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homofobia e sua generalização que passou a ser usado para definir outros tipos de
preconceitos contra lésbicas, travestis e transexuais, e que nos mostra a nossa limitação
linguística e a carga preconceituosa que esta implícita nela.
O bullying homofóbico nas escolas leva os alunos com identidades de gênero diferentes
da heterossexual ao abandono ou desistência escolar devido aos preconceitos e
descriminação nesse espaço. as principais vitimas desses processos são os travestis e
transexuais que dificilmente conseguem retornar a escola.
O silenciamento nos casos de violência fortalecem ainda mais esse cenário, pois
os professores mesmo percebendo que seus alunos com orientações sexuais diferentes
estão sofrendo abusos ainda evitam discutir esses temas em sala de aula. logo ele fala
sobre o conceito ''amolador de faca'' utilizado pelo padre e psicanalista Luiz Antonia
Baptista (1999) para se referir e denunciar a cumplicidade social com a violência
expressa, seja no discurso da mídia, da igreja ou psicanalista.
O fio da faca que esquarteja, ou o tiro certeiro nos olhos, possui aliados, agentes sem
rostos que preparam o solo para esses sinistros atos. Sem cara ou personalidade,
podem ser encontrados em discursos, textos, falas, modos de viver, modos de pensar
que circulam entre famílias, jornalistas, prefeitos, artistas, padres, psicanalistas
etc.Destituídos de aparente crueldade, tais aliados amolam a faca e enfraquecem a
vítima, reduzindo-a a pobre coitado, cúmplice do ato, carente de cuidado, fraco e
estranho a nós, estranho a uma condição humana plenamente viva. (BAPTISTA,
1999, p. 46).
A seguir o autor fala sobre como o texto de Luiz Baptista não é lembrado ou utilizado,
já que na área educacional os professores são amoladores de faca, já que esses
frequentemente se apropriam dos discursos preconceituosos da religião e psicanálise
para justificar atitudes discriminatórias. Por fim, ele aborda acerca de como a escola
deve ser um espaço de formação dos direitos humanos, e que deve ser incluído no
currículo, o tema da diversidade sexual, para que os docentes sejam encorajados a
assumir a responsabilidade no combate do preconceito e discriminação.