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Investigações Geotécnicas do Subsolo

INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS DO SUBSOLO

Projetos geotécnicos (fundações, estabilidade de taludes,


estruturas de contenção, dimensionamento de pavimentos,
infraestrutura hídrica, entre outros) → necessitam da
definição satisfatória da estratigrafia do subsolo e da
estimativa realista das propriedades geomecânicas dos
materiais envolvidos.

O engenheiro deve escolher a técnica mais adequada às


condições de cada projeto.

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

Métodos Indiretos
São aqueles em que a determinação das propriedades das
camadas do solo é realizada indiretamente pela medida da
resistividade elétrica (geoelétricos), da velocidade de
propagação de ondas elásticas (sísmicos), de contrastes de
densidade e campo magnético (potenciais). Os índices medidos
mantêm correlações com a natureza geológica dos diversos
horizontes, podendo-se ainda conhecer as suas respectivas
profundidades e espessuras.

Métodos Diretos
São aqueles que compreendem as escavações, as
sondagens e os ensaios.

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ENSAIOS DE CONE (CPT - Cone Penetration Test) E


PIEZOCONE (CPTU - Piezocone Penetration Test)

• CPT ou ensaio de penetração estática, NBR 12.069

• Ferramentas importantes de prospecção geotécnica

• Resultados de ensaios podem ser utilizados para determinar


a estratigrafia de perfis de solos, as propriedades dos
materiais prospectados (depósitos de argila mole) e previsão
da capacidade de carga de fundações.

• Consiste na cravação no terreno de uma ponteira cônica a


uma velocidade constante.

• Cone Mecânico
Caracterizado pela medida na superfície, com a
transferência mecânica pelas hastes, dos esforços
necessários para cravar a ponta cônica qc e o atrito lateral fs

• Cone Elétrico
Células de carga instrumentadas eletricamente permitem a
medida de qc e fs diretamente na ponteira

• Piezocone
Além das medidas elétricas de qc e fs, permitem a contínua
monitoração das poropressões (u) geradas durante o
processo de cravação

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• Equipamento de cravação consiste de uma estrutura de


reação sobre a qual é montado um sistema de aplicação de
cargas. A penetração é obtida através da cravação contínua
de hastes de 1 m de comprimento.

• Sistemas automáticos de aquisição de dados são usualmente


empregados.

• Registro contínuo da resistência à penetração, fornecendo


descrição detalhada da estratigrafia do subsolo.

• Eliminação de qualquer influência do operador nas medidas de


ensaio (qc, fs e u).

Figura 1 – Geometria de um cone

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Figura 2 – Sistema de cravação do cone

• No CPT as grandezas medidas são a resistência de ponta


e o atrito lateral, sendo a razão de atrito Rf (= fs/qc) o
primeiro parâmetro derivado do ensaio, utilizado para a
classificação dos solos.

• Identifica-se no perfil uma estratigrafia bastante variável


composta de estratos de areia, argila e silte argiloso. As
camadas de areia são identificadas por valores de qc
elevados (10 a 20 MPa) combinados a valores de Rf da ordem
de 1%. As camadas de argila caracterizam-se por um padrão
oposto, com baixos valores de qc e Rf acima de 5%.

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Figura 3 – Resultado de um ensaio de CPT em solo sedimentar

Figura 4 – Ábaco para classificação do tipo de solo sedimentar


(Robertson e Campanella, 1983)

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• No CPTU há um novo parâmetro Bq = (u2 – uo)/(qt - σ’vo), sendo


uo a pressão hidrostática e σ’vo a tensão vertical in situ.

• Medidas contínuas de qt, Rf, uo, u e Bq são plotadas ao longo


da profundidade. Identifica-se a existência de uma camada
de argila mole de aproximadamente 15 m de espessura,
caracterizada por baixos valores de qt e geração excessiva
de poropressão (u ~ qt e Bq ~ 1). A ocorrência de uma lente
de areia de pequena espessura à profundidade de 5,5 m é
detectada pelo aumento pontual de qt e ∆u = 0.

Figura 5 – Resultado de um ensaio de CPTU

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ENSAIO DE PALHETA

• Vane Test, NBR 10.905

• Determina a resistência não drenada (Su) do solo in situ

• Utiliza uma palheta de seção cruciforme que, cravada em


argilas saturadas, de consistência mole a rija, é submetida
ao torque necessário para cisalhar o solo por rotação, em
condições não drenadas.

• É necessário o conhecimento prévio da natureza do solo onde


será realizado o ensaio para avaliar sua aplicabilidade e
interpretar adequadamente os resultados.

• Características do equipamento:
- a palheta é constituída de 4 aletas, fabricadas em aço de
alta resistência, com altura igual ao dobro do diâmetro;

- a haste, fabricada em aço capaz de suportar os torques


aplicados, conduz a palheta até a profundidade do ensaio.
A haste fina é protegida por um tubo de proteção, que é
mantido estacionário durante o ensaio e tem a finalidade
de eliminar o atrito solo-haste. O espaço anelar resultante
entre a haste fina e o tubo de proteção deve ser
preenchido com graxa par evitar ingresso de solo e
reduzir eventuais atritos mecânicos a valores
desprezíveis;

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- o equipamento de aplicação e medição do torque,


projetado para imprimir uma rotação ao conjunto haste
fina/palheta de (6 ± 0,6)o/min, deve possuir um mecanismo
de coroa e pinhão acionado por manivela. Durante a
realização do ensaio são feitas leituras de rotação a cada
2 graus para determinar a curva torque x rotação.

• Problemas associados a atritos internos no equipamento


podem ser eliminados com o uso de uma palheta
instrumentada eletricamente, com uma célula de torque
próxima à palheta.

• Ensaios sem perfuração prévia


Apresentam resultados de melhor qualidade. São utilizados
em solos com baixa consistência, onde é possível sua
cravação estática a partir do nível do terreno. Durante a
cravação, com auxílio de um macaco ou tripé de sondagem, a
palheta é protegida por uma sapata, e o tubo de proteção é
mantido centralizado para redução de atritos mecânicos.

Durante o ensaio (aplicação do torque na palheta), o tubo de


proteção da haste é mantido estacionário. Em relação à
profundidade onde a sapata de proteção é estacionada, a
palheta deve ser cravada no mínimo 0,5 m à frente no
interior do solo, sem sofrer rotação, quando então são
realizadas as medições.

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• Ensaios no interior de uma perfuração prévia


Apresentam resultados suscetíveis de erros devido a atritos
mecânicos e translação da palheta, deve-se minimizá-los. A
norma brasileira recomenda:
- utilizar espaçadores com rolamentos em intervalos de, no
máximo, 3 m ao longo das hastes de extensão. O conjunto
das hastes se apóia em um dispositivo com rolamentos
instalados na extremidade inferior das hastes que, por
sua vez, está conectado ao tubo de proteção da haste
fina. Este dispositivo permite que a rotação das hastes
não seja transmitida ao tubo de proteção da haste fina,
que permanece estacionário durante o ensaio. Com isso, os
atritos mecânicos, desalinhados das hastes e translação
da palheta são evitados ou reduzidos a valores
desprezíveis;
- todos os rolamentos devem ser bem lubrificados e
vetados para evitar o ingresso de solo.

A perfuração é realizada previamente e revestida para


evitar desmoronamento. O conjunto palheta – espaçadores –
hastes é introduzido até o fundo do furo, onde é
imediatamente cravada a palheta no interior do solo, sem
rodá-la, num comprimento superior a 0,5 m (não inferior a 4
vezes o diâmetro do furo), quando então são realizadas as
medições.

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Figura 6 – Equipamento para o ensaio de Palheta in situ

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POÇO E TRINCHEIRA DE INSPEÇÃO

• Finalidade de coletar amostras representativas ou


indeformadas (blocos ou anéis), mapear as paredes buscando
reconhecer as estratigrafias que possam interferir na obra
geotécnica e executar ensaios in situ, NBR 9.604

• Poço – escavação vertical de seção circular ou quadrada, com


dimensões mínimas para permitir o acesso para inspeção das
paredes e do fundo e retirada de amostras representativas
e indeformadas, permeabilidade, resistência do solo.

• Trincheira – escavação geralmente vertical que permite a


exposição contínua do subsolo ao longo da seção de uma
encosta natural, áreas de empréstimos, locais de pedreiras.

Figura 7 – Poço de investigação escavado em solo

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SONDAGEM A TRADO

• Processo simples, prático e econômico para investigações


preliminares das condições geotécnicas, NBR 9.603

• Utilização: amostras amolgadas em pesquisa de jazidas,


determinação do nível d’água, mudança de camadas, avanço
da perfuração para ensaio de penetração

• Limitação: camadas de pedregulhos, matacões, solos abaixo


do nível d’água, areias muito compactas

Figura 8 – Tipos de trados utilizados

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SONDAGEM SPT (Standard Penetration Test)

• Sondagem de simples reconhecimento ou sondagem a


percussão ou sondagem de penetração dinâmica, NBR 6.484

• Processo de perfuração do subsolo com coleta de amostras


representativas (sem circulação de água), com identificação
das camadas, espessuras, consistência ou compacidade

• Compreende as seguintes operações:


a) Processo de perfuração
- a perfuração é iniciada com o trado concha ou cavadeira
até a profundidade de 1 m, instalando-se o primeiro
segmento do tubo de revestimento;
- nas operações subseqüentes de perfuração, intercaladas
às operações de amostragem, utiliza-se o trado helicoidal,
até que se torne inoperante ou até encontrar o nível
d’água. Passa-se então ao processo de perfuração por
circulação de água no qual, usando-se o trépano de lavagem
como ferramenta de escavação, a remoção do material
escavado se faz por meio de circulação de água, realizada
pela bomba d’água motorizada;
- durante as operações de perfuração, caso a parede do
furo se mostre instável, procede-se à descida do tubo de
revestimento até onde se fizer necessário,
alternadamente com a operação de perfuração. O tubo de
revestimento deverá ficar no mínimo a 0,50 m do fundo do
furo, quando da operação de amostragem;
- durante a perfuração são anotadas as profundidades das
transições de camadas detectadas por exame tátil-visual
e da mudança de coloração dos materiais trazidos à boca
do furo pelo trado helicoidal ou pela água de lavagem;
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- durante a sondagem o nível d’água no interior do furo é


mantido em cota igual ou superior ao nível lençol freático.

b) Amostragem
- é coletada, para exame posterior, uma parte
representativa do solo colhido pelo trado concha durante
a perfuração até 1 m de profundidade;
- posteriormente, a cada metro de perfuração, a contar de
um metro de profundidade, são colhidas amostras dos
solos por meio do amostrador padrão. Obtêm-se amostras
cilíndricas, adequadas para a classificação, porém
evidentemente comprimidas. Este processo de extração
de amostras oferece a vantagem de possibilitar a medida
da consistência ou compacidade do solo por meio de sua
resistência à penetração no terreno.

c) Ensaio de penetração dinâmica


- o amostrador padrão, conectado às hastes de perfuração,
deve descer no furo de sondagem e ser posicionado na
profundidade atingida pela perfuração;
- a seguir, a cabeça de bater é colocada no topo da haste, o
martelo apoiado suavemente sobre a cabeça de bater e
anotada a eventual penetração do amostrador no solo;
- utilizando-se o topo do tubo de revestimento como
referência, marca-se na haste de perfuração, com giz, um
segmento de 45 cm dividido em 3 trechos iguais de 15 cm;
- o ensaio de penetração consiste na cravação do
amostrador no solo através de impactos sucessivos de uma
massa metálica de 65 kg caindo em queda livre de 75 cm
de altura sobre um ressalto da parte superior do
hasteamento a ele conectado;

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- procede-se a cravação de 45 cm do amostrador, anotando-


se, separadamente, o número de golpes necessários à
cravação de cada 15 cm amostrador;
- o resultado do SPT corresponde à quantidade de golpes
necessária para fazer penetrar, no fundo do furo, o
amostrador, nos últimos 30 cm.

• Critérios de paralisação da sondagem


a) quanto em 3 m sucessivos → NSPT > 45/15;
b) quanto em 4 m sucessivos → NSPT entre 45/15 e 45/30;
c) quanto em 5 m sucessivos → NSPT entre 45/30 e 45/45.

• Observação do nível d’água freático → mede-se a posição do


nível d’água após o encerramento da sondagem (realizado o
esgotamento do furo e a retirada do tubo de revestimento)
e após decorridas 24 h (estando o furo ainda aberto).

• SPT-T
Ensaio SPT com medida da torção necessária para girar o
amostrador cravado no fundo do furo e, a partir desse dado,
definir melhor os parâmetros de resistência do material
investigado.

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Figura 9 – Sondagem à percussão: ensaio SPT

Figura 10 – Barrilete amostrador para sondagem à percussão

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Figura 11 – Perfil individual de sondagem à percussão

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SONDAGEM ROTATIVA

• Camada de rocha, solo de alta resistência, blocos ou


matacões de natureza rochosa

• Obtenção de testemunho (amostras de rocha) que permitem


a identificação das descontinuidades do maciço rochoso e a
realização no interior da perfuração de ensaios in situ, como
o ensaio de perda d’água, quando se deseja conhecer a
permeabilidade da rocha ou a localização das fendas e
falhas.

• Equipamentos: sonda, hastes de perfuração, barrilete,


ferramentas de corte, conjugado motor-bomba e
revestimento.

• A água geralmente é empregada como agente de


refrigeração. Em formações permeáveis ou porosas utiliza-
se uma mistura de água e bentonita, que forma uma capa
impermeável, para a conservação das paredes do furo.

• A água sob pressão penetra por dentro das hastes e reflui


em forma de lama entre a haste e as paredes da rocha
perfurada e é recolhida em uma calha destinada a recuperar
a parte sólida que normalmente consta de fragmentos de
rocha cortada.

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• Execução:
- a sonda deve ser instalada sobre uma plataforma ancorada
no terreno para manter constante a pressão sobre a
ferramenta de corte;
- a seguir a composição (haste, barrilete, alargador e coroa)
é acoplada à sonda e antes desta ser acionada, põe-se em
funcionamento a bomba que injeta o fluido de circulação;
- a sonda imprime às hastes os movimentos rotativos e de
avanço na direção do furo e estas os transferem ao
barrilete provido da coroa, procedimento denominado de
manobra;
- o comprimento máximo de cada manobra é determinado
pelo comprimento do barrilete;
- terminado a manobra, o barrilete é alçado do furo e os
testemunhos são cuidadosamente retirados e colocados
em caixas especiais com separação e obedecendo à ordem
de avanço da perfuração.

Figura 12 – Coroa diamantada com saída de água lateral interna

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Figura 13 – Sondagem rotativa

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SONDAGEM MISTA

• Sempre que na execução da sondagem de simples


reconhecimento ficar constatada a impenetrabilidade a uma
profundidade inferior àquela que deveria ser atingida, o furo
deve ser prosseguido pelo sistema de sondagem mista, isto é,
com o emprego de sonda rotativa associada ao equipamento
de percussão.

• Os dois procedimentos são alternados, de acordo com a


natureza das camadas, até ser atingido o limite da sondagem
necessário ao estudo em questão.

• O conhecimento prévio das condições do subsolo poderá


recomendar desde o início a utilização de sondagem mista,
propiciando a execução do reconhecimento em menor prazo e
com menor custo.

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AMOSTRAGEM

• Realizada quando se pretende determinar a composição e a


estrutura do material, propiciando também a obtenção de
corpos de prova para ensaios de laboratório.

• Amostras não representativas


São aquelas que, devido ao processo de extração, foram
removidos ou trocados alguns constituintes minerais do solo
in situ.

• Amostras representativas
São aquelas que conservam todos os constituintes minerais
do solo in situ e, se possível, a umidade natural. Entretando,
a estrutura foi perturbada pelo processo de extração.

• Amostras indeformadas
Além de representativas, as amostras indeformadas
conservam ao máximo a estrutura dos grãos.

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RELATÓRIO DE SONDAGEM

• Durante a sondagem é realizado o registro de campo, em


formulário apropriado, com a devida clareza, contendo todos
os dados que caracterizam o ensaio executado e que devem
constar do relatório final.

• Os resultados das sondagens devem ser apresentados em


relatório, numerado, datado e assinado pelo responsável
técnico perante o CREA. O relatório deve ser apresentado
em formato A-4.

• Relatório de sondagem → deve constar:


a) nome da empresa executora da sondagem;
b) nome do interessado;
c) local e natureza da obra;
d) indicação do número do relatório;
e) descrição sucinta do procedimento e dos equipamentos
empregados na realização das sondagens;
f) total perfurado, em metros;
g) declaração de que foram obedecidas as normas
brasileiras relativas ao assunto;
h) outras observações e comentários (resultado de
aferição do sistema de medição, detalhes necessários à
interpretação dos dados), se julgados importantes;
i) referências aos desenhos constantes do relatório;
j) planta do local da obra, cotada e amarrada a
referências facilmente encontradas e pouco mutáveis
(logradouros públicos, acidentes geográficos, marcos
topográficos) de forma a não deixar dúvidas quanto a
sua localização;

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k) nessa planta deve constar a localização das sondagens


cotadas e amarradas a elementos fixos e bem definidas
no terreno. A planta deve conter também a posição da
referência de nível (RN) tomada para o nivelamento das
bocas das sondagens, bem como a descrição sumária do
elemento físico tomado como RN;
l) perfil individual de cada sondagem com:
- nome da empresa executora da sondagem;
- nome do interessado;
- local da obra;
- indicação do número do relatório;
- vistos do desenhista e do responsável técnico;
- características do equipamento empregado na
execução da sondagem;
- número da sondagem;
- cotas da boca dos furos de sondagem;
- profundidades das transições das camadas e do final
da sondagem;
- identificação dos solos amostrados;
- posição dos níveis d’água encontrados e as
respectivas datas de observação;
- motivo da paralisação;
- datas de início e término de cada sondagem.

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