Você está na página 1de 22

24 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Arauj o

NASCIMENTO, Kleber T . A revolução conceptual da administração


: implicações par
formulação dos papéis e funções essenciais de um executivo . Revista de Administração Pra
btica, Rio de Janeiro : Fundação Getulio Vargas, abr
./jun . 1977 .
-
2 1
uGL.
.4J C*i l
SEVERO, Lessandra ; SILVA, Edinice Mei . Sistema Stanislavski
: o processo criativo nas c
ganizações . Revista de Ciências da Administração,
Florianópolis EcOO S
2006. : Imprensa Universitá n
TAYLOR, Frederick W Princípios de administração científica
1999 . . 8 . ed . São Paulo : Atla

TENÓRIO, Fernando Guilherme . Fiexibilização organizacional :


Janeiro : FG\f 2000 . mito ou realidade? Rio c

GESTÃO DE PROCESSOS :
a Tecnologia do Século 2 1

2 .1 Preliminar

0 que é melhor para as organizações? Estudos estruturais realizados em cad a


fração organizacional, em cada unidade, centrados nos objetivos, estruturas inter -
nas, linhas de autoridade e o elenco de funções destinado a cada unidade (seção ,
setor, departamento, gerência etc .)? Ou estudos visando à gestão de processos ,
críticos e não críticos da organização como um todo, ou, eventualmente, proces-
sos que atingem uma boa parte das frações organizacionais? O que é mélhor, qu e
traz melhores resultados? Essas são questões que exigem de estudiosos e profis-
sionais das organizações constantes posicionamentos . O estudo estrutural dat a
de um século (sie) e os estudos voltados à gestão de processos datam de alguma s
poucas décadas, mas ambos oferecem alternativas ótimas na busca de soluções e
alcance da excelência organizacional . A decisão será tomada com base, certamen -
te, na competência técnica de cada pessoa envolvida e, também, em decisões d e
cunho político, econômico, social, nos termos das estratégias estabelecidas pel a
administração superior.
Este capítulo reserva para você sugestões que emprestarão condições de s e
realizar uma gestão de processos que resulte positivamente para a organização .
Assim, conceitos, técnicas específicas para processos e sistemas de informaçã o
orientados para processos estão, a seguir ; à sua disposição, leitor.
0 mais importante, mais relevante, fundamentai essencial, é entender que a
gestão de processos se torna uma tecnologia de gestão organizacional neste nov o
século . E é interessante notar que sua notoriedade surge em meio a técnicas ante -
riormente usadas nas já tradicionais e hoje em desuso unidades de OSM, mas que
são técnicas que são utilizadas por gestores de todas as áreas da organização . As
26 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Arauj o 27
Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21

unidades de OSM acabaram, mas ficaram as técnicas . Assim, entendemos que a Não obstante, vale destacar um ponto interessante e importante na compreen-
gestão de processos deve ter uma relação muito próxima a essas técnicas, fortale- o da amplitude dos processos, pois consiste num "conjunto de recursos - huma -
cendo e disseminando melhor o seu uso . Estudiosos(as) e gestores(as) das orga- :__s e materiais - dedicados às atividades necessárias à produção de um resultad o
nizações vão inovar e fortalecer ainda esta tecnologia, tomando-a insuperável po r final específico, independentemente de relacionamento hierárquico" (ALMEIDA ,
um longo tempo . As organizações brasileiras têm à sua disposição uma tecnologi
a 02 j . Assim sendo, cabe destacar esta ausência de ligação direta entre as relaçõe s
que atende e atenderá às demandas de nossas organizações, inclusive pelo fato d e erárquicas e os processos, na medida em que este aspecto demonstra o espírit o
a gestão de processos ser plenamente compatível com outras tecnologias, as qu e equipe que deve ser desenvolvido neste tipo de atividades seqüenciais, send o
são apresentadas nesta obra ou outras tantas que existem e que estão prontas e [tendido atividades como o "conjunto de instruções (conhecidas como procedi-
podem ser acionadas a qualquer instante . entos, normas e regras), mão-de-obra e tecnologias cujo objetivo é ode proces-
- as entradas para produzir parte do produto de um processo, a fim de atende r
rs objetivos de sua função dentro da organização" (CRUZ, 2005) .
2 .2 Conceito s Portanto, pode-se dizer que as atividades referem-se às tarefas executada s
r pe s soas ou máquinas com o intuito de transformar um insumo num produ-
A fim de compreender melhor o significado da expressão gestão de processos , que deverá sofrer transformação por outra atividade e assim sucessivamente ,
vale estudar as palavras principais que a compõem para em seguida incluí-las n c omipondo um processo . Desta forma, ainda segundo o autor, as atividades po-
contexto global de tal atividade . Começando por processos tem-se que "é um ; em ser subdivididas em ativas e latentes, tendo as ativas duas classificações, a
ordenação específica de atividades de trabalho no tempo e no espaço, portant o saber : primárias (Ligadas às operações de produção) e secundárias (que realiza m
devem ter começo, fim, insumos e resultados claramente identificados" (DAVEI\[ trabalho de apoio)' . Já as latentes, que não ocorrem todos os dias, são denomi-
PORT, 1994) . Assim, é importante destacar que se refere a uma seqüência de ati--
ad.as internas (dentro dos limites da organização) e externas (fora dos limite s
vidades que segue um cronograma pré-estabelecido, onde os recursos envolvido , organizacionais) . Classificações estas que certamente auxiliam na compreensã o
e o ponto almejado se apresentam de forma simples e nítida . Vale salientar que t a as etapas da gestão de processos que será vista mais à frente .
ordenação tem "a finalidade de atender e, preferencialmente, suplantar as nece s Neste momento, vale seguir com o conceito de gerir ou ainda administrar ; que
sidades e as expectativas dos clientes externos e internos da empresa" (OLIVEIR
2006) . Logo, esta seqüência deve não somente atender a seus clientes internoA consiste num "conjunto de esforços que tem por objetivo : planejar, organizai ; di-
; rigir ou liderar, coordenar e controlar as atividades de um grupo de ;pessoas qu e
ou não, mas até mesmo extrapolar - positivamente - suas expectativas, ou sej a se associam para atingir um resultado comum" (LACOMBE, 2004) Aliás, certa-
ir além, buscar mais do que é necessário ou mesmo do que é esperado de um de- mente, aqueles que já estudaram as ditas teorias gerais da administração - vista s
terminado serviço ou produto .
apidamente no Capítulo 1 -, não tiveram maiores dificuldades em identificar esta s
Outra fornia de apresentar o conceito de processos é : "quanto à existência, são' unções, apresentadas como as próprias de um gestor ou administrador, se voc ê
a introdução de insumos (entradas ou inputs, em inglês) num ambiente, formad o [referir. Desta forma, tendo como compromisso maior deste capítulo a gestão d e
por procedimentos, noiããias e regras que, ao processarem os insumos, transfor- n-ocessos, convém destacar as funções coordenar e controlar, na medida em qu e
maram-nos em resultados que serão enviados (saídas ou outputs, em inglês) ao ; exigem um excelente modelo deste tipo de gestão, para que possam alcançar re -
lientes do processo" (CRUZ, 2005) . Assim, mais do que atividades seqüenciais , afitados ótimos .
a processo contempla etapas bem delimitadas . São elas : entrada, transformaçã o Por fim, tem-se o conceito da gestão de processos propriamente dita, ou seja ,
saída, que serão vistas de forma mais detalhada no decorrer deste capítulo . Val e este modelo de gestão que "implica uma ênfase grande na melhoria da forma pel a
salientar que são necessários insumos para se iniciar um processo que oferecer á qual o trabalho é realizado, em contraste com o enfoque apenas no próprio produ-
um deteiteiinado resultado . Em adição, temos Gonçalves (2000), que, à semelhan- . Em ou-
to ou serviço oferecidos aos cliente s" (MARANHAO e MACIEIRA, 2004)
ça do autor citado logo anteriormente, afirma que "processo é qualquer atividad e tras palavras, consiste numa gestão onde os processos, ou atividades seqüenciais ,
ou conjunto de atividades que toma um input (entrada), adiciona valor a ele e conforme apresentado, são priorizados . Nestesenlidõ, cabe destacar o ponto fort e
fornece um output (saída) a um cliente específico" . Ou seja, o conceito é simple s deste modelo considerado inovador na medida em que apresenta uma .
e direto . Vale lembrar que mencionamos entradas e saídas quando abordamos a
evolução da teoria e da prática nas organizações ; logo, esse ciclo é uma contri- "visão horizontal dos processos gerenciais em detrimento da visão verti-
buição de natureza teórica . cal tradicional . A visão horizontal permite verificar como a organização
28 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo
Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 29

de fato agrega valor ao cliente, como os produtos e serviços são gerados ,


2.3 Etapas do estudo para gestão de processo s
de que forma o trabalho é realmente feito e como o fluxo de informaçõe s
e materiais acontece no tempo . [ . ..] A visão horizontal das organizaçõe s
Almeida (1993) apresenta a seguir etapas referentes à preparação do pro-
pesunte também a identificação dos principais processos interfuncionais e
seu gerenciamento . Afinal, o cliente não quer saber como está organizad a cesso, devendo ser coordenadas pelo seu dono (owner), que pode ser : gestor d e
qualquer área, consultor interno, consultor externo ou profissional indicado pel a
a diretoria de operações ou a diretoria técnica de seu fornecedor . Ele que r
alta direção . Comentários serão tecidos quando necessário .
saber como vai ser atendido, qual a qualidade final do produto ou serviço ,
qual o prazo de entrega" (ALBUQUERQUE e ROCHA, 2007) . a) projeção da missão da equipe : é fundamental no sentido de garantir a
conformidade dos esforços que serão despendidos pelas equipes no sen-
Todavia, conforme esclarecem Smith e Fingar (2003), a gestão de processo s tido de atender às expectativas geradas pela administração superior. O
não é uma forma de automação e nem um, segundo eles, novo modismo na teori a importante é implantar uma gestão de processos que resulte positiv a
das organizações . Pelo contrário, esse modelo de gestão tem por intuito descobri : para a organização como um todo . A missão tem de estar internalizada
o que é feito pela organização, de modo a desenvolver formas de otimização dest e por todos, principalmente pelas equipes formadas para esse esforço ;
trabalho, traduzidas diretamente para a operação . De fauna sucinta, pode-se di-
b) revisão do macrofluxo operacional do processo : em outras palavras, a
zer que se trata de um processo de investigação onde a prioridade é dada à form a
partir desse momento inicia-se o estudo propriamente dito, de modo
como o trabalho é executado a fim de otimizar os processos .
que são as equipes as responsáveis maiores por esta etapa .. Aliás, rever
Portanto, podemos dizer que "a administração de processos deve ser um pro- o macrofluxo impõe saber como os processos estão em operação naque-
cedimento contínuo e acumulativo de repensar e de redesenho do negócio e d e le momento. Na verdade, é preciso conhecer os resultados atuais par a
todas as suas partes ou atividades integrantes" (OLIVEIRA, 2006), de modo a se r alcançar os esperados, como um antigo ditado popular que diz que é
utilizado nas tecnologias de gestão organizacional, como por exemplo pela reen- "preciso saber onde estou para saber para onde vou" . Nesta etapa, al-
genharia, gestão pela qualidade total, ou pelo benchmarking, que são trabalhadas gumas transformações podem ocorrer, mas é importante que tais mu-
em outros capítulos desta mesma obra . Aliás, com relação ao benchmarking, eni danças se mantenham genéricas, reservando o detalhamento para a s
especial, vale destacar a sua importância no desenvolvimento da gestão de pro- etapas seguintes ;
cessos, na medida em que esta tecnologia contempla um aprendizado que part e e) sumário do processo : neste momento é sugerida a criação de códigos qu e
de um processo referencial, definição esta bastante sucinta, mas que demonstr a representem a área envolvida com determinado processo, de modo a
a relevância de uma boa gestão de processos . Ademais, segundo Senge (1995), a facilitar o fluxo de informações . E assim se fará com os demais proces-
média de expectativas de vida das 500 maiores empresas americanas não super a sos ;
os 40 anos . Assim sendo, a seção 2 .3 se apresenta como essencial nesse process o
de aprendizagem . d) análise de suas atividades : atividades em nosso caso são a somatória d e
processos que guardam alguma semelhança entre elas . Para tanto, deve-
rão ser designados os representantes de cada atividade, podendo have r
pessoas responsáveis por mais de uma atividade, mas nunca atividades
sem representantes . Assim, caberá a cada representante descrever su a
respectiva atividade, podendo ocorrer mudanças no caminho . Todavia ,
Atividade 1 tal descrição deve seguir algum tipo de padrão, que facilite o fluxo d e
informações ;
Atividade 2
e) definição das medidas : vale lembrar que este tópico reserva semelhança
Atividade 3 proposital com o estudo dos indicadores de desempenho - que veremo s
mais a seguir, onde são definidos por todos os envolvidos no process o
Atividade 4 os parâmetros a serem utilizados ;
U preparo do manual do processo : tendo em vista que os Capítulos 6 e 7
desta obra são destinados ao detalhamento dos manuais, de forma su-
Figura 2 .1 Conceito de gestão de processos . cinta pode-se dizer que esta etapa conclui a fase denominada pelo au -
30 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo
Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 31

tor como de preparação do processo, tendo como produto um guia, u m b) perspectivas dos clientes (consumidores) : aqui devem ser incluídos tanto
norte, constantemente atualizado e que contém a descrição das funçõe s clientes internos, que atuam dentro da organização, como externos, o u
e atividades a serem exercidas, de modo à evitar os desvios . seja, os de fora da organização . Assim sendo, é preciso avaliar como tai s
Essas seis etapas mostram aspectos bem genéricos da gestão de processos, poi s clientes são atendidos . Portanto, como parâmetro tem-se, por exemplo ,
seria bastante difícil desenvolveunos etapas altamente detalhadas . Cada organi- participação de mercado, conquista de novos clientes, amplitude da mar-
zação, é cada organização com suas peculiaridades, cultura, demandas superio- ca, valor relativo do produto ou serviço e manifestações dos clientes . A
res . De qualquer maneira, as etapas funcionam como um norte, como orientação . gestão de processos deverá ao longo de um determinado tempo verifi-
Um pouco mais à frente teremos uma exemplificação bastante simples, quand o car se tais atividades (somatório de processos específicos que guarda m
faremos um exercício com apenas um único processo, que acreditamos seja sufi- semelhança entre si) têm uma dinâmica correta ;
ciente para a partir daí se desenvolverem esforços que levem a uma competent e c) perspectivas de processos críticos : devem ser considerados neste caso pro-
gestão de processos por toda a organização . Veja ao final do livro, no Apêndice , cedimentos essenciais, ou seja, aqueles diretamente ligados às ativida-
30 questões específicas para um checklist em gestão de processos . des-fim da organização, ou seja, ao negócio propriamente dito . Dest a
forma, os critérios utilizados são, por exemplo, conformidade do produ-
to/serviço em relação ao padrão, produtividade (custo real do processo
2 .3 .1 Indicadores de desempenh o dividido pelo custo ideal), eficiência operacional (percentual utilizad o
da capacidade de produção instalada) e desperdício (percentual d e
O título deste tópico não foi escolhido ao acaso, ao invés disso, refere-se a pa - materiais perdidos, percentual de horas de retrabalho, percentual d e
râmetros e critérios direcionados às avaliações que permitem confirmar evoluçã o tempo impiodutivo) . Desnecessária uma extensão desse indicados; poi s
e realização de atividades ou de processos da organização ou, especificamente , que a gestão de processos deve tratar cuidadosamente dos chamado s
de um dado negócio . Assim, na busca por uma gestão de processos bem sucedid a processos críticos (do inglês core process) . Esse indicador é o que melho r
vale utilizar os indicadores de desempenho desenvolvidos por Kaplan e Norto n servirá para se analisar, inclusive, a dinâmica utilizada para gestão d e
(1997), idealizadores da tecnologia conhecida como BSC (Balanced Scorecard), na processos por toda a organização ;
medida em que este sistema de gestão de performance não se limita aos aspecto s
d) perspectivas de aprendizado e crescimento : intimamente relacionada co m
financeiros comuns nos sistemas de medição . Pelo contrário, amplia a sua anális e
as pessoas que atuam na organização . Esta perspectiva trabalha co m
num número maior de perspectivas, de modo a mensurar aspectos subjetivos d a
organização . Os indicadores são : uma visão de longo prazo na busca de soluções e da excelência, tend o
como indicadores, por exemplo, capacidade de inovar, tempo para re-
a) perspectivas financeiras : consiste numa forma bastante racional de men- cuperar o investimento, receita de novos produtos ou serviços e con-
surar resultados sob a ótica financeira, presente em todo e qualquer sis- formidade do processo . Profissionais envolvidos na gestão de processo s
tema da medição . Via de conseqüência, os indicadores de desempenh o devem atuar cuidadosamente nesse indicador, pois ele aponta para o
considerados neste caso são, por exemplo : liquidez corrente (capacidad e futuro . Os processos devem ser avaliados considerando-se o status quo
da empresa de saldar seus compromissos imediatos) ; crescimento d a e alguma projeção para o crescimento .
receita; margem bruta (equilíbrio entre a receita e a despesa) ; geração
Neste momento cabe uma ressalva, pois as quatro perspectivas anteriorment e
de caixa (equilíbrio entre as contas a receber e as contas a pagar) ; cus-
trabalhadas são as mais utilizadas, porém estas podem e devem ser ,suplementa-
to unitário do produto ou serviço ; e vendas (capacidade da empresa d e
das . Por conta disso, Kaplan e Norton (1997) acrescentam à lista :
fazer previsões de vendas e de consolidar esforços para concretizar a s
vendas previstas) . Aqui temos um indicador que a gestão de processo s a) perspectiva de responsabilidade social : assunto relevante na busca pel a
tem que trabalhar na direção do desempenho . E evidente que esse in- excelência, podendo ser mensurada por pptermédio da conformidad e
dicador de uma forma ou de outra está presente nas organizações ; o social, imagem pública, conformidade ambiental, custo ambiental, bene-
que não sabemos é se a aferição é realizada de maneira adequada e , fícios dos processos específicos, investimento despendido, risco ambien-
também, facilitadora do entendimento dos experts da área financeira , tal e passivo ambiental (custo estimado para o tratamento de resíduos ,
como também, dos menos privilegiados ; por exemplo) . Na realidade, essa perspectiva deve hoje ser mensurada,
porque cresceu a pressão para que as organizações tenham ação socia l Os indicadores trabalhados anteriormente são uma sugestão de dois autore s
relevante : renomados, mas nada disso significa dizer que todos devam ser utilizados e que a
organização tem de responder a todos com eficiência e eficácia . É o contingent e
b) perspectiva das pessoas : entenda que neste caso é feita referência às pes-
condutor desse esforço que vai definir os indicadores de desempenho vitais par a
soas enquanto atuantes na organização e não como consumidores de a sobrevivência primeiro e crescimento e desenvolvimento depois . Na realidade ,
seus produtos/serviços . Assim, os parâmetros utilizados são, por exem- o que você teve nesta seção são indicadores típicos de desempenhos, comuns à
plo, retenção de pessoas-chave, satisfação, competência (pessoas qu e maioria das organizações . E o que deve ser feito então é identificar indicadore s
não necessitam de supervisão direta), eficácia de treinamento ; avanç o próprios da organização e promover a gestão dos processos .
na carreira, eqüidade de remuneração, bem-estar (percentual de pes-
soas com doença ocupacional), segurança e participação (número d e
sugestões implementadas dividido pelo total de funcionários) . Ess e
um indicador que medirá a estrutura social como um todo . A gestão d 2.4 Estudo convencional de processos ; ou fluxograma, ferramenta
processos terá de mapear com freqüência o comportamento do quadra tradicional na atual gestão de processo s
social como um todo . Isso significa dizer que os profissionais voltad o
a esse indicador devem agir com extrema cautela ; Ainda assim, para a melhor compreensão da atual gestão de processos e ,
também, como um suporte importante para uma adequada utilização, temo s
c) perspectiva de aquisição e dos fornecedores : e vamos continuar focand o
uma técnica mais tradicional e mais utilizada no estudo de processos há mai s
a gestão de processos, nosso compromisso neste capítulo . Na busca d '
de cinco décadas : trata-se da elaboração e análise de fluxograma (flowchart, em
desempenhos temos que avaliar, por exemplo, qualidade dos produt o bom inglês), sendo coinüm encontrar um rótulo diferente para a ferramenta . Un s
e serviços adquiridos (conformidade e pontualidade), produtividade d _ chamam de gráfico de procedimentos, outros de gráfico de processos . Há quem
aquisição (economia realizada no período de um ano ou no período pre - prefira rotular de fluxo de pessoas e papéis, ou fluxo de documentos . De qualque r
viamente definido), eficácia da garantia da qualidade e relacionament o
maneira, procuraremos utilizar o termo fluxograma para todo qualquer gráfico
(percentual de ações corretivas respondidas a contento pelos fornece- que demonstre algum. fluxo, obedecendo, além do costume, ao verdadeiro senti-
dores) ; e do etimológico da palavra .
d) perspectiva do ambiente organizacional : deve existir um ambiente prop ,
O fluxograma, de maneira geral, procura apresentar um processo passo a pas -
cio a mudanças, por exemplo, capital intelectual (número de tecnologia ação por ação . Toda ocorrência num determinado processamento deve mere-
dominadas dividido pelo total de tecnologias necessárias), qualida ó er o registro no formulário do fluxograma . Há fluxogramas que exigem meno s
do sistema de informações (número de informações críticas disponíve i egistros e, por conseqüência, nem toda ação é registrada . Pode ocorrer que o flu-
dividido pelo total de informações críticas necessárias) e número d ograma não demonstre, a rigor, nenhuma ação, nenhum passo, revelando nest e
participantes de grandes movimentos de mudança dividido pelo tot e aso apenas o fluxo de d ocumentos . Com isso, queremos dizer que iremos mostra r
do quadro funcional mais diretamente envolvido, não necessariament e ários modelos de representação gráfica de processos de trabalho . Cada um, cad a
participante, em tais movimentos . oodelo de fluxograma, deve ter a sua destinação específica, ou ficará a critério d o
Para encerrar é oportuno mencionar que a gestão de processos pode e dev e crente (ou gestor) a utilização desse ou daquele modelo . E evidente que não exis -
1er seu início provocado por equipes formadas especificamente para esse fim ou e a gestão de processos com a simples aplicação do fluxograma, pois este apena s
por consultores independentes ou por empresas de consultoria, mas, a partir d o egistra, na maioria dos modelos de fluxogramas, um único processo e rarament e
rsiomento em que os condutores do projeto consideram seu trabalho encerrado , nenciona alguma correspondência com outros processos ; todavia, a sua utilização
e' a organização como um todo que assume a gestão . Isso quer dizer que os ges- de extrema importância para este modelo de gestão em especial .
tores de cada área assumem a função de institucionalizar essa nova abordage m
presente em muitas organizações . Logicamente, dar caráter permanente é tarefa
tirdua, que vai exigir um esforço extraordinário de gestores, em geral, mas é cer- r
? .4.1 Indicadores de problemas no process o
to, também, que a resistência a essa mudança será uma característica comum a
muitas organizações . De qualquer maneira, quem poderá resistir será aquele qu e O gerente (ou gestor) terá sempre meios de encontrar falhas num dado pro-
deverá conduzir a sua área nessa nova e muito interessante abordagem . ésso . 0 indicador de maior sensibilidade é a conhecida foimação de filas, muito
34 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 3 5

comum em organizações públicas e particulares . As razões para a formação r • quando se quer apresentar o processo a um grupo de pessoas pouc o
ïrüas são : morosidade no atendimento, artificio técnico para manter o proces : acostumado com a leitura e interpretação de gráficos ; e
interno da unidade funcionando regularmente, com os famosos dias de pique ( c • quando o propósito é apenas o de demonstrar o processo com o intuit o
pico), como, por exemplo, último dia de pagamento, único dia para recebim e de análise superficial .
ro de contas, atendimento bancário no início do mês, compra de ingressos p a
grandes espetáculos apresentados em curta temporada ou, então, falhas no p i Bastante semelhante ao anterior tem, também, a finalidade de oriental, pre-
cesso mesmo . minarmente, o levantamento detalhado do processamento . Diferentemente da
Temos como um forte indicador a constante reclamação de outros pont , m=erior, essa ferramenta permite a representação do fluxo alternativo, ou seja ,
da organização sobre o fluxo vagaroso, confuso, de um processo qualquer . Hoj e possível estabelecer o processo positivo ou negativo . Além disso, usa uma sim-
sabemos todos, a inter-relação dos processos é uma evidência e torna-se difíc alogia que tem a função, como qualquer outra simbologia, de facilitar a leitur a
estudar um processo isolando-o dos demais processos ou isolando-o de outr , interpretação do gráfico . Os símbolos utilizados nessa ferramenta pedem que o
aspectos organizacionais ; daí a moderna proposição da gestão de processos q , asso seja escrito em seu interior . Como veremos mais à frente, essa é uma carac-
estamos apresentando . rística não muito comum dos fluxogramas, embora facilite o trabalho de com-
reensão'do processo .
As modernas tecnologias de estudo e gestão organizacional apontam a gr-,
Utilizada quando há consultas em documentos não estritamente ligados a o
tão de processos, principalmente dos processos críticos, como a melhor altera
roeesso . O exemplo da Figura 2 .5 mostra claramente - e esse é o propósito - qu e
-eiva para a busca de uma melhor dinamicidade do cotidiano das organizações .
Fichário de Assinaturas (em papel), o Livro de Registro (em papel), o Fichári o
gestão das organizações, com base em organogramas e manuais de organizaçá ,
e Material e a Ficha:de Prateleira (ambos em fichas de papel mais pesado) ofe-
cedeu lugar à análise do dia-a-dia, da movimentação, da infolnlação, do melh i
eoem documentos ou informações para o andamento dó processo . A simbologi a
uso da informação e ao conhecimento de processos, em especial dos process ,
diferente daquela das Figuras 2 .2 e 2 .3, com a vantagem de oferecer um maio r
críticos . E o fluxograma, que é uma ferramenta originada de OSM, tem sua p i
,úmero de símbolos, o que melhora sensivelmente o poder de análise . Isso que r
Sença em abordagens contemporâneas da análise e gestão de processos, por s, izer que, se cada símbolo exprime um aspecto específico do processo, a leitur a
Uma ferramenta que guarda enorme intimidade com essa excepcional alternati r )assa a ser mais rápida, desde que se tenham assimilado todos os símbolos previa -
de se gerirem organizações . Frente (veja o exemplo da Figura 2 .6) . Não é, portanto, indicado para os inician-
es na área, já que exige certa rapidez no estudo do gráfico . E isso é fundamenta l
mando há uma reunião para discussão do objeto de estudo .
2.4.2 Modelos de fluxogramas

O que os autores procuram é inovar criando fluxogramas específicos para com -


patibilizar o gráfico com determinado tipo de processo . Por exemplo, se o process o
contém falhas menores, com pequena ressonância na organização, é factível ima-
g finar seu uso representando apenas os passos considerados relevantes . Mas, se o
processo causa perturbações irradiadas por grande parte da organização, a ferre .
i;nenta, certamente, terá de levar em conta esses fatores de grande abrangência .
O fluxograma sintético apresentado na Figura 2 .2 nada mais é do que a re-
presentação de uma seqüência dos vários passos ou de grupo de passos relativo s
c2 determinado processo, onde é oferecida uma idéia genérica do que é feito n o
processo . Não há outras informações, como títulos de cargos e unidades, pois ess e
;Ião é o objetivo .
O uso dessa ferramenta fica restrito a três alternativas :
• quando se deseja um esboço a fim de decidir sobre o detalhamento ou
não :
Setor: Desconto Processamentos nas 1 e 2 Convenções
Entradas de Título s F = Ficha s S = Slips
(TDL e TDF) M = Malas T = Títulos
P = Propost a

Prop. da oper.
e entr. da prop .
para cliente

Elaborarã o
da ficha
cadastral
i
Verificarão
da ficha
cadastra l

Pedido d e
informações
de sacados
Verificaçã o d e
informações
d o sacad o
TDL TD F Realização de
P/i I P/T observacao direta ,
Conferênci a comparando resultad o
Exame de resp. das questionários
das TIPMa s cálculo dast . com as entrevistas
do sacado e despacho
I
Exame de resp. Conf. aspectos le-
e cálcul o gois prof. cons. prop.
elasticid . desp . num : e. sel. ta . .
*'

V
Conf. asp . legai s Classificação d e Realização d e
preenchi e conf. praças e reunião com os
prop. num. tia. sel. t . anotaçõe s chefes para apresen -
tar resultados e
recebiment o
Cálculos - conta - de sugestões
biliza ões pro - Cálculo', conta -
i bilizações e
postasç e conf. conferências S Teste com os
usuários da s
I T I I lT sugestões
1 Escrituraçã o Escriturarão , Assinatura, recebidas
Escrituraçã o Escrituração d e Assinatura ,
de responsa- protocoro e avisos e de responsa - protocolo e avisos e
bilidades vencimento expedição bilidades vencimento expedição
l 1
Confecçã o Fichamento s Escrituraçã o Confecçã o Fichamentos Escrituraçã o
do ' conf_ri separaçã o de do conf. separação de
BTD vias e g rame . depósitos ETD vias e grame. depósitos
I I I
Arquivamento Arquivamento Feitura d o Arquivamento Confecção, Feitura do
de fichas e diário e escrit. de malas e diário e escrit .
propostas títulos de contab . propostas conferências de contab .
F 1 1 M
Arquivamento Assinatura e
de fichas expedirão
de malas

Égnte: RONCHI, Luciano . Organização, métodos e mecanização . São Paulo : Atlas, 1976 .

'Figura 2 .2 Fluxograma sintético do processamento de entrada de títulos para des-


Fonte : FARIA, A . Nogueira de. Organização e métodos . Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científi-
conto em um banco .
cos, 1982. -
Li
Figura 2 .3 Fluxograma de blocos .
SÍMBOLO 1 DESCRICA O Funcionário "A" receb e
PROCESSAMENTO do requisitante
PROCESSAMENTO ENTRADA/SAID A
Um grupo de instruões qu e Uma função principal Qualquer tipo d e Fichário d e
executam uma função d e
processamento do program a de processamento. documento ou dados. assinatura s u Verifica assinatura do requisitant e
ENTRADA/SAÍD A CARTÃO FITA
Qualquer função de u m
dispositivo de entrada/saída
(fornecimento de informaçõe s
PERFURADO
Todas as variedades
PERFURADA E:1 A Se está Se não está
autorizado autorizad o
de cartão perfurado .
para processamento, gravação , Carimb a
posicionamento de fita etc . ) Carimba cancelado
FITA D E N^ R M
DOCUMENTO Anota data
DECISÃ O (- TRANSMISSÃO Livro d e de entrad a
dia Devolve ao órgã o
MI/
Símbolo utilizado para indica r Documentos e relatórios Uma fita de máquin a requisitant e
a possibilidade de desvio s de todas as variedades . de somar ou de prova . Registro Registra e m
<>' para diversos outros pontos d o
programa, de acordo co m
situações variáveis . FITA
livro n data e
órgão requisitante

MODIFICAÇÃO DE PROGRAM A
MAGNÉTICA Q Encaminha a o
funcionário "B "
Registra no fichário d e
Uma instrução ou grupo d e MEMÓRIA FORA material ns RM e quantidad e
instruções que modificam o DE LINH A
programa . Calcula sald o
Memória fora de linha, e m
PROCESSAMENTO PREDEFINID O fichas, cartões, fitas Informações exibidas po r
Um grupo de operações não in- magnéticas ou perfuradas . dispositivos visuais. Imo Encaminha ao depósit o
cluídas no diagrama de blocos . TECLADO CLASSIFICAÇÃO
TERMINA L
O ponto de início, término o u
EM LINH A
Informação fornecida o u
INTERCALAÇÃO
Uma operação em um
Fich a
de
Prateleira
u Verifica material
Anota ficha de prateleira ,
interrupção de um programa . recebida de/ou por u m equipamento d e
computador, utilizand o classificação o u quantidad e
CONEXÃO um dispositivo . intercalação. Calcula saldo

Q Uma entrada ou uma saíd a


de/ou para uma outra part e
do diagrama de blocos .
OPERAÇA O
MANUAL
OPERAÇÃO
AUXILIA R Retira material do estoqu e

Uma operação manual for a Uma operação de mágtìn a À Expediçã o


CONEXÃO DE PÁGIN A de linha, sem intervencão d e que suplementa a funçã o
Q Uma conexão utilizada para
indicar uma entrada ou saída
de/ou para outra página d o
dispositivos eletromecanicos . principal do processarnenie Ao Requisitante
Recebe materia l

On
diagrama .
DIREÇÃO DO FLUX O
OPERAÇÃO
DE TECLADO ( ) LINHA D E
COMUNICAÇÃO
I Confere materia l
Uma transmissão au omát ã
VA
A direção do fluxo de dados
ou de processamento.
Uma operacão em que s e
utiliza um dispositivo
com teclado .
de informação, entre locas
diferentes, através de limei ç
de comunicação .
M via g
Assina Requisição
1=, 2 - e 3* via s
SÍMBOLO SUPL . PARA DIAGRAMA S
DE BLOCOS E FLUXOGRAMAS
ANOTAÇÃO FLUXO A direção do fluxo de dados
À
Requisitante
e
l via g g
V2 À- via
Expedição
3 - vi a
ou de processamento . Al■
Inclusão de uma explicaçã o
adicional .
< On V A À
Expediçã o
À Contabilidade À Contabilidad e
Fonte : MATTOS, Alexandre M . de . Organização : uma visão global . Rio de Janeiro : Fund ,
tulio Vargas, 1980 .
!alorial apostilado da Escola de Administração de Empresas de São Paulo : Fundação Ge-
Figura 2 .4 Descrição dos símbolos . ílio Vargas .
2 .5 Fluxograma "esqueleto ".
Pedido Há uma razoável semelhança com o Fluxograma Esqueleto e o Fluxogram a
Cliente }---*` GRÁFICO No 134
Mod. 2 3 Serviço de correspondênci a DEPTO ./S . Contas corrente s e Blocos, mas não é um gráfico que apenas representa o processo, pelo contra .-
Seção de pedido s SISTEMA: Pedido/expediçã o
Ficha d e
arq. 2 Carimbar data de recepçã o DATA : 12 nov . 2 0 [o, permite um detalhamento bem maior. Sua simbologia não está vinculada às
e número de série DESENHADO POR : nteriores e tem como característica a simbologia da ASME (Associação dos Enge -
Lançar número de conta
heiros Mecânicos dos Estados Unidos da América do Norte) . Os cinco símbolo s
Prefixo A" para número de cont a
SIM NÃ O liciais são os utilizados em boa parte do mundo . Podemos imaginar a possibili-
ade de um fluxograma com a simbologia ASME escrito em português e ser rela-
Juntar talão de crédit o
ivamente bem entendido por um profissional de cidadania inglesa, americana ,
Depto . de crédito
:aliaria, chilena, tal é o seu uso . Veja Figura 2 .7 .
Disponibilidade de crédito?
Não SI M Sua aplicação exige, além de razoável formação e experiência do gerente (o u
CJ Gerente de crédito gestor) responsável pelo estudo, que as pessoas em contato com o gráfico també m
o Disponibilidade de crédito ?
SIM
conheçam sua elaboração . Certamente, não é indicado para grupos de pessoa s
cale tenham alguma dificuldade na leitura e interpretação de gráficos . Portanto,
NAO
Carta [Ficha d e recomendamos seu uso junto a profissionais de nível equivalente ou superior a o
L arq .4
do responsável pelo estudo .

GRÁFICO N e : 28 SISTEMA: Pedido de fruta DATA : 16 de fev . 19 . . . DESENHADO POR :


Seção Datilo- Arma- Clien -
PROCEDIMENTO de PPe- g rafia zém te
1 (rosa) 2 (amarela ) 3 (azul) didos
I verificar pedido : item, nome,
o E> /11/0 ) V V endereço, n° de cont a
O v Encaminhar à datilografi a
\ Destacar o jogo de fatura s
**!) */ pertinent e
Datilografar o nome completo e

\v
1

*I y
Secão d e endereço para o arquivo do agente
v pedidos
Datilografar itens e
Durant e quantidades
D fatura ment o
SIM NÃO Preço e montante
E V
I Para o client e
por correio, V Arquivo permanente ,
Simbologi a conforme aviso
embora seja mais explícito

Arquivo permanent e
o 1
V Encaminhar ao armazém

O =Operaçã Lançar data de expediçã o


o
(escritono )
= Operação
Análise fora de investigaçã o V
O = Operação
(maquina)
= Transporte = Control e
o o *✓ Arquivar cópia branc a
t 0 era cã o
(datilografia)
= Arquivo
permanente
= Demora
Operação fora do procedimento

o \/ V
nvia rcópia ver de par a ra o
client eE

f-v ti*
te : ADDISON, Michael E . Fundamentos de organização e métodos . Rio
de Janeiro : Zahar, 1976 . o D V
Devolver cópia a ma
seção de pedidos
à
r 1 N
Ira 2 .6 Fluxograma de procedimentos . etc.

Fonte : ADDISON, Michael E . Op . cit .

Figura 2 .7 Fluxograma vertical e horizontal .


Tem a vantagem de preencher três funções . A primeira delas é a rápida de- FLUXOGRAMA VERTICA L
monstração do fluxo, que pode ser feita mediante a ligação dos símbolos que j á ATUAL X DE DETERMINAÇÃO D E OPERAÇÃO 12
vêm impressos na folha . A segunda função é dada pelo processo que é inserido n a ROTIN A
PROPOSTA MANUTENÇÃO b TRANSPORT E 6
parte central. Isto quer dizer que quem tem pequena dificuldade em compreende ❑
r CONTROLE 5
m
gráficos tem uma excelente ajuda com a redação dos passos permitida pelo gráfico , Órgão D ESPERA 4
A terceira função é dada pelo último terço do gráfico, à direita, onde é registrad a Estudado po r A ARQUIVO PROVISÓRIO 3
ou a unidade ou quem executa o passo . Em 12 de junho de 19, V ARQUIVO DEFINITIVO 1

Este é um gráfico que não permite variações, como, por exemplo, a existência N2 SÍMBOLOS
FUNÇÕES O U DESCRIÇÃO DOS PASSOS OU FASE S
de fluxos alternativos, igualmente importantes . Isso seria possível registrando-se c CARGOS
01 I❑
A V Escriturário Recebe a solicitação do serviç o

b❑
processo secundário ou alternativo em cor diferente . Mas não é recomendável, poi s 02 D V Preenche o formulário de determinaçã o
poderia estabelecer alguma confusão no momento da identificação de falhas . Transporta para o conferent e
1 03 Q - ❑ D V Office-boy
Como a anterior, é para ser utilizada em meio a pessoal com capacidade d e 04 Q D A V Conferente Verifica a viabilidade do program a
compreender a linguagem gráfica . Tem, contudo, a vantagem de, em seu bojo ; 05 b, ❑ (] A Registra o respectivo número de orde m
Conter o fluxo por escrito . Assim, a escolha fica a critério da pessoa (ou o recurs o 06 Q ■ D A VJ Office-boy Transporta para o chefe de serviç o
gráfico ou o percurso redacional) . 07 O y ❑ V Secretária Aguarda despacho para apresenta r
1 08 y ■ ;, A V Procede e numeração para e fila de espera de agend a
Como comentário final, basta registrar a facilidade de preenchimento dess e
fluxograma e alguma dificuldade na leitura . Notem que há dois movimentos dis- 09 ,y ■ D V Chefe Assina autorizando o processament o
■> A Aguarda o expediente para o assistent e
:ntos : o terço à esquerda dá o movimento resultante do somatório dos procedi- 10 O Secretária
11 Q ❑ D A V Office-boy Transporta para o assistente
lentos e o da extrema direita dá a somatória do movimento do fluxo, isto é, par a Recebe e prepara a documentação necessári a
onde se encaminha o processo . 12 ❑ D V Assistente
.. V Calcula o tempo e material necessário s
13 Q b
A Figura 2 .8 é uma ferramenta aplicada com certa freqüência, pois trata-se d e Preenche o boletim de custo
14 D A V
uma folha impressa que pode ser encontrada nas papelarias que trabalham co m 15 Q ■ D A V Office-boy Transporta para o encarregado de materia l
Antigos para desenho . E tem na simplicidade a sua característica maior . 16 = ■ D A V Encarregado Recebe e prepara o materia l

A identificação do trajeto é imediata . Sabe-se quem realizou o passo . Não há, 17 Q b ■ p A V Solicita dos fornecedores os itens em falt a
D A V Confere o material com a solicitaçã o
iflfelizmente, identificação da unidade onde está ocorrendo o passo . 18 Q =J
19 O 13 D A V Office-boy Transporta para o contramestr e
Pelas razões anteriores, ela é facilmente aplicável e entendida, pois não traz Recebe e estuda as instruçõe s
j 20 ❑ D A V Contramestre
e -m si nenhuma dificuldade de elaboração e permite uma fácil explanação, decor- Aguarda os funcionários para o trabalh o
21 C1 ■, A V
yendo daí a expectativa de uma fácil leitura e interpretação por parte das pessoa s Dá a necessária orientação à equip e
22 Q b ❑ p V
ominadas no próprio gráfico . Programa o trabalho com a equip e
23 r ■ D A V
24 b ❑ (] A V I Distribui o material para cada funcionári o

25 b ❑ D (* V I Inicia o trabalho com a equip e

26 Q D A VI Controla o tempo e a qualidade do trabalh o

27 ❑ D A V Registra os gastos efetuado s


28 O b D p V Inspetor-geral Confere e aprova o trabalh o
29 O - ' ❑ D A V Office-boy Encaminha ao chefe

130 Q --' A V Chefe Examina o trabalh o

31 Q b ❑ D !* ® Secretária Arquiva a determinação aprovada

Fonte : MATTOS, Alexandre M . de . Op . cit.

igura 2 .8 Fluxograma vertical .


44
Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Arauj
o Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 45

O fluxograma de documentos, mostrado na Figura 2 .9, é uma ferramenta d e


á abordagem a problemas e demandas vinculadas a vias, cópias e originais de do-
0
Z _umentos .

Para a elaboração dessa planilha são reservadas tantas colunas quantas são a s
nas (ou cópias) do documento principal . Não há detalhamento dos passos ; apena s
II II111111111111
orovimentação das vias e a ação primeira decorrente dessa movimentação .

11 1111111111 No exemplo anterior, temos cinco vias, percorrendo três unidades e mais um a
1 1 1 1 a
c uarta fora do fluxo, que é o Arquivo Geral . O detalhamento que existe é o bastan-
1 1 1 1 1 1 1 - 1 :e para se entender o trajeto das cinco vias . Os símbolos derivados da simbologi a
111111111111 II ¢
vido) z s
1
111 são poucos e suficientes para os fins a que se destina essa ferramenta .
101 I I 1 10101 101 4 o
Devido à sua simplicidade de elaboração, leitura e interpretação podemos in-
01 1 1 1 1 1 1 1 10
VldQD 2 £ 1 1 1 1 1 icá-lo para uso em situações pouco complexas e com o pessoal envolvido qual-
1 0 1111111 0 - Iuer que.seja o nível .

o `dldO D E O fluxograma da Figura 2 .10 é uma tentativa de integrar todas as infouua-


o
c (111111111111111 1 4
Ido) 1 0 ;ôes objetivas do processo em uma só planilha . O gráfico é todo em colunas, e
111,1I1hI 1--
111111 11 1 Z sentido de seu preenchimento é vertical . A inclusão das colunas para tempo e
w
1 1 111 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2
ú 1 11 1 1 1 O distância preenche uma demanda de muitos interessados e estudantes no camp o
1 1 111 1 1 1 1 111 U Z Ia análise organizacional, que se ressentiam da ausência dessas informações, em-
1 1 1 1 ❑ W
1 1
1 1 111 1 1 1 1 1 1 1 1 w
• 0 Jota contassem com outros dados, talvez, mais relevantes .
1 1 1 1
VldOD 1 ❑ O
S a l ® 1111111 1 1 1 1 A coluna TEMPO é indicadora do tempo (horas, minutos, dias ; dependerá d a
1 11
J* bId J) r*
1-- °
I ® 141 1 l ą onvenção utilizada) de posse e execução . Assim, quando inscrevemos o passo
1 * 1 1 1 1 1 1 1 1 Z
5-1 vld 9 J oE I ©141 'envia", por exemplo, estamos considerando o tempo do transporte desse docu-
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ,
1 1 1 1 1 g
vido] *z I®H nento até o destino, quando, então, se faz o registro de um novo passo, registro
1 I I 1 I I 11 I 1 1 1 1ue receberá o seu tempo .
II 1 ❑ 0
111111111111 11 U
1 1 1 1 11 A coluna DISTÂNCIA refere-se ao percurso realizado pelo documento, ou pel o
>111 1111111111111111 1 1 ó 'ocumento e funcionário . A ativação da coluna dá-se no momento de transporte ,
o ni seja, apenas quando o símbolo transporte é acionado é que se coloca a distân-
' a em metros ou, para facilitar, em andares etc.
co C
O 0
o
u- oc P
e,
Q O
•o , ó

O ti
Q
I w C
❑2
,L > o

0 0
O O O v Q
❑< oN O
J
g w E < Q
O
• o et C Q Q c c Z °
<cw La Q c < Z
w w 0
v z N n i
U w ci O n e, 10 o
c
w

J
UNIDADE O U
CARGO
ZQ Ó Sabemos que o processo é formado pelos movimentos de papéis entre pessoa s
\ á
L
)
ó
m
z 9- ww c ° m o z e unidades da organização e tem, sempre, um início e um fim claramente deli-
N Rrz NOM E .,, z =
i* t7 u
O
z z
< Lu mitados . A seqüenciação de passos conduz, com certa facilidade, à compreensã o
l 1 1 Protocola na carta
2 Registra no livro
Alvaro
Alvaro
ó (
I m v
e-
105 ',
õ
dos pontos iniciais e finais do processo . Num processo, cada pessoa executa certo
3 Envia documento
1 Recebe
I Alvaro 1 --L> ( 4 15' 1 conjunto de passos que permite a execução e a conjugação dos esforços de todos .
Déo Q
5 Verifica
J I
2' 2 m Os graus de decisão variam de pessoa para pessoa, muitas vezes independend o
I Déo ❑ ( 15 '
6 j Informa na doc .
7 1 Envia documentacão
1 Déo
1 Déo
l i e.
O l i I Í 1 10 ' da sua posição hierárquica dentro da estrutura organizacional tradicionalment e
8 Recebe 1 Mensageiro
I f_
12' 12 m conhecida . E o objetivo do estudo de processo é o de assegurar a fluidez dess a
9 1 Entrega Mensageiro 2 movimentação e manter os limites de decisão dentro de princípios que não per-
10 I Recebe l Milton ( 1
4m
11 j Examina 1 1 Ò 31 mitam a ineficiência e ineficácia de todo o processo .
1 Milton I I
❑ 1 30'
12 Autoriza I Milton
13 Envia 1 Milton
O 45 ' Entendemos que não há rigorosamente um objetivo para os estudos de proces-
l 1 I 18 m
14 Recebe
1 j Augusto 1 1 sos, mas vários; diríamos, objetivos secundários que responderiam a um objetiv o
15 1 Examina { Augusto 3'
1 1 4 18 '
16 I Anota autorização 1 Augusto I mais amplo, ligado a todo o trabalho operacional da organização . Esses objetivo s
17 l Envia V - 10 '
Au gusto I 5' 12 m secundários seriam :
18 j Recebe ( Mensageiro ( O- 1
19 1 Envia 1 1 2' _
1 Mensageiro 1 _ 1 12 m
20 Recebe documentação 1 Alvaro • identificai- a utilidade de cada etapa do processo ;
21 1 Dá baixa 14 ,
i Alvaro O I 35 '
22 E nv ia l Alvaro ! ,. I 1 • verificar as vantagens em alterar a seqüência das operações ;
23 1 Recebe documentacão 4 1 1 10 '
¡ Déo OO I I 5'
24 1 Cobra despesas Déo 1 • procurar adequar as operações (passos) às pessoas que as executam ; e
25 I Envia 45 '
l Déo
26 1 Recebe 707 ,' i 12 m identificar a necessidade de treinamento para ó trabalho específico de
1 Mensageiro 1 •
27 Entrega Mensageiro
281 Recebe 1 I 1 10' 35 m processo .
Jorge 1 1 1 1
29 I Paga Jorge 1 1
30 I Envia Banco Central 1 55 '
I Jorge 1 1 - I 5' O cumprimento desses objetivos secundários exige uma profunda capacidad e
31 1 Recebe 1245 m
1 Banco Centra 1 1
92 I Dá visto 1 Banco Central I i analítica do gerente (ou gestor) . Tudo isso deve ser feito passo a passo, momento a
33 I Devolve O 70 '
1 Banco Central I { 1 I 55' 1245 m momento . O primeiro item acima não deixa claro que o trabalho de identificaçã o
34 Ì Recebe 1 Jorge 1 1 1 1 12 ' da utilidade das várias etapas deve ser exaustivo . Isso para abordarmos apenas o
351 Devolve document. 1 Jorge_ _ 525 ', 1 24 m
56 1 Recebe 1 Déo 1 1 1 objetivo secundário que iniciou a lista acima . Os demais itens exigirão, também ,
37 I Examina 1 Déo 1 ❑ I 1 1 1 100 ' um esforço do gerente (ou gestor) responsável pelo estudo .
58 1 Bate carimbo 1 Déo 1 O1 1 1 1 2'
¡9 1 Rubrica 1
j Déo I O 1 1 { 1
40 1 Envia Déo As alternativas do uso de fluxogramas são muitas . O gerente (ou gestor) ,
41 1 Recebe 10' 2 m
1 Alvaro j O 1 I ( 1 3' _ como dissemos anteriormente, poderá escolher o modelo de fluxograma que me-
42 I Registra 1 Alvaro 1 O 1 1
43 ¡ Mantém document . _ 2255 ' lhor se adapte a sua forma de conduzir o estudo e, também, que melhor estej a
1 Alvaro [j I 300 '
y4 1 Arquiva 1 Alvaro 1 T7 1 1 1 1 1 12 ' adequado ao processo em estudo . Mas tudo isso será visto mais tarde . A seguir,
desenvolveremos, a exemplo do que fizemos com o estudo de layout, , o conjunt o
*17*fiE Simbo logia O operaçã o de fases ou etapas que auxiliará o gerente (ou gestor) na estratégia que vai im-
❑ verificação, exam e
ìI*áID ADE CARG O V arqu ivamen t o por ao processo, visando à sua racionalização, ou seja, visando à racionalizaçã o
9, transport e de um dado processo .
LAB ORADO EM _/_/_ D dem ora, es pera

Ï4 ura 2 .10 Planilha de fluxograma integrado . 2 .6 Estratégia para o estudo do process o

A estratégia a ser aplicada pelo gerente (ou gestor) responsável pelo estudo é
formada por um conjunto de fases ou etapas e tem o mérito de colocar o investiga -
48 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 49

dor numa trilha de ação que lhe permitirá conduzir-se corretamente, propiciando , acessam e por essa razão deve o responsável pelo estudo estar sempr e
assim, um resultado técnico de qualidade e condizente com o esforço empregad o presente durante o período de implantação e de adaptação do pessoa l
no estudo de um processo . Note que não estamos nos referindo à gestão de vário s ao novo processamento ; e
processos e, sim, ao estudo de um único processo :
e) manualização do processo : após o cumprimento dos ajustes e adaptaçõe s
a) Escolha do processo a estudar: a simples identificação do problema cau- sempre necessárias, compete ao gerente (ou gestor) desenvolver esfor-
sado por um processo não é fator determinante do estudo desse mesm o ços com o intuito de manter os movimentos que compõem o process o
processo . Um processo percorre certo número de unidades ou pessoa s de forma que seja possível a sua rápida internalização, ou de forma qu e
dentro da organização . Portanto, a identificação por um chefe ou fun- outros possam dela tomar conhecimento, à medida que isso lhes sej a
cionário qualquer não é indicadora da premência do estudo desse o u relevante .
daquele processo ;
Assim vimos a seqüência de esforços exigidos para o cumprimento do estud o
b) Coleta dos passos e sua representação gráfica : definido o processo, o mo-
de um único processo . É fácil concluir que os esforços para a gestão de processo s
vimento seguinte exigirá muita atenção, pois a coleta dos passos e pos- são bastante superiores aos do estudo de um único processo, mas possíveis, desd e
terior fluxogramação é, sem a menor dúvida, o mais exaustivo esforç o que haja ëóinpetência adequada .
que o gerente (ou gestor) e a equipe desenvolvem nos estudos de sim-
plificação do trabalho .
A exigência técnica é a busca, passo a passo, do que faz cada um ,
aonde faz e como faz . O porquê faz é uma questão que será apresenta- 2 .7 Sistemas de informação na gestão de processo s
da na seção (2 .4.2) destinada à análise do fluxograma . Mesmo que o A palavra sistemas, já analisada no Capítulo 1, tem uma íntima relação co m
fluxograma escolhido seja o que exige menos esforço, isto é, que exija a a tecnologia da informação . No Brasil, a palavra sistemas surgiu nas organizaçõe s
tomada dos passos sem o rigor de certos modelos de fluxogramas, ain- ao final da década de 60, justamente quando a computação eletrônica passou a
da assim o trabalho será de razoável magnitude . Por isso, convém a o
agitar as organizações, públicas e particulares . E por longo tempo sistemas d e
gerente (ou gestor) e à equipe, antes de iniciar essa etapa, conversar a informação deram o suporte necessário aos gestores, principalmente da área fi-
nível informal com aqueles que terão a tarefa de detalhar o trabalho qu e
executam . E preciso que se deixe claro que essa tarefa de detalhament o nanceira. Logicamente que as demais áreas se beneficiaram desta ferramenta . E
para os nossos dias o benefício da sistemática planejada do uso da informaçã o
feita a nível individual é, no mínimo, cansativa ;
desejada se estende à gestão de processos que tem condições concretas de busca r
c) análise dos métodos empregados no processamento atual : essa é uma eta- harmonizar as ações todas, via integração racional, lógica, e assim buscar soluçõe s
pa que inclui no esforço de análise de todo o processo as pessoas, o qu e e alcançar a sonhada excelência organizacional .
é feito, com o que é feito e a visão que essas pessoas têm da sua part e
e de todo o processo . Enfim, é a análise de tudo o que contribui para a
realização do processo .
2.7 .1 Objetivos dos sistemas de informação
Essa é a etapa mais importante e delicada . Dela devem emergir as
criticas, base para a determinação de alternativas futuras mais interes - Não havia, até algum tempo atrás, nenhuma técnica que mostrasse a organi-
santes . A maioria dos autores formula um questionário-padrão para us o zação em movimento, ou seja, as técnicas projetavam circunstâncias, situações,
durante a investigação, procurando alargar um pouco mais o espectr o de maneira estática . O organograma, para citar um exemplo, ainda'tem o se u
da análise, evitando a análise centrada exclusivamente no processo e , horizonte analítico muito limitado, embora a nossa imaginação dê a ele um hori-
por via de conseqüência, abrindo o questionamento além dos limite s zonte que ele não tem . O mesmo ocorre com os manuais, embora muitas tentati-
convencionais da análise processual ; vas estejam sendo idealizadas com a finalidade de adicionar algum sabor a eles .
d) implantação de novo processo : em tudo e por tudo, os cuidados com
a Antigamente, os manuais vinham com informaçõès milito objetivas . Neste livro,
implantação do novo processo são semelhantes aos de qualquer outr a nos Capítulos 6 e 7, é nossa intenção dar um pouco de vida ao manual, já que ,
implantação ; entretanto, é salutar ressaltar que, a exemplo dos estudo s além das informações de cunho essencialmente burocrático, colocamos algun s
de layout, o estudo de processos envolve a grande parte daqueles que o segmentos que falam um pouco das pessoas que procuram estabelecer uma inte-
50 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 51

gração entre as várias partes da organização . E procuramos retirar da temi : .


chancela da objetividade, tentando dai; sempre, um caráter de flexibilidade, : Tomada de Decisã o
ço condutor para aplicações técnicas, mas não tão técnicas, isto é, sem o rigor de Administraçã o
obediência doutrinária . Isso é tentar dar aos componentes organizacionai s
dimensão dinâmica, mensurável, partindo do conjunto de técnicas à dis1 oa s Requisitos de Informaçã o
Realimentação d e
para a Decisã o
da organização . Na verdade, o mundo moderno pede que os estudos tenhamas s Informaçã o
nâmica da atual proposta de muitos autores acerca da gestão de processos . Cs* ,
vimos anteriormente, a gestão de processos oferece à organização em ação ut ' Projeto de Sistema s
nova e veloz dinâmica, buscando e encontrando caminhos . Já sabemos gne h Avaliação d e
uma análise de um dado processo pode percorrer toda a organização e Lea l Relatório s
d Registro de Dado s
terfaces com um número expressivo de outros processos, críticos ou não, sob e
agregando dados e informações de superior importância . Eletrônic o s Manua l
O objetivo dos sistemas de informação é apresentar os fluxos de informa
,pestablcndoviuçõmprcesodiónagzçãoed Programaçã o Cálculo s
no suporte aos tantos gestores responsáveis pela gestão de processos . Esses tç
v
de informação são úteis não só à determinada unidade, mas a outras unidades- Resumo o u
Computador
organização, como as unidades de apoio superior e/ou as que ocupam o prime i Terceirizaçã o
nível operacional, tais como gerências, superintendências, departamentos eis
pois, diferentemente da tecnologia típica de OSM, permitem uma visão mam e
nâmica do todo organizacional . Essa visão maior da organização não elim_na p i Elaboração de
síveis incursões analíticas em pontos localizados da estrutura organizacional e s Relatórios
uma ajuda substancial à gestão de processos na medida em que apresenta firas
e estabelece uma relação com os processos de decisão da organização . Assis ,
gestão de processos dá conseqüência ao seu esforço, ou seja, conduz a soluça € a 2 .11 Esquema de urna rede de informação .
decisões, conclusões .
A Figura 2 .11 demonstra a ligação existente entre uma rede e o p r Com isso podemos percebei; principalmente nos Estados Unidos da Améric a
tomada de decisão . No caso, o gestor responsável pelo estudo deve : \orre, transformações na concepção estrutural de algumas organizações, qu e
a) determinar os requisitos de informação para a tomada de dev i formam reconduzir a sua ação, mediante o uso dos sistemas de informação ,
ipre com influência da tecnologia da informação . Um exemplo prático é dad o
b) localizar e registrar os dados necessários à produção da infori . intermédio de diretorias colegiadas, com um diretor de sistemas de informa-
c) manipular e resumir os dados de modo a produzir os relatóri ou de algum ponto da área de tecnologia da informação . Sem dúvida que tudo
formação necessários ; s em alterando, profundamente, as propostas de estudiosos das organizaçõe s
d) prover a avaliação da informação ; e servido de dar, na prática, o tratamento sistêmico, procurando, assim, integra r
sganização horizontal e verticalmente . Portanto, convém conhecer é estudar o s
e) confrontar a informação produzida com as necessidades de iriorma r
aços da tecnologia da informação no âmbito das organizações . O século XXI será
por parte da unidade operacional superior, tendo em vista os objeti r
binado por exponenciais avanços em TI . Por conseguinte, é bastante prováve l
atinentes à tomada de decisão .
:em breve tenhamos diretores comandando a,gesão . de processos por toda a
Em outras palavras, isso quer dizer que o gestor, ao procurar desenvolve r onizacóo . Aliás, isso não significa dizer que sõmos favoráveis à centralização
temas de informação para fins de estudos organizacionais, terá de cuidar e s ;estão de processos nas mãos de uma só pessoa . Por enquanto, acreditamos
cialmente das informações e sua intimidade com a gestão dos processos, priri$ , ror será a gestão atomizada nas mãos de um certo número de profissio -
palmente, às que conduzem a decisões importantes nos estamentos superiora s em ação coordenada .
52 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo
Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 53

De qualquer maneira, consideramos que os objetivos de instalação de siste-


mas de infoiluação são os de : 2 .7.2 Procedimentos na tomada de decisã o

a) estabelecer uma estrutura organizacional com delegação de autoridad e Como resolver um problema? Como encaminhar o processo de tomada d e
e responsabilidade (processo decisório) bem definidas e objetivament e decisão, base que é para procedimentos essenciais na gestão crítica de processos ?
expostas ; Quais são os riscos? Essas são questões que exigem uma análise que possibilit e
b) elaborar nouuas de conduta bem confeccionadas e concebidas adequa- ao gestor compreender melhor a importância de sua atuação junto aos demai s
gestores .
damente e que possam ser postas em prática sem maiores dificuldades ,
quando se tratarem das diretrizes e políticas de desenvolvimento, o u 0 processo de tomada de decisão tem início com uma análise cuidadosa da s
ainda de planejamento e programas ; informações coletadas a respeito do que deve ser decidido . Após o cotejo dos da-
c) criar uma filosofia e uma estrutura de comunicações e de treinament o dos, é feita a previsão dos resultados possíveis, dentro das várias alternativas for-
muladas . A habilidade do gestor é testada exatamente nesse momento, pois a su a
que assegurem conhecimento adequado e preparação apropriada par a função é buscar um quadro alternativo tão amplo quanto possível de ser implemen -
o desempenho das tarefas a cargo do pessoal dos escalões superiores , tado . Aqui; sem dúvida, reside um momento crítico de seu trabalho, e é quand o
em nível operacional ;
em sistema de informações poderá lhe prestar excelentes subsídios em direção à
d) criar subsistemas de informações que incluam formulários, registros , gestão processual desejada . Essa é a etapa da avaliação de resultados estimados ,
análises, consultas e recomendações que possam fornecer rápida e efi - com a competente comparação das alternativas descobertas . Ver Figura 2 .12 .
cientemente as correntes informativas necessárias à tomada de deci-
sões ;
e) possibilitar a instalação de programas de auditoria, em condições d e Analisa r Preve r Quadro
Informações os os de
proporcionar à administração superior um instrumento a mais de ava - resultados 'alternativa s
dados
liação e controle, capaz de fomentar a integridade, o vigor e o ímpet o
de crescimento de toda organização ; e y
f) construir sistemas de informações implica necessariamente numa traje- k , Comparaçã o Mensuraçã o Seleção
com as de Aplicação da
tória sistêmica e, por via de conseqüência, em um natural envolvimento previsões alternativa
resultados
com os muitos processos que servem de pontos seqüências que se soma-
rão a tantos outros numa ação coordenadora e facilitadora aos muito s
processos decisórios . Na verdade, típica de uma gestão de processos qu e Figura 2 .12 Procedimentos na tomada de decisão .
tem todas as credenciais de proporcionar maior velocidade e maior cor-
fiabilidade, com garantidos saltos de qualidade e alcance da excelênci a A melhor alternativa, a que traz maiores benefícios e agrega melhor, é selecio-
desejada não só à cadeira de produtividade, mas à organização com o nada e aplicada, e oferece, mais tarde, resultados que serão mensurados e compa-
um todo . rados, então, com a previsão anteriormente feita, logo no início do processo .
A leitura dos objetivos confirma a relação informação/processo/decisão . Toda essa série de procedimentos está agregada à organização . Não há po r
não há dúvida em se afilular que o gestor responsável pelo estudo que admite qu e que imaginar que a etapa de análise de dados é mais ou menos importante qu e
o processo decisório da organização apresente alguma deficiência terá de, certa- as demais etapas . Nem mesmo a etapa que define o caminho a tomar - a decisão ,
mente, caminhar para auxiliar as unidades da organização a tomarem decisõe s portanto - há de ser considerada a mais relevante . Isso porque o processo deci-
realmente eficazes, ou seja, tomarem decisões que produzam algum resultado d o sório de qualquer situação é uma parcela da organização . Numa visão primária ,
qual a organização poderá dispor . Evidentemente que os objetivos acima implica m poderíamos dizer que decisões num processo qualquer podem ocupar todo o di a
de trabalho do agente decisor. 1 -lá outras atividades d serem alimentadas . Portan-
no uso da tecnologia da informação em todo e qualquer sistema de informação ,
to, é preciso que o executivo responsável pela ordem final admita, para efeito s
Ademais, entendemos que tudo isso faz parte da atual gestão de processos . Assi m
de seu raciocínio e da sobrevivência da organização, que a organização existe . A
nos juntamos aos estudiosos e profissionais atuantes em organizações de ponta .
interação é intensa e constante . E isto é basilar a quem pretende aplicar sistema s
Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 5 5
54 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo

de informações visando a uma aplicação dos propósitos mais nobres da gestã o -8 ,6 o

de processos . oE _ ;• - - -
-

Tomando por base apenas os procedimentos para a tomada de decisão, pode- ó - - - _* -


mos inferir uma extensão aos objetivos anteriormente enunciados, qual seja, a d e
Q,
Q á, áC - - - _
que a utilização correta de sistemas de informação tende a :

• permitir uma escolha adequada da decisão a ser tomada ; O m


ó
• aumentar o grau de certeza relativamente a toda problemática da de-
cisão ;
E
• auxiliar na melhor performance dos recursos humanos da organização ; 2
-2 4

e
v
u fi - -
• oferecer subsídios de superior importância à gestão de processos .

V
2 .7.3 Técnicas

As técnicas aqui relatadas são relativamente simples de serem elaboradas, o


ó
s ao
que não significa dizer que serão simples de serem utilizadas . A participação d a
tecnologia da informação, como parte integrante do sistema de informações, nã o - - - -
é uma exigência . A eventual participação de área de informática sem estar e m

rede é possível, embora o desejável fosse o sistema de informações colocado à a *v •

disposição do gestor e de quem mais ele achar conveniente .

A Figura 2 .13 apresenta uma matriz onde são alotadas informações de con- 's _
-* ° - - - -
formidade com a modificação ou a simbologia adotada. Por essa matriz é possí-
vel montar um sistema que permita, à organização ou determinada gerência, es-
tabelecer novas fornias de gestão e novas maneiras de gestão dos mais variado s -c i _
V • * L-i
cargos participantes do sistema, nos termos decididos pela gerência envolvid a
diretamente no estudo . o
uti a,
Na coluna vertical, à esquerda, é apresentada a relação de atividades selecio- .a, v

nadas pelo pessoal responsável pela elaboração do sistema . A seleção pode se r


O ó
feita com base em toda a organização ou, então, em determinado segmento, o u v .o ó
° ti E
seja, numa determinada gerência . No sentido horizontal, está a entrada dos car- E ,ro ó
o _^
v G g c
gos - eventualmente unidades, isso quando a unidade for colegiada, conforme a ' c ° v
simbologia ou codificação aplicada . Assim, monta-se a matriz .
v o, •_ ° m
ro ° i
t ó
v ó -
vE °
Adicionalmente, os sistemas de informação baseados nessa matriz pode m
u^
- o ó
E
>
e v ó
O O O N t o
conduzir à análise específica de cargos, melhor do que a conhecida descrição d o v E v -a -o ó a w
E
cargos, quase sempre repleta de informações sobre o cargo e não sobre o cargo e -o ° o 2 o
E b
v ú
O a 8
a interdependência que gera a sua atuação .
_' ó 2 v E *^ ra
y E a
Os exemplos, a seguir, não devem ser tomados como sistemas completos e X Q < cc Q W w R O
d
os
perfeitos . Na verdade, os exemplos das várias técnicas de elaboração de sistema s *I 1-'1's 7 ifll lJ 1* W Ol O
Q N J

de informações para estudos organizacionais, incluindo a gestão de processos, são


56 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 5 7

passíveis de críticas, pois assim foram propositadamente projetados . Até mesmo ì ORGANIZAÇÕES GUAREX LTDA .
os rótulos das organizações são de criação do autor, portanto, hipotéticos .
o
Unidades ou Cargos i O vE
2 .7 .3 .1 Sistemas de informações (a ) o ° o
o
.V v
Ç
ç w
LO
O
rc
.Oo
B -8 u
Q C1 = O cti
A simbologia adotada tem como característica principal a preocupação co m o ã
ó = v a a. >
o processo de tomada de decisão . A disposição do gestor responsável pelo estud o -o v r_
+ v v = v
o -o u o
cn N
que aplica esta matriz deve ser no sentido da descoberta de como as decisões são ' r L N v O
4J O O O C C ra Hv o
tomadas, respeitando, é claro, a simbologia que adotou . Atividades
ó v m v óV
V O O l7 l7 Q l7
Tanto nesse sistema de informações como em outros o uso da simbologia o u
de codificação fica inteiramente a critério de quem elabora o conjunto de quesitos F Políticas e objetivos da empresa 3 1 2 4 4 5 5 5 5
voltados ao sistema . Também é de escolha do gestor e das demais pessoas envol- Planejamento econômico -
5 3 1 2
vidas as atividades que comporão a parte vertical do gráfico . Os cargos entrarã o financeiro
à medida que tenham alguma participação dentro da simbologia ou codificaçã o
Mapas de planejament o 1
estipulada por atividade . 3
econômico-financeiro

Elaboração de programa s 2 1
5 3 3
2 .7 .3 .2 Sistemas de informações (b) financeiros

Operações comerciai s 1
Ambas as codificações têm como característica o fato de que a investigação d a 3 2
administrativas e financeiras
conduta de cada uma das atividades evita atuação múltipla de um cargo, em re-
Procedimentos contábeis 3 2 4
lação a uma atividade . Não é incomum o fato de o gestor responsável pelo estud o
desejar fixar determinada foowa de conduta das várias chefias intermediárias . Elaboração de orçamentos 6 3 2 1 4

O exemplo da Cristem é um pouco mais completo do que o exemplo da Gua- Cronograma físico da produção 3 1 2
rex, na Figura 2 .14. São praticamente idênticos . Diferem, todavia, na codificação
Estoques 3 1 2
utilizada, o que altera, logicamente, toda a análise e produção de um sistema d e
Programa de compras 5 3 1
informações que pode estar incluído na dinâmica da gestão global de processos .

Nota : veja nas referências bibliográficas o livro de O'Brien e depois faça um a Programação de produção 5 3 2 1 2

consulta . É uma obra muito interessante . Manutenção de máquinas 3 1 2

Programação dos recurso s 2 1


3
humanos

Procedimentos legais e fiscais 1 2 4

Previsão de vendas 4 J 3 4 1

Programa de ação do s 1 4 2
representantes de vendas

1 -Responsável pela elaboração 4-Colabor a Unidade qu e


- Responsável pela execução 5 - Deve ser notificado-_s - elaboro u
3 Supervisão 6-Julga e analisa Data / /_

Figura 2 .14 Sistema de informação (B) . Organizações Guarex Ltda .


m v C
f---- - y Óó ó ro ❑
, ' v õ 2 N 3" %e n ❑. O A O D O rl ó N W M
1
0
.P I N
' c
ui
G 3 n3 ó ` vi p` m. ó a. á o w ó n.

'
ô
• ©' ó o .i
a0
-O c m á
- a m ¡« **-, '
3
m A-a
P . ín Õ
á5
Ó r7. Ni w õ m nD ❑ a ,ri °- õ' c 3 ❑

°-. ❑D- nN.m` vo^ ❑ *' D â' m > ó 3 gD ro * y v a á m


N•
W n ó, O ❑ v > N, v ° n x Q _ Z *i
t ó❑ m< .
7 N >
N 1'1
I °' _ ,^ O
n
O
Ó ➢
* ô n N N. 3 -
a
o ,o
_
A O D O W p ❑ p

i d D ti *, l ❑ n
olo
3o G N õ p V Ó
NO ú m
❑ ° - - n
ã•
ü
u J 3 N ó r
á O.
N .ó O O N
-o v á O.
D
o N ó ô 99_ 8 rn ó '° h
N
c ° 2 3 ó - ú o. á °' n, ró ' ó

ô á ç ó x n .9 -o n ó m v 3
' ó i❑ ó 3 o ç ç o -

o O f° n ó °, *' iD o N
O d Ó °
d N O O
p O N - p N O °
6

I
r• ----* N N N N C onselho d e
Orientação n
ó
P N W w N G
m W W N N N N -' S uperintendente Z
N

-s
z m - u, D iretor Técnico L,
p0
W
w W D iretor de ('
lI* N N N -, w w W
N
W O perd40e5
N N N N N * - * - --- __. i
t-
w u, r^ w p* W D iretor d e

,* N ,,,, N w P lanejamento n
w W
Assessoria Jurídica v
p wÍui

n ,*l ----'* Comissão d e


*. -r*`r I nvestimento

_, N
w C omissão d e
w
Organizaçã o
. ----- J w -,
V, m C
o - u, Área de Recursos
W
ã ui w `^ r H umanos
Controladoria e
o w -' F inanças
o u,
3 u, m `^ N O bras e
m N In stalaçõe s
rr- _ Come is l

.4 -

.. ! .r,
a ss ntosLegais , _ meeir
ta) Recrutãmenlo e Seleção N 1
lb) Treinamento - • _- _* *• :* t•:'(
1 c) Distribuição de Salários e Benefícios - [ *N 1 1 N
2a) Pesquisa de Mercado Il - ,N 1 N 1 [ N , 4 ¡

26) Planejamento de Estoques N - N


E"d t•!•!1 L
2c) Depósito, Expedição 1 N - 1N t•!• !J N` N

2d) Promoção do Produto, Publicidade "•°I 1 N

3a) Pesquisa de Cotações, Preços, Fonecedores 1 N 1N1 - !•°* 1 N N

3b) Contrato com Fornecedores N 1_ N 1 N

3c) Compras do Ativo Fixo N - ó •!* ( 1 . 41 -I.


4a) Registro das Operações [N t•!.•:',1 f N Nj t•!
4b) Boletins, Relatórios • ë P* : ó - N} t•:•!1_
4c) Balanços e Balancetes t•!•!1 N - [N1 te :'✓
5a) Simplificação do Trabalho - [N 1 N 1 -

5b) Documentação-de Sistemas 1 e [M [ e - 1 N

5c) Auditoria Interna, N t.lé, 1 e [ N* 1 N t - t0:1

5d) Escritórios e Equipamentos N' I N 1 N - 5 t


6a) Orçamentos t•••, I 1 k5:1 11 °•!I 1 1 • ë § t•!•1
6b) Investimentos [N1 - 1 1 I N f
N 1 Não há participação ]a Toma a decisão 1 G 1 Executa para a sua área específic a
É consultado para dar parecer t•!á 1 É informado 1 Registra Unidade
[ 7J É consultado para esclarecer 1 Assegura a execução
Elaborado em / /
Participa da decisão ¡ Controla a execução (fiscaliza)

Figura 2 .16 Sistema de informação (C) . Fanfec Ltda .


Cargos Superviso r
Chefe d o Chefe d o
Diretor Depto. de Almoxarife Depto . d e de Análise e *• . . Ao longo deste capítulo se tornou simples perceber que o estudo Convencio-
Contabilidade Produção Controle de
Atividades Qualidade nal dos processos por intermédio da ferramenta denominada fluxograma, assi m
Desenvolve novos *_. como os sistemas de informações, constituem a base da gestão de processos . Vi a
produtos 5-6 2 1 3-4-7 8 6 I, . Ele conseqüência, vale ressaltar algumas recomendações a serem seguidas nesse s

Investimento 5 2 8 estudos . Começando pelo fluxograma :


Balanç o •
económico 1 6-7 l é importantíssimo determinar, o mais cedo possível, a fluxogramação a
ser utilizada . Vimos que há fluxogramas que exigem diferentes toma-
Documentos de
entrada/saída 6 1-3 1-3 j*. das de informação ;
Pagamento ao s • eliminar passos é uma das alternativas na simplificação de processos .
1-5 2-6-7
I funcionário s F-. Não é a única, portanto . As demais são criar passos, alterar sua seqüên-
j Recrutamento C _. 'cia e combiná-los;
d=_ novo s 1-5 2-4-6-7 2 2 2
funcionários Ì. • a observação pessoal é essencial na tomada de informações . Por ess e
©
Recebimento d e motivo, não convém deixar, em mãos dos executantes do processo, a s
insumos 1 1-6-7 1 planilhas onde são inseridas as informações requeridas . A essencialidade
Entrega do s 1r da presença `dá gerente (ou gestor) responsável pelo estudo prende-s e
produtos pela 1
produção
6-7 1-2 ao fato de que assim agindo, ele estará coletando, também, dados sig-
nificativos não presentes no fluxograma propriamente dito ;
Estocagem 3-6-7
• a omissão do registro de um passo pode acarretar prejuízo no resulta-
Compras e
preparação 1-5 1-2-4 1-2 2-3-4-6 do final do estudo . Como dissemos anteriormente, o trabalho orientad o
-© _ - para processos exige extrema paciência, em razão do cunho detalhist a
Manutenção de
máquinas 6-7 8 a ser dado ao estudo ;
Controle d o 5 • não se deve esquecer o fato de um processo não existir de forma com-
produto 1 1 2-3-6-7 -
partimentada, isto é, haverá sempre reflexos em outros, fora do camp o
Venda de
1-2-5 1
específico de análise do objeto de estudo ;
! mercadoria 1-7
• vincular o estudo de processo a um estudo de layout (arranjo físico) é
Pesquisa de
mercado 1-5 uma conveniência que pode render bons resultados . As alterações nu m
--® processo podem exigir transformações em nível físico ;
Treinamento d e 1
pessoal 1-3- 2
• a elaboração de manuais de serviço ou procedimentos é uma decorrên-
cia natural da análise e estudo de processos . Para isso o(a) profissional
t - É informado Nome
2 - É consultado para dar parece r Carg o
deve estar em condições de adotar um modelo para manuálização d o
3 - É consultado para esclarece r Unidade novo processo ;
4- Participa da decisã o
Data
5 - Toma decisã o _-/-
/
• como já dissemos, a análise de processos é, hoje, utilizada pelas mo-
6-Assegura a execuçã o dernas tecnologias de gestão e, por essa razão, convém ao gerente (o u
7 - Controla a execuçã o
8 - Precisa ser notificado gestor) internalizá-la em toda sua plenitu .de,.pois sua utilização é certa ,
qualquer que seja a abordagem que esteja sendo dadaa um determina-
Figura 2 .17 Sistema de informações (D) . Empresas Integradas Adrinix S .A . do estudo organizacional . Ademais, como vimos anteriormente, temos ,
hoje, a gestão de processos bem mais complexa e que exige reconhecid a
competência dos e das profissionais mais diretamente envolvidos ;
62 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 63
Araujo

• hoje, existe um número significativo de softwares próprios para gráfi-


Cargo °)
cos que permitem a construção de fluxogramas . Provavelmente, o mais Ç
a)
famoso é o Vision, pois que é endereçado à elaboração de fluxogramas ,
Há, também, o Harvard Graphics . Mas se você desejar poderá utilizar a v Ç ó ó ó Comentário s
a
próprio Word, entrando em Caixa de Texto, digitando o próprio texto e Ll V %
ó a,
a)
Atividades > á ¢ Q
indo até desenhar e fazer a alteração em Autoformas, clicando em flu-
xograma . Excel, Powerpoint e Coreldraw também são utilizados para a 1 2 5 5 5 4 5 5
R Estabeleci mento de
construção de fluxogramas . Para finalizar uma sugestão : entrar na In- Políticas e Objetivo s
ternet e procurar: < http ://wwwpatton-patton .com/ > (em inglês) ou ; 1 2 3 3 3 4 4 4
Básicos
então, < http ://www.openoffice .org.br/ > (em português) .
Figura 2 .18 Análise de sistemas de informações .
O Google .com, por exemplo, tem acima de 445 .000 sites com a palavra fluxo -
grama em português e acima de 11 .400 .000 em inglês (flowchart), mas isso en-
globa qualquer gráfico que seja um gráfico de um fluxo qualquer ; mesmo assim Situação real 1255545 5
é um número a ser considerado . Mas, com a procura em software, a palavra flu- Situação proposta 1233344 4
xograma tem 118 .000 sites, e aí as possibilidades são muitas para você encontra r
Ainda assim, ao final do estudo de todas as atividades, convém utilizar a mes-
gráficos que poderão atender à especificidade da sua demanda . a sistemática para um estudo individualizado de cada cargo . Assim :
Não obstante, é importante mencionar que ambas as alternativas de analisar
processos, a tradicional, sempre com o estudo de um único processo, e a atual, qu e
u
prevê o estudo integrado, sistematizado, permanente, são essenciais numa organi- Carg o
zação . Vale dizer que a adoção de uma verdadeira gestão de processos não elimin a v u
a,

L- >
-
as conhecidas análises estruturais, mas se completam . Já ouvimos comentário s i Atividades
do tipo (no popular) "organograma já era", o que não merece nenhum comenta- R P R P R P
1í19-
do, pois as organizações necessitam de arcabouço para operar adequadamente e
assim conquistar a tão desejada excelência organizacional . De qualquer maneira , Estabelecimento de Políti -
1 1 2 2 5 3
1
convém mencionar Jennings et al . (2006) que insistem em dizer que a passage m cas e Objetivos Básicos

de uma visão tradicional da organização para uma visão atual onde a gestão de
processos é considerada como uma excelente alternativa implica na construçã o [
de talentos que possam ser capazes de manter a organização . • uma característica conhecida dos sistemas de finfo inação é a importân-o
cia que se empresta ao usuário . O mesmo deve repetir-se com relaçã
Em se tratando do sistema de informação, outra base da gestão de processo s aos processos críticos ou não . A discussão sobre a melhor maneira de ta l
pode ser realizada usando-se a Figura 2 .18, num primeiro estágio, de modo qu e e qual atividade terem o seu desenvolvimento dinamizado e integrad o
a . fileira superior fica destinada ao levantamento real
. A fileira inferior fica send o incluirá, necessariamente, as pessoas que dela (atividade) se utilizam ;
espaço reservado às propostas de modificação que visam à adequada gestão de r . Pode-
processos, enquanto a coluna comentários, para as justificativas do novo compor- • periodicamente convém checar os vários sistemas de informação
mos afirmar que o mais difícil não é elaborar e aplicar um ,sistema de
Lamento integrado da atividade . Temos, então : Ër . Tratar de manutençã o
informações, e sim cuidar de sua manutenção
não significa "congelar" a matriz . Isso significa dizer que os ajustes po-
a
dem e devem ser feitos . Sabemos que a gestão de processos chegou par
dar uma dinâmica que permitisse rápido ajuste às constantes alteraçõe s
motivadas pelas demandas de um mundb glnbàlizado ;
• a criação de novos sistemas é vital para uma ideal gestão de processos .
Mas, com a criação desses sistemas, é natural o esquecimento dos sis-
temas existentes, o que é natural até certo ponto . As gerências deve m
64 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Araujo Gestão de Processos : a Tecnologia do Século 21 65

programar a assistência aos demais sistemas existentes e as razões são


evidentes : fortalecimento de uma gestão global competente Embor a
criar seja até mesmo uma necessidade funcional de todos nós, mante l
é tão relevante quanto . A sobrevivência da organização está na criação, '
gestão e manutenção de seus sistemas ;
• testar é uma etapa obrigatória quando se trata de sistemas de informa-
ções computadorizados . O teste de um sistema pode ser feito com a di-
vulgação à organização da nova configuração . E feito o questionament o
sobre a atuação da nova atividade (ou mais de uma, se for o caso) e com
base nas respostas haverá ou não a aceitação . Deve-se testar o sistem a
criado . Essa forma é simples e fácil de ser aplicada ;
• as alterações surgidas nos estudos de sistemas não se esgotam na troc a
do código 3 - precisa ser notificado para o código 4 ; pode ser consulta-
do, por exemplo . É preciso que os gestores fiquem alertas e evitem ur i
comportamento de certa indiferença quando a análise de circunstância s
funcionais é baseada em informações escritas à sua frente . Um lembrete ,
a mudança de códigos e símbolos significa mudanças no comportamento s r
da atividade e, principalmente, das pessoas ;
• na mudança de sistema manual para sistema eletrônico é recomendá- f
vel fazer a implantação de um sistema e manter o outro em paralelo .
Os dois sistemas funcionarão juntos e, mais tarde, passará a prevale-
cer, certamente, o sistema eletrônico . O melhor é operar no sentido d e
fazer a implantação do sistema eletrônico já com alto grau de certez a
com relação aos resultados futuros . Assim tem-se facilitada uma correta
gestão de processos ; Figura 2 .19 Gráfico de múltiplo propósito .
• pelo mesmo motivo anterior, é difícil fazer uma simulação de um nov o
sistema . No processo eletrônico um pequeno volume de dados simul a Outro ponto a ser ressaltado refere-se às possibilidades de utilização do qu e
um novo sistema . No sistema de informações não computadorizadas, a ugerem estudiosos(as) e profissionais na gestão de processos . Vimos possibilida-
simulação é possível, mas haverá um certo grau de dificuldade ; ies para tratamento de razoável complexidade e vimos alternativas para anális e
• a leitura de gráficos não é um dom de todos nós . Por isso é convenient e isolada que são úteis, sem dúvida, principalmente quando se iniciam as primeira s
elaborar um manual específico para cada sistema . O manual seria um a tentativas direcionadas a uma gestão estratégica global de processos . Contudo ,
repetição cargo a cargo ou atividade por atividade do gráfico represen- é recomendável que as pessoas envolvidas na gestão processual tenham o perfi l
tativo do sistema . De qualquer maneira, é essencial que tais manuai s desejado e assim convém citar Kelber (2006) e dar contribuição adicional com
apresentem uma organização em ação com a apresentação das muita s nossos comentários :
interfaces típicas da gestão de processos . a) compreender a ligação entre a estratégia empresarial e a cadeia de valor d a
o
Certamente você, ao longo da leitura deste tópico, percebeu que os gráfico s empresa : isso significa dizer que a qualificação implica numa formaçã
fêm dupla entrada . Assim, é possível trabalhar com duas entradas de dados e per- forte, inclusive com envolvimento académico de natureza pós-gradua-
mitir conclusões como as das figuras anteriores, da 2 .13 à 2 .18. O gráfico de múl - da . Foi-se o tempo quando bastava conhecer técnicas de estudo orga-u
plo propósito (Figura 2 .19) é uma sugestão que pode ser a qualquer moment o nizacional que não necessariamente envolvessem as atividades-fins, o
utilizada pelos gestores . seja, bastava conhecer técnicas típicas das chamadas atividades-meios,
66 Organização, Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional • Arauj o

aquelas que não têm envolvimento com as atividades mais ligadas ao Eï


negócio, aos produtos e/ou serviços . E importante entender que cadei a
de valor da empresa implica, também, as atividades-meio, e não somen-
te as atividades-fim;
b) ter o domínio de metodologias, técnicas e ferramentas para o mapeamento ,
desenho, melhoria e redesenho dos processos : uma extensão do contid o
em a, ou seja, a exigência de uma formação pós-graduada que inclu a info;
conhecimentos acadêmicos e práticos do mapeamento e desenho e re-
desenho dos processos . A pessoa não pode se considerar ótima para a
gestão, via processo, apenas porque acha que pode fazer desenhos e (30n,
redesenhos, em face de algumas experiências de alguma semelhança ; min) .
c) entender a importância das equipes na execução dos processos, de mod o foram
a preparar o ambiente para uma gestão de processos orientada por com- da có i
petências : ao longo do capítulo, foi mencionado o trabalho de equip e Ao
como recomendável, porque, além das vantagens conhecidas, tende a opinar
promover uma relação com o ambiente muito boa e, portanto, facilita-
passa e,
dora para uma gestão de processos de excelência ;
tação ( .
d) conhecer a influência da tecnologia e sua adaptação como suporte para a à contr o
execução de processos : você provavelmente já percebeu que as exigências
de boa formação acadêmica que incluam cursos em nível de pós-gra- Rad
duação e alguma vivência que credencie a saltos de qualidade faze m min), ve i
sentido ; conhecer a tecnologia da gestão de processos e os naturais pro- próprio (.
cessos de adaptação é realmente importante ; e tação a I c
e) visão sobre o impacto da introdução de uma gestão orientada por proces- Ionil d
sos : prever, projetar nuanças e resultados faz parte das competência s aprova as
exigidas das pessoas envolvidas nos estudos e nas ações da gestão d e (5 min) .
processos e por uma razão muito simples : projetar impactos é minimi-
zar as possibilidades de resultados adversos . A falta de uma visão ade- Robert o
quada pode levar a organização a desistir da adoção desse esforço qu e toda a docu
só tende a trazer resultados excepcionais . ASAre c
Assim, encerramos o capítulo esperando que você entenda que esse esforç o a documen t
trará resultados, mas dependerá sempre da competência das pessoas envolvidas . Rachel, c
A formação na graduação, o envolvimento em estágios responsáveis e extensã o dept ., em me,
em cursos de pós-graduação lato ou stricto sensu têm de estar no planejament o Adriana,
de carreira de cada estudioso(a) da Administração . memo (40 mil
Gustavo, r
do pedido de i
de pagament o
dept (3 dias) . G

Você também pode gostar