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O QUE É LINGUÍSTICA - Orlandi, Eni Puccinelli2009.

O que é
lingüística? (1a. edição: 1986, Ed. Brasiliense). 15. ed. São Paulo:
Brasiliense.

·0 Saber e poder

O homem procura explicar tudo o que existe e a forma que ele tem para isso é o conhecimento.

A linguagem é uma das formas que ele tem para explicar as demais coisas. Ao procurar explicar a
linguagem, o homem está procurando explicar algo que lhe é próprio e que é parte necessária
de seu mundo e da sua convivência com os outros seres humanos.

·1 Um interesse antigo e uma ciência moderna

A linguagem traz curiosidade ao homem e o seduz e fascina por meio da: literatura, da poesia,
da religião, da filosofia etc.

Os estudos lingüísticos constituem um interesse antigo e uma ciência moderna pois a Lingüística
é uma ciência recente, que se inaugurou no começo do século XX.

Sobre a própria organização da linguagem, os mesmos pensadores gregos mantinham calorosos


debates: se, de acordo com a ordem existente no mundo, a linguagem segue princípios que têm
como referência as semelhanças ou as diferenças.

Os hindus são conhecido pela sua agudeza no tratamento da linguagem verbal. Apesar de os
motivos do interesse dos hindus pelo estudo da linguagem serem religiosos, tais estudos eram
rigorosos. Já na Idade Média, uma das manifestações relevantes da reflexão sobre a linguagem
teve como base os Modistae, que tentaram elaborar uma teoria geral da linguagem, a partir da
autonomia da Gramática em relação à Lógica, e considerando, então, três tipos de modalidades
(modus) manifestados pela linguagem natural: o modus essendi (de ser), o intelligendi (de
pensamento) e o significandi (de significar).

É só com a criação da linguística que as manifestações da curiosidade do homem tomam a forma


de uma ciência, com seu objeto e método próprios.

A linguística definiu-se, com bastante sucesso entre as ciências humanas, como o estudo
científico que visa descrever ou explicar a linguagem verbal humana.

·2 O que é e o que não é linguistica

Há uma tendência em se identificar o estudo da linguagem com o estudo da gramática. A


linguística se destingue da gramática tradicional, normativa. Ela não tem, como essa gramática, o
objetivo de prescrever normas ou ditar regras de correção para o uso da linguagem.

Para a linguística, tudo o que faz parte da língua interessa e é matéria de reflexão. Mas não é
qualquer espécie de linguagem que é objeto de estudo da linguística: só a linguagem verbal, oral
ou escrita. Os sinais que o homem produz quando fala ou escreve são chamados signos. Ao
produzir signos os homens estão produzindo a própria vida: com eles, o homem se comunica,
representa seus pensamentos, exerce seu poder, elabora sua cultura e sua identidade etc.

·3 Alguns precursores: os séculos XVII e XIX

Alguns destacados precursores da Lingüística situam-se historicamente nos séculos XVII e XIX,
sendo o primeiro conhecido como “o século das gramáticas gerais” e o segundo tendo como
ponto relevante as “suas gramáticas comparadas”.

Os estudos da linguagem, no decorrer do século XVII, são caracterizados sobremaneira pelo


racionalismo, com os pensadores da época concentrando-se no estudo da linguagem como
representação do pensamento e na procura por mostrar que as línguas obedecem a princípios
lógicos, racionais, que regem todas as línguas e a partir dos quais torna-se possível definir a
linguagem em geral e tratar-se as diferentes línguas como casos particulares dela (linguagem),
produzindo-se, então, as chamadas gramáticas gerais e racionais.

Ideias claras e distintas devem ser expressas de forma precisa e transparente. A gramática que
constroem deve funcionar como uma máquina que possa separar automaticamente o que é
válido e o que não é. Uma espécie de autômato, regido pela lógica.

Outro momento importante para a história da linguística é o século XIX, o da linguística histórica,
com as gramáticas comparadas. Esse século tem movimentos, perspectivas e interesses bem
diferentes do século XVII. Já não tem validade o ideal universal, e o que vai chamar a atenção
dos que trabalham com a linguagem é o fato de que as línguas se transformam com o tempo. E
no século XIX que se descobre a semelhança entre a maior parte das línguas europeias e o
sânscrito. A esse conjunto de línguas se chamou línguas indo-europeias.

Os indo-europeístas vão dizer que as semelhanças, que eles encontram, indicam que há
parentesco entre essas línguas: elas são consideradas da mesma família, isto é, são vistas como
transformações naturais de uma mesma língua de origem (o indo-europeu) à qual eles propõem
que se chegue pelo método histórico-comparado.

No século XIX, para mostrar a regularidade, certos linguistas históricos, os chamados neo-
gramáticos, chegaram a enunciar leis para as mudanças na língua: as leis fonéticas, pelas quais
eles procuravam explicar a evolução. Eles construíram uma escrita própria para anotar as formas
em sua evolução. Colocaram essas formas como matrizes para o conjunto de formas existentes
nas línguas indo-europeias, em relação à inexistente língua-mãe, o indo-europeu. Assim
puderam identificar e organizar as formas dessa família de línguas.
·4 A ciência da linguagem e sua escrita

Essa escrita simbólica desenvolvida no século XIX dá uma contribuição decisiva para a edificação
da linguística como ciência. Ao construir esta escrita, a gramática histórica se utiliza de símbolos
para descrever a própria língua. É isso a metalinguagem: usar a linguagem para falar da própria
linguagem.

Toda ciência tem de ter uma metalinguagem, pela qual estabelece suas definições, conceitos,
objetos e procedimentos de análise. Há metalinguagens formais (que usam símbolos abstratos,
como a física, por exemplo: )e
há metalinguagens não-formais (que usam a linguagem ordinária, como a história, a
antropologia, as ciências humanas em geral). A linguística, embora seja uma ciência humana,
tem valorizado a metalinguagem formal (exemplo: S SN + SV) como sua escrita própria. Isso lhe
deu uma posição de destaque entre as ciências humanas.

As condições que tornaram possível - já no século XIX - uma escrita científica formal para a
linguística vão ser cada vez mais elaboradas. Com o linguista americano Noam Chomsky, nos
anos 1950, a sVm = t

A linguística chega a uma escrita formal rigorosa, integrável à teoria dos sistemas, da
matemática. Mas essa não é uma questão pacífica para os que refletem sobre a linguagem. Há
os partidários da formalização e os que consideram que ela deixa para fora os aspectos mais
definidores da linguagem.

·5 As duas tendências

Pelo que foi dito até agora, a gente pode reconhecer que há, na trama histórica que enreda o
pensamento linguístico, duas tendências principais. Uma que se ocupa do percurso psíquico da
linguagem, observando a relação entre linguagem e pensamento. Busca o que é único, universal,
constante. É chamada de formalismo. A outra é o sociologismo, que se aplica em estudar o
percurso social, explorando a relação entre linguagem e sociedade. Procura o que é múltiplo,
diverso e variado.

Essa divisão, que atravessa a história da linguística, apõe os partidários de que existe uma ordem
interna, própria da língua, àqueles que defendem a ideia de que essa ordem reflete a relação da
língua com a exterioridade, incluindo suas determinações históricas e sociais. Nós vamos ver
que, embora os estudos linguísticos se desenvolvam em várias direções, acabam sendo
atravessados e definidos por essas tendências conflitantes: a formalista e a sociologista.

·6 Duas obras, um Saussure e nenhuma publicação

A linguística, tal como a conhecemos hoje, começa com o Curso da linguística geral, do suíço
Ferdinand de Saussure.

Ferdinand de Saussure, mestre da Universidade de Genebra e pai da linguística moderna, é sem


dúvida uma figura surpreendente. De publicação feita por sua iniciativa consta muito pouco,
como um trabalho seu sobre vogais do indo-europeu que, no entanto, não é o trabalho mais
importante de sua carreira.

O Curso da linguística geral, publicado em 1916, sobre o qual se construiu todo o edifício da
linguística moderna, resulta de anotações de aulas reunidas e publicadas por dois de seus
alunos: Charles Baily e A. Sechehaye. A publicação do Curso teve suas dificuldades, porque esses
alunos não puderam, na época, contar com os manuscritos do mestre, que os auxiliassem na
reconstrução das aulas.

O mais intrigante é que aquilo pelo qual Saussure é conhecido, o Curso, talvez não tenha sido a
tarefa em que ele mais havia se empenhado. Entre 1906 e 1909, além de dar as aulas de
linguística geral, ele gastou um tempo considerável analisando anagramas, aos quais dedicou a
escrita de mais de 100 cadernos que hoje estão guardados na Biblioteca Pública de Genebra e
em torno dos quais se faz um silêncio discreto.

Em seu incansável trabalho de decifração, Saussure procurou mostrar como há um texto sob o
texto poético. O discurso poético seria uma segunda maneira de ser de um nome, um tema. Por
exemplo, em um texto latino em que a personagem Cornelius é importante, o verso latino "Mors
perfecit tua ut essent" evoca as vogais do nome Cornelius, sem que ele seja explicitamente
nomeado.

De acordo com a hipótese de Saussure, o leitor "percebe" esses sons condutores, de tal modo
que, na leitura desses textos poéticos, existiria um fundo latente, um segredo, uma linguagem
sob a linguagem que agiria na cabeça do leitor.

Mas o Saussure dos anagramas é, na história da linguística, um Saussure rejeitado, proibido,


porque considerado fantasista, decifrador, cabalista. O Saussure reconhecido é o do Curso, que
deu à linguagem uma ciência autônoma, independente. Tanto assim que esse pensador que não
quis cumprir o gesto de tornar-se o fundador de uma ciência é hoje a referência obrigatória para
qualquer teoria linguística atual. Mesmo quando os debates e conflitos parecem inconciliáveis,
ele está na origem das diferentes reflexões.

Essa ciência, que ele constituiu, tem quatro disciplinas que correspondem a quatro diferentes
níveis de análise: a fonologia (estudo das unidades sonoras); a sintaxe (estudo da estrutura das
frases) e a morfologia (estudo da forma das palavras) que, juntas, constituem a gramática; e a
semântica (estudo dos significados).

O objeto
Com Saussure, a linguística ganha um objeto específico: a língua. Ele a conceitua como um
"sistema de signos", ou seja, um conjunto de unidades que estão organizadas formando um
todo.

Define, então, o signo como a associação entre significante (imagem acústica) e significado
(conceito). Ele diz que é fundamental observar que a imagem acústica não se confunde com o
som, pois ela é, como o conceito, psíquica e não física. Ela é a imagem que fazemos do som em
nosso cérebro.

·7 Um método para tudo: o estruturalismo

É importante salientar, que a Linguística, no decorrer de sua história, não esteve isolada, mas sim
se relacionando com outras teorias, tais como: o estruturalismo. O que Saussure chamava de
sistema os estruturalistas chamavam de estruturas. Com esta acepção, se valoriza a ideia de que
cada elemento da língua adquire um valor quando este se relaciona com o meio no qual se
insere.

Por meio do funcionalismo, que constitui o estruturalismo, é considerada a função que cada
elemento lingüístico dispõe, sob quaisquer de seus aspectos, sejam eles fônicos, gramaticais
e/ou semântico. Por exemplo: a fonologia vai estabelecer, levando-se em conta a função, é que
entre a sonoridade fisicamente presente em uma pronuncia apenas alguns têm valor distintivo,
ou seja, não é toda sonoridade que tem função na comunicação de uma informação.

Há relações que precisam ser analisadas, tais como: as oposições e os contrastes. Estas relações
constituem dois eixos, o paradigmático, o qual organiza as relações de oposição em que as
estruturas se substituem, e o sintagmático, este representa as relações de contrastes em que as
estruturas se combinam. O que leva à conclusão de substituição ou combinação das marcas.

As línguas também são constituídas pelas funções constitutivas. Estas caracterizam o papel de
cada elemento do esquema da comunicação: emissor, receptor, mensagem, canal, código,
referente. Como conseqüência, há as seguintes funções resultantes tais como : Expressiva:
centrada no emissor; Conativa: centrada no receptor; Referencial: centrada no objeto de
comunicação; Fática: centrada no canal, no contato que liga emissor a receptor; Poética:
centrada na mensagem e Metalingüística: centrada no código.

Esta concepção de funcionalismo aproximou a Linguística da literatura, enriquecendo, como


consequências, a compreensão de aspectos fundamentais da linguagem com respeito a seus
usos nos diferentes processos de comunicação, nas diferentes funções.

Existe outra forma de funcionalismo cujo objetivo é descrever a língua estudando,


primordialmente, os erros, inovações, gírias, usos populares, isto é, os desvios da norma. Tais
desvios são funcionais, ou seja, mostram o que o falante espera algo da língua, mas não
encontra. Como resultado, revela=se as funções que comandam a atividade da língua:
expressividade, brevidade, assimilação, diferenciação, invariabilidade. Tal corrente em muito
contribuiu para a Linguística, visto que, desse modo, levou-se em consideração os desvios como
importantes para o estudo, não somente como estruturas que demonstravam apenas erros.

Além do funcionalismo, como meio estrutural, há o distribucionalismo difundido pelo americano


L. Bloomfield, no entanto foi desenvolvido e sistematizado pelos alunos deste. Tal teoria tem
muitos aspectos convergentes com a européia, a funcional. Bloomfield propõe uma explicação
comportamental tomando posição contra explicações da linguagem que fizessem recurso à
interioridade do homem. Ele coloca em prática uma primeira etapa de seu projeto linguístico: a
descrição, esta exclui o historiticismo e a linguagem resultante do pensamento.

Segundo as posições do distribucionismo, para, de fato, estudar uma língua é necessária a


reunião de enunciados emitidos pelos falantes em certo momento, chamado de corpus,
procurando, assim, seu modo de organização, sua regularidade. Esta é observada pela análise da
distribuição das estruturas nos contextos lingüísticos em que aparecem.

O distribucionalismo para estabelecer suas unidades, fragmenta a frase, usando a técnica binária
de subdivisão, isto é, um segmento maior é subdividido em dois e, em seguida, se pega cada
elemento e o subdivide ainda mais a fim de chegar a unidades mínimas indivisíveis. O objetivo
desta teoria é detectar unidades e estabelecer classes semelhantes entre elas, por meio de
métodos comparativos dos contextos em que são empregadas, vale notar que quando são do
mesmo contexto pertecem às mesmas classes.

Além das teorias, a Lingüística também deve seu desenvolvimento aos círculos lingüísticos. Estes
eram formados por grupos de estudantes os quais se reuniam para discutir a linguagem sob
certas perspectivas.

Em 1915, devido ao russo R. Jakobson, formou-se o Círculo Linguístico de Moscou ou CLM, este
reunia os formalistas russos. Tinha como objetivo o estudo científico da língua e das leis da
produção poética, os participantes almejavam desmistificar o mito da linguagem poética
enquanto “linguagem dos deuses”, analisar as formas do conto, a narrativa dos poemas
populares.

É perceptível que o estruturalismo comandou a Línguística até os nãos de 1950. Todavia, neste
período Noam Chomsky executa uma mudança, fazendo críticas à vocação classificatória do
distribucionalismo e propõe que a reflexão da linguagem não seja tão subjugada aos dados, mas
à teoria. Ele propõe uma teoria, inspirado pelo racionalismo e tradição lógica, chamada de
gramática e centraliza seus estudos na sintaxe. Esta, conforme este autor constitui um nível
central para a explicação da linguagem. Não possui o objetivo de ditar regras, mas de dar conta
de todas as frases gramaticais pertencentes à língua.

Deste modo, é que surge a Gramática Gerativa ou Transformacional de Noam Chomsky, recebeu
este nome, pois é a partir de um número restrito de sequências, isto é, frases. O mecanismo que
esta teoria gerativa leva é dedutivo: parte é abstrata, isto é, de um sistema de regras, e alcança o
concreto, ou seja, as frases existentes na língua. Nota-se que esta é a acepção de gramática: um
conjunto de regras que produzem frases da língua. A partir deste momento, a teoria da
linguagem deixa, conforme seus conceitos, de ser somente descritiva e passa a ser explicativa e
científica.

Além de construir a definição de gramática, Chomsky, cria a tarefa do linguísta: descrever a


competência do falante, ou seja, toda capacidade que o falante tem em relação às frases: ele
compara estruturas sintáticas semelhantes, separa frases que fazem parte da língua, estas são as
capacidades de um falante ideal.

Além disso, ele afirma que o conjunto de frases é infinito, ou seja, as palavras são dinâmicas,
criativas, em contrapartida essa criatividade é restringida por regras. A língua não se define só
pelas palavras que a constituem, mas pelas possíveis, visto que o léxico das línguas é
constantemente renovado. Os falantes possuem um sistema de regras que os tornam aptos a
produzir frases.

Um dos aspectos para que a linguagem seja explicativa e científica é torná-la formal, isto é,
linguagem que se alimenta dos símbolos abstratos. Para obter esta linguagem, Chomsky elege a
gramática transformacional como a mais adequada, ou melhor, a que se sobressai às exigências
necessárias para compreender melhor as estruturas sintáticas da linguagem.

A gramática transformacional possui duas regras: as sintagmáticas, que geram estruturas


abstratas, e as transformações, que convertem estas estruturas abstratas nas sequências
terminais, as quais são frases da língua. As transformações podem ser obrigatórias ou
facultativas e elas mudam a ordem das palavras, acrescentam ou retiram elementos da
estrutura.

Chomsky também estabeleceu conceitos: da estrutura superficial (ES), esta é das unidades que
apresentam nas frases realizadas, e da estrutura profunda (EP), que é subjacente e em que se
representam as formas abstratas. É importante ressaltar que as estruturas, superficial e
profunda, relacionam-se por meio da regra de transformação. Na teoria- padrão de sua
gramática, Chomsky, afirma que há três modelos componentes: um central (sintático) e dois
interpretativos (semântico).

O componente sintático é formado pela base, estas geram as estruturas profundas, e pelas
transformações que levam às estruturas mais superficiais. Os componentes interpretativos se
relacionam sobre o componente sintático: a EP é de responsabilidade da semântica e a ES, da
fonológica.

Tira-se como conclusão, da teoria de Chomsky, o percurso que leva ao universalismo, pois se leva
em consideração o falante ideal da língua e não aquele falante real, ou seja, aquele que comete
erros, desvios, que, de fato, não compreende a língua como capacidade de comparação. Além
disso, traz a contribuição de estudos da área da lógica quanto da matemática.

É notável a relação entre Linguística e sociedade o que gera várias metodologias e conceitos, tais
como o idioleto- forma de falar própria de cada indivíduo- e dialeto- formas de falar de cada
região. Vale ressaltar, que o que difere as metodologias é o modo de ver a linguagem: ora como
origem (causa) ora com conseqüência (efeito).

"fichamento de Resumo" 2009. O que é lingüística? (1a. edição: 1986, Ed. Brasiliense). 15. ed.
São Paulo: Brasiliense.

aluna: Anna julia gomes lacerda

profa: Aline Saddi

1 ano letras- bacharel

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