.
Apenas aqueles de inteligência aguçada e
mente rápida podiam aprender o ritual de
abertura necessário para entrar em Forjar-
rúnica — uma restrição que assegurava que
apenas os magos mais talentosos fossem esco-
lhidos para a honraria.
Poucos meses após a fundação do laboratório
arcano, os lordes rúnicos estavam trabalhando
duro, procurando secretamente maneiras de
influenciar Forjarrúnica sem revelar seus inte-
resses uns aos outros. Infelizmente para eles,
foram muito meticulosos em sua magia ini-
cial, por medo de que os outros lordes rúnicos
fizessem exatamente a mesma coisa. Então, por
muitas décadas, Forjarrúnica funcionou como
pretendido: terreno neutro para os mestres da
magia tassilônica aprenderem e estudarem.
Alguns dos últimos trabalhos que saíram de
Forjarrúnica foram vários métodos de hiber-
nação — os lordes rúnicos sabiam que o fim
estava próximo e encarregaram suas facções em
Forjarrúnica de criar métodos para sobreviver
até mesmo às maiores catástrofes. Cada facção
apresentou uma solução diferente e, quando
a Tassilônia finalmente entrou em colapso, as
descobertas de Forjarrúnica serviram bem aos
lordes rúnicos.
Histórico
Quando entraram em hibernação, Forjarrú-
nica prosseguiu — seus habitantes já haviam se
divorciado do mundo a tal ponto que mesmo
a queda de sua terra natal mal os incomodou.
Eles continuaram seu trabalho enquanto o caos
reinava lá fora.
À medida que os anos se transformaram
em séculos, alguns dos grupos em Forjarrú-
nica morreram, enquanto outros ficaram mais
poderosos. E à medida que esses séculos se
estenderam por milênios, os habitantes do
complexo sucumbiram à loucura, demência e
depressão. Com o fim da Tassilônia, nenhum
sangue novo entrou em Forjarrúnica, e
nada saiu.
Hoje, os habitantes restantes de Forjarrúnica
são tanto seus prisioneiros quanto seus zela-
dores — o outrora grande laboratório agora é
pouco mais que um asilo. Aqueles poucos que
sobreviveram o fazem abraçando o lado mais
sombrio da magia, enquanto outros desistiram,
deixando seus lacaios eternos para continuar
o trabalho.
Pistas vitais preservadas nas anotações e
no funcionamento do complexo sugerem não
apenas como cada um dos lordes rúnicos pla-
nejava sobreviver à queda da Tassilônia, mas
também como desfazer a magia que os preser-
vou nos últimos 10.000 anos.
5
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
RESUMO DO CAPÍTULO
Quando um misterioso sumidouro aparece
em Pontareia, os heróis e heroínas investigam
e encontram ruínas tassilônicas mais profun-
das abaixo de sua cidade natal — ruínas que
contêm pistas sobre a localização de Forjarrú-
nica, local de muitas descobertas e invenções
tassilônicas, incluindo os vários métodos que
os lordes rúnicos usaram para entrar em hiber-
nação à medida que seu império desmoronava.
Infelizmente, essas ruínas também são
o covil de um antigo e insano cultista de
Lamashtu conhecido como o Escriba. Ao inter-
pretar pistas dentro das rimas dementes do
Escriba, os heróis e heroínas podem descobrir
a localização da antiga masmorra conhecida
como Forjarrúnica.
Armado com esse conhecimento, o grupo
deve viajar para o norte e entrar em Forjarrú-
nica. Uma vez lá dentro, eles descobrem que
o lugar, preservado por magos tassilônicos
que carregam as tradições de seus mestres há
milhares de anos, ainda é habitado.
Ao explorar Forjarrúnica, os aventureiros e
aventureiras podem descobrir o método pelo
qual Karzoug pretende retornar ao mundo dos
vivos — e, ao fazê-lo, encontrar o segredo de
sua derrota.
Forjarrúnica consiste em sete alas diferentes,
cada uma repleta de seus próprios habitantes,
armadilhas, magias estranhas e tesouros. Além
disso, inúmeras dicas e pistas sobre a natureza
de seu eventual inimigo, Karzoug, podem ser
aprendidas explorando essas alas.
O objetivo principal dos heróis e heroínas
aqui deve ser a coleta de dois componentes
que eles podem usar na câmara central da
masmorra para forjar armas dominantes para
ajudá-los a derrotar Karzoug. Esses compo-
nentes estão nas Gaiolas de Ferro da Luxúria e
nos Véus Cintilantes do Orgulho, duas das alas
mais perigosas de Forjarrúnica.
Grupos mais sábios, no entanto, explora-
rão toda a masmorra, pois o conhecimento e
os tesouros esperando para serem reivindi-
cados certamente os ajudarão no último livro
6
da Ascensão dos Lordes Rúnicos tanto quanto as
próprias armas dominantes.
PROGRESSOS E PREMIAÇÕES
PELA HISTÓRIA
A Trilha de Aventuras Ascensão dos Lordes
Rúnicos alertará ao Mestre quando os jogado-
res e jogadoras devem ganhar um Progresso.
A barra de Progresso é exibida com destaque
em vários lugares dentro de cada livro. Sempre
que um desses pontos for alcançado, permita
que os jogadores e jogadoras escolham um
Progresso no próximo momento conveniente,
geralmente algum tipo de descanso após um
encontro difícil.
PREMIAÇÃO DE PROGRESSO!
Se os jogadores e jogadoras alcançarem um
Progresso, mas tiverem contornado as seções
anteriores do livro, você ainda deve permitir
que conquistem esse Progresso.
PREMIAÇÃO PELA HISTÓRIA
Além de Progressos, os jogadores e jogado-
ras podem realizar ações que lhes garantam
recompensas adicionais, como Benes, Convic-
ção, conexões ou outros benefícios. O Mestre
de Jogo pode conceder essas recompensas a
todas as personagens ou apenas àquelas que
contribuíram ativamente para desenvolver o
elemento da história em particular, da forma
que julgar mais adequado.
Essas premiações são adequadas para a
conclusão de eventos ou marcos específicos
ao longo da campanha. Elas são recompensas
extras em adição às típicas normalmente con-
cedidas por Mestres durante o jogo.
 Parte Um:Parte Um:
A R ima DoA Escriba
R ima Do Escriba

PARTE UM: A RIMA DO ESCRIBA

Considerando tudo o que aconteceu — o derramamento de sangue, as vidas
perdidas e os quilômetros e mais quilômetros de solo varisiano percorridos
para impedir as maquinações e asseclas de um antigo tirano — pode parecer
irônico que a chave para derrotar a ascensão do Lorde Rúnico Karzoug
tenha estado adormecida esse tempo todo abaixo de Pontareia. Neste templo
de Lamashtu em ruínas repousa uma mente maníaca que conhece o caminho
para Forjarrúnica, um laboratório arcano oculto cujas armas serão
inestimáveis para
​​ derrotar Karzoug.

P
ontareia passou por muita coisa, incluindo
um ataque de goblins, massacre na Vidraria
local, vários assassinatos terríveis e, mais
recentemente, um ataque completo de gigantes e
um dragão. Certamente é uma prova da resiliên-
cia dos moradores que eles tenham seguido em
frente tão arduamente. É claro que eles tiveram
protetores à mão para os ajudar nestes tempos
de perigo. E quando os problemas se agitam de
novo na região, é para estes mesmos protetores
que se volta o bom povo de Pontareia.
Este novo acontecimento é algo totalmente
mais sutil e perturbador do que invasões por
goblins ou gigantes. Se este ocorrido tivesse
vindo antes dos acontecimentos do Dia dos
Goblins (como veio a ser chamado), prova-
velmente teria sido ignorado. Porém, à luz de
todos os problemas recentes, vários dos líderes
de Pontareia — em particular um preocupado
Padre Zantus — temem que isso represente
algo terrível
Este novo acontecimento começou depois
que os gigantes atacaram Pontareia e foram
repelidos pelos heróis e heroínas. Vários dias
depois de terem deixado a vila para levar a luta
até Punho de Jorgen, um tremor abalou a Costa
Perdida. Familiarizados com terremotos, o povo
de Pontareia resistiu ao tremor menor com faci-
lidade, mas depois, no clímax do terremoto, um
sumidouro subitamente escancarou-se no meio
da Rua da Torre, bem ao norte da Guarnição.
Alguns guardas ficaram feridos e o sumidouro
engoliu um pedaço da parede norte da Guarnição,
mas felizmente as celas do lado norte estavam
todas vazias. No entanto, não foi o sumidouro
repentino que alarmou os líderes de Pontareia. O
que os preocupa são os sons que vêm das profun-
dezas do fosso cheio de escombros todas as noites.
Depois que um grupo de guardas enviados
para as profundezas do sumidouro desapare-
ceu, o Xerife Abioto isolou o perímetro do poço,
estabeleceu sentinelas e proibiu qualquer outra
pessoa de entrar no buraco. Este seria um trabalho
para pessoas melhor equipadas para lidar com o
perigo — pessoas como os heróis e heroínas.
O sumidouro aparece na época em que o grupo
derrota Mokmurian, pois com este golpe decisivo
final, o poço rúnico de Karzoug (já empanturrado
pelas almas avarentas de todos os gigantes que o
grupo matou em sua jornada por Punho de Jorgen)
alcançou um novo nível de potência. O poço agora
está carregado o suficiente para que Karzoug possa
começar os estágios finais de seu despertar.
Assim como a ativação inicial do poço rúnico
há vários anos causou ondulações em outros
poços rúnicos espalhados por Varísia, esta pro-
duziu uma explosão muito mais forte de poder
mágico. Mesmo o poço rúnico menor abaixo de
Pontareia (área B13 das Catacumbas da Ira; veja
em Oferendas Queimadas) explodiu com poder e
foi essa erupção que causou a destruição da rocha
acima e o eventual sumidouro em Pontareia.

7
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

A erupção também não passou despercebida informações chave para o sucesso contra o
pelos deuses. Quando a súbita onda de magia lorde rúnico), os aventureiros e aventureiras
surgiu em um local outrora sagrado para sua ado- descobrirão que nesse caso, o inimigo de seu
ração, Lamashtu reagiu instantaneamente. De seu inimigo não é necessariamente seu amigo.
covil no Abismo, ela foi capaz de usar a onda de
energia como um farol para seus próprios poderes.
Quando ela lançou seu olhar sobre a região, ela viu ENCONTRO COM O
o espírito inquieto de um de seus maiores e mais
antigos lacaios — o taumaturgo tassilônico Xaliasa, PADRE ZANTUS
conhecido em seus últimos dias como o Escriba.
Quando Lamashtu sentiu seu espírito pertur- Seja qual for a causa do retorno dos aventu-
bado assombrando a região, a erupção mágica
reiros e aventureiras a Pontareia, multidões
começou a diminuir, mas antes que o elo desa-
de adoradores de heróis animados e cidadãos
parecesse, Lamashtu infundiu o Escriba com
agradecidos os cumprimentam. O assunto da
sua graça divina. Ela o ressuscitou como um
vila é o Sumidouro da Rua da Torre, embora
guardião divino de seu antigo templo, encar-
regando o Escriba não apenas de sua proteção, o retorno dos aventureiros e aventureiras con-
mas também de seu despertar. siga eclipsar um pouco disso — de qualquer
forma, a maioria dos cidadãos assume que o
O Escriba ergueu-se de uma piscina de
grupo voltou para a investigar o sumidouro.
água profana em um antigo santuário para
Lamashtu, ainda mais profundo do que as Uma vez que o burburinho inicial das boas-
Catacumbas da Ira. Embora sua ressurreição -vindas aos aventureiros e aventureiras passa,
tenha lhe concedido novos poderes, como um acólito de Desna de aparência tímida se
guardião divino, ele não pode viajar para longe aproxima e lhes entrega uma mensagem: Padre
do local de seu renascimento. Zantus deseja falar com eles sobre o sumidouro
Ele, portanto, se ocupou de santificar o o mais rápido possível na Catedral de Pontareia.
antigo templo com métodos alternativos, invo- Tanto o Xerife Abioto quanto a Prefeita
cando monstros terríveis da corte de Lamashtu Deverin esperam com o Padre Zantus pelos
para servir como sementes de um novo culto. heróis e heroínas na catedral. Eles pedem um
Claro que o povo de Pontareia não sabe nada relato rápido de suas aventuras em Punho de
disso — mas eles sabem apenas que um sumi- Jorgen, se ainda não souberam delas, ouvem
douro consumiu uma parte da vila, e que os com os olhos arregalados as histórias de gigan-
ruídos vindos daquele fosso indicam que algo tes, ursos atrozes, ogros sem cabeça e horrores
sinistro se esconde lá no fundo. além do tempo. Logo, o padre Zantus limpa a
Se os aventureiros não retornarem a Pontareia garganta e fala sobre o assunto em questão.
logo após seu triunfo em Punho de Jorgen, eles
serão contatados por um representante da vila o “Claro, estamos todos muito satisfeitos em
mais rápido possível. Se for necessário, o Padre saber de seus sucessos. Pontareia tem uma
Zantus junta dinheiro suficiente para pagar por enorme dívida de agradecimento por garan-
um feitiço de elo mental com Elo de Longa Dis- tirem sua segurança mais uma vez. O que eu
tância para convidá-los de volta à vila. mais gostaria era de lhes deixar desfrutarem
É provável, no entanto, que o grupo volte para de um merecido descanso de suas aventuras,
Pontareia em breve por conta própria, principal- mas vocês, com certeza, já ouviram falar do
mente se eles encontraram as notas no covil de nosso mais novo problema.
Mokmurian que falavam de sua preocupação Alguns dias atrás, o chão desabou ao norte
com as câmaras abaixo de Pontareia abrigando da Guarnição, bem no meio da Rua da Torre.
um “traidor do Lorde Rúnico Karzoug”. A parede norte da Guarnição sofreu alguns
Claro que este traidor é o Escriba e, embora o danos e, felizmente, ninguém ficou grave-
grupo possa esperar encontrar nele um aliado mente ferido quando o sumidouro apareceu,
contra Karzoug (certamente o Escriba possui mas a nossa preocupação agora é outra. Os

8

guardas que Xerife Abioto enviou ao poço
para investigar nunca voltaram.
Naquela mesma noite, todos nós ouvi-
mos algo horrível lá embaixo: cães uivando
— como nenhum cachorro que eu já tenha
ouvido antes — e gritos de gelar o sangue.
O Xerife isolou o sumidouro e, embora nada
tenha saído dele até agora, esses sons estão
crescendo a cada noite.
O que quer que esteja preso lá quer sair e,
pelo que parece, não está muito interessado
em se tornar amigável.”
Os três olham para os campeões com espe-
rança e expectativa — se não se oferecerem para
explorar o sumidouro e lidar com o que quer
que tenha despertado em suas profundezas, a
Prefeita Deverin se adianta e pede que o façam.
Se o grupo já estabeleceu um precedente de
pedir pagamento por salvar Pontareia, Deverin
oferece uma recompensa de 2.000 po a ser paga
se conseguirem acalmar os uivos e gritos.
Esta é uma quantia relativamente insignifi-
cante para os heróis e heroínas neste momento,
mas uma fortuna para a vila de Pontareia. Com
uma rolagem de Persuadir, Deverin pode ser
convencida a pagar uma recompensa de até
5.000 po, mas se os heróis e heroínas quiserem
mais, Pontareia provavelmente irá procurar
alternativas mais baratas para proteção.
DE VOLTA ÀS CATACUMBAS
O sumidouro estabilizou a uma largura de
10 metros, abrangendo a rua e consumindo
uma porção do muro da guarnição para o sul.
Várias celas do porão estão abertas na parede
sul inclinada do sumidouro. O sumidouro tem
4,5 metros de profundidade e alguma explora-
ção é necessária para ver uma abertura estreita
ao longo de seu lado noroeste no ponto mais
profundo, o que parece ser um túnel que leva
ao subsolo.
A exploração do túnel acessado a partir das
profundezas do sumidouro revela um pequeno
lance de escadas para baixo e uma passagem
de 1,80 metros de largura adiante. O colapso
do sumidouro fez com que a maior parte dessa
área das Catacumbas da Ira desabasse. Tudo o
Parte Um: A R ima Do Escriba
TERRENOS JÁ CONHECIDOS
A seção aqui se refere às Catacumbas da
Ira do Livro Um da Ascensão dos Lordes
Rúnicos. Foi aqui que o grupo encontrou
o poço rúnico menor.
Nenhum encontro deve ocorrer antes
da descida da escada desmoronada
para os níveis mais baixos da masmorra.
Você só precisará fazer referência ao
mapa no livro 1 até que usem a escada
que leva aos domínios do Escriba abaixo.
que resta é uma passagem estreita que corre ao
longo da parede nordeste.
As portas duplas para a área B12 caíram, per-
mitindo fácil acesso ao restante das catacumbas.
Eventualmente, o grupo deve chegar às escadas
na área B10 das Catacumbas da Ira — escadas
que até recentemente estavam bloqueadas
com escombros, mas agora foram limpas pelos
esforços do novo zelador das catacumbas.
Os sons estranhos e perturbadores que emanam
do sumidouro geralmente começam uma hora
antes da meia-noite e persistem por várias horas
antes de diminuírem. Os sons consistem princi-
palmente em uivos estranhos de cachorro que
parecem ecoar um pouco mais do que o esperado,
mas misturados com esses uivos estão gritos perió-
dicos que soam muito mais como humanoides.
Esses uivos são principalmente do incomum
bando de cães yeth que o Escriba convocou
para este mundo para guardar o santuário —
os berros mais humanoides são os gritos do
próprio Escriba. Seus gritos parecem ser urros
sem sentido de raiva e ódio, amplificados por
sua fúria sobrenatural e distorcidos pela distân-
cia a ponto de serem ininteligíveis.
Com uma rolagem de Ocultismo, os próprios
uivos podem ser identificados como vindos de
cães yeth. Como os uivos precisam navegar por
alguns túneis sinuosos, os efeitos do latido dos
cães yeth só se estendem a um raio de aproxi-
madamente quatro metros ao redor da borda
superior do sumidouro — veja o bloco de esta-
tísticas do Cão de Lamashtu na página 19
para os efeitos desse latido sobrenatural.
9
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
A HISTÓRIA DE XALIASA
Perto do fim do Império da Tassilônia, um
homem chamado Xaliasa comandou uma das
Calhas da Tempestade Infernal de Alaznist —
uma das várias fortificações defensivas ao longo
da fronteira entre seu império e o de Karzoug.
Xaliasa recebia total liberdade para administrar
sua Calha da Tempestade Infernal, desde que
continuasse pesquisando métodos de produção
e aperfeiçoamento de crias do pecado para o
exército de Alaznist e mantivesse a linha defen-
siva contra invasores de Shalast ao leste.
No entanto, Xaliasa sucumbiu à avareza
quando Karzoug secretamente comprou sua
lealdade como agente duplo. Em seu papel
como defensor da Calha da Tempestade Infer-
nal, ele também serviu a Karzoug fornecendo
relatórios regulares sobre os movimentos das
tropas de Alaznist.
Para complicar ainda mais a vida de Xaliasa,
havia sua devoção a um terceiro mestre — a pró-
pria Lamashtu. À medida que seu papel como
agente duplo se tornava mais exigente, Xaliasa
ficava cada vez mais angustiado e mais insano.
Sua verdadeira lealdade estava cada vez mais
com Lamashtu e ele previu um ponto no futuro
próximo em que sua traição entre Alaznist e Kar-
zoug o colocaria em grande perigo.
A resposta de Xaliasa foi usar, em segredo,
seus contatos com os dois lordes rúnicos para
descobrir o caminho para Forjarrúnica, talvez
o único lugar seguro para o qual ele poderia
recuar se algum dos lordes rúnicos decidisse
que ele não era mais útil. Descobrir o segredo
para entrar em Forjarrúnica não foi tarefa fácil,
mas apenas alguns dias antes que o império
estivesse destinado ao fracasso, Xaliasa foi
capaz de realizar a descoberta.
Quando a Tassilônia entrou em colapso e o
mundo tremeu e os oceanos engoliram o impé-
rio de Alaznist, os planos de fuga de Xaliasa se
mostraram insuficientes. Ele havia planejado a
ira de um, talvez dois lordes rúnicos, mas estava
mal preparado para a ira de um mundo inteiro.
As proteções de suporte que protegiam
todos os monumentos e complexos auxiliares
da Tassilônia da erosão e decadência mantive-
ram muitas das câmaras abaixo da Calha da
10
Tempestade Infernal intactas, mas apenas por
pouco. Xaliasa teve a infelicidade de estar em
uma das salas que desmoronou — e com sua
morte o segredo sobre uma das formas de se
entrar em Forjarrúnica se perdeu.
Dez mil anos depois, o espírito insano de
Xaliasa despertou novamente com a onda de
energia mágica do poço rúnico menor perto de
seu covil. E agora que Lamashtu o trouxe de
volta por completo, o taumaturgo ressuscitado
está ansioso para restabelecer seu domínio em
um mundo aparentemente sem lordes rúnicos.
Apenas o fato de que sua vida está agora
ligada a este santuário o impediu de emergir
em Pontareia para reivindicá-la para si. Em um
curto período de tempo, no entanto, ele pode
reunir lacaios suficientes para fazer esse traba-
lho para ele.
Na sua nova manifestação como guardião
divino, Xaliasa se transformou em algo mais do
que humano. Agora intimamente sintonizado
com a própria Lamashtu, sua mente se tornou
ainda mais deformada e distorcida. Ele não
se vê mais como um agente independente de
Lamashtu, mas como sua encarnação. A voz de
Xaliasa expressa a vontade de Lamashtu e suas
mãos escrevem as leis e os desejos da deusa.
No entanto, ao longo dos 10.000 anos com
sua alma adormecida, Xaliasa deixou de estar
inteiramente a par dos desejos de sua patrona.
Ele agora passa quase todo o seu tempo regis-
trando a sabedoria de Lamashtu em qualquer
superfície disponível. Dada sua mobilidade
limitada e falta de páginas em branco, Xaliasa
voltou-se para as paredes de seu santuário,
decorando-as com inúmeras escrituras, ora-
ções e invocações à Mãe dos Monstros. Ele
está transformando seu santuário em seu texto
sagrado, e quando tiver completado esta tarefa,
voltará sua atenção para o mundo acima.
Em sua nova encarnação, ele se tornou
o Escriba.
O ESCRIBA
O Escriba sabe que o mundo acima mudou. E
deseja desesperadamente “se atualizar” para
poder direcionar seus lacaios de forma hábil.
Ele sabe que conhecimento é poder e, portanto,

tentará extrair dos heróis e heroínas informa-
ções sobre o mundo acima antes de atacá-los.
Assim que os heróis e heroínas passam pela
porta secreta na área A1, ele fica ciente da intru-
são em seu domínio e os contata imediatamente.
O Escriba confia em invisibilidade, ocultar arcano,
obscurecer e na escuridão e sombras naturais
para permanecer oculto enquanto fala com eles.
Talvez suas maiores defesas sejam as proteções
mágicas que ele estabeleceu para proteger o
santuário.
As perguntas do Escriba devem seguir estas
linhas: “O que aconteceu com a Tassilônia?”,
“Que nação a substituiu?”, “Quem governa as
terras acima atualmente?”, “Onde está a sede
de seu poder?”, “O que aconteceu com o Lorde
Rúnico Karzoug e a Lorde Rúnica Alaznist?”,
“Quem é o usuário arcano mais poderoso
atualmente?”
Continue fazendo perguntas nesse sentido
— se os heróis e heroínas parecerem resistentes
a respondê-las. Se exigirem fazer perguntas
em troca, o Escriba colabora de bom grado. Ele
responde a todas as perguntas que pode, pro-
pondo uma troca de informações de uma por
outra. Você pode usar o Escriba para abastecer
o grupo com muito do histórico da Tassilônia,
do papel de Karzoug nela e, para impressio-
ná-los, do quão poderosos e malignos eram os
lordes rúnicos.
O Escriba obviamente sabe muito pouco
sobre o que causou a queda da Tassilônia, mas
se lhe perguntarem como os lordes rúnicos
podem ser derrotados, ele se retrai. Ele men-
ciona Forjarrúnica, chamando-a de “um lugar
de aprendizado criado pelos lordes rúnicos,
mas que cresceu além de seu controle”. Ele
admite que era o único lugar na Tassilônia
sobre o qual os lordes rúnicos não tinham
influência direta — o único lugar que eles
não podiam visitar, por medo de enfurecer os
outros seis e causar uma guerra imensa.
Ele postula que a entrada de um lorde rúnico
em Forjarrúnica pode ter provocado o evento
que pôs fim a Tassilônia. Certamente, se algum
segredo para derrotá-los existisse na antiga
Tassilônia, esses segredos ainda estariam
escondidos dentro das paredes de Forjarrúnica.
O Escriba está ansioso para se gabar de como
descobriu a chave para entrar em Forjarrúnica,
Parte Um: A R ima Do Escriba
BATER E CORRER
A habilidade do Escriba de usar teleporte
no santuário lhe dá uma mobilidade
incrível — como resultado, ele não é
encontrado apenas em uma sala da mas-
morra, mas em muitas.
O Escriba usa contra os heróis e heroí-
nas a mesma tática de bater e correr que
usou nos guardas que o Xerife Abioto
enviou para o santuário, mas contra o
grupo ele rapidamente percebe que
precisará de mais do que apenas alguns
segundos de combate para derrotá-los.
bem como sua localização, mas essa é uma
informação que ele não quer compartilhar dire-
tamente com os heróis e heroínas.
Porém, ele pode comentar que escondeu o
mapa de Forjarrúnica e a chave de sua porta nos
escritos nas paredes deste santuário. Embora
isso seja verdade, o Escriba conta isso aos aven-
tureiros e aventureiras principalmente para
atraí-los para dentro do santuário, então quando
sentir que aprendeu tudo o que pode com eles,
ele terá uma vantagem ainda maior em combate.
Uma vez que o Escriba satisfaça sua neces-
sidade de informação ou os heróis e heroínas
se mostrem inúteis, ele volta sua atenção para
o segundo estágio de seu plano — matá-los,
ceifar sua magia e equipamentos e transfor-
mar seus corpos em lacaios mortos-vivos. Ele
anuncia essa mudança declarando: “A hora das
palavras chegou ao fim, minhas crianças!” Ele
prefere atacá-los na área A6, pois esta sala ofe-
rece a ele e a seus lacaios mais espaço para se
movimentar em combate, mas ele certamente
não se limitará a ela apenas.
Em cada uma das salas a seguir, são dadas
breves notas sobre as táticas de batalha do
Escriba (assim como os efeitos de suas pro-
teções). Como ele pode ser encontrado em
qualquer lugar da masmorra, seu bloco de
estatísticas é dado abaixo.
11
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

„ Regeneração Rápida: O Escriba pode tentar

P O ESCRIBA uma rolagem de cura natural a cada rodada,
Tipo: Humanoide Maligno (Humano Clérigo) mesmo se Incapacitado, a menos que seus
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6, Ferimentos tenham sido causados por
​​ fogo
Espírito d12, Força d10, Vigor d10 ou ácido, ou que coloquem fogo nele depois.
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento „ Vida Abençoada: O Escriba não envelhece
Geral d4, Fé d10, Furtividade d8, nem respira e não precisa de comida,
Intimidar d8, Lutar d10, Ocultismo d10, bebida ou sono.
Perceber d8, Performance d4, Persuadir d6 Idiomas: Comum, Gigante, Tassilônico.
Movimentação: 7; Aparar: 8 ou 9 (alfange);
Resistência: 16 (9) TÁTICAS
Complicação: Desagradável, Sem Escrúpulos O Escriba lança ocultar arcano, deflexão e ferir
Vantagens: Ambidestro, Arma Predileta assim que alguém entra no santuário. Enquanto
(alfange), Bloquear, Clérigo, Frenesi, Lutar estiver no santuário, esses poderes duram uma
com Duas Armas, Rápido, Resistência hora em vez de sua duração normal. Se tiver
Arcana, Retirada Aprimorada, Sorte tempo antes do início do combate, ele lança
Poderes: Âncora planar, aumentar Característica, aumentar Característica (Vigor) e invisibilidade.
cegar, conjurar aliado, cura, deflexão, dissipar, O Escriba começa o combate lançando
ferir, iluminar/obscurecer, ilusão, invisibilidade, conjurar aliado com o modificador de Aliados
ocultar arcano Adicionais para trazer três sentinelas. Enquanto
Pontos de Poder: 30 os monstros invocados enfrentam seus inimi-
Equipamento: Alfange dentado (For+d8, PA gos, ele lança cegar e só então entra em combate.
4, Precisão, Afiado, veja a página 94), O Escriba usa o teleporte para recuar para o
adaga de ferro frio (Distância 3/6/12, PA 1, corredor fora da área A10 se reduzido a um
Precisão, Retornável), corselete de placas Ferimento, então se esconde dentro de seu
(+4), bandana do primor mental maior
(Espírito), 750 po em pó de diamante.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +5: Pele encantada.
„ Fraqueza Ambiental: Adamante.
„ Habilidades de Classe (Clérigo):
Antecedente Arcano (Clérigo, Lamashtu),
Canalização de Energia, Voto (Maior)
„ Habilidades Inatas: Banir maior, teleporte
maior
„ Imunidade: Doença, fantoche, ilusão, veneno.
„ Local Sagrado: O Escriba está vinculado
ao santuário de Lamashtu (áreas A1 a A10)
e foi encarregado pela própria deusa dos
pesadelos de manter o local sagrado e
livre de intrusos e hereges. Caso o Escriba
alguma vez se mova para além dessas
áreas, ele perde todas as Habilidades Inatas,
a Regeneração Rápida e sua habilidade
de invocação até que busque redenção e
entre novamente no local. Se não retornar
dentro de uma semana, ele as perde
permanentemente e reduz seu Vigor para
d4 conforme seu corpo se ajusta à perda. O ESCRIBA

12

covil e cura seus ferimentos antes de retornar
para continuar um combate com intrusos. Se
confrontado na área A10, ele luta até a morte.
SANTUÁRIO DE LAMASHTU
O santuário tem o mesmo estilo arquitetônico
das Catacumbas da Ira acima, já que essas
câmaras foram projetadas e construídas pelas
mesmas fontes. A altura média do teto é de 2,5
metros nos corredores e 4,5 metros nas câmaras.
Não há iluminação no santuário (com exce-
ção da área A6), pois o Escriba se utiliza de
feitiços de luz e de sua própria memória do
lugar para se locomover, e todos os seus lacaios
podem enxergar no escuro. O tempo não foi
bom para muitas das câmaras do santuário
e, em várias áreas, os escombros bloquearam
passagens ou partes de salas.
O que está além dessas câmaras desmoro-
nadas é deixado a cargo do Mestre do Jogo
— pode haver várias outras câmaras mais
adiante, bem abaixo de Pontareia e aguar-
dando serem descobertas, mas essas câmaras
estão além do escopo deste livro.
O Escriba mantém um encantamento de pro-
teção em todo o santuário. Este encantamento o
alerta mentalmente sempre que alguém entra
em alguma área do santuário. Além disso, ele
trancou todas as portas do santuário (com exce-
ção da porta secreta na área A1).
O santuário inteiro é guardado por prote-
ções o tempo todo, defendendo o complexo da
seguinte forma:
Confusão: Toda vez que uma personagem
chega a um cruzamento, há 50% de chance dela
seguir o caminho oposto ao que pretendia.
Névoa: Uma névoa espessa preenche todos
os corredores, reduzindo a visão (incluindo
visão no escuro) a dois metros e fornecendo
camuflagem a todas as criaturas.
Portas Perdidas: Todas as portas do com-
plexo (com exceção da porta secreta na área A1)
são cobertas por uma ilusão para fazê-las pare-
cer paredes simples. Uma criatura que interaja
com esta imagem pode fazer uma rolagem de
Espírito para ver através da ilusão.
Parte Um: A R ima Do Escriba
Sugestão: O Escriba colocou um poderoso
feitiço de fantoche além da porta que leva da
área A9 para a área A10 — veja a área A9 para
mais detalhes.
Teias: A área A1 está coberta de teias.
A masmorra inteira irradia uma forte aura de
abjuração como resultado das proteções — dis-
sipar pode remover apenas um efeito específico
de cada vez.
A ESCRITA NAS PAREDES
A escrita tassilônica cobre quase todas as super-
fícies disponíveis no santuário – pisos, tetos e
paredes. Essas são resultado da obsessão do
Escriba e a maioria das palavras reconta orações,
escrituras e invocações associadas a Lamashtu.
Entre esses rabiscos estão escondidas as
estrofes da Rima do Escriba. Em seu orgulho
por descobrir a localização de Forjarrúnica, o
Escriba registrou a rota para este local entre
seus escritos. A fim de determinar a rota para
Forjarrúnica e os meios para entrar lá, os heróis
e heroínas devem descobrir todas as cinco
estrofes e organizá-las na ordem correta.
Essas cinco estrofes são apresentadas no
Folheto 5-1. Se os aventureiros e aventureiras
não puderem ler Tassilônico ou não tiverem
acesso a magia falar idiomas, podem ter que
retornar a essas câmaras com um conhecedor
do idioma, como o especialista local de Ponta-
reia sobre a Tassilônia, Brodert Quink.
DECIFRANDO A RIMA DO ESCRIBA
Para entender a Rima do Escriba, as jogadores
e jogadores devem decifrar as coisas por conta
própria. Se isso se tornar problemático, uma
rolagem de perícia pode revelar a interpretação
correta de uma estrofe. Esta rolagem de perícia
pode ser qualquer coisa associada a poesia (por
exemplo, Performance) ou a habilidade de deci-
frar códigos (Conhecimento Acadêmico) para
organizar as estrofes em sua ordem correta.
A interpretação correta é a seguinte.
Primeira Estrofe: Esta estrofe estabelece
sobre o que se trata a rima como um todo, intro-
duzindo a ideia de Forjarrúnica como um lugar
para magos e magas aperfeiçoarem e aprimo-
rarem seu ofício.
13
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
FOLHETO 5-1

de Pacon
seja en r,lha Forjarrúnica
ra atrave
Se a magia radiante é o que r!
você deve se retira
pr iada parte.
arte a devida e apro
Pois apenas lá os magos e suaRecebem su
Nas margens orientais do espelho fumegante,
Guardando em circulo Forjarrúnica e seu portão.
fim do
No estão,
sileciosamente, as sete faces, em círculo, esperando dia quando o
crepúsculo se aproxima radiante,
Cada pedra por um dos sete lordes é agraciada,
com uma parte da chave guardada;
apropriada,
Se oferecido o feitiço e oração
receba as sete chaves e suba a escada

E à espera de Xin na gélida montanha se encerrará.

irá
Sob o alarde de sua régia voz a porta se abr
ÉV X W X X W W X W V X
oculta lá dentro, a forjarrúnica repousa

E agora à forja você ira se juntar

W W YX X
X WÁX X
cê aband
E quando o caminho mortal vo
a há de perdurar
Por muito tempo, em Forjarrúnica, sua obr

Segunda Estrofe: A palavra “espelho” como
uma metáfora para lago é comum na antiga
poesia tassilônica. Uma rolagem de Ciência
nota que em Varísia, o Lago Stormunder é
conhecido por suas abundantes fontes termais
e gêiseres. A estrofe menciona ainda “sete faces”
que estão “em círculo”. Uma ampliação na
rolagem de Ciência revela que um misterioso
círculo de sete cabeças de pedra ficam na
encosta oeste da montanha Geadaveira, na
margem leste do Stormunder.
Terceira Estrofe: Cada uma das sete cabe-
ças de pedra representa uma escola de magia
tassilônica e, por extensão, um dos sete lordes
rúnicos e reinos da Tassilônia. Lançar um feitiço
da escola correta na pedra correta faz com que

14

uma chave se manifeste na boca desse monólito.
Essa estrofe orienta as personagens a coleta-
rem uma chave de cada cabeça de pedra dessa
maneira e, em seguida, subirem Geadaveira por
meio de um antigo conjunto de escadas.
Quarta Estrofe: Depois de subirem Geada-
veira, os heróis e heroínas são direcionados
a entrar na caverna e, em uma câmara além,
encontram um anel semelhante de sete faces
de pedra dispostas ao redor da estrela de sete
pontas da Sihedron. Usar as chaves nesses
monolitos abre um portal para Forjarrúnica,
que existe em sua própria dimensão de bolso.
Quinta Estrofe: Esta estrofe simplesmente
promete que aqueles que alcançarem Forjar-
rúnica serão ricamente recompensados ​​com
conhecimento.
A1 ENTRADA DO SANTUÁRIO
Teias grossas entopem essas escadas. Arra-
nhões profundos ao longo das paredes e pisos
são pouco visíveis — isso, juntamente com a
ausência de qualquer mofo ou bolor, sugere
que a escada foi limpa recentemente, apesar
das teias incomumente grossas.
As teias de aranha nesta escada foram criadas pelas
proteções do Escriba. Toda a área conta como ter-
reno difícil para qualquer um que se mova por ela.
As próprias escadas descem 15 metros das Cata-
cumbas da Ira abandonadas acima.
Elas parecem terminar em um beco sem
saída, mas uma rolagem de Perceber com −2
revela uma porta secreta na parede oeste. A
porta também é protegida com um feitiço lan-
çado pelo Escriba que, se acionado, o alerta
silenciosamente.
A passagem além da porta desabou, mas um
túnel estreito foi aberto na área A2.
A2 ANTECÂMARA
As paredes, o chão e até mesmo o teto
arqueado deste lugar estão cobertos de escri-
turas, as palavras espiralando e se arrastando
na antiga língua da Tassilônia. Algumas das
frases são imensas, com palavras de quase um
Parte Um: A R ima Do Escriba
metro de altura, enquanto outras são escritas
em letras minúsculas e entrelaçadas.
O meio para a escrita também varia — às
vezes tinta escura, às vezes sangue, às vezes
esculpida na pedra. Passagens ao norte
e à leste levam a túneis cheios de cheios de
neblina. Ao sul, fica um par de portas de
pedra com uma imensa imagem de uma
cabeça de chacal de três olhos esculpidas em
suas faces.. Ao oeste, a luz pisca no que parece
ser uma imensa catedral.
Qualquer um que se mova nesta sala provavel-
mente será notado pelo guardião da área A6, mas
essa criatura não ataca imediatamente ao detectar
intrusos aqui, dando ao Escriba tempo para fazer
seu primeiro contato com os heróis e heroínas.
O Escriba faz algumas perguntas, provavel-
mente enquanto invisível ou escondido na neblina
ao norte, então usa teleporte para viajar para a área
A9 para ruminar um pouco sobre suas respostas
antes de procurá-los novamente em outro lugar da
masmorra para fazer mais perguntas.
Qualquer um que saiba tassilônico pode
deduzir rapidamente que a escrita nas paredes
consiste em orações e escrituras para Lamashtu.
Uma rolagem de Perceber revela quatro linhas
do que parece ser um poema maior que não
tem relação com Lamashtu. Esta é a primeira
estrofe da Rima do Escriba.
A3 PISCINA DO NASCIMENTO
Uma borda de pedra baixa circunda uma
piscina rasa de água que parece brilhar sua-
vemente. As paredes ao redor da sala são
esculpidas com grandes runas e o teto se eleva
até uma cúpula acima.
A piscina no meio da sala parece pura, mas tem
um gosto ruim. Este é o lugar onde aquelas que
carregavam a prole de Lamashtu eram trazidas
para dar a luz às suas crianças deformadas e
monstruosas 10.000 anos atrás. E foi dessa pis-
cina que Lamashtu trouxe o Escriba de volta à
vida como um guardião divino.
15
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
SANTUÁRIO DE LAMASHTU
A10
A6
A9
A7
A4 CELA DE MEDITAÇÃO
Há pequenas dunas de escombros e poeira no
chão desta sala, mexidas provavelmente pela
passagem de passos. As paredes e o teto estão
abarrotados de rabiscos e marcações. Uma
imagem de um chacal de três olhos encara da
parede à leste.
Como na área A2, as paredes aqui trazem
orações a Lamashtu. No centro da parede
leste, logo abaixo da imagem do símbolo de
Lamashtu, está a segunda estrofe da Rima
do Escriba.
A5 CELA DE MEDITAÇÃO DESMORONADA
Parte desta sala desabou. Rachaduras irra-
diam ao longo das paredes e do teto aqui. Uma
imagem de um chacal de três olhos encara da
parede leste, com uma das rachaduras atra-
vessando seu focinho.
16
A3
E
A2
A1
A4
A8 A5 N
1 QUADRO = 2 METROS
ESCADAS SOBE DESCE
Esta sala pode parecer instável, mas parou de
desmoronar por enquanto — não há perigo real
de colapso a menos que alguém tente limpar os
escombros ao longo da parede sul.
A6 SANTUÁRIO DOS MONSTROS
E DA LOUCURA
Embora partes desta catedral tenham desmoro-
nado, deixando montes de escombros no chão e
paredes em ruínas, a câmara mantém sua sen-
sação de respeito ameaçador. Quatro pilares de
pedra negra sustentam o teto arqueado, doze
metros acima, e no chão entre eles há a imagem
de um chacal de três olhos parecendo brilhar
por causa das estrias na pedra.
Esta imagem brilha com uma luz suave e
desbotada que ilumina toda a sala por baixo.
Alcovas ao norte e ao sul contêm estátuas de
uma mulher grávida com cabeça de chacal.
Cada uma segura um par de kukris cruzados
sobre o peito e uma cauda reptiliana se enrola
em torno de seus pés com garras.
A oeste, o que antes poderia ter sido um
púlpito de pedra com outras estátuas parece

ter sido parcialmente enterrado sob um
antigo desmoronamento. As paredes desta
sala são densamente decoradas com centenas
de rabiscos e runas espalhadas.
Outrora a peça central do culto de Lamashtu
do Escriba, este santuário agora está vazio e
aparentemente deserto. O escriba passou mais
tempo decorando as paredes aqui com suas
orações e invocações do que em qualquer outro
lugar do complexo, e isso é percebido pela
caligrafia mais intrincada e cuidadosa que ele
usou em seu trabalho. A terceira estrofe de sua
rima está inscrita na base da estátua central de
Lamashtu na parede norte.
O Escriba provavelmente retorna aqui para
questionar os heróis e heroínas, já que se eles
o atacarem, ele pode usar teleporte para recuar
enquanto deixa o demônio glabrezu cuidar deles.
Quando o Escriba acordou de seus 10.000 anos
de morte como guardião divino do santuário de
Lamashtu, ele descobriu que deixar o santuário
lhe causava dor e que ele precisava acumular guar-
diões e lacaios que não fossem tão prejudicados.
Sua primeira tentativa de convocar tal tipo
de lacaio foi um feitiço de âncora planar. Para
sua grande surpresa e deleite, Lamashtu res-
pondeu ao seu pedido de ajuda enviando um
glabrezu chamado Yerrin-Ku. O Escriba, com
razão, tomou isso como um sinal de que os
projetos de Lamashtu na região são de grande
importância, mas por enquanto a Mãe dos
Parte Um: A R ima Do Escriba
Monstros optou por manter seus planos finais
para a Costa Perdida em segredo.
P Yerrin-Ku: Veja a seguir.
P YERRIN-KU
Tipo: Extraplanar Maligno (Glabrezu)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d8,
Espírito d8, Força d12+3, Vigor d10
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d4, Intimidar d8,
Lutar d10, Perceber d10, Persuadir d8
Movimentação: 7; Aparar: 7; Resistência: 17 (5)
Vantagens: Resistência Arcana, Varredura
Aprimorada
Habilidades Especiais:
„ Armadura +5: Pele demoníaca.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
+4 de dano de ferro frio; -4 de dano de
ácido, frio e fogo; detectar arcano menor.
„ Desejo: Uma vez por mês, um demônio
Glabrezu pode garantir um desejo a um
mortal humanoide.
„ Dilacerar: Qualquer um Abalado ou Ferido
por um ataque de mordida começa a sangrar
profusamente e deve fazer uma rolagem de
Vigor no início de seu próximo turno. Falha
faz com que a vítima receba um Ferimento.
Sucesso evita o Ferimento, mas o teste deve
ser feito novamente no próximo turno
da vítima. Uma ampliação ou cura bem-
sucedida interrompe o sangramento.
17
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
„ Gravidade Reversa: Como ação limitada,
um glabrezu pode posicionar um Modelo
Grande de Explosão a 10 quadros (20
metros). Qualquer um dentro do modelo
que não consiga Evadir "cai" 20 metros
para cima. Se isso fizer com que atinja uma
superfície dura (como um teto), recebe
dano como se estivesse caindo. Qualquer
um que entre no modelo após ter sido
criado "cai" automaticamente para cima. A
Duração é cinco rodadas, mas qualquer um
que consiga se mover para fora do modelo
cai e não é mais afetado.
„ Invocar: Como ação limitada esta criatura
pode invocar outro glabrezu ou dois vrocks
uma vez por dia.
„ Mordida/Garras/Pinças: For+d6, PA 4.
„ Pancada: Ignoram 4 pontos de penalidade
de Escala.
„ Poderes Inatos: Confusão menor, dissipar
menor, ilusão menor (duplicata do
conjurador apenas), teleporte menor
(Teleporte Melhorado, pessoal).
„ Tamanho 5 (Grande): Demônios Glabrezu
medem 5,5 m e pesam 3.000 Kg. Eles
podem receber um Ferimento Extra.
„ Visão no Escuro: Demônios glabrezu
ignoram penalidades de Iluminação a até
10 quadros (20 metros).
Idioma: Celestial, Demoníaco, Dracônico.
TÁTICAS
Ao comando de seu mestre, Yerrin-Ku espera
que intrusos entrem nesta câmara. Sua pri-
meira ação em combate é convocar outro
glabrezu — ele não tenta convocar vrocks, já
que eles são aliados mais próximos do inimigo
de Lamashtu, Pazuzu. Na primeira rodada de
combate, ele usa a Gravidade Reversa para
prender personagens que não podem voar.
Ele então engaja em combate corpo a corpo
com os heróis e heroínas restantes, guardando
confusão para as pessoas no grupo que pareçam
estar trabalhando muito bem juntas. Yerrin-Ku
persegue inimigos por todo este complexo, mas
não os segue para fora do santuário se eles che-
garem tão longe.
Yerrin-Ku está vinculado a este santuário por
vários dias e não pode sair — como resultado,
18
ele luta até a morte, contrariando seu próprio
desejo de fugir quando as coisas ficam ruins.
A7 CAMPO DE BATALHA
Sangue é a decoração desta caverna; faixas
dele estão salpicadas na parede e poças que
congelaram e começaram a apodrecer no chão.
Pedaços de carne também estão espalhados —
o que quer que tenha acontecido aqui, acabou
mal para muitos.
Quando os guardas enviados pelo Xerife
Abioto chegaram a este santuário, o Escriba
ainda não havia começado a reforçar suas
defesas. Ele também estava mais curioso do
que enfurecido com esses intrusos e, invisível,
assistiu com divertimento a tentativa deles de
exploração do santuário.
Quando os guardas chegaram à área A6, eles
perceberam o alcance de sua descoberta e se
prepararam para recuar e relatar a Abioto. Foi
quando o Escriba atacou. Os cães yeth devo-
raram a maior parte dos corpos. Se os heróis e
heroínas recorrerem à ressurreição, eles podem
restaurar a vida dos guardas.
Se os Desbravadores o fizerem, você deve
recompensar a gentileza deles fazendo com que
os guardas ressuscitados forneçam informações
adicionais sobre os habitantes do santuário.
A8 CANIL DO ESCRIBA
Aqui, três câmaras outrora separadas torna-
ram-se uma, unidas pelo desmoronamento
das paredes e a erosão das eras. Fragmentos
manchados de sangue de camisas de cota de
malha, escudos, espadas e roupas estão espa-
lhados ao acaso por esta sala. As paredes são
decoradas com inúmeros rabiscos escritos
descuidadamente em sangue.
A quarta estrofe da Rima do Escriba está inscrita
aqui na parede norte da câmara mais ao sul. Os
fragmentos de armadura e armas são tudo o
que resta dos guardas de Pontareia depois que
o Escriba alimentou sua matilha com eles.
 Parte Um: A R ima Do Escriba

Um bando de seis poderosos cães yeth, Idiomas: Demoníaco ou Diabólico (não pode
conhecidos como cães de Lamashtu, moram falar).
nessas cavernas. Ao contrário do cão yeth mais
comum, um cão de Lamashtu é preto e tem TÁTICAS
um ferrão venenoso no final de sua cauda de Os cães de Lamashtu preferem cercar os ini-
rato. Como extraplanares, eles não precisam se migos e atacar o mesmo alvo. Eles avidamente
alimentar — o consumo dos guardas foi pura- atacam heróis e heroínas que carregam os
mente um ato de malícia. símbolos de divindades de tendência boa em
Os latidos e uivos deste bando podem ser favor de outros indivíduos obviamente menos
ouvidos em todo o complexo (como detalhado devotados.
acima), mas a menos que eles ouçam ou vejam Os cães são implacáveis ​​e lutam até a morte.
intrusos, eles ficam satisfeitos em permanecer
aqui. Entre os atuais habitantes do santuário,
apenas esses cães podem perseguir presas além A9 SACRÁRIO EXTERIOR
dessas paredes.
• Cães de Lamashtu (6): Veja abaixo. As paredes, o teto e o piso desta sala vazia
estão abarrotados de escritos, em muitos
casos sobrepostos e emaranhados quase ao
CÃO DE LAMASHTU ponto de ilegibilidade. Na porta norte, quatro
Tipo: Extraplanar Maligno (Cão Yeth) linhas curtas se destacam, esculpidas sozi-
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d4 (A), nhas na pedra.
Espírito d10, Força d12, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Furtividade d8, As linhas de texto que decoram a porta são a
Lutar d10, Perceber d8, Sobrevivência d6 quinta estrofe da Rima do Escriba. Esta sala já foi
Movimentação: 8; Aparar: 9; Resistência: 11 (4) um vestíbulo para sacerdotes que se preparavam
Vantagens: Bloquear Aprimorado, Prontidão para rituais no santuário, mas pouco resta atual-
Habilidades Especiais: mente para denotar esse uso. Atualmente, a sala
„ Armadura +4: Pele extraplanar. não serve para nada além de uma armadilha.
„ Fraqueza Ambiental: Prata.
„ Latido: Como uma ação limitada, um cão
de Lamashtu pode soltar um uivo terrível.
Todas as criaturas, exceto extraplanares
malignos em um raio de 100 metros, devem
fazer uma rolagem de Espírito ou ficarão
Apavoradas.
„ Mordida: For+d6, PA 2.
„ Mordida Sinistra: Qualquer ser não-
extraplanar Abalado ou Ferido pela
mordida de um cão yeth deve fazer uma
rolagem de Espírito ou ficará Vulnerável.
Uma criatura Apavorada, como alguém
afetado pelo latido do cão yeth, também
está Distraída.
„ Resiliente: Estes cães podem receber um
Ferimento antes que sejam Incapacitados.
„ Visão no Escuro: Cães de Lamashtu
ignoram penalidades de Iluminação a até
10 quadros (20 metros). CÃO DE
„ Vôo: Cães de Lamashtu voam com uma LAMASHTU
Movimentação de 12.

19
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
SUGESTÃO DO ESCRIBA
Tipo: Mágica; Teste de Perceber: Sim, com -2;
Teste de Ladinagem: Sim, com -2
Gatilho: Qualquer pessoa que passe pela
porta norte para o corredor nebuloso ouve uma
voz sussurrante em sua mente, sugerindo que a
influência de Lamashtu maculou seus amigos e
eles estão se preparando para capturar a vítima
e sacrificá-la a Lamashtu.
A vítima está sujeita a fantoche; resistir a seus
efeitos é uma rolagem de Espírito com -2. A
sugestão encoraja a personagem a fazer tudo ao
seu alcance para se defender, com a esperança
de primeiro encontrar um lugar seguro onde
ela possa escapar de seus supostos aliados e
lutar contra eles caso tentem contê-la.
O Escriba colocou esta sugestão aqui, espe-
rando semear discórdia nas fileiras de um grupo
de intrusos. Se alguém conseguir se esconder
sozinho em algum lugar do santuário, o Escriba
o procura o mais rápido possível para matá-lo.
A10 O COVIL DO ESCRIBA
Esta câmara inteira é protegida por um ritual
que proíbe qualquer criatura não maligna de
usar viagem planar ou teleporte.
As paredes desta sala são decoradas com
escrita fluída e runas. Ao norte está caído um
corpo humano ensanguentado, seus membros
aparentemente quebrados em uma dúzia de
lugares. Uma mesa baixa contra a parede leste
está coberta com frascos de líquido colorido e em
um tinteiro está uma pena feita de pena de pavão.
Isso já serviu como uma câmara de guarda e o
Escriba a escolheu como seu covil por sua defensi-
vidade. Como um guardião divino, ele não precisa
de descanso ou comida, então ele usa este quarto
para meditar e como um lugar seguro para recuar.
Os rabiscos na parede desta sala contêm mais
do que meras invocações a Lamashtu — eles
consistem em anotações que o Escriba fez sobre o
estado do mundo além, conforme relatado a ele
pelos vários espíritos e forasteiros que ele conju-
rou, bem como por meio de adivinhação usada
20
para falar com os espíritos dos cadáveres que ele
guarda aqui.
As notas transmitem a sensação de alguém
fora do tempo fazendo o possível para reunir
informações sobre um mundo que mudou.
Forjarrúnica é mencionada várias vezes — o
Escriba quer muito enviar agentes para a mas-
morra para coletar suprimentos e invadi-la em
busca de itens mágicos e textos, já que ele se
convenceu de que o complexo foi esquecido e
abandonado há muito tempo.
Em especial, suas anotação falam de algo
chamado forja de armas rúnicas. O Escriba
acredita que esses itens podem ser bastante
úteis contra os lordes rúnicos e seus aliados,
mas os métodos de sua criação parecem ter se
perdido em algum lugar de Forjarrúnica.
O cadáver é de Jaren Basvear, que em vida foi
cabo da milícia de Pontareia e que serviu como
líder do grupo de guardas que Abioto enviou
para essas câmaras.
TESOURO
As tintas e a pena são bens que o Escriba valo-
rizava em sua antiga vida e foram devolvidos
a ele (como seu equipamento) por sua patrona
Lamashtu como pagamento por servi-la como
guardião deste templo.
Há 17 frascos de tinta ao todo, cada um
valendo 8 po, mas o verdadeiro tesouro aqui
é o bem mais valioso do Escriba: uma pena da
revelação (veja a página 94).
UMA MÃO AMIGA
Se as personagens optarem por não
conversar com o Escriba e ignorarem a
escrita nas paredes, você pode ajudá-las
trazendo um especialista.
Brodert Quink pode se aproximar do
grupo depois de passar algum tempo lá
abaixo. Você pode usar Brodert tanto
para apresentar as pistas quanto os
benefícios potenciais de se aventurarem
em Forjarrúnica.
 Parte Dois: Procurando Forjarrúnica

PARTE DOIS: PROCURANDO FORJARRÚNICA

No final do livro quatro, os heróis e heroínas descobriram a anotação
enigmática de Mockmurian sobre Forjarrúnica. Se isso não os intrigou
imediatamente, o enigma colocado pela Rima do Escriba deve funcionar.
Muito pouco está escrito sobre Forjarrúnica. Pesquisas suficientes revelam
que Forjarrúnica já foi um lugar lendário de aprendizado e descoberta para
estudantes do arcano, mas que sua localização permanece um mistério —
os estudiosos da Tassilônia acreditam que ela foi perdida durante a queda
do império.

M
ais informações sobre Forjarrúnica
podem ser obtidas com feitiços como
adivinhação ou pesquisando o assunto
na biblioteca Tassilônica debaixo de Punho de
Jorgen. Rolagens de Conhecimento Acadêmico
feitas tendo os recursos da biblioteca revelam
mais informações, conforme detalhado na
parte inferior da página.
A tabela abaixo resume as informações
que podem ser obtidas para cada sucesso e
ampliação em uma rolagem de Conhecimento
Acadêmico ou Ocultismo — lembre-se de que
usar a biblioteca do Punho de Jorgen concede
um bônus de +1 em rolagens baseadas na
Tassilônia.
A única informação faltando é a localização
de Forjarrúnica. Este foi um dos segredos mais
bem guardados do Império da Tassilônia e é
por isso que a Rima do Escriba é tão importante.
Feitiços de adivinhação não podem revelar a

CONHECIMENTO DE FORJARRÚNICA
QUALQUER PESSOA PESQUISANDO O CONHECIMENTO DE FORJARRÚNICA DEVE RECEBER
UMA DAS SEGUINTES INFORMAÇÕES PARA CADA SUCESSO E AMPLIAÇÃO.
Forjarrúnica foi criada como um lugar onde os agentes dos sete lordes rúnicos podiam se
reunir para estudar magia.
Os lordes rúnicos teceram proteções ao redor de Forjarrúnica que barravam a entrada no
complexo de qualquer lorde rúnico ou de seus agentes diretos, a fim de manter a pesquisa
livre de sabotagem das mãos de um inimigo.
Os aprimoramentos mágicos de Forjarrúnica sustentavam aqueles em seu interior sem a
necessidade de comer, beber ou até mesmo dormir.
Os Pináculos de Xin-Shalast estão sobre a mítica montanha Maciço de Mhar. Esta montanha
de proporções lendárias perfura os céus acima das Kodar e é considerada o pico mais alto de
toda a cadeia de montanhas estupendamente inóspitas.
O projeto final que os lordes rúnicos lançaram em Forjarrúnica foi o desenvolvimento de
maneiras pelas quais eles poderiam escapar da queda iminente de seu império. Cada facção
desenvolveu uma resposta única para seu lorde rúnico, com base nos princípios fundamen-
tais das tradições mágicas daquela facção.

21
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
localização de Forjarrúnica devido às podero-
sas proteções tecidas em suas paredes há muito
tempo pelos lordes rúnicos.
Uma vez que os heróis e heroínas tenham
descoberto a obra-prima do Escriba, esses
mesmos feitiços de adivinhação podem ser
incrivelmente úteis para decifrar seu enigma,
organizar suas estrofes na ordem correta e veri-
ficar teorias e interpretações do poema.
O método pelo qual os heróis viajam para
Geadaveira é irrelevante — a essa altura, os
aventureiros e aventureiras devem ser capazes
de utilizar opções como teleporte Melhorado
para chegar às margens do Lago Stormunder.
À medida que se aproximam do Círculo de
Sihedron, prossiga com a seção a seguir.
O CÍRCULO DE SIHEDRON
Da rochosa margem leste do Lago Stormunder,
eleva-se a base das escarpas salpicadas de neve
de Geadaveira, lançando sua longa sombra
munder, na ponta ocidental das Montanhas
NA BOCA DA CAVEIRA
1 QUADRO = 4 METROS
ESCADAS SOBE DESCE
B1
B2
B7
B3
B6
B4
B5
O CÍRCULO DE SIHEDRON
22
sobre esta área. No entanto, nem todo o terreno
aqui é acidentado e montanhoso. A várias cen-
tenas de metros da margem do lago, a terra de
repente se nivela para criar uma colina circular.
Rochas e arbustos tenazes espreitam através
dos aglomerados de neve espalhados aqui, mas
eles são ofuscados pelo anel de sete cabeças de
três metros de altura feitas em pedra que cir-
cundam a borda da colina, seus rostos voltados
para dentro olhando um para o outro com bocas
escancaradas.
A leste, ergue-se a encosta íngreme da mon-
tanha de Geadaveira, gelada e açoitada de
vento — sessenta metros acima observa-se uma
escultura de um rosto antigo, sua boca aberta
formando uma grande entrada de caverna na
encosta da montanha.
Uma escada de pedra de quatro metros de
largura desce desta caverna até uma saliência
a apenas dezoito metros à leste do círculo de
faces de pedra.
Há quase 5.000 metros acima do Lago Stor-
C1 C2
O COVIL DO DRAGÃO
C4
C5
C4
C4
C4
C4
C4
C3
C4
N A CATEDRAL CONGELADA
C4
 Parte Dois: Procurando Forjarrúnica
Kodar, eleva-se a montanha Geadaveira,
nomeada em função de seu formato que, pró-
ximo ao pico da montanha, remete vagamente
à um crânio e é visível a muitos quilômetros
em um dia claro.
Poucos conhecem a verdadeira história de
Geadaveira e, muitas vezes, mesmo aqueles
sábios que afirmam ter experiência na histó-
ria da Tassilônia estão enganados quanto a
alguns fatos. Um rolagem de Conhecimento
Acadêmico alerta o herói ou heroína que na
Tassilônia, os lordes rúnicos frequentemente
esculpiam representações de seus rostos no
topo das montanhas ou estátuas imponentes
que vigiavam suas cidades.
A face de Geadaveira, no entanto, obser-
vava a localização de Forjarrúnica e, para
simbolizar que todos os sete lordes rúnicos
compartilhavam esse território, eles concor-
daram em marcar o local com uma escultura
do rosto de seu primeiro imperador, Xin. No
entanto, em vez de retratar o imperador como
parecia em vida, os lordes rúnicos, que o
derrubaram em uma rebelião violenta, o imor-
talizaram da maneira que preferiram que fosse
lembrado — como um imperador morto.
Além disso, este monumento não recebeu
as mesmas proteções que a maioria dos outros
monumentos Tassilônicos e, nos últimos 10.000
anos, o rosto original foi erodido para pouco
mais do que a vaga forma de crânio que per-
manece hoje.
Identificando as Cabeças de Pedra: As sete
cabeças de pedra foram todas protegidas com
magia protetora, evitando os efeitos esperados
de erosão à medida que o tempo corre. A cada
pôr do sol, a magia que infunde essas cabeças de
pedra fica mais potente, ao ponto de poder ser
observada com detectar magia ou detectar arcano.
Para manifestar uma chave, uma persona-
gem deve submeter a cabeça de pedra a um
efeito mágico de uma escola idêntica à aura
emanada pelo monólito. Detectar magia e
detectar arcano são os métodos mais simples de
determinar quais escolas de magia as cabeças
de pedra irradiam.
Uma rolagem de Ocultismo com -2 identifica
cada uma das cabeças de pedra, correlacionan-
do-as aos sete lordes rúnicos e a qual escola
de magia cada cabeça está relacionada. Uma
personagem que tenha passado pelo menos
uma semana estudando na biblioteca abaixo
de Punho de Jorgen recebe +2 nesta rolagem.
Garantindo uma Chave de Forjarrúnica:
Cada cabeça de pedra guarda uma das sete
chaves necessárias para entrar em Forjarrú-
nica. A maneira correta de extrair cada chave
envolve lançar tipos específicos de magia nas
cabeças de pedra. Um efeito de feitiço só pre-
cisa ser lançado a dois metros de uma cabeça de
pedra para que ela o absorva; isso ocorre quer o
conjurador pretenda ou não.
Um feitiço absorvido não cria o efeito dese-
jado — em vez disso, a cabeça que absorveu o
feitiço brilha com energia por um momento e
o chão vibra enquanto um trinado penetrante
emana do monólito. O brilho e o som desapa-
recem completamente após vários segundos,
momento em que uma chave de ouro aparece
em sua boca.
Essas chaves estão armazenadas no Plano
Etéreo e são simplesmente trazidas de volta
ao Plano Material quando a cabeça de pedra
é acionada corretamente. Uma personagem
usando detectar arcano pode ver uma chave
fantasmagórica na boca de uma cabeça de
pedra enquanto ela ainda está etérea. E uma
criatura etérea pode facilmente pegar a chave
sem repercussão — ao retornar ao Plano Mate-
rial, a chave permanece com ela.
Lançar feitiços da escola apropriada em uma
cabeça de pedra ou viajar para o Plano Etéreo
não são as únicas maneiras de conseguir as
chaves. Uma rolagem de Ladinagem com −4
engana a pedra fazendo-a pensar que foi acio-
nada com um feitiço apropriado e faz com que
a chave se manifeste dentro da boca da estátua.
Destruindo uma Cabeça de Pedra: Cada
cabeça de pedra tem Dureza 20 e só pode ser
destruída com Dano Pesado. Cada cabeça
pesa mais de 40 toneladas e tem 3 metros de
altura. Sempre que um monólito é destruído,
a explosão de luz e energia mágica resul-
tante causa 10d6 de dano elétrico em uma
explosão de 20 metros. Este ataque pode ser
Evadido, porém apenas metade desse dano é
evitado em um sucesso. Aqueles que falharem
também ganham permanentemente a Compli-
cação Cego por causa dessa explosão de magia
excruciante.
23
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Observe que essa explosão também pode
danificar cabeças de pedra próximas, criando
uma reação em cadeia de explosões. De qual-
quer forma, uma vez que uma cabeça de pedra
é destruída, a conexão com o Plano Etéreo
desaparece e a chave dessa cabeça aparece na
cratera fumegante que o monólito ocupava.
As cabeças e as escolas de magias-chave são
as seguintes:
B1: Karzoug (transmutação)
B2: Krune (invocação)
B3: Belimarius (abjuração)
B4: Sorshen (encantamento)
B5: Xanderghul (ilusão)
B6: Alaznist (evocação)
B7: Zutha (necromancia)
ARKRHYST
24
Quando a primeira das cabeças de pedra
é ativada e seu pulso sônico ecoa pelo chão e
pelo ar, o senhor de Geadaveira percebe. Este
é Arkrhyst — chamado de Bocagélida pelos
Shoanti — um antigo dragão branco que vive
em Geadaveira há 500 anos.
Em sua juventude, vários séculos atrás,
Arkrhyst era um grande e odiado inimigo dos
Shoanti. Seus ataques aos nômades do Planalto
Velashu e da parte ocidental do Platô Storval
eram lendários. E muitas dessas tribos ainda
cantam sobre aqueles tempos sombrios e os
incontáveis ​​heróis e heroínas que procuraram
sua casa em Geadaveira para derrotá-lo. Nin-
guém atingiu esse objetivo, mas à medida que
Arkrhyst crescia, sua ânsia de atacar diminuía.
Uma rolagem de Conhecimento Acadêmico
permite que uma personagem se lembre de
histórias dos ataques de Arkrhyst aos Shoanti
e que há 200 anos atrás os ataques do dragão
cessaram. Muitos pensavam que ele havia sido
morto, mas nenhum sinal de seu suposto vasto
tesouro apareceu — sábios estudiosos de coisas
dracônicas acreditam que Arkrhyst está sim-
plesmente dormindo há muitos, muitos anos.
Depois de sacudir o sono de seus olhos,
Arkrhyst sobe de sua caverna e espia os heróis e
heroínas abaixo. Permita que o grupo faça uma
rolagem de Perceber para notá-lo — embora a
distância de 60 metros e a cobertura da entrada
da caverna deem a ele um +4 em sua rolagem
de Furtividade contra qualquer um obser-
vando de baixo.
P Arkrhyst: Veja a seguir.
 Parte Dois: Procurando Forjarrúnica
P ARKRHYST
Tipo: Dragão Maligno (Dragão Branco
Ancião)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d8,
Espírito d10, Força d12+6, Vigor d12
Perícias: Atletismo d8, Conjurar d8,
Conhecimento Geral d8, Furtividade d8,
Intimidar d10, Lutar d10, Ocultismo d10,
Perceber d12, Persuadir d4
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 23 (8)
Vantagens: Antecedente Arcano (Magia),
Contra-Ataque, Esquiva, Focado, Frenesi
Aprimorado, Rápido, Resistência Arcana
Poderes: Aumentar Característica, deflexão,
dissipar, fantoche, proteção ambiental, iluminar,
invisibilidade, proteção, raio.
Pontos de Poder: 20
Habilidades Especiais:
„ Arma de Sopro (Gelo): Modelo de Cone,
5d6 de dano.
„ Armadura +8 (Pesada): Couro escamoso.
„ Aura Congelante: No final do turno do
dragão, todos os inimigos adjacentes
recebem 2d4 de dano de frio.
„ Cavar (6 quadros): Dragões brancos podem
cavar no subterrâneo.
„ Dragão: Ignora penalidades de Iluminação;
imune a Fogo, Paralisia, sono, Atordoado;
+4 de dano de Fogo; ignora até 4 pontos
de penalidades de Escala quando atacam;
detectar arcano menor.
„ Medo (-2): Qualquer um que veja um
poderoso dragão deve fazer um teste de
Medo −2.
„ Mordida/Garras: For+d8+d6 (frio), PA 2.
„ Poderes Inatos: Obscurecer maior (nevasca),
manipulação elemental maior (neve e gelo
apenas), andar nas paredes maior (qualquer
superfície de gelo, incluindo superfícies
verticais e invertidas).
„ Tamanho 7 (Grande): Dragões brancos
anciões são criaturas maciças. Eles podem
receber um Ferimento Extra.
„ Voo: Movimentação 24.
Idioma: Comum, Demoníaco, Dracônico.
TÁTICAS
Assim que Arkrhyst vê os heróis e heroínas se
aproximarem, ele lança proteção ambiental (fogo),
aumentar Característica (Força) e deflexão. Ele
conjura invisibilidade na rodada antes de entrar
em combate.
Arkrhyst voa baixo sobre heróis e heroínas
(ou logo acima dos menires) e usa seu sopro, ao
mesmo tempo confiando em sua habilidade de
medo para enfraquecer o moral de seus inimigos.
Se seus oponentes se dispersarem, ele escolhe
um deles aleatoriamente e faz um ataque para
que possa tentar arrebatá-lo, carregando-o para
o alto, soprando sobre ele e soltando-o de pelo
menos 60 metros sobre às rochas abaixo.
Se confrontado por inimigos voadores,
Arkrhyst se retira para sua caverna acima se
achar que sua maior mobilidade está causando
muitos problemas.
Se Arkrhyst for reduzido a um Ferimento,
ele retornará ao seu covil na montanha em Gea-
daveira para se curar e repensar suas táticas
com base nas habilidades de combate exibidas
por seus inimigos.
CONSEQUÊNCIAS
É possível que Arkrhyst escape do grupo antes
deles entrarem em Forjarrúnica. Nesse caso, o
dragão branco, intrigado com o portal que os
heróis e heroínas abriram em seu covil e, fer-
vendo de ódio e necessidade de vingança, os
segue até Forjarrúnica.
Neste caso, você pode usar Bocagélida como
uma mosca na sopa. A maioria dos túneis da
masmorra são largos o suficiente para que
ele possa navegar se espremendo por eles. E
se o dragão explorar as câmaras, são boas as
chances de que ele encontre uma das facções
de Forjarrúnica antes do grupo.
Você pode fazer o dragão se aliar com essa
facção, dando a um dos grupos um poderoso
aliado adicional. Alternativamente, você pode
fazer com que Arkrhyst persiga os heróis e
heroínas, lançando-se sobre eles quando esti-
verem tentando se recuperar de uma batalha
particularmente angustiante.
Você pode até guardar Arkrhyst para a bata-
lha final quando os heróis acionarem a estátua
de Karzoug na área D (veja a página 92).
Use-o como quiser para infligir uma dose extra
de caos dracônico sobre seu grupo.
25
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
ESCADARIA DE XIN
Uma escadaria enorme que parece ter sido
construída por gigantes e ter levado anos, se
não décadas, para ser concluída está esculpida
na lateral da montanha. Um arco de pedra de
seis metros de largura e nove metros de altura
emoldura os primeiros degraus, enquanto os
últimos degraus levam diretamente à escultura
de um rosto antigo, com sua boca aberta em
uma entrada de caverna.
A conhecida estrela de sete pontas está gravada
profundamente em sua superfície, posicionada
de forma proeminente na seção mais alta do arco.
Ossos repousam em pilhas congeladas ao longo
das áreas visíveis da escadaria.
Cada degrau tem aproximadamente 45 cm de
altura e 90 cm de profundidade, com uma lar-
gura média de 7 metros. A escadaria serpenteia
para frente e para trás, subindo 60 metros até a
entrada da caverna acima (área C1).
Ossos gelados cobrem a longa escadaria,
são restos descartados de centenas de anos de
refeições consumidas pelo dragão branco que
fica à espreita, perto do topo da montanha que
ele reclamou para si. Na maior parte, os detri-
tos esqueléticos estão congelados nos degraus,
os ossos e equipamentos aleatórios de antigos
transeuntes, estão desgastados e quebradiços,
maltratados por eras de geada e vento frio.
O patamar é de aproximadamente 12 metros de
largura e 10 metros de comprimento do topo dos
degraus até a boca da caverna. Os ventos fortes que
sopram pela montanha nessas alturas impõem -2
em ataques à distância e rolagens de Perceber.
A superfície do patamar é revestida em
alguns lugares por uma fina camada de geada,
mas isso não afeta o movimento.
Além da escada, há uma pequena caverna que
contém não apenas a entrada de Forjarrúnica,
mas que também serve como covil do dragão.
Um par de antigos guardiões ainda vigia
as escadas que levam à entrada da caverna.
Qualquer pessoa que suba essas escadas ime-
diatamente atrai sua atenção. Esses guardiões
são dois elementais da terra anciões, presos às
escadas por magia antiga.
26
Os elementais permitem que qualquer um
que use abertamente a Sihedron (seja uma
tatuagem, um medalhão de Sihedron ou
qualquer outra coisa) passe livremente, mas
quaisquer outros intrusos avistados nas esca-
das são atacados. Observe que aqueles que
voam ou evitam pisar nas escadas podem
escapar completamente da ira dos elementais.
• Elementais da Terra Anciões (2): Veja a
seguir.
ELEMENTAL DA TERRA ANCIÃO.
Tipo: Extraplanar Neutro (Elemental da Terra)
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4,
Espírito d8 Força d12+4, Vigor d8
Perícias: Atletismo d6, Furtividade d6,
Lutar d10, Ocultismo d8, Perceber d8
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 16 (2)
Vantagens: Varredura
Habilidades Especiais:
„ Armadura +2: Corpo rochoso.
„ Bater: For+d6, PA 2.
„ Cavar (5 quadros): Elementais da terra
podem se fundir ao solo.
„ Elemental: Ataques Localizados não
provocam dano extra; ignoram 1 ponto de
penalidades de Ferimento; não respiram,
imune a doenças e veneno; ignora
penalidades de Iluminação a até 10 quadros.
„ Esmagar: Elementais anciões ignoram até 4
pontos de penalidades por Escala quando
atacam com seu bater.
„ Imunidade: Imune a ataques baseados em
terra (incluindo pedras atiradas ou poderes
com Manifestações de terra, lama, pedra ou
areia).
„ Maestria da Terra: Elementais da terra
recebem uma rerrolagem em ataques e
dano, se ambos, ele e o seu alvo, estiverem
tocando o solo.
„ Tamanho 8 (Enorme): Elementais da terra
anciões têm 12 metros de comprimento e
pesam 30 toneladas. Podem receber dois
Ferimentos extras.
TÁTICAS
Cada elemental tenta forçar os oponentes a
recuarem da boca da caverna. Em cada ataque,
os elementais usam Ataque Desesperado ou
 Parte Dois: Procurando Forjarrúnica
Ataque Selvagem. Se possível, os elementais
tentam empurrar oponentes para fora do pata-
mar (veja Empurrar no Pathfinder para Savage
Worlds), seja sobre o corrimão de pedra (isso
dá aos heróis e heroínas +2 em suas rolagens
opostas) ou descendo os degraus.
Heróis e heroínas empurrados pelas escadas
íngremes não sofrem dano, mas o desloca-
mento do empurrão pode fazê-los despencar
borda abaixo — uma queda de até 60 metros
(10d6+ 10 de dano), dependendo da altura da
escadaria em que a vítima estava.
Os elementais lutam até a morte.
C1 DECLIVE MORTAL
Duas estátuas de quatro metros de altura ladeiam
o grande túnel aqui. Cada uma mantém uma mão
erguida como se quisesse afastar intrusos e segura
uma pesada espada com a outra.
A estátua no lado oeste do túnel é uma ilusão
permanente que marca o início de uma saliência
invisível que contorna com segurança a perigosa
encosta e desce para a caverna além. Embora a
borda seja invisível, pedaços de poeira, neve e
escombros em seu comprimento tornam possí-
vel detectá-la com uma rolagem de Perceber.
A encosta é gelada, e qualquer tentativa de
avançar mais para o norte requer uma rolagem
de Atletismo. Uma falha crítica indica uma
queda, com a vítima deslizando para o norte a
uma velocidade igual a sua velocidade em terra e,
eventualmente, para a garganta aberta na área C2.
CONSEQUÊNCIAS
Se Arkrhyst fugir para seu covil para escapar
da batalha do lado de fora, ele segue para a área
C3 e aguarda o grupo conforme detalhado nas
Consequências daquela área.
C2 AS QUEDAS DE GELO
A encosta termina na beira de um abismo de
escuridão. Enormes pingentes de gelo pendem
do teto e espirais de névoa se elevam do
abismo abaixo.
A saliência oculta que começou na área C1 tor-
na-se uma rampa circundando as paredes deste
abismo, fornecendo uma rota segura para a área
C3 abaixo. A garganta tem 90 metros de profun-
didade, abrindo-se eventualmente na área C3.
Uma personagem deslizando pela rampa da área
C1 pode fazer uma única rolagem de Atletismo
para se agarrar a borda do abismo antes de cair.
C3 CATEDRAL CONGELADA
As paredes desta caverna brilham e cinti-
lam com camadas de gelo. Sete pilares de
seis metros de altura, seus lados incrusta-
dos de gelo e gravados com antigos glifos e
runas, cercam um oitavo pilar com o dobro
do tamanho.
Os túneis saem da caverna central, serpen-
teando mais fundo na montanha. No entanto,
talvez a característica mais notável seja o
monte cintilante de moedas, obras de arte,
pedras preciosas, joias, armas, armaduras e
outras coisas que surgem da pilha que ocupa a
seção noroeste da caverna.
Esta caverna já foi o eixo central da construção
original de Forjarrúnica, antes que os guardas
completassem o último ritual e levassem o com-
plexo e grande parte da pedra ao redor para seu
próprio semiplano. Tudo o que eles deixaram
para trás foram os pilares de pedra — a entrada
para Forjarrúnica. Claro que nos últimos séculos,
a câmara também serviu como covil de Arkrhyst.
Os sete pilares que cercam o pilar central
estão marcados com centenas de runas tassi-
lônicas — fórmulas arcanas que descrevem os
princípios básicos de uma das sete escolas de
magia da Tassilônia. Os sete pilares formam as
pontas de uma enorme Sihedron e uma rolagem
de Perceber revela um pequeno buraco de fecha-
dura escondido a um metro e meio do chão em
cada pilar, de frente para o monólito central.
Se a chave apropriada do Círculo externo de
Sihedron for colocada no buraco de fechadura
do pilar apropriado e depois girada em duas
voltas completas (a direção não importa), o
pilar começará a zumbir e a brilhar suavemente.
Uma vez que o pilar esteja brilhando, sua
chave desaparece (retornando ao Plano Etéreo
27
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
em um ponto correspondente à face correta no
Círculo de Sihedron do lado de fora). O pilar con-
tinua a brilhar por uma hora antes de desaparecer,
momento em que a chave deve ser recuperada de
sua estátua novamente para reativá-la.
Se todos os sete pilares estiverem ativos
ao mesmo tempo (a ordem de ativação não
importa), o pilar central começa a ondular
com um vórtice de luz que combina todas as
sete cores ao redor. Na base do pilar, o vórtice
gira em torno de si mesmo como um redemoi-
nho alinhado verticalmente, abrindo-se em
um portal circular de dois metros de largura
através do qual um longo túnel pode ser visto
vagamente. Qualquer um que passe por este
portal entra em Forjarrúnica, aparecendo na
área D. Este é um portal de mão única.
CONSEQUÊNCIAS
Se Arkrhyst escapar para seu covil depois de
um combate com o grupo, ele sabe que eles pro-
vavelmente não estarão muito atrás. Ele passa
várias rodadas bebendo poções de seu tesouro
para curar seus ferimentos. Uma série de prote-
ções mágicas na área C1 são acionadas quando
mais alguém entra na área. Quando isso acon-
tece, ele abandona seu tesouro e escapa para um
dos túneis laterais para se esconder e observar.
Ele mal consegue conter sua raiva se avistar
os heróis e heroínas saqueando seu tesouro, mas
percebe que é melhor aguardar por enquanto,
se recuperar de seus ferimentos e emboscar o
grupo mais tarde para retomar seu tesouro. Se
ele ver os heróis e heroínas ativarem e entrarem
no portal para Forjarrúnica, ele espera alguns
minutos antes de segui-los lá para dentro.
C4 TÚNEIS
Esses grandes e numerosos túneis interconec-
tados levavam a dezenas de câmaras menores
esculpidas na rocha antes que a Forjarrúnica
fosse levada para seu próprio semiplano dis-
tante. As câmaras além são pouco mais do que
vastas cavernas vazias que uma vez abrigaram
os complexos de cada facção da Forjarrúnica.
A presença de Arkrhyst na área C3 impediu
que outras criaturas se mudassem para essas
cavernas vazias.
28
C5 TESOURO DO DRAGÃO
TESOURO
Esta enorme pilha de tesouro consiste em
39.500 pc, 9.410 pp, 3.500 po e 250 pl. Mistu-
rado com as moedas estão tapeçarias, pequenos
móveis feitos de madeiras preciosas, delicadas
peças de joalheria e belas obras de arte, talhe-
res e candelabros, seis tochas de chama eterna
e várias caixas decorativas transbordando de
peças de joalheria, acrescentado um total de
16.000 po ao montante por esses itens.
Enterrado nas moedas está uma aljava de
14 flechas obra-prima e duas flechas Matado-
ras (Dragão), um cinto da força física maior
(Força), uma caixa contendo uma almofada
de feltro com seis depressões redondas, cada
uma contendo uma pedra-trovão, um con-
junto de braçadeiras de armadura maior
(feitas de marfim), um escudo leve (Desviar
Flechas, Deflexão) esculpido com o símbolo de
Kyonin em sua face, um carrilhão de abertura
(5 cargas), uma língua flamejante, uma arma-
dura de placas completa decorada com corvos
de ônix empoleirados nos ombros (cada corvo
vale 200 po), um peitoral de aço (+5, Égide, For-
tificação) com uma decoração de lobo, 6 frascos
de água benta congelada, uma pérola do poder
(Novato), 17 poções de cura, nove poções de
cura Maior, duas camisas de cota de malha de
mithral (+4, Égide), um pergaminho de dissipar,
um pergaminho de cura, um pergaminho de
ajuda, uma varinha de aumentar Característica
(Vigor) (15 cargas; Conjurar), uma varinha de
cura (18 cargas; Fé), uma varinha de raio com
PA 4 (míssil mágico; 8 cargas; Conjurar) e um
martelo de guerra de adamante (Precisão).
PREMIAÇÃO DE PROGRESSO!
Ganhar acesso a Progressos dá aos heróis e
heroínas seu décimo quinto avanço.
 ParteTrês:ForjarrúnicaEOsSalõesDosAbjuradores

PARTE TRÊS: FORJARRÚNICA E OS

SALÕES DOS ABJURADORES
Forjarrúnica é construída como um eixo central cercado por sete alas, cada
uma das quais está associada a uma das sete escolas de magia da Tassilônia.
Claro que nos 10.000 anos em que Forjarrúnica foi cortada do mundo
exterior, os guardiões e habitantes dessas alas afundaram ainda mais nos
pecados associados a essas escolas de magia. Forjarrúnica não é mais um
lugar de aprendizado. É um campo de batalha.

O
caminho para o portal atravessa um túnel
de pedra de 4 metros de largura. Quando
o portal se fecha, este túnel se torna um
beco fechado, sem nada que indique uma saída
— o portal não pode ser aberto deste lado.
Para escapar, os heróis e heroínas precisam
confiar em sua própria magia (viagem planar
funciona, neste caso, assim como banir) ou
encontrar um dos portais de retorno desativa-
dos em Forjarrúnica, reativá-lo e usá-lo para
retornar a Varísia.
CARACTERÍSTICAS DE
Não há proteções contra a viagens planares
de ou para Forjarrúnica, mas devido às suas
propriedades especiais, é preciso visitar a mas-
morra através de métodos alternativos para se
sintonizar a sua ressonância antes de ser capaz
de viajar para ela através de viagem planar.
Tentativas de se mover através da pedra ao
redor, seja por magia ou realmente escavando
túneis, revela que Forjarrúnica está contida
em um vazio de entropia perigosa. A esfera de
pedra que contém Forjarrúnica tem um raio
(a partir do centro da área D) de 1,5 km. Além
disso há um turbilhão de não-existência, um
vazio negro que se estende eternamente con-
tendo nada além de ar.

FORJARRÚNICA Uma criatura incapaz de voar cai no vazio e

Forjarrúnica foi criada no Plano Material, mas
na verdade não existe lá — o complexo é um
semiplano independente. No entanto, Forjar-
rúnica segue muitas das “regras” do Plano
Material (como a gravidade e o tempo) como
se o complexo ainda fizesse parte dele.
Embora o semiplano não faça parte de Gola-
rion, ele retém um eco sombrio do magnetismo
do mundo e, portanto, as bússolas ainda detec-
tam e apontam para um polo norte fantasma.
Você não pode alcançar Forjarrúnica a partir do
Plano Material através de teleporte, nem pode
escapar dela dessa maneira.
continuará caindo para sempre. Teleporte pode
salvar a pobre alma desse destino, desde que
ela se teleporte de volta para Forjarrúnica.
Alvenaria Tratada Magicamente: As pare-
des, pisos e tetos de Forjarrúnica são feitas de
pedra que foi tratada magicamente (Dureza 18
e várias horas de trabalho).
Sustento: Forjarrúnica sustenta aquelas pes-
soas dentro de suas paredes constantemente,
mantendo-as nutridas e renovando o corpo
e a mente. Nenhuma criatura precisa comer,
beber ou dormir em Forjarrúnica, exceto por
prazer. O ar é constantemente renovado em
Forjarrúnica (com exceção do Labirinto Puru-
lento) — o suprimento de ar no complexo

29
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
nunca acaba, apesar do fato da masmorra ser
totalmente fechada.
Sem Escapatória: Visitantes de Forjarrú-
nica podem sair usando viagem planar, sendo
submetidos a banir ou usando um portal inde-
pendente (como o da área K6). No entanto,
todos os habitantes encontrados em For-
jarrúnica viveram tanto tempo neste reino
curioso que não podem escapar através desses
métodos — Forjarrúnica os prende e, como
resultado, todos tratam a masmorra como seu
plano de origem.
PECADOS EM FORJARRÚNICA
Além de serem capazes de ignorar alguns
efeitos e serem mais suscetíveis a outros, em
Forjarrúnica, pecadores se sentem mais bem-
-vindos e inspirados em uma ala da masmorra
associada ao seu pecado. Infelizmente, isso
também significa que em outras duas alas,
sentem-se indesejados e oprimidos. Consulte
o Apêndice no final de Oferendas Queimadas
para determinar os pecados de cada herói e
heroína e use a tabela abaixo para ver os peca-
dos opostos.
PECADOS E PECADOS
OPOSTOS
PECADO PECADOS OPOSTOS
Inveja Gula, Ira
Gula Inveja, Luxuria
Avareza Luxuria, Orgulho
Luxúria Gula, Avareza
Orgulho Avareza, Preguiça
Preguiça Orgulho, Ira
Ira Gula, Preguiça
Em uma ala aliada (como o Cofre da Avareza
para uma personagem avarenta), as persona-
gens ganham +1 em rolagens de Característica.
Este bônus não está incluído nos perfis das cria-
turas encontradas em Forjarrúnica. Criaturas
sem mente, como um golem, não ganham esses
bônus, nem sofrem penalidades nas alas opos-
tas se elas se moverem para uma área diferente
do complexo.
30
Em uma ala oposta (como as Gaiolas de
Ferro da Luxúria ou o Véu Cintilante para
uma personagem avarenta), as personagens
subtraem 1 de todas as rolagens de Caracterís-
tica. Conforme está escrito, nenhuma criatura
é encontrada nas alas opostas nesta aventura,
mas no caso de alguém se mover (como Del-
vahine perseguindo inimigos das Gaiolas de
Ferro da Luxúria para as Criptas Vorazes), não
se esqueça de remover o bônus e aplicar as
penalidades para aquela criatura também.
D A FORJARRÚNICA
Esta câmara abobadada tem quase sessenta
metros de diâmetro. Uma grande fonte de
líquido prismático borbulhante ocupa o centro
de um estrado elevado no meio da câmara.
As bordas pontiagudas da Sihedron de sete
pontas estão gravadas no piso de mármore.
Cada ponta da enorme runa aponta para uma
estátua de seis metros de altura de frente para
a fonte, com as costas a aproximadamente três
metros de uma abertura arqueada parcialmente
oculta na parede logo atrás dela.
Cada estátua retrata uma figura dife-
rente, mas todas são imperiosas e finamente
detalhadas.
Este é o centro de Forjarrúnica e a localização
de sua homônima — a fonte de forjarrúnica.
Os habitantes de Forjarrúnica usavam tal
fonte como um meio para se comunicar com
os lordes rúnicos, mas o seu uso principal era a
têmpera de itens mágicos recém-criados. Com
a fonte de forjarrúnica, os magos poderiam
criar itens mágicos com muito mais eficiência
e rapidez.
As sete estátuas ao redor da piscina são dos
sete lordes rúnicos. Quando usado para entrar
em contato com um lorde rúnico, as águas
da fonte de forjarrúnica fluíam para ungir a
estátua apropriada, que poderia então ganhar
vida e falar com aqueles reunidos na sala. As
próprias estátuas são feitas da mesma pedra
magicamente aprimorada das paredes de For-
jarrúnica e, se destruídas, são refeitas 24 horas
depois pela fonte de forjarrúnica.
 ParteTrês:ForjarrúnicaEOsSalõesDosAbjuradores

O COFRE DA AVAREZA
O LABIRINTO PURULENTO DA
AS CRIPTAS VORAZES PREGUIÇA
DA GULA
D1

E3
D7 D2

OS SALÕES DA
IRA D6
D D3 OS SALÕES DOS
ABJURADORES DA
N D5

PARA O
D4 E1 INVEJA

PORTÃO DO
PORTAL E2

OS VÉUS E4
CINTILANTES DO
ORGULHO AS GAIOLAS DE FERRO
DA LUXÚRIA

FORJARRÚNICA 1 QUADRO = 2 METROS

Quando Mokmurian acordou Karzoug emaranhada de memórias e visões de eventos

vários anos atrás, as águas desta fonte reagi-
ram queimando e borbulhando com maior
vitalidade, alertando os ocupantes de Forjarrú-
nica de que algo estava acontecendo. Depois de
passar os últimos milhares de anos definhando
em um crescente marasmo, os habitantes foram
revitalizados e começaram a realizar esquemas
e tramas de centenas de anos em antecipação
ao que eles acreditam ser a segunda vinda de
Forjarrúnica.
A trama começou de verdade quando os
mestres dos Salões dos Abjuradores da Inveja
tentaram reivindicar o controle da fonte de
forjarrúnica, um ato que mobilizou a retaliação
coordenada das outras facções sobreviventes.
Isso resultou na completa erradicação e colapso
dos Salões dos Abjuradores.
A trégua de curta duração foi rapidamente
quebrada e, desde então, esses poderosos
lacaios se concentraram em reforçar suas defe-
sas e aumentar seu poder.
As águas borbulhantes e prismáticas da
fonte de forjarrúnica se alternam entre doloro-
samente quentes e geladas ao toque, mas não o
suficiente para causar danos. Além disso, aque-
les que tocam as águas recebem uma colagem
que ainda estão por vir.
Todos os cinco sentidos são atacados pelo
potencial mágico da fonte, e a cada rodada em
que uma pessoa permanece em contato com
as águas, ela deve fazer uma rolagem de Espí-
rito ou sofrerá um ponto de Fadiga. As águas
da fonte têm outros usos, principalmente na
criação de itens mágicos; esses detalhes são
apresentados no Apêndice deste livro.
As sete estátuas na área D são as seguintes.
 D1  KARZOUG: Um homem imponente
com pedras preciosas na testa e nas mãos, ves-
tido com mantos e empunhando uma glaive em
chamas.
 D2  KRUNE: Um homem baixo e sorri-
dente com nariz adunco e olhos pequenos e
brilhantes, vestindo mantos e empunhando
uma lança.
 D3  BELIMARIUS: Uma mulher corpu-
lenta com um rosto zombeteiro e uma postura
imperiosa, usando um vestido esvoaçante e
empunhando uma alabarda.

31
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
 D4  SORSHEN: Uma mulher voluptuosa
com um olhar sedutor, olhos grandes e longos
cabelos esvoaçantes; essa estátua está nua e
empunha um guisarme de duas cabeças.
 D5  XANDERGHUL: Um homem extraor-
dinariamente bonito, adornado com uma barba
aparada e uma expressão encantadora; seu
corpo está vestido com roupas extravagantes
e empunha um martelo lucerno.
 D6  ALAZNIST: Com uma beleza gótica,
cabelos selvagens e uma expressão um tanto
insana, essa mulher usa um vestido longo e
esvoaçante e empunha um ranseur farpado.
 D7  ZUTHA: Um homem corpulento, com
sua carne podre em algumas partes de modo
que os ossos aparecem, vestindo uma túnica
esfarrapada e empunhando uma foice
ALCANÇANDO AS SETE ALAS
As sete alas de Forjarrúnica irradiam da câmara
central no mesmo sentido da Sihedron. Um
oitavo túnel se estende de volta para o portal
que liga Forjarrúnica ao Plano Material, embora
uma vez que o portal se feche em Golarion, ele
não possa ser aberto novamente deste lado.
Cada um desses túneis se estende por 60
metros da borda da câmara central antes de
chegar à asa de Forjarrúnica localizada na
extremidade do túnel de 4 metros de largura.
A única exceção a isso era o túnel que outrora
levava aos Salões dos Abjuradores da Inveja —
este túnel tem apenas metade do cumprimento
antes de chegar à primeira câmara desta ala de
Forjarrúnica.
O lorde rúnico associado a esta ala queria
que ela ficasse mais próxima da câmara central.
Os outros lordes rúnicos permitiram, mesmo
porque o lorde rúnico da Inveja tradicional-
mente era um dos menos poderosos, e, sendo
assim, os outros não se preocuparam em con-
ceder essa demanda.
32
GATILHOS DE PECADO
Antes que os heróis e heroínas passem do centro
de Forjarrúnica para as alas ao redor, reserve
alguns momentos para registrar algumas ano-
tações sobre os pecados de cada aventureiro ou
aventureira em um pedaço de papel. Várias
armadilhas, efeitos e criaturas em Forjarrúnica
têm a incrível capacidade de detectar o pecado
em um intruso e, ao fazê-lo, reconhecer esses
intrusos como possíveis aliados.
Originalmente, essas proteções foram
projetadas para detectar os poderes de uma
personagem em cada escola de magia, para
que alguém habilidoso em magia de evocação,
por exemplo, se sentisse bem-vindo e seguro
naquela área, enquanto outros experimenta-
riam maiores dificuldades.
Ao longo da campanha, você teve a chance
de conhecer bem os heróis e heroínas. Se você
estiver registrando os pontos de pecado (veja
o Apêndice em Oferendas Queimadas), determi-
nar o pecado mais forte de cada herói e heroína
deve ser simples. Registre o nome de cada
herói heroína e qual dos sete pecados capitais
a personalidade dessa personagem representa
mais fortemente.
Esses aventureiros e aventureiras ganham
certos bônus e penalidades enquanto estiverem
em alas específicas de Forjarrúnica. Além disso,
certas armadilhas não afetam os “pecados alia-
dos”, e algumas das criaturas provavelmente
reagirão mais favoravelmente àqueles que
acreditam serem aliados.
Certamente é provável que você tenha
heróis e heroínas que não sejam pecadores ou
que sejam honestamente virtuosos. Em qual-
quer um desses casos, simplesmente deixe
seus pecados em branco — essas personagens
descobrem que, embora não haja uma ala de
Forjarrúnica onde eles se sintam particular-
mente bem-vindas, elas também não recebem
penalidades por estarem em uma ala que se
opõe aos seus pecados.
 ParteTrês:ForjarrúnicaEOsSalõesDosAbjuradores
OS SALÕES DOS ABJURADORES
A maior parte desta área foi destruída e arrui-
nada durante uma guerra relativamente
recente, quando os Guardiões da Inveja tenta-
ram assumir o controle da fonte de forja rúnica
recém-desperta.
As paredes sobreviventes deste complexo
são decoradas com murais e, onde não estão
horrivelmente chamuscadas e manchadas de
fuligem, revelam cenas de magos adornados
com joias em mantos azuis-acinzentados ador-
nados com runas antigas reprimindo energia
mágica, contrariando os feitiços de magos
rivais e combinando seus poderes para domar
grandes dragões e gigantes escamosos.
Qualquer um que estude os murais pode
fazer uma rolagem de Ocultismo para identi-
ficar os gestos somáticos dos magos de manto
nos murais como componentes de poderosas
magias de abjuração. Se os heróis e heroínas
não reconhecerem a runa da Inveja retratada
nos murais, eles podem fazer uma rolagem de
Ocultismo para identificá-la.
Os túneis e câmaras sobreviventes aqui são
de pedra lavrada. As partes do complexo que
desmoronaram foram absorvidas e recicladas
na pedra ao redor do semiplano — tentativas
de desenterrar as salas desmoronadas estão
destinadas ao fracasso, pois essas salas não
existem mais.
E1 UMA MENSAGEM DE ALERTA
A aproximação de uma personagem não inve-
josa desencadeia um feitiço ao entrar nesta área
vindo da direção da área D, seja voando ou a
pé. Se o feitiço for acionado, leia ou parafraseie
o seguinte.
Uma voz ressoa um comando retumbante:
“Pare!” A fonte é uma grande boca humana
sem corpo esticada no teto desta seção do túnel.
Ele continua: “Estes são os Salões dos Abju-
radores do Esforço Ambicioso. Saiba que seus
poderes serão esmagados e você morrerá! Você
não é digno!”
Os Mestres Abjuradores da Inveja despre-
zavam qualquer um que tivesse um pingo de
poder pessoal que pudesse ser interpretado
como uma ameaça aos seus próprios. Eles se
esforçavam para esmagar todos esses seres com
poderosas abjurações e feitiços de disrupção se
não pudessem arrancar o poder de seus inimi-
gos. Sem surpresa, essas práticas ganharam a
ira conjunta do restante de Forjarrúnica.
E2 A CÂMARA DE DISJUNÇÃO
VINGATIVA
Uma ampla escadaria de pedra desce para uma
grande câmara parcialmente desmoronada. Os
murais e baixos-relevos decorativos nas paredes
foram explodidos e fraturados no que deve ter
sido uma guerra mágica titânica.
Ossos humanoides cobertos de fuligem estão
espalhados aqui e ali, e chamas piscam espora-
dicamente ao longo das paredes e do chão, como
se a sala ainda ressoasse com o poder liberado
aqui. Descargas elétricas faíscam de um bastão
de prata que se projeta do chão no centro da sala
— quase parecendo que o bastão se fundiu com
a pedra do chão.
O bastão de prata era uma das armas típicas
carregadas pelos Mestres Abjuradores da
Inveja: um bastão de absorção. Infelizmente,
este bastão de absorção está muito danifi-
cado e como resultado os outros habitantes de
Forjarrúnica aprenderam a evitar esta sala. A
poderosa magia armazenada dentro dele e a
energia que ressoava nesta câmara o tornaram
instável e irreparável.
PULSO DE DISJUNÇÃO
Tipo: Mágica; Teste de Perceber: Não; Teste
de Ladinagem: Sim, com -2
Gatilho: A cada cinco minutos, o bastão
gera um pulso de energia de abjuração (leva
cinco minutos para armazenar uma carga). Este
pulso é precedido por uma rodada do som
de zumbidos furiosos e estálidos crepitantes.
Quando a energia armazenada é liberada, uma
33
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
disjunção explode na sala. Qualquer pessoa
atingida pela explosão deve fazer uma rolagem
de Espírito com −2 ou um de seus itens mágicos
(escolhidos aleatoriamente) fica permanente-
mente inerte. Esta explosão de disjunção irradia
do cajado com defeito e preenche a sala. Isto
não tem efeito sobre as qualidades mágicas ao
redor de Forjarrúnica.
Quando os heróis e heroínas visitam esta
sala pela primeira vez, o bastão está a 1d6 + 4
rodadas de liberar um pulso de disjunção. Se
o bastão com defeito for desarmado, a magia
desaparece da armadilha inofensivamente, mas
se a rolagem de Ladinagem sofrer uma falha
critica, ele aciona seu pulso antecipadamente.
Da mesma forma, o bastão aciona um pulso
toda vez que é empurrado ou alvejado por uma
magia ou outro efeito. Dissipar o deixa inerte
por 1d4 rodadas. Se a armadilha for acionada
antes de ter tempo de armazenar uma carga, a
rolagem de Espírito ganha um bônus de +2.
E3 A PISCINA DE ETHILLION
Lanternas decorativas iluminam esta sala
quase vazia. Um caminho ladrilhado nas lajes
de granito conduz da entrada até três degraus
que levam a uma superfície espelhada.
A depressão circular forma um anel de degraus
que descem para o que parece ser uma grande
piscina cheia de mercúrio. Este líquido metálico
é uma substância rara inventada pelos Lordes
Abjuradores – eles o chamavam de ethillion.
Quando devidamente tratado (esse pro-
cesso requer vários abjuradores habilidosos
e muito tempo), ethillion filtra a magia de
qualquer objeto com o qual entre em contato,
armazenando essa magia para ser colhida
posteriormente para ajudar na criação de
itens mágicos.
Ethillion também é um dos componentes
necessários para criar uma arma rúnica na
fonte de forjarrúnica — veja Armas de Poder
para mais detalhes.
TESOURO
A pequena quantidade de ethillion restante na
piscina pode ser um poderoso benefício para o
34
grupo. Restam doses o suficiente de ethillion na
piscina para encher uma dúzia de frascos – o
ethillion pode ser transportado com segurança
em qualquer coisa que possa transportar água.
Uma personagem que beba um frasco da
substância torna-se infundida com potenciali-
dade mágica e ganha um bônus de +2 em sua
próxima rolagem de perícia feita para criar
um item mágico. Múltiplas doses de pilha de
ethillion são cumulativas; os efeitos persis-
tem até que a pessoa que bebeu tente criar um
item mágico.
Uma personagem pode usar um frasco
de ethillion como um componente material
adicional para qualquer magia de abjuração,
adicionando +2 ao total da magia.
Como o ethillion remanescente nesta pis-
cina já foi “carregado”, ele não possui mais
a capacidade de drenar magia dos itens que
toca. O segredo de criar ethillion morreu com
os Lordes Abjuradores, mas se pudesse ser
redescoberto, ethillion descarregado drenaria
em 24 horas a magia de um item que ficasse
mergulhado nele.
Um item cujo contato com o ethillion seja
interrompido antes desse prazo se recupera
rapidamente. Um item deixado para ser dre-
nado torna-se não-mágico e resulta na criação
de um uso de ethillion para cada 5.000 po no
valor total do item drenado. Itens com valor
inferior a 5.000 po devem ser combinados
com itens adicionais para elevar o custo a um
valor combinado mínimo de 5.000 po antes
que possam ser usados para
​​ criar uma dose de
ethillion.
Uma única dose de ethillion vale 2.500 po.
E4 CÂMARA IMUNDA
Há grossas camadas de lodo em poças ao
longo do chão desta sala, e o ar carrega um
fedor esmagador de mostarda e vinagre de
fazer os olhos lacrimejarem.
Originalmente uma sala de guarda, esta
câmara tornou-se o covil de uma gosma
mortal e perversa que veio deslizando de
uma ala vizinha — o Labirinto Purulento da
Preguiça. Limos rastejando daquele labirinto
 ParteTrês:ForjarrúnicaEOsSalõesDosAbjuradores
para outras alas de Forjarrúnica não são uma
ocorrência incomum, mas a maioria deles é
relativamente fraca e são rapidamente abatidos.
O habitante desta sala não é apenas uma
gosma mostarda mortal (uma variante mais
perigosa e mais venenosa da gosma ocre), mas
uma infundida com as energias abissais que
jazem tão densamente no Labirinto Purulento.
A gosma mostarda demoníaca é muito mais
inteligente do que a maioria dos limos, mas
não é particularmente ambiciosa — ela deseja
pouco mais do que chafurdar e se espalhar
nesta câmara. O limo e o lodo nesta sala são
resíduos excretados das refeições periódicas
da gosma — enquanto Forjarrúnica ajuda a
manter a gosma viva, ela gosta de caçar outros
alimentos de vez em quando — particular-
mente na busca semi-canibal de outros limos
no Labirinto Purulento da Preguiça.
P Gosma Mostarda Demoníaca: Veja a
seguir.
P GOSMA MOSTARDA DEMONÍACA
Tipo: Limo Maligno (Gosma Mostarda)
Atributos: Agilidade d12, Astúcia d6,
Espírito d10, Força d12+2, Vigor d12+2
Perícias: Atletismo d10, Furtividade d12,
Lutar d10, Perceber d10
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 14 (3)
Vantagens: Resistência Arcana
Habilidades Especiais:
„ Absorção de Energia: Uma gosma mostarda
é imune a eletricidade e raio. Se for alvo de
tais efeitos, torna-se Resiliente por uma hora
(ou Muito Resiliente, se for alvo novamente
enquanto Resiliente).
„ Armadura +3: Resistência abissal.
„ Destruir o Bem: Uma criatura demoníaca
pode refazer jogadas de ataque malsucedi-
das contra criaturas boas.
„ Divisão: Como uma ação, uma gosma
mostarda pode se dividir em duas gosmas
idênticas, cada uma com um Ferimento a
menos que a original. Uma goma mostarda
com zero Ferimentos não pode se dividir.
Quando dividida, cada gosma se desloca
com Movimentação 7.
„ Gás Tóxico: Uma gosma mostarda exala
uma aura de gás tóxico em uma área de 4
metros de raio. Uma criatura nesta área deve
fazer uma rolagem de Vigor com −1 a cada
rodada ou sofrerá lentidão (como em moro-
sidade) enquanto permanecer na área e por
mais uma rodada adicional. Este é um efeito
de veneno.
„ Limo: Ignora penalidades de invisibilidade e
Iluminação; imunes a ácido, veneno, parali-
sia, sono, atordoar, cegar, Intimidar, Provocar,
fantoche; não dorme.
„ Pancada: For+d6 de dano ácido.
„ Resistência Ambiental: Fogo, frio.
„ Tamanho 2: Uma gosma mostarda demo-
níaca tem cerca de 2,10 m de altura e pesa
cerca de 500 quilos.
TÁTICAS
A gosma mostarda demoníaca espera até que
alguém tente entrar mais de 2 metros na sala
para atacar, e luta até a morte.
TESOURO
Antes da queda dos Salões dos Abjuradores,
esta sala servia como câmara de guarda para
um pequeno contingente de soldados alta-
mente treinados. Uma rolagem de Perceber
com −2 revela um painel escondido na parede
norte, com uma alavanca atrás dele e um
pequeno estoque de poções.
A alavanca era usada para acionar um alarme
nos Salões dos Abjuradores (não funciona
mais), as poções, por sua vez, foram guardadas
para emergências. Muitas foram consumidas,
mas ainda restam 3 poções de cura maior e uma
poção de velocidade maior.
35
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

PARTE QUATRO: AS CRIPTAS VORAZES

As criptas vorazes da gula foram encomendadas pelo lorde rúnico de Gastash
para servir a dois propósitos. Primeiro, as criptas criariam um lugar para os
maiores nobres e necromantes daquela terra descansarem. E em segundo lugar,
e mais importante, serviriam como um lugar para os agentes do lorde rúnico
da gula pesquisar e aperfeiçoar novos métodos estranhos de necromancia.
Durante o auge da Tassilônia, os nobres e os necromantes mortos enviados
para cá eram, de fato, também usados como​​ matéria-prima. Com a queda da
Tassilônia, essas linhas de abastecimento foram subitamente cortadas.

N
os milhares de anos desde a queda da
Tassilônia, os necromantes das Criptas
Vorazes tiveram um problema — sem
um fluxo constante de novos corpos, eles
rapidamente ficaram sem mortos frescos para
trabalhar.
Os necromantes inicialmente se voltaram
para as outras alas, atacando-as e tentando
ceifar outros alunos para suprimentos necro-
mânticos, mas as outras alas se mostraram
muito bem defendidas. No final, os necro-
mantes sucumbiram ao seu próprio pecado
da gula e efetivamente se tornaram canibais,
virando-se uns contra os outros em busca de
matérias-primas.
Não demorou muito para um necromante
vencer esta guerra — o lich Azaven. Ao longo
dos últimos milhares de anos, os avanços de
Azaven na necromancia diminuíram até quase
pararem e as criptas há muito se esvaziaram de
mortos. Seus maiores triunfos necromânticos
estão nas criptas agora, mas o próprio Azaven
mergulhou no esquecimento introspectivo.
Isso mudou com o despertar da forjarrúnica.
Depois de participar da destruição dos Salões
dos Abjuradores, Azaven conseguiu colher
um novo suprimento de mortos e está em pro-
cesso de revitalização de seus experimentos.
Ele passa todo o seu tempo em seu laboratório,
mas as criptas estão longe de serem seguras.
A Cripta Voraz é primorosamente trabalhada.
Os arcos são elaboradamente esculpidos com
padrões artísticos impressionantes. Os tetos
têm 3 metros de altura nos corredores, todos
adornados com molduras decorativas incrusta-
das com anjos de prata. As câmaras geralmente
são arqueadas ou abobadadas à uma altura de 6
metros e cobertas com belos afrescos e mosaicos
representando homens e mulheres adormeci-
dos, cuidados por querubins e acalmados por
cantores e músicos angelicais. Os pisos são
cobertos com lajes lisas e revestidas com ladri-
lhos de cerâmica embutidos em vários padrões
decorativos. Todas as portas são feitas de ferro.
As Criptas Vorazes estão sob um poderoso
efeito de profanação; todos os mortos-vivos
dentro das criptas foram criados aqui e, sendo
assim, todos ganham um bônus de +1 nas rola-
gens de ataque e dano. Esses bônus não estão
incluídos em seus blocos de estatísticas.
Essa profanação é fornecida por centenas de
aparições presas nas paredes, teto e piso das
criptas. Como resultado, todas as superfícies
de pedra nas criptas são frias ao toque. Sempre
que qualquer efeito danificar ou romper as
paredes de pedra dessas criptas, 1d6 aparições
são liberadas na área e imediatamente atacam
qualquer criatura viva que sentirem.
Observe que feitiços de dano de área não
são suficientes para desencadear a liberação
de espectros — apenas feitiços direcionados

36
 Parte Quatro: As Criptas Vorazes

AS CRIPTAS VORAZES
1 QUADRO = 2 METROS
F7
F4

N
E E E
E E

PARA ÁREA D F1 F2 F5 F6

E E
E E
E
F11

E
F3 F10 E F9 F8

diretamente às paredes na tentativa de destruí- „ Fraqueza (Luz do Dia): Uma aparição

-las ou contorná-las acionam a liberação desses
guardiões mortos-vivos.
• Aparições (1d6): Veja a seguir.
APARIÇÃO
Tipo: Morto Vivo Maligno (Aparição)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d8, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Furtividade d6,
Intimidar d8, Lutar d8, Perceber d8,
Persuadir d6
Movimentação: –; Aparar: 6; Resistência: 7
Vantagens: —
Habilidades Especiais:
„ Drenar Energia: Qualquer um atingido
pelas garras de uma aparição sofre os
efeitos de Drenar Energia (Vigor). Uma
rolagem de Vigor (com −2 em uma
ampliação com o ataque) resiste a este
efeito.
„ Etéreo: Aparições podem se tornar
invisíveis e imateriais à vontade e só podem
ser feridos com ataques mágicos.
pega pela luz do sol não pode atacar e está
Vulnerável.
„ Garra: For+d4, PA 2.
„ Infecção: Qualquer um morto por esses
mortos vivos se ergue como uma aparição
uma rodada depois.
„ Visão no Escuro: Aparições ignoram
penalidades de Iluminação a até 10 quadros
(20 metros).
„ Voo: Movimentação 10.
F1 CRIPTAS DOS CONSTRUTORES
Esta câmara circular tem um teto arqueado
que se eleva a uma altura de nove metros. As
paredes são decoradas com dez caveiras sor-
ridentes, cada uma segurando o que parecem
ser pedaços de carne em seus dentes. Um
lance de escadas sobe por um corredor na
parede oposta.
Cada um dos crânios esculpidos é na verdade
uma porta secreta que esconde um esquife
estreito — todos estão vazios, exceto por
algumas mortalhas funerárias de seda e ervas

37
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
perfumadas, preservadas por Forjarrúnica pela
eternidade. Essas câmaras outrora continham
os corpos dos trabalhadores responsáveis ​​pela
criação dessas criptas.
Quando seus trabalhos foram concluídos,
os trabalhadores foram selados vivos nesses
esquifes, enquanto os arquitetos foram anima-
dos como múmias e colocados para guardar a
entrada. Essas múmias permanecem até hoje.
As seis múmias tassilônicas que mantêm
guarda eterna nesta sala são monstros desidra-
tados vestidos com tiras esfarrapadas de linho e
seda. Sua carne morta-viva é escura, brilhante e
tomada por besouros escuros e brilhantes que se
movem ruidosamente sobre (e em alguns lugares
através de buracos) suas formas — esses besou-
ros são uma manifestação física da habilidade de
Medo dessas múmias, constantemente caindo e
se transformando em pó e renascendo na carne
desidratada, mas eles próprios são inofensivos.
As múmias se levantam para atacar a maioria
dos intrusos à vista, mas permitem que glutões
passem livremente.
Uma dessas múmias é uma múmia pavo-
rosa e tem um vínculo telepático permanente
com Azaven. Se intrusos entrarem na sala, ela
imediatamente notifica o lich, chegando a for-
necer relatórios atualizados sobre as táticas dos
heróis e heroínas e suas aparentes fraquezas.
Dessa forma, o lich deve ter bastante tempo
para se preparar para a chegada do grupo.
• Múmias Tassilônicas (6): Veja abaixo.
Uma delas é uma pavorosa múmia Carta
Selvagem.
MÚMIA TASSILÔNICA
Tipo: Morto Vivo Maligno (Múmia)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d4,
Espírito d8, Força d12+3, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Furtividade d8,
Lutar d10, Perceber d8
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 14 (5)
Vantagens: —
Habilidades Especiais:
„ Armadura +5: Couro necromântico.
„ Fraqueza Ambiental: Fogo.
„ Imunidade: Frio.
„ Medo (-1): A múmia emana uma aura de
desespero que causa terror nos mortais.
38
„ Morto-Vivo: Resistência +2; +2 para se
recuperar do estado Abalado; Ataques Loca-
lizados não provocam dano extra; ignora 1
ponto de penalidades de Ferimentos; Não
respira; Imunes a doenças e venenos; ignora
penalidades por iluminação a até 10 quadros.
„ Pancada: For+d6+1.
„ Robusto: A criatura não sofre um
Ferimento por ser Abalada duas vezes.
„ Podridão da Múmia: Qualquer um
Abalado ou Ferido pelo ataque de uma
múmia deve fazer uma rolagem de Vigor
ou contrai a podridão da múmia. Isso é
tanto uma maldição quanto uma doença;
ela só pode ser curada se a maldição
for removida primeiro. A podridão da
múmia é uma doença letal que requer uma
rolagem de Vigor a cada dia. A vítima não
pode se beneficiar de cura natural ou da
perícia Curar. Tentativas de usar cura na
personagem sofrem uma penalidade de -2
na rolagem.
TÁTICAS
Essas múmias concentram sua ira em qualquer
personagem invejosa ou luxuriosa do grupo.
Eles não atacam personagens glutonas a menos
que elas as ataquem primeiro.
As múmias lutam até serem destruídas, per-
seguindo inimigos pelas criptas, mas não de
volta ao centro de Forjarrúnica.
F2 A CASA DOS PATRIARCAS
O teto se eleva a uma cúpula nove metros acima,
enquanto o chão desce em um poço vertiginoso.
Uma ponte de mármore em forma de cruz se
estende sobre este poço, permitindo o acesso a
quatro conjuntos de portas duplas de ferro.
Quatro esculturas em baixo-relevo incrivel-
mente detalhadas foram esculpidas nas paredes
curvas nos quatro cantos da sala, cada uma sob
uma palavra escrita em runas pontiagudas.
Uma segura no alto um raminho de uvas
e um pão, outra segura uma fatia de queijo e
um enorme pernil de carne, outra empunha
uma travessa repleta de doces e a última sim-
plesmente está com os braços cruzados, com

a boca aberta e sorrindo para mostrar dentes
pontiagudos.
Abaixo de cada escultura, a parede cai na
escuridão, mas ao longo dessas profundezas
dezenas de nichos funerários contendo sarcófa-
gos de pedra são visíveis.
Na antiga Gastash, quatro casas nobres se
consideravam as mais antigas da aristocracia.
Esses quatro baixos-relevos simbolizam estas
famílias. Cada uma dessas famílias tinha uma
especialidade diferente, conforme indicado
pelos adornos e poses de suas esculturas.
Os nomes dos patriarcas estão gravados
em tassilônico acima de cada escultura. Esses
nomes são Inib (padeiros e fabricantes de vinho,
a leste), Gorryan (queijeiros e açougueiros, ao
sul), Aanstrin (confeiteiros, a oeste) e Xerriock
(canibais, no norte). Cada uma abraçou o
pecado da gula à sua maneira.
As paredes do poço abaixo continham os
mortos de nobres ricos o suficiente para serem
enterrados aqui — ou pelo menos, o fizeram
uma vez. As centenas de sarcófagos que reves-
tem as paredes deste poço de 90 metros de
profundidade estão todos vazios, seu conteúdo
há muito tempo foi saqueado para suprimen-
tos necromânticos.
F3 A CRIPTA DE LORD MANKRAY
Um único sarcófago de ouro fica no topo de um
pedestal de mármore branco no extremo oeste
deste amplo salão.
A tampa em baixo-relevo mostra um homem
belo segurando um raminho de uvas e uma gar-
rafa de vinho cruzados sobre o peito. Os olhos
são grandes safiras estreladas e as uvas parecem
ser pedras preciosas individuais que podem ser
removidas com as ferramentas certas.
Cinco alcovas largas na sala são esculpi-
das com dezenas de nichos estreitos, cada um
contendo uma garrafa diferente do que parece
ser vinho.
Uma investigação do pedestal de mármore revela
uma inscrição gravada em tassilônico: “Lorde
Anklerios Mankray Inib da Casa de Inib: mestre
vinicultor e amado marido e pai. A lâmina de um
Parte Quatro: As Criptas Vorazes
assassino conseguiu o que centenas de duelos
não foram capazes.”
Claro que o sarcófago está vazio, com o
corpo de Anklerios há muito tendo sido levado
para atender à necessidades necromânticas.
Anklerios Mankray foi o maior enólogo de Inib,
e as garrafas enterradas nestas paredes cons-
tituem uma amostra de cada safra produzida
sob sua direção.
Os inibs não queriam enviar seu maior
patriarca para as criptas vorazes desprotegido
e pagaram para ter um golem de barro, ins-
talado como guardião da cripta, criado pelos
aliados de uma seita de clérigos da deusa
rúnica Lissala.
Infelizmente para o corpo de Anklerios, o
golem foi programado para proteger apenas
contra intrusos nas próprias criptas e, portanto,
não fez nada quando o próprio Azaven veio
buscar o corpo para seu trabalho. O golem
permanece, guardando eternamente um sar-
cófago vazio.
O golem se assemelha a uma mulher com o
torso inferior de uma serpente e uma runa Sihe-
dron no lugar da cabeça, identificável com uma
rolagem de Ocultismo como sendo a imagem
de Lissala, deusa das runas. De fato, inúmeras
runas (orações à deusa) estão gravadas em seu
corpo de argila vermelha. O golem também é
revestido de ferro — ele efetivamente está ves-
tindo uma armadura de placas completa.
P Golem de Barro Armadurado: Veja a
seguir.
P GOLEM DE BARRO ARMADURADO
Tipo: Construto Neutro (Golem de Barro)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d4,
Espírito d8, Força d12+2, Vigor d10
Perícias: Atletismo d4, Conjurar d8,
Furtividade d4, Lutar d10, Perceber d6
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 19 (9)
Vantagens: Antecedente Arcano ( Magia),
Frenesi Aprimorado
Poderes: Velocidade.
Pontos de Poder: 10
Habilidades Especiais:
„ Armadura +5: Barro endurecido.
„ Construto: +2 para se recuperar de
Abalado; ignora 1 ponto de penalidades
39
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

por Ferimento; não respira ou sofre por meio da sala ficam o que parecem ser dois pilares
doença ou veneno. de cristal liso com três metros de altura estão.
„ Destemido: Golens são imunes a Medo e Uma cortina ondulante de escuridão brilha
Intimidar. entre esses cristais. No lado oposto de cada
„ Ferimentos Amaldiçoados: Ferimentos cristal, estendem-se estranhos tentáculos de
causados por
​​ um golem de barro não energia sombria — raios reversos crepitando em
curam naturalmente e todos as rolagens de "câmera extremamente lenta" — dos cristais
cura mágica têm -2. para esferas de escuridão turbulenta em caver-
„ Fraqueza Ambiental: Armas de Adamante nas circulares à esquerda e à direita da entrada.
e contundentes. O ar na sala está assustadoramente frio.
„ Fúria: Pode entrar em Fúria, como na
Vantagem de Classe Bárbaro. Esta câmara é onde os guardiões da gula
„ Imunidade: Poderes e efeitos mágicos. abriram um portal para o Plano de Energia
Armas mágicas e encantamentos de Dano Negativa para infundir esta ala de Forjarrú-
se aplicam normalmente, mas quaisquer nica com os espectros que cobrem as paredes.
efeitos adicionais não. O portal se manifesta como a cortina de energia
„ Pancada: For+d8. sombria entre os dois pilares de cristal — este
„ Tamanho 3: Golens de barro armadurados portal permite apenas a passagem de energia
têm 2,7 m de altura e pesam mais de 750 negativa daquele plano — criaturas (sejam elas
quilos. vivas ou mortas-vivas) não podem viajar para o
„ Visão Noturna: Golens de barro ignoram Plano de Energia Negativa através deste portal.
todas as penalidades de Iluminação. Qualquer pessoa que tocar o portal imediata-
mente sofre 4d6 de dano de energia negativa e
TÁTICAS sofre um de Fadiga, a menos que faça uma rola-
O golem não ataca personagens glutonas, nem gem de Vigor. Uma criatura morta-viva que
mesmo para se defender, mas ataca todos os tocar a cortina cura um Ferimento. Os efeitos
outros à vista. do contato com essa cortina de energia nega-
O golem luta até ser destruído, mas não per- tiva acontecem não mais do que uma vez por
segue inimigos além desta câmara. rodada por criatura.
A energia negativa cintilante à esquerda e
TESOURO à direita dos pilares é menos potente — elas
O sarcófago é apenas folheado a ouro — com causam apenas 2d6 pontos de dano de ener-
8 horas de trabalho, um ladrão dedicado pode gia negativa e não causam fadiga ou curam
raspar 800 po de ouro da pedra. De maior valor mortos-vivos.
são os dois olhos de safira estrela (cada um Os próprios pilares de cristal são podero-
valendo 1.000 po) e a dúzia de uvas de ametista samente infundidos com energia negativa
(cada uma valendo 300 po). — qualquer criatura viva que toque um dos
O vinho armazenado nas alcovas permanece pilares sofre um Ferimento.
delicioso até hoje, preservado pela aura de For- O portal pode ser destruído quebrando um
jarrúnica. Ao todo, há 68 garrafas nesta sala, dos pilares de cristal. Cada pilar possui Dureza
cada uma valendo 100 po – e cada uma pode 10 e toma alguns minutos de trabalho. Os pila-
servir como componente para forjar armas res são destruídos se alguém usando o poder
rúnicas glutonas. cura sobre eles curar dois Ferimentos.
Quando um pilar de cristal é destruído, ele
F4 CÂMARA DE INFUSÃO explode, causando 3d6 de dano que ignora a
armadura de todas as criaturas em um Modelo
Médio de Explosão (Isso pode ser Evadido
As paredes desta sala foram revestidas de ferro, para causar metade do dano). Observe que
cada placa com uma única runa – a forma de esse dano pode ser suficiente para fazer com
gancho de um “U” de cabeça para baixo. No que o segundo cristal também exploda. Uma

40

vez que qualquer cristal seja destruído, o portal
de energia negativa desaparece.
Destruir este portal imediatamente nega a
energia negativa que infunde as paredes — isso
tem dois efeitos.
Primeiro, ele imediatamente mata as apa-
rições presas nas paredes — deste ponto em
diante, qualquer tentativa de manipular as
paredes das Criptas Vorazes pode ser ten-
tada sem medo. Segundo, ele nega a aura de
profanação que infunde as criptas — todas as
criaturas mortas-vivas perdem +1 nas rolagens
de ataque e dano.
Se este portal for destruído, ele se abrirá
no plano de energia negativa por um breve
momento. Isso não prejudica diretamente nin-
guém na sala, mas permite que um poderoso
monstro daquele reino mortal se manifeste
nesta câmara — um vulto noturno alado.
Esta criatura parece um imenso morcego
feito de escuridão turbulenta com dois olhos
vermelhos brilhantes. O vulto alado está
furioso por ser dragado para este mundo e
imediatamente ataca qualquer criatura viva
que puder. Observe que as dimensões desta
sala não permitem ao vulto alado uma grande
mobilidade — algo que os heróis e heroínas
podem tirar proveito.
P Vulto Alado: Veja a seguir.
P VULTO NOTURNO ALADO
Tipo: Morto Vivo Maligno (Noturno Alado)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d10,
Espírito d12, Força d12+5, Vigor d10
Perícias: Atletismo d10, Conjurar d8,
Furtividade d10, Lutar d10, Ocultismo d8,
Perceber d10
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 16 (4)
Vantagens: Antecedente Arcano (Magia),
Resistência Arcana, Varredura Aprimorada
Poderes: Confusão, dissipar, obscurecer, viagem
planar.
Pontos de Poder: 25
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Sombras concentradas.
„ Aura Profanadora: Outros mortos-vivos
dentro de 6 quadros (12 metros) ganham +1
nas rolagens de ataque e dano.
Parte Quatro: As Criptas Vorazes
„ Dreno Mágico: Qualquer pessoa atingida
por um ataque de mordida deve fazer
uma rolagem de Espírito (com −2 em
caso de uma ampliação no ataque) ou
todos os poderes que a afetam terminam
imediatamente. O vulto alado cura um
Ferimento para cada poder encerrado desta
forma.
„ Fraqueza (Luz do Dia): Um vulto alado
pego pela luz do sol não pode atacar e está
Vulnerável.
„ Invocar: Esta criatura pode invocar duas
sombras, uma vez por dia como uma ação
limitada.
„ Mordida: For+d6, PA 2.
„ Poderes Inatos: Detectar arcano menor, ferir
menor.
„ Tamanho 5 (Grande): Vultos alados têm 6
metros de comprimento e pesam mais de
2.000 quilos. Podem receber um Ferimento
adicional.
„ Visão Noturna: Vultos alados ignoram
penalidades de Iluminação.
„ Voo: Movimentação 12.
TÁTICAS
O vulto alado tem dificuldade em se mover
nos confins desta masmorra e isso o deixa par-
ticularmente mal-humorado. Ele invoca duas
sombras quando chega, então concentra sua ira
naqueles que possuem energia positiva (como
clérigos e paladinos).
O vulto alado luta até ser destruído.
TESOURO
Um nicho secreto na alcova mais a oeste desta
sala pode ser descoberto com uma rolagem de
Perceber com −2. Na pequena área além há um
minúsculo esconderijo de livros e suprimentos
mágicos voltados para o processo de infundir
um complexo com aparições e energia negativa.
Os livros aqui são de natureza semelhante
aos encontrados na área F6. Além disso, há
dois pergaminhos de viagem planar e um per-
gaminho de enredar perto da parte de trás
do esconderijo, presos por uma fina caixa
de madeira.
Dentro desta caixa repousa um diapasão sin-
tonizado com Forjarrúnica. Este componente
material concede uma rerrolagem gratuita para
41
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

qualquer um que conjurar viagem planar para os suprimentos permanecem frescos graças à
entrar em Forjarrúnica. aura preservadora de Forjarrúnica.

F5 ABATEDOURO
A cena nesta sala é terrível — meia dúzia de
corpos humanos selvagemente brutalizados,
vestidos com mantos azuis manchados de
sangue, estão espalhados pelo lugar. Vários
dos corpos parecem ter membros ou órgãos
removidos.
TESOURO
O laboratório de um alquimista fica em cima
de uma mesa. Os livros são tão interessantes
quanto horripilantes ao abordar seus temas
acerca dos mortos. A coleção concede um
bônus de +1 em rolagens de Ocultismo (reli-
gião) feitas sobre mortos-vivos. A coleção vale
400 po e pesa 50 quilos.

Esses seis corpos são tudo o que resta dos 15

F7 LABORATÓRIO DE XYODDIN
que Azaven conseguiu reivindicar para sua
pesquisa após o ataque aos Salões dos Abju- As paredes forradas de estantes desta sala
contêm uma grande coleção de tomos, manuais
radores. O equipamento mágico possuído por
e pergaminhos gastos, bem como jarros de fluido
esses magos mortos foi quase todo destruído na
nos quais flutuam órgãos humanoides e pedaços
batalha — Azaven ficou feliz em levar apenas
de carne. Um torso humano dissecado está em
os corpos sob seus cuidados.
cima da mesa de pedra da sala.
Os próprios corpos são preservados da
decomposição pela aura da cripta e, embora
Esta sala é habitada por um monstro morto-
anos já tenham se passado, Azaven trabalha -vivo fabricado a partir de um homem chamado
devagar e com cuidado. Ele não tem certeza de Xyoddin — que já foi o patriarca mais estimado
quando outro benefício como esse pode apare- da família Xerriock. Seus apetites eram acom-
cer e racionou os corpos de acordo. panhados por poucos, tornando-o um dos
Uma personagem que examina os corpos e membros mais condenáveis de sua nação, pois
tenha sucesso em uma rolagem de Ocultismo os Xerriocks eram canibais.
reconhece o trabalho de um necromante habi- O sucesso de Azaven com Xyoddin resultou
lidoso nos padrões e métodos de remoção de em um monstro morto-vivo voraz que não só
membros e órgãos. podia servir ao lich como assistente de labo-
ratório, mas que manteve charme o suficiente
F6 SALA DE PESQUISA para entreter o lich em uma conversa — o que
Xyoddin não tem em sagacidade e intelecto,
ele mais do que compensa com o dom de dizer
Esta câmara parece ser uma espécie de labora- a Azaven o que ele quer ouvir. De muitas
tório. Mesas feitas de sarcófagos empilhados maneiras, o zumbi voraz é o bajulador necro-
suportam aparelhos alquímicos, livros, ossos mântico perfeito.
esculpidos, pergaminhos e várias peças de ana- Atualmente, Xyoddin está no processo de
tomia que foram dissecadas e preservadas de dissecar meticulosamente um dos magos colhi-
dezenas de maneiras. dos dos Salões dos Abjuradores. Em vida, esse
mago tratou sua própria carne com uma magia
Esta sala de pesquisa bem abastecida é capaz estranha que o tornou difícil de animar como
de fornecer a um necromante talentoso todos um morto-vivo.
os materiais básicos necessários para criar Azaven encarregou Xyoddin com o terrível
itens mágicos, pesquisar feitiços ou criar cria- dever de catalogar cada pedacinho do corpo
turas mortas-vivas. Como Azaven prefere do homem. Um assunto em que o zumbi voraz
usar seu próprio laboratório (área F10), esta está há quase uma década. Todos os anos,
câmara não é usada há milhares de anos, mas Azaven recompensa o trabalho de Xyoddin,

42
 Parte Quatro: As Criptas Vorazes

permitindo que ele coma uma parte do corpo 24 horas para que sua Regeneração Rápida
dissecado. funcione.
P Xyoddin Xerriock: Veja a seguir. „ Habilidades de Classe (Ladino): Ataque
Furtivo, Restrição de Armadura (Leve)
P XYODDIN XERRIOCK „ Mordida: For+d4.
„ Morto-Vivo: Resistência +2; +2 para se
Tipo: Morto-Vivo Maligno (Zumbi Pavoroso) recuperar do estado Abalado; Ataques
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d6, Localizados não provocam dano extra;
Espírito d8, Força d12+2, Vigor d8 ignora 1 ponto de penalidades de
Perícias: Atletismo d10, Conhecimento Ferimentos; Não respira; Imunes a doenças
Acadêmico d6, Conhecimento e venenos.
Geral d6, Furtividade d12, Intimidar d8, „ Presa Favorita (Humanóide): Xyoddin
Lutar d10, Perceber d10, Persuadir d6, ganha +2 nas rolagens de dano contra sua
Sobrevivência d6 presa favorita.
Movimentação: 6; Aparar: 9 ou 11 (adaga); „ Regeneração Rápida: Xyoddin pode tentar
Resistência: 13 (5) uma rolagem de cura natural a cada turno,
Vantagens: Arma Predileta Aprimorada mesmo se Incapacitado, a menos que seus
(Adaga), Bloquear Aprimorado, Corredor, Ferimentos tenham sido causados por fogo
Ladino, Lutar com Duas Armas ou ácido, ou ele tenha sido incendiado
Equipamento: Adaga (For+d4, PA 1, Precisão, depois.
„ Visão Noturna: Zumbis pavorosos
Matadora (Humanos)), adaga obra prima
(For+d4, PA 1), túnica e capuz de couro (+3, ignoram penalidades de Iluminação.
„ Vínculo Telepático: Xyoddin tem um
Égide, Resistência a Energia (Frio)), capa
vínculo telepático permanente com
do saltimbanco, 146 po.
Azaven.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +2: Pele de couro.
„ Aura Sobrenatural: Animais, selvagens
ou domesticados, podem sentir a presença
sobrenatural dessa criatura a distância
de 10 metros. Não irão se aproximar por
vontade própria a menos que persuadidos
Assim que um animal está a 10 metros de
um espectro, ele fica Distraído.
„ Consumo de Cérebro: Qualquer pessoa
Abalada ou Ferida por um ataque de
mordida enquanto agarrada por Xyoddin
deve fazer uma rolagem de Vigor com
-4 ou sofre Dreno de Energia (Astúcia)
enquanto Xyoddin consome uma parte
de seu cérebro. Uma criatura que seria
reduzida para menos de d4 de
Astúcia fica Incapacitada e deve
fazer uma rolagem de Vigor ou
será morta enquanto Xyoddin se
banqueteia com o que resta dos
seus miolos.
„ Destemido: Zumbis pavorosos são imunes
a Medo e Intimidar.
„ Fraqueza (Cura Canibal): Xyoddin deve ter
se alimentado de carne humana nas últimas XYODDIN
XERRIOCK

43
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
TÁTICAS
Xyoddin arranca uma parte do fígado do torso e
o devora antes do início do combate, ganhando
os benefícios da Regeneração Rápida para a
luta que está por vir.
Se confrontado com inimigos que incluem
humanos em suas fileiras, a terrível fome de
Xyoddin o atrai para eles, fazendo com que ele
ignore todos os alvos não-humanos.
Ele é capaz de conter seus impulsos vorazes e
resistir a se banquetear com um humano morto
se restarem outros inimigos para derrotar, mas
apenas por muito pouco.
Xyoddin luta até ser destruído.
TESOURO
As várias lentes e lupas embutidas na enge-
nhoca ao redor da mesa de exame valem 100
po cada — são 10 lentes ao todo. Os livros de
pesquisa valem um total de 10.000 po.
Uma personagem que passe pelo menos
algumas horas olhando esses livros encontra
uma seção detalhando os lacaios de Lorde
Rúnico Zutha, que ele seguiu para atingir seus
vários estados de morte-viva. Eles fornecem
um bônus de +1 em rolagens de Ocultismo
feitas em relação a necromancia e criaturas
mortas-vivas.
Uma personagem que passe pelo menos
algumas horas olhando esses livros rapida-
mente se depara com uma seção bastante
significativa detalhando a tarefa final do Lorde
Rúnico Zutha para as Criptas Vorazes — o
desenvolvimento de um lugar e método para
ele se retirar do mundo em estase, caso a Tassi-
lônia chegasse a um fim súbito.
Zutha pediu aos seus agentes em Forjarrú-
nica que dividissem seu cárcere da alma, um
livro intitulado O Tomo Glutônico, em três
partes que poderiam então ser escondidos no
mundo longe da Tassilônia. Então, depois que
a poeira da queda do império tivesse baixado,
esses três fragmentos poderiam ser reunidos
para trazê-lo de volta do além.
Esta registrado que Azaven e os outros
necromantes (agora destruídos) atingiram esse
objetivo, mas nenhuma indicação de para onde
as três partes do cárcere da alma foram envia-
das pode ser encontrada.
44
CONSEQUÊNCIAS
Se Azaven souber que as Criptas Vorazes
foram invadidas, ele ordena que Xyoddin
comece a patrulhar as criptas a procura de
intrusos. Antes de Xyoddin partir nesta patru-
lha, Azaven permite que ele se banqueteie com
um pouco de carne humana para ativar sua
Regeneração Rápida.
Xyoddin mantém o lich atualizado regu-
larmente através de seu vinculo telepático. Se
Xyoddin encontrar os heróis e heroínas, ele
os ataca imediatamente, mas durante a luta
mantém Azaven atualizado sobre as capacida-
des, táticas e fraquezas do grupo.
F8 GUARDIÕES DA CRIPTA
Numerosos nichos funerários de dois metros
de largura revestem as paredes internas
desta catacumba em forma de “U”. Cada
nicho contém uma urna funerária de pedra,
grande o suficiente para conter um corpo
humano agachado.
As urnas, como todas as outras nesta cripta,
estão vazias, mas o salão não. Outras seis
múmias tassilônicas montam guarda aqui,
prontas para atacar qualquer intruso.
Como na área F1, uma dessas múmias
tem um vínculo telepático permanente com
Azaven e o alerta de intrusos no início do
combate. Os limites estreitos desta cripta
forçam as múmias a lutar contra os inimigos
um de cada vez.
• Múmias Tassilônicas (6): Veja a página
38. Duas delas são múmias Cartas Sel-
vagens aterrorizantes.
F9 CRIPTA SECRETA
A parede traseira deste nicho, assim como
a entrada na área F10, está escondida por
portas secretas. Uma rolagem de Perce-
ber revela a localização de ambas as portas
escondidas.

F10 SALA DE MONTAGEM
Lanternas pendem de ganchos sobre três gran-
des mesas espalhadas por toda esta câmara.
Duas mesas são cobertas com partes preser-
vadas de corpos costuradas com fios grossos
para formar parcialmente um par de cadáveres
humanos retalhados.
Banquetas e pequenas bandejas de aço
cobertas de facas finas, grampos, ganchos,
serras, parafusos, agulhas e outras ferramen-
tas menos identificáveis ​​rodeiam cada uma das
grandes mesas.
É aqui que o lich Azaven realiza a maior parte
de seu trabalho e pesquisa, e provavelmente
onde ele é encontrado pelos heróis e heroí-
nas. Caixas de pedra sob as mesas de trabalho
contêm esconderijos de mais partes desmem-
bradas de corpos.
Os dois cadáveres costurados nas mesas
são um assunto quase finalizado que Azaven
preparou a partir de restos de partes de corpos
— sua esperança é criar mortos-vivos a partir
de partes reconstruídas em vez de se limitar
a corpos inteiros, mas muitos de seus expe-
rimentos anteriores se provaram terrível e
espetacularmente instáveis.
No canto noroeste da sala há um alçapão
escondido que pode ser descoberto com
uma rolagem de Perceber com -2. Ele se abre
através do teto da área F11, cujo piso está 3
metros abaixo.
Azaven está sentado em um banquinho em
uma mesa de trabalho em frente à entrada, cos-
turando as últimas partes de um dos possíveis
lacaios mortos-vivos. Embora Azaven tenha
tempo para lançar vários feitiços defensivos,
uma vez que saiba que as Criptas Vorazes
foram invadidas, ele inicialmente não está pro-
curando uma briga.
De fato, assim como o Escriba no início da
aventura, Azaven está bastante curioso sobre o
que aconteceu com o mundo exterior e, quando
o grupo chega, ele pede que respondam a per-
guntas similares as feitas pelo Escriba.
No entanto, Azaven tem muito pouco inte-
resse em responder às perguntas dos heróis e
heroínas. Se exigirem respostas ou oferecerem
Parte Quatro: As Criptas Vorazes
resistência, ele decide matá-los e extrair o
conhecimento que procura dos mortos vivos
que eles logo serão.
P Azaven: Veja a seguir.
P Devorador (Invocado): Veja a seguir.
P AZAVEN
Tipo: Morto Vivo Maligno (Lich Mago)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d12+3,
Espírito d8, Força d4, Vigor d8
Perícias: Atirar d6, Atletismo d6,
Conhecimento Acadêmico d8,
Conhecimento Geral d8, Conjurar d10,
Furtividade d4, Lutar d6, Ocultismo d8,
Perceber d6, Persuadir d6
Movimentação: 6; Aparar: 5; Resistência: 13 (7)
Vantagens: Concentração, Extremamente
Focado, Maestria Arcana, Mago, Poderes
Favorecidos (Mago)
Poderes: Barreira, cegar, conjurar aliado,
detectar arcano, dissipar, encolhimento,
falar idiomas, iluminar/obscurecer, ilusão,
intangibilidade, invisibilidade, maldição, medo,
morosidade, polimorfia perniciosa, raio, reduzir
Característica, teleporte, voar
Pontos de Poder: 25
Equipamento: Cajado das sombras famintas
(10 cargas; veja a página 96), braçadeiras
de armadura (+4), bandana do primor
mental (Astúcia), estatueta valendo 2.000
po, 4 po.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +3: Resiliência Lich.
„ Contingência: Se Azaven for agarrado,
teleporte menor é ativado imediatamente,
permitindo que ele se reposicione em
combate ou fuja.
„ Fraqueza Ambiental: Armas contundentes
e encantadas.
„ Habilidades de Classe (Mago):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(cajado das sombras famintas), Escola
(Necromancia, Abjuração, Encantamento),
Grimórios, Interferência de Armadura
(tecido).
„ Imparável: Um lich não pode sofrer mais
do que um Ferimento em um único ataque
(após rolagens de Absorção serem feitas).
„ Imunidade: Frio, eletrecidade.
45
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
„ Medo (-2): A visão de um lich inspira terror
nos mortais.
„ Morto-Vivo: Resistência +2; +2 para se
recuperar do estado Abalado; Ataques
Localizados não provocam dano
extra; ignora 1 ponto de penalidade de
Ferimentos; não respira; imune a doenças
e venenos; ignora penalidades por
iluminação a até 10 quadros (20m).
„ Pancada: For+d4.
„ Poder sobre Mortos Vivos: Um lich tem a
habilidade para comandar qualquer morto
vivo sem mente, como esqueletos e zumbis.
„ Rejuvenescimento: Liches armazenam
sua essência em uma jarra, garrafa, caixa
de metal ou outro recipiente chamado
de "Cárcere da Alma". Quando um lich
é morto, seu Cárcere da Alma começa
imediatamente a reconstruir o corpo do
morto-vivo pelos próximos 1d10 dias. Após
esse tempo o lich acorda completamente
curado. Destruir o Cárcere da Alma impede
o lich de voltar da não morte.
„ Toque Paralisante: Qualquer ser vivo
atingido por um lich deve fazer uma
46
rolagem de Vigor (-2 com uma ampliação
no ataque) ou fica permanentemente
paralisado, a menos que dissipar seja
conjurado sobre ele. Qualquer um
paralisado parece morto a menos que
examinado com uma rolagem de Cura ou
Perceber -1
„ Vínculo Telepático: Azaven tem três
vínculos telepáticos permanentes: um
com Xyoddin; um com uma das múmias
tassilônicas na área F1 e um com uma das
múmias na área F8.
Idiomas: Aklo, Demoníaco, Diabólico,
Dracônico, Élfico, Gigante, Ignan, Necril,
Tassilônico
P DEVORADOR (INVOCADO)
O peitoral flutuante desse cadáver ressecado
é uma prisão feita de costelas disformes, dentro
das quais está presa uma pequena forma fan-
tasmagórica em tormento.
Tipo: Morto Vivo Maligno (Devorador)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d10,
Espírito d8, Força d12+4, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Conjurar d8,
Furtividade d4, Intimidar d8, Lutar d8,
Ocultismo d6, Perceber d8
Movimentação: 6; Aparar: 6; Resistência: 16 (6)
AZAVEN

Vantagens: Antecedente Arcano (Magia),
Resistência Arcana, Varredura
Poderes: Confusão, conjurar aliado, fantoche,
maldição, reduzir Característica.
Pontos de Poder: 10
Habilidades Especiais:
„ Armadura +6: Pele necromântica.
„ Deflexão de Magias: Quando um
devorador é afetado por banir, confusão,
dissipar, medo ou fantoche, uma alma
aprisionada em seu interior é afetada ao
invés dele. Isto liberta a alma de dentro do
devorador.
„ Destemido: Devoradores são imunes a
Medo e Intimidar.
„ Devorar Alma: A alma de uma criatura
fica aprisionada quando morta por um
devorador. Ela não pode ser trazida de
volta à vida até que sua alma seja libertada
pela morte do devorador ou Deflexão de
Magias. Um devorador ganha 5 pontos de
poder a cada rodada enquanto tiver uma
alma presa.
„ Drenar Energia (Vigor): Qualquer um
atingido pelas garras de um devorador
precisa fazer uma rolagem de Vigor (com -2
com uma ampliação no ataque) para resistir
a esse efeito.
„ Garras: For+d6, PA 2.
„ Morto-Vivo: Resistência +2; +2 para se
recuperar do estado Abalado; Ataques
Localizados não provocam dano
extra; ignora 1 ponto de penalidade de
Ferimentos; não respira; imune a doenças
e venenos; ignora penalidades por
iluminação a até 10 quadros (20m).
„ Tamanho 1: Esses cadáveres ressecados têm
3 metros de altura, mas pesam apenas 100
quilos.
TÁTICAS
Uma vez que ele saiba que intrusos invadi-
ram as criptas, Azaven lança falar idiomas em
si mesmo. Ele então invoca um devorador
— um ser orgulhoso chamado Vioidzhain,
marcado com símbolos cuja fonte sobrena-
tural apenas ele conhece — para protegê-lo
usando seu cajado das sombras famintas (Veja
a página 96).
Parte Quatro: As Criptas Vorazes
Azaven começa o combate lançando um
raio em algum conjurador e invisibilidade em
si mesmo. Ele então conjura barreira para se
isolar dos heróis e heroínas, dando-lhe tempo
para lançar voar e ilusão (um reflexo de si
mesmo). Durante esse tempo, ele permite que
o devorador invocado mantenha os heróis e
heroínas ocupados.
Se os heróis e heroínas não tiverem rom-
pido sua muralha quando ele terminar de
lançar feitiços preparatórios, ele usa teleporte
para retornar ao meio deles e começa a lançar
feitiços ofensivos. Se precisar de mais lacaios,
Azaven danifica uma parede próxima para
liberar várias aparições, esperando que elas
forneçam uma distração adicional.
Azaven valoriza demais sua própria existên-
cia imortal para permanecer em uma luta que
está perdendo. Se reduzido a um Ferimento, ele
conjura intangibilidade e recua para a área F11,
onde coleta seu cárcere da alma antes de ativar
a armadilha na sala para curar seus Ferimentos.
Com o tempo, ele recupera seus pontos de
poder e depois busca vingança contra os heróis
e heroínas. Se confrontado na F11, Azaven tem
pouca escolha a não ser lutar até ser destruído,
mas ele se certifica de acionar a armadilha na
sala antes de um combate começar.
TESOURO
O equipamento cirúrgico aqui foi criado a
partir de joias de prata e decorações saqueadas
de criptas próximas. A coleção inteira nesta sala
vale 1.200 po.
F11 CÁRCERE DA ALMA DE AZAVEN
Esta cripta contém três sarcófagos de pedra,
cada um com esculturas detalhadas de cen-
tenas de esqueletos saltitantes e cadáveres
dançantes.
Esses três sarcófagos contêm os três maiores
tesouros de Azaven. Todos os três estão prote-
gidos por uma perigosa armadilha.
47
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
ARMADILHA NECROMÂNTICA
Tipo: Mágica; Teste de Perceber: Sim, com -2;
Teste de Ladinagem: Sim, com -2
Gatilho: Se qualquer um desses três caixões
de pedra for aberto ou perturbado de alguma
forma, os esqueletos e cadáveres esculpidos
nas laterais de todos os três subitamente
se animam e começam a gritar de maneira
assustadora. Centenas de bracinhos ossu-
dos apontam para a sala, e de suas centenas
de dedos estendidos brotam raios de fúria
necromântica.
Uma vez acionada, a armadilha continua
a disparar a cada rodada e precisa de uma
rodada para recarregar suas energias antes
de disparar novamente. Isto cessa somente
depois que todas as criaturas saírem da sala,
ou automaticamente após um minuto inteiro
de uso, após o qual ela requer uma hora
inteira e não uma rodada para recarregar
sua energia.
Todas as criaturas na sala recebem 4d6 de
dano a cada rodada (isso pode ser Evadido).
Criaturas mortas-vivas curam um Ferimento
ao invés disso. Se o portal na área F4 foi des-
truído, esta armadilha não pode recarregar
e só é acionada uma vez antes de ficar inerte
para sempre.
48
TESOURO
Um dos sarcófagos contém 11 grimórios que
Azaven reivindicou de inimigos e aliados
caídos. Cada um desses grimórios tem alguma
anotação ocasional escrita em tassilônico, mas
os verdadeiros feitiços dentro deles — uma
ampla gama de todos os poderes — podem ser
identificados normalmente.
Todos os feitiços que Azaven preparou
podem ser encontrados entre esses tomos anti-
gos, assim como qualquer outro feitiço potente
ou raro que você deseje incluir na campanha.
O segundo caixão contém 7.000 po em uma
mistura de joias, gemas, linho fino, uma garrafa
de ar, um escaravelho contra golens e todos os
grimórios pessoais do lich.
O último caixão final é o cárcere da alma de
Azaven (Dureza 15; só pode ser danificado por
uma fonte mágica), um item mágico fortificado
por si só. Azaven optou por um cárcere da alma
mais forte e robusto ao invés de um pequeno e
portátil, já que ele está ligado a Forjarrúnica e
não pode deixar seus salões.
PREMIAÇÃO DE PROGRESSO!
Derrotar Azaven dá aos heróis e heroínas seu
décimo sexto avanço. Eles agora são de Estágio
Lendário e podem começar a adquirir Vanta-
gens Lendárias!
 Parte
Parte Cinco: Cinco:Da
O Cofre O Cofre Da Avareza
Avareza

PARTE CINCO: O COFRE DA AVAREZA

Este era o centro de pesquisa e covil de um grupo formado pelos seguidores
mais dotados e talentosos do Lorde Rúnico Karzoug. Eles passaram anos
aperfeiçoando a magia rúnica da avareza para seu mestre, acumulando
tesouros para si mesmos e roubando algumas coisas de seus inimigos. O maior
deles era um poderoso transmutador chamado Izomandakus — em seu auge,
um dos magos mais poderosos de Forjarrúnica. Quando os Guardiões da Inveja
tentaram tomar o controle da fonte de forjarrúnica, Izomandakus foi um
dos primeiros a revidar.

D
urante o ataque aos Guardiões da Inveja
e a curta batalha que se seguiu, a maio-
ria dos Mestres da Avareza (incluindo
Izomandakus) foram mortos, deixando para
trás meia dúzia de aprendizes briguentos. Um
desses aprendizes acabou sendo mais intri-
gante e traiçoeiro do que os outros — um mago
talentoso que há muito tempo havia transfor-
mado sua carne em mitral.
Este homem, um transmutador chamado
Ordikon, assassinou, transformou e derrotou
os outros aprendizes, mas sua fúria foi um
tanto quanto míope. Ele agora comanda um
cofre quase vazio e, embora possua grande
riqueza, não há ninguém para governar e nada
no que gastar.
A única coisa que o impediu de cair total-
mente na loucura são os sussurros de seu
senhor Karzoug. Ordikon percebeu que o
quase despertar de Karzoug foi o que reativou
a fonte de forjarrúnica e sabe que seu mestre
está se aproximando de um retorno ao poder.
Muitas partes deste ramo de Forjarrúnica
foram transmutadas em ouro ou enfeitadas
com pedras preciosas, a maioria das quais
foram tratadas magicamente para reverter
para pedra e chumbo se retiradas do cofre.
Apenas os itens listados nas seções de tesouros
individuais de cada área podem ser saqueados
desta ala.
Todas as áreas são iluminadas com feiti-
ços permanentes de iluminar lançados sobre
gemas colocadas no alto das paredes, a menos
que indicado de outra forma na descrição
de uma sala.
G1 PERDIÇÃO DOS SAQUEADORES
Uma grande porta de ferro cravejada com deze-
nas de pedras preciosas coloridas fica na parede
leste no final deste corredor. Embora a porta
pareça não ter trava, uma depressão no centro
contém um buraco de fechadura.
A porta é na verdade uma armadilha destinada
a atrair invasores para a morte. A verdadeira
entrada real do Cofre da Avareza está escon-
dida no final do corredor, logo à esquerda da
porta com armadilha. Essa porta secreta pode
ser encontrada com uma rolagem de Perce-
ber com -2.
A porta é na verdade uma placa de ferro
grossa colocada na parede. Ela possui uma
tranca interna não funcional, mas sem maça-
neta. A placa de ferro está presa a um pistão de
metal em uma área rebaixada atrás dela.

49
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
O COFRE DA G5
AVAREZA
G4
PARA
ÁREA D
G1 E G2
G4
N G4
G5
1 QUADRO = 4 METROS
PPORTA ESMAGADORA
Tipo: Mecânica; Teste de Perceber: Sim, com
-2; Teste de Ladinagem: Sim, com -2
Gatilho: Quando qualquer parte da porta
falsa é tocada, o pistão avança com uma força
incrível, esmagando qualquer coisa em seu
caminho contra a parede oposta, causando 4d6
de dano (isso pode ser Evadido). Uma câmara
atrás do pistão abriga contrapesos complexos e
engrenagens que retraem o pistão e reiniciam a
armadilha automaticamente.
TESOURO
As pedras preciosas embutidas na porta de
ferro falsa valem apenas um total de 50 po —
dificilmente valendo o trabalho de retirá-las.
G2 NÉVOA MÓRFICA
Um belo túnel de madeira polida incrustado
com runas de prata e ouro se estende por pelo
menos trinta metros antes de terminar em uma
parede de névoa esverdeada cintilando com par-
tículas de luz prateada.
50
G5 G5
G5
G4
G7
G6
G3
G5
G5 G5
G8
A madeira que reveste as paredes aqui tem uma
polegada de espessura com pedra sólida além
dela. As runas tassilônicas esculpidas nas pare-
des descrevem as obras de Karzoug e exaltam
seus dons na arte da transmutação.
Uma personagem pode estudar essas runas
e aprender muito sobre o Lorde Rúnico Kar-
zoug — consulte a página 98 para obter as
informações que podem ser adquiridas com
uma rolagem bem-sucedida.
Perigo: A névoa atua como uma defesa
secundária contra intrusos, começando neste
local e continuando para o norte até a entrada
da área G3. Personagens avarentas (como aque-
las com Complicação Ganancioso ou aqueles
que têm mais Pontos de Pecados em Avareza)
podem passar pela névoa ilesas, mas qualquer
outra criatura viva que entrar nela deve fazer
uma rolagem de Vigor com -2 ou sofrerá os efei-
tos de polimorfia perniciosa permanente, sendo
transformada em um peixinho dourado (dissi-
par cura isso) e, então, sendo teleportada para
uma das piscinas na área G4.
Segurar a respiração concede um bônus de
+2 na rolagem contra a névoa mórfica. A névoa
pode ser dispersada por qualquer rajada de
vento forte, mas 1d4 rodadas após o vento
 Parte Cinco: O Cofre Da Avareza

cessar, a névoa preenche novamente a área. A O grupo pode tentar obter informações
névoa pode ser suprimida temporariamente sobre o mago de mithral vencendo os mephits
através de dissipar. em um Conflito Social (consulte o Pathfinder
Uma personagem que estuda a névoa pode para Savage Worlds). A principal preocupação
identificar suas propriedades perigosas com dos mephits é que os heróis e heroínas sejam
uma rolagem de Ocultismo. servos do “homem prateado malvado”, que
A névoa pode ser removida permanentemente sejam violentos, cruéis e mentirosos que só
do Cofre da Avareza através do método des- desejam poder (assim como todos os outros
crito na área G4, mas outros efeitos poderosos em Forjarrúnica), e que pretendam expulsar os
também podem servir para destruir para sempre mephits de sua fonte. Se os heróis afastarem
esse perigo mágico, a critério do Mestre do Jogo. essas preocupações com sucesso, os mephits
terão algumas informações úteis.
G3 PROBLEMA COM MEPHITS Os quatro mephits da água fazem uma
única rolagem em grupo em vez de rolarem
individualmente.
Esta câmara é pavimentada com azulejos de
Dependendo do resultado do Conflito Social,
marfim, cada um gravado com uma runa pra-
os mephits da água reclamam que embora eles
teada representando uma garra segurando uma
gostem de brincar na fonte, um “homem pra-
pedra preciosa. As paredes e o teto são de már-
teado malvado” continua vindo e lançando
more polido.
feitiços dolorosos neles. Eles sabem um pouco
Uma grande bacia prateada no centro da sala
sobre suas táticas de combate (cada mephit
contém uma escultura gelada de uma baleia
espirrando água cristalina de seu respiradouro. conhece pelo menos uma dúzia de outros de
A água cai ao redor dela para manter a bacia seu tipo que foram mortos por Ordikon) e, se
cheia, mas nunca transbordando. os heróis e heroínas fizerem as perguntas certas,
os mephits podem dar algumas dicas sobre
como combater o “homem prateado”.
Esta fonte é um pequeno portal para o Plano da
Água, criado tanto como uma exibição de opu- Em algum momento, os mephits também
lência ostensiva quanto qualquer outra coisa. relatam que conhecem muitas outras fontes
A água é fria e refrescante, mas dificilmente neste complexo, especialmente que as piscinas
necessária para quem mora no complexo. de peixes dourados estão todas ligadas umas às
O portal atrai mephits de água por algum outras e à névoa mórfica na área G2. Também
motivo que seus criadores nunca conseguiram contam que a maior das piscinas (área G8) é
decifrar. Não importa quantas vezes os Mes- “feita de magia”.
tres da Avareza os matam ou os expulsam, mais • Mephits da Água (4): Veja a seguir.
mephits sempre aparecem.
Em qualquer momento que seja, há quatro MEPHIT DA ÁGUA
mephits brincando nas águas dessa piscina. Se
os heróis e heroínas retornarem mais tarde, mais Tipo: Extraplanar Neutro (Mephit da Água)
mephits chegaram — sinta-se à vontade para Atributos: Agilidade d8, Astúcia d4,
ajustar o número total de mephits que aparecem Espírito d6, Força d6, Vigor d6
aqui como você desejar. Apesar de sua pequena Perícias: Atletismo d8, Conjurar d8,
estatura e relativa fraqueza, os mephits são cora- Furtividade d8, Lutar d6, Perceber d6
josos a ponto de serem imprudentes. Movimentação: 6; Aparar: 5; Resistência: 5 (2)
Tendo sido molestados ​​por Ordikon e seus Vantagens: Antecedente Arcano (Magia),
lacaios, os mephits inicialmente são hostis e Esquiva
desconfiados de intrusos, embora não iniciem o Poderes: Raio (flecha ácida).
combate. Em vez disso, eles começam lançando Pontos de Poder: 5.
insultos (“Oh, vejam! Outro grupo de carnudos Habilidades Especiais:
vindo babar na nossa fonte!”). „ Aquático: Movimentação 6.

51
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
„ Arma de Sopro (Ácido): Modelo de Cone,
2d4 de dano.
„ Armadura +2: Resistência extraplanar.
„ Convocar Mephit: Uma vez por dia, como
ação limitada, um mephit pode convocar
outro do mesmo elemento para ajudá-lo.
„ Garras: For+d4.
„ Regeneração (Água): Se submerso, pode
tentar uma rolagem de cura natural a cada
rodada, mesmo se Incapacitado.
„ Tamanho -2 (Pequeno): Mephits são criatu-
ras pequenas.
„ Visão no Escuro: Mephits ignoram
penalidades de Iluminação a até 10 quadros
(20 metros).
TÁTICAS
Metade deles cospe ácido nos heróis e heroínas
enquanto os outros invocam mais mephits da
água para ajudá-los.
Se mais da metade dos mephits da água forem atacam no mesmo instante.
mortos, o restante mergulha pelo respiradouro
da baleia de gelo para fugir de volta para o estacionados nas outras salas das fontes são
Plano Elemental da Água.
PREMIAÇÃO PELA HISTÓRIA
Se os Desbravadores conseguirem evitar o
combate com os mephits e aprenderem algo
útil, conceda-lhes um Bene.
G4 FONTES
Uma fonte jorra água em direção ao teto,
dez metros acima. A água cai de volta em
uma piscina em que nadam coloridos peixi-
nhos dourados.
A fonte apresenta uma estátua de pedra de
nove pés de altura de um mago humano segu-
rando um cajado em uma mão. A outra mão está
levantada sobre a cabeça e água sai da palma. G2. Se todos os quatro golens forem destruídos,
A água em cada fonte é normal e o fluxo é
magicamente sustentado, desviado da piscina peixinhos dourados retornam imediatamente
na área G3 através de estreitos canais subter-
râneos. Os peixinhos dourados nas piscinas
são em sua maioria normais, mas qualquer
herói ou heroína que tenha sucumbido à
52
névoa mórfica na área G2 pode ser encontrado
em uma dessas fontes, o que é determinado
aleatoriamente.
Claro que pode ser difícil identificar corre-
tamente um peixinho dourado pelo que ele
realmente é. Se você desejar, alguns desses pei-
xinhos dourados podem ser outras pessoas que
foram vítimas da névoa mórfica no passado —
esses devem ser aventureiros e aventureiras
que tropeçaram em Forjarrúnica anos atrás e
ficaram presos aqui desde então.
As estátuas que estão dentro de cada uma
dessas fontes são, na verdade, todas golens de
pedra. Esses golems estão magicamente conec-
tados – o que um vê e ouve, os outros também
enxergam e escutam Os golens ignoram intru-
sos avarentos, mas qualquer criatura que não
seja um mephit e tenha um Tamanho maior que
−2 imediatamente atrai a atenção dos golens que
Quando um golem ataca, os outros três
ativados e se movem o mais rápido possível
para convergirem na sala onde o combate está
acontecendo — os golens nunca se movem
pela área G6 para alcançar seu alvo, percor-
rendo o caminho mais longo pelo cofre ao
invés disso.
Se os aventureiros e aventurerias trabalha-
rem rapidamente para derrotar os golens, eles
não precisarão enfrentar vários deles ao mesmo
tempo. Os golens, uma vez ativados, conti-
nuam a perseguir inimigos por todo o cofre
(até mesmo na área G6 se suas presas tentarem
fugir para lá) — eles desistem da perseguição
e retornam para suas fontes quando todos os
alvos óbvios fugirem do cofre para o centro de
Forjarrúnica (área D).
Cada golem que é destruído concede +1 na
rolagem para resistir à névoa mórfica na área
a névoa mórfica desaparece e quaisquer per-
sonagens que tenham sido transformadas em
às suas verdadeiras formas em qualquer pis-
cina em que estivessem nadando.
• Golens de Pedra (4): Veja a seguir.

GOLEM DE PEDRA
Tipo: Construto Neutro (Golem de Pedra)
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4,
Espírito d6, Força d12+2, Vigor d8
Perícias: Atletismo d4, Conjurar d8,
Furtividade d4, Lutar d10, Perceber d6
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 15 (6)
Vantagens: Antecedente Arcano (Magia)
Poderes: Morosidade.
Pontos de Poder: 10.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +6: Corpo de pedra.
„ Construto: +2 para se recuperar de
Abalado; ignora 1 ponto de penalidades
por Ferimento; não respira ou sofre por
doença ou veneno.
„ Destemido: Golens são imunes a Medo e
Intimidar.
„ Fraqueza Ambiental: Adamante.
„ Imunidade: Poderes e efeitos mágicos.
Armas mágicas e encantamentos de Dano
se aplicam normalmente, mas quaisquer
efeitos adicionais não.
„ Muito Resiliente: Golens de pedra podem
receber dois Ferimentos antes de serem
Incapacitados.
„ Punhos Maciços: For+d8.
„ Tamanho 3: Golens de pedra podem medir
2,70 m de altura e pesar mais de 1.000 Kg.
„ Visão Noturna: Golens de pedra ignoram
todas as penalidades de Iluminação.
G5 CÂMARAS DE FABRICAÇÃO
Cada um desses aposentos servia de aloja-
mento para Izomandakus e seus aprendizes
— embora não tivessem necessidade de dormir
ou comer, cada mago podia se retirar aqui
para relaxar ou se divertir. Cada sala está vazia,
exceto por matérias-primas espalhadas como
pedaços de tecido, pilhas de madeira, blocos
de pedra, barras de metal e ossos.
Essas salas irradiam uma forte magia de
transmutação e qualquer personagem ava-
renta que entre nela imediatamente entende
como usá-la. Uma personagem pode usar a sala
para transformar matérias-primas em itens não
mágicos (como transformar madeira e aço em
Parte Cinco: O Cofre Da Avareza
um escudo). Este processo leva uma rodada
para cada meio quilo de material convertido.
Itens criados nessas salas não podem existir
fora delas — um objeto criado aqui reverte para
seus materiais básicos se levado para fora no salão.
Da mesma forma, um objeto deixado aqui por 24
horas volta aos seus materiais básicos, explicando
as matérias-primas em cada uma dessas salas.
G6 CENTRO DE PESQUISA
Fileiras de grossas mesas de trabalho de madeira
ocupam o centro desta longa câmara. As estan-
tes que revestem as paredes guardam centenas
de livros e pergaminhos. Caixotes próximos ou
empurrados sob as mesas de trabalho parecem
estar cheios de uma estranha variedade de itens
mundanos, como cordas, gravetos, sacos, ferra-
mentas e utensílios de cozinha.
Um cachorro em uma das mesas parece
morto, embora sua extremidade traseira pareça
ser feita de algum tipo de metal. Alguns outros
animais andam de um lado para o outro em
pequenas gaiolas de metal — um gato domés-
tico, alguns ratos, uma cobra e um pequeno
macaco de cara branca.
Este é o lugar onde os Mestres da Avareza expe-
rimentam seu ofício. O cão foi usado em um
experimento no qual Ordikon estava tentando
criar outra criatura de mitral. O processo matou
o animal e transmutou parte dele em ferro.
Os outros animais são criaturas vivas que
Ordikon capturou no Labirinto Purulento
— ele geralmente usa mudança de forma para
transformar centopeias, aranhas e outros
vermes em criaturas mais adequadas para suas
necessidades atuais.
Ordikon está aqui, estudando sem descanso
livros sobre metalurgia e tentando descobrir
como potencializar seu maior triunfo. Infe-
lizmente para ele, a transição da carne para o
metal desequilibrou sua mente — desde sua
mudança, ele perdeu a capacidade de aprender
e se aprimorar. Ironicamente, essa transforma-
ção também lhe concedeu a imortalidade, mas
embora ele exista há 10.000 anos, Ordikon não
expandiu seu conhecimento desde sua trans-
formação triunfante (e amaldiçoada).
53
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

Ele mantém sua inteligência e capacidade de Equipamento: Cajado do poder do mithral

lógica, mas não tem mais o impulso e a criati-
vidade que possuía. Sua mente se tornou mais
parecida com a de um construto ao longo dos
séculos. Ele lê incansavelmente os mesmos
textos, agarrando-se aos pequenos detalhes,
mas incapaz de reconciliá-los com informações
anteriores.
Embora Ordikon não tenha problemas em
estudar seus feitiços e reter o conhecimento
das tradições mágicas, sua mente tem dificul-
dade em manter memórias de natureza menos
técnica. Portanto, ele tem apenas vagas lem-
branças do tempo antes de sua transformação.
Às vezes, ele pode se lembrar, que outros
magos trabalharam com ele, e que uma vez
serviu a um homem chamado Izomandakus.
Suas memórias hoje lhe dizem que esses outros
eram como ele, homens de metal que mereciam
governar o reino inferior da carne transitória.
Argumentos que contrariem isso apenas o con-
fundem e gradualmente aumentam sua raiva.
Suas memórias distorcidas o
tornam um alvo ruim para inter-
rogatório sobre a Tassilônia.
P Ordikon, O Mago de Mithral: Veja a
seguir.
(For+d6, veja a página 97), pérola do
poder, bastão da metamágica maior, 500 po
em pó de diamante.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Pele de mithral.
„ Fortificação: Ordikon ignora dano
adicional por ataques localizados.
„ Fraqueza Ambiental: Eletricidade
„ Gravidade Reversa: Como uma ação
limitada, Ordikon pode posicionar um
Modelo Grande de Explosão a até 10
quadros (20 metros). Qualquer um dentro
do modelo que não consiga Evadir “cai”
20 metros para cima. Se isso fizer com que
atinja uma superfície dura (como um teto),
recebe dano como se estivesse caindo.
Qualquer um que entre no modelo após
ter sido criado “cai” automaticamente para
cima. A Duração é de cinco rodadas, mas

P ORDIKON, O MAGO DE MITHRAL

Tipo: Humanoide Maligno (Humano Mago)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d12+1,
Espírito d8, Força d6, Vigor d12
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Acadêmico d12, Conhecimento Geral d10,
Conjurar d10, Lutar d8, Ocultismo d8,
Perceber d8, Persuadir d6
Movimentação: 7; Aparar: 6;
Resistência: 14 (6)
Vantagens: Artífice, Concentração,
Maestria Arcana, Mago, Poderes
Favorecidos (Mago), Surto de Poder
Poderes: Aumentar Característica, banir,
barreira, deflexão, detectar arcano,
dissipar, encolhimento, explosão,
ilusão, morosidade/velocidade,
mudança de forma, medo,
proteção, proteção ambiental, raio,
rajada, teleporte, voar. ORDIKON,
Pontos de Poder: 25 O MAGO DE
MITHRAL
54

quem de alguma forma conseguir sair do
modelo cai e não é mais afetado.
„ Habilidades de Classe (Mago):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(Cajado do Poder do Mithral), Escola
(Transmutação, Encantamento, Ilusão),
Grimórios, Interferência de Armadura
(Qualquer).
„ Imparável: Ordikon não pode sofrer mais
do que um Ferimento em um único ataque
(após rolagens de Absorção serem feitas).
„ Pancada: For+d4.
„ Resistência Ambiental: Fogo.
Idiomas: Aklo, Demoníaco, Diabólico,
Dracônico, Gigante, Terran, Tassilônico.
TÁTICAS
Ordikon começa todos os dias lançando prote-
ção, que dura horas, graças às suas descobertas.
No caso dele ouvir combate nas proximidades
(ou se ouvir qualquer um dos golens na área G4,
caso sejam ativados), ele aproveita para lançar
os seguintes feitiços antes de investigar: deflexão,
voar, proteção ambiental (eletricidade ), aumentar
Característica (Lutar) (incluído em seu perfil) e
velocidade.
Se pego de surpresa, Ordikon usa teleporte
para viajar para a área G8, conjura seus feitiços
defensivos de curto prazo conforme descrito
acima, então retorna para G6 para enfrentar
os heróis e heroínas. Ele sempre começa lan-
çando raio e medo, junto com ilusão (reflexo de
si mesmo).
Ordikon luta até ser reduzido a um feri-
mento e então usa o teleporte para viajar para a
área G8. Se confrontado lá, ele luta até a morte.
TESOURO
Os livros de pesquisa espalhados por esta sala
valem um total de 10.000 po. Eles detalham
vários experimentos e anotações parciais sobre
o enigma de transmutar chumbo em ouro.
Eles fornecem um bônus de +1 em rolagens
de Ocultismo relacionados a transmutação e
construtos. Uma personagem que passe várias
horas lendo esses livros descobre anotações e
descrições da solução que os Mestres da Ava-
reza encontraram para proteger Karzoug da
queda da Tassilônia.
Parte Cinco: O Cofre Da Avareza
Ao construir um poço rúnico maior do que
qualquer outro, Karzoug poderia se colocar
em estase entre as realidades, flutuando entre
Golarion e um plano hostil chamado Leng.
Assim que a poeira baixasse, o plano era que
um dos aprendizes de Karzoug o libertasse.
Os detalhes desse processo não estão regis-
trados nos livros — os magos de Forjarrúnica
estavam focados apenas em ajudar na constru-
ção do poço rúnico, não no que veio depois que
ele foi concluído.
Também estão presentes aqui os grimórios
de Ordikon; um mago ou maga que os examine
os considera particularmente incomuns, pois
muitas das anotações e fórmulas são redun-
dantes. Feitiços geralmente ocupam o dobro
do espaço necessário nesses livros, como se o
mago que os registrou tivesse o hábito de se
repetir de várias maneiras sem perceber.
G7 SALÃO DO ÁUREO REPOUSO
Este amplo salão é pavimentado com tábuas
de madeira polida e suas paredes são cobertas
com azulejos coloridos de jade. O teto é feito de
pedra lustrosa que reflete a luz de três lanter-
nas decorativas que iluminam brilhantemente
dez estátuas douradas reluzentes de homens e
mulheres em várias poses de prontidão para o
combate que ficam ao longo das paredes.
Todas as dez estátuas nesta sala já foram sol-
dados e consortes a serviço dos Mestres da
Avareza. Essas almas infelizes foram doloro-
samente banhadas em ouro enquanto ainda
estavam vivas, porém paralisadas e colocadas
em poses agradáveis ​​enquanto o ouro que
revestia seus corpos endurecia.
Um exame minucioso das estátuas revela
olhares de surpresa, raiva e medo em seus
rostos. Cada estátua efetivamente está oca,
contendo um cadáver ressecado e quebradiço.
Infelizmente, como a decoração extravagante,
o ouro dessas estátuas não pode existir além
desta ala de Forjarrúnica.
Um demônio nalfeshnee chamado Zuvu-
zeg guarda esta sala, devido a um feitiço de
ligação colocado por um dos agora falecidos
aliados de Izomandakus. O nalfeshnee sabe
55
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
que Izomandakus está morto e caiu em um
ataque de desespero.
O feitiço de ligação o mantém preso dentro
desta sala e servindo como um mísero guardião
para a poderosa piscina mágica na sala além. O
feitiço foi produzido para que Zuvuzeg esca-
passe dos termos de sua servidão permanente
somente depois que ele fizesse Izomandakus
rir, chorar, gritar e se alegrar usando nada mais
do que o poder da habilidade de contar histó-
rias do nalfeshnee.
Ao longo dos anos, Zuvuzeg concluiu três
dessas tarefas com piadas, parábolas e contos,
mas ainda não havia conseguido fazer o estoico
transmutador gritar. E agora que Izomandakus
está morto, o nalfeshnee percebeu que nunca
poderá escapar de sua servidão exceto pela
morte, ou sendo libertado por outro.
Nenhum dos outros magos aqui está parti-
cularmente interessado em libertar o demônio
e por isso ele vê os heróis e heroínas como sua
última chance de liberdade. Ele lhes promete
uma grande recompensa se eles puderem dis-
sipar o efeito de ligação que o mantém aqui (o
dissipar é feito com -2), ou de outra forma conse-
guirem bani-lo de volta para o Abismo.
Se os heróis e heroínas conseguirem fazê-lo,
o demônio ri e lhes diz que sua grande recom-
pensa não é nada mais do que sua indiferença
— ele não os atacará ou os impedirá de entrar na
câmara adiante, que garante conter de fato um
grande tesouro.
O demônio, uma vez libertado, começa a
percorrer Forjarrúnica procurando um método
para escapar. Você pode usá-lo como um aliado
recorrente (embora não confiável) ou para frus-
trar as personagens dos jogadores e jogadoras,
conforme achar melhor. Se os aventureiros e
aventureiras não conseguirem libertar o demô-
nio, ou se o atacarem ou zombarem de sua dita
grande recompensa, ele luta até a morte.
P Zuvuzeg: Veja a seguir.
P ZUVUZEG
Um nalfeshnee tem a cabeça de um javali
e braços terminando em mãos gordas com
quatro dedos.
Tipo: Extraplanar Maligno (Nalfeshnee)
56
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d12,
Espírito d12, Força d12+6, Vigor d12
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Geral d4, Furtividade d4, Intimidar d8,
Lutar d10, Ocultismo d8, Perceber d10,
Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 16 (2)
Vantagens: Resistência Arcana, Varredura
Aprimorada
Habilidades Especiais:
„ Armadura +2: Pele demoníaca.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
-4 de dano de ácido, frio e fogo; detectar
arcano menor.
„ Halo Profano: Três vezes por dia como uma
ação livre limitada, um nalfeshnee pode
criar um halo de luz profana. No início de
seu próximo turno, todos que não sejam
extraplanares em um raio de 5 quadros (10
metros) devem fazer uma rolagem de Espí-
rito ou serão Atordoados.
„ Invocar: Uma vez por dia, como ação
limitada, esta criatura pode invocar outro
nalfeshnee ou dois vrocks.
„ Mordida/Garras: For+d6, PA 2.
„ Pancada: Ignoram 4 pontos de penalidade
de Escala.
„ Poderes Inatos: Raio Maior (convocar
relâmpagos), dissipar maior, teleporte menor
(Teleporte Melhorado, pessoal).
„ Tamanho 6 (Grande): Demônios
Nalfeshnee têm 6 metros de altura e pesam
4.000 quilos. A criatura pode receber um
Ferimento extra.
„ Visão no Escuro: Nalfeshnee ignoram
penalidades de Iluminação por até 10
quadros (20 metros).
„ Voo: Movimentação 7.
G8 PISCINA ARCANA ELEMENTAL
Vigas prateadas sustentam um teto abobadado
coberto por painéis de madeira escura polida
incrustados com glifos pontiagudos. A maior
parte do piso da câmara ondula em uma imensa
poça de 12 metros de diâmetro de um líquido
azul profundo.
Flashes de relâmpagos e pequenas chamas
dançam ao longo de sua superfície, pontuados
 Parte Cinco: O Cofre Da Avareza

por trovões, assobios e gritos cacofônicos.
Formas vagas se contorcem nas correntes abaixo
da superfície da piscina.
Esta é a piscina arcana elemental, uma pode-
rosa piscina mágica criada pelos Mestres da
Avareza na tentativa de construir uma segunda
forjarrúnica que só eles poderiam usar, insatis-
feitos como estavam em compartilhar a que
estava no centro de Forjarrúnica.
Suas habilidades, no entanto, não podiam
se equiparar ao que os Lordes Rúnicos haviam
criado, então a piscina arcana elemental foi
uma criação falha. Uma rolagem de Ocultismo
revela que as águas são infundidas com magia
bruta e podem ser usadas para reparar ou
recarregar itens mágicos.
A piscina tem apenas um metro de profundi-
dade, mas é perigosa mesmo assim. A presença
da piscina faz com que as almas não avarentas
fiquem rapidamente desorientadas e confusas
— forçando-as a fazer uma rolagem de Espírito
a cada rodada em que permanecerem a até 4
metros da borda ou sofrerão Dreno de Energia
(Astúcia e Espírito) enquanto a alma da perso-
nagem é drenada e convertida em magia bruta
pela piscina. O contato físico com as águas da
piscina causam um -2 na rolagem.
Qualquer criatura cuja Astúcia ou Espírito
seja reduzida abaixo de d4 é absorvida mental
e fisicamente pela água, com seu corpo e alma
convertidos em magia bruta. Uma criatura
morta dessa maneira deixa para trás seu equi-
pamento, mas nada do corpo físico da vítima
permanece.
TESOURO
A piscina arcana elemental tem a capacidade
de recarregar itens mágicos, mas para fazê-lo
extrai o poder daqueles próximos. Mergulhar
um item mágico nas águas faz com que ele
brilhe intensamente por 1d4 horas — a menos
que o item use cargas, este é o único efeito.
Se um item com cargas for colocado na pis-
cina, role na tabela abaixo para determinar o
que acontece. Cada vez depois da primeira
em que um item for mergulhado, aplique uma
penalidade cumulativa de -1 na rolagem.
Uma personagem pode coletar água da pis-
cina. Uma vez retirada da piscina, a água se
torna água pura que irradia uma fraca magia
de transmutação, embora seja comum de qual-
quer outra forma (exceto por seu valor como
um componente para forjar armas rúnicas —
veja o apêndice).
A piscina pode ficar inerte por 1d4 rodadas
conjurando dissipar (com um -2 na rolagem). A
água coletada da piscina enquanto está inerte
ainda funciona como um componente para
forjar armas rúnicas.

RESULTADO DE RECARGA
1D6 EFEITO
Explosão: O item explode em um Modelo Grande de Explosão e é destruído. A explosão
1 é de um tipo de energia aleatório que causa 1d6 de dano por carga que havia no item
quando explodiu (até 10d6). Isso pode ser Evadido para causar metade do dano.
Tiro Pela Culatra: A poça drena 1d10 cargas e causa à personagem 1d6 pontos de dano
2 (de um tipo de energia aleatório) por carga drenada (Isso pode ser Evadido para causar
metade do dano).
3 Sem Efeito: O item brilha como uma tocha por 1d4 horas, mas não ganha cargas.
4 Recarregar: O item brilha e recupera 1d10 cargas.
Recarga Completa: O item brilha duas vezes mais que uma tocha e fica totalmente
5
carregado.
Sobrecarga: O item agora brilha permanentemente duas vezes mais forte que uma tocha
6
e recupera automaticamente 1d10 cargas a cada 7 dias por conta própria.

57
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

PARTE SEIS: AS GAIOLAS DE FERRO DA LUXÚRIA

Esta ala destinava-se a ser um local de adestramento e treinamento de
escravos. Originalmente cuidados por uma irmandade de encantadoras, essas
magas também foram convocadas pela Lorde Rúnica Sorshen para ajudar
no desenvolvimento de métodos para que ela alcançasse a imortalidade e,
finalmente, uma maneira de sobreviver após a queda da Tassilônia. Porém, ao
contrário de várias outras alas, não resta nenhuma informação sobre
como esses objetivos foram alcançados, pois não muito tempo depois da queda
da Tassilônia, as irmãs foram traídas por uma de suas próprias servas, uma
súcubo chamada Delvahine.

D
epois de orquestrar a traição e o assassinato
de suas mestras, Delvahine ficou furiosa ao
descobrir que não conseguia escapar de For-
jarrúnica e retornar ao Abismo. Sua fúria durou
por várias centenas de anos, até que finalmente
ela aceitou seu destino e começou a fazer de seu
novo lar algo mais adequado aos seus desejos.
Ela transformou grande parte dessa ala em
um imenso aposento e recrutou ajuda das
outras alas ao secretamente enfeitiçar ou mani-
pular os habitantes encontrados nelas.
Hoje, Delvahine, encarregada de um
pequeno exército de servos escravizados e
suplicantes, governa as Gaiolas de Ferro de
maneira rigorosa e inflexível. Suas quatro
seguidoras favoritas são suas filhas, demônias
alû que atuam como suas guardiãs e amantes,
conforme o desejo de Delvahine.
Demônias alû são descendentes de uma
súcubo e um humano — neste caso, Delvahine
e quatro aprendizes mortos há muito tempo
sequestrados de outras alas de Forjarrúnica.
Delvahine não tem laços reais com a Tassilônia
ou com os lordes rúnicos, mas as câmaras que
ela guarda são a chave (junto com as do orgu-
lho) para a derrota de Karzoug.
O envelhecimento funciona de forma
incomum nas gaiolas de ferro. As criaturas
param de envelhecer quando se tornam adul-
tas e, enquanto permanecem na catedral, são
imortais. Porém, essa imortalidade não se
estende além dessa ala, fazendo com que uma
criatura que saia dela seja subitamente atingida
pelo peso dos anos e eras passados.
Todos os habitantes das Gaiolas de Ferro têm
milhares de anos e, se saíssem virariam pó ime-
diatamente — a única exceção a isso é a própria
Delvahine. Já sendo imortal, a súcubo pode ir e
vir quando quiser — dentro dos limites impos-
tos por Forjarrúnica.
H1 CATEDRAL DA SEDUÇÃO
Esta grande catedral não pode ser chamada de
outra coisa além de opulenta. O chão é coberto
de ladrilhos polidos vermelhos e brancos. Pilares
grossos esculpidos à semelhança da mesma bela
mulher nua com longos cabelos esvoaçantes cir-
cundam a sala sustentando um teto abobadado
de trinta metros de altura, onde um mural gigan-
tesco retrata homens e mulheres envolvidos em
todos os tipos de atos carnais.
Numerosos cubos de três por três metros se ali-
nham no anel externo da catedral, enquanto no
centro fica um pavilhão de lençóis de seda opacos.
Perto das paredes da catedral estão várias gaiolas
de aparência delicada, com seus lados sendo mais
decorativos do que práticos.
Algumas delas contêm o que parecem ser
cadáveres antigos, embora um corpo em uma

58
 ParteSeis:AsGaiolasDeFerroDaLuxúria
gaiola no canto norte da câmara pareça estar se
agarrando à vida.
Esta ala consiste em uma única sala — uma
imensa catedral forrada com pilares de marfim
esculpidos à semelhança de Sorshen, a Lorde
Rúnica da Luxúria. Os pilares são feitos de ferro
incrustado de marfim, retratando-a em várias
posições sensuais. As gaiolas são uma espécie
de vitrines das várias conquistas de Delvahine;
elas são detalhados nas áreas H2 a H4.
As crias demônios alû de Delvahine são as
zeladoras desta câmara. Com permissão para
entrar na paliçada de sua senhora apenas
quando convidadas ou nas mais graves emer-
gências, elas ficam longas horas aqui, de guarda,
atormentando os prisioneiros que tiverem, ou
de alguma outra forma passando o tempo.
As quatro irmãs se chamam Eryalla, Lelyrin,
Voivod e Zevashala. Elas se assemelham a
mulheres humanas incrivelmente belas, exceto
pelos chifres em suas sobrancelhas, suas presas,
seus pés com garras e suas asas de morcego.
Cada uma veste pouco mais do que algumas
peças de joias mágicas e roupas frágeis, mas
antes de virem investigar os intrusos, elas
tomam o cuidado de recuperar seus ranseurs.
Elas reagem à chegada do grupo com entu-
siasmo, voando no ar em círculos e fazendo
comentários lascivos e incisivos para cada herói
e heroína. As demônias alû mantêm sua senhora
Delvahine informada da situação através de elo
mental e se contentam em zombar cruelmente
ou flertar com os invasores, até que os heróis e
heroínas ataquem, tentem entrar no pavilhão ou
tentem interagir com qualquer uma das gaiolas.
Caso qualquer uma dessas condições ocorra,
as demônias alu descem para atacar. Se os
aventureiros e aventureiras já exploraram os
Véus Cintilantes do Orgulho e mencionarem
Vraxeris (consulte a página 69) pelo nome
ou indicarem que possuem alguma informa-
ção dele que sua senhora possa querer ver, as
demônias alû seguram seus ataques por tempo
suficiente para alertar telepaticamente Delvah-
ine que ela tem convidados.
A súcubo então contata os heróis e heroínas
telepaticamente, pedindo-lhes que declarem seu
propósito. Neste caso, sua reação inicial é anti-
pática ao invés de hostil. Se a conversa telepática
puder torná-la pelo menos amigável, ela concede
permissão para o grupo entrar em seu pavilhão
para falar com ela. Neste caso, as personagens são
escoltadas por todas as quatro demônios alû.
P Eryalla, Lelyrin, Voivod e Zevashala:
Veja a seguir.
P ERYALLA, LELYRIN, VOIVOD E
ZEVASHALA
Tipo: Extraplanar Maligno (Demônia Alû)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d12+1, Vigor d12
Perícias: Atletismo d8, Furtividade d8,
Lutar d10, Ocultismo d8, Perceber d10,
Performance d6, Persuadir d10, Provocar d8
Movimentação: 6; Aparar: 8; Resistência: 13 (5)
Complicações: Má Sorte
Vantagens: Bloquear, Esquiva, Guerreiro
Treinado, Humilhar, Provocador, Retirada
Poderes: Disfarce, fantoche, ler a mente, teleporte.
Pontos de Poder: 15
Equipamento: Ranseur obra prima (For+d8,
PA 3, Alcance 1), cinto da força física menor,
braçadeiras da armadura (+2), joias valendo
8.000 po.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +3: Pele demoníaca.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
-4 de dano de ácido, frio e fogo; +4 de dano
de ferro frio; detectar arcano menor.
„ Fanática: Quando Delvahine é atingida por
um ataque bem-sucedido, essa personagem
pode pular na frente da súcubo e receber o
ataque em seu lugar.
„ Garras: For+d4.
„ Garras Vampíricas: Demônios alû podem
fazer uma rolagem de Cura Natural sempre
que causarem um Ferimento com suas garras.
„ Incansável: Demônios alû não sofrem
penalidades por seu primeiro nível de
Fadiga.
„ Poderes Inatos: Elo mental maior.
„ Visão no Escuro: Demônios alû ignoram
penalidades de Iluminação por até 10
quadros (20 metros).
„ Voo: Movimentação 8.
Idiomas: Comum, Demoníaco, Diabólico,
Dracônico, Élfico.
59
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
AS GAIOLAS DE FERRO DA LUXÚRIA
H2 H4
H2
H7
H6
H2
H8
H4
H2 H2
1 QUADRO = 2 METROS
TÁTICAS
As demônios alû começam o combate usando
fantoche em inimigos fortemente armadura-
dos, sugerindo que esses oponentes tirem
suas armaduras e equipamentos para que
elas possam “lhes ver melhor”. Elas vão tentar
isso duas vezes antes de mudar de tática. Elas
evitam o corpo a corpo o máximo que podem,
pairando fora do alcance de inimigos que não
voam e usando seus ranseurs.
Se uma demônio alû for forçada a entrar em
combate corpo a corpo, as outros se juntam a
sua irmã, com uma delas flanqueando o ini-
migo e as outras diretamente atrás de suas
irmãs, atacando usando o alcance dos ranseurs
para que todas as quatro possam atacar um
alvo ao mesmo tempo.
Se reduzida a um Ferimento, uma demônio
alû usa teleporte para viajar para a área H7 e
assume uma posição protetora ao lado de sua
senhora. Se esta demônio alû tiver um herói ou
heroína sendo afetada por seu fantoche, ela leva
essa personagem com ela quando se retira. Del-
vahine pode ou não oferecer cura a suas filhas e
seus novos animais de estimação.
60
H2
H4
H2
H5
PARA
H1
ÁREA D
H2
H4 H3
N
H2 EXIBIÇÕES VAZIAS
Aqui, uma gaiola de tamanho humano com
frágeis barras de prata decoradas com delica-
dos pássaros e flores douradas repousa sobre
quatro pernas delgadas. A gaiola não parece ter
uma porta.
Essas gaiolas são de fato muito mais sólidas do
que parecem, pois cada uma é uma prisão de
energia permanente com uma concha metálica
decorativa construída em torno dela. As prisões
de energia em si são cubos sólidos e o ar em seu
interior se renova como em outros lugares em
Forjarrúnica.
Não existe nenhuma maneira não mágica de
entrar ou sair desses cubos. Quando uma nova
vítima é capturada, Delvahine normalmente a
deixa inconsciente e então duas de suas filhas
carregando o corpo do cativo entre elas usam
teleporte para entrar na gaiola, deixar o prisio-
neiro e depois usam o teleporte novamente para
sair. Uma vez que os troféus estejam enjaulados,
Delvahine pode visitá-los à vontade.
 ParteSeis:AsGaiolasDeFerroDaLuxúria
TESOURO
As gaiolas de ouro e prata valem 1.000 po cada
se o grupo remover o metal da prisão de ener-
gia dentro de cada uma delas. Cada gaiola pesa
125 quilos.
H3 SR. VIRA-LATA
O interior desta gaiola contém um homem trê-
mulo usando pouco mais do que um conjunto de
correntes e um grosso colar de couro. Um par de
tigelas de barro ocupa um canto e há uma pilha
de palha em outro.
Algumas semanas antes da queda da Tassilônia,
um jovem soldado chamado Nelevetu Voan
ganhou a inimizade de uma das zeladoras da
Catedral da Luxúria. Ele foi aprisionado aqui
como punição, onde permaneceu pelos últimos
10.000 anos.
Ao longo desses anos, Delvahine e suas filhas
o visitaram inúmeras vezes, de modo que ele tor-
nou-se pouco mais do que um animal trêmulo
com a energia drenada à beira da morte, mas inca-
paz de morrer enquanto a catedral o sustentar e
as demônias não o forçarem demais. As alu-de-
mônias passaram a chamá-lo de Sr. Vira-Lata e
pensam nele como seu animal de estimação.
Nelevetu é uma casca quebrada de homem,
e sua loucura é tão profunda que ele agora é
pouco mais do que um brinquedo para as
sedutoras sádicas. Sua reação ao grupo, caso
o libertem, deve ser lamentável e repugnante,
até mesmo chocante. Magia poderosa pode res-
taurar sua sanidade, mas com 10.000 anos de
memórias pesando sobre ele, a sanidade pode
ser um destino mais cruel do que a morte.
Se os heróis e heroínas o curarem de sua
loucura (curar uma Lesão Incapacitante) e
puderem acalmar seus medos com uma rola-
gem de Persuadir com -4 (ou qualquer tipo de
controle mental), eles poderão aprender muito
sobre a Tassilônia – afinal ele era um oficial no
exército de Sorshen.
Você pode usar Nelevetu para incutir no
grupo a gravidade da situação — seus relatos
sobre as crueldades dos lordes rúnicos devem
ser o suficiente para convencer o grupo de que
o retorno de um deles seria um desastre para
Varísia. No mínimo, Nelevetu pode fornecer
aos heróis e heroínas uma boa quantidade das
informações sobre Shalast e Karzoug apresen-
tadas na página 98.
Nelevetu só continuará vivo enquanto per-
manecer na Catedral da Luxúria. Se partir, ele
imediatamente se desintegrará quando os anos
finalmente o reivindicarem. As estatísticas de
Nelevetu abaixo o apresentam nesse estado
enfraquecido, traumatizado e insano; ele ainda
precisará de equipamentos se for capaz de ajudar
os heróis e heroínas, e mesmo assim ele não pode
sair desta sala sem desmoronar imediatamente.
P Nelevetu Voan: Veja a seguir.
P NELEVETU
Tipo: Humanoide Neutro (Humano
Guerreiro)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d10, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d8, Lutar d10,
Perceber d8
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 7
Vantagens: Arma Predileta Aprimorada
(Alabarda), Guerreiro, Rápido, Retirada
Habilidades Especiais:
„ Esquizofrênico: Nelevetu sofre de loucura
— especificamente, de um potente caso de
esquizofrenia. Essa condição debilitante
reduz suas rolagens de Espírito em -4.
Além disso, ele deve fazer uma rolagem
de Espírito a cada rodada em que estiver
em uma situação estressante (como um
combate) para resistir a ficar Atordoado.
Idiomas: Comum, Demoníaco, Dracônico,
Tassilônico.
TÁTICAS
Se atacado, Nelevetu grita e chora, mas faz o
possível para lutar e se defender — embora seja
mais provável que ele fique atordoado devido
à sua esquizofrenia. O barulho que ele faz se
estiver fora de sua jaula é suficiente para alertar
todos os habitantes das Gaiolas de Ferro, que
vêm investigar imediatamente. Se curado de
sua loucura, Nelevetu agradece e concorda em
ajudar aqueles que o salvaram na luta contra
suas opressoras.
61
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Nelevetu luta até a morte, independente do
estado de sua mente e alma — ele não é suicida,
mas depois de viver tanto, ele certamente não
tem mais medo da morte.
H4 CUBOS DE CADÁVERES
O interior destes cubos pesa com o fedor da
morte. Um cadáver humano quase esquelé-
tico repousa no meio da cela, cercado por uma
mancha de corrupção e podridão antiga.
Esses corpos estão todos mortos há pelo menos
centenas de anos (milhares em alguns casos),
vítimas antigas da súcubo cujos corpos foram
deixados para apodrecer depois que morreram.
(Dentro de cada cubo, as estranhas energias que
concedem imortalidade àqueles que vivem
nesta ala de Forjarrúnica anulam os efeitos
preservadores da masmorra, permitindo que
a carne morta se decomponha normalmente.)
Cada um dos quatro foi pai de uma das
demônios alû, que tratam esses cubos com um
respeito quase sagrado.
62
H5 PAVILHÃO DE DELVAHINE
Este enorme pavilhão é feito de lençóis de
seda de várias cores — carmesim, lavanda,
ocre, azul cobalto e roxo. As laterais ondulam
suavemente, como se uma brisa acariciasse sua-
vemente o tecido.
Toda a estrutura parece descaradamente
glamourosa e fora de lugar, mas, aqui e ali,
respingos do que só pode ser sangue estragam
sua beleza.
Este pavilhão serve Delvahine como um
palácio de prazer. Ela costuma convidar suas
filhas para ajudar em suas depravações, mas
com a mesma frequência confia em criaturas
que ela coletou de outras alas de Forjarrúnica.
Sua reputação como uma meretriz perigosa e
imprevisível é bem merecida.
O pavilhão, ao contrário de sua aparência,
não é uma coisa frágil feita de tecido. As folhas
de tecido são feitas de seda resistente colhida
de aranhas gigantes que habitam as Fendas
Exteriores do Abismo.
 ParteSeis:AsGaiolasDeFerroDaLuxúria
Cada uma das paredes do pavilhão exige
um grande esforço para serem atravessadas
ou quebradas e são resistentes à maioria dos
ataques físicos e de energia (Dureza 13; ácido
é necessário). Embora este tecido exótico valha
dezenas de peças de ouro por metro quadrado,
qualquer coisa levada para além das Gaiolas de
Ferro rapidamente se desfaz em flocos de poeira
inúteis momentos depois de deixar a influência
preservadora desta ala de Forjarrúnica.
H6 ENTRADA DO PAVILHÃO
Vários tapetes grossos, almofadas e travessei-
ros com borlas cobrem o chão desta câmara
decadente. Há aromas estranhos e exóticos no
ar, provavelmente vindos de vários braseiros e
incensários fumegantes equilibrados em elegan-
tes suportes de prata nos cantos da sala.
Um grupo de gigantes de pedra há muito
dominado monta guarda aqui. Delvahine os
recebeu como um presente de Vraxeris milha-
res de anos atrás, quando ele começou a se
aproximar da súcubo com a conversa sobre
um tratado (veja os Véus Cintilantes na página
67 para mais informações).
Os próprios gigantes de pedra são escravos
de Delvahine há tanto tempo que já não têm
mais memórias de suas vidas anteriores, ou
sequer o conceito de que não são os únicos
membros de sua espécie no mundo.
• Gigantes de Pedra Escravizados (5): Veja
a seguir.
GIGANTE DE PEDRA ESCRAVIZADO
Tipo: Humanoide Neutro (Gigante de Pedra)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d6,
Espírito d6, Força d12+1, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d8, Lutar d8,
Perceber d8, Persuadir d6
Movimentação: 7; Aparar: 6; Resistência: 13 (3)
Vantagens: Varredura
Equipamento: Malho (For+d10, PA 2).
Habilidades Especiais:
„ Armadura +3: Pele de granito.
„ Arremesso de Pedras: Gigantes são
excepcionalmente bons em arremessar
pedras e podem até mesmo arremessá-las
em Distância Extrema. Dano For+d12,
Distância 20/40/80, Arma Pesada.
„ Resiliente: Gigantes de pedra podem
receber um Ferimento antes de serem
Incapacitados.
„ Tamanho 3: 3,60 m de altura.
Idiomas: Comum, Gigante.
TÁTICAS
Se alguém entrar, os gigantes de pedra movem-
-se para bloquear a entrada na sala e gritam um
aviso para sua senhora. Se ela não responder
a eles telepaticamente em uma rodada per-
mitindo a entrada dos visitantes, os gigantes
atacam imediatamente.
Seu objetivo principal é impedir que
qualquer pessoa entre no pavilhão e eles aban-
donarão os alvos conforme necessário para
fazer exatamente isso.
Os gigantes lutam até a morte.
TESOURO
Os quatro queimadores de incenso são peque-
nos dispositivos mágicos que nunca se apagam
ou ficam sem combustível; eles podem ser
comandados a emitir quaisquer quantidades
de aromas agradáveis ​​e levemente narcóticos.
Cada um vale 500 po.
H7 CÂMARAS DA SRA. DELVAHINE
O ar nesta sala está estranhamente viciado —
parecendo quase brilhar com uma névoa de
cheiro agradável. Travesseiros, almofadas e
tapetes cobrem o chão e quatro camas ficam nos
cantos do quarto.
Cada cama tem uma estrutura de ferro à qual
estão presas várias cordas e tiras de couro.
Um grande trono acolchoado está encostado
na parede de fundo, entre duas camas, enquanto
em outro canto, em frente a ele, um incensário
alto e fino fica em uma mesa baixa de madeira – é
daqui que a névoa tênue parece estar saindo.
Esta câmara é o local de divertimento pessoal
de Delvahine, um lugar onde ela pode satis-
fazer todas as suas depravações e desejos. O
incensário na mesa de madeira escura é parte
63
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

de uma armadilha para enfraquecer a vontade

daqueles que entram aqui — o poder do item
mágico incomum está ligado à magia desta
ala de Forjarrúnica e, se for retirado desta área,
deixa de funcionar até que seja trazido de volta.
A fumaça do incensário emite constantemente
um efeito de névoa mental em uma extensão de
24 metros — esta sala e a área H8 estão cheias
de névoa. A névoa produzida por este incensá-
rio não afeta pessoas que estejam fora dela. Mas
qualquer outra criatura que entrar na área deve
fazer uma rolagem de Espírito ou sofrerá -2 em
rolagens baseadas em Espírito enquanto perma-
necer na névoa e por 2d6 rodadas depois de sair.
Um vento moderado dispersa a névoa, mas
ela preenche a área imediatamente assim que
o vento passa.
Delvahine passa quantidades iguais de seu
tempo descansando e engajada em todos os
tipos de devassidão envolvendo suas filhas, os
gigantes, demônios invocados, participantes
convocados através de conjurar aliado, ou apenas
ela mesma. Ela reage mal a interrupções e, se
os heróis e heroínas ainda não fizeram contato
com ela e garantiram uma audiência, ela chama
telepaticamente por ajuda de qualquer gigante
ou filha sobrevivente e ataca imediatamente.
Se o grupo conseguir uma audiência com a
súcubo mencionando Vraxeris, ela está curiosa
para saber por que ele não a contata há anos. Se ela
souber de sua morte, sua reação de jubilo se volta a
favor do grupo — seu divertimento com o fracasso
dele em manter seus clones a deixa de bom humor.
Contanto que os heróis não a insultem, ela
concorda em dar ao herói ou heroína que achar
mais atraente um de seus brinquedos da área H8
para ser usado na fonte de forjarrúnica — tudo o
que ela pede em pagamento é que um dos heróis
ou heroínas a acompanhe até seu boudoir para
alguns minutos de diversão... à sós.
Ela também aceitará pagamento em joias ou
itens mágicos no valor de pelo menos 5.000 po —
uma opção melhor, já que qualquer pessoa deixada
sozinha com Delvahine por alguns minutos está
em apuros. Essas personagens normalmente tem
sua energia drenada até a morte, se tiverem sorte.
P Delvahine: Veja a seguir.
P DELVAHINE
Tipo: Extraplanar Maligna (Súcubo Barda)
Atributos: Agilidade d12, Astúcia d10,
Espírito d8, Força d10, Vigor d10
Perícias: Atletismo d10, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d8, Lutar d10,
Ocultismo d8, Perceber d8,
Performance d10, Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 7 ou 9 (açoite
sádico); Resistência: 15 (8)
Vantagens: Arma Predileta Aprimorada
(açoite sádico), Armadura Arcana, Bardo,
Contra-Canção, Inspirar Heroísmo, Lutar
com Duas Armas, Marcha Fúnebre, Muito
Atraente, Sorte
Poderes: Cegar, confusão, cura, fantoche, dissipar,
ilusão, invisibilidade, velocidade.
Pontos de Poder: 20
Equipamento: Açoite sádico (For+d6, PA 1,
veja a página 96), Adaga (For+d4, PA 1,
Precisão), camisa de malha de mithral (+4,
Égide, Transformação), cinto da perfeição
física menor (Agilidade e Vigor).
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Pele infernal.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
+4 de dano de ferro frio; -4 de dano de
ácido, frio e fogo; detectar arcano menor.
„ Detectar o Bem: Súcubos podem detectar
criaturas boas a 5 quadros (10 metros).
„ Drenar Energia (Vigor): Uma súcubo pode
drenar um mortal que ela atrai para um
DELVAHINE

64
 ParteSeis:AsGaiolasDeFerroDaLuxúria

ato de paixão, tal como um beijo. A vítima de Vraxeris. Quando ela descobre que ele está
resiste com Vigor -2. Uma vítima relutante morto e que restaram apenas seus simulacros,
deve ser agarrada antes. Uma vítima ela assume sua forma, se alia aos seus simula-
já encantada pela empatia do demônio cros e aguarda a chegada dos heróis e heroínas
ainda resiste, mas não entende o que está naquela ala para se vingar.
acontecendo.
„ Garras: For+d6, PA 2. TESOURO
„ Habilidades de Classe (Bardo): Uma rolagem de Perceber revela algo escon-
Antecedente Arcano (Bardo), Interferência dido debaixo da cama mais ao sul: uma sacola
de Armadura (Leve), Língua Afiada. prestativa que contém um manual do aumento
„ Poderes Inatos: Disfarce maior (humanoide de atributo (Astúcia), seis poções de cura Maior
apenas), elo mental menor, empatia (encantar, e uma poção de ajuda menor.
duração de uma semana; Persuadir),
fantoche maior (uma vez por dia), falar
idioma maior (pessoal), teleporte menor PREMIAÇÃO DE CONVICÇÃO!
(Teleporte Melhorado, pessoal).
„ Presente Profano: Uma vez por dia,
Se os aventureiros e aventureiras conseguirem
uma súcubos pode garantir um presente
um componente de forja de arma rúnica de Del-
profano a uma criatura disposta. O alvo
vahine sem sacrificar um deles ou iniciar um
aumenta um atributo em um tipo de dado
combate, conceda a cada um deles Convicção.
a sua escolha. Uma vez que concorde, o
demônio tem um elo mental permanente
com a criatura que cruza qualquer distância H8 BOUDOIR DE DELVAHINE
e com o qual pode usar o poder fantoche.
Dissipar bem-sucedido remove o aumento Essa câmara enfumaçada não tem móveis, mas
de atributo e o elo mental. pilhas de cobertores, travesseiros e lençóis estão
„ Visão no Escuro: Súcubos ignoram empilhados no chão, organizadas como ninhos
penalidades de Iluminação por até 10 em alguns lugares.
quadros (20 metros).
„ Voo: Movimentação 8.
Esta câmara é o quarto pessoal de Delvahine
Idiomas: Celestial, Comum, Demoníaco, — seu boudoir. Embora a entrada entre esta
Dracônico, Tassilônico. sala e a área H8 normalmente seja deixada
aberta, Delvahine pode fazer uma cortina
TÁTICAS descer para selar completamente esta sala com
É improvável que Delvahine seja pega de sur- apenas um toque.
presa pelos heróis e heroínas, já que suas filhas Outras criaturas também podem tentar fazê-
mantêm contato telepático com ela. Uma vez -lo, mas localizar o pequeno ponto que aciona
que ela saiba que o grupo está se aproximando a cortina requer uma rolagem de Perceber com
(com sua permissão ou não), ela lança ilusão -2. Abrir as cortinas sem localizar esse ponto
(reflexo de si mesma). requer uma rolagem de Ladinagem com -4.
Delvahine prefere lutar com aliados, prin- Qualquer herói ou heroína tola o suficiente
cipalmente suas filhas, que são bem treinadas para acompanhá-la até esta sala para fazer o
para protegê-la. Ela usa Inspirar Heroísmo na pagamento por um de seus instrumentos (veja
primeira rodada de combate, então passa a H7) é alvo de dreno de energia da súcubo por
usar fantoche e confusão contra seus inimigos. vários minutos — o que provavelmente matará
Se forçada a lutar corpo a corpo, ela luta com o qualquer pessoa. Com uma rolagem de Persua-
punhal e o açoite sádico. dir ou Intimidar com −2, a súcubo concorda em
Delvahine se teleporta para a área I2 se redu- deixar o herói ou heroína partir antes de acabar
zida a um Ferimento — por mais desagradável com ele ou ela, possivelmente insinuando que o
que seja para ela, a súcubo espera buscar ajuda assunto entre eles ainda não terminou.

65
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Delvahine pode ficar desapontada se sua
companhia não morrer como resultado de seu
tempo juntos, mas para amantes mais cativantes
ela está disposta a abrir exceções! Se a qualquer
momento uma personagem a atacar, a súcubo
chama suas filhas para se teleportarem para aju-
dá-la, então luta conforme detalhado em suas
táticas. Nesse caso, as duas criaturas que guar-
dam esta câmara se juntam a ela imediatamente.
O boudoir de Delvahine está longe de estar
desprotegido. Duas crianças radiantes, ori-
ginalmente invocadas por uma das mestras
anteriores desta ala de Forjarrúnica, agora
servem a Delvahine como lacaios enfeitiça-
dos. Delvahine gosta muito das duas criaturas,
particularmente de suas habilidades de lançar
ilusão — sob seu comando, as crianças bri-
lhantes usam essa habilidade para mudar
completamente a aparência desta sala.
A principal razão pela qual a câmara não tem
móveis é que os cobertores, almofadas, traves-
seiros e lençóis geralmente se misturam bem
com os vales pastorais, paisagens infernais de
pesadelo, boudoirs decadentes ou masmorras
intimidadoras que a súcubo desfruta como
ornamentação para a sala.
Eles lutam contra qualquer intruso até a
morte se não estiverem acompanhados por
sua senhora súcubo. As crianças radiantes em
si ficam silenciosas e imóveis nos cantos da sala
em todos os outros momentos, esperando para
servir as ordens da súcubo.
• Criança Radiante (2): Veja a seguir.
CRIANÇA RADIANTE
Tipo: Extraplanar Maligno (Criança Radiante)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d8,
Espírito d8, Força d6, Vigor d10
Perícias: Atletismo d8, Conjurar d10,
Conhecimento Geral d6, Furtividade d4,
Intimidar d8, Lutar d8, Ocultismo d10,
Perceber d10, Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 8; Resistência: 10 (4)
Vantagens: Antecedente Arcano (Magia),
Bloquear Aprimorado, Retirada
Poderes: Dissipar, elo mental, iluminar, ilusão,
teleporte
Pontos de Poder: 20
66
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Armadura radiante.
„ Fraqueza (Escuridão): Enquanto na Penum-
bra ou mais escuro, a criança radiante perde
o benefício de sua Vantagem Bloquear
Aprimorado.
„ Imunidade: Fogo.
„ Luz Cegante: Uma vez por dia, como uma
ação livre limitada, uma criança radiante
pode emanar uma luz ofuscante, colocando
um Modelo Grande de Explosão sobre
si mesma. Todos apanhados dentro dela
devem fazer uma rolagem de Vigor ou
ganham a Complicação Cego até receberem
cura com o modificador Maior.
„ Raio Calcinante: Uma criança radiante
pode usar raio como uma ação livre
limitada sem gastar pontos de poder (não
pode usar modificadores de poder).
„ Resiliente: Estas criaturas podem
receber um Ferimento antes que sejam
Incapacitadas.
„ Tamanho -1: Uma criança radiante tem pouco
mais de 1,20 m de altura e pesa 42,5 quilos.
„ Toque Ardente: Dano 2d10. Uma
ampliação no ataque faz com que o alvo
pegue fogo, causando 2d6 de dano de fogo
a cada rodada. Entrar em uma área de
escuridão (pelo menos Penumbra) encerra o
dano contínuo.
„ Visão no Escuro: Uma criança radiante
ignora penalidades de Iluminação por até
10 quadros (20 metros).
„ Voo: Movimentação 8.
TESOURO
Espalhados pela câmara estão uma dúzia de
brinquedos exóticos adornados com joias e
instrumentos de natureza decididamente eró-
tica que Delvahine usa em suas libertinagens.
As funções de alguns desses instrumentos são
obscenamente óbvias em alguns casos.
A coleção vale 2.400 po, mas nem todos os
comerciantes admitiriam publicamente o inte-
resse em comprá-los. Qualquer um desses
brinquedos funciona como um componente
para forjar uma arma rúnica.
 Parte
Parte Sete: Sete:Cintilantes
Os Véus Os Véus Cintilantes

PARTE SETE: OS VÉUS CINTILANTES

Embora os Cofres da Avareza sejam os mais decadentes, e as Gaiolas de Ferro
as mais depravadas, os Véus Cintilantes de Forjarrúnica abrigaram os magos
que mais se orgulhavam de seus papéis aqui. Seu líder, Vraxeris, foi escolhido a
dedo pelo Lorde Rúnico Xanderghul, e seus aprendizes eram os mais leais de
todos em Forjarrúnica. Embora todas as sete alas funcionassem juntas e, em
teoria, fossem iguais, com o tempo ficou claro que Vraxeris e seus ilusionistas
eram os mais adequados para liderança e inovação.

C
omo resultado, nos milhares de anos após
a queda da Tassilônia, Vraxeris foi o único
dos aprendizes originais do Lorde Rúnico
que sobreviveu. Em outras alas, aprendizes
como Ordikon ou Azaven herdaram o controle,
ou lacaios que não eram aprendizes assumiram
o comando, como Delvahine ou Athroxis.
Nos Véus Cintilantes, Vraxeris manteve o
controle. Mesmo depois que seus aprendizes
morreram de velhice, ele permaneceu, pois
Vraxeris havia dominado a arte de criar clones.
No entanto, a habilidade de Vraxeris em clonar
a si mesmo foi além do que o feitiço permitia,
pois cada vez que envelhecia e morria, ele
renascia em um corpo novo e jovem.
Enquanto pudesse manter seus estudos, Vra-
xeris efetivamente seria imortal.
Foi preciso o despertar da forjarrúnica para
interromper esse ciclo. Vraxeris ajudou os
outros a derrotar os Salões dos Abjuradores,
então voltou sua mente pragmática para a
questão de porquê o poço havia despertado.
Não demorou muito para determinar que Kar-
zoug era a fonte.
Enfurecido por não ser seu senhor Xan-
derghul quem estava despertando, Vraxeris
começou a pesquisar como escapar de Forjarrú-
nica e derrotar Karzoug antes que ele emergisse
de volta ao mundo. Com a riqueza e o poder de
Karzoug, Vraxeris poderia então despertar seu
próprio mestre com facilidade.
Vraxeris estava se aproximando da solução
para esses enigmas quando a tragédia aconteceu.
Até então, ele sempre havia conseguido acumu-
lar energia suficiente para criar um novo clone
antes que seu corpo atual morresse. No entanto,
em seus esforços para criar um portal para fora
de Forjarrúnica, ele atrasou tanto seu avanço
que, quando foi acometido por uma repentina
e inesperada recorrência da mesma demência
hereditária responsável pela maioria de suas
mortes anteriores, ele estava despreparado.
Nessa demência crescente, ele perdeu a
capacidade de diferenciar a realidade de suas
próprias ilusões. E se trancou em sua sala de
meditação e passou quase todos os dias se
cobrindo com ilusões de beleza e se olhando
no espelho.
Eventualmente, como ele havia feito inú-
meras vezes antes, a demência em seu cérebro
se aprofundou, e enquanto ele se sentava na
frente de seu espelho enfeitado com roupas de
realeza acreditando que era um deus, ele silen-
ciosamente faleceu quando as funções básicas
de vida de seu cérebro falharam. No entanto,
dessa vez, não havia um clone esperando para
retornar sua alma à vida.
Esta ala de Forjarrúnica é uma grande
catedral decorada com temas de pavão e can-
delabros maciços pendurados no teto para

67
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
OS VÉUS CINTILANTES DO ORGULHO
PARA
I1
ÁREA D
N I6
1 QUADRO = 2 METROS
iluminá-la brilhantemente com centenas de
chamas contínuas.
I1 INIMIZADE REFLETIDA
Este corredor bem iluminado é forrado com
espelhos do chão ao teto. Os reflexos dão a ver-
tiginosa impressão de que o corredor se abre
para cada lado, estendendo-se infinitamente na
distância.
Embora a maioria dos espelhos neste corredor
não sejam mágicos, dois espelhos em cada
extremidade da junção são espelhos da oposi-
ção embutidos nas paredes. Qualquer herói ou
heroína entre eles que se vire para encarar seu
reflexo em um, também vê seu reflexo no outro,
acionando duas duplicatas exatas daquela per-
sonagem que a atacam. Essas duplicatas usam
as Características, Vantagens e versões não
mágicas dos equipamentos da personagem e
são Resilientes.
A mesma coisa acontece até outras três vezes
cada vez que um aventureiro ou aventureira vê
seu reflexo. Infelizmente, os espelhos de opo-
sição não são itens mágicos portáteis — sua
68
E
I2
I3
I5
I5
I4
construção depende das propriedades mági-
cas de Forjarrúnica tanto quanto de qualquer
outra coisa.
I2 O SANTUÁRIO DO PAVÃO
O corredor se abre para uma imensa catedral
de lajes de marfim polido. Paredes espelha-
das se elevam a uma altura de quase trinta
metros, onde o teto abobadado se arqueia
majestosamente.
Quatro imensos lustres pendem de corren-
tes douradas e iluminam toda a sala. No centro
da catedral, um estrado de três degraus feito de
madeira polida sustenta um pavão do tamanho
de um wyvern, com suas penas espalhadas
majestosamente atrás dele.
Os olhos da criatura parecem conter uma
grande profundidade de sabedoria e inteligência.
O pavão é uma ilusão permanente (rolagem
de Espírito com -2 para desacreditar). Uma
porta secreta atrás de uma seção de espelhos
na parede oposta pode ser localizada com uma
rolagem de Perceber com −2. Fragmentos de
qualquer um dos espelhos da parede daqui

funcionam como componentes da forja de
armas rúnicas.
Antes de passar a aperfeiçoar e melhorar o
feitiço de clone, Vraxeris fez experiências em si
mesmo muitas vezes com um simulacro. Hoje,
restam apenas seis desses simulacros.
Sem a capacidade de se tornarem mais pode-
rosos ou o desejo de melhorar a si mesmos,
essas duplicatas efetivamente imortais foram
usadas pelo verdadeiro Vraxeris como assis-
tentes. Agora que Vraxeris está morto, os seis
simulacros continuam a cumprir suas últimas
ordens: impedir que alguém interrompa seus
estudos na área I3.
Cada simulacro é idêntico: um homem
humano com cabelos loiros na altura dos
ombros vestido de forma imaculada. Quando
detectam intrusos, eles falam com uma voz
sonora em tassilônico: “O mestre está estu-
dando — ele não deve ser perturbado. Por
favor, mantenham seus gritos ao mínimo
VRAXERIS
Parte Sete: Os Véus Cintilantes
enquanto vocês são punidos por ousarem se
aventurar tão perto de sua magnificência.”
• Vraxeris Falso (6): Veja a seguir. Um dos
Vraxeris falsos é um clone quase perfeito
(e um Carta Selvagem).
VRAXERIS FALSO
Tipo: Humanoide Maligno (Humano Mago)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d10,
Espírito d6, Força d4, Vigor d8
Perícias: Atletismo d6, Conhecimento
Acadêmico d10, Conhecimento Geral d8,
Conjurar d10, Furtividade d4, Lutar d6,
Ocultismo d8, Perceber d6, Persuadir d8
Movimentação: 6; Aparar: 5; Resistência: 10 (4)
Vantagens: Mago, Poderes Favorecidos
(Mago), Rápido, Retirada
Poderes: Cegar, confusão, deflexão, detectar/
ocultar arcano, dissipar, explosão, invisibilidade,
proteção, raio, reduzir Característica.
Pontos de Poder: 20
Equipamento: Adaga obra prima (For+d4,
PA 1), braçadeiras da armadura menor (+2),
bandana da superioridade mental menor,
roupas de nobre valendo 200 po, grimório.
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Mago):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(adaga), Escola (Ilusão, Invocação,
Transmutação), Grimórios, Interferência de
Armadura (tecido).
„ Resiliente: Um Vraxeris falso pode receber
um Ferimento antes que seja Incapacitado.
Idiomas: Comum, Dracônico, Tassilônico.
TÁTICAS
Se os simulacros suspeitarem que
problemas estão chegando (como, por
exemplo, ouvirem sons de combate vindos
da área I1), eles lançam invisibilidade e proteção
(incluídos no perfil) em si mesmos.
Os simulacros fazem o possível para confiar
na invisibilidade e em feitiços de longo alcance
para impedir que os inimigos sejam capazes de
enfrentá-los diretamente com facilidade.
Os simulacros lutam até serem destruídos.
69
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
I3 SALA DE MEDITAÇÃO
Estantes cheias de tomos e pergaminhos reves-
tem as paredes desta câmara aconchegante e
uma mesa de leitura com várias cadeiras com-
binando fica em cima de um tapete grosso no
centro. Um pavão feito de ouro está sobre a
mesa, segurando um único bastão de incenso
habilmente posicionado nas penas da sua cauda.
Uma pesada porta de madeira é uma saída
da sala pela parede a noroeste. Uma figura está
caída na cadeira no canto mais distante — o
corpo de um homem trajado com vestes ricas e
um manto feito de penas de pavão.
Um espelho elegante está em sua mão e um
livro e uma pena estão sobre a mesa diante dele.
Esta sala está repleta de ensaios religiosos sobre
o tema do Espírito do Pavão, uma das religiões
mais populares durante o auge da Tassilônia.
Infelizmente, os livros mantidos aqui são irri-
tantemente vagos ao revelar detalhes reais sobre
o Espírito do Pavão, agravados pelo grande
volume de material disponível. Muito pouco
aqui pode ser útil para aprender mais sobre
esse culto antigo e frustrantemente obscuro.
O corpo na cadeira está morto há mais de
dois anos, mas parece que ele morreu apenas
um instante atrás. Estes são os restos do pró-
prio Vraxeris, magicamente preservados por
Forjarrúnica. O livro em seu colo é um extenso
diário escrito em tassilônico.
Ler o diário requer um dia de estudo, embora
uma personagem que o folheie e faça uma rola-
gem de Conhecimento Acadêmico possa coletar
as entradas mais importantes relacionadas a
Forjarrúnica e eventos relativamente recentes.
A maior parte do diário cataloga os estudos
de Vraxeris e o desenvolvimento de um feitiço
de clone, efetivamente concedendo-lhe a imor-
talidade. A desvantagem era que cada vez que
ele trocava de corpo, ele perdia uma parte de
seu próprio conhecimento, forçando-se a rea-
prender muito a cada encarnação.
Em vários pontos do livro, ele também fala de
como a cada novo clone, a demência debilitante
que espreita no final de sua vida se manifesta
um pouco mais cedo — com cada novo corpo,
sua vida útil diminui. Parece óbvio que a
70
demência finalmente o atingiu cedo o suficiente
para impedi-lo de criar um novo clone e, assim,
finalmente, a morte o reivindicou.
Um mago poderia usar o diário para recons-
truir a versão de um clone de Vraxeris, mas
a pesquisa para criar esse poderoso feitiço é
particularmente onerosa e consumiria a maior
parte da vida. No entanto, o diário vale 15.000
po apenas por esta informação, e se a notícia
de seu conteúdo se espalhar, todos os tipos de
magos inescrupulosos, sem dúvida, usariam
de meios mais violentos para reivindicá-lo.
De interesse mais imediato para os Desbra-
vadores são as anotações do diário sobre os
eventos mais recentes. Esses trechos-chave são
reproduzidos nos Folhetos 5–2 e 5–3. Alterna-
tivamente, algumas das informações no diário
podem ser obtidas por meio de adivinhação
usada para falar com o espírito preso aos restos
mortais — tentativas de ressuscitar Vraxeris
dos mortos falham automaticamente, pois sua
alma já foi julgada por Pharasma e passou para
sua punição final.
TESOURO
O pavão dourado vale 800 po. Os livros pesam
aproximadamente 100 quilos, mas como uma
coleção valem 1.500 po para um estudioso da
tradição tassilônica.
Os grimórios de Vraxeris ficam nas pratelei-
ras ao norte e contêm uma grande quantidade
de feitiços entre suas capas. Não há feitiços de
invocação ou transmutação nesses livros.
O equipamento restante no corpo de Vra-
xeris vale uma pequena fortuna. Ele usa um
manto das cores cintilantes, uma bandana
de superioridade mental maior, um anel de
evasão e uma capa do saltimbanco.
I4 BIBLIOTECA DE VRAXERIS
Outrora uma bela biblioteca, os livros mantidos
nesta grande câmara — junto com as estantes
que os abrigavam — foram destruídos pelo fogo
e pela força.
A devastação parece completa — embora
seja possível que algo possa ter sobrevivido em
algum lugar sob toda a ruína. Ao norte, uma
alcova de tamanho considerável se estende da
 Parte Sete: Os Véus Cintilantes
FOLHETO 5-2

A fonte de forjarrúnica despertou! Primeiro, tomei isso como um

sinal de que o Lorde Rúnico Xanderghul havia retornado. Quando cheguei
à fonte para investigar, parecia que os outros tinham chegado à mesma
conclusão. Os tolos Guardiões da Inveja pensaram em interromper a
recrudescência, e com a ajuda de Azaven, Ordikan, Athroxis e aquela
adorável criatura, Delvahine, fomos capazes de derrotá-los totalmente.
Seus Salões dos Abjuradores repousam em ruínas. Porém, nossa aliança foi
de curta duração. Azaven fugiu com os corpos e aquela meretriz traiçoeira
da Athroxis quase me queimou até a morte antes que eu conseguisse voltar
aqui.
Eu estava errado. O Lorde Rúnico Xanderghul ainda dorme. É aquele
monstro, Karzoug, que se agita e se aproxima do renascimento. Maldição!
Não deve ser permitido que ele preceda Xanderghul no mundo, pois
reconstruiria a Tassilônia à sua própria imagem inferior, um testemunho
da sua própria ganância e não do orgulho na obra Ele deve ser atrasado
ou derrotado!
Consegui escapar deste lugar, até certo ponto. Através de projeção
astral posso explorar o que o mundo exterior se tornou. É um lugar brutal,
mas me agrada ver que a marca da Tassilônia permanece na forma de
nossos monumentos. Ainda assim, a natureza selvagem do mundo me
aborrece. Foi-se o império que eu conhecia. A cidade de Xin-Shalast
de Karzoug está agora escondida no alto das montanhas e, quando
finalmente a encontrei, descobri que os pináculos onde seu corpo está
escondido eram inacessíveis, protegidos contra viajantes astrais pelo
campo de oclusão ao redor do pico de Mhar-Massif. Enquanto seu poço
rúnico estiver ativo, temo que até mesmo uma abordagem física seria
impossivelmente mortal. Preciso determinar uma maneira de perfurar
essas proteções e enviar um agente em meu lugar. Não há necessidade de
arriscar minha própria vida antes que meu clone esteja pronto.

sala até o que pode ter sido uma grande área de

leitura, mas ela também foi arruinada.
À medida que Vraxeris se aproximava de seu
fim, ele experimentou um breve momento de
terrível lucidez — apenas meia hora em que
percebeu que havia permitido que sua demên-
cia fosse longe demais e logo estaria morto para
sempre. Atingido com raiva e desespero, ele
destruiu o conteúdo outrora inestimável desta
sala antes de voltar à loucura, recuando para a
área I3 e finalmente morrendo.
TESOURO
Uma rolagem de Perceber com -2 revela um
único livro intacto em meio à destruição — um
manual do aumento de atributo (Espírito).
I5 RESTOS DE CLONES
Esta sala está vazia — exceto por uma pilha
horrível de cadáveres de aparência idêntica
empilhados de forma bem organizada.
Esta imensa pilha de corpos são os restos dos
clones anteriores de Vraxeris — todas versões
antigas do corpo encontrado na área I3, magi-
camente preservados por Forjarrúnica. Entre
essas duas salas, pouco mais de 200 clones
mortos estão presentes — Vraxeris era orgu-
lhoso e teimoso demais para simplesmente
descartar os corpos.

71
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
FOLHETO 5-3

Tomei medidas para uma aliança com Delvahine. Ela pode ser capaz de
escapar deste lugar, pois ela não era do sangue original. Pelo menos, ela
pode convocar agentes de fora e, talvez, por meio deles, possamos garantir
servos no mundo exterior. Ela parece desinteressada no retorno de Sorshen;
melhor ainda para Xanderghul.

A fonte de forjarrúnica é a chave. Como eu suspeitava, o campo de

oclusão ao redor da fortaleza de Karzoug em Xin-Shalast tem uma falha.
Sua falta de conhecimento das complexidades dos poderes de Sorshen e de
meu próprio lorde, Xanderghul, deixou uma abertura. Meus agentes devem
usar componentes infundidos com as virtudes de nossos lordes, extrair a
magia latente desses componentes e então ungir suas armas escolhidas com
esse poder bruto. A fonte de forjarrúnica parece ter reservas suficientes
para aprimorar não mais do que meia dúzia de armas rúnicas, mas aquelas
aprimoradas com magia de encantamento e ilusão serão mais potentes
contra as defesas de Karzoug. Tais armas podem até ser fundamentais em
sua derrota. De minha parte, fragmentos de qualquer um dos espelhos do
Salão do Pavão devem ser suficientes para um componente. Os... instrumentos
de Delvahine... devem ser suficientes para o encantamento, embora seja
prudente limpá-los antes de serem manuseados.

A busca por um agente vai mal. Delvahine parece mais interessada em seus
próprios desejos do que em me ajudar. Para piorar, os lapsos e as febres estão
aumentando. Temo ser forçado a cuidar pessoalmente de Karzoug, caso em que
precisarei usar o círculo mestre que construí nos Salões da Ira para escapar
deste lugar. No entanto, primeiro, devo deixar de lado meu trabalho em atrasar
o retorno de Karzoug e voltar ao desenvolvimento final do meu 205º clone.
Só espero ter tempo para terminar antes que a demência se instale…

I6 QUARTO DE VRAXERIS trás a simples e miserável verdade para qual-

Esta longa sala contém apenas três itens de
mobília simples — uma grande cama cheia de
cordas de seda, uma escrivaninha e um armário
independente.
Sempre frugal, o quarto de Vraxeris foi deco-
rado com móveis relativamente mundanos.
O mago frequentemente mudava a aparên-
cia deles com suas ilusões. Desde sua morte,
essas ilusões desapareceram, deixando para
quer um ver.
Embora Vraxeris fosse atraído pela súcubo
Delvahine, ele nem sempre gostava de sua per-
sonalidade exigente. Ela raramente o visitava
nesta ala e nunca visitava seu quarto — então
ela nunca soube que o mago havia criado seis
simulacros dela para serem mantidos em seu
quarto para lhe fazerem companhia.
Se ela de alguma forma soubesse desse fato
um tanto perturbador, ela entraria nesta sala o
mais rápido possível para destruí-los.
As seis Delvahines falsas nesta sala são rela-
tivamente ausentes de personalidade, mas

72

Vraxeris lhes deixou um comando final — elas
gritam, uivam e atacam assim que avistam
intrusos entrarem na sala, a menos que os
invasores estejam acompanhados pela ver-
dadeira Delvahine, caso em que todos os seis
simulacros enlouquecem e atacam aleatoria-
mente alvos disponíveis (incluindo umas às
outras), desde que a verdadeira súcubo per-
maneça à vista.
• Delvahines Falsas (6): Veja a seguir.
DELVAHINE FALSA
Tipo: Extraplanar Maligna (Súcubo)
Atributos: Agilidade d12, Astúcia d8,
Espírito d6, Força d10, Vigor d10
Perícias: Atletismo d10, Conhecimento
Geral d6, Furtividade d8,
Lutar d10, Ocultismo d8, Perceber d8,
Performance d10, Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 11 (4)
Vantagens: Bardo, Frenesi, Muito Atraente.
Poderes: Aumentar Característica, cura, ilusão
Pontos de Poder: 10
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Pele infernal.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
+4 de dano de ferro frio; -4 de dano de
ácido, frio e fogo; detectar arcano menor.
„ Detectar o Bem: Súcubos podem detectar
criaturas boas a 5 quadros (10 metros).
„ Drenar Energia (Vigor): Uma súcubo pode
drenar um mortal que ela atrai para um
ato de paixão, tal como um beijo. A vítima
resiste com Vigor -2. Uma vítima relutante
Parte Sete: Os Véus Cintilantes
deve ser agarrada antes. Uma vítima
já encantada pela empatia do demônio
ainda resiste, mas não entende o que está
acontecendo.
„ Garras: For+d6, PA 2.
„ Habilidades de Classe (Bardo):
Antecedente Arcano (Bardo), Interferência
de Armadura (Leve), Língua Afiada.
„ Poderes Inatos: Disfarce maior (humanoide
apenas), empatia (encantar, duração de uma
semana; Persuadir) fantoche maior (uma
vez por dia), falar idioma maior (pessoal),
teleporte menor (Teleporte Melhorado,
pessoal).
„ Presente Profano: Uma vez por dia,
uma súcubos pode garantir um presente
profano a uma criatura disposta. O alvo
aumenta um atributo em um tipo de dado
a sua escolha. Uma vez que concorde, o
demônio tem um elo mental permanente
com a criatura que cruza qualquer distância
e com o qual pode usar o poder fantoche.
Dissipar bem-sucedido remove o aumento
de atributo e o elo mental.
„ Resiliente: Uma Devalhine falsa pode
receber um Ferimento antes que seja
Incapacitada.
„ Visão no Escuro: Súcubos ignoram
penalidades de Iluminação por até 10
quadros (20 metros).
„ Voo: Movimentação 8.
Idioma: Celestial, Comum, Demoníaco,
Dracônico.
73
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

PARTE OITO: O LABIRINTO PURULENTO

Essa área já foi uma série de canais e piscinas — para meditar, refletir, tomar
banho e apenas mergulhar — bem como divãs, bancos acolchoados e camas
macias onde a virtude do descanso era buscada. Foi uma recompensa para
os favoritos de Krune, o Lorde Rúnico da Preguiça e governante de Haruka.
É claro que a virtude do descanso se corrompeu como todas as outras,
degenerando na mais baixa forma de indolência. O que poderia ter sido um belo
refúgio, em vez disso, tornou-se uma coleção de fossas cercadas por pilhas
impressionantes de sujeira e lixo.

O
Quaisquer visitantes do labirinto devem
s guardiões da preguiça foram os primei- fazer uma rolagem de Vigor uma vez por
ros a sucumbir nos séculos após a queda hora (a rolagem subtrai 1 para cada hora após
da Tassilônia — na verdade, nenhum a primeira) para evitar adoecer (Vulnerável)
dos mestres desta ala sobreviveu mais de uma enquanto permanecer no labirinto.
década. Hoje, o Labirinto Purulento é gover-
Este é um efeito de veneno — criaturas que
nado pelo menor e último de seus lacaios, um
não respiram, ou que vivam no labirinto por
mago corpulento chamado Jordimandus que
pelo menos uma semana (assim como todos os
trocou seu coração e alma pela imortalidade de
habitantes do labirinto) são imunes a este efeito.
seu profano patrono, Jubilex — contanto que
Jordimandus não se afaste muito dos humo- Água Contaminada: Chamar o líquido viscoso
que flui lentamente através do Labirinto Puru-
res mágicos que tanto o revitalizam quanto
lento de “água” é, para dizer o mínimo, caridade.
poluem as águas do labirinto.
O material é espumoso, malcheiroso, turvo e
Nos últimos anos, esses fluidos infundidos
cheio de doenças. Qualquer pessoa que a beba
com energias abissais transformaram o labi-
fica imediatamente exposta a uma praga cegante
rinto em algo mais parecido com um esgoto
(uma doença que faz com que a vítima ganhe a
demoníaco do que com o retiro relaxante e a
Complicação Cego até que seja curada), a menos
instalação de banho que foi originalmente pro-
que faça uma rolagem de Vigor. Além disso, qual-
jetado para ser.
quer pessoa ferida que entre na água é exposta à
Membros das outras alas de Forjarrúnica febre da imundície, uma Doença Letal.
passaram a chamar o lugar de Labirinto Puru-
Criaturas que tenham vivido no labirinto
lento e usá-lo como uma espécie de fazenda
por pelo menos uma semana são imunes a
para experimentação de criaturas, embora o
esses efeitos, assim como criaturas totalmente
fedor desagradável e as condições imundas
imunes a doenças.
do labirinto garantam que essas visitas nunca
durem muito tempo.
Vapores Imundos: O ar no Labirinto Puru- J1 ESGOTOS DE FORJARRÚNICA
lento é sujo e levemente tóxico — a magia que
reabastece o ar em outros lugares em Forjarrú- O ar fica espesso e malcheiroso nesta câmara,
nica ajuda a evitar que o ar nesta ala se torne mas o fedor vaporoso aqui não é nada compa-
totalmente venenoso, mas apenas um pouco. rado ao insulto aos sentidos em outros lugares.

74

O LABIRINTO PURULENTO DA PREGUIÇA
J2
N J4
J1
D
EA
ÁR
RA
PA
Lodo incrusta as paredes em faixas de um
marrom doentio e um verde nauseante.
Um canal de esgoto espumoso corre ao longo
de uma passarela escorregadia, com a película
espessa e trêmula sobre o fluido que se agita len-
tamente parecendo sugerir que, apesar de sua
aparência e cheiro repulsivos, alguma coisa viva
se esconda naquelas profundezas.
Embora tenham uma notável semelhança com
esgotos, tanto na aparência quanto no cheiro, os
túneis do Labirinto Purulento não foram proje-
tados para essa finalidade. Independentemente
disso, hoje essas câmaras têm todo o charme de
um sistema séptico mal conservado.
As paredes e as águas deste labirinto estão
cheias de vermes relativamente inofensivos,
mas ainda assim perturbadores: aranhas
do tamanho de punhos, ratos deformados,
centopeias pálidas de trinta centímetros e ema-
ranhados brilhantes de vermes se contorcendo
nos cantos de todas essas salas.
Existem dois tipos de passagens nesta ala de
Forjarrúnica: passarelas e canais. Cada um apre-
senta seus próprios perigos. As passarelas são
excepcionalmente escorregadias, contando como
Parte Oito: O Labirinto Purulento
J5
J3
1 QUADRO = 2 METROS
Terreno Difícil e as rolagens de Atletismo nelas
sofrem uma penalidade de -1. Uma rolagem de
Atletismo é necessária para correr em uma passa-
rela ou a personagem cai prostrada no final de seu
movimento. Pontes estreitas atravessam as águas
em alguns lugares; essas pontes têm apenas ses-
senta centímetros de largura e requerem uma
rolagem de Atletismo para serem cruzadas. Falha
indica uma queda nas águas sujas abaixo.
Os canais não são muito melhores. O nível da
água sobe até alguns centímetro das passarelas
próximas, e geralmente tem cerca de 3 metros
de profundidade. A corrente flui em direção à
área J4, mas não é forte o suficiente para tornar
particularmente difícil nadar nela.
Em vários lugares ao longo desses túneis,
grades de metal bloqueiam o progresso. Demô-
nios omox podem deslizar por essas grades,
mas outras criaturas devem quebrá-las ou
abri-las à força (Dureza 10 ou rolagem de Força
com -2 para abrir). Alternativamente, todos os
portões podem ser abertos puxando a alavanca
apropriada na área J2. Observe que, em alguns
casos, as grades foram destruídas por visitantes
anteriores — pode-se passar por essas grades
com facilidade.
75
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
O senhor desta ala é um mago corpulento
chamado Jordimandus. Embora ele nunca
deixe seu covil na área J5, ele fica de olho em
seu reino através de seu familiar, o quasit
Sobloch. O quasit patrulha o labirinto enquanto
invisível. Se avistar o grupo, ele rapidamente
voa de volta para relatar a seu mestre, que
então se prepara para a batalha.
Há 30% de chance de Sobloch estar nesta sala
quando os aventureiros chegarem. Se ele não
estiver aqui nesse ponto, a chance do quasit
encontrar o grupo em sua patrulha incessante
aumenta em 10% a cada 10 minutos. Essa
chance se torna 100% na primeira vez que o
grupo entra em um combate significativo.
P Sobloch: Veja a página 81.
J2 CONTROLES DA COMPORTA
Uma passarela escorregadia conecta quatro
plataformas que descem pelo centro da sala
até uma espécie de estação na extremidade da
câmara — ali três alavancas grandes e imundas
se projetam da parede gotejante.
Ao norte, quatro canos metálicos se proje-
tam da parede, três metros acima do nível do
esgoto — a sujeira fresca sai desses canos em
córregos grossos.
De vez em quando, algo maior e terrivel-
mente mais substancial do que meros fluidos
atravessa as barras que bloqueiam esses canos
para cair com um respingo túrgido na imundí-
cie ondulante abaixo.
O reservatório tem 6 metros de profundidade.
Os canos na parede norte, outrora ligados a
portais de mão única para o Plano da Água,
semelhantes aos que alimentam as fontes no
Cofre da Avareza, foram reorientados por Jor-
dimandus, logo depois dele assumir o controle
do Labirinto Purulento, para pontos muito
mais distantes no Grande Além.
Hoje, esses tubos drenam água contaminada
do reino abissal de Subfossa — o domínio do
patrono de Jordimandus, Jubilex. Demônios
Omox periodicamente deslizam para o Labi-
rinto por esses portais e os fluidos causaram
mutações em outras criaturas aqui (veja os
76
habitantes da área J4), mas os portais não per-
mitem escapar de Forjarrúnica na direção oposta.
Se uma personagem escalar um desses tubos,
ela descobrirá que ele aparentemente chega a
um beco sem saída 40 metros ao norte da sala,
com as águas sujas parecendo vazar direta-
mente de uma parede vazia.
Todas as alavancas que se projetam da parede
ocidental são enormes, com um metro de com-
primento de ferro esburacado. Uma rolagem de
Perceber revela uma placa incrustada de lodo
acima de cada alavanca com uma palavra ou frase
curta em tassilônico. Porém, antes que esta palavra
possa ser lida, o lodo que a cobre deve ser limpo.
As alavancas esquerda e direita estão na
posição “para cima”, enquanto a do meio está
na posição para baixo. A primeira vez que
qualquer uma dessas alavancas é usada, uma
rolagem de Força é necessária para movê-las.
Alavanca Esquerda: A placa desta ala-
vanca diz “Controle de Acesso”. Abaixar esta
alavanca faz com que todas as grades do Labi-
rinto se retraiam, garantindo maior mobilidade
através dele. Levanta-la novamente abaixa as
grades de volta ao lugar.
Alavanca do Meio: A placa desta alavanca
diz “Controle do Portal”. Empurrar esta ala-
vanca para cima fecha os portais para Subfossa
na extremidade dos canos. Fluido deixa de vazar
dos canos e, ao longo de uma hora, a água res-
tante é drenada para a área J4, deixando uma
piscina de 3 metros de profundidade nesta sala,
uma piscina muito mais profunda na J3 e vários
túneis escorregadios, mas navegáveis entre elas.
Empurrar a alavanca do meio de volta para
baixo abre os portais novamente — se pelo
menos uma hora tiver se passado, o lodo acu-
mulado traz consigo 1d3 demônios omox que
entram nesta câmara e imediatamente atacam
quaisquer criaturas que encontrem. Observe
que Jordimandus percebe imediatamente se
essa alavanca for manipulada e se prepara para
a batalha conforme detalhado em suas táticas.
Alavanca Direita: A placa desta alavanca diz
“Aviso: Ciclo de Limpeza”. Se a alavanca direita for
puxada para baixo, uma explosão de água irrompe
do teto acima da plataforma central — essa enxur-
rada derruba qualquer pessoa na plataforma para
as águas ao redor, a menos que consiga ser bem-
-sucedida em uma rolagem de Atletismo.

Esta explosão de água traz consigo um único
elemental da água ancião, invocado do Plano
da Água (veja Criaturas, abaixo) antes de se
fechar automaticamente uma rodada depois.
Este efeito só pode ser ativado uma vez por dia.
Além dos vermes que infestam o labirinto
e das criaturas mais perigosas que vivem em
algumas das salas maiores, vários demônios par-
ticularmente nocivos fazem seu lar no Labirinto
Purulento — são os omoxes, conhecidos por
alguns como demônios do lodo ou da preguiça.
Com corpos gelatinosos encimados por
poderosos braços humanoides e rostos assus-
tadores semelhantes a caveiras, esses demônios
nadam e saltitam nos canais do Labirinto e se
opõem a intrusos.
Dois demônios omox espreitam nas águas
desta câmara. Diante de um grupo de intrusos,
eles esperam até que o grupo esteja espalhado
pela sala antes de se levantarem das águas
imundas para atacar. Se o elemental da água
for solto, ele foca toda sua atenção em qualquer
demônio omox na sala.
Uma vez que quaisquer omoxes presentes
estejam mortos, o elemental começa a limpar
a sujeira na ala — uma tarefa impossível a
menos que os aventureiros fechem os portais
para Subfossa, e, mesmo assim, é uma tarefa
que poderia manter o elemental ocupado por
semanas. O elemental não ataca os heróis e
heroínas a menos que seja atacado primeiro,
mas aventureiros e aventureiras mais inventi-
vas podem atraí-lo para encontros com outras
criaturas nesta ala — tudo o que os heróis e
heroínas precisam é fazer com que o elemental
os siga e seu ódio pela sujeira fará o resto!
P Demônios Omox (2): Veja a seguir.
• Elemental da Água Ancião: Veja a seguir.
P DEMÔNIO OMOX
Tipo: Extraplanar Maligno (Omox)
Atributos: Agilidade d12+2, Astúcia d6,
Espírito d10, Força d12+3, Vigor d12+2
Perícias: Atletismo d12, Furtividade d10,
Lutar d10, Ocultismo d8, Perceber d10
Movimentação: 7; Aparar: 7; Resistência: 14 (3)
Vantagens: Resistência Arcana
Habilidades Especiais:
„ Aquático: Movimentação de 12 quadros.
Parte Oito: O Labirinto Purulento
„ Armadura +3: Gosma corrompida.
„ Asfixia: Enquanto um omox está agarrando,
sua vítima não pode respirar ou falar.
„ Demônio: Imune a ácido, eletricidade e
venenos; -4 de dano de frio e fogo; detectar
arcano menor.
„ Invocar: Outro demônio omox, uma vez
por dia.
„ Lodo: Um omox pode remover um pouco do
lodo ácido e nauseante que compõe seu corpo
e arremessá-lo usando Atletismo (Distância
6/12/24). Qualquer criatura atingida por esta
bolha de lodo deve fazer uma rolagem de
Atletismo com -2 ou ficará Enredada (Presa,
se o ataque tiver uma ampliação).
„ Pancada: For+d8.
„ Poderes Inatos: Telecinese menor, teleporte
menor (Teleporte Maior, pessoal).
„ Tamanho 2: Demônios Omox medem 2,10
metros de altura e pesam 600 quilos.
„ Visão no Escuro: Omox ignoram
penalidades de Iluminação a até 10 quadros
(20 metros).
Idiomas: Demoníaco
ELEMENTAL DA ÁGUA ANCIÃO
Tipo: Extraplanar Neutro (Elemental da Água)
Atributos: Agilidade d12, Astúcia d4,
Espírito d8 Força d12+3, Vigor d8
Perícias: Atirar d10, Atletismo d12,
Furtividade d6, Lutar d10, Ocultismo d8,
Perceber d8
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 14
Vantagens: Varredura Aprimorada
Habilidades Especiais:
„ Aquático: Movimentação de 12 quadros.
„ Bater: For+d6, PA 2.
„ Escoar: Pode se espremer através de
qualquer vão poroso como se fosse Terreno
Acidentado.
„ Extinguir: Elementais de água extinguem
qualquer chama que tenha contato com eles.
„ Imunidade: Imune a ataques baseados em
água.
„ Jato D’água: Elementais da água podem usar
rajadas direcionadas de água para empurrar
oponentes. Podem escolher um alvo ou um
Modelo de Cone e usam sua perícia Atirar
para a rolagem. Pessoas afetadas devem fazer
uma rolagem de Força (com -2 se o elemental
77
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
conseguiu uma ampliação) ou são atiradas
a 2d6 quadros. Qualquer um que acerte um
objeto rígido (como uma parede) recebe 2d4
de dano não letal.
„ Maestria da Água: Elementais da água recebem
uma rerrolagem em ataques e dano se ambos,
ele e o seu alvo, estiverem tocando água.
„ Pancada: Ignoram 4 pontos de penalidade
de Escala.
„ Tamanho 8 (Enorme): Elementais da água
anciões medem 12 metros de comprimento
e pesam 12 toneladas. Podem receber dois
Ferimentos extras.
PREMIAÇÃO PELA HISTÓRIA
Se o grupo invocar o elemental e conseguir
usá-lo para combater os habitantes desta ala,
dê a eles um Bene.
J3 UM TÚMULO IMUNDO
A pedra trabalhada do túnel aqui dá lugar a uma
caverna natural. Uma lacuna de seis metros de
largura quebra a passagem, enquanto as paredes
de pedra áspera estão cobertas com uma profusão
de cores — lodo e fungos de todas as cores do
arco-íris crescem espessos aqui em uma profusão
de beleza fétida.
Em algumas partes deste labirinto, século após
século de exposição às energias imundas de
Subfossa corroeram a magia preservadora,
resultando em um longo período de lenta
decomposição, culminando em vários desmo-
ronamentos parciais.
Essas energias também causaram o desenvol-
vimento de um sumidouro profundo, embora a
água contaminada esconda a verdadeira exten-
são do buraco. A fosso aqui tem 45 metros de
profundidade, chegando finalmente ao fim em
meio a um emaranhado de detritos e ossos.
TESOURO
Vários anos atrás, um dos lacaios de Ordikon
entrou no Labirinto Purulento para capturar
um grupo de criaturas para o uso como cobaias
de experimentos, apenas para acabar morto no
78
fundo deste poço. Os restos mortais do mago
hoje estão no fundo da piscina — a maior parte
de seu equipamento há muito foi arruinada
pelas águas, mas seu bastão de metamagia
menor e mochila de carga menor permanecem.
Os grimórios do mago estão na bolsa. Sin-
ta-se à vontade para preencher esses livros de
feitiços como achar melhor, mas dentro das
margens do livro há anotações sobre como a
névoa mórfica e os golens nas áreas G2 e G4
funcionam — se as personagens ainda não
encontraram esses perigos, essas anotações
devem ajudá-los na preparação para tal evento.
J4 FOSSA INFESTADA
A pedra circundante caiu numa caverna grande
e curva. Aqui e ali, a água imunda deságua na
sala de túneis de interseção, caindo três metros
até a superfície espumosa do líquido abaixo.
Tal como acontece com a área J3, esta caverna
foi criada quando a natureza cáustica da água
contaminada corroeu uma seção de pedra par-
ticularmente fraca. O resto do Labirinto drena
para esta câmara, que se estabilizou a uma
profundidade de cerca de 6 metros antes do
transbordamento ser escoado através de fendas
estreitas na pedra, acabando por ser drenado
para o vazio eterno que rodeia Forjarrúnica.
Ao longo das eras, inúmeras monstruosi-
dades estranhas e imundas encontraram seu
caminho através dos portais da área J2 para
este complexo. Esta sala contém um par dessas
criaturas — dois monstros cinzentos com ten-
táculos das fendas mais profundas do Abismo:
são qlippoth chernobue.
Os dois monstros, cuja forma lembra um
girino, escolheram esta caverna como seu covil
e durante muitos anos chafurdaram dentro das
suas paredes. Sua capacidade de usar voar a
todo momento permite que eles entrem e saiam
como quiserem, assim como sua capacidade de
usar viagem planar.
Como podem usar viagem planar, os cherno-
bue podem ir e vir de Forjarrúnica à vontade
e, muitas vezes, passam semanas infestando e
poluindo outros reinos. Porém, por enquanto,
dois monstros repulsivos estão descansando

aqui em seu covil por várias semanas. Eles não
aceitam bem os intrusos e lutam até a morte
para defender sua morada.
• Chernobues (2): Veja o perfil a seguir.
CHERNOBUE
Tipo: Extraplanar Maligno (Chernobue)
Atributos: Agilidade d10, Astúcia d6,
Espírito d8, Força d12+3, Vigor d12
Perícias: Atletismo d10, Furtividade d8,
Intimidar d8, Lutar d10, Ocultismo d6,
Perceber d10
Movimentação: 7; Aparar: 7; Resistência: 15 (5)
Vantagens: Resistência Arcana
Habilidades Especiais:
„ Armadura +5: Resistência extraplanar.
„ Fraqueza (Luz): Um chernobue sofre um de
Fadiga a cada minuto que passa dentro de
uma área de luz brilhante.
„ Imunidade: Frio, ilusão, veneno
„ Medo (−2): A visão de um chernobue é
aterrorizante.
„ Mordida: For+d6.
„ Muito Resiliente: O chernobue pode
receber dois Ferimentos antes de ser
Incapacitado.
„ Poderes Inatos: Escuridão menor, voar
maior, elo mental maior, viagem planar maior, água de outras partes do labirinto, o fluido
teleporte menor (uma vez por dia)
„ Resistência Ambiental: Ácido, eletricidade
e fogo.
„ Tamanho 2: Um chernobue tem 4 metros de
comprimento e pesa 250 quilos.
„ Tentáculos (2): For+d6.
„ Veneno (−2): Qualquer um ferido por um
ataque de mordida deve fazer uma rolagem
de Vigor contra veneno letal.
„ Veneno Vivo: Quando o veneno é curado
ou o efeito termina, a substância laranja
irrompe do corpo da vítima, deixando-a
inconsciente por 2d6 rodadas (rolagem de
Vigor para ficar acordada).
„ Visão no Escuro: Chernobues ignoram
penalidades de Iluminação a até 10 quadros
(20 metros).
Idiomas: Demoníaco
Parte Oito: O Labirinto Purulento
J5 TRONO DE JORDIMANDUS
Esta sala cheira a produtos químicos estranhos.
Uma passarela de metal de um metro e meio de
largura dá para uma grande poça de água espu-
mosa e imunda três metros abaixo, da qual cinco
canos metálicos emergem pela passarela acima.
Quatro desses canos têm um metro e meio de
diâmetro e se estendem pelos quatro cantos da
sala até uma altura de cerca de trinta centíme-
tros acima da sacada; cada um é preenchido com
um fluido borbulhante de cor diferente.
O quinto cano tem seis metros de largura e
se estende para o norte — esse cano está cheio
quase até a borda com um lodo verde brilhante
e trêmulo.
Fluxos finos de fluído correm através do ar a
partir dos canos dos quatro cantos sendo drena-
dos para o central Um trono de pedra flutua no
ar acima desse lodo.
O conteúdo brilhante do cano enche esta sala
com luz (curiosamente) normal. Tal como
acontece com outras superfícies do labirinto, a
varanda que circunda esta sala é escorregadia.
A piscina de água suja abaixo tem 9 metros de
profundidade, enquanto o teto está 6 metros
acima do nível da varanda.
Embora a água abaixo não seja diferente da
contido nos cinco canos é bem diferente. Cada
um dos canos menores nos quatro cantos da
sala contém suprimentos magicamente rea-
bastecidos dos quatro humores corporais
— fluidos alquímicos mágicos destilados de
sangue, fleuma, bile amarela (cólera) e bile
negra (melancolia).
Esses fluidos mergulham em seus canos,
depois fluem pelo ar para se misturar no cano
central, formando um fluido mágico que sustenta
e fortalece o ocupante mais perigoso desta sala. O
contato com qualquer um desses quatro humores
tem efeitos específicos — uma personagem que
beba qualquer um desses humores subtrai 4 na
rolagem para resistir ao efeito do humor. Todos,
exceto a cólera, têm efeitos que afetam a mente.
Sangue (Vermelho, cano noroeste): Sangue
preenche aqueles que o tocam com alegria e
júbilo esmagadores (rolagem de Espírito ou fica
79
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
brevemente sobrecarregado de alegria, caindo
no chão em gargalhadas por 1d4 rodadas).
Fleuma (Marrom, cano nordeste): Fleuma
deixa aqueles que a tocam momentaneamente
insanos (rolagem de Espírito ou começa a balbu-
ciar incoerentemente por 1d4 rodadas enquanto
perde brevemente o contato com a realidade).
Cólera (Amarelo, cano sudoeste): Cólera
dissolve carne a uma velocidade alarmante,
causando 3d6 de dano de ácido a qualquer um
que a toque (isso pode ser Evadido).
Melancolia (Preto, cano sudeste): Melan-
colia domina o alvo com remorso paralisante
(rolagem de Espírito ou fica Paralisado).
SENHOR DO LABIRINTO PURULENTO
O inchado Jordimandus, o único Guardião da
Preguiça sobrevivente, governa a partir desta
câmara — embora “governar” talvez não seja
o termo mais preciso, já que ele se contenta em
deixar os eventos no Labirinto Purulento se
desenrolarem sem sua intervenção.
Outrora um mero servo dos Guardiões
da Preguiça originais, quando esses magos
pereceram pouco depois da queda da Tassi-
lônia, Jordimandus se viu como o único mago
remanescente em meio a uma vasta coleção de
materiais de pesquisa.
Nos primeiros anos de sua nova vida soli-
tária, Jordimandus foi extraordinariamente
produtivo. Ele não apenas conseguiu mudar o
foco dos portais na área J2, mas também con-
seguiu garantir um potente aprimoramento
demoníaco de seu patrono disforme, Jubilex —
um coração mágico feito de lodo.
Esse coração, que bate lentamente em seu peito
sempre aberto, concede a Jordimandus grandes
poderes defensivos, mas também o transformou
ao longo dos anos em um modelo ideal da pre-
guiça — uma monstruosidade que quer pouco
mais do que passar suas horas sentado em seu
trono flutuante acima da sopa alquímica que
agora é a única coisa que o mantém vivo.
Embora o dom de Jubilex conceda a imor-
talidade a Jordimandus, esse dom persiste
apenas enquanto o mago permanecer nesta
sala, ao alcance dos humores mágicos que se
misturam no cano aberto abaixo de seu trono
flutuante. Os humores em cada um dos canos
80
estão vivos e se movem para atacar qualquer
coisa que esteja ao alcance.
Cada humor é efetivamente uma gosma ocre
avançada imóvel, mas cada um tem um alcance
de 4 quadros (8 metros). As gosmas ocre não
têm a habilidade de divisão, mas possuem
resistência significativa à magia. Pior ainda,
o toque de cada geleia ocre inflige um efeito
dependendo de qual cano ela habita. Veja os
efeitos acima para os quatro humores.
Se uma dessas gosmas ocre for morta, esse
fluxo de humor respinga no chão e o Vigor de
Jordimandu imediatamente cai um tipo de
dado. Se todas as quatro gosmas forem mortas,
Jordimandus não pode sobreviver por mais de
uma semana – a menos que ele possa reparar
o dano causado (o que é improvável, devido à
sua preguiça agora quase esmagadora).
P Jordimandus: Veja a seguir.
P Sobloch: Veja a seguir.
• Gosma Ocre Variante (4): Veja a seguir.
P JORDIMANDUS
Tipo: Humanoide Maligno (Humano Mago)
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d12,
Espírito d8, Força d8, Vigor d12+1
Perícias: Atletismo d4, Conhecimento
Acadêmico d12, Conhecimento Geral d4,
Conjurar d10, Lutar d6, Ocultismo d12,
Perceber d8, Persuadir d8
Movimentação: 1; Aparar: 5; Resistência: 13 (3)
Complicações: Obeso
Vantagens: Concentração, Maestria Arcana,
Mago, Poderes Favorecidos (Mago),
Retirada, Surto de Poder
Poderes: Atordoar, banir, confusão, conjurar
aliado, deflexão, detectar arcano, dissipar,
fantoche, obscurecer*, proteção, raio*, reduzir
Característica, vidência, voar.
Pontos de Poder: 20
Equipamento: Bastão da absorção, sacola
prestativa, anel de proteção maior, pó de
diamante valendo 500 po, placa de marfim
valendo 50 po, espelho de prata valendo
1.000 po, grimórios.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +3: Diabolicamente corpulento.
„ Coração de Lodo: O coração de
Jordimandus concede a ele um aumento

em seu Vigor e o torna imune a Ataques
Localizados. Enquanto ele permanecer
dentro dos limites dessa área, ele não
envelhece e nem precisa comer. Veja a seção
sobre humores acima e como eles interagem
com Jordimandus.
„ Fraqueza Ambiental: Adamante.
„ Habilidades de Classe (Mago):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(quasit), Escola (Invocação, Evocação,
Ilusão), Grimórios, Interferência de
Armadura (Qualquer).
„ Imparável: Jordimandus não pode sofrer mais
do que um Ferimento em um único ataque
(após rolagens de Absorção serem feitas).
„ Tamanho 1: Jordimandus é
monstruosamente grande.
Idiomas: Aklo, Comum, Demoníaco,
Dracônico, Élfico, Tassilônico.
P SOBLOCH
Tipo: Extraplanar Maligno (Quasit)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d4,
Espírito d6, Força d4-2, Vigor d8
Perícias: Atletismo d8, Conhecimento
Geral d4, Furtividade d10, Lutar d6,
Ocultismo d6, Perceber d6, Persuadir d4
JORDIMANDUS
Parte Oito: O Labirinto Purulento
Movimentação: 4; Aparar: 5; Resistência: 7 (4)
Vantagens: Esquiva, Retirada
Habilidades Especiais:
„ Armadura +4: Pele demoníaca.
„ Demônio: Imune a eletricidade e venenos;
+4 de dano de ferro frio; -4 de dano de
ácido, frio e fogo; detectar arcano menor.
„ Mordida/Garras: For.
„ Poderes Inatos: Invisibilidade menor.
„ Regeneração Rápida: Quasits podem
tentar uma rolagem de cura natural a cada
rodada até estarem Incapacitados.
„ Resiliente: Quasits podem receber um
Ferimento antes que sejam Incapacitados.
„ Tamanho -3 (Muito Pequeno): Quasits
medem 50 cm e pesam cerca de 4 Kg apenas.
„ Veneno (-1): As garras do quasit contêm
veneno Moderado.
„ Visão Noturna: Quasits ignoram todas as
penalidades de Iluminação.
„ Voo: Movimentação 12.
Idiomas: Comum, Demoníaco.
GOSMA OCRE VARIANTE
Tipo: Limo Neutro (Gosma Ocre)
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4 (A),
Espírito d8, Força d6, Vigor d12
Perícias: Atletismo d4, Lutar d8, Perceber d4
Movimentação: —; Aparar: 6; Resistência: 12
Vantagens: Resistência Arcana
Habilidades Especiais:
„ Pancada: For+d4 (ácido), Alcance 4.
„ Gosma: Ignora invisibilidade, todas as
penalidades de Iluminação; imune a
veneno, paralisia, sono, Atordoado, cegar,
Intimidar, Provocar, fantoche; não dorme.
„ Imunidade: Ataques elétricos, cortantes e
perfurantes.
„ Pancada: Ignoram 4 pontos de penalidade
de Escala.
„ Resiliente: Uma gosma ocre variante
pode receber um Ferimento antes que seja
Incapacitada.
„ Resistência Ambiental: Armas cortantes e
perfurantes.
„ Tamanho 4 (Grande): Gosmas ocres medem
meio metro de altura, se espalham por 3
metros de diâmetro e pesam cerca de 1.300
Kg. Eles podem receber um Ferimento Extra.
81
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Componentes das armas rúnicas
Preguiça Mistura de quatro humores
Avareza Águas da piscina arcana elemental
Inveja Frasco de Ethillion?
Luxúria Um dos brinquedos de Delvahine
Orgulho Estilhaço de qualquer espelho que Vraxeris tenha
se admirado
Ira Cinzas de qualquer coisa nos salões da fúria
Gula um pouco do delicioso vinha de Inib
TÁTICAS
Uma vez que Jordimandus perceba que seu
labirinto foi invadido, ele lança detectar arcano,
voar e deflexão.
Jordimandus inicia o combate usando conju-
rar aliado. Ele recorre a feitiços ofensivos apenas
quando há um bom grupo de monstros invo-
cados para protegê-lo do corpo a corpo. Ele
permanece em seu trono até ser ameaçado em
combate corpo a corpo, momento em que usa voo
e teleporte para ficar longe dos heróis e heroínas.
Jordimandus carrega seu bastão da absorção o
tempo todo — ele não carrega uma arma, con-
fiando inteiramente na magia em combate.
Jordimandus é uma espécie de covarde — se
for reduzido a um Ferimento, ele se ajoelha e
implora por sua vida. Embora não possa sair
desta sala sem morrer, ele aprendeu bastante
sobre Forjarrúnica e seus habitantes — infor-
mações que os heróis e heroínas podem usar a
seu favor (veja Tesouro, abaixo).
TESOURO
O trono “flutuante” de Jordimandus não exata-
mente flutua. O trono de seis toneladas é de fato
sustentado por dois bastões imóveis encaixa-
das em sua base. A remoção desses bastões faz
com que o trono mergulhe no líquido abaixo.
Uma rolagem de Perceber com −2 revela uma
trava escondida no braço esquerdo do trono;
pressioná-la faz com que uma gaveta oculta se
abra no lado direito. Jordimandus mantém seus
grimórios aqui, junto com alguns pergaminhos
82
FOLHETO 5-4
mágicos (um pergaminho de conjurar aliado,
um pergaminho de teleporte e um pergami-
nho de dissipar) e um manual do aumento de
atributo (Vigor) que Jordimandus nunca teve
energia para ler.
Uma investigação dos grimórios de Jor-
dimandus revela muito mais do que feitiços
— embora Jordimandus não saia desta sala há
mais de 9.000 anos, ele passou uma quantidade
significativa de tempo usando vidência para
espionar os outros habitantes de Forjarrúnica.
Enquanto a maior parte do que Jordimandus
rabiscou em suas margens sejam fofocas inúteis,
qualquer um que saiba ler Tassilônico e gaste 2d4
horas lendo as anotações pode aprender os nomes
e papéis básicos da maioria das pessoas nomeadas
em Forjarrúnica (sujeito ao critério do Mestre).
Porém, o mais importante é que Jordiman-
dus rabiscou na capa interna do seu maior livro
de feitiços uma informação significativa — sua
suspeita sobre quais componentes funcionariam
melhor para a fabricação de armas rúnicas (veja
o Folheto 5-3).
Jordimandus espera algum dia forjar várias
armas rúnicas, com elas armar campeões invo-
cados e assumir o controle de toda Forjarrúnica
— ele fez a maior parte da pesquisa necessária
para fabricar as armas e frequentemente men-
ciona esses planos em outras partes de seu livro
de feitiços, mas, felizmente para os habitantes
de Forjarrúnica, lhe falta energia e motivação
para seguir o plano.
O fluido do cano central nesta sala basta
como um componente de forja de arma rúnica.
 Parte
Parte Nove: Os Nove:
SalõesOs
DaSalões
Ira Da Ira

PARTE NOVE: OS SALÕES DA IRA

A Lorde Rúnica Alaznist encarregou seus melhores (e mais destrutivos)
magos e soldados de cuidarem dos Salões da Ira. Para ajudá-los, ela lhes deu
o segredo de criar os horríveis soldados conhecidos como crias do pecado
e, com esse conhecimento, a chave para a deformação da carne. Infelizmente,
os magos da ira não gostaram de trabalhar juntos. Depois que os guardiões
da preguiça declinaram, os magos da ira foram os próximos. No entanto,
enquanto os guardiões da preguiça deixaram para trás apenas um para
continuar seu trabalho, vários aprendizes permaneceram nos Salões da Ira.

S
éculos se passaram e, nesse período, esses
herdeiros ficaram menos interessados ​​em
desenvolver magia e mais interessados ​​em
manter sua própria sociedade brutal de guerra
e treinamento. Os habitantes dos Salões da Ira
se prepararam eternamente para o retorno
da Lorde Rúnica Alaznist, mas não fizeram
nenhuma tentativa de apressar esse evento.
As crias do pecado são usadas para treinar
soldados humanos, que desenvolveram uma
sociedade fechada, mas altamente bem-suce-
dida. Centenas de gerações se passaram, cada
uma liderada por um novo soberano ou sobe-
rana que ascendeu de suas próprias fileiras.
A atual líder desses salões é uma mulher
brutal chamada Athroxis, e os aventureiros e
aventureiras estão destinados a dar a ela o que
ela desejou por toda a sua vida — uma chance
de testar o treinamento de seus soldados contra
verdadeiros invasores.
Os Salões da Ira são compostos de várias
câmaras isoladas ligadas umas às outras por
meio de círculos de teleporte permanentes —
presentes de um dos Guardiões da Preguiça
antes da queda da Tassilônia. Por tamanha
obsessão com a magia de invocação, ninguém
nos Salões da Ira poderia esperar entender ou
duplicar a criação de um teleportador, mas
eles valorizam esses círculos de teleporte
acima de tudo, já que a destruição dos círculos
os isolaria para sempre e transformaria sua
morada em túmulos.
Círculos de Teleporte: Cada um deles mede
3 metros de diâmetro e é representado por uma
runa complexa esculpida no chão cercada por
um sulco circular profundo. Até quatro cria-
turas Médias podem entrar em um círculo de
teleporte de uma vez.
Aqueles que o fazem são imediatamente
teletransportados para o destino ligado a ele:
sempre um círculo específico com a runa da
ira gravada no chão dentro dele. Os círculos de
teleporte são apenas de sentido único.
K1 GUARDIÃO DE FERRO
Um amplo corredor de mármore polido se abre
para uma câmara extremamente alta e bem
iluminada. A parte superior da parede oposta
é inteiramente coberta por um mural de uma
mulher de armadura com cabelo carmesim segu-
rando um ranseur em chamas e cavalgando nas
costas de um enorme dragão vermelho.
Um afloramento quadrado de mármore liso se
projeta da parede oposta, subindo do chão a uma
altura de dez metros. Uma abertura na parede
logo atrás do topo plano da coluna de pedra leva
mais fundo para esta seção da abóbada.
Uma estátua de ferro de três metros e meio
de altura fica nesta plataforma, um enorme

83
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

1 QUADRO = 4 METROS
PARA DA
ÁREA ÁREA
K2 K2
DA
PARA ÁREA D ÁREA
PARA K3
ÁREA K6
DA DA
K3
ÁREA ÁREA
K4 K5
K1 K3
K4 PARA PARA
ÁREA ÁREA
K4 K5

PARA
DA K5
ÁREA
ÁREA
K3
K3

PARA N DA
ÁREA
ÁREA
K3
K3

K2
OS SALÕES DA IRA

arco de ferro preso em seus punhos de metal e

uma estranha runa que parece quase um par
de presas decorando seu peito.
Este imenso salão era usado para receber visi-
tantes dos Salões da Ira — aqueles que eram
rejeitados eram executados pelo guardião da
sala se não saíssem imediatamente. As superfí-
cies desta câmara são lisas demais para escalar
sem magia. Quando um visitante recebia uma
audiência, o guardião da sala era ordenado a
levá-lo até a área K2.
Como muitos certamente suspeitarão, a
estátua de ferro é um golem. O que eles podem
não esperar é que este golem de ferro seja uma
variante conhecida como arqueiro de ferro e
seja capaz de voar e fazer ataques devastado-
res à distância.
Quando o arqueiro de ferro detecta intru-
sos, ele soa um alarme estrondoso que aciona
outros alarmes em todos os Salões da Ira — um
tinido metálico que faz as pedras vibrarem. Este
alarme alerta todos os habitantes dos Salões da
Ira e a Soberana Athroxis usa sua varinha de
vidência para observar a batalha nesta sala.
P Arqueiro de Ferro: Veja a seguir.
P ARQUEIRO DE FERRO
Tipo: Construto Neutro (Golem de Ferro)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d4,
Espírito d8, Força d12+3, Vigor d8
Perícias: Atirar d10, Atletismo d6, Lutar d10,
Perceber d6
Movimentação: 6; Aparar: 7; Resistência: 17 (7)
Vantagens: —
Habilidades Especiais:
„ Arma de Sopro (Veneno): Modelo de Cone,
gás nocauteante.
„ Armadura +7: Placas de ferro.
„ Construto: +2 para se recuperar de
Abalado; ignora 1 ponto de penalidades por
Ferimento; não respira ou sofre por doença
ou veneno.
„ Destemido: Golens são imunes a Medo e
Intimidar.
„ Flechas da Ira: Distância 12/24/48, 2d8, PA
3. Escolha um dos seguintes tipos de dano
em cada ataque: fogo, eletricidade e frio.
„ Fraqueza Ambiental: Adamante.
„ Imunidade: Poderes e efeitos mágicos.
Armas mágicas e encantamentos de Dano
se aplicam normalmente, mas quaisquer
efeitos adicionais não.
„ Pancada: For+d8, PA 2.

84

„ Pancada: Ignoram 4 pontos de penalidade
de Escala.
„ Poderes Inatos: Detectar arcano menor.
„ Tamanho 4 (Grande): Golens de ferro
podem medir até 3,60 m e pesam mais de
2.500 kg.
„ Visão Noturna: Golens de ferro ignoram
todas as penalidades de Iluminação.
„ Voo: Movimentação 12.
TÁTICAS
O arqueiro de ferro concentra seus ataques
nos oponentes que passam por ele no corredor,
excluindo todos os outros, até que o alvo esteja
morto ou fuja. Se nenhum oponente passar por
ele, o arqueiro de ferro se concentra em inimi-
gos voadores.
O arqueiro de ferro luta até ser destruído.
TESOURO
Ambos os olhos do golem são pedras preciosas
valiosas — o esquerdo é um diamante que vale
5.000 po, enquanto o direito é uma pedra da
boa sorte (pedra da sorte).
K2 SALA DE TELEPORTE
Dois círculos gravados no chão cercam gran-
des runas em seu centro. O do leste é vermelho,
enquanto o do oeste é azul.
Estes são círculos de teleporte. O círculo leste é
o ponto de chegada da área K3, enquanto o do
oeste é o círculo de partida para a área K3. Eles
podem ser identificados como círculos de tele-
porte com uma rolagem de Ocultismo, embora
determinar para onde eles vão ou de onde eles
vem só pode ser descoberto ao experimentá-los.
K3 QUARTÉIS E SALÕES DE
TREINAMENTO
Esta longa câmara está cheia de bonecos de
treino vestidos com armaduras surradas e quei-
madas e algumas engenhocas com implementos
afiados. Várias portas e dois corredores abertos
saem da câmara ao longo de cada parede lateral.
Parte Nove: Os Salões Da Ira
Uma abertura na parede oposta leva ao que
parece ser uma sala de reuniões.
Várias chamas contínuas nas paredes fornecem
luz para esta câmara, que é a principal sala de
treinamento para os habitantes dos Salões da
Ira. Não importa o quanto os bonecos de trei-
namento sejam danificados, a sala os conserta
a cada 24 horas para que estejam prontos para
o trabalho do dia seguinte.
Apesar do fato de que os guerreiros estacio-
nados aqui não precisam comer ou dormir, seu
treinamento exige que o façam. Isso os impede
de cair em hábitos que podem se tornar um
problema caso o chamado para a guerra seja
ouvido e eles devam retornar a Golarion. Cada
uma das salas de 7 metros quadrados nas late-
rais contém beliches para humanos a oeste e
para crias do pecado a leste.
Depois que as primeiras gerações de guer-
reiros da ira cresceram demais, foram tomadas
medidas para garantir que apenas as caracterís-
ticas mais desejáveis ​​fossem transmitidas aos
filhos dessa comunidade isolada. Usando os
laboratórios de deformação da carne (área K4)
para ajudar a moldar tanto humanos quanto
crias do pecado, com os habitantes até mesmo
regulando o ciclo de nascimento e morte nos
Salões da Ira.
Cada geração de soldado tem permissão para
se reproduzir aos 24 anos e, quando atingem a
idade de 44, um novo Soberano ou Soberana é
selecionado e a geração mais velha é enviada
para as forjas da carne para transformação em
crias do pecado. Felizmente para os aventu-
reiros e aventureiras, a recente guerra com os
Salões dos Abjuradores resultou na morte de
muitos dos guerreiros daqui.
Seus números se esgotaram e ainda não atin-
giram a idade em que tradicionalmente podem
se reproduzir, com vários guerreiros da ira
agora trabalhando nos laboratórios de defor-
mação da carne, procurando uma maneira de
reverter a transformação da prole do pecado na
esperança de recuperar os números perdidos.
Quando um combate começa aqui, a Sobe-
rana Athroxis usa sua varinha de vidência
para observar.
85
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
• Guerreiros da Ira (6): Veja a seguir. Um
dos guerreiros da ira é um capitão Carta
Selvagem.
• Crias do Pecado com Machado (6): Veja
a seguir. Uma das crias do pecado com
machado é uma capitã Carta Selvagem.
GUERREIRO DA IRA
Tipo: Humanoide Maligno (Humano
Cavaleiro Místico)
Atributos: Agilidade d6, Astúcia d10,
Espírito d6, Força d8, Vigor d8
Perícias: Atletismo d8, Conhecimento
Geral d6, Conjurar d8, Furtividade d6,
Intimidar d8, Lutar d10, Ocultismo d6,
Perceber d6, Persuadir d4
Movimentação: 6; Aparar: 7 ou 8 (espada
larga); Resistência: 9 (3)
Vantagens: Arma Predileta (espada larga),
Armadura Arcana (2), Cavaleiro Místico
II, Guerreiro, Mago, Poderes Favorecidos
(Mago),
GUERREIRO DA
IRA
86
Poderes: Aumentar Característica, explosão,
iluminar, raio, rajada, velocidade.
Pontos de Poder: 15
Equipamento: Espada larga (For+d10, PA 3,
Precisão), camisa de mithral (+3), grimório
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial
„ Habilidades de Classe (Mago):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(espada larga), Escola (Evocação,
Abjuração, Invocação), Grimórios,
Interferência de Armadura (Média).
„ Muito Resiliente: Guerreiros da ira podem
receber dois Ferimentos antes de serem
Incapacitados.
Idiomas: Aklo, comum.
CRIA DO PECADO COM MACHADO
Tipo: Aberração Maligna (Cria do Pecado
Guerreira)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d4,
Espírito d8, Força d10, Vigor d6
Perícias: Atletismo d6, Lutar d10,
Furtividade d6, Intimidar d6, Perceber d6
Movimentação: 7; Aparar: 7 ou 6 (machado
grande); Resistência: 11 (6)
Vantagens: Atacar Primeiro, Bloquear,
Guerreiro, Guerreiro Treinado, Resistência
Arcana
Equipamento: Machado grande (For+d10, PA 4,
Precisão), Corselete de placas (+5, Égide).
Habilidades Especiais:
„ Armadura +1: Pele coriácea.
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial.
„ Mordida/Garras: For+d4.
„ Mordida Pecaminosa: Qualquer pessoa
Abalada ou ferida pela mordida de
uma cria do pecado fica dominada por
pensamentos pecaminosos que a deixam
Distraída pelos próximos d6 minutos.
„ Resiliente: Crias do pecado podem
receber um Ferimento antes que sejam
Incapacitadas.
„ Visão no Escuro: Crias do pecado ignoram
penalidades de Iluminação a até 10 quadros
(20 metros).
Idiomas: Aklo.
 Parte Nove: Os Salões Da Ira

TÁTICAS dolorosa mutação permanente. Essas mutações

Os guerreiros da ira deixam que as crias do
pecado enfrentem os invasores primeiro,
ganhando tempo para lançar aumentar Carac-
terística (Força), ilusão (reflexos de si mesmos) e
velocidade com Rapidez. Eles usam Alvos Adi-
cionais para fazer isso rapidamente.
Eles intervêm para substituir as crias do
pecado caídas, usando feitiços como explosão e
raio para atingir heróis e heroínas que ficarem
longe do corpo a corpo. Os guerreiros da ira
lutam até a morte.
As crias do pecado se movem para intercep-
tar intrusos e impedir que qualquer pessoa
entre em contato com os guerreiros da ira
pelo maior tempo possível. Elas sempre usam
Ataque Desesperado ou Ataque Selvagem
em combate. As crias do pecado da ira lutam
até a morte.
podem ser membros vestigiais, pés retorcidos,
olhos cegos e horríveis ou qualquer outra coisa.
Sinta-se livre para exercer a criatividade ao des-
crevê-las. A criatura fica Atordoada na rodada
em que sofre mutação.
Protocarne morre rapidamente se removida
de um tanque — permanece perigosa apenas
por 1 rodada após ser removida do tonel.
Esta sala atualmente é ocupada por nove
guerreiros da ira, todos trabalhando diligen-
temente em um problema complexo — um
método para reverter uma cria do pecado de
volta à sua forma humana original. A resposta
ainda está distante para os guerreiros da ira
cada vez mais frustrados, que aceitam qual-
quer interrupção como uma alegria bem-vinda

K4 LABORATÓRIO DE DEFORMAÇÃO
DA CARNE
Esta câmara comprida é preenchida com duas
fileiras de largas mesas de trabalho. A extre-
midade mais distante da câmara contém três
alcovas largas. Os do norte e do sul estão
cheias de suprimentos alquímicos e grandes
barris, enquanto o do meio contém um único
tanque enorme do que parece ser carne fétida
se contorcendo.

Esta câmara é onde os Mestres da Ira forjam

armas e armaduras mágicas, e também onde
transformam gerações mais velhas em crias do
pecado e projetam o crescimento adequado de
suas próprias crianças.
O tonel de carne borbulhante na alcova
central é uma massa semi-viva de protocarne
— a matéria-prima para o cultivo de crias do
pecado e um componente-chave de grande
parte do trabalho feito aqui para impedir que
as gerações da ira decaiam na deformidade e
na loucura.
O material fede e é perigoso ao toque. Uma
criatura que entre em contato com a protocarne
deve fazer uma rolagem de Vigor (com -2 se CRIA DO PECADO
a protocarne for consumida) ou sofrerá uma COM MACHADO

87
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
e sádica. Eles lutam até a morte para proteger
este laboratório.
• Guerreiros da Ira (9): Veja a página
86. Dois desses guerreiros são Cartas
Selvagens.
TÁTICAS
Sempre que um guerreiro da ira estiver ao lado
de um tanque de deformação da carne e não
estiver envolvido em combate corpo a corpo,
ele tentará espirrar uma bola de protocarne
em uma personagem lançando-a com a ponta
de sua arma depois de mergulhá-la no tanque.
Isso é resolvido como uma rolagem de Atle-
tismo com -2.
K5 CÂMARA DA PRONTIDÃO
As paredes de granito polido desta grande
câmara estão cobertas de glifos emaranhados. O
teto se eleva a 7,5 m de altura, onde um mural
mostra uma mulher ruiva segurando um ran-
seur flamejante no topo de uma torre de pedra
em chamas.
Espadas e ranseurs repousam dentro de
depressões rasas nas paredes, brilhando fraca-
mente para iluminar a câmara. O lado leste
da sala é uma parede sólida de fumaça preta
ondulante.
Esta sala é onde os iniciados que tentam se
tornar um novo soberano ou soberana da ira
se preparam para o combate extenuante que os
espera além do véu de fumaça do outro lado
da câmara. Para avançar, um iniciado precisa
apenas derrotar o soberano ou soberana atual.
Uma rolagem de Ocultismo determina
que os glifos nas paredes representam várias
formas de magia de evocação, particular-
mente aquelas envolvendo fogo ou a criação
de armas mágicas.
A parede de fumaça que separa esta sala da
área K6 é uma parede ilusória bastante deco-
rativa (rolagem de espírito para desacreditar).
TESOURO
As armas embutidas nas paredes incluem duas
espadas largas (Dano), dois ranseurs (Precisão)
88
e duas espadas longas (Perversa). Cada uma
delas brilha continuamente, fornecendo luz
igual a uma tocha. As armas podem ser remo-
vidas com uma rolagem de Força com -2.
K6 SALÃO DE PROVAÇÃO
Uma larga avenida ladeada por pilares de pedra
carmesim desce pelo centro desta câmara — o
teto arqueia-se 20 metros acima e parece ser
feito de fogo.
No centro da sala, há uma enorme estrela de
sete pontas feita de prata gravada no chão e cer-
cada por um círculo de chamas baixas.
Esta enorme câmara serve como campo de
treinamento para o atual soberano ou soberana
da ira e como uma arena para a provação de
novos candidatos. O fogo queimando acima
é bem real — trate-o como uma barreira per-
manente (muralha de fogo; Dano) cobrindo a
extensão do teto.
Cinzas resultantes de objetos queimados nas
chamas desta muralha de fogo (ou por qual-
quer efeito de fogo mágico gerado nesta sala
para este propósito) funcionam como o com-
ponente para forja de armas rúnicas.
A Runa Sihedron no meio da sala é de fato
um imenso portal – este é o “círculo mestre”
sobre o qual Vraxeris escreveu em seu diário. O
círculo mestre tem duas funções, mas apenas a
Soberana Athroxis pode ativar a primeira delas.
Convocação: Uma vez por dia, o círculo
mestre pode ser ordenado a convocar uma
única criatura de outro plano e aprisioná-la
aqui — apenas uma pode estar ativa por vez
através deste efeito. É essa função que a Sobe-
rana Athroxis pode utilizar.
Viagem: Se qualquer efeito de teleporte for
usado enquanto quem conjura estiver dentro
do círculo, a energia de teleporte é absorvida
pelo círculo mestre, que então abre um portão
para o centro do Círculo de Sihedron nas
encostas inferiores de Geadaveira. O portão é
de duas vias e permanece aberto por uma hora.
Soberana Athroxis aguarda os heróis e heroí-
nas aqui, provavelmente já tendo lhes visto em
batalha várias vezes com sua varinha mágica
e com a frustração das falhas de seus servos

aumentando sua raiva a cada uma das vitórias
desses intrusos. Ela tem pouco em termos de
graça social e quando o grupo entra na sala ela
berra um grito de guerra em tassilônico — algo
como “Pela fúria e pelo fogo do inferno!” — e
ataca imediatamente.
Infelizmente para os heróis, Athroxis não
está sozinha — ela está acompanhada por um
demônio glabrezu que convocou do Abismo
(usando o portal da Runa Sihedron da sala)
para lhe servir como guardião.
P Soberana Athroxis: Veja a seguir.
P Glabrezu: Veja Yerrin-Ku na página 17.
SOBERANA
ATHROXIS
Parte Nove: Os Salões Da Ira
P SOBERANA ATHROXIS
Tipo: Humanoide Maligno (Humano
Cavaleiro Místico)
Atributos: Agilidade d8, Astúcia d12,
Espírito d10, Força d10, Vigor d12
Perícias: Atletismo d12, Conjurar d8,
Conhecimento Geral d4, Furtividade d6,
Intimidar d10, Lutar d12, Ocultismo d8,
Perceber d8, Persuadir d10
Movimentação: 6; Aparar: 9; Resistência: 15 (7)
Vantagens: Armadura Arcana (3), Cavaleiro
Místico III, Frenesi, Guerreiro, Mestre de
Arma, Mago
89
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Poderes: Barreira, cegar, detectar arcano, dissipar,
explosão, ferir, iluminar, ilusão, raio, rajada,
reduzir Característica, velocidade, voo
Pontos de Poder: 15
Equipamento: Ranseur de adamante
(For+d10, Alcance 1, PA 3, Precisão,
Elemental (Fogo)), corselete de placas de
mithral (+5, Égide, Fortificação), varinha de
vidência (12 cargas; Conjurar), varinha de
raio (relâmpago; PA 4; 14 cargas, Conjurar),
cinto da força física menor (Vigor), anel de
proteção menor, grimório.
Habilidades Especiais:
„ Habilidades de Classe (Guerreiro):
Flexibilidade Marcial.
„ Habilidades de Classe (Maga):
Antecedente Arcano (Mago), Elo Arcano
(ranseur), Escola (Evocação, Abjuração,
Invocação), Grimórios.
„ Imparável: A Soberana Athroxis não pode
sofrer mais do que um Ferimento em um
único ataque (após rolagens de Absorção
serem feitas).
„ Marca da Ira: Uma runa semelhante a
uma tatuagem levemente brilhante em
sua testa, passada através das gerações
de um governante para o outro. A marca
da ira fornece a ela +1 no Aparar e uma
rerrolagem gratuita nas rolagens de dano.
Uma vez por dia como uma ação livre, ela
pode invocar a marca para protegê-la com
proteção ambiental (fogo). Se ela for morta
em combate, a marca da ira é transferida
para a testa de quem a derrotou. Ele só
pode ser transferida novamente na morte
dessa personagem nas mãos de outro, mas
pode ser removido com um dissipar contra
Conjurar d12+2 (Essa rolagem usa um
90
Dado Selvagem). Uma vez removida dessa
maneira, ela desaparece para sempre.
Idiomas: Aklo, Demoníaco, Dracônico, Élfico,
Gigante, Tassilônico.
TÁTICAS
Athroxis lança ferir em seu ranseur. Quando ela
vê os heróis e heroínas chegarem à área K3, ela
lança voar e ilusão (reflexo de si mesma).
Imediatamente antes do combate começar,
Athroxis lança velocidade com o Modificador
de Poder Rapidez e então usa rajada (cone de
frio). Quando se envolve em combate corpo
a corpo, ela usa Ataque Desesperado ou
Ataque Selvagem.
Athroxis luta até a morte. Se reduzida a um
Ferimento, ela voluntariamente se sacrifica,
centralizando uma explosão (bola de fogo) em
si mesma se isso atingir vários inimigos.
O demônio glabrezu segue os comandos
dados pela Soberana Athroxis, servindo como
guarda-costas e ajudando a evitar que os ini-
migos a flanqueiem. Uma vez convocado, ele
usa sua habilidade de invocação na primeira
rodada para invocar dois vrocks.
O demônio luta até a morte.
PREMIAÇÃO DE PROGRESSO!
Derrotar a Soberana Athroxis dá aos heróis e
heroínas seu décimo sétimo avanço.
 Parte
Parte Dez: Dez:
Armas DeArmas
Poder De Poder

PARTE DEZ: ARMAS DE PODER

Uma vez que os heróis e heroínas cheguem a Forjarrúnica, a aventura não
lhes diz imediatamente o que procurar e realizar, mas seu verdadeiro objetivo
deve eventualmente ser criar armas rúnicas na fonte de forjarrúnica no
coração do complexo. O lugar mais provável deles aprenderem sobre essas
armas é nos diários de Vraxeris ou de Jordimandus, mas você pode facilmente
dar dicas de que a fonte central pode ser usada para criar armas se as
personagens encantarem personagens do mestre poderosas ou realizarem
adivinhações mágicas na fonte de forjarrúnica.

P
ara infundir uma arma com o poder
da fonte e transformá-la em uma arma
rúnica, uma personagem deve reunir
componentes que foram infundidos com magia
ao longo dos últimos séculos. Não é qualquer
componente que servirá — esses devem ser
itens que são ícones do pecado.
Cada um desses itens é detectado com uma
magia muito fraca da escola apropriada e,
quando colocados a 4 metros da fonte de for-
jarrúnica, esses itens brilham intensamente e
parecem zumbir com energia. As regras com-
pletas para a criação de armas rúnicas, bem
como o que elas podem fazer, podem ser
encontradas no Apêndice.
No livro final desta campanha, certos
guardiões e criaturas que os aventureiros e
aventureiras encontram são suscetíveis a armas
dominantes (aquelas aprimoradas pela magia
da luxúria e do orgulho, que se opõe à avareza).
Se nenhum herói ou heroína forjar uma arma
dominante, o próximo livro se torna mais difícil,
mas não completamente impossível.
Você pode querer tirar vantagem de quais-
quer magias de adivinhação que os heróis e
heroínas conjurem, ou talvez recompensar
uma rolagem de Ocultismo com pistas para
este efeito — ou talvez não.
Observe que você pode ter jogadoras ou
jogadores em seu grupo que recusam a ideia
de infundir com pecado as armas favoritas de
suas personagens. Embora o pecado não esteja
diretamente ligado ao mal no contexto de ali-
nhamento, a ideia de abraçar o pecado pode
funcionar em desacordo com a sensibilidade
de certos jogadores e jogadoras ou de suas
personagens.
Nesse caso (e neste ponto da aventura, você
saberá se tiver em seu grupo pessoas para
quem isso pode ser um problema), sinta-se à
vontade para não se referir a armas rúnicas
pelo seu nome pecaminoso, mas sim por seu
nome virtuoso. A diferença entre empunhar
uma arma dominante e uma arma comandante
é totalmente semântica — ambos os tipos de
armas são idênticos em termos de jogo e em
quão bem eles funcionam contra Karzoug e
seus lacaios.
O restante desta campanha pressupõe que
as jogadoras e jogadores optam por se referir
às suas armas rúnicas por seus nomes pecami-
nosos, mas se as pessoas em seu grupo optarem
pelo caminho mais virtuoso, não se esqueça de
ajustar os nomes conforme apropriado!
PREMIAÇÃO DE CONVICÇÃO
Conceda Convicção aos heróis e heroínas
quando eles forem bem-sucedidos em fabricar
sua primeira arma dominante.

91
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
UM LORDE RÚNICO
ENFURECIDO
Embora ainda não esteja totalmente desperto,
Karzoug restabeleceu seu vínculo com a fonte
de forja rúnica e quando a fonte é usada para
criar armas rúnicas, ele sente isso. Karzoug
sabe que as armas dominantes em particular
são uma ameaça para ele, e assim que a pri-
meira delas é criada, ele age.
Das profundezas do Olho da Avareza, bem
acima de Xin-Shalast, o Lorde Rúnico Karzoug
estende a mão para usar ele mesmo a fonte de
forjarrúnica. Com uma súbita explosão de água,
um feixe de luz dourada irrompe da fonte para
banhar a estátua de Karzoug.
Imediatamente, a estátua imponente se
anima, transformando-se em um enorme golem
de pedra. Ele encara os heróis e heroínas e fala,
com a mesma voz que eles ouviram saindo
de Mokmurian no final da aventura anterior.
"Vocês. Novamente. Não posso deixar de me
inspirar em seu otimismo, mas, infelizmente,
suas armas nunca chegarão a Xin-Shalast. Seu
destino é morrer aqui em Forjarrúnica."
P Estátua de Karzoug: Veja a seguir.
92
P ESTÁTUA DE KARZOUG
Tipo: Construto Neutro (Golem de Pedra)
Atributos: Agilidade d4, Astúcia d4,
Espírito d6, Força d12+5, Vigor d10
Perícias: Atletismo d4, Conjurar d8,
Furtividade d4, Lutar d10, Perceber d6
Movimentação: 5; Aparar: 7; Resistência: 19 (6)
Vantagens: Antecedente Arcano (Magia)
Poderes: Morosidade.
Pontos de Poder: 10.
Habilidades Especiais:
„ Armadura +6: Corpo de pedra.
„ Construto: +2 para se recuperar de
Abalado; ignora 1 ponto de penalidades
por Ferimento; não respira ou sofre por
doença ou veneno.
„ Destemido: Golens são imunes a Medo e
Intimidar.
„ Drenar Energia (Agilidade): Uma criatura
atingida pela pancada da estátua precisa
fazer uma rolagem de Vigor (-2 com uma
ampliação no ataque). Um criatura que
seria reduzida abaixo de d4 de Agilidade
ficará petrificada.
„ Fraqueza Ambiental: Adamante.
„ Golpe Estilhaçante: Se a estátua de
Karzoug causar dano a uma criatura

petrificada com seu ataque de pancada, essa
criatura deve fazer uma rolagem de Vigor
ou será estilhaçada. Isso essencialmente
mata o herói ou heroína e causa 2d10 de
dano a todas as criaturas em um raio de 2
metros da estátua quebrada.
„ Imparável: A estátua não pode sofrer mais
do que um Ferimento em um único ataque
(após rolagens de Absorção serem feitas).
„ Imunidade: Poderes e efeitos mágicos.
Armas mágicas e encantamentos de Dano
se aplicam normalmente, mas quaisquer
efeitos adicionais não.
„ Pancada: For+d10.
„ Punhos Maciços: For+d8.
„ Tamanho 6 (Grande): A estátua de Karzoug
tem 7,5 metros de altura e pesa mais de 6
toneladas. Pode receber um Ferimento extra.
„ Visão Noturna: Golens de pedra ignoram
todas as penalidades de Iluminação.
TÁTICAS
O golem de pedra usa morosidade no grupo se
tiver uma chance, movendo-se para se colocar
em uma posição ideal antes de ativar esse poder.
Ele concentra seus ataques físicos na perso-
nagem que criou a arma dominante. Felizmente
para essa personagem, esta arma recém-apri-
morada ignora toda a armadura possuída pelo
golem de pedra.
Karzoug pode manter o golem animado por
apenas quatro rodadas. Se os heróis e heroí-
nas ainda estiverem vivos na quinta rodada,
a estátua passa uma rodada apenas falando:
“Isso... isso não é o fim... venham então, heróis.
Procurem-me no topo do Maciço de Mhar, se
valorizam tão pouco a vida. Vocês deveriam
se sentir honrados por serem os primeiros
tolos executados sob a bandeira de Shalast
em dez mil…”
Karzoug é incapaz de terminar suas provoca-
ções e o golem volta a ser uma pedra inanimada.
Ele não ataca novamente.
CONCLUINDO O CAPÍTULO
Os capítulos desta aventura são organizados
aproximadamente em uma escalada de poder;
A Parte Oito contém desafios mais difíceis e
Parte Dez: Armas De Poder
recompensas maiores do que a Parte Sete, por
exemplo. No entanto, as personagens são livres
para enfrentar as sete alas de Forjarrúnica na
ordem que desejarem.
Da mesma forma, eles têm muito tempo para
explorar a masmorra e, se puderem viajar pelos
planos, podem até recuar para Golarion para
descansar e se recuperar. O ambiente de For-
jarrúnica permaneceu como está por milhares
de anos e, embora a invasão de um bando de
heróis e heroínas certamente agite as coisas,
Forjarrúnica estará esperando o seu retorno.
Quando o grupo conseguir forjar pelo
menos uma arma dominante, eles estarão
prontos para fazer a jornada para Xin-Shalast.
No entanto, a perspectiva de escapar de For-
jarrúnica e retornar a Golarion pode não ser
evidente para alguns grupos. Aqueles que não
têm acesso a métodos de fuga como viagem
planar devem descobrir o método de fuga atra-
vés da Runa Sihedron na área K6, ou usar um
pergaminho de viagem planar da área F4.
Você também pode precisar incluir outros
métodos para seu grupo retornar a Golarion,
especialmente se nenhum deles puder ativar a
Runa Sihedron ou usar um pergaminho. Usar
a capa do saltimbanco da área I3 enquanto esti-
ver na Runa Sihedron na área K6 pode acionar
o portal de saída, por exemplo.
Mesmo que os heróis e heroínas saiam de
Forjarrúnica sem nenhuma arma dominante,
a experiência e os equipamentos que eles acu-
mularam em suas várias masmorras podem
ajudar a preparar o grupo para os desafios que
os aguardam no alto das Montanhas Kodar.
Mesmo que as coisas pareçam estar che-
gando ao ápice e possa parecer que Karzoug
está prestes a emergir no mundo, sinta-se à
vontade para dar aos seus aventureiros e aven-
tureiras tempo para descansar e se recuperar
de sua provação em Forjarrúnica.
Pois Karzoug tem algumas surpresas finais
para os Desbravadores antes que eles possam
finalmente enfrentá-lo nos lendários Pináculos
de Xin-Shalast.
93
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

APENDICE: ITENS MÁGICOS

Os itens mágicos e artefatos listados nas páginas a seguir podem ser
encontrados nesta seção da Ascensão dos Lordes rúnicos. Para preservar
sua sensação única, você não deve permitir que os heróis e heroínas comprem
esses itens em lojas ou os encontrem em qualquer lugar do mundo. Além disso,
as regras para criar as únicas e poderosas armas rúnicas são encontradas
nesta seção. Essas armas potentes darão aos heróis e heroínas uma vantagem
muito necessária contra seu inimigo final.

ITENS MÁGICOS
ALFANGE DENTADO
A lâmina deste falcão de alfange brutal é
serrilhada, formando as presas da gravura
estilizada do perfil de um chacal no metal cin-
tilante. Tais armas são feitas em homenagem a
Lamashtu e são favorecidas por seus cultistas
mais poderosos como armas não apenas para a
batalha, mas também para o sacrifício.
Um alfange dentado tem os encantamentos
Precisão e Afiado. Ferimentos causados pela
borda serrilhada da arma são horrivelmente
irregulares e sangram profusamente. Sempre
que quem empunha um alfange dentado con-
segue uma ampliação na rolagem de ataque, a
lâmina da espada ganha vida e “mastiga” sua
vítima (Ataque Dilacerante).
Ataque Dilacerante: Vítimas Abaladas ou
Feridas por um ataque dilacerante ficarão san-
grando e deverão fazer uma rolagem de Vigor
como uma ação livre no início do seu próximo
turno. Falha causa um Ferimento e a vítima
deve fazer outra rolagem de Vigor no seu pró-
ximo turno. Sucesso indica que a vítima não
sofre um ferimento, mas precisará fazer uma
rolagem de Vigor novamente no próximo
turno. Uma ampliação cessará o sangramento
e não será necessário fazer outras rolagens
devido a este ataque.
Uma rolagem bem-sucedida de Curar cessa
a hemorragia.
PENA DA REVELAÇÃO
As primeiras penas de reve-
lação foram criadas pelos
seguidores do Espírito do
Pavão. Desde a queda da
Tassilônia, o método para
criá-las foi perdido. As
poucas penas de revela-
ção que restam hoje continuam a funcionar,
extraindo suas revelações, segundo dizem, do
Espírito do Pavão.
A pena é feita a partir da pena da cauda de
um pavão. Sua ponta é feita de osso e, quando
segurada, a pena parece estranhamente pesada.
Se colocada em um frasco vazio ou outro reci-
piente de vidro de tamanho semelhante e
deixada lá por uma hora, uma pena da reve-
lação enche esse recipiente com tinta. A tinta
criada é de uma cor aleatória 50% das vezes,
caso contrário a tinta é preta.
Embora uma pena da revelação possa fun-
cionar como um instrumento de escrita padrão,
sua verdadeira força está em sua capacidade

94

de responder perguntas. Uma vez por dia, se o
usuário se concentrar em um objetivo, evento
ou atividade futura específica que ocorra na
próxima semana, a pena da revelação assume
e escreve uma resposta curta, geralmente na
forma de uma rima ou presságio enigmático.
Uma vez por semana, o usuário pode usar a
pena da mesma forma para entrar em contato
com outro plano, fazendo até 10 perguntas de
sim ou não ao intelecto misterioso que guia a
pena da revelação.
ARMAS RÚNICAS
Durante o auge da Tassilônia, muitos dos maio-
res soldados, mercenários e assassinos arcanos
do império empunhavam armas infundidas
com duas escolas de magia aliadas que tra-
balhavam juntas para conceder ao portador
maestria adicional sobre os praticantes de uma
escola de magia oposta. Armas impregnadas de
magia de encantamento e ilusão, por exemplo,
detinham grande poder sobre manipuladores
da transmutação.
Os lordes rúnicos eram tão cautelosos com
sua propagação que essas armas geralmente
eram banidas na Tassilônia, porém todos os
sete mantinham secretamente campeões e
assassinos armados com armas rúnicas visando
as fraquezas de seus inimigos.
Cada arma rúnica se opõe a uma escola de
magia. Quem as empunha recebe uma rerro-
lagem gratuita ao resistir ou se recuperar de
feitiços da magia oposta da arma. Todas as
armas rúnicas são, até certo ponto, empáticas.
Eles aumentam o pecado ou a virtude naque-
les que as empunham, então um guerreiro
armado com uma arma dominante se torna
mais dominador.
Qualquer pessoa empunhando uma arma
rúnica subtrai 1 das rolagens de Persuadir, pois
seus vícios ou virtudes são ampliados às custas
da sua personalidade. Nenhuma arma pode ter
mais de uma qualidade de arma rúnica por vez,
e uma criatura que carregue duas armas rúni-
cas (mesmo aquelas do mesmo tipo) subtrai 4
de todas as rolagens de Característica, pois sua
mente é constantemente atacada por múltiplos
impulsos empáticos.
Cada uma das sete escolas de magia tassi-
lônica é combatida por uma única qualidade
Apendice: Itens Mágicos
de arma rúnica — cada uma delas sendo a
combinação das escolas opostas. As sete com-
binações corretas de componentes e o tipo de
arma rúnica criada por cada combinação estão
listados abaixo.
Observe que o primeiro nome para cada tipo
de arma listado é seu nome pecaminoso — o
segundo é o nome que uma personagem vir-
tuosa pode usar para se referir à arma. Em todo
caso, uma arma rúnica funciona da mesma
forma, independentemente de aumentar o
pecado ou a virtude de quem a empunha.
Os efeitos específicos de cada um dos sete
tipos de armas rúnicas estão listados abaixo.
Cobiçosa/Caridosa (opõe-se a evocação):
Uma união de magia de invocação e abjura-
ção, uma arma avarenta funciona como uma
arma de Matadora contra evocadores e criatu-
ras conectadas ao fogo. Enquanto a arma for
empunhada, quem a empunha ganha Proteção
Ambiental (Fogo).
Dominante/Comandante (opõe-se a
transmutação): Uma união de magia de
encantamento e ilusão, uma arma dominante
funciona como uma arma Matadora contra
transmutadores e criaturas que podem mudar
de forma. Como uma ação livre limitada, quem
a empunha pode usar dissipar maior em até três
efeitos prejudiciais de transmutação (como
polimorfia perniciosa ou morosidade) infligidos
ao portador por dia (mesmo que ele ou ela não
possa falar).
Invejosa/Confiante (opõe-se a necroman-
cia): Uma união de magia de abjuração e
encantamento, uma arma invejosa funciona
como uma arma Matadora contra necroman-
tes e mortos-vivos criados por feitiços de
necromancia (não contra mortos vivos auto-
manifestados criados pela habilidade especial
de Infecção). Enquanto a arma for carregada,
ela pode cancelar até três Drenos de Energia
infligidos ao portador por dia.
Avarenta/Generosa (opõe-se a ilusão): Uma
união de magia de transmutação e invocação,
uma arma avarenta funciona como uma arma
Matadora contra ilusionistas e criaturas do
Plano das Sombras. As primeiras três vezes
por dia que esta arma atinge uma ilusão, ela
automaticamente dissipa a ilusão.
95
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
Parasitária/Simbiótica (opõe-se a encanta-
mento): Uma união de magia de necromancia
e transmutação, uma arma parasitária funciona
como uma arma Matadora contra encantadores
e criaturas sob os efeitos de magias da escola
de encantamento, ou sob o controle de outra
criatura. A primeira vez a cada dia que esta
arma atinge uma criatura sob os efeitos de uma
magia de encantamento, ela automaticamente
dissipa o encantamento. Ele suga essa energia
para quem a empunha, curando um Ferimento.
Sádica/Misericordiosa (opõe-se a abju-
ração): Uma união de magia de evocação e
necromancia, uma arma sádica funciona como
uma arma Matadora contra abjuradores e
quaisquer criaturas com um efeito de magia
de abjuração ativo. Uma arma sádica envolve
quem a empunha em uma aura de magia
simulada — quando o portador é submetido
a um efeito de dissipar, essa tentativa de dis-
sipação visa apenas a aura de magia simulada.
Se a aura for dissipada, ela se refaz novamente
em 24 horas.
Tirânica/Libertadora (opõe-se a invocação):
Uma união de magia de ilusão e evocação, uma
arma tirânica funciona como uma arma Mata-
dora contra invocadores e monstros invocados.
As primeiras três vezes a cada dia que a arma
consegue uma ampliação contra uma criatura
invocada, a arma lança banir maior na cria-
tura atingida.
CONSTRUÇÃO
Qualquer arma pode ser transformada em
uma arma rúnica, mas o processo de criação
de tais armas é muito mais difícil do que para
a maioria dos itens mágicos — armas rúnicas
não podem ser criadas por meios normais. Em
vez disso, eles devem ser criadas infundindo
a arma nas águas da forjarrúnica, uma grande
fonte mágica no centro do laboratório arcano
com o mesmo nome.
Antes que a piscina possa aprimorar uma
arma, dois componentes da forjarrúnica devem
ser imersos nela. Se os dois objetos comparti-
lharem a mesma escola de oposição, a fonte
brilha dourada e rajadas de energia se con-
torcem para fora dela para acariciar qualquer
arma em um raio de 12 metros.
96
A primeira arma a ser imersa na fonte
brilha intensamente enquanto várias runas
tassilônicas se gravam nela, tornando-a per-
manentemente uma arma rúnica. A fonte de
forjarrúnica atualmente tem armazenada
energia latente suficiente para efetivamente
aprimorar uma arma por herói ou heroína (um
conjunto separado de componentes é necessá-
rio para cada arma).
Uma vez que uma arma seja forjada na for-
jarrúnica, ela não pode receber essa qualidade
novamente. Se nenhuma arma for imersa na
fonte dentro de um minuto, a magia latente
reverte para os componentes.
Os componentes da forjarrúnica encontra-
dos em Forjarrúnica são os seguintes:
„ AVAREZA: Água arcana elemental (área
G8)
„ PREGUIÇA: Mistura de humores (área J5)
„ INVEJA: Frasco de ethillion (área E3)
„ LUXÚRIA: Brinquedos adornados da
dominadora (área H8)
„ ORGULHO: Estilhaço de espelho (área I3)
„ IRA: Cinzas das chamas coléricas (área K6)
„ GULA: Vinho de Inib (área F3)
AÇOITE SÁDICO
Um açoite sádico é um longo chicote de tiras
finas de couro. Criados por uma seita espe-
cial de magos que serviram sob o comando
da Lorde Rúnica Sorshen, os açoites sádicos
rapidamente se tornaram bastante populares
na Tassilônia.
O açoite age como um chicote com os encan-
tamentos Precisão, Brutal e Dano. Qualquer
pessoa Abalada ou Ferida pelo açoite sádico
subtrai 2 de rolagens de Espírito contra todos
os efeitos de encantamento criados pelo porta-
dor do açoite durante um minuto.
CAJADO DAS SOMBRAS
FAMINTAS
Este cajado é feito de osso, e a runa da gula
está queimada em um grande botão na ponta.
 Apendice: Itens Mágicos

Permite o uso dos seguintes feitiços (Astúcia ou
Conjurar):
• Obscurecer (1 carga)
• Reduzir Característica (1 carga)
• Drenar Energia (Vigor) (2 cargas)
• Conjurar uma sombra (2 cargas)
• Conjurar um devorador (3 cargas)
CAJADO DO PODER
DO MITHRAL
Este cajado é feito de prata, com uma esfera
cintilante de mitral em cada extremidade.
Uma extremidade exibe uma cobra dourada
enrolada ao redor do cajado e embalando
a maior dessas duas esferas de mitral. Per-
mite o uso dos seguintes feitiços (Astúcia ou
Conjurar):
• Aumentar Característica (Força) (1 carga)
• Crescimento (Tamanho +2) (1 carga)
• Telecinese (2 cargas)
• Dissipar (2 cargas)
Este bordão (Precisão, Dano) aumenta a
Astúcia de quem o empunha em um tipo de
dado enquanto estiver de posse dele. Esse
aumento continua mesmo depois de todas as
cargas serem usadas.

XIN-SHALAST
QUALQUER PESSOA PESQUISANDO XIN-SHALAST DEVE RECEBER UMA DAS SEGUINTES
INFORMAÇÕES PARA CADA SUCESSO E AMPLIAÇÃO.
Xin-Shalast é uma lendária cidade perdida, supostamente escondida em algum lugar nas
Montanhas Kodar. As histórias contam que Xin-Shalast tinha ruas de ouro e edifícios de
pedras preciosas, e ficava sob o olhar de uma montanha que podia ver.
Xin-Shalast era a capital de um império chamado Shalast, um dos sete que compunham o
antigo império da Tassilônia. A lenda diz que Xin-Shalast ficava na nascente do sagrado
Rio Avah — que o folclore varisiano diz levar à um paraíso terrestre sagrado para Desna.
Infelizmente, nenhum registro de onde esse rio pode ter corrido existe hoje, e a maioria dos
estudiosos acredita que o rio tenha sido destruído durante a Queda da Terra.
Nos últimos séculos antes da Queda da Terra acabar com a Tassilônia, Xin-Shalast era gover-
nada pelo Lorde Rúnico Karzoug, um dos Lordes do Império da Tassilônia. Os principais
arquitetos da imensa cidade eram tribos de gigantes, eles próprios governados por seres
poderosos conhecidos como gigantes rúnicos.
Os Pináculos de Xin-Shalast estão sobre a mítica montanha Maciço de Mhar. Esta montanha
de proporções lendárias perfura os céus acima das Kodar e é considerada o pico mais alto de
toda a cadeia de montanhas estupendamente inóspitas.
Diz-se que Maciço de Mhar serve como uma ponte para reinos estranhos além de Golarion
— principalmente para a dimensão de pesadelo de Leng. Diz-se que as conexões com o reino
de pesadelo de Leng infundiram a região ao redor do pico do Maciço de Mhar com perigosas
energias arcanas e sobrenaturais.

97
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS

KARZOUG
QUALQUER PESSOA PESQUISANDO KARZOUG DEVE RECEBER UMA DAS SEGUINTES
INFORMAÇÕES PARA CADA SUCESSO E AMPLIAÇÃO.
Karzoug foi o Lorde Rúnico da Avareza. Embora ele próprio fosse um humano Azlanti, era
um homem poderoso — dizem ter sido o mais dotado manipulador da magia da Transmuta-
ção em toda a Tassilônia e que viveu por centenas de anos Ele governou uma região chamada
Shalast, parte do antigo império da Tassilônia, há mais de 10.000 anos.
Os exércitos de Karzoug eram compostos principalmente de gigantes que seguiam todos os
seus comandos — os gigantes eram governados por monstros imponentes conhecidos como
gigantes rúnicos, que eram peões dos lordes rúnicos. Karzoug também contava com outras
criaturas poderosas como seus aliados, como dragões azuis, habitantes misteriosos do reino
de pesadelo de Leng, extraplanares bebedores de sangue conhecidos como caminhantes
escarlate e imensas lâmias megeras mais altas que a maioria dos gigantes.
Karzoug concentrou sua magia na escola da transmutação, magia associada à virtude da
riqueza nos tempos tassilônicos. Sob seu reinado, porém, essa virtude do governo tornou-se
mais associada ao pecado da avareza. Entre os lordes rúnicos, seu domínio da magia da ava-
reza era incontestável, mas nas escolas de ilusão e encantamento (relacionadas aos pecados do
orgulho e luxúria), suas habilidades haviam atrofiado muito. Muitos acreditavam que armas
infundidas com magia de ilusão e encantamento, conhecidas como “armas dominantes”,
seriam particularmente potentes contra Karzoug, mas nenhum registro de alguém atacando o
lorde rúnico com tais armas existe na biblioteca.
Karzoug guerreou com seus vizinhos, mas ninguém guerreou mais com ele do que com Ala-
znist, a Lorde Rúnica da Ira e governante de Bakrakhan. Entre suas nações, ao longo de uma
cordilheira conhecida como a Raspa, Karzoug construiu imensas estátuas sentinelas para
vigiar Bakrakhan, enquanto Alaznist construiu torres chamadas de Calhas da Tempestade
Infernal para impedir que os exércitos de Karzoug invadissem. Cidadãos de ambas as nações
temiam que a guerra entre Karzoug e Alaznist logo chegaria ao ponto em que eles poderiam
trazer o fim do mundo.
À medida que a guerra de Karzoug e Alaznist se intensificava e as guerras entre outros lordes
rúnicos ameaçavam mais do que apenas seus exércitos, os lordes rúnicos inventaram métodos
pelos quais poderiam escapar do mundo e entrar em um estado de animação suspensa, para
que pudessem enfrentar cataclismos. Em teoria, seus lacaios sobreviventes os despertariam
para recuperar seus impérios assim que os cataclismos terminassem.

98
 Apendice: Itens Mágicos

ÍNDICE REMISSIVO
A M
Açoite Sádico..................................................... 96 Mephit da Água................................................ 51
Alfange Dentado............................................... 94 Múmia Tassilônica............................................ 38
Aparição............................................................. 37
Arkryst............................................................... 25 N
Armas Rúnicas.................................................. 95 Nelevetu............................................................. 61
Arqueiro de Ferro............................................. 84
Azaven................................................................ 45 O
Ordikon.............................................................. 54
C
Cajado das Sombras Famintas........................ 96 P
Cajado do Poder do Mithral........................... 97 Parte Um: A Rima do Escriba......................... 07
Chernobue......................................................... 79 Parte Dois: Procurando Forjarrúnica............. 21
Conhecimento de Forjarrúnica....................... 22 Parte Três: Forjarrúnica e os Salões dos Abju-
Cria do Pecado com Machado........................ 86 radores................................................................ 29
Criança Radiante.............................................. 66 Parte Quatro: As Criptas Vorazes.................. 36
Cão de Lamashtu.............................................. 19 Parte Cinco: O Cofre da Avareza.................... 49
D Parte Seis: As Gaiolas de Ferro da Luxúria......... 58
Parte Sete: Os Véus Cintilantes....................... 67
Delvahine........................................................... 64
Parte Oito: O Labirinto Purulento.................. 74
Delvahine Falsa................................................. 73
Parte Nove: Os Salões da Ira........................... 83
Demônio Omox................................................. 77
Parte Dez: Armas de Poder............................. 91
Devorador.......................................................... 47
Pena da Revelação............................................ 94
E R
Elemental da Terra Ancião.............................. 26
Elemental da Água Ancião............................. 77 Resultado de Recarga....................................... 57
Eryalla................................................................. 59 S
Escriba, O......................................................10-11
Estátua de Karzoug.......................................... 92 Santuário de Lamashtu.................................... 13
Soberana Athroxis ............................................ 89
G Sobloch............................................................... 81
Gigante de Pedra............................................... 63
Golem de Barro Armadurado......................... 39
V
Golem de Pedra................................................. 53 Voivod................................................................ 59
Gosma Mostarda Demoníaca......................... 35 Vraxeris Falso.................................................... 69
Gosma Ocre Variante....................................... 81 Vulto Noturno Alado....................................... 41
Guerreiro da Ira................................................ 86
X
J Xyoddin Xerriock............................................. 43
Jordimandus...................................................... 80
Y
K Yerrin-Ku............................................................ 17
Karzoug.............................................................. 91
Z
L Zevashala........................................................... 59
Lelyrin................................................................ 59 Zuvuzeg............................................................. 56

99
ASCENSÃO DOS LORDES RÚNICOS
LICENÇA DE JOGO ABERTO Versão 1.0a
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Gary Gygax e Dave Arneson.
Advanced Bestiary © 2004, Green Ronin Publishing, LLC; Autor: Matthew
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The Book of Fiends © 2003, Green Ronin Publishing, LLC; Autores: Aaron Loeb,
Erik Mona, Chris Pramas e Robert J. Schwalb.
Armies of the Abyss © 2002, Green Ronin Publishing; Autores: Erik Mona e
Chris Pramas.
The Avatar’s Handbook © 2003, Green Ronin Publishing; Autores: Jesse Decker e
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Book of the Righteous © 2002, Aaron Loeb.
Legions of Hell © 2001, Green Ronin Publishing; Autor: Chris Pramas.
The Unholy Warrior’s Handbook © 2003, Green Ronin Publishing; Autor:
Robert J. Schwalb.
Plot & Poison © 2002, Green Ronin Publishing, LLC; Autor: Matthew Sernett.
Bunyip da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Dermot Jackson.
Decapus da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Jean Wells.
Demon, Alu- da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games,
Inc., publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Gary Gygax.
Jelly, Mustard da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games,
Inc., publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Gary Gygax.
Jubilex da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
Publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Gary Gygax.
Mite da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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material original por Ian Livingstone e Mark Barnes.
Nereid da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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Orcus da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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material original por Gary Gygax.
Pazuzu da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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Skulk da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
Publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Simon Muth.
Tentamort da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, basedo no
material original por Mike Roberts.
Undead Lord da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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Wolf-In-Sheep’s-Clothing Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer
Games, Inc., Publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene,
baseado no material original por Gary Gygax.
Yeti da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
Publicado e distribuido por Frog God Games; Autor: Scott Greene, baseado no
material original por Gary Gygax.
Zumbi Juju da Tome of Horrors Complete © 2011, Necromancer Games, Inc.,
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material original por Gary Gygax.
Pathfinder Adventure Path: Rise of the Runelords Anniversary Edition© 2012,
Paizo Publishing, LLC; Autores: Wolfgang Baur, Stephen S. Greer, James Jacobs,
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Pathfinder para Savage Worlds: Ascenção dos Lordes Rúnicos Livro 5 © 2021,
Pinnacle Entertainment Group; Autores: Mike Barbeau e Shane Henlsey.