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Os Elementais
(Espíritos da Natureza)
Por
Marco Bechara
536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim
providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como
perturbação dos elementos?
“Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.”
a) - Objetivam sempre o homem esses fenômenos?
“Às vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos,
entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia
das forças físicas da Natureza.”
b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária,
nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a
matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre
eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou
dirigir?
“Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação
direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da
escala dos mundos.”
537. A mitologia dos antigos se fundava inteiramente em ideias espíritas,
com a única diferença de que consideravam os Espíritos como divindades.
Representavam esses deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais.
Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir
ao fenômeno da vegetação, etc. Semelhante crença é totalmente destituída
de fundamento?
“Tão pouco destituída é de fundamento, que ainda está muito aquém da verdade.”
a) - Poderá então haver Espíritos que habitem o interior da Terra e presidam aos
fenômenos geológicos?
“Tais Espíritos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os
dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que recebereis a
explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.”
OS ELEMENTAIS DA NATUREZA
Não entendi…
- Preste atenção, meu filho – continuou o Preto-Velho. Os elementais são
entidades espirituais relacionadas com os elementos da Natureza. Lá, em meio
aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria
exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo.
Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às
mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o
mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na
Natureza, esses seres se agrupam, segundo suas afinidades.
Seriam então esses agrupamentos aquilo que você chama de família?
- Isso mesmo! Louvado seja Deus – comemorou Pai João. Essas famílias
elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele
elemento: Fogo, Terra, Água e Ar, conforme a especialidade, a natureza e a
procedência de cada uma delas.
Disso se depreende, então, que os Silfos são os mais evoluídos entre todas
as famílias de elementais?
- Eu diria apenas, meu filho, que os silfos são, entre todos os elementais, os que
mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito
de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte
de energia vital poderosa.
Eu pensei…
- Eu sei, meu filho – interrompeu-me João Cobú – Você pensou que tudo isso não
passasse de lenda.
Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias
consideradas como folclore apenas encobertam uma realidade do mundo astral,
com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão
preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.
Nem podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e
intensa.
- Pois bem, meu filho – tornou João Cobú, pacientemente – Repare, portanto,
as implicações complexas da ação desta infeliz criatura, que se comprometeu
amplamente com o mal. Apontando para o Espírito no leito a nossa frente, que
agora gemia, vítima de si mesmo; o velho Pai João relatou: Como médium, foi-
lhe concedida a oportunidade de aprender certas lições de magia, no ambiente
dos cultos afro-brasileiros. Utilizou mal o conhecimento que adquiriu e
deliberadamente viciou muitos elementais com o sacrifício e o sangue de
animais. Lançando mão de seu intenso magnetismo pessoal, manipulou o poder
das Salamandras e de outros elementais para atormentar muitas vidas, em
troca de dinheiro, status e reconhecimento social.
Ela brincou com as forças da Natureza.
- Mais do que isso. Ela desviou os seres elementais do curso normal de sua
evolução, comprometendo esses nossos irmãos com seus atos abomináveis.
“Os Espíritos não vieram livrar o homem, do trabalho, do estudo e das pesquisas; não
lhe trazem nenhuma ciência integralmente formulada; deixam-no entregue a seus
próprios esforços, naquilo que ele pode encontrar por si mesmo...”
(Gênese- Cap.I- item 60)
Reflexão sobre a necessidade de “produzir hipóteses e
novos conhecimentos” e ou “assimilar o que já existe” nos
conteúdos espiritualistas: