Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Gestão Educacional e Suas Implicações para A Organização e o Desenvolvimento Do Trabalho Escolar.
A Gestão Educacional e Suas Implicações para A Organização e o Desenvolvimento Do Trabalho Escolar.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo investigar a gestão educacional e suas implicações para a
organização e o desenvolvimento do trabalho escolar. A pesquisa foi organizada sob a
ótica de: Luck (1997) que considera a gestão educacional como fato que vem ocorrendo
no contexto das organizações e do sistema de ensino, como parte de um esforço
fundamental para a mobilização, organização e articulação do desempenho humano e
promoção da interação coletiva. Bem como Catani e Gutierrez (2003), os quais afirmam
que a participação democrática se baseia no exercício do diálogo entre as partes. Por
conseguinte Libâneo (2001), conclui que atualmente, o modelo democrático-
participativo tem sido influenciado por uma corrente teórica que compreende a
organização escolar como cultura e identidade organizacional. Foi realizado um
levantamento bibliográfico observacional, com o objetivo de proporcionar a
fundamentação teórica para desenvolver um estudo mais abrangente sobre gestão
escolar. Nos quais incidirá as implicações da gestão educacional na falta de
oportunidade de formação e capacitação dos gestores educacionais; no relacionamento
interpessoal com os colaboradores de escola e no desenvolvimento de habilidades e
competências. São objetos deste artigo o conceito de gestão educacional, como novo
paradigma da organização do trabalho escolar; os instrumentos de ação gestora para a
organização do trabalho escolar e a gestão democrática.
_________
*
Geógrafa – Universidade Estadual do Piauí – UESPI; Graduada em Gestão e Supervisão
Escolar – Faculdade Santo Agostinho – FSA; Graduada em Pedagogia pela Universidade
Federal do Piauí – UFPI.
2
INTRODUÇÃO
Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei
decreta a gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não
estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o
lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o caráter deliberativo da
autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado.
É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e
de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública, tais
como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam, falam,
escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as desigualdades da
sociedade brasileira. É tecendo redes de falas e de registros, ações e intervenções que
surgirão novos movimentos de participação ativa e cidadã.
Na realidade existem escolas com excelentes condições físicas e materiais, em
que os alunos vivenciam um ensino conservador; outras, em que o trabalho consciente
de professores competentes perde-se no conjunto de ações pedagógicas desarticuladas;
outra ainda que embora tenha uma proposta pedagógica avançada e bem articulada, não
conseguem traduzi-la em ações efetivas, por falta de harmonia coletiva e
comprometimento conjunto de seus profissionais. Outras, ainda mais, em que é indicada
a ocorrência de grande participação dos pais e trabalho de equipe de seus profissionais,
sem, no entanto, ocorrerem bons resultados de aprendizagem dos alunos (LUCK, 1997).
Estas escolas adotam a concepção técnico-científica baseada na hierarquia de cargos e
funções visando à racionalização e fragmentação do trabalho, a eficiência dos serviços
escolares, que tende a seguir princípios e métodos da administração empresarial.
Em relação ao processo de comunicação Catani e Gutierrez (2003), enfocam que
a participação democrática se baseia no exercício do diálogo entre as partes. Esta
comunicação ocorre, em geral, entre pessoas com diferentes formações e habilidades, ou
seja, entre agentes dotados de distintas competências para a construção de um plano
coletivo e consensual de ação.
Desta forma há uma compreensão de que tem faltado uma visão global de escola
como uma instituição social e uma percepção geral da teia de relações entre os vários
componentes que participam das articulações educacionais para a promoção da
6
Pimenta (1993), fala que o resultado que a escola pretende que é de contribuir
para o processo de humanização do aluno- cidadão consciente de si no mundo, capaz de
ler e interpretar o mundo no qual está e nele inserir-se criticamente para transformá-lo -
não se consegue pelo trabalho parcelado e fragmentado da equipe escolar- à semelhança
da produção de um carro, onde um grupo de operários aperta cada parafuso, sempre da
mesma maneira, conforme o que foi concluído fora da linha de montagem, mas sim com
o trabalho coletivo. Neste, há contribuição de todos no todo e de todos no de cada um.
A especialização de um não é somada a especialização de outro, mas ela colabora com e
se nutre da especialização do outro, visando a finalidades comuns.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
intelectuais absorvidas pelos gestores, é que estes irão construir com a escola traços
culturais próprios sobre as funções gerais constitutivas do sistema, como: planejamento,
organização, direção e avaliação.
Para que de fato a escola organize suas ações é imprescindível que os gestores
trabalhem com a sensibilização dos professores, esclarecendo a estes as metas e os
objetivos a serem alcançados na instituição educacional. Assim, diante da
conscientização do trabalho em conjunto de toda a equipe escolar, é que resultará em
uma melhor comunicação da própria instituição com a comunidade. Contudo, é preciso
que a escola seja um exemplo de organização democrática para a sociedade, pois é desta
forma que alcançaremos o desenvolvimento do educando e seu preparo para o exercício
da cidadania e sua verdadeira qualificação para o trabalho.
13
REFERÊNCIAS
LUCK, Heloísa. Gestão Educacional: uma questão paradigmática. 3.ed. São Paulo:
Vozes, 1999.
RAMOS, Marise Nogueira; PARAN, Rosiver. Ensino Médio: Construção Política. In:
ARRAIS, César Henrique. Sínteses das salas temáticas/coordenação. Brasília:
Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003.