MECÂNICA RESPIRATÓRIA

Fernanda Ferreira Cruz

MD, PhD
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Laboratório de Investigação Pulmonar – C1-045
 Revisão
¤  A resistência das vias aéreas ¤  A ventilação colateral
é maior na periferia do protege os pulmões de
pulmão onde os alvéolos obstruções.
são menores
Verdadeiro
Falso
¤  O surfactante aumenta a
¤  Os poros de Khon tensão superficial, e
interconectam bronquíolos protege o pulmão de
a alvéolos colabamento e
hiperdistensão.
Falso
Falso
 Revisão
¤  A inspiração é ativa ¤  Os mecanismos de defesa
são:
Verdadeiro
¤  1-
¤  O principal músculo
respiratório é o diafragma ¤  2-

Verdadeiro ¤  3-

¤  A expiração é ativa ¤  4-

Falso ¤  5-

¤  Durante a ins, a pressão

intraalveolar é maior que a
atmosférica
Falso
MECÂNICA RESPIRATÓRIA

Pressão Motriz

§  Gerada pela contração dos músculos

inspiratórios.

§  Pressão necessária para vencer as forças

elásticas e resistivas para expandir os
pulmões.

P motriz = E x V + R x Vʼ’
 MECÂNICA RESPIRATÓRIA

SISTEMA RESPIRATÓRIO

PULMÃO PAREDE TORÁCICA

PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES

ELÁSTICAS RESISTIVAS ELÁSTICAS RESISTIVAS
MECÂNICA RESPIRATÓRIA

Parede Torácica
 MECÂNICA RESPIRATÓRIA

SISTEMA RESPIRATÓRIO

PULMÃO PAREDE TORÁCICA

PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES

ELÁSTICAS RESISTIVAS ELÁSTICAS RESISTIVAS
Ciclo Respiratório
PRESSÕES
RESPIRATÓRIAS(cmH2O)

1.  PRESSÃO INTRA-ALVEOLAR

2.  PRESSÃO INTRA-PLEURAL

PRESSÃO INTRA-ALVEOLAR

§  INSPIRAÇÃO: NEGATIVA (sub-

atmosférica)

§  EXPIRAÇÃO : POSITIVA (supra-

atmosférica)
Pressão Intra-alveolar

1.  Expansão caixa torácica

2.  Presença de ar
Pleura e Espaço Pleural
Pressão Intrapleural

§ INSPIRAÇÃO: MUITO NEGATIVA

§ EXPIRAÇÃO : POUCO NEGATIVA

§ Ventilação Mecânica Forçada: Inspiração:

POSITIVA

§ Pneumotórax, Hemotórax, Derrame Pleural

O Que acontece durante o Ciclo
Respiratório?
O CICLO RESPIRATÓRIO
O CICLO RESPIRATÓRIO
O CICLO RESPIRATÓRIO
O CICLO RESPIRATÓRIO
O CICLO RESPIRATÓRIO

Fluxo acompanha a pressão alveolar

P alveolar depende de P intrapleural e de
volume de ar
 Revisão
¤  Durante o início da ¤  Durante o final da
inspiração: inspiração:

¤  1 – fluxo é máximo ¤  1 – Fluxo zera

Verdadeiro Verdadeiro
¤  2 – Pressão intrapleural é ¤  2 – Pressão intrapleural é
positiva positiva
Falso Falso

¤  3 – Pressão intra-alveolar é ¤  3 – Pressão intra-alveolar é

negativa negativa.

Verdadeiro Falso
 Revisão
¤  Durante o início da ¤  Durante o final da
expiração: expiração:

¤  1 – fluxo é máximo ¤  1 – Fluxo zera

Verdadeiro Verdadeiro
¤  2 – Pressão intrapleural é ¤  2 – Pressão intrapleural é
negativa positiva

Verdadeiro Falso
¤  3 – Pressão intra-alveolar é ¤  3 – Pressão intra-alveolar é
negativa negativa.

Falso Falso
 Conclusões
¤  Volume aumenta durante ins e reduz durante ex

¤  Pressão intrapleural é sempre negativa, e acompanha

expansão de caixa torácica.

¤  Fluxo acompanha pressão intra-alveolar

¤  Pressão intraalveolar é negativa durante ins. Palv reduz

durante o início da ins e sobe ao final da ins (zero) e durante
início da ex.
 MECÂNICA RESPIRATÓRIA
SISTEMA RESPIRATÓRIO

PULMÃO PAREDE TORÁCICA

PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES

ELÁSTICAS RESISTIVAS ELÁSTICAS RESISTIVAS
Elasticidade

Propriedade de retornar ao seu formato

original após sofrer deformação por uma força
sobre ele aplicada.

Lei de Hooke:

A variação de comprimento (volume) é

diretamente proporcional à força (pressão)
sobre ele aplicada.
 Pressão Motriz

Quanto maior a contração muscular, maior a pressão gerada e portanto maior a mobilização
de volume pulmonar.
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Cst = ΔV
ΔP

E = ΔP
ΔV
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

§  Interdependência Pulmonar

Collagen /elastic fibers

 ¤  (FALSO)

¤  A resistência das vias aéreas durante a inspiração

aumenta.
¤  FALSO
¤  A resistência dos vasos extra-alveolares durante a
inspiração aumenta. ¤  FALSO
Inspiração:
Expiração:
Inspiração:
 Expiração:

¤  A resistência dos vasos intra-alveolares durante a

expiração diminui. ¤  VERDADEIRO
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Surfactante Pulmonar
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Surfactante Pulmonar
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  A importância do surfactante é reduzir a tensão superficial.
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  A importância do surfactante é reduzir a tensão superficial.

¤  E por quê diminuir a tensão superficial é tão

importante???
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Tensão superficial
Lei de Laplace :
2T
P=
r

>P
<P
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Tensão superficial
Lei de Laplace :
2T
P=
r

<P

<R >R
<T >T
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Surfactante Pulmonar

Funções do Surfactante

§  Diminuir a tensão superficial

§  Fazer o equilíbrio entre os diferentes alvéolos.
§  Evitar edemas
§  Facilitar a difusão de oxigênio
§ Ação bactericida

Moléculas de Surfactante
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

Histerese Pulmonar
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Hipótese de Weibel
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
§  Hipótese de Scarpelli

Tensão aumenta
Pressão alveolar
aumenta

75%
Tensão diminui
Pressão alveolar
diminui
25%

Tensão aumenta
Pressão alveolar
aumenta
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

Componente Tecidual
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

Componente Tecidual Tensão Superficial

Forças elásticas pulmonares:

§  Forças elásticas do tecido

pulmonar (1/3)
§  Forças causadas pela tensão
superficial alveolar (2/3)
 PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

Componente Tecidual Tensão Superficial

Forças elásticas pulmonares:

§  Forças elásticas do tecido

pulmonar (1/3)
§  Forças causadas pela tensão
superficial alveolar (2/3)
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO

Cst = ΔV
ΔP
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DA PAREDE
TORÁCICA

§  A parede torácica tende sempre a

expansão, exceto em volumes
pulmonares > 75% da CPT quando tende
a retração assim como os pulmões.
§  A complacência da parede torácica
tende a diminuir em baixos volumes
pulmonares.

Cpt = ΔV
Ptranstorácica
 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

PULMÃO PAREDE TORÁCICA

PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES

ELÁSTICAS RESISTIVAS ELÁSTICAS RESISTIVAS
 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

PULMÃO PAREDE TORÁCICA

PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES PROPRIEDADES

ELÁSTICAS RESISTIVAS ELÁSTICAS RESISTIVAS

dependem da existência de fluxo

 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Tipos de fluxo
-  Laminar
-  Turbilhonar
-  Transicional (misto)

Número de Reynolds (Re)

Re =m xvxd
πxη
Re < 2.000 (Laminar)
2.000 < Re < 10.000 (Transicional)
Re > 10.000 (Turbilhonar)
 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Equação de Poiseuille
.
V = Pπr 4 R= P
.
8ηL V

R =8ηL
π r4
 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Equação de Poiseuille
.
V = Pπr 4 R= P
.
8ηL V

x16
R =8ηL
R
π r4 x2
2r 16R
r
 PROPRIEDADES RESISTIVAS DO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fluxo turbilhonar
.2
P = f LV
4π2 r5

f = fator de fricção baseado na

densidade e viscosidade
L = comprimento do tubo
.
V = fluxo do fluido
r = raio do tubo
EQUAÇÃO
DE ROHRER
 RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS
¤ Fatores que influenciam a resistência das vias aéreas

1.  Geometria da árvore traqueobrônquica

2.  Musculatura lisa dos brônquios
3.  Complacência das vias aéreas
4.  Volume pulmonar
5.  Densidade e viscosidade do gás
 Fatores que
Fatores Influenciam
que Influenciam aaResistência
Resistênciadas
Vias Aéreas
das Vias Aéreas
1 - Geometria da árvore traqueobrônquica

Resistência
pequenas vias aéreas

Adultos ~ 10%
 Área de secção trasnversa
¤ Fatores que influenciam a resistência das vias aéreas

¤ Geometria da árvore traqueobrônquica

¤ Musculatura lisa dos brônquios
¤ Complacência das vias aéreas
¤ Volume pulmonar
¤ Densidade e viscosidade do gás
 Fatores que Influenciam a Resistência
das Vias Aéreas
2 – Obstrução da luz brônquica

Condições patológicas
(asma, enfisema,
fibrose cística)

Agentes irritantes
(fumo)
Atividade
parassimpática
(ACh, MCh)
Fatores que Influenciam a Resistência
Fatores que Influenciam a Resistência
das Vias Aéreas
das Vias Aéreas
3 – Volume Pulmonar

A resistência das VA cai com o

aumento do volume pulmonar:

1 - RVA é inversamente proporcional

à quarta potência do raio;

2 – Por interdependência , há tração

das pequenas vias aéreas.
 Fatores que Influenciam a Resistência
das Vias Aéreas
¤ volume pulmonar
Fatores que Influenciam a Resistência
das Vias Aéreas
4 – Complacência Pulmonar

As propriedades de retração elástica

afetam o calibre dos bronquíolos e
brônquios por promover tração direta
das pequenas vias aéreas.
 Fatores que Influenciam a
Resistênciadas Vias Aéreas
5 – Musculatura Lisa dos Brônquios

Sua contração aumenta resistência.

Via reflexa por estímulo por agentes irritantes

como o fumo ou alérgenos.

SN Simpático - broncodilatadores
SN Parassimpático – broncoconstricção
NANC inibitório e excitatório.

Edema e Secreções.
 Fatores que Influenciam
RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREASa
Resistênciadas Vias Aéreas
¤ 6 - Densidade e viscosidade do gás
Equação de
Clapeyron
P =nxRxT
V
P = pressão

V = volume
Densidade (D) = m (g)
n = nº de mols do gás V (mL)
R = constante universal dos gases

T = temperatura absoluta do gás (em Kelvin)

 RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS

Mergulho Profundo:

Você sabia?! ↑Pressão intrapulmonar

10m = ↑ 1atm
↓Volume do gás
↑Densidade do gás
↑Resistência

Fluxo Transicional
ΔP α K1.V’ + K2.V’2

Fluxo Turbilhonar
ΔP α K2.V’2
Limitação do Fluxo
Expiratório
Compressão Dinâmica das
Vias Aéreas
¤  A l i m i t a ç ã o d o f l u x o
expiratório pode ser explicada
através do conceito de
compressão dinâmica das vias
aéreas.

¤  Como estruturas elásticas, as

Vas respondem com alterações
de forma e calibre às variações
de pressão que agem através
das suas paredes (pressão
transmural).

¤  Ptm = Pva - Ppl

Limitação do Fluxo Expiratório
 RESISTÊNCIA TECIDUAL

Resistência pulmonar total

20% resistência tecidual

80% resistência das vias aéreas

Sarcoidose pulmonar

Fibrose pulmonar

Carcinomatose difusa
 TRABALHO RESPIRATÓRIO
¤  Tipos de trabalho
¤  Resistivo (dissipa energia sob forma de calor)
¤  Elástico (armazenado sob forma de energia potencial)

Wel = ∫ Pel,rs . dV

Trabalho (W)
W = F. d
W=∫P.dV
Wres = ∫ Pres . dV
 TRABALHO RESPIRATÓRIO
¤ Trabalho Elástico
 TRABALHO RESPIRATÓRIO
¤ Trabalho Dinâmico

TRAB
A
RESI LHO
STIVO
 TRABALHO RESPIRATÓRIO
Condições Patológicas
 Estudo Dirigido
1- Baseando-se nos gráficos ao lado, explique o processo de respiração admitindo as variações de volume,
fluxo, pressão intrapleural e pressão alveolar ocorridas durante o ciclo respiratório.
 Estudo Dirigido
2 - Explique o comportamento do pulmão e da parede torácica de acordo com o gráfico volume x pressão,
conceituando complacência e explicando suas variações com o volume pulmonar.
 Estudo Dirigido
3 - Explique a gênese da pressão intrapleural, sua importância e as possíveis variações de seus valores.
 Estudo Dirigido
4 - Utilizando a Lei de Hagen-Poiseuille, cite e explique os fatores que influenciam a resistência das vias
aéreas. Exemplifique uma situação onde a resistência estará alterada.

R =8ηL
π r4
 Estudo Dirigido
5 - Durante uma expiração forçada ocorre limitação do fluxo aéreo. Explique o mecanismo pelo qual isso
ocorre no indivíduo saudável e como esse fenômeno agrava a mecânica pulmonar em pacientes portadores de
DPOC.
Testinho