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DIREITO CONSTITUICIONAL II – PROVA M3 1

15) INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO


 Consideração
É o direito de ação ou principio de livre acesso ao judiciário.
A lei não exclui de analise do Judiciário lesão ou ameaça ao direito, pois tem amplo acesso ao
Judiciário, a quem cabe prevenir ou reparar lesão ao Direito. O Judiciário tem que atender a todas
as coisas que sejam solicitadas a sua apreciação. O poder público não pode legislar criando leis que
excluam o governo de cumprir leis. Proteger o cidadão de atos abusivos do governo. O poder
judiciário pode obrigar o poder público a cumprir lei. Nenhuma lei pode se excluir da apreciação do
Judiciário. Tudo pode ser questionado no poder judiciário
 Amplitude da Proteção
 Exceções:
 Habeas Data: Buscar dados em órgãos públicos. Pode-se acessar, alterar e registrar
informação de dados pessoais. Necessita de comprovação da negativa do atendimento ao
pedido de informação. Permite conhecimento, alteração e anotação de informações
complementares. Informação de cunho pessoal.
 Justiça Desportiva: Art. 217 I e II. Justiça Desportiva não é órgão julgador. No caso de não
atendimento, em 60 dias, aí haverá possibilidade de recorrer ao judiciário. Inicia-se no
âmbito administrativo, e não tendo resposta, ou em caso de recusa, pode-se ir ao
judiciário.
 Punição administrativa disciplinar militar: Não pode ocorrer discussão judicial de punição
militar. Não se discute o mérito. Podem-se questionar requisitos formais, descumprimento
de regras e incompetência de autoridade militar. É passível de Mandado de Segurança.

16) DIREITO JURIDICO – ATO JURIDICO PERFEITO – COISAS JULGADAS


 Considerações: Obriga o legislador a aceitar os institutos.
 Direito Adquirido: desde que atendido a todos os requisitos para exercer o direito, mesmo com
alteração por lei posterior dos requisitos. Se adequa a lei antiga, se os requisitos forem atingidos
durante a vigência da lei da lei anterior. Segundo o Fábio, é a faculdade legal em que o titular já
preenche todos os requisitos para exercê-la. É uma situação de direito já integrada ao patrimônio
jurídico do autor.
 Ato Jurídico Perfeito: atos regularmente exercidos de acordo com a lei vigente. A lei não pode
retroagir, por questionar o ato realizado. Segundo o Fábio, é aquele que já regularmente concluído
de acordo com as normas vigente na data de sua constituição.
 Coisa Julgada: A lei não pode mudar um direito definido em julgamento transitado em julgado, ou
seja, decisão judicial da qual não cabe mais recursos. Evita múltiplas demandas idênticas para
mesmas pessoas. Existe coisa julgada relativa e absoluta, que é o mandado de segurança. Pode ser
coisa julgada formal (imutabilidade da decisão), ou material (impossibilidade da modificação da
decisão).

DIREITO A PROPRIEDADE
 De acordo com o art. 1225 do CC, é o direito real sobre coisa certa. A propriedade deve ser limitada
pela lei. A não utilização da propriedade pelo interesse social, se não realizada, pode ensejar em
perda.
 Interesse Social: sentimento que nos leva a procurar aquilo que é necessário, agradável, que nos é
útil, que nos importa.
 Função Social da Propriedade: é o contributo que deve ser realizado, tendo em vista o individuo e a
sociedade. A propriedade se mantem privada, porem detendo finalidade econômica adequada as
atividades urbanas e rurais, e os interesses sociais, no intuito de circular riquezas, e gerar empregos,
enfim atingir os objetivos almejados pela sociedade.
 O proprietário é vinculado a uma função ou dever social. Enquanto cumpre a função, seus atos são
protegidos. Não cumprindo, ou cumprindo mal, será compelido a cumprir, sujeito a sanções, e até
desapropriação. É abordada em várias constituições, e em várias partes da Constituição de 1988.
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17) Juiz Natural e Tribunais de Exceção


 Não haverá Juízo ou tribunal de exceção, não podendo ninguém ser processado ou sentenciado por
autoridade competente.
 Juiz Natural é aquele que passou em concurso público para magistratura, e esta apta para exercer o
cargo de magistrado. Existe exceção para o cargo da magistratura, que é o Quinto Constitucional
(dispositivo que prevê que 1/5, ou seja, 20% dos membros de determinados tribunais brasileiros,
seja composto por advogados e membros do Ministério Público em lugar de juízes de carreira). Tal
regra não se aplica ao STJ e STF, onde a escolha é feita pelo Presidente da República.
Trata-se da competência julgamento do juiz, somente o juiz pode julgar ações judiciais. Pode ser
absoluta ou relativa.

18) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA


 Contraditório é a condução dialética do processo, dando a mesma oportunidade para ambos os
litigantes, seja em processos judiciais ou administrativos, e aos acusados em geral.
 Ampla Defesa é a utilização de todos os meios cabíveis no direito processual, para provar a tese
defendida. Inclui o direito de silêncio, de ocultar, e mentir”?”.

19) DEVIDO PROCESSO LEGAL


 Devido processo legal é o cumprimento do andamento processual, dentro de um rito ou
procedimento estabelecido em lei, cabendo tanto a processos judiciais como administrativos. No
mandado de segurança, não tem audiência, pois o rito determina celeridade processual.

20) TRIBUNAL DO JÚRI


 Origem
 Composição
É composto por 7 pessoas escolhidas na sociedade, de reputação ilibada, dentre 25 sorteados, para
comporem o Conselho de Sentença.
 Sigilo nas Votações
Os votos são secretos, realizados em sessão fechada. Quando se atinge a maioria absoluta dos
votos, encerra-se a votação.
 Soberania dos Vereditos
É a decisão dos jurados, que não pode ser modificada pelo Juiz. A ele somente cabe determinar a
pena que o réu irá cumprir, ou declarar a absolvição (no caso de ser absolvido pelos jurados)
 Competências
Julgam crimes dolosos contra a vida, tentado ou consumado.
O Latrocínio não é de competência do júri, porque é um crime contra o patrimônio.

21) ANTERIORIDADE E LEGALIDADE


 Tem mais enfoque para área penal
 Anterioridade: a lei penal não retroage, salvo se em benefício do réu. T
 Legalidade: não a crime sem lei que o defina, nem pena, sem cominação legal.

22) EXTRADIÇÃO
Conceito
São situações que envolvem diplomacia (relações diplomáticas). Ocorre quando algum país
requisita um cidadão seu ao país onde ele se encontra. Para tanto, é indispensável que exista um
acordo diplomático entre os dois países. Segundo o Fábio, é um procedimento diplomático que
envolve 2 Estados soberanos, e consiste na entrega de um individuo a outro Estado soberano que o
reclama, para ser julgado ou para cumprir pena.
Hipóteses materiais
A Constituição, no art 5º (51 e 52), estabelece as hipóteses materiais:
Pelas regras do Inc 51.
Brasileiro nato: nunca será extraditado, respondendo pelo crime de acordo com as leis
brasileiras. Ius Solis (nasceu no Brasil). Ius Sanguinis (filho de pai ou mãe brasileiro)
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Brasileiro naturalizado: No Brasil, estrangeiros podem requerer cidadania brasileira, depois de


um período de tempo aqui, através da naturalização. Será extraditado: a) em caso de crime
comum, praticado antes da naturalização, ou b) de comprovado envolvimento em tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado antes ou depois da naturalização.
Pelas regras do Inc 52.
Estrangeiros: poderão ser extraditados, exceto em caso de crime político ou de opinião.
Portugueses: Chamados Portugueses equiparados (equiparado à naturalizado), só pode ser
extraditado para Portugal. (Art. 12 § 1ª Aos portugueses com residência permanente no País se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, desde que haja tratado, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro).
Formas
1. Extradição ativa, quando o Governo brasileiro requer a extradição de um foragido da
Justiça brasileira a outro país.
2. Extradição passiva, quando um determinado país solicita a extradição de um indivíduo
foragido que se encontra em território brasileiro.
Requisitos Formais
1. Existência de condenação penal: decisão do poder judiciário, na esfera penal, transitada
em julgado.
2. Mandado de prisão emitido por autoridade competente do Estado solicitante
(respondendo processo com ordem de prisão)
3. Necessidade de tratado de extradição, protesto de reciprocidade, de acordo bilateral entre
Estados soberanos.
4. Dupla tipicidade: que a conduta seja considerada crime no Brasil e no outro país.
5. Inocorrência da prescrição: afasta a punibilidade.
6. Ausência de caráter politico ou de opinião.
7. Não sujeição do extraditado a juízo ou tribunal de exceção.
8. Não cominar a lei brasileira, pena igual ou menor que 1 ano para crime. No Brasil, isso
possibilita o sursis.
9. Compromisso formal do Estado solicitante em:
 Efetivar a detração penal (descontar da pena, o período em que já ficou preso).
 Comutar a pena de morte (trocar pena de morte, por prisão perpétua).
 Não agravar a pena por motivos políticos ou de opinião.
 Não conceder re-extradição.
10. O Estado estrangeiro deve apresentar o pedido, em síntese objetiva, articulada, e
devidamente fundamentada (com cópia do processo originário traduzido).
11. Deferida a extradição, o país tem 60 dias para retirar o extraditando.
Procedimentos
1. Brasil recebe o pedido
2. Estado estrangeiro peticiona de acordo com o Acordo de Extradição.
3. O pedido é encaminhado ao Presidente da República.
4. Reencaminhado para o STF, para analisar se caracterizados requisitos formais e hipóteses
matérias do pedido. Estando presentes, julga-se se é o caso de extradição ou não.
5. Acordão do STF homologando.
a. Se procedente: é um ato politico para quem toda a decisão, escolhendo se extradita
ou não. Analisa-se oportunidade e conveniência do ato.
b. Se improcedente: vontade do presidente fica vinculada ao negativo.
Assuntos Correlatos
 Expulsão: Ocorrem com extrangeiros. É Ex oficio, ocorrendo: a) em caso de estadia
irregular b) crime praticado em território nacional.
 Deportação: Ocorrem com extrangeiros. Ocorre em caso de estadia ou entrada irregular
em território nacional.
 Banimento: Ocorre com o nacional (no caso brasileiro), sendo a expulsão do país de
origem.
 Asilo: é o pedido para permanecer em outro país, por crime politico ou de opinião, visando
a proteção de pessoas contrarias a governos estrangeiros. Pode ser:
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 Diplomático: exercido nas embaixadas (fica “morando” na embaixada).


 Politico: exercido no território nacional (no caso no Brasil).

23) PROVAS ILICITAS


 Provas ilegais
São as obtidas com violação da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem, do domicilio, e
das comunicações, salvo nos casos permitidos no inciso XII do art. 5º. São as provas ilícitas espécie
das chamadas provas vedadas, porque por disposição de lei é que não podem ser trazidas a juízo ou
invocadas como fundamento de um direito.
 Ilegítimas: São processualmente inadequadas, desrespeitando ao direito processual. É
produzida de forma ou em tempo incorreto ou inoportuno, como juntar provas fora da fase de
instrução, ou inverter a ordem da oitiva de testemunhas. É o não seguimento do rito
processual, seja ele cível, penal, etc. Nestes casos, são descartadas do processo.
 Ilícitas: São provas produzidas em desrespeito ao direito material (direito em si, previsto no
código civil, penal, etc). Gravação ilegal é ilícita, porque contraria garantia constitucional. A
prova ilícita não anula o processo, ela é retirada dos autos, como se nunca tivesse existido no
processo.
 Considerações
 Teoria da árvore envenenada
Toda prova mesmo lícita, que tiver origem em uma prova ilícita, contamina o todo. Dependendo do
momento processual (se no início), invalida o processo. Arvore envenenada envenena os frutos.
 Convalidação das provas ilícitas
Ocorrem quando produzida para defender um uma garantia ou direito fundamental (liberdade); ou
em função dos princípios de publicidade ou moralidade administrativa. O gestor público
principalmente tem o dever de honestidade.

24) PRINCIPIO DA PRESUÇÃO DE INOCÊNCIA


Pelo STF, condenação em 2º grau, mesmo sem transito em julgado, autoriza a prisão. Existe
discussão se isso não fere o Principio de Inocência. Isso ocorre porque ricos utilizam-se de recursos
protelatórios para atrasar a decisão final. Esse julgado tem repercussão geral.
Presunção de Inocência é contraria a Presunção de Culpabilidade (que era adotada na Idade Média).
Pela Presunção de Inocência, até prova em contrario, todos são inocentes, cabendo ao Estado
demonstrar a culpabilidade, que é obtido após o processo (contraditório, ampla defesa, etc). A
Presunção de Inocência é relativa, mas cabe ao Estado a comprovação da culpabilidade. Quando
isso ocorre, e não cabe mais nenhum recurso, após certificado o transito em julgado da sentença ou
acordão, lança-se o nome no Rol dos Culpados (caracterizará, em caso de novo crime, reincidência).
O reexame de provas só ocorre até o 2º grau de jurisdição. Nos tribunais superiores (STF e STJ), só
se analisa a decisão, não os fatos. Em caso de mudança da lei, desde que em benefício do réu, a lei
retroage.

25) AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA


Envolve processos criminais. Se a ação é privada, o ofendido pode iniciar a ação penal. Se ação é
pública, cabe ao Ministério Público o seu início. A ação penal privada prescreve em 6 meses do fato,
e quem deve representar é o ofendido. Outras condutas penais mais graves, cabe ao Ministério
Público ajuizar a ação penal pública. Se o Ministério Público não ajuizar a ação no prazo legal, o
ofendido pode ajuizá-la. Esse é o objetivo desse artigo. Só é cabível se o Ministério Público for
inerte (não denunciar ou pedir o arquivamento no prazo legal).
Os prazos para o Ministério Públicos são de 5 dias do recebimento dos autos, para casos de réu
preso, e de 15 dias, para casos de réu solto. Caso sejam necessárias diligências, reinicia-se o prazo.
Em caso de denuncia ou pedido de arquivamento pelo Ministério Público, nada mais resta a fazer.

26) PRISÃO CIVIL


No Brasil, existem 3 tipos de prisão: civil, criminal e militar.
A prisão militar pode ocorrer em casos de Processos Administrativos Militares.
A prisão criminal é a principal, sendo que quanto mais grave o crime, maior será a pena.
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Já a prisão civil é a exceção. Em quase nenhuma hipótese civil ocorre prisão, sendo que a máxima
punição é a perda de bens. A Constituição prevê a prisão nos casos de inadimplemento de
prestação alimentícia, e de depositário infiel.
Inadimplemento da Prestação Alimentícia: demonstra a necessidade dos filhos e a capacidade dos
pais. Ocorre após 3 meses de atraso.
Depositário infiel: previsto em caso de contratos de financiamento. Tendo em vista o Brasil ser
signatário da Convenção Americana de Direito Humanos, do Pacto de San José da Costa Rica,
atualmente, não cabe mais motivação para prisão civil pelo depositário infiel.

27) RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO


Visa a celeridade no andamento do processo. Todo processo tem um inicio, um meio e um fim,
tendo em vista a prestação jurisdicional, independendo se o resultado seja positivo ou negativo
para parte. Visa atender a objetividade da ação. É a resposta do Judiciário a sociedade,
independente da área do Direito. Isso objetiva ao processo não ficar tempo parado, se motivação.

28) §§ DO ARTIGO 5º
O Artigo 5ª traz Direito e Garantias Individuais.

IV – DIREITO SOCIAIS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Tem aplicação imediata, não necessitando de regulamentação.
Direitos Difusos: são aqueles que não se consegue identificar os titulares que são uma coletividade
sem vinculo jurídico. Desta forma abrange a todos
Direitos Coletivos: são aqueles em que se consegue identificar os titulares que pertencem a uma
coletividade com vinculo jurídico.
São Direitos Fundamentais abrangidos pelo art. 5º? e 6º da CF, como Educação (ensino
fundamental), saúde (judicialização da saúde), Previdência (aposentadoria), Proteção a
Maternidade, a Infância e Assistência aos desamparados, Lazer.

DIREITOS TRABALHISTAS INDIVIDUAIS


É norma de eficácia limitada e necessidade de regulamentação.
I. Relação de emprego protegida, cabendo direito a indenização complementar
II. Seguro Desemprego
III. FGTS
IV. Salário Mínimo.
V. Salário proporcional à extensão e à complexidade do trabalho
VI. O salário não pode ser reduzido, salvo em Convenção Coletiva (feita entre Sindicato Patronal e
trabalhadores) ou acordo Coletivo de Trabalho (feita entre o Sindicato dos Trabalhadores e
empresa).
VII. Salário não inferior ao mínimo, em caso de remuneração em horas ou por tarefa.
VIII. 13º Salário
IX. Valor adicional para trabalho noturno (compreendido entre 22 hs e 5 hs, sendo que a hora
nesse caso dura 52:30 mim).
X. Não se pode reter salário
XI. Distribuição de lucros (não regulamentado)
XII. Salário família
XIII. Jornada não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Pode ser feita compensação,
reduzir desde que conste em acordo.
XIV. Jornada ininterrupta de 6 horas.
XV. Repouso semanal remunerado. No mínimo 1 domingo no mês é obrigado.
XVI. Hora extra normal 50% superior ao normal
XVII. Terço de férias d 30 dias.
XVIII. Licença Gestante 120 dias.
XIX. Licença Paternidade
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XX. Proteção da mulher no trabalho (principio da igualdade).


XXI. Aviso Prévio de 30 dias.
XXII. Segurança no Trabalho
XXIII. Adicional Periculosidade e Insalubridade.
XXIV. Aposentadoria
XXV. Creche e Pré-escola
XXVI. Reconhecimento de acordo e convenções coletivas de trabalho.
XXVII. Automação – não regulamentado
XXVIII. Seguro acidente empregado.
XXIX. Direito de 5 anos para receber, e 2 anos para entrar com ação na Justiça do Trabalho.
XXX. Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, cor ou Estado civil.
XXXI. Proibição de diferença de salário por de deficiência.
XXXII. Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
XXXIII. Trabalho somente a partir de 16 anos, e de 14 na qualidade de aprendiz.
XXXIV. Igualdade entre trabalhador avulso e definitivo.
Paragrafo Único: assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias,
principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

DIREITOS TRABALHISTAS COLETIVOS


Tem a mesma relação com as características de associação. São de caráter profissional ou sindical
Existe ligação entre as pessoas que fazem parte, valendo as regras estabelecidas no artigo 5º.
Princípios a serem seguidos:
o Liberdade Sindical: não tem interferência estatal, nem para sua criação, como para seu
funcionamento.
o Proibição de mais de um sindicato por categoria, em uma mesma unidade (município).
o Sindicato defende judicial e administrativamente e representa os interesses dos seus
sindicalizados. A categoria econômica principal da empresa e aquela em que se enquadra o
sindicato.
o Assembleia Geral fixa contribuição, que se divide em:
 Assistencial: é a mensal, para manutenção do sindicato.
 Sindical: também chamada imposto sindical, é prevista na CLT e foi recepcionada
pela Constituição.
o Não é obrigatória a filiação
o Obrigatoriedade de participação nas negociações coletivas de trabalho.
o Admite participação de aposentados, inclusive na função de dirigente.
o Não é permitida a dispensa das atividades dos dirigentes sindicais ativos em até um ano
após encerrar o mandato sindical.
 Paragrafo Único: Equiparam-se a sindicatos às associações de pescadores e
sindicatos rurais.
o Direito de greve garantido aos trabalhadores:
 Par 1º: serviços essenciais mantidos proporcionalmente.
 Par 2º: Ocorrendo abusos, sujeita-se a responsabilização.
Permite-se o “Lookout”, que é grave dos empregadores, por motivos diversos (falta de
dinheiro, redução de fatia do mercado). Isso força uma negociação entre empregadores e
empregadores.
o Assegura a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão
e deliberação.
o Em empresas com mais de 200 empregados, autoriza a eleição de um representante dos
empregados com a finalidade de negociação.

V – PRERROGATIVA DE NACIONALIDADE
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Conceito
 Envolve vínculos jurídico-políticos da pessoa com o Estado. Surge entre nacionais e estrangeiros.
Utiliza dois critérios: Ius Solis e Ius Sanguinis. No Brasil utiliza-se o critério Ius Solis, mas também
aceita o critério Ius Sanguinis.

Tipos
Primaria: é a de origem, porque nasce no país ou é filho de brasileiro.
Secundaria: ocorre quando se opta por uma nacionalidade, perdendo a cidadania.

Critérios para atribuição da Nacionalidade


o Ius Sanguinis: é o vinculo de sangue. É utilizado na Europa, e o principal critério é ser filho
de nacional.
o Ius Solis: é o vinculo de solo. É o principal utilizado no Brasil, e tem como critério principal
nascimento no território.

Brasil
Natos são:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira.
Naturalizados são:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze
anos ininterrupto e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
Português Equiparado são:
Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro.

Outras situações previstas na Constituição


São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de
Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do
Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de
Ministro de Estado da Defesa.

Perda de Nacionalidade
Ocorre através de ação especifica movida pelo Ministério Público Federal, e ocorre após se cancelar
a naturalização por sentença judicial, decorrente de atividade nociva ao interesse nacional ou de
adquirir outra nacionalidade, com exceção do reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira ou pela imposição de estado estrangeiro, para permitir a permanência.

Fica estabelecida a língua portuguesa como o idioma oficial, a adoção dos símbolos da Republicas como
a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais, permitindo a adoção de símbolos próprios para Estados,
Distrito Federal e Municípios.

VI - PRERROGATIVA DE CIDADANIA – DIREITOS POLITICOS


Se dividem em passivos (se votado), ou ativos (votar).
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1 – Conceito
São previstos no art. 14 da Constituição, sendo a capacidade de votar e ser votado. Inicia-se aos 16
anos, e é exercida plenamente aos 35 anos.
a) Soberania Popular
Fruto do estado democrático. Se faz por meio da democracia representativa
b) Sufrágio
Direito de votar e ser votado, eleger e ser eleito. O voto é universal (quando é todo nacional
pode votar, todos com mesmo peso), e restrito ou censitário (somente uma classe pode votar).
c) Voto
É o modo de exercer o sufrágio, ou seja, o ato de eleger e ser eleito.
d) Escrutínio
No Brasil é secreto. É o procedimento para o exercício do voto.
e) Alistamento Eleitoral
É necessário para o voto. É o ato de fazer o título eleitoral. Isso é permitido e facultativo a
partir dos 16 anos aos analfabetos e aos maiores de 70 anos, sendo obrigatório a partir dos 18
anos. Não é permitido aos estrangeiros e durante o serviço militar. O domicilio do alistamento
eleitoral é onde possui residência fixa, residência temporária ou naquele onde é encontra-se
seu local de trabalho.
f) Condições de Elegibilidade
I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento
eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima
de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta
anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos
para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d)
dezoito anos para Vereador. Inelegível é quem não é alistável e os analfabetos.
g) Plebiscito
Consulta prévia direta ao povo, aberta ou fechada, para escolher um assunto.
h) Referendo
Consulta posterior sobre uma lei já aprovada.
i) Iniciativa Popular
O povo apresenta um projeto de lei, ao ente legislativo.

2) Considerações sobre o Art. 14


 Os ocupantes dos cargos do poder executivo e quem os houverem sucedido, ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
 Para concorrerem a outros cargos, os ocupantes dos cargos do poder executivo devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
 São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou
afins, até o segundo grau ou por adoção, do ocupante dos cargos do poder executivo ou de quem
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo
e candidato à reeleição.
 O militar alistável é elegível: se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade;
e se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
 Lei complementar pode criar outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação.
 Impugnação na Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação
com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
 A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

3) Perda e Suspensão de Direitos Políticos


Perda: não tem prazo para suspensão dos direitos políticos. Suspensão: tem prazo
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Ocorre nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (perde,
e, se reverte por ação rescisória); II - incapacidade civil absoluta (suspende enquanto perdurar); III -
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (suspende); IV - recusa
de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII (perde);
V - improbidade administrativa, através de Ação Civil Pública.

VIII – Partidos Políticos


1) Conceito
Associação por ideologia partidária. É uma pessoa jurídica com objetivo de agremiação partidária,
para assumir o poder e governar com suas convicções, difundindo suas ideias. É necessária filiação
partidária para exercer um mandato.

2) Sistema partidário
 Bipartidário: composto de 2 partidos.
 Pluripartidário: composto de vários partidos

3) Considerações sobre o art. 17.


 Existem dificuldades para criação de partidos políticos, pois necessitam ter: I - caráter nacional; II -
proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de
subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar
de acordo com a lei.
 As coligações não são obrigatórios nos 3 níveis.
 Registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
 Têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
 Sendo vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

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