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5.

Canais de Distribuições

Para que o açúcar e o álcool cheguem ao consumidor final existem


empresas de distribuição e exportação especializadas. Para o mercado interno,
o transporte desses produtos é feito, principalmente, por rodovias, saindo da
indústria diretamente para as bombas de combustíveis ou supermercados. A
utilização de outras formas de transporte de açúcar e álcool, como o ferroviário
e o naval, ainda são pouco utilizadas. Contudo, são os setores que mais crescem
no país, por sua maior eficiência em relação ao transporte rodoviário em longos
trechos.

 As usinas, por seu foco na atividade industrial, são muito conservadoras


em avançar nos canais de distribuição. Usinas que estejam numa mesma
região podem montar joint ventures e entrar no mercado de distribuição
de álcool, com uma gestão independente, comprando distribuidoras hoje
existentes ou montando novas, autorizadas a funcionar pelo governo.
 Ainda em canais de distribuição, as usinas, em formas organizacionais
associativas, que podem ser franquias ou joint ventures, podem montar
postos de combustível nas cidades. Estes postos não viriam para competir
com as redes existentes (seriam poucos), mas seriam postos "conceito"
(o nome da rede poderia ser verde ou "green"), e serviriam para duas
funções básicas: a de estabelecer os preços varejistas do álcool
(dificultando a ação de cartéis urbanos) e a de comunicação da imagem
com o consumidor final.
 Melhoria da infraestrutura de escoamento da produção de álcool. É
necessário dar velocidade aos investimentos já anunciados de
alcooldutos, bem como nas estruturas portuárias para a exportação de
etanol.
 Agilizar as parcerias público-privadas (PPPs) que fortalecem um amplo
programa de privatização de rodovias e outros aspectos de infraestrutura
visando não onerar o álcool que vem de regiões mais distantes e que hoje
sofre com os problemas de custos de transporte no Brasil. Retomar a
transferência de estradas, portos e áreas portuárias para o setor privado.
6. Concorrência
Rivalidade entre Concorrentes
Rivalidade para conquista de matéria prima, equipamentos e mão de obra
e para venda de produtos.
Dentro do contexto de conquista de equipamentos e matéria prima, ainda
será desenvolvida uma outra divisão, que é entre mão de obra qualificada,
equipamentos e insumos menos comuns (feitos por poucas empresas e tendo a
disputa pelo mercado nacionalmente), que são os chamados bens qualificados,
e os insumos encontrados regionalmente e a mão de obra menos qualificada,
que são os chamados bens simples.
Nos bens qualificados, a questão da rivalidade entre os concorrentes.
Como as pequenas empresas estão sumindo deste mercado através de fusões
ou sendo adquiridas pelas grandes. Desta forma, a pressão de empresas
concorrentes para compra de matéria prima e compra de maquinário é bastante
elevada;
Na questão dos bens simples, a busca e disputa de mercado ocorre dentro
da própria região e, por isso, a concorrência não é alta, mas também não é alta
a oferta, o que é prejudicial ao desempenho da usina também. Espera-se,
entretanto que a região prospere neste sentido, e que diversas empresas
comecem a enxergar potencial para o setor, iniciando produção no local.
No que tange a questão de vendas, dado que este é um mercado
globalizado e que tem preços estipulados em bolsa de valores, a concorrência é
mundial e, por isso, apresenta pressões de todos os lados, mas acaba sendo
uma pressão leal, dado que é regida pelas leis de mercado.

Poder de Barganha dos Fornecedores


Fornecedores da matéria prima básica da usina, que é a cana de açúcar,
e aos fornecedores de máquinas, sistemas e outros equipamentos necessários
a usina para seu funcionamento.

Em se tratando dos fornecedores de cana de açúcar, eles têm poder de


barganha devido a impossibilidade da usina buscar a matéria prima em uma
distância muito grande. Um ponto a se considerar que reduz o poder dos
fornecedores, é o fato de que as usinas normalmente têm também produção
própria, que pode supri-la em caso de problemas com os fornecedores, gerando
menos dependências e menor poder de barganha ao fornecedor.
Em relação a questão dos fornecedores de máquinas e sistemas, existe
na verdade duas faixas de fornecedores. Existem aqueles que apresentam
produtos e sistemas mais elaborados e conseguem faze pressão grande nos
produtores conseguindo, inclusive, preços altos em seus produtos/serviços, e
existem aqueles que têm produtos mais tradicionais e não conseguem realizar
muita força de barganha em seus produtos.

Poder de Barganha dos Clientes


Não há somente um tipo de produto feito dentro de uma usina de açúcar
e álcool, e cada um desses produtos, têm clientes que respondem de maneira
diferente a determinados movimentos da indústria sucroalcooleira.
Na produção de açúcar, o preço estará muito balizado por momentos do
mercado, pois o mesmo tem seu preço estipulado em bolsas de valores do
mundo todo, de acordo com a sua cotação de mercado. Os grandes clientes
podem, portanto, tentar modificar o mercado tendo um certo poder de barganha,
mas com pouca efetividade, levando-se em consideração o tamanho do
mercado, a liquidez dos contratos e o tamanho de cada cliente.
O caso do etanol já funciona de maneira diferente ao açúcar. Como ele
não tem uma negociação com tanta liquidez e nem tantos mercados de
negociação que o operam, ele apresenta variações entre regiões e pode ter
maior pressão de barganha dos clientes, dado que o mercado é menor e é
necessária uma organização menor para que uma parcela grande do mercado
faça diferença.

Ameaça de Produtos Substitutos


Esta é ao mesmo tempo uma ameaça importante de ser analisada, pois
já existem substitutos para todos os produtos da usina atualmente,
aparentemente tranquila de ser lidada, dado que uma usina que processa cana
de açúcar já consegue produzir normalmente diferentes produtos, existem
muitas pesquisas que estão desenvolvendo ainda outros e estes substitutos
existentes ainda são menos eficazes ou sustentáveis do que o produto a base
de cana de açúcar.
No que tange a produtos substitutos existentes, pode-se citar como exemplo
deles a gasolina no caso do etanol ou o açúcar de beterraba por exemplo no
caso do açúcar. Em ambos os casos, o produto da usina acaba sendo superior,
devido a sua eficiência e sustentabilidade no caso do etanol ou no caso do custo
de produção no caso do açúcar de beterraba. Entende-se, portanto, que hoje,
mesmo havendo produtos substitutos, o mercado está seguro de enfrentar uma
grande concorrência que irá frear ou mesmo tirar muito mercado dos produtos
de uma usina sucroalcooleira nos próximos anos.

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