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Dissolução societária

A dissolução societária está prevista no Código Civil, a partir do seu art. 1.033, que vem
mencionando as possibilidades do fechamento da sociedade, objeto do nosso estudo neste
artigo.

Existem duas formas de dissolução societária, um por via extrajudicial e a outra judicialmente.

As variáveis que tratam a dissolução societária passam por: morte de um dos sócios, vontade de
um dos sócios de se retirar da sociedade, vontade da maioria, a falta de pluralidade e a extinção
da autorização.

Começaremos a analisar por dois fatores, um deles se dará pela vontade e o outro pela não
vontade de um ou mais sócios, seja por discordância da partilha da sociedade, seja dos direitos e
quais sejam pelas obrigações de fazer, este último teremos muito que falar dele.

Neste primeiro caso falaremos da via extrajudicial, nos casos onde se prevê a autoridade da
maioria do capital social para deliberar a dissolução societária. São 5 casos que a Lei prevê que
podem os sócios podem deliberar essa matéria, sem a judicialização.

Por prazo de duração


Esse é o mais fácil e mais assertivo, que é quando uma sociedade é aberta e tem um prazo
determinado para se dissolver. Antes mesmo das operações começarem os sócios definem como
será o seu inicio meio e fim.

Mas, como nem tudo é perfeito, tem um porém, o que mencionamos acima só ocorrera se um dos
sócios não se opor a aquilo que já foi combinado na constituição. Neste caso, os outros sócios
discordado do discordado (sócio que se opôs) a sociedade entra em liquidação e assim a
sociedade que antes tinha prazo determinado para se dissolver passa a ser por prazo
indeterminado.
É um pouco complicado, nós sabemos, mas a Paralegalweb pode lhe ajudar, é só entrar em
contato conosco, por um dos nossos meios de comunicação.

Dissolução por vontade dos sócios


Chegar a uma decisão de fim societário não é a decisão mais difícil de tomar quando todos
concordam com a não continuidade para o bem de todos.

É mais que natural que projetos não deem certos e com isso o fim da sociedade, tão logo
aconteça a não execução do objeto social.

O próximo passo é fazer o contrato de distrato social, que você poderá em processo.

Por deliberação dos sócios


Sabemos que tudo que é feito no conjunto depende da aprovação da maioria para se definir
alguma coisa, seja para comprar um item que precisa naquele momento, seja para tomar uma
decisão difícil. No meio empresarial também segue a mesma lógica.

Vemos no código civil que a deliberação dos sócios, por maioria absolta, pode requerer a
dissolução societária das empresas LTDA.

Só para entendermos melhor o que é maioria absoluta vemos a sua definição no próprio código
civil, em seu art. 1.010, §1º, que “para formar maioria absoluta são necessários votos
correspondentes a mais da metade do capital.”

Portanto, mesmo que, um dos sócios, não concorde com a decisão da dissolução societária não
poderá fazer muita coisa, pois tal previsão está prevista em Lei.

Ausência de pluralidade
Pode ser uma palavra estranha, mas é bem comum isso acontecer, ausência de pluralidade é
quando uma sociedade fica sem sócio.

Como seria isso… a empresa sociedade limitada é formada por dois ou mais sócios. Acontece
que por uma eventualidade um, ou mais, dos sócios saem da sociedade, ficando apenas uma
pessoa na empresa.

Se uma empresa ficar por mais de 180 (cento e oitenta) dias sem um outro sócio o órgão publico
pode dissolver a sociedade por esta razão.

As vezes é complicado um sócio encontrar uma outra pessoa para poder colocar na sociedade e
assim seguir caminhando no ritmo que estava e como pode demorar muito.
Caso o sócio remanescente queira continuar com a sociedade deverá requerer a transformação
da sociedade limitada para EIRELI.

Para entender melhor sobre sociedades LTDA e EIRELI é só clicar nos nomes das sociedades.

Caso tenha alguma dificuldade para fazer a transformação de sociedade limitada para EIRELI fale
conosco por um dos nossos meios de comunicação.

A Extinção na forma da Lei, de autorização para funcionar


São empresas que tem alguma autorização para trabalhar e por alguma razão perdem essa
autorização, por exemplo empresas ligadas ao sistema financeiro, que depende de uma
autorização previa do banco central para operar. Desde que essa autorização é casada essa
empresa é extinta.

Neste caso é um pouco mais complexo, tentarei ser breve para não ficar cansativo, vamos lá:

Neste caso o Ministério publico promoverá a liquidação judicial da sociedade, tão logo comunique
a Junta comercial ou o cartório, caso os administradores não fizerem nos 30 dias a perda da
autorização, caso os sócios não resolva, por opção, dissolver a sociedade por meios próprios,
que citamos.

Se o Ministerio publico não nomear alguém até o 15º dia subsequente a comunicação, a junta
comercial ou o cartório, nomeará um interventor com poderes para requerer medidas até que seja
nomeado um liquidante. Dai pra frente os tramites seguem conforme o processo de liquidação até
a extinção da sociedade.

Processo para dissolução societária


Os sócios por unanimidade decidem dissolver a sociedade, se reúnem, fazem um contrato de
distrato societário prevendo as responsabilidades de cada sócio, quais os direitos e quanto se
tem dinheiro em caixa, quanto cada sócio irá ficar de acordo com cada percentual investido na
constituição societária.

Depois de definido todas as clausulas, como ficará a responsabilidade dos sócios, far-se-á o
contrato de dissolução e todos assinarão, rubricando as paginas que não tem assinatura, para dar
ciência dos feitos daquela pagina, averbar na Junta Comercial e pronto. A sociedade chegou ao
fim.

Claro que a empresa precisa estar em dia com seus credores, tributos, obrigações trabalhista,
tudo isso antes de fechar. Não abordaremos esses temas para não alongarmos ou sairmos do
foco que a dissolução societária das empresas LTDA.

Judicialização na dissolução societária


Sabemos que tudo pode ser requerido na justiça e qualquer uma das partes que se sentir fora do
pleito de um direito poderá pleitear nos tribunais que seja respeitado a possível reparação ao
dano ocorrido.

E no meio empresarial não é diferente, ainda mais quando se trata de partilha na dissolução
societária. Caso não ocorra nos moldes que são previstos pela dissolução societária prevista no
art. 1.033, do código civil, temos os casos onde se pode pedir a dissolução judicial, por qualquer
um dos sócios.

Os casos onde se pode pedir a dissolução da sociedade judicialmente são dois, ou seja, duas
hipóteses, são elas:

• Anulada a sua constituição.


• Exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.

O contrato social pode prever outros meios de dissolução societária das quais não foram
previstas nos artigos do código civil, só que podem ser contestadas judicialmente.

Liquidação judicial
Será nomeada uma pessoa por deliberação dos sócios caso no contrato social não preveja essa
opção, podendo ser pessoa da própria empresa ou pessoa estranha a sociedade, que terá
poderes para deliberar o rito do processo de liquidação.

O liquidante pode ser destituído a qualquer tempo, então não há tempo definido para
permanência do cargo, pois, poderá demorar muito tempo. Caso tenha sido eleito por deliberação
dos sócios, poderá ser destituído por deliberação dos sócios e, que também, poderá ser
destituído por decisão judicial, por qualquer um dos sócios e a qualquer tempo.

A liquidação societária será liquidada nos termos da Lei… Isso ficará a cargo para um próximo
artigo da Paralegalweb.

Esperamos que tenha gostado do nosso artigo, tentamos trazer soluções para esclarecer as
dúvidas que não foram previstas na abertura de empresa ou para evita-las, caso o seu caso na
pesquisa de como montar seu contrato social.

Caso tenha ficado qualquer dúvida podemos ajudar no que for preciso, conte sempre conosco, a
Paralegalweb é especialista nos tramites de burocracia e poderá solucionar o seu problema
também.

Este artigo apareceu primeiro em: https://www.paralegalweb.com.br/blog/dissolucao-societaria/

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